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| SEMENTES - Ciéncia, Tecnologia e Produgéo e.. vat Editores Nelson Moreira de Carvalho Joao Nakagawa Oo &£ Pondagée de Esnudos ¢ Pesquisas exn Agronosnin, Medicina Veteinésia ¢ Zootecnia- Funep ngs assbanents Pep i Ss ica catlogtea preparada pelaSeciode Aqulsigioe Tratamer'o Je tnformacio do Servigo de Biblioita e Docursensagto ds FCAV. Carvalho, Nelson Moreira de, ed ‘Sementes: encla, tcnologia @ produgio. Balt. de [Nelson Moreira de Carvalho e Joao Nalsagews ~ 4. ec — Jabeticabal : Panep, 2000, 38 pus ; 24 cm ISBN: 85-87652-05-9 1 Sementes.1- Fil. coe: GL Sg 20 Probida arepeodugio total ov pail Cos franz serio pos 2a oma 3 Pexoncko oe srore «Poses Bu ACTON, ‘Montana Vera ® Zoorcns Bae ‘Via de Acttio Prof, Paulo Donato Canellane, “99-500. Jaboteabal ~ “Tel OB00 5533.26 / Hae xn) 3232852, otie Fag: hapa fanep com be APRESENTACAO ‘As us primeitas edicSes deste Hivro foram realizadas pela Findagto Cargill, « primeim em 1960, a segunda em {Toa} ¢ a terceira em 1988. Foramt em toro de 3000 cexemplares do Ihre que, nesse espago de 18 anos, foram istividos gratuitamente pela Purdacko Cargill. Com essa flosofa de trabalho, a Pondag Cargill produzi eso jntegralments 2 svas expenses alguinas centcnas de stalos tum mimero incontével ce exemplazes entre tecnicos & ‘etudentes de Agronosmia ede outtas areas, Fol um trabalho tag notével que nifo € impzovaivel que se poss, gum dia See dividis a histéxia do fvro didética universiiro de Gitnelas. Agréias no Bresil em um periodo antes ¢ one depois da Fundasio Cail "A Funcagao Cargil) decidiuese, a0 entamto, pel Interupsao de produgao de livos. Como os exemplare dlene lero exgotararase por volta do final do ano de 199 seus autores resolveram que se deveria prodvztl ovamente, agora por outra Fators, A demands peto relatvamente alte, de mancirt que se justiiea colocilo ‘Ssposieto do pblico interessedo, Para cubssira Fonds Call os autores penseram na Funep, rio somente Por tintar de editors que tem seu enderego no campus em trababa ur dos autores mas, acima de axdo, pelo dinamisr coin que essa Fundagio tem sc dedicado & producio ccomercalizagao de INT0s. 0s autos INDICE IL- EaPORYANCIA DA SEMENTE.. 1 COMO MECANISMO DE PERDESUAGKO DA ESPECE 6 2 COMO ELEMENTO MOPIFICADOR DA HISTORIA DO 3. COMO ATINENTO 1 GOMO MATERIAL BE PESQUISA 5, COMC INIMIGO DO HOMEM.. III-A FORMAGAO DAS SEMENTIS.. 1. INTRODUGAO .. 2. vULO 43 MACROESPOROGENISE E GAMETOMTO PEMININO 18 4. MMICROSPORANGIO, MICROESPOROGENESE 5 GAMIETOFITO MASCULINO wes 5, POLINIZAGAO = FERTILIZAGAO 6 ENERO... ‘7. ENDOSPERIA. 8, TEGUMENTO .. 9. APOMDIA 2, POLTEMBRIONIA.... . 40. MUDANGAS BIOQUIMICAS DURANTE 0. [DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE LUTERATURA. Syke ham IV- A SEMENTE MADURA, ESTRUTURAS E RESPECTIVAS FONCORS . ns 1, CASCA.. 2. THCIDO BE RESERVA 3. EIKO EMBAIONARIO ‘LITERATURA... ‘¥-COMPOSIGAG QuIsICA OF SEMENTRS. 1 INTRODUCAO ... 2, CARBOIDRATOS. esse 3. Libres. 4 PROTEINAS 5. OUTROS COMPONENTES TIERATURA nu . VI- MATURAGAG DE SENENTES sree 1. INTRODUGAO . 2 TAMANHO Da Sesitin is 3. TEOR DE AGUA DAS SEMENTES .. se BOL 4 CONTRODO Di MATERIA SECA DAS SEMENTES. 102 5, GERMINAGAO Das SEMENTES. 6 ViGoR ss SEMENTE 7. ANALISE DAS MODIFICAGOES 8, MATURIDADE E COLHEITA (LITERATURA... Vil - GERMINAGAO DE. SEMENTES LRETRODUGKO vrs 2. DEADIGAO. 4. FASES DA GERMINACAO. 4.TIPOS DE GERMINAGAO .. 5: FATORES QUE ARETIM A GEIDIDAGAO 5.2. Patsres internos.. 511 Longevidade 5.1.2. Viabilidade 6. MBTABOLISMO DA Graig EITERATURA soso ‘Vi -DORMENCTA DE SEAENTES. 1. DEFNIGAO 2. SIGRIFICADO BCOLOGICO 3.TIPOS DE DORMENCIA 4. MECANISMOS DE DORMENGIA 4.1. Controle de entrada de fgoa 42, Controle de desenvalvimeatc do eixo embtlenle vee a5 45, Controle do equiliio eate substEncias ‘romotoias € inibiconas do crescimento.-.em-175 43:1, Sabsistenoa sensvel 3 fn 432. Subsiscema sensive! A mmpersrore 433, Subsinema senaivel ao origento e/6u 20 pis carbinica, 434. Subsisema sensivel umidade. 435, Subsizema senatvel zo etleno 436. Subsistema sensival a substinciss reoeptoras de hicrogénio ou cletrons 5. CONSIDBRAGOES FINA = LITERATURA, . D- VIGOR DE SEMENTES 1, INTRODUGAO, 2. CONCHITOS DB VIGOR. 3. FATORES QUE APETAM O VIGOR 4 METODOS PAKA TRSTAR O VIGOR "a7 LITERATURA B39 X-+ PRODUGAO Da SEMENTES.. 23 ‘A- O PROCESO DE CERTICROVAISCALEACKO 28 EL INTRODUCAO 283 2. ENTIDADES PAETICIPANTES “29 3. CLASSES DE SEMENTES .... 252 ‘4 FASES DO PROCESO DE CERTIFICAGAO/ HISCALIZACAO.. 