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K.

WEBSTER
Disponibilização: Eva
Tradução e Revisão Inicial: Rezinha
Revisão Final: Thay
Leitura Final e Formatação: Eva

Setembro/2018

K. WEBSTER
Ele começou como um trabalho.

Tornou-se muito mais.

Sr. Blakely é rigoroso com seus filhos, mas é suave e gentil comigo.

O poderoso empresário é algo completamente diferente quando


estamos juntos.

Chefe, professor, amante... Marido.

Minhas esperanças e sonhos para o futuro mudaram. Eu quero,


não, eu preciso tê-lo ao meu lado.

Nota do editor: Todos os personagens desta história são maiores de dezoito anos e todas
as interações sexuais são totalmente consensuais.

K. WEBSTER
Dedicatória

Sr. Webster... Obrigada por me manter na linha.

K. WEBSTER
CAPÍTULO UM

Quinn

Quinze anos de casamento pelo ralo.

Quatro palavras foram o suficiente para acabar com tudo.

Eu vou ser atriz.

Levou tudo em mim para não estrangular Samantha


quando me contou. Uma mulher de quarenta anos teve um caso
tórrido com seu modelo e personal trainer muito mais jovem e,
juntos, correram para o oeste para perseguir esse maldito sonho
idiota.

Isso foi há três meses e estou me afogando desde então.

Graças a Deus, ela finalmente assinou os papeis do


divórcio.

"Você é um homem livre", diz meu amigo e advogado no


caso, Dane Alexander, com um sorriso de lobo. "Devemos
comemorar esta noite."

Esfrego a palma da mão no rosto e balanço a cabeça. "Eu


adoraria, confie em mim. Mas não tenho ninguém para cuidar dos
garotos."

Samantha também deixou duas crianças para trás.

Ser uma estrela de cinema é mais importante que seus


próprios filhos.

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Ela enviou um cartão postal dizendo aos garotos que estava
perseguindo seu sonho e quando encontrar o sucesso eles podem
ir morar com ela. Ela assinou com uma marca de beijo de batom
vermelho. Fiquei tão chateado com sua tentativa estúpida de
reaproximação que amassei o cartão e o joguei fora. Nem Aiden
nem Anthony o viram.

Preciso de ajuda. E para alguém que odeia pedir ajuda, essa


é provavelmente a parte mais frustrante de todo o divórcio.
Samantha pode ter sido uma idiota no final, mas corria com as
crianças e estava lá com elas se eu tivesse que trabalhar até tarde.
As coisas da escola também eram com ela.

E agora?

Definitivamente estou afundando.

Certificar-me de que eles estão longe de problemas,


tomando banho como deveriam, e em dia com a lição de casa é
um trabalho de tempo integral. Um trabalho que não estou
totalmente preparado para lidar.

"É sexta feira. Consiga uma babá para a noite,” Dane diz
com um dar de ombros enquanto recolhe os documentos
assinados e finalizados antes de deslizá-los num envelope de papel
pardo. “Você está exausto, cara. Precisa de uma pausa."

Inferno, sim, preciso de uma pausa.

Olho para meu amigo com uma carranca. “Sammie sempre


lidou com isso. Nem sei por onde começar."

“A menina de Max, Sophia, é babá às vezes, embora não sei


se continua a ser depois de sua lesão no softball. Posso ligar para
ele”, Dane oferece.

Uma noite fora é exatamente o que preciso. Todo dia ralo


minha bunda para manter a Blakely Advertising ocupada e
lucrativa. Isso significa muitas reuniões com clientes que

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ocorrem exatamente quando os meninos saem da escola. Nos
últimos três meses, tive que contar com os amigos de Sammie na
vizinhança para cuidar deles. E embora sintam pena de mim, a
lealdade deles ainda está com Samantha. Posso ver as perguntas
dançando em seus olhos. A maneira como os lábios cheios de
colágeno se juntam em desapontamento. Como se eu a tivesse
expulso ao invés dela ter fugido.

"Claro." Preciso de mais do que simplesmente uma babá


para a noite. Muito mais. Mas talvez seja um bom começo.
"Pergunte se ela pode ser tutora também."

Enquanto Dane liga para Max, ocupo-me verificando os e-


mails. A Publicidade Blakely era um sonho depois da faculdade.
Trabalhei por quase uma década construindo minha empresa
quando encontrei Sammie na academia. Pernas imensas. Cabelo
loiro e olhos azuis. Peitos gigantes. Ela era um maldito sonho
molhado. Eu me apaixonei. Não demorou muito para sairmos e eu
lhe dar meu sobrenome. Pensei que éramos felizes.

