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AVALIAÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO 4
GRUPO I
A. Lê o seguinte poema.
1. Seleciona, no poema, marcas da presença do sujeito poético e da sua evolução psicológica, justificando com
elementos do texto.
2. Caracteriza a relação que se estabelece no poema entre o sujeito e a Fortuna e o Amor. Seleciona
expressões comprovativas.
3. Atenta nos vocábulos maiúsculados e explicita o seu efeito estilístico.
4. Explicita o caráter apelativo do poema, fundamentando com expressões comprovativas.
B. Lê o seguinte poema.
mote:
Descalça vai pera a fonte
Leanor, pela verdura;
vai formosa e não segura.
voltas:
Leva na cabeça o pote,
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
saínho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai fermosa, e não segura.
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DOSSIÊ DO PROFESSOR O CAMINHO DAS PALAVRAS 10
AVALIAÇÃO
5. Indica a função dos elementos do texto que podem ser representados como cenário.
6. Caracteriza a figura feminina e verifica o seu relevo no texto.
7. Explicita a variedade de cores sugerida no poema e justifica com expressões textuais
GRUPO II
Regresso
O visitante ocidental que pela primeira vez chega a Goa e Cochim enfrentará provavelmente a
vertigem do caos à sua volta e dentro de si. Quando começa a familiarizar-se com a estonteante
exuberância e com as contradições coexistentes, quando julga começar a entender a complexidade
das castas, dos cultos e costumes tão diferentes, quando começa a fixar nomes, imagens, atributos
dos deuses, tudo lhe foge de súbito, tudo se torna de novo confuso, como se o véu de Maia voltasse
a cobrir a indecifrável irrealidade da Índia real.
Quem regressa de uma terra tão diversa traz fragmentos de caras, casas, ruas, cheiros, quartos,
uma carga de imagens que, na alfândega-roleta do lembrar e esquecer, deveria pagar excesso de
bagagem. Vim carregado de cores e de cansaço mas inteiro e em estado razoável, bem melhor dos
que outrora, contentes por regressarem, contavam
Vim ainda carregado de algo mais: um outro modo de olhar, a certeza de não pertencer àquele
tipo de viajante que não fala do que vê, mas do que imagina ou deseja ver. Trouxe comigo um
bloco confusamente escrevinhado, uma curiosidade acrescentada, uma crescente descrença na
elegância da descrença. E tornei-me mais atento à infindável memória do mundo, mais capaz de
escutar o incansável murmúrio do mundo.
Almeida Faria, O Murmúrio do Mundo: A Índia revisitada, Lisboa: Tinta-da-China., 2012, pp. 142-143.
1. Para responderes a cada um dos itens de 1.1. a 1.5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1.1. O texto evidencia marcas de género específicas
A. características do relato de viagem.
B. próprias de uma apreciação crítica.
C. características de uma exposição sobre um tema.
D. próprias do artigo de divulgação científica.
1.2. O texto apresenta
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AVALIAÇÃO
GRUPO III
«O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa apenas leem uma
página.» Agostinho de Hipona.
Tendo em conta o comentário apresentado, num texto bem estruturado, com um mínimo de 100 e um máximo de
150 palavras, apresenta uma exposição sobre as experiências e aprendizagens que as viagens possibilitam.
FICHA DE AVALIAÇÃO 4
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
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AVALIAÇÃO
2........................................................................................20 pontos
Entre o sujeito poético e a Fortuna e o Amor há uma relação de oposição. As entidades mitológicas surgem, no poema, em conflito com o eu como é
visível nos seguintes versos: «Enquanto quis Fortuna que tivesse/Esperança de algum contentamento» e «Porém, temendo Amor que aviso
desse/minha escritura a algum juízo isento,/escureceu-me o engenho co tormento». Assim, a Fortuna e o Amor são entidades nefastas que
conjuntamente se organizaram para retirar a liberdade ao eu poético.
3........................................................................................15 pontos
As palavras Amor e Fortuna surgem no poema com maiúscula. Estas entidades recuperadas da mitologia clássica aparecem personificadas e adquirem
um grande protagonismo no soneto, surgindo dotadas de uma vontade e de uma atitude negativa em relação ao eu poético. O sujeito relaciona-as
intimamente com a sua vida pessoal e considera-as determinantes para o entendimento da sua mensagem pelos seus interlocutores. Na realidade, a vida
do eu foi marcada pela Fortuna e pelo Amor, mas o sujeito faz depender, também, o entendimento dos seus versos da própria experiência amorosa dos
destinatários do poema, ou seja, de acordo com o que a Fortuna e o Amor também lhes permitiu vivenciar, assim interpretarão os seus versos.
4........................................................................................20 pontos
O poema apresenta um caráter apelativo pela presença de um vocativo que implica uma intenção direta de comunicar com os leitores: «Ó vós». O apelo
explicita-se, ainda, através da afirmação da veracidade de tudo o que se narra, dependendo a sua capacidade de compreensão da experiência amorosa
que se tiver acumulado: «segundo o amor tiverdes,/ tereis o entendimento de meus versos».
B.......................................................................................30 pontos
5........................................................................................10 pontos
Cenário de resposta
Neste poema, são escassos os elementos relativos ao cenário. Há uma referência à «verdura» e «à ida para fonte» o que evidencia tratar-se de um
cenário natural e rural característico da primavera. Neste texto o cenário assume uma função secundária.
6........................................................................................10 pontos
A figura feminina assume a centralidade do texto. Leonor é descrita pormenorizadamente em aspetos como o vestuário: «cinta de fina escarlata,
/saínho de chamalote;/ traz a vasquinha de cote» e as partes do corpo. Na indicação de partes do corpo à vista há uma ténue sugestão de sensualidade,
sobretudo no verso: «Descobre a touca a garganta».
7........................................................................................10 pontos
No poema, são sugeridas algumas cores, nomeadamente o verde da paisagem, a brancura da pele de Leonor: «mais branca que a neve pura» e o
vermelho das peças do vestuário da jovem: «fita de cor d’ encarnado».
1.1. A
1.2. B
1.3. D
1.4. A
1.5. C
Oração subordinante: «O visitante ocidental enfrentará provavelmente a vertigem do caos à sua volta e dentro de si».
2.3.
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva: «que pela primeira vez chega a Goa e Cochim».
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Cantiga
a este moto:
Voltas
D’Amor e seus danos
5 me fiz lavrador;
semeava amor
e colhia enganos;
não vi, em meus anos,
homem que apanhasse
10 o que semeasse.
Vi terra florida
de lindos abrolhos1,
lindos para os olhos,
duros para a vida;
15 mas a rês2 perdida
que tal erva pace
em forte hora nace.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
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AVALIAÇÃO
3. Refere um dos valores expressivos das antíteses presentes no excerto. (20 PONTOS)
4. Mostra de que forma a construção do campo lexical de agricultura contribui para (20 PONTOS)
a construção do sentido global da cantiga.
II
Lê o texto seguinte.
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AVALIAÇÃO
mente considerada, desde o século XVI aos vários modernismos, com entradas próprias
para o modo como cada uma das sucessivas épocas lidou com a herança camoniana.
Entre muitos outros temas, é ainda dado particular relevo à relação de Camões e da sua
obra com outras artes, como a música, a pintura ou a escultura. E os camonistas atuais que
35 colaboraram no volume não esqueceram os seus mais ilustres predecessores, dedicando
artigos a figuras como Wilhelm Storck, Carolina Michaëlis, Teófilo Braga, Costa Pimpão,
José Maria Rodrigues ou Hernâni Cidade. […]
A pertinência de um dicionário como este é tão evidente que o que causa mais estra-
nheza é que só agora venha a ser publicado, tanto mais que a Caminho já editara obras
40 congéneres dedicadas a autores como Camilo, Eça ou Fernando Pessoa. Aguiar e Silva
avança uma possível explicação para este atraso, que atribui à própria complexidade das
questões que o poeta e a sua obra colocam. “Penso que é o problema mais complexo da li-
teratura portuguesa, aquele que requer maior especialização”, diz o ensaísta, lembrando
que os estudos camonianos “existem desde o final do século XVI”, que se foram “acumu-
45 lando muitas interpretações” e que “Camões é uma floresta muito mais intrincada do que
Pessoa”.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/a-floresta-camoes-desbravada-263708
[Consult. 21-01-2014, com supressões]
1. Para responderes a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., seleciona a opção correta.
Escreve, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1. Este texto tem como principal intencionalidade comunicativa expor informação sobre (5 PONTOS)
a. Aguiar e Silva.
b. a lírica camoniana.
c. o Dicionário de Luís de Camões.
d. Wilhelm Storck, Carolina Michaëlis, Teófilo Braga, Costa Pimpão, José Maria Rodrigues e
Hernâni Cidade.
1.2. O título do texto remete para (5 PONTOS)
a. a complexidade da obra camoniana.
b. a multiplicidade de interpretações possíveis da obra camoniana.
c. a opinião dos especialistas que colaboraram na produção da obra.
d. a opinião de Luís Miguel Queirós.
1.3. Nos dois parágrafos iniciais do texto, o Dicionário de Camões é encarado
como uma obra (5 PONTOS)
a. carecente de rigor histórico.
b. destinada apenas a investigadores na área dos estudos camonianos.
c. com uma dimensão excessiva (mais de um milhar de páginas).
d. de carácter abrangente e fidedigno.
2.2. Indica a função sintática desempenhada pelo constituinte frásico “de Camões” (l. 22). (5 PONTOS)
“Aguiar e Silva avança uma possível explicação para este atraso, que
atribui à própria complexidade das questões que o poeta e a sua obra
colocam.” (ll. 40-42)
Notas:
Before it’s too late – Antes que seja tarde demais
WWF – World Wide Fund for Nature
GRUPO I
Item Cotação Cenário de resposta
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GRUPO III
Cenário de resposta
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GRUPO I
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LEITURA
Para cada um dos itens que se seguem, indica a letra correspondente à alternativa correta, de acordo com o
sentido do texto:
1. O autor defende a tese de que, na sociedade atual, os padrões estéticos
A. se impõem às pessoas sem que elas se apercebam.
B. submetem-se às pessoas que adotam a moda.
C. correspondem à sobrevalorização da beleza exterior e desvalorização da beleza interior.
D. recorrem a artifícios para cativar as pessoas.
3. O 3.º parágrafo
A. é iniciado por um conector que introduz uma ideia de contradição relativamente ao parágrafo anterior.
B. apresenta uma progressão de natureza temporal, relativamente ao parágrafo anterior.
C. apresenta um assunto marginal ao tema em análise.
D. é iniciado por um conector que reitera a ideia anteriormente apresentada.
GRUPO II
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EDUCAÇÃO LITERÁRIA
TEXTO 2
Luís de Camões
_________________________
1. paradigma, ideal, 2. cabeleira loura, 3. solar (de Febo, deus romano do Sol), 4. digno, 5. feiticeira da mitologia grega, 6. pérolas,
7. figura mitológica, símbolo da beleza, apaixonou-se por si próprio, ao olhar o reflexo do seu rosto nas águas.
LEITURA / ESCRITA
GRAMÁTICA
6. Identifica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F).
A. «Senhora» é o sujeito nulo subentendido que devemos associar aos verbos «Dizei», «fazerdes”, «fostes» (est. 1).
B. O adjetivo «áureo» (v. 2) é um latinismo.
C. A palavra «pérola» (v. 10), proveniente do étimo latino perla(m), sofreu um processo de adição de segmento, a prótese.
D. O conector «Pois» (2.º terceto, v. 1) introduz uma ideia de consequência.
GRUPO III
Numa exposição de 120 a 150 palavras, refere os dois temas da lírica de Camões que consideres fundamentais.
Grupo I
1. C; 2. D; 3. A; 4. A; 5. D; 6. B.
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Grupo II
I
1. O poema é um soneto: é constituído por duas quadras e dois tercetos, decassilábicos, como exemplifica o primeiro verso – Di-zei-se-nho-ra-da-be-le-za i-dei. O
esquema rimático é característico deste género literário – abbba, abba, cde, cde.
2. O primeiro elemento referido é o cabelo loiro, valorizado, em primeiro lugar, pelo uso de um vocabulário erudito, elevado, «áureo crino», de acordo com a
«Senhora» retratada. A sucessão de metáforas – «ouro fino», «escondida mina ou de que veia» – contida na interrogação retórica, realça o seu caráter precioso e
raro. O brilho e a expressão do olhar são enaltecidos de novo pela interrogação retórica, na qual se incluem alusões mitológicas (Febo, Medeia), bem como a
antítese entre a origem divina (cristã) ou pagã do seu olhar único, ainda destacado pela hipérbole, «de um império dino». Os dentes são pérolas preciosas, numa
metáfora reforçada pela adjetivação – «escondidas», «preciosas orientais».
3. «Esse respeito» e o «doce riso» aludem, respetivamente, à perfeição moral, que infunde respeito em quem a olha, e a suavidade, a gentileza do seu sorriso.
4. «da Beleza ideia» é a expressão que sintetiza o retrato, ao designar o ideal de beleza, a perfeição, que a senhora materializa.
5. O sujeito poético adverte a Senhora de que ela, pois «se fez» tão perfeita, corre o perigo de ter o destino de Narciso, que, ao ver nas águas o reflexo da sua
beleza, se apaixonou pela própria imagem e assim morreu.
II
a. F; b. V; c. F; d. F.
Grupo II
Qualquer dos temas estudados pode, obviamente, ser escolhido: a representação da amada, a representação da Natureza, a experiência amorosa e a reflexão sobre o
Amor, a reflexão sobre a vida pessoal, o desconcerto, a mudança.
TESTE DE
4 SEQUÊNCIA 4 – Luís de Camões, Rimas
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GRUPO I
A
Lê, atentamente, a seguinte composição poética.
a este moto alheio:
VOLTAS
5 Campo, que te estendes
com verdura bela;
ovelhas, que nela
vosso pasto tendes;
d' ervas vos mantendes
10
que traz o Verão,
e eu das lembranças
do meu coração.
Glossário:
1. paceis: apascentar; pastar.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Identifica os elementos da natureza interpelados pelo sujeito poético, fundamentado a tua resposta com as marcas linguísticas.
2. Relaciona a interpelação aos interlocutores com o assunto da cantiga.
3. Avalia o efeito de sentido da substituição da comparação que surge no mote do poema pela metáfora final.
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GRUPO II
Lê, atentamente, o texto seguinte.
Ao outro dia atravesso de novo os Flamengos pela estrada municipal, entre casebres e
rocas de hércules de floração amarela. A estrada sobe e do alto vejo melhor o côncavo
recolhido e verde, Farrobo, Santo Amaro, o largo vale da Praia e Chão Frio, dividido entre
talhões de milho e centeio – nota de abundância e de paz dum verde sempre fresco e viçoso,
5 sob um céu muito azul, o céu esmaltado dos Açores. […]
Subo até à ermida de S. João. O mato é severo, encostas revestidas de mofedos 1, de junco
de vassoura, de rapa2, que dá uma flor roxa, de trevo bravo, de rosmaninho cheio de bagas
vermelhas… Tenho diante de mim, dum lado a cratera, com duas léguas de circunferência e
trezentos metros de fundo; ao outro, o amplo panorama – mar e terra, montes e vales – o mar
10 e o Pico, um Pico estranho, suspenso no céu e pousado num oceano de nuvens brancas. Só o
cume, mas o cume é uma montanha enorme e esguia, porque, à medida que fomos subindo, o
Pico foi crescendo também. Volto-me e a meus pés abre-se o enorme buraco verde-negro
revestido de cedros e de urze até ao lado de água choca e lama esverdeada, donde irrompe um
cabeço com outra cratera minúscula dum tom acastanhado. O espetáculo é sombrio e belo. Só
15 a caldeira mais pequena, perfeita como miniatura, é uma nota de ternura neste isolamento:
parece filha da outra. Está ali a criá-la, sabe Deus para que destinos, naquele buraco ao
mesmo tempo poético e feroz. Se arranco os olhos da cratera, encontro a amplidão infinita, o
altar majestoso do Pico, as nuvens que ele apanha no céu e a que dá formas imprevistas, e o
mar liso até ao horizonte, fechado pela barra roxa de S. Jorge e pela mancha desvanecida da
20
Graciosa. Violeta das águas imóveis, verde-pálido da terra, céu de esmalte por cima…
Despeço-me do abismo solitário
Raul Brandão. As Ilhas desconhecidas: notas e paisagens. 2013. Lisboa: Quetzal.
Glossário:
1. mofedos: excesso de vegetação; 2. rapa: espécie de carqueja.
1. Para responderes a cada um dos itens, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreve, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.2. No contexto em que ocorre a afirmação “o altar majestoso do Pico, as nuvens que ele apanha no céu e a que dá formas imprevistas,”
(ll. 17-18), o autor destaca
(A) o caráter sagrado desta paisagem única e divina.
(B) a personificação do Pico e a sua influência na paisagem dos Açores.
(C) o fascínio pela paisagem aérea vista do Pico.
(D) o culto pela ilha do Pico e o caráter irrepetível da paisagem a ele associada.
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AVALIAÇÃO
1.4. Com a afirmação “mar e terra, montes e vales” (l. 9) o autor recorre a duas
(A) antíteses. (C) apóstrofes.
(B) enumerações. (D) hipérboles.
1.5. O sujeito da frase “e a meus pés abre-se o enorme buraco verde-negro revestido de cedros e de urze até ao lado de água choca e lama
esverdeada” (ll. 12-13) é
(A) nulo subentendido. (C) “o enorme buraco verde-negro revestido de cedros e
de urze”.
(B) nulo indeterminado.
(D) “a meus pés”.
1.6. O segmento “poético e feroz” da frase “naquele buraco ao mesmo tempo poético e feroz” (l. 16) desempenha a função sintática de
1.7. A conjunção subordinativa presente na frase “Se arranco os olhos da cratera, encontro a amplidão infinita” (ll. 16-17), pode ser
substituída por
(A) embora. (C) visto que.
(B) caso. (D) dado que.
GRUPO III
“A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância.”
Mahatma Gandhi
Considerando as palavras de Mahatma Gandhi, acima transcritas, redige uma exposição, devidamente estruturada, sobre o papel do
homem na defesa da terra, num texto de cento e oitenta a duzentas e cinquenta palavras.
TESTE DE
5 SEQUÊNCIA 4 – Luís de Camões, Rimas 16
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AVALIAÇÃO
GRUPO I
A
Lê, atentamente, a seguinte composição poética.
Leda serenidade deleitosa1,
que representa em terra um paraíso;
entre rubis e perlas doce riso,
debaixo d' ouro e neve, cor-de-rosa;
Glossário:
1. deleitosa: agradável; 2. despejo: desenvoltura; 3. siso: bom senso; 4. arte: habilidade; 5. aviso: discrição;
6. comedido: moderado, ponderado; 7. despojar-me: privar-me da posse.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Caracteriza a figura feminina descrita pelo sujeito poético, fundamentando a tua resposta com expressões textuais.
2. Identifica, na primeira quadra, dois recursos expressivos e avalia o seu contributo para a caracterização da mulher amada.
3. Tendo em conta o último terceto, explicita o motivo pelo qual o sujeito poético diz à “Senhora” sentir-se “nela alegre e comedido” (v.
11).
GRUPO II
Lê, atentamente, o texto seguinte.
Biodiversidade
Marisa Soares
1.2. No contexto em que ocorre a expressão «caça ao tesouro» (l. 5) significa que João Rodrigues é responsável pela
(A) definição de itinerários que conduzem à Catedral.
(B) dinamização de visitas turísticas a Sagres.
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AVALIAÇÃO
1.4. Com a afirmação “de onde escorrem estalactites que parecem chocolate derretido” (l. 14) a autora recorre a
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PALAVRAS 10
1.5. Os processos de formação das palavras “biodiversidade” (l. 7) e “berçário” (l. 20) são, respetivamente,
(A) composição e extensão semântica. (C) derivação e amálgama.
(B) derivação e composição. (D) composição e derivação.
1.6. O segmento “daquele espaço” da frase “os cientistas da UAlg querem responder a várias perguntas sobre a formação daquele
espaço” (ll. 16-17) desempenha a função sintática de
(A) complemento oblíquo. (C) complemento do nome.
(B) predicativo do complemento direto. (D) modificador.
1.7. Os sujeitos das duas orações que constituem a frase “proporemos medidas especiais de conservação, exemplifica João Rodrigues” (ll.
21-22) são respetivamente,
20
(A) nulo subentendido e “medidas especiais de conservação”. (C) nulo subentendido e “João Rodrigues”.
(B) nulo subentendido nas duas orações. (D) “medidas especiais de conservação” e “João
Rodrigues”.
PALAVRAS 10
GRUPO III
O papel desempenhado pela mulher na sociedade, ao longo dos tempos, tem sofrido alterações.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e oitenta e um máximo de duzentas e cinquenta palavras, redige uma exposição
sobre o papel desempenhado pela mulher na atualidade.
2........................................................................................20 pontos
2. A interpelação aos elementos da natureza tem como objetivo salientar o verde dos olhos da mulher amada e aproximar a sua beleza à “verdura bela”
do espaço bucólico caracterizado.
3........................................................................................20 pontos
A substituição da comparação “assi são os olhos/do meu coração” (vv. 3-4) pela metáfora “não são ervas não: / são graças dos olhos/ do meu coração”
(vv. 18-20) faz sobressair a cor dos olhos da figura feminina, pois o espaço exterior fica a dever a beleza da sua tonalidade, a sua “verdura bela”, à cor
aos olhos verdes da amada.
Introdução
A natureza é um bem essencial para o homem, mas está ameaçada e o responsável é o homem.
Será ele capaz de salvar o planeta?
22
PALAVRAS 10
Desenvolvimento
Ameaças e catástrofes:
• aquecimento global – a poluição, a utilização desregrada dos recursos naturais provocam mudança na direção das correntes marítimas e alterações
climatéricas graves;
• falta de água – a quantidade de água potável no mundo é sempre a mesma desde que ele existe, mas a população humana, bem como o desperdício,
aumentam;
• doenças – as grandes epidemias;
• guerras – a guerra nuclear;
• (…)
Medidas a tomar:
• redução do monóxido de carbono lançado na atmosfera;
• investimento em projetos que utilizem fontes renováveis de energia (energia solar e eólica…);
• dessalinização da água do mar;
• políticas de prevenção: cuidados com saúde e higiene;
• investimento na investigação científica;
• (…).
Conclusão
O planeta está constantemente ameaçado por causas naturais ou provocadas pelo homem.
Papel do homem neste processo.
O bom uso das tecnologias.
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO – TESTE 5
2........................................................................................20 pontos
Estão presentes a hipérbole (“Que representa em terra um paraíso;”) e a metáfora (“Entre rubis e perlas” e “Debaixo de ouro e neve”). Com o recurso à
hipérbole, o sujeito poético eleva a figura feminina à categoria de um ser divino, porque ela tem o poder de criar na terra o “paraíso”. A metáfora,
construída através da referência às belas pedras preciosas (“rubis”, “pérolas”) e ao ouro, enaltece a beleza extraordinária e rara da mulher amada.
3........................................................................................20 pontos
O sujeito poético sente-se “nela alegre e comedido”, porque o Amor utiliza estas “armas”, que são as qualidades excecionais da figura feminina, para o
dominar (“render”) e para o tornar cativo ("prender”), fazendo-o, portanto, estar apaixonado. No entanto, e apesar de estar vencido pelo Amor, este não
consegue retirar ao sujeito poético o prazer de estar enamorado por uma mulher tão excecionalmente “fermosa”.
23
PALAVRAS 10
Cenário de resposta
Plano
Introdução
– Alteração do papel da mulher na sociedade ao longo dos tempos: grande mudança a partir do séc. XIX, com a Revolução Francesa, mas mais visível
sobretudo a partir dos anos 60.
– Mudanças ocorridas a nível:
• social;
• familiar;
• profissional;
Desenvolvimento
– Papel secundário da mulher numa sociedade patriarcal – a mulher não tinha direito a fazer as suas escolhas (estudos, marido, trabalho, votar…).
– Hoje: papel mais presente e ativo; respeito; competitividade.
– Conquista das mulheres:
• emancipação e reconhecimento do seu valor;
• acesso há instrução;
• independência (a mulher autossustenta-se, já não depende do marido);
• igualdade de direitos entre os sexos: de donas de casa e mães de família passaram a profissionais competentes em diferentes domínios (ciência,
política, economia, literatura…), ocupando, mesmo, lugares de destaque;
• aceitação da mulher em domínios anteriormente apenas masculinos.
– Mudança na relação homem-mulher: partilha de tarefas, companheirismo…
Conclusão
– Mudança irreversível: igualdade de géneros.
– Compreensão e aceitação da mudança como sinal de crescimento/evolução, contribuindo para uma sociedade mais justa e livre.
Grupo I
Lê atentamente o poema de Luís de Camões que se segue.
24
PALAVRAS 10
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
25
PALAVRAS 10
Grupo II
Lê com atenção o artigo de apreciação crítica que se segue.
Fados da vida
O novo álbum de Camané é um compêndio de corações
destroçados e de amores arrebatados e dramáticos.
Fado para gente vivida.
CAMANÉ DO AMOR E DOS DIAS · EMI
Carlos Vaz Marques já escreve quase tudo quando usa a palavra “decantação 1” para classi-ficar a arte de
Camané. “A cada novo disco”, explica o homem de Pessoal & Transmissível,
“tem vindo a fornecer-nos, gota a gota, fado a fado, palavra a palavra, as sílabas novas com
que poderemos inventar, cada um à sua maneira, um nome futuro e simultaneamente ances-
5 tral2 para o fado”. Isso e mais.
O novo álbum de Camané poderá mesmo intimidar quem nele quiser ouvir as palavras –
de Cesário Verde e Alexandre O’Neill a Fausto Bordalo Dias e Sérgio Godinho, entre outros
– como quem vê espelhos, temendo sempre encontrar o que não deseja. Episódios, sobressal-
tos da vida impressos na memória, momentos em que os sismógrafos do coração registaram
1 abalos em escalas terríveis. O título não foi escolhido simplesmente para o distinguir do ante-rior, Sempre de
0 Mim. Do Amor e dos Dias porque do que o coração sente, vive e sofre e do
tempo que mede as memórias e as feridas. Camané canta para homens e mulheres que têm
vida vivida, histórias e memórias. E por isso é um disco tão forte. “A meu favor”, escreveu
O’Neill e canta Camané, “tenho o verde secreto dos teus olhos / Algumas palavras de ódio algu-mas palavras de
amor”. É tão simples quanto isto: Camané canta a verdade e recorta cada pa-lavra para que não haja dúvidas,
numa
1 dicção séria de quem não se pode dar ao luxo que algo
5
se perca, mesmo as vírgulas que não se cantam, mas que se respiram.
Não há nada de novo em Do Amor e dos Dias. José Mário Branco produz de forma sabe-dora, com mão
invisível, deixando o ar cristalino desprender-se das cordas – as das guitarras,
2 violas e violoncelos e as da garganta de Camané – sem interferências de qualquer espécie. Não
0 é purismo, é inteligência. Porque a voz de Camané contém tudo: vidas, desesperos e tortuosas
paixões, saudades e mágoas que acreditamos serem sempre suas, mesmo reparando na assina-tura dos poemas,
porque este homem não sabe cantar sem sentir. De facto, podemos inventar,
como defende Carlos Marques, um novo nome para o fado. Já se chamou Amália, agora res-ponde a Camané.
ABREU, Rui Miguel, 2010. “Fados da Vida”. Blitz, n.º 52, outubro de 2010 (p. 88)
2
5
1. transvasar (passar de um recipiente para outro) um líquido a fim de o separar do sedimento;
2. antigo, relativo aos antepassados.
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PALAVRAS 10
Grupo III
Redige uma exposição bem estruturada, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre
o tratamento da temática amorosa na poesia de Camões
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PALAVRAS 10
Grupo I
1. O amor, uma vez que ao longo do poema o sujeito poético descreve, através de uma comparação, os
efeitos que esse sentimento lhe provoca.
2. Através da comparação, estabelece-se uma aproximação entre o pescador que, salvando-se de um
naufrágio, receia voltar a entrar no mar, e o sujeito poético, que procura evitar ver a mulher amada, dado que
a sua visão é causa de perturbação e sofrimento.
3. O amor provoca sentimentos de natureza contraditória no sujeito poético, uma vez que, se, por um lado, a
visão da mulher amada o perturba (“tormenta / de vossa vista”, vv. 9-10), por outro, é fonte de alegria (“dá-
me por preço ver-vos”, v. 13), motivo pelo qual ele não consegue evitá-la (vv. 13-14).
4. O texto pode ser dividido em duas partes: a primeira corresponde às duas primeiras estrofes, em que o
sujeito poético descreve a situação do pescador, como primeiro termo da comparação; a segunda inclui os
dois tercetos e apresenta o segundo termo da comparação, o “eu” e a sua relação de
afastamento/aproximação da mulher amada.
5. Trata-se de um soneto, constituído por duas quadras e dois tercetos, de versos decassilábicos organizados
segundo o esquema rimático a b b a / a b b a / c d d / c d d. A rima é interpolada e emparelhada.
Grupo II
1. O primeiro parágrafo funciona como introdução do texto. Rui Miguel Abreu serve-se das palavras de
Carlos Vaz Marques para descrever e elogiar a “arte de Camané” (l. 2).
2. A metáfora remete para a diversidade e a intensidade dos sentimentos expressos nas canções de Camané,
como se os mesmos fossem passíveis de medição objetiva e, desse modo, pudessem ser registados por
“sismógrafos do coração” (l. 9) capazes de registar os “sobressaltos” (ll. 8-9) e os “abalos” (l. 10)
sentimentais que o artista canta.
3. O crítico faz uma apreciação positiva do novo álbum do fadista, considerando-o um “disco tão forte” (l.
13), com uma expressão de sentimentos verdadeiramente honesta, em que o cantor respeita as palavras dos
poetas que representa, transmitindo as emoções como se fossem suas (“Camané canta a verdade e recorta
cada palavra para que não haja dúvidas […]”, ll. 15-16). Rui Miguel Abreu afirma que “a voz de Camané
contém tudo” (l. 21) e que o fadista “não sabe cantar sem sentir” (l. 23), realçando a sinceridade da sua
expressão. Ao estabelecer um paralelismo entre Amália, ícone do fado, e Camané, o autor coloca em
evidência a relevância do cantor neste género musical.
4.1. (C)
4.2. (A)
4.3. (B)
4.4. (D)
5. Existe a referência às cordas de instrumentos e às cordas vocais.
28
PALAVRAS 10
A. Lê o seguinte texto.
No mundo, poucos anos, e cansados
vivi, cheios de vil miséria dura;
foi-me tão cedo a luz do dia escura
que não vi cinco lustros1 acabados.
1
lustro – espaço de cinco anos;
2
Abássia – Abissínia (antiga designação da Etiópia);
3
fera – feroz;
4
avara – miserável
1. Explicita, recorrendo a exemplos textuais, como se torna evidente a visão pessimista do sujeito poético em
relação a um percurso autobiográfico, através de:
a) vocábulos com conotação negativa;
b) três recursos expressivos.
2. Mostra a importância do último verso para a determinação do tema do exílio, tão frequente em Camões .
29
PALAVRAS 10
inteligentes suscitaram (o Padre António Vieira foi um dos que defendeu com calor a política da
tolerância por razões económicas), a burguesia nacional declinou irremediavelmente.
Os artífices da maioria dos mesteres continuavam agrupados em corporações. Em Portugal,
como em Espanha, os laços corporativos desenvolveram-se e fortaleceram-se durante o século XVII,
10 generalizando-se por todo o País as corporações. (…)
O número de escravos importados em Portugal diminuiu durante o século XVII. Ao mesmo
tempo acelerou-se, sobretudo devido a miscigenação, o seu processo integracionista na sociedade
branca. Os escravos tornaram-se caros de mais para simples tarefas domésticas e revelaram-se pouco
necessários na província. Moda e novidade, fatores que em parte haviam determinado a sua importação
15 nos séculos XV e XVI, transformaram-se e passaram. Por outro lado, o tráfico escravo para a América e
as ilhas portuguesas de África tornou-se bem organizado e um dos mais rendosos de todos os tempos.
(…)
No interior das igrejas, surgiu e desenvolveu-se, a partir de finais do século XVI, um tipo de
decoração extremamente rico. Incluía azulejos de cores variegadas e a famosa talha dourada, cobrindo
20
por completo altares, retábulos, molduras, cornijas, coberturas, púlpitos, cadeirais, órgãos. Houve
numerosos casos em que todas as superfícies internas da igreja foram recobertas, quer de azulejos, quer
de talha dourada. Daqui resultaram consequências várias, por exemplo o declínio da pintura religiosa,
preterida pelas novas formas decorativas. Em compensação, pôde desenvolver-se a escultura de
imagens, tanto de madeira como de pedra, a arte tumular, os cadeirais de coro, os altares decorados.
25 A. H. de Oliveira Marques, Breve História de Portugal, Lisboa: Editorial Presença, 1995, pp.272-279.
4. Entre ”altares, retábulos, molduras, cornijas, coberturas, púlpitos, cadeirais, órgãos” (ll. 23-24) e “igrejas” (l. 20)
estabelece-se uma relação de
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A. holonímia-meronímia. C. meronímia-holonímia.
B. hiponímia-hiperonímia. D. hiperonímia-hiponímia.
6. Refere o valor da expressão temporal “ao mesmo tempo que” (l. 4).
7. Indica a função sintática do pronome relativo presente na frase: “Apesar de alguns protestos que esta e
outras atitudes menos inteligentes suscitaram” (l. 6-7).
8. Classifica a seguinte oração: “que em parte haviam determinado a sua importação nos séculos XV e XVI”
(l. 16).
Grupo I
A.
1. Ao longo do poema, evidencia-se toda uma mundividência pessimista através do predomínio de vocábulos com
uma conotação negativa, tais como “cansados”, “vil miséria dura”, “trabalhos arriscados”, “ar corruto” e “Abássia
fera e avara”. Estão presentes alguns recursos expressivos, como o oximoro “Foi-me […] a luz do dia escura”, a
metáfora “Me fez manjar de peixes”, a apóstrofe “bruto Mar”, a dupla adjetivação “vil miséria dura”.
A presença da primeira pessoa do singular (“vivi”, “vi”) remete para um percurso pessoal, confirmando que parece
tratar-se de uma confissão do “eu”.
2. No último verso do poema, o “eu” deixa transparecer o seu amor à pátria e a saudade que sente dela. Este verso
enfatiza a saudade do eu lírico enquanto consequência do seu afastamento forçado da terra natal. É o próprio “eu”
que confessa esse afastamento quando refere o “ar corruto, / Que neste meu terreno vaso tinha/ Me fez manjar de
peixes em ti, bruto / Mar, que bates na Abássia fera e avara, “.
Grupo II
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
D B A C C Valor de Complemento direto. Oração subordinada
simultaneidade. adjetiva relativa
restritiva.
Grupo III
Tópicos sugeridos:
corresponde à 5.ª arte, com o intuito de expressar emoções e ideias;
o teatro desperta os sentimentos e emoções do público, fazendo-os rir ou chorar. (Teatro de revista, tragédia,
comédia…);
as peças de teatro são momentos de cultura e transmitem conhecimento aos espectadores;
o teatro mostra a cultura e forma de pensar de determinada época ou contexto social
nas crianças, o teatro contribui para a formação e para o desenvolvimento, despertando o desejo por conhecimento.
(…)
32
Palavras10
5. Explicita o sentido do verso “qualquer grande esperança é grande engano” (v. 8).
(10 pontos)
B.
4. Exemplo:
O sujeito poético entende a vida como uma experiência longa e cada vez mais penosa; toma consciência da
aproximação do termo da sua vida.
5. O verso “qualquer grande esperança é grande engano” (v. 8) sugere que, para o sujeito poético, toda a
esperança acaba por se revelar ilusória.
5.1. A ideia transmitida pelo verso concretiza-se nos dois tercetos. O bem desejado é representado como
um objetivo que se persegue, num caminho em que o sujeito cai e se levanta e encontra tantos obstáculos
que o bem desejado se perde de vista e o desânimo vence.
33
Palavras10
34
Palavras10
5. O conector «Porque» (v. 12) tem a função de estabelecer uma ligação entre os dois tercetos. O último terceto,
iniciado com o conector causal, inicia a apresentação da causa que levou ao ferimento – metafórico – do sujeito
poético: o olhar da mulher.
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