255 5. ESTADELECIMENTO DE GAMPOS PARA PRODUCES DEE SEMENTES CEETIFIGADAS/FISCALIZADAS 6. INSPEGORS no . 6.4. Fase de campo -. 62. Fase de aborstsi. UTERATURA 1B EATORES QUE APETAM ‘DESEMPENHO DAS SEMENTES... 1. ORIGEM DAS SEMENTES..... 308 LUTERATURA 2. VIGOR DAS SEMENTES sos “ 21. Sobte a semence 310 2.2, Sobre a plana. Peon LETERATURA 316 3. TAMANHO DAS SEMENTES ' 39 1 Efetos sobre « germinagie © 0 vigor das neu. 39 3.2. Hfehos sobre fase da erescinento ineiel 321 3.3. Bfeits sobre & PrOGUGEO sen nn nmsne LITERATURA. 4 TRATAMENTO QUDAICO DAS SEMENTES wanes 329 4.1. somonte necessita coaimente ser trata on... 329 42.8 garantido 0 mercado de temente3 ron 3IS 463, Proxtutes, doses e equipamentos para 0 Tratimento de sementes cor Fungicidas ou 9 peso das sementos 350 6.2, Bfeivos solve 4 qualidade Rsioldgica das sementes 352 (63. Fleitns sobre a qualidade aonitiria das sementas vo LITERATUR, 7.INJURIA MECANICA 7, Fontes de infra mecca aon 7.2. Patores que contralan 0 gran de ina smecinics 362 173. Bfokos da injia mocdnica. - Br ITERATURA, . 88, 8. TECNICAS ESPECIAIS 375 HTERATURA, ~ 378 {Xd SECAGEM DE SEMENTES 1 INTRODUGAO.. 2. AGUA NA SEMENTE 2.1. Pracess0$ Blol6 1008 «sins sn 381 2.2. Boullbto higrosedplon 382 23, Rell oom colneha © benefiamenta 388 3. 0 PROGESSO DA SECAGIM. 4. MBTODOS DE SECACEM, 4.1. Secagem natural 2, Secagem atic. 5. ESFRIAMENTO DA SEMENTE TITERATURA ses SO - BENERICIAWENTO 4, INTRODUCAC... 2. BASES DE SEPARAGAO.. 21, Tamanho. 21 Pea agar espessvea 2.12. Blo compris. 2.2. Pon sone vu 23 Peso n 24. Testor do legumiento « 25, afiuidade por qoisos 26. Cor 2.7. Conduuividace lezen 43, OPEHAGOES DE PENEMICIAMENTO. 3.1. Recepgio e armazcnaments.. 82, SeeageM nn 3.3. Prédimpeza © preparo ov eondicionamento 49 3.4, Limpeza one A 35 Separacio clasificacao 483 3.6. Tratamento e ensacamento 437, Armazenaraento. 3.8. Exuagho da semente 4 EBOOUIA BDISPOSIGAO DE MAQUINAS DE [BENBFIGIAMENTO. LITERATUR coon {IIT - EXTRAGAO DS SEMENTES DE FRUTOS CARNOSOS...452 BINTRODUCAO ssn 2. COLBELTA DOS FRUTOS 3. BXTRAGAO DAS SBMENTES 4. REMOGAO DA MUCTLAGEY. 5. LAVAGEM DAS SEMENTES 6, UNIDADE DE EXTRAGAG DE SEMENTES POR ‘Va CIDA, EITERATERA. OV - ARMAZENAMENTO 1. INTRODUGAD... 2. TIROS De ARMAZENAMENTO 2.3. Armozenamento de sementes camerciats. 22, Armazenamento ce estaques reguladores 489 23, Armazenamenio de sementes bsieas 4890 2.4, Armazenamento de sementes em bancos de semoplasma 5, FATORES QUE INFLUIRZ SOBRE A consgAO DE SEMENTES... 4.1. Qualidade iniial da eamente 332. Carecteriicus do ambiente do san. LITERATURA.. “XV - PATOLOGIA DB SEMENTES: SIGNIFCADO E “ATRIBUICOES. 1 INTRODUCAG. 2, EVOLUCAD HISONICA, 43. TERMINOWOGA E CONCEITOS 1. PATOGENOS TRANSMITIDOS POR SEMENTES 5. 0 TRANSPORTE DE PATOGENDS PLAS SEMENTES 6.SIGNIFICADO DA ASSOGIACKO DE PaTOSENGS (COM SEMENTES. 6.1. Consideragtes eoontmieas 6.2, Tipos de denos eansados par palogenct associadas a sementes. “ 6.3. Implicagies epideminlsgleas da associate de PAI|BEOS cm EMEA ane 588 631. A semente como meio de sobrevivéncla be pat gen08 wn 632, A serente eome melo de tatradugio © fctnnulo de indcalo em areas de eulioo 541 633. A senrente como mio de disseming cde patégenoe a longs distancias 634. © papel das cementes na selegio © disseminagio de racas patogenicas 64.A Pacologia de Semsentes em programas de coming 65, 8 Patchoyia de Sementea © Quaventera +7. MECANISMOS F DINAMICA DA TRANSMISSA9 DE. PATOGENOS POR SEMENTES . wo 548 74.0 process de contuminagio e infecgio de ‘gementer (PSS @ 5—>3) “7a A trantnisszo de pat6genos da semeate 3 planta (S—>>) 7.5 Patores que afetam a wansnistio de palogenoe a pant de serene. 8.9 CONTROLE DE PATOGENOS ASSOCIADOS A SPMENTES RL. Métodas de conteale em campas de sementes 558 BLA. Selegio de culivares 8.12, Sclego de freas . 823 Pasties culture BAA. Inspogdes de campo 82. Mesodos de contzoie em semonles (fase pos ‘clbeits) B21. Bhninagto durante o boncticiaraente 585 8.2.2 Inatvacio de faGeulo durant © argnazenamento 8233 Indexagao de semenres. Bad, Tratamento diver de semenres 8.24.1, Métodes hick gi608 0 2.42. Metodes fisicos 8.2.43. 0 waementn quimico Ge sementes. 9, PATOLOGIA RM RELAGAG AO VIGOR DE {WTERATURA 539 SEMENTES CIBNCIA, TECNOLOGIA E PRODUCAO Nelson sforeiea de Carvatto Jodo Nakagawa LINTRODUGAO 1, HISTORICO Caleula-se que hé uns 10 mil anos atrés 0 homem verificou que a semente, quando plantada em condigbes asiequadas, vai dar origem 2 uma planta igual quel que Formou e que esta multiplicaria dezenas, ou até cenenas de ‘vezes, a somente original. ‘Uma vez consciente deste fato. - que hoje nos parece to clementar, mas que, na 6poca, deve ter sido precedidlo @ seguido dle enormes modificagdes nas processos entals ddos seres htumanos - 2s sementes passaram a ser material de grande importinala para 4 tranquilidade e prosperidade dos povos. “Uma coisa verificada mutt cedo pelo lxamem em sas atividades relacionadas com a Agricultura é que havia rnecessklade de se proceder a uma divisio de trabalho, isto & fazer com que alguns agricultores 36 produzissem sementes, enquanio outros procuzissem gytios. Para estes ‘iltimos fica, como fica aré hoje, custo dificil produit, ac ‘mesmo tempo, material para consumo (gifios) e material rrera plantio (sementes). Surgiram, enti, agrieultores que prochizian sementes apenes © que as comercializavam COs fs vizinhos, & medida que seus negocios © mentalidade empresarlal se expandiam. Duranie muito tempo, este tino de atvidede deve tor sequido tsjeGria bastante ircegular, alternando faves de avancon ¢ recios, colneidentes com is de maior ou menor Progresso da Inxnanidade, Mais rapidaments er. algunas fenes, menos em ouiras, contudo, a alividade de producto de sementes eresceu sempre, Com a Revolugio Industlal, a produgiio de vementes, deve ter solrido grande propresso, pols que a crescente mrecanizagio doe mieloe de produgio + de tranepories restltva em maior concentragio urbana, oA reduce da opulacio rural, no aperecimenta de novas cidades, numa tnelhor e mais ipida colonizagio dos novos continentes, ‘nama ampliage do pertodo médio da vida imamana¢, eido iso, consequenteinente, na necessidade de soir prochigao de alimentos ¢ de ravéria-prioma para as inddstias "A producio de sersentes deve ter sido objeto de ferades desde 0s seus priméniios, mas foi somente a paris dos primeits anos de século XIX que Foran amas ws primeieas provicnelas efetivas para teniar colbir abusos desse tipo Foi em 1816, em Bera, na Suiga, que surgi © primeira decreio proibindo a venda de semenies Ge tevo adulteradas. {ks frauds cometidas, de acondo com registros da. epoca, consistam na mistura de trevo com rela pencirads, lvacla color fim de se assemelhar ts somentes cu, entio, na Inistura com sementes semelhantes, mas de outras expéciee mals baraas, cx ainda, a. agara com semenies da mesma ‘especie, mas inviaves. ‘A promulgaio de uma lei para evita este ou aquele tipo de fraude to chega, post, a ser sufcente. E preciso aque se cle um 6rgo, ou instnuigto, que vertfique, mediante cerfiétios padronizades, se lel em questo ast8 eu mio senda observada, No eavo ce sementes, obviamente, esse Ongio € tm faboraterio no qual as aementes, que se propoem vender, sj anatisadas para verfcar se ce enquadram nos padrbes dle qualkiade impostes pels le 2 ' I Com essa finalidade precipna, surglu, entzo, em 1869, ex Thacinet, ne Sax6nia, Alemanka, o primeito faboratério de andlise de aementes do munulo, chefiado por Prederich Nobbe, betdinioo ¢ geneticsta alema0, Com a eriagao deste primeito laborat6rio, comecaram 2 surgir outies, MBO 36 n, ‘Alemania como em outros paises da Buropa, de sorte que Nobbe logo pescebeu que sc tomava necessiria a criaglo de regias para enalisar sementes que fossem observadas por todos os abonatirias, a fim de evar a obtengto de resultados conititantes, Nobbe tabalhou durante quase 7 anos ¢, finalmente, «m 1876, editou 0 seu “Handbuch dor Semenlund’, ui aleatado volume ée 631 paginas. Durante aproni:adamente 50 anor, esse manil osintox: os trbalios dds laborat6rios de sementes, nio obstante suas intmeras fathas e de ter tocado apenas supeticialmente 20 problema do estabelecinienta de regras para andlise de sesnentes, Fol 96 em 1897 que sughs um mana sealmente bom sabre repras para anflise de sementes, Ere um trabalho de um rorte-amesicano, de nome Jenkins, ¢ grande parte do que foi ali estabelecido ¢ seguido e observado até hoje. Paralelamente, 0 riimero de laboratswios de anélise de sementes sumentava rapidemence no mundo todo. Ein 1893 registravarn-se, 26 na Alemanha, 40 laborat6rios; nos EVA, em 1905, 130 faboratérios jf estavam om funcionamento. Tor essa ocasifo, produtores, compradares, snalisas ¢ pesquisadores de scmentes j¢ estavam perfeitamente Cconscins de que (alvez 0 fator mais importante part ¢ comércio de sementes, tanto no nivel interestadual come hho laternacional, era nao somente tuna rigica observacic das regres como a sus padronizagio completa. Ao lade disso, era também necessério que se tornasse mats dinfmicc fesse core de medidas, a fim de que, periodicemente, s incorporascem a cle of resultados da pesquisa que avolumavam rapidamente, tornarc vltrapassados, 0 ncompletas, muitos conceitos all :ascridos. ‘A fim de stingir extes objetivos, bem como vitios outros, analisas € ovtros profisionais ligidos a sementes, pos EUG, Uniramse ¢ fundaram em 1508, a Association of Oficil Seed Analysts" (AQSA). No plano internacional, a organtzagao do setor sementeito demorou um pouco mais para acontecer em ire dae gre elffentdades de enmunicacto an époce. Contudo, em 3908, em Hamburgo, Alemarha, fo realicada «2 Conferéncia Eusopéia para Andee de Sementes. Com base tem decsbes tomaclas durante essa conferénca,civerso prises feuropeus consolidaram, em 1921, uma Associscia Paropéis. “Trde anos mais tree essa associago, em reuntZo realizada em Copenbague, Dinamarea, foi transformada na International Seed ‘Testing Ascoclation (ISTA), nome ¢s8= mantido ag os dias atuais (Perry, 1972). Ess entidade conseguiu, em 1931, pela primeira vez, editar regras imemacionais para 2 snallise de sementes, "No Brasil, 0s poucos ¢ esparsos dortimentos existentes apostam. 0 ano de 1956 como sendo aquele em que, pela phneim ver, se orgenizon um Manual de Repras para Ansilise de Sementes. Fol por iniciativa ca Divisio de Sementes € ‘Mudas, da Seezetata da Agricultura do Estado de Sto Paulo, tendo sido © Eng! Ag* Oswaldo Bacchi o encarregado de ‘orginizilo. Rate manl vem, depots dist, sendo atvalizado ‘com relaiva periodicidade. & partir da edigio de 1967, por ddecsio do Minisetrio de Agicoltura as Regras para As de Sementes passaram tet validace nacional. LITERATURA Justice, OL. Hssentials of seed testing. In: Korlowski, T7, 2A) Seed biology. volIlL. New York, Academic Press, 1972. p302-70. . Parsons, F.G., Garrinson, LS.& Benson, KB. Seed ‘certification in the United Staves. In: USDA (Ed) Seeds. ‘The yearbook of agriculture. Washington, DC, 3961, p34-401, Pen, D.A, Seed vigour aad field establishment, Horticlheral Abstracts, 42 2); 334-42, 1972. Rollins, SP. & Johnston, F.A. Our lavia that pertain to seeds. Ins USDA (Ed.) Sarde The yearbook of agcicultore. ‘Washington, D.C, 1961. p.482-92. I. - IMPORTANCIA DA SEMENTE 1. COMO MECANISMO DE PERPETUAGAO DA ESPECIE As plantas produtorse de somentes apareceram, promvelmente, re pate final do periode Devoniano fert Paleoadica), cerca de 350 milades dle anos airs, As sementes toriam surgido como uma extensio da heterosporia (a produgio de diversas tipes de esporos assexvais), em resposta 4 presses ambicntais (Iifuny, 1977). © grande sucesso da semente como Sérgio de perpemacto e de disseminacto das espécies vegetais deve- se, prownvelmente, 2 das caracterisieas que, 1evnidas, @ Tonmam um érgio impar no Reino Vegetal. S30 elast a capicidade de diatibuir 2 germinagio no tempo (pelos smceanismos de dormSncia) e no espaco (pelos mecanismos ‘de dispersao, tals como: espinhos, pélos,asas, etc) (© mecanismo da domméncia impede que as sementes ‘erminem todas 20 sesmo tempo apds a maturacto, ‘evitando, assim, a posstvel desienicio da espécie, exs0 sobreventa alguma calamidade cimstica aps geminaczo. £, portanto, wm mecanismo pelo qual a semente buscs setminar sé quando "sabe" que as condicbes climdticas vio ex progkcias io 96 pare a germineio, mas também para 49 fanes subsequentes de erescirmento de pltanta/planta “J 08 mecanismas de dispensio das sementes poceriem ser encarados como 0s melos pelos quis 2 espécie vegetal tenta “conquittar” novas dreasMediance esses recursos a cxpéete veyetl tena fugr do local onde se formon e arssear 4 vida? em cutras plagas. Pssa capacidade de distiboiedo alestéria da germinacto no esparo, conferida pelos Imecanismes de dispersio, secia o.fetor Fundamental da heterogeneidade das populagdes vegetais. Essa heterogeneidace, por sua vez, teria sido o fator mais importante na manutengac € na expanso dos vegetais sobre a Terra Unidas, essas duas ¢aracterfstieas, num mesmo Sr, as espécies produtpras de sementes dorsinaram por completo ‘9 seino vegetal. 2, COMO ELEMENTO MODIFICADOR DA HISTORIA DO HOMEM (© homem, provavelmente, sempre 9 alimentou de 80s, 0 ado dos alimentos ce origens animal, Mas, dueaate imilhares ¢ snilhares de anos de aua exisincla, fle no cconsegula s¢ aperceber da relacto existente entre uma ‘gemente e respectiva planta, de sorte que sua principal fone Ge alimentos ora a caga que conseguia epanhas. E como 0s lanimais s¢ mover constantsmente, impulsionados pelas ‘asiagtes estacionals, o homem levava uma vids totalmente ‘némade, deslocando-se sempre alrés da. caga. Tin determinada época, que se supbe tex ocorrido hi mais ou menos 19,000 anos, 2 relagio. semente-planta semeate fol compreendida pelo homem, ¢ isto provecot profinda modifieagio em sua vider uma semente posta ne Solo, dava origem & uma planta, que 2 multiplicavé enonmemente. Como as plantas nio sadam & como bi inecessidade de se ficar por perc, «fin de protege fas contr {nimigos naturais (animals, plantas daninfs, et.) 0 homed foi forcade a modificer profundamente seus hibitos ppassando da vida ndmade para a sedentiia, ‘Com fonte de alimentos mais segura, mais & mo « ‘ais ficil, os homens comegaram a se agrupar £2 comunidades que cresciam rapidamente. A vida en comunidade exige, porém, uma organizagso social conémica ¢ politica. Pot que aconteceu, originando-se todas as diferentes eivilizagbes de que se tem conhecimento. Pode-se, entto, dizer que a semente é a ‘pedre Fundamental” da civilizecio, tal eomo se a conhece hoje. 3. COMO ALIMENTO. Uma semente qualquer possul ts Upos bisicos de tecidos: um tecido meristemstico, que, cm Tecnologia de Sementes, convencionon-se chamat de “elzo embrionério, isto € aquele que, sob condigbes propicias para a _getminagio, vai crescer e dar origem planta; um tecido de reserva, que pode ser cotiledonar, endospermitico ou perigpermities, ou ainda resultante Ga associagao de dois deles ou dos is ¢, finalmente, um tecido de protegio meciniea, que se constitel no envoltério da semente, ‘valgeninente conhecido como casca ‘O tocido de reserva caructeriza.ce por ser especialmente fico em ues substincias: carboiclatos, lipidios e orotéinas. ‘A quantidade com que cada uma dessas substineias entra ra composicilo quimica da semente é variivel, dependendo principalmente da espécie. Normalmente, ume dessas «és subetinicias predomina amplamente sobre as outras duas de sorte que existem sementes amiléceas, oleaginosas ou protéicas. No reino vegetal predominam amplamenté as amiléceas ¢ as oleaginoses, reramente ocorrendo as cemacteristicamente protéicss. ‘Das tés substinclas mencionads, o amido & a de mais facil obtengao pars a confecco de diversos tipos de alimentos, Tanto isto é verdade que as gramincas, omnalmente ricas era carboidratos, constituiram-se na base e todas as civilizagtes do mundo. O tigo, provavelmente a espécie hi mais tempo cultvade pelo homer, servis de ‘sustento para as civilizagbes da Mesopotimis ¢ do Nilo, € também para aqueles que se desenvalveram posteriommente 1a Huropa; 0 a1foz fol ¢ é a base de’civitizactes usiticas; 0 sorgo, na Afiica ¢ 0 aullno, nas Américas.A import, que ‘essa gramineas desempenhar na alimentaglo relacione-6¢ nao somente com o$ fatas de que os carboideatos sio Facilmente industrializaveis (provavelmente nenhura oatra substinela pode ser extruida dos tecidos de reserva & ssubmatida 2 posterlores processos de Industralizagao através de tecnologia tao rudimentar quanto os carboidratos), io alimentos caléricas (o que explica s agradivel sensacao de ssiciedacle que prodiuzem ao serem ingeridos) mas tambéun por que 08 carboidraros, nessa expécles, ocorrem ant ‘proporcdes que podem ser consideradas muito elevadas, Neahuma ourca subeGincia da semente ocorre em proporpoes ence 70 e754, como é.0.62s0 dos cachotdratos. ssa abun born que os carboidrstas ocorrem em graminens, assaciadas as caracteristicas mencionadas, fizerain delas © fator Sxisico Jmpulsionador das grandes civilzagdes clo planera ‘Ao lado dessin gaumineas, oultas espécies serviram, ‘como servem até hole, para fornecer 08 complementos en proteinas ¢ lipidias, destacando-se, entre elas, #6 eguiminoses. ‘As sementes foram € ainda sto, = maneira ais ficil ¢ mais barata de alimentagto de um povo, como se v no Quadeo 2.1, ‘Quadeo 2.1 - Composiso percential na diewa homana de gxos cereals © leguminosas} ¢ prodotas de origem animal (me, te +, ov08, te) (Kozlowaid & Gunn, 1972). —— paseen ‘ether eens ors Pehdenesrovion see zo as eweawoteioe 2s ees ‘Além de sou valor como alimento, seja diretamente, sejaindiresamence pola industrializago, a scmente é tamixém _afonte de imimeroe outros produtos que sarvem ao homem, ‘das mois diversas maneiras, destacando-se 0s veswuitios ¢ produtos medicinais. Devese lembrat, ainda, que = semente & importante ‘onte alimencar, sa forma de ragbes, para os animals que 0 ‘homem domesticou, 4. COMO MATERIAL DE PESQUISA Come material de pesquiss, a semente aprosenta salgumascaracterstcas que a tornant de incompariver valor. Em primeiro lugar vero seu tamanho ¢ forma. Notmalmente < semente ¢ pequena, o que posstbilita guarder, em fecipientes relativamerte pequenos, um grande mimero delas, permitindo assim repetir um sem mimero de vezes, determinada observacko. Sua forma, de maneira geral tencendo para atredondada, facilita ‘erormemente sua sanipulagio, disetamsente com as maos, ‘ou com pingas, “A semente € um drpio que usvalmente se beneficia da desidramgio ¢ isto pecmite conservi-la em bom estado durante mufio tempo. Os pesquisadores sabem a comodidade que inta acarreta, pois € frequente no se poder realizar um esmdo pera quando programado, ea semente, desde que bem concesvade, permite que 0 trabalho seja realizado no momento mais adequado. ‘Nao bastassoin tas carateriicas,u semente @ um Gro que,-nilo obstante uma organizagio morfolégiea muito simples, apresenta onganizagio fisiologica © bioquimica shamente complex2, permitindo, praticamente, qualquer ipo de estudo da area da Biologie Vegetal 0 | | 5. COMO INIMIGO DO HOMEM. ‘0s mecanisinos de dispersio © de dorméncia que possibilitaram Be expécies produtoras de sementes a ‘conquista da Terta, so 03 mesmos que tornam 20 homem tho dif ¢ tio caro © controfe das plantas daninhes. Outro aspecto 4 ser considerado ¢ que as sementes so velautos eficientssimos de disseminagio de pragas @ ‘moléstias de uma regio para cutra, exigindo muita atengao ¢ cuidados por parte do produtor para evar que 1550 acontega. LITERATURA, Boswell, V.R, What seeds are and do: an introduction. In: USDA (Ed.) Seeds. The yearbook of agriculture. Washington, D.C, 1961. p.1-10. Gilsrap, M. The grestest service to any country. in: USDA (a) Seeds, The yearbookof agriculeare, Washington DC, 1961. p.18-27. Kozlowski, T-T.& Gunn, LR. Importance and characteristies ‘of seed. In: Korlowski, TT. Cid.) Seed tology, vol. New York, Academic Press, 1972 p.119. Setti, FR, & Maclam, W.D. Age-old uses of seeds and some ‘new ones. In: USDA (Ed.) Seeds. The yearbook of agriculture, Washington, D.C., 196%, p.2736. “Tifuny, BAHL Fossil angiosperm fruits and seeds. Journal ay Sead Technology, X2): 54°71, 1977. n Ii - A FORMACAO DAS SEMENTES L. INTRODUGAO ‘A flor, apés soirer a diferenciacio, desenvolverse 6, & cemelhanga de uma rasco vegetmtivo, passe a constitute de om ebio (recepticule) e de apéndices lateras, que silo fe digios Rorts, Cenamente, exes esto meunicos em crga0s esiéreis © de ceproducto. Em uma flor completa de angiosperms (guns 3.1) we sépalase pétalas, que compe respectivamente © cilice e a corole, representam as partes estétels, enquanto of estames ¢ 08 carpelos s80 as reprodutons. O cilice ¢ a corola formam 0 perlanto. Sao ‘gion de protego © podem estar adaprados para favorecer f polinizagdo ou atait os polinizzdores bi6ticos pela cot © pela presenca de esirutures especiais, Os estames, em Conjunto, constituem © androceu € os carpelos — livres ou tunidos ~ comptem 0 gineces, Os estames e os carpelos ‘ealfo relacionados com a esporogénese. O anidroca © 0 ineceu (Grgios masculino e feminino, respectivamente) relacionam-se com 0 desenvolvimento dos gametéfitos masculinos (gros de pélen), a partir de micrdsporos, originedos em microesporingios (sacos polinicos) nos cesames; e gametofitos femininos (sacos embtlonarios), 2 paride megésporos otiginados em megasporlingios (mucel Gos Gvulos) nos carpelos. Cada exarie compde-ce de un file c umia enter, e esta, por sua vez, consi ce uma porgio tesigril unida 20 filete ~ © conoclivo — e de deas partes suarginais ~ as tecas ~ que contém os ss008 polinkcos. © sineces apresenta um ou mais earpeloe, nos quis dstinguc- Se o-owirio, parte basa! alargada onde esto os Svulos. O estlee ¢ um pedonculo delpedo, através do qual eresce © tubo poinico ¢ que temninn no estigma, extremilade alargada 2 qual aderom os gros de pélen. Do Grulo fecundaco rR desenvolvese uma semente que, nas angiospermas, ost ‘conta no interior de nm fruto resultante do Gesenvolvimento do ovatio. A estrutura ea disposicao cos estames, carpelos, ppétalas e sépalas da lor podem definiro tipo de polinizago fe se a planta € autogama ov alégam 2. OVULO © 6vulo on megasporingio € 0 preeursor da semen. Um évele normal apresenta um pedtineulo, denomisada funteulo, pelo qual é unido 2 placenta, os tegumentos, que fo 08 envoltérios, e um grupo de céiulas que se encontra fem seu interior, @ nucela. A regio do évulo pela qual ela 52 prende 20 faniculo € dlenominada calaza. iguea 3.2 - Represcotagio exquemstics de um corte tansvomal de line Bor eoan 2s ras par incisive ececmenia do gio de pélen (Gs anigocas, ex, £0 lala espenmsias ¢- same ep - rio de Delon, ag tice geneativo, np ~ sels palaces; eax = muses Fx ~ Peeleo vegemttvo, a oociery ov - vulo; p- pals; 5 pals; sco Colvin, #- anérlag fe tegument temo; 6 epusientosteco0; ip hMbo polis). 8 Geralmente, cinoo tipos de Gvulos snadlores podern ser reeonhecidas: oxt6uopo, anstzopo, aafitropo, campiléiopo e hemianstropo (Figura 3.2). No tipo ort6topo au atrapo a sierdpila eo finienlo eso ra mesma linha; & 0 tipo que ‘ocorre nas Poligonaceas, Urticacsae, Cistaceae ¢ Piperaceze, (Quando a micropilae hilo esto présiinos, como resultado de ‘un Gesimenta uniaters, terse 0 tipo anatrono,queé o mais ‘comurs em englospernas, especialmente em Simpetalze. No campiétiopo, a curvatura & manor que no anéiropo'e 6 comm, ‘em Resedaceae ¢ Leguminosae. Quando a curvatura afer tanto a nucela como 0 Saco embrioniro, ¢ este toma a forma de ‘uma ferrachiea, o Gvulo & chamade anfitiopo: acorte em Alismacese, Butomaceae e Centrospermae. No hemianstsopo ‘ou hemitrope, o furiculo Forrea Angulo relo com a mucels © ot ‘egumnentos, como come etn Ramovcads. ‘Um tipo dfezente de évulo ¢ encontrado em algumss espécies de Plombaginaceae ¢ Cactaceae, © € denominade ‘Sreingirop9, no qual o 6vulo jovem se enconm pa mesma linha do eixo; com crescimento unilateral se eansforma em andinogo, a curvatura continua © 0 Gvulo dé uma volta completa e eventuslmente direciona-se para cima, 8) © ‘Fignra 3.2 - Tipos de Gvalos, mostrados em: diagrams da seo Topgiuitinak A - arétropos B -anstzopo; C - exrapllitapo; D - Ihemanstegpos E ~anftrope 1% a) Nucela Dependendo da amplitude de desenvolvimento da cela, © Gvulo pode ser tenniscelaa ou eraésimucelata No Gvafo tenuinvcelata, que & caracteristion das Simpetelae, a célla arquesporial deseavolve-se diretamente na eéhula ‘mie €o megasporo. A clu axquesporial &rodeada sempente pela epicerme. A conceituagao dos Gvulos crassinucelata Bo € totalmente satisfavsria Normalmente o Gvulo Geasinuceata & aquele om que a céula arquesporial divide ¢ celula parietal, ¢ os seus derivativos formam & ceil mie do megisporo, incrastada, O tecido foomado pela divisto da epidermne mcelar € denominado capa nvoelar. "De acordo com Devis (ctado por Bhatnagas & Joh, 1972), se a cdlula parietal alo € dvidida, o 6vulo paderia set referido como tenvinucelata, A dificldade € maior nos ‘ase em que, apesas da célula parietal ato ser formada, as célvlas aucelares rodeiam a céfula mae do megésporo. Por cea terminologia, sogeide por Davis, todos os Gvulos podem Ser eotritumente tenbinucelata. De acordo com Bhatnagar & Joh# (1972), 0 dvulo teaniaucelata seria aquele em que & Célula mae do mepésporo € rodeada somente pela epiderme hucelar, como ocore em Simpele, No caso das eélulas nucelates envolverem 2 ediuia mae do megisparo, Independente de 2 cébula parietal esitr ov no divicida, revse-ia 0 Gvulo crassinucelats, Estes dois tipos podem englobsr, portanto, todas os tipos de rules em relagio & fhuvels, sendo deanecessitio 0 uso de outros testnos. Ne maioria das espécies vegetais, a nucela 6, praticamente, toda vonsomia durante a formagio do $260 embsionirio e do endosperma; em algumas espécies, contudo, cla é useda apenas parclalmente, € & pare semanesvente vai atuar como um tecido de reserva na semente made, denominco perisperma, como ocorre na semente de betaraba (Beta vulgaris). 8 Algumas vezes, na pane basal da mueeta,fogo abnixo o saco embrfonétio, pode-se enconttar um grupo de estulas que pode, ou ni, canter um citoplasma denso, As paredes desias células sf0 um tanto finas e estas conatiwem hhipsstase. A epfstase € organtzada na regito superior da ucela. F uma esratura semelhanie 2 uma capa formada pela epiderme da nucela ou seus Gerivativos. Fatas otlulas podem tomar-se cutinizadas © permanecerem visvels, mesmo ‘durante ectigloe avangadac ce docemvolvimento do exnbio, ‘Outras edtraturas podem estar zssoctadas com a nucels, emt slgumas espéces. A hipéstase e a epixase, provavelmente, secvem para establizar o balango bicrico da semente em ‘repouso, durante 6 longo periodo de doméacia na estacio seca e quente (ohanseagtsdo por Bhatnagar & Jolui, 1972), De accrelo com Venkats Rio, (Bhainagas & Johri, 1972), a hipdstase age como uma ligagio entre o abastecimento vascular ¢ 0 saco embrlondio ¢ ausilia no transpore de alimento. Outs fanpbesatbuidas a