Rapaz, eu estava errado.

"Obrigado, amigo", diz Dane e desliga o telefone. Ele


empurra um pedaço de papel sobre a mesa para mim. “Ava Prince.
Ela é amiga de Olivia, filha mais velha de Max. Ele disse que ela
estava procurando fazer algum dinheiro extra para o verão e já
ensina algumas crianças. Olivia vai avisá-la para esperar sua
chamada e garantir que não é um fodido perseguidor." Ele sorri
para mim. “Apesar de você ser.”

Balanço a cabeça para ele enquanto pego o pedaço de papel


com o número rabiscado e enfio no bolso da camisa antes de me
levantar.

"Hoje à noite", ele fala com um sorriso torto. “Relaxar e


beber. Então, talvez, um de nós vá transar."

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Bufo e balanço a cabeça. “Buceta é o que me colocou nessa
bagunça. Eu adoraria ficar bêbado e ir embora.”

"Hey, Quinn", ele chama quando caminho para a porta. Viro


para vê-lo me observando com as sobrancelhas franzidas. "Você
não tem que estar no controle de tudo. Não há problema em não
saber o que está acontecendo ou como consertar isso.”

Meus ombros tensionam e estalo o pescoço. “Ter controle


total é a única coisa que me mantém são nos dias de hoje.” Eu
preciso disso. Minha vida. Minha família. Meu trabalho. Tudo é
planejado, tudo tem regras e parâmetros, tudo tem
consequências.

Despedimo-nos e prometo encontrá-lo mais tarde, assim


que tiver garantido a babá. No caminho para o carro, disco o
número. Max é um juiz e suas filhas sempre foram bem
comportadas, então espero que essa garota, Ava, também seja. A
última coisa que preciso é de alguma adolescente irresponsável
cuidando dos meus garotos. Eles se metem em problemas
suficientes sem ajuda.

Ela não atende e um bufo de aborrecimento escapa


enquanto entro no meu Lexus prateado. Estou prestes a dirigir de
volta ao escritório quando alguém me manda mensagem de um
número desconhecido.

Olá. Você acabou de me ligar? Estou na sala de aula,


então não posso atender.

A filha mais velha de Max ainda está no ensino médio. É


claro que ela está na sala de aula.

Quinn Blakely. A filha de Max Rowe, Olivia passou seu


contato. Você está procurando um emprego?

Rapidamente a adiciono aos meus contatos.

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Sou eu! Olivia disse que seu pai lhe deu o meu número,
então esperava sua ligação. Estou acostumada com o
Microsoft Office. As planilhas são minhas favoritas. ;) Em
algumas horas de escola, sou TA1 do meu professor de francês.
Sou uma das melhores alunas da minha turma. Olivia acabou
de mencionar que precisava de ajuda, mas não muito mais. O
que posso fazer por você?

Ela é uma coisinha ansiosa. Quaisquer dúvidas dela ser má


influência para meus filhos voam pela janela. Eles precisam de
uma boa influência. Alguém como Ava Prince.

Você é tutora?

Sua resposta é imediata.

Eu sou! Ensino vários dos caras da equipe de atletismo.


Treinador Long não os deixa correr se não tiverem A e B em
suas aulas.

Ela parece boa demais para ser verdade. Entusiasmada.


Estudiosa. Disposta a trabalhar.

Eu: Ótimo. Quero contratá-la. Vinte dólares por hora é


uma quantia justa?

Ava: Sim, senhor. Isso é extremamente generoso. De


quem serei tutora?

Eu: É um pouco mais complicado do que isso, na


verdade. Mais tarefas do que apenas aulas, mas nada que não
possa lidar. Pode me encontrar em casa logo depois da escola?
Vou explicar em detalhe e, em seguida, você pode começar.

Ava: Obrigada pela oportunidade. Vejo você então.

1 Professor assistente.

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Mando-lhe o endereço e ela me agradece novamente. Um
peso gigantesco some do meu peito. Pela primeira vez em meses,
sinto como se pudesse respirar. Samantha me deixou sem aviso,
mas finalmente estou novamente em pé. Desta vez, no próximo
ano, minha ex-esposa será uma lembrança distante.

Posso ter quarenta e três anos, mas tenho toda a vida pela
frente.

Hoje começa o primeiro dia para eu me encontrar.

Talvez possa finalmente ser feliz.

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CAPÍTULO DOIS

Ava

Estou zumbindo de emoção, mas também nervosa. Sr.


Blakely foi ligeiramente vago. