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Microeconomia II - 2020.

Mercado de Fatores

Marcos Puccioni de Oliveira Lyra


marcosplyra@gmail.com
29 de março de 2021
Anteriormente...

 Condição Geral para Maximização de Lucros: 𝑅𝑀𝑔 =


𝐶𝑀𝑔
1
 𝑅𝑀𝑔 = 𝑝 1 −
𝜀

 Em concorrência perfeita, temos: 𝑅𝑀𝑔 = 𝑝 = 𝐶𝑀𝑔


 Produto Marginal de um fator 𝑥1 é dado por:
𝜕𝑞
𝑃𝑀𝑔𝑥1 =
𝜕𝑥1
Objetivos

 Apresentar a demanda por fatores de produção em


mercados competitivos e não competitivos, bem como
os efeitos de mudanças na oferta dos fatores
 Discutir o caso em que há apenas um comprador para
determinado bem, o monopsônio, e o impacto no bem-
estar
 Comparar o caso do monopólio upstream e downstream
com o caso do monopólio integrado
Estrutura da Aula

 1) Maximização de Lucros e a demanda por fatores


 2) Mercado de Fatores Competitivo
 3) Mercado de Fatores Não Competitivo
 4) Monopsônio
 5) Monopólios usptream e downstream
 6) Resumo
Maximização de Lucros e a
demanda por fatores
Qual é o impacto da variação na utilização de fatores
de produção nos lucros?
Maximização de lucros

 O processo para descobrir a curva de oferta em


concorrência perfeita frequentemente apresentam uma
função custo, isto é, uma função que representa o custo
mínimo para alcançar determinado nível de produção
 Desta forma, basta maximizar a função lucro em relação à
quantidade produzida para encontrar a curva de oferta
 Porém, é possível maximizar lucros sem conhecer
previamente a função custo, simplesmente utilizando a
soma da quantidade empregada dos fatores pelo seu custo
(ex: wL+ rK).
 Desta forma podemos obter a curva de demanda por
fatores, que mede a relação entre o preço de um fator e a
escolha maximizadora de lucros daquele fator
Mercado de Fatores
Competitivo – curto prazo
 Como encontrar a curva de demanda por fatores?

 A função lucro pode ser escrita da seguinte forma:


𝜋 = 𝑝(𝑞)𝑞 − 𝑤𝐿 − 𝑟𝐾
Sendo p o preço, 𝑞 a quantidade produzida, 𝐿 o insumo
trabalho e 𝐾 o insumo capital utilizados na produção e 𝑤 e
r o preço dos insumos, respectivamente

 A decisão da firma no curto prazo assume que K é fixo,


logo:
𝜋 = 𝑝(𝑞)𝑞 − 𝑤𝐿 − 𝑟𝐾ഥ
Mercado de Fatores
Competitivo – curto prazo
 Se mercado pelos fatores de produção for
perfeitamente competitivo, podemos descobrir a
quantidade de fatores maximizadora de lucros no curto
prazo da seguinte forma:
𝜕𝜋 𝜕𝑞
=𝑝 −𝑤 =0
𝜕𝐿 𝜕𝐿
𝜕𝑞
𝑝 =𝑤
𝜕𝐿
 Cabe notar que o ao derivar a função lucro, o 𝑝 é uma
constante por se tratar de um mercado de fatores
competitivo. O mecanismo é similar ao que abordamos
no mercado de produto.
Mercado de Fatores
Competitivo – longo prazo
 Em relação à decisão de produção no longo prazo,
temos que maximizar a função lucro em relação à K:
𝜕𝜋 𝜕𝑞
=𝑝 −𝑟 =0
𝜕𝐾 𝜕𝐾
𝜕𝑞
𝑝 =𝑟
𝜕𝐾
𝜕𝑞
 Sabemos que é o produto marginal do fator x, logo:
𝜕𝑥
𝑝𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
𝑝𝑃𝑀𝑔𝐾 = 𝑟
 A partir destas relações, podemos encontrar as curvas
de demanda dos fatores
Mercado de Fatores Não
Competitivo – curto prazo
 Voltando à função lucro:
𝜋 = 𝑝(𝑞)𝑞 − 𝑤𝐿 − 𝑟𝐾
 Podemos encontrar a quantidade de fatores de
produção que maximiza lucro no curto prazo tornando o
insumo 𝑥2 fixo, de modo que:
𝜋 = 𝑝 𝑞 𝑞 − 𝑤𝐿 − 𝑟𝐾ഥ
𝜕𝜋 𝜕𝑝 𝜕𝑞 𝜕𝑞
= 𝑞+ 𝑝−𝑤 =0
𝜕𝐿 𝜕𝑞 𝜕𝐿 𝜕𝐿
𝜕𝑝 𝜕𝑞
𝑞+𝑝 =𝑤
𝜕𝑞 𝜕𝐿
𝜕𝑝 𝑞 𝜕𝑞
𝑝 +1 =𝑤
𝜕𝑞 𝑝 𝜕𝐿
Mercado de Fatores Não
Competitivo – curto prazo
𝜕𝑝 𝑞 𝜕𝑞
𝑝 +1 =𝑤
𝜕𝑞 𝑝 𝜕𝐿
𝜕𝑞 𝑝 𝜕𝑞
 Lembrando que ε = − 𝜕𝑝 𝑞, e que 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝜕𝐿 logo:
1
𝑝 1− 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
ε
1
 Como 𝑅𝑀𝑔 = 𝑝 1 − , temos:
𝜀

𝑅𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤

 Produto da Receita Marginal (𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿): efeito na receita


derivado da utilização de mais um insumo na produção
Produto da Receita Marginal –
Mercado competitivo x Não
competitivo
 É fácil verificar que o resultado de concorrência
perfeita é obtido quando a demanda é infinitamente
elástica:
𝑅𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
1
𝑝 1− 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
ε
 Como 𝜀 = ∞, temos que:

𝑝𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
 Neste caso o produto da receita marginal é apenas o
valor da receita marginal
Mercado de Fatores
Competitivo
Rendimentos Decrescentes do
Fator Trabalho
 Como o fator trabalho tem rendimentos decrescentes, o
valor do produto marginal também cai à medida que
aumentam as horas de trabalho empregadas na
produção
Produto da Receita Marginal
Salários por
hora (w)

Mercado de Produto Competitivo (P = RMg)

𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = pPMgL

Horas de trabalho (L)


Demanda pelo fator trabalho no curto
prazo (com Capital Fixo)
Em um mercado de trabalho competitivo, uma empresa enfrenta uma
Salários por oferta perfeitamente elástica de mão de obra
hora (w) e pode contratar tantos trabalhadores a w *.

A empresa maximizadora dos lucros contrata unidades L *


de trabalho no ponto em que a receita do produto
marginal do trabalho é igual à taxa de salário.

w* 𝑂𝐿

𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = 𝐷𝐿

L* Quantidade de Trabalho
Demanda pelo fator trabalho no
curto prazo (com Capital Fixo)

 Escolhendo a quantidade do trabalho que maximiza os lucros


 Se 𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 > 𝑤 (custo marginal de contratação de um trabalhador):
contratar mais trabalhadores
 Se 𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 < 𝑤 : contratar menos trabalhadores
 Se 𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = 𝑤 : quantidade de trabalho de maximização do lucro

 A quantidade que maximiza o lucro é aquela em que a receita


marginal de se empregar uma unidade a mais do fator trabalho
(PRMgL) se iguala ao custo marginal de emprega-lo (w)
Efeito da variação na oferta
do fator – curto prazo

 Se a oferta de trabalho aumentar em relação à demanda, um


excedente de mão de obra existiria e o salário cairia.
 Como este impacto afetaria a quantidade contratada de trabalho?
Efeito da variação na oferta
do fator – curto prazo
Salários por
hora (w)

w1 S1

w2 S2

𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = 𝐷𝐿

Quantidade de Trabalho
L1 L2
Mercado de Fatores
Competitivo no curto prazo
 Comparando Mercados de Fatores e Produtos:
𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = 𝑅𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔𝐿
 No ponto de maximização da contratação de trabalhadores:
𝑅𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔𝐿 = w
𝑤
𝑅𝑀𝑔 =
𝑃𝑀𝑔𝐿
𝑤
 Podemos obter que 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝐶𝑀𝑔
∆𝐶𝑉 𝑤∆𝐿 𝑤
𝐶𝑀𝑔 = = =
∆𝑞 ∆𝑞 𝑃𝑀𝑔𝐿
 Logo:
𝑤
𝑅𝑀𝑔 = = 𝐶𝑀𝑔
𝑃𝑀𝑔𝐿
𝑅𝑀𝑔 = 𝐶𝑀𝑔
Mercado de Fatores
Competitivo no curto prazo
 Comparando Mercados de Fatores e
Produtos:
 Em ambos os mercados, a contratação de
produtos e fatores ocorrem onde RMg = CMg
 RMg gerada pela venda do produto
 CMg resultante da aquisição de fatores
Efeito da variação na oferta
do fator – longo prazo

 Cenário:
 Produção realizada com dois fatores
variáveis:
 Trabalho
 Capital (Máquinas de linha de montagem)
 Assumindo que a taxa de salário se reduz:
como a diminuição da taxa de salário irá
impactar a demanda de trabalho?
Efeito da variação na oferta do
fator – longo prazo
Quando dois ou mais fatores são variáveis, a
Salários por demanda de uma empresa por um fator depende da
hora (w) receita do produto marginal de ambos os fatores .

Quando 𝒘 = 𝟐𝟎, são demandadas 100 horas


de trabalho (A).

Quando 𝒘 = 𝟏𝟓, aumenta a demanda por


A trabalho e, ao mesmo tempo aumenta o
20 PMgK, encorajando a aquisição de mais K.
Com mais K, o PMgL aumenta, de modo que
C o PRMgL se desloca, levando ao ponto C.
15
B
10 𝐷𝐿
𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿2
5 𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿𝟏

0 40 80 120 160 Horas de trabalho


Exercício

Em um mercado de concorrência perfeita onde as empresas


maximizam lucros e percebem oferta perfeitamente
elástica de insumos, para uma função de produção 𝑦 =
𝐿0,5 𝐾 0,5 , responda:
a. Qual a função de demanda por insumos?
b. Qual a parcela de gastos em cada insumo, em
relação à receita?
Exercício

 Qual a função de demanda por insumos?


 Sendo w o preço do insumo trabalho, podemos observar:
𝑤 = 𝑝. 𝑃𝑀𝑔𝐿

𝜕𝑦
𝑃𝑀𝑔𝐿 = = 0,5𝐿−0,5 𝐾 0,5
𝜕𝐿
𝑤 = 𝑝0,5𝐿−0,5 𝐾 0,5

1
𝑤 −0,5
𝐿=
0,5𝑝𝐾 0,5
−2
𝑤
𝐿= → 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐿
0,5𝑝𝐾 0,5
Exercício

𝑟 = 𝑝𝑃𝑀𝑔𝑘

𝜕𝑦
𝑃𝑀𝑔𝐾 = = 0,5𝐿0,5 𝐾 −0,5
𝜕𝐾
𝑟 = 𝑝0,5𝐿0,5 𝐾 −0,5
−2
𝑟
𝐾= → 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐾
𝑝0,5𝐿0,5
 Qual a parcela de gastos em cada insumo, em relação à receita?
𝑤𝐿
→ 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐿 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑅𝑇
𝑅𝑇 = 𝑝𝑦 = 𝑝𝐿0,5 𝐾 0,5

E sabendo que 𝑤 = 𝑝0,5𝐿−0,5 𝐾 0,5 :

𝑤𝐿 𝑝0,5𝐿−0,5 𝐾 0,5 𝐿 0,5𝑝𝐿0,5 𝐾 0,5


= = = 0,5
𝑅𝑇 𝑝𝐿0,5 𝐾 0,5 𝑝𝐿0,5 𝐾 0,5

𝑟𝐾
→ 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐾 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 à 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑅𝑇

𝑟𝐾 𝑝0,5𝐿0,5 𝐾 −0,5 𝐾
= = 0,5
𝑅𝑇 𝑝𝐿0,5 𝐾 0,5

O gasto em cada insumo corresponde a 50% da receita total.


Mercado de Fatores Não
Competitivo
 A partir da maximização de lucros, obtivemos a seguinte
relação:
1
𝑝 1− 𝑃𝑀𝑔𝐿 = 𝑤
ε

 Comparando as situações de mercados não competitivos


e competitivos, podemos verificar que a seguinte
desigualdade é válida:
1
𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 = 𝑝 1 − 𝑃𝑀𝑔𝐿 ≤ 𝑝𝑃𝑀𝑔𝐿
ε
 Como o monopolista atua onde a demanda não é
infinitamente elástica, para qualquer nível de produção
o valor marginal de uma unidade adicional de fator de
produção será menor para o monopolista do que para a
empresa competitiva
 Após um determinado nível de produção, qualquer
unidade a mais produzida reduz o preço (monopolista é
formador de preço) que o monopolista cobra de modo a
reduzir seu lucro. Um aumento na produção de uma
empresa em concorrência perfeita não altera o preço
que ela pode cobrar (é tomadora de preços)
Demanda de fatores do monopolista
e da firma competitiva
Salários
por hora
(w)

𝑤
𝑃𝑅𝑀𝑔𝐿 𝑝𝑅𝑀𝑔𝐿

𝑥𝑚 𝑥𝑐
 O gráfico anterior permite chegarmos a uma conclusão
interessante: assim como o monopolista produz uma
quantidade menor de produto do que uma firma em
concorrência perfeita, também emprega menos fatores
de produção
Exercício

Suponha que a curva de demanda com a qual o monopolista


se depare seja 𝑝 𝑦 = 100 − 2𝑦. Sua função de produção é
𝑦 = 2𝑥 e o preço do fator é igual a 4.
a) Determine a quantidade de fator de produção que o
monopolista empregará
b) Compare com a quantidade que seria empregada por
uma empresa competitiva
Exercício

 a) Determine a quantidade de fator de produção que o


monopolista empregará
𝑅 = 𝑝𝑦 = 100 − 2𝑦 𝑦 = 100𝑦 − 2𝑦 2
𝑅𝑀𝑔 = 100 − 4𝑦
𝜕𝑦
𝑃𝑀𝑔𝑥 = =2
𝜕𝑥
𝑃𝑅𝑀𝑔 = 𝑅𝑀𝑔𝑥 𝑃𝑀𝑔𝑥 = 𝑤
4 = 2 100 − 4𝑦
𝑦 = 24,5
𝑦 = 2𝑥 → 𝑥 = 12,25
Exercício

 b) Compare com a quantidade que seria empregada por


uma empresa competitiva
 Em mercado competitivo, sabemos que:
𝑝𝑃𝑀𝑔𝑥 = 𝑤
2 100 − 2𝑦 = 4
𝑦 = 49
𝑦 = 2𝑥 → 𝑥 = 24,5
Monopsônio
O comprador também pode ter “poder de mercado”?
Características Básicas

 Monopsônio: mercado em que há um único comprador


 Oligopsônio: mercado em que há poucos compradores
 Poder de monopsônio: a capacidade de um comprador
afetar o preço do bem, fazendo com que este seja
inferior ao preço que prevaleceria em um mercado
competitivo
Conceitos Importantes

 Valor Marginal (VMg): benefício adicional derivado da


compra de mais uma unidade de produto
 Despesa Marginal (DMg): custo adicional da compra de
mais uma unidade de um bem
 Despesa Média (Dme): Preço pago por unidade de um
bem

 Vamos estudar as duas estruturas de mercado extremas


sob a ótica do comprador: o comprador competitivo e o
monopsônio
Comprador X Vendedor Competitivo

Preço Comprador Preço Vendedor CMg

DMg = DMe RMe = RMg


P* P*

RMg = CMg
DMg = VMg em Q* P* = RMg
DMg = P* P* = CMg
P* = VMg D = VMg

Quantidade Quantidade
Q* Q*
Comprador X Vendedor
Competitivo
 O Vendedor competitivo toma o preço como dado
(tomador de preço), de modo que a receita marginal e a
receita média são constantes e iguais ao preço.
 Em equilíbrio, o preço se iguala ao custo marginal
 O comprador competitivo toma o preço como dado, de
modo que a despesa marginal (custo para adquirir uma
unidade a mais do produto) é sempre a mesma, bem
como a despesa média.
 Em equilíbrio, o comprador adquire uma quantidade de
produto em que o valor marginal (sua demanda) se iguala
à despesa marginal
Monopsônio

 Quando há apenas um único comprador, este é um


fixador de preços: quanto mais ele demandar um fator,
maior será o preço
 A despesa média será crescente
 A despesa marginal estará acima da despesa média
 A despesa média do comprador único é a curva de oferta
do mercado
Monopsônio
A curva de oferta de mercado é a curva
$/Q de despesa média do monopsonista

DMg
Monopsônio
•DMg > P e
acima de S
S = DMe

PC
Competitivo P*m
•P = PC
•Q = Qc
VMg

Q*m QC Quantidade
Monopsônio
 O comprador compra uma quantidade Q* tal que a
despesa marginal se iguale ao valor marginal
 O preço é dado pela curva de oferta
 O monopsônio é análogo ao monopólio

 Monopólio  Monopsônio
 RMg <P  DMg >P
 P > CMg  P < VMg
 Qm < QC  Qm < QC
 Pm > PC  Pm < PC
Monopólio

$/Q Monopólio
Obs.: RMg = CMg;
RMe > CMg; P > CMg

CMg
P*

PC

RMe

RMg

Q* QC Quantidade
Monopsônio
Monopólio e monopsônio
$/Q
DMg Monopsônio
Obs.: DMg = VMg;
DMg > DMe; VMg > P

S = DMe

PC
P*

VMg

Q* QC Quantidade
Poder de monopsônio

 No caso de poucos compradores no mercado, estes são


capazes de influenciar o preço que pagam (por
exemplo, no setor automobilístico).
 O poder de monopsônio lhes possibilita pagar um preço
inferior ao valor marginal do produto.
Poder de monopsônio

Peso morto decorrente do


 Determinação do
peso morto no poder de monopsônio
monopsônio
Preço
 Variação no excedente do DMg
vendedor = -A-C
peso morto
 Variação no excedente do
comprador = A - B S = DMe
B
 Variação no bem-estar = PC A C
-A - C + A - B = -C - B P*
 Ocorre uma perda de
eficiência dado que a VMg
quantidade comprada é
menor
Q* QC Quantidade
Fontes do poder de
monopsônio
 O grau do poder de monopsônio depende de três fatores
1. Elasticidade da oferta do mercado
 Quanto menos elástica for a oferta de mercado,
maior será o poder de monopsônio.
2. Número de compradores
 Quanto menor for o número de compradores,
menos elástica será a oferta e maior será o
poder de monopsônio.
3. Interação entre os compradores
 Quanto menos intensa for a competição entre os
compradores, maior será o poder de monopsônio
Poder de monopsônio
Poder de monopsônio: oferta
elástica versus oferta inelástica DMg
$/Q $/Q VMg - P*
VMg - P* S = DMe

DMg

S = DMe
P*

P*

VMg VMg

Q* Quantidade Q* Quantidade
Monopólios usptream e
downstream
O que ocorre quando há dois monopólios em
diferentes etapas da cadeia produtiva?
As etapas upstream e
downstream
 Quando o processo de produção de determinado bem
possui duas etapas na cadeia produtiva, podemos
chamar de upstream a etapa anterior e downstream a
etapa subsequente
 Já analisamos isoladamente ambos os casos em que o
processo de produção do produto final (downstream) e a
etapa upstream, o mercado de fatores, eram dominado
por um monopolista.
 O que acontece quando ambas as etapas possuem um
monopolista (um monopolista upstream e outro
downstream)?
A dupla margem

 O monopolista downstream maximiza lucros e vende seu


fator de produção por um preço acima do custo
marginal de produção
 O monopolista downstream, por sua vez, não só adquire
o fator de produção a um preço acima do custo
marginal, como também vende seu produto final por um
preço acima do preço pago pelo fator de produção
 Desta forma, podemos dizer que há um markup duplo
ou dupla margem
 Um monopólio integrado (modelo de monopólio puro
tradicional) resulta em quantidades produzidas maiores
e preços menores
Resumo

 A demanda por fatores mede a relação entre o preço de


um fator e a escolha maximizadora de lucros daquele
fator
 O Produto da Receita Marginal mede o efeito na receita
derivado da utilização de mais um insumo na produção
 Em equilíbrio, o produto da receita marginal é igual ao
custo marginal de se adquirir tal fator de produção
 No caso competitivo, o produto da receita é igual ao
valor do produto marginal (𝑝𝑃𝑀𝑔) de determinado fator
 A partir de determinado nível de produção, o valor
marginal de uma unidade adicional de fator de
produção será menor para o monopolista do que para a
empresa competitiva
Resumo

 Um comprador competitivo adquire bens por um preço


determinado pelo mercado, enquanto um monopsonista
é capaz de fixar preços mais baixos
 Quando há poder de monopsônio, o comprador é capaz
de adquirir bens por preços abaixo de seu valor marginal
 A existência de monopólios upstream e downstream
resultam em preços maiores e quantidades produzidas
menores do que quando o monopólio é integrado

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