hipsawse, durante 0 descavolvimento da semente, sio: produzit hormnios para o erescimento de saco exibrionério, separar © s2c0 embriondtio do tecido esporoftica, atanco come um filtro moleeslar ao fluxo de aucrientes, regular @ economia de Agua na semente, servir como tecido de barrefra para prevenir a expansio do saco embrionirio cu © crescimento excessive do endosperm ¢ embrito (Boesewinkel & Bouman, 1995). Mais pesquisas, entretanto, slo necessirias para elvcida: a verdadeira natureza @ Functe da hipdstare 1b) Tegumentos Qs évulos podem apresentar um ou dois tegumentcs, As Simpetalze sito caracterizadas por Ovulos com wm tegumento, enquanto as Polipaialae © monocotiledéneas, 16 ‘geralmente, apresentam dois tegumentos. Mas, existem excegies, Outro agpecto interessante 2 assoctacio do dvtlo com um tegumenis € a condiglo de tenuitmcctata, ¢ de dois tegumentos com crassinucelata, O ntimero de ‘ingumentos utiizado para finalidsdes taxondmicas. No évulv- com dois tegumentos, o tegumento interno liferencia-se anies que o extern, mas 0 crescimento deste tltrapassa o intemo, A abertura do(s) tegnmento(s) acim, ‘da nucela € denominada micropila, A micrépila pode ocr formadla, desta maneira, por um ou dois tegumentos ¢ pode see reta ou em zigzag. A mierépila pode ser larga © custa, on ser estreita ¢ longa, dependendo se 0s tegamentos cobrem, ou niio, « nucela totalmente. “As évulos podem estar associadas algumas esteutura como, atilo, atildide, cardincula, sarcotesta. © aitlo € considerado, por alguns autores, como um terceito tegumento, sendo uma formacio que se origina da base do Gvulo. O termo atilo tem sido usado rotineiramente para designar.as partes camosas do 6vulo, inciuindo proliferacbes da calaza € tegumentos que crvelvem quase totalmente © vulo. Nas Pussifloraceae, é uma fina camada que contém leo, amido © eromoplastos vermelho-amarelados (suc). © aniidide ou cariincula (esta encontrada em varias Euphorbiaceae, tendo a mamona como exemplo de maior importinea econdmica) originase de uma profiferagio de célules tegumentares na regito da micréplia, ao sendo, porunto, im lerceiro tegumento, A sarcotesta & 0 tegument extemo, carnoso on suctlento ¢ que nas Magnoliaccae contém gordura © €, amitas vezes, colorido. Além desias, tras estroturas podem estar prescntes nos 6vulos. © atllo, o aril6ide ¢ 2 sarcosesta sto atrativos para mamiferos € péssatos, constituitlo-se, portanto, em Importantes esthmtaras no processa de dispersto das sementos os estes, v 3. MACROESPOROGENESE & GAMETOFITO. FEMININO ‘A.céluls srquesporial, no 6volo, com om sem separacto a o6lula perietal Figura 33) funciona como oélula mate do megisporo ow célula mie do saco embriondri. A cétula ie do megésporo sofre divisbes de reducio ea sequéncia varia de acordo com © spo de desenvolvimento do seo ‘inbrionério. Gz as divisécs meiésiens Bo acguidae pela Foomacis de parede celular, & formada uma téirate linear de mepsporos. £ nonmal que o meggisporo calezal soft 0 Rincional, enqvanto os 8s superiores cegeneram. O :mgsporo funcional sofre és divisGes miicas resultando na formagto de alto micleos. Quando somente um megisparo esta eavolvide na formacto do gametdfito eminino, 0 desenvolvimento recebe a denominagao de ‘monospérica. (Os oito micieas do gamesbfio orginizam-se em doa ‘quartetos, micropilar ealazal, Os miles micropitatformam © sistema do ovo, constituido de dues sinérgidas © usta eile ovo (aosfera), © 0 nticeo polar suserior, O quatieio calazal cilgine o nécleo polar inferior ¢ as trés céfules antipodas. Hsia seqiéneis de desenvolvimento ocome 2 maioria das plantas que florescem: € designada tipo Polygonum, Um outro tipo de desenvolvimento rmeonosporica, chamado tipo Oenotbena, & aquele em. que.o tnegisporo microplar, rmitas vezes ocalazal, sofre somtente dune divisdes mitsticas, Foemands quatro nilcieos. Estes nicleos organizam-se no astema avo entcleo polar superior. se tipo & caracterfstco da familia Onegraceae. ‘Quando, em vez ce um, dois megisporos tomiam parte, ‘desenvolvimento & denominado bispérico, Nesta categoria, ‘acélvla me do megisporo sofre divisio de redurto, dando frigem a duas eélulas dlades. A célula dlade sipesior dogercra € a dlade inferior, por duas dvisdes mittens, roduz um gametsfito com oilo misleas, A ofganizacio do 1B «s2co embrionsrio nestes ¢ semelivante & do tipo Polygonum Este € 0 desenvolvimento tipo Alluem (Figure 3-0. No Spo (Endymion, 0 sico exsionsiio otigina-

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