You are on page 1of 4

Creatinina

directa
Métodos para a determinação de creatinina em soro
ou urina

SIGNIFICADO CLÍNICO PRECAUÇÕES


A creatinina, composto muito difundível, elimina-se do orga- Os reagentes são para uso diagnóstico "in vitro".
nismo quase exclusivamente por filtração renal. Reagentes B y C: corrosivos. H315+H320: Provoca irritação
Sua determinação em soro, assim como o clearance de cutânea e ocular. H314: Provoca queimaduras na pele e lesões
creatinina endógena constitui parâmetros importantes para oculares graves. P262: Não pode entrar em contacto com os
o diagnóstico de variadas afeções renais. olhos, a pele ou a roupa. P305 + P351 + P338: SE ENTRAR
No entanto as dificuldades práticas inerentes à determinação EM CONTACTO COM OS OLHOS: enxaguar cuidadosamente
do clearance (coleta de urina em crianças, etc.) a determi- com água durante vários minutos. Se usar lentes de contacto,
nação de creatinina sérica é mais utilizada como índice de retire-as, se tal lhe for possível. Continuar a enxaguar. P302 +
funcionamento renal. P352: SE ENTRAR EM CONTACTO COM A PELE: lavar com
sabonete e água abundantes. P280: Usar luvas de protecção/
FUNDAMENTOS DO MÉTODO vestuário de protecção/protecção ocular/protecção facial.
A creatinina e outros compostos da amostra reagem com Utilizar os reagentes observando as precauções habituais
ácido pícrico em meio alcalino produzindo um complexo de trabalho no laboratório de análises clínicas.
cor vermelho que se quantifica pela leitura fotocolorimétrica. Todos os reagentes e as amostras devem ser descartadas
A determinação de creatinina pode realizar-se por uma conforme à regulação local vigente.
técnica de ponto final, ou por uma técnica cinética elimi-
nando-se em ambas a cor que pertence aos cromogênios ESTABILIDADE E INSTRUÇÕES DE
não-creatinina. ARMAZENAMENTO
Na primeira técnica, a adição de ácido ao meio, destrói Reagentes Fornecidos: são estáveis sob temperatura
o picrato de creatinina, mas não a cor conformada pelos ambiente até a data de vencimento indicada na emba-
demais compostos. Portanto, a diferença entre a leitura lagem.
fotocolorimétrica antes e depois da adição de ácido, permite Reagente de trabalho: sob temperatura ambiente e protegi-
quantificar a creatinina em forma específica. do da luz é estável por 15 dias a partir da data de elaboração.
Na técnica cinética, os cromogênios não-creatinina, reagem
dentro dos primeiros 30 segundos após o início da reação, AMOSTRA
sendo cinética de primeira ordem para a creatinina. Assim, Soro ou urina
entre os 30 segundos e os 5 minutos posteriores ao início da a) Coleta: obter o soro do modo usual.
reação, o incremento da coloração deve-se exclusivamente Caso de urina, obter urina de 2 horas ou de 24 horas,
à creatinina. utilizando um frasco perfeitamente limpo e mantido sob
refrigeração (2-10oC) durante a coleta. Medir a diurese,
REAGENTES FORNECIDOS tomar uma alíquota e efetuar uma diluição 1:50 da mesma.
Á. Reagente A: solução de ácido pícrico 41,4 mmol/l. Caso a diurese seja de 2 horas, multiplicar o volume medido
B. Reagente B: solução 0,4% de polioxietilén lauril éter (PLE) por 12 para calcular a quantidade de creatinina eliminada
em tampão alcalino, pH 12,4. durante 24 horas.
C. Reagente C: ácido acético 20%. b) Aditivos: não são necessários.
S. Padrão: solução de creatinina 20 mg/l. c) Substâncias interferentes conhecidas: os soros com
concentrações de bilirrubina maiores que 50 mg/l produzem
INSTRUÇÕES PARA USO valores errôneos.
Padrão: pronto para uso. Não se observam interferências por hemólise ligeira ou
Reagente A: pronto para uso. moderada, hiperlipemia, disproteinemia, cromogênios não-
Reagente B: pronto para uso. É possível que a baixa tem- creatinina (tais como: glicose, ácido ascórbico, cetoácidos,
peratura provoque turbidez ou algum sedimento. Solubilizar glutation ou ergotionina).
totalmente o reagente deixando uns minutos em banho-maria Referência bibliográfica de Young para efeitos de drogas
a 37oC antes de pipetar. neste método.
Reagente C: pronto para uso. d) Estabilidade e instruções de armazenamento: a cre-
Reagente de trabalho: misturar em frasco plástico partes atinina no soro é estável por até 24 horas e na urina até 4
iguais de Reagente A e Reagente B. Rotular e datar. dias, mantida sob refrigeração e sem conservantes.

870420022 / 00 p. 5/12
• TÉCNICA DE PONTO FINAL onde:
MATERIAL NECESSÁRIO (não fornecido) V = volume da diurese expresso em litros/24 hs
- Espectrofotômetro ou fotocolorímetro A fórmula surge de:
- Micropipetas e pipetas
D1 - D2
- Proveta
Creatinina na urina (g/24 hs) = x 0,020 g/l x 50 x V
- Tubos ou cubetas espectrofotométricas
P
- Banho-maria a 37oC
- Relógio ou timer onde:
0,020 g/l = concentração do Padrão
CONDIÇÕES DE REAÇÃO 50 = fator de diluição
- Comprimento de onda: 510 nm em espectrofotômetro ou
em fotocolorímetro de filtro verde (500-520 nm) 3) Depuração de Creatinina Endógena (D.C.E.):
- Temperatura de reação: 37oC Creatinina na urina (g/24 hs)
- Volume de amostra: 0,1 ml D.C.E. ml/min = x 694 ml/min
- Volume de Reagente: 1 ml Creatinina no soro (mg/l)
- Volume final de reação: 1,15 ml
onde:
- Tempo de reação: 15 minutos
g/24 hs 1.000 mg x 1.000 ml 1.000.000 ml
694 ml/min = = =
PROCEDIMENTO mg/l 1 mg x 1.440 min 1.440 min
Em três tubos marcados B (Branco) P (Padrão) e D
(Desconhecido), colocar: LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
B P D É importante verificar que a mistura depois de adicionar
cada reagente seja correta para evitar erros nos resultados.
Água destilada 0,1 ml - -
Vide Substâncias interferentes conhecidas em Amostra.
Padrão - 0,1 ml - O uso de plasma proporciona resultados falsamente dimi-
Amostra - - 0,1 ml nuídos em 8 a 15%.

Reagente de Trabalho 1 ml 1 ml 1 ml DESEMPENHO


Misturar. Incubar 10 minutos em banho-maria a 37oC. Den- a) Reprodutibilidade: processando-se simultaneamente
tro dos 15 minutos de retirado do banho, ler o Padrão (P) duplicatas das mesmas amostras, obtiveram-se os seguin-
e o Desconhecido (D1) em espectrofotômetro a 510 nm ou tes dados:
em fotocolorímetro com filtro verde (500-520 nm) levando Nível D.P. C.V.
a 0,000 D.O. com o Branco. Logo após adicionar: 7,3 mg/l ± 0,18 mg/l 2,4 %
15 mg/l ± 0,26 mg/l 1,7 %
Reagente C 50 ul - 50 ul
b) Linearidade: a reação é linear até 100 mg/l.
Misturar. Deixar os tubos 5 minutos a temperatura ambiente
e voltar a ler o Desconhecido (D2), levando a 0,000 D.O.
com o Branco. • TÉCNICA CINÉTICA
Os valores de referência e o Método de Controle de MATERIAL NECESSÁRIO (não fornecido)
Qualidade são comuns para ambas as técnicas. Vide o - Espectrofotômetro ou fotocolorímetro
ponto correspondente em Técnica Cinética. - Micropipetas e pipetas
- Proveta
- Tubos ou cubetas espectrofotométricas
ESTABILIDADE DA MISTURA DE REAÇÃO FINAL - Banho-maria a 25oC
A cor da reação é estável durante 6 horas pelo que a leitura - Relógio ou timer
deve realizar-se neste intervalo.
CONDIÇÕES DE REAÇÃO
CÁLCULOS DOS RESULTADOS - Comprimento de onda: 500 nm em espectrofotômetro ou
1) Creatinina no soro (mg/l) = (D1 - D2) x f 490-510 nm em fotocolorímetro de filtro verde.
- Temperatura de reação: 25oC.
20 mg/l
O controle de temperatura não é crítico, podendo oscilar
f=
P entre 22 e 30oC. Vide LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO.

- Volume de amostra: 0,2 ml
D1 - D2 - Volume de Reagente de Trabalho: 1 ml
2) Creatinina na urina (g/24 hs) = x V - Volume final de reação: 1,2 ml
P - Tempo de reação: 5 minutos

870420022 / 00 p. 6/12
CONVERSÃO DE UNIDADES AO SISTEMA SI
PROCEDIMENTO Creatinina (mg/l) x 8,84 = Creatinina (umol/l)
Trazer o Reagente de trabalho até a temperatura de
reação (25oC). Antes de adicionar a amostra, levar o MÉTODO DE CONTROLE DE QUALIDADE
aparelho a zero com água destilada. Processar 2 níveis de um material de controle de qualidade
Em dois tubos ou cubetas de espectrofotômetro marca- (Standatrol S-E 2 niveles) com concentrações conhecidas
dos P (Padrão) e D (Desconhecido), colocar: de creatinina, com cada determinação.
P D
LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
Reagente de Trabalho 1 ml 1 ml Vide Substâncias interferentes conhecidas em AMOSTRA.
Padrão 0,2 ml - Outras causas de resultados errôneos são:
- Temperatura: embora a temperatura de reação admita uma
Amostra - 0,2 ml variação entre 22 e 30oC, uma diferença entre a tempera-
Misturar imediatamente, disparando ao mesmo tempo o tura de incubação do padrão e a das amostras diminui a
cronômetro e prosseguir a incubação. Aos 30 segundos precisão do método.
exatos medir a absorbância (P1 e D1), e continuar a - Tempo de leitura: ligeiras variações na medição do tempo
incubação. Medir novamente a absorbância (P2 e D2), afetam marcantemente a exatidão do método. As leituras
aos 5 minutos (4 minutos e 30 segundos após a primeira deverão ser realizadas exatamente em 30 segundos após
leitura). haver misturado a amostra com o reagente e aos 5 minutos
(4 minutos e 30 segundos após a primeira leitura).
- O uso de plasma proporciona resultados falsamente dimi-
CÁLCULOS DOS RESULTADOS nuídos em 8 a 15%.
1) Creatinina no soro (mg/l) = (D2 - D1) x f
20 mg/l DESEMPENHO
f= a) Reprodutibilidade: processando-se simultaneamente
P2 - P1 duplicatas das mesmas amostras, obtiveram-se os seguin-
D2 - D1 tes dados:
2) Creatinina na urina (g/24 hs) = x V Nível D.P. C.V.
P2 - P1 8,6 mg/l ± 0,31 mg/l 3,6 %
20,2 mg/l ± 0,61 mg/l 3,0 %
onde:
V = volume da diurese expresso em litros/24 hs b) Recuperação: adicionando quantidades conhecidas de
A fórmula surge de: creatinina a soros distintos, obteve-se uma recuperação
entre 96 e 101% para níveis de creatinina de até 60 mg/l.
D2 - D1
c) Linearidade: a reação é linear até 60 mg/l de creatinina.
Creatinina na urina (g/24 hs) = x 0,020 g/l x 50 x V
P2 - P1 Para valores superiores, diluir a amostra 1:2 ou 1:4 com

água destilada e repetir a determinação. Corrigir os cálculos
onde: multiplicando pelo fator de diluição utilizado.
0,020 g/l = concentração do Padrão
50 = fator de diluição APRESENTAÇÃO
3) Depuração de Creatinina Endógena (D.C.E.): - 240 ml (Cód. 1260551).
Creatinina na urina (g/24 hs) REFERÊNCIA
D.C.E. ml/min = x 694 ml/min
- Butler, A.R. - J. Chem. Soc. (Perkin Trans. II), 853 (1975).
Creatinina no soro (mg/l)
- Henry, R.J.; Cannon, D.C. & Winkelman, J.K. - Clinical
onde: Chemistry - Principles and Technics - Harper & Row, New
g/24 hs 1.000 mg x 1.000 ml 1.000.000 ml York - 2ª Ed., pág. 541/53 (1974).
- Martinek, R.G. - J. Amer. Med. Technol. 32/6:700 (1970).
694 ml/min = = =
mg/l 1 mg x 1.440 min 1.440 min - Owen, J.A.; Iggo, B.; Scandrett, F.J. & Stewart, C.P. - Bio-

chem. J. 58:426 (1954).
- Popper, H.; Mandel, E. & Meyer, H. - Biochem. Z. 291:351
VALORES DE REFERÊNCIA
(1937).
Soro: 8 - 14 mg/l
- Lorenzo, L.; Demaría, I.; Setta, F.; Taborda, M. - Clin. Chem.
Urina: 0,9 - 1,5 g/24hs
36/6:935, 1992.
D.C.E.: 80 - 140 ml/min (média 125 ml/min) para adultos
- Young, D.S. - "Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests",
até 60 anos.
AACC Press, 4th ed., 2001.
Recomenda-se que cada laboratório estabeleça seus pró-
prios valores de referência.

870420022 / 00 p. 7/12
Símbolos
Os seguintes símbolos são utilizados nos kits de reagentes para diagnóstico da Wiener lab.

C
Este produto preenche os requisitos da Diretiva
Europeia 98/79 CE para dispositivos médicos de M Elaborado por:
diagnóstico "in vitro"

P Representante autorizado na Comunidade


Europeia
Nocivo

V Uso médico-diagnóstico "in vitro"


Corrosivo / Caústico

X Conteúdo suficiente para <n> testes

Irritante

H Data de validade

i Consultar as instruções de uso

l Limite de temperatura (conservar a)

 Não congelar
Calibr. Calibrador

b Controle

F Risco biológico

Volume após a reconstituição


b Controle Positivo

Cont. Conteúdo c Controle Negativo

g Número de lote h Número de catálogo

Wiener lab.
2000 Rosario - Argentina
870420022 / 00 p. 8/12 UR160629

You might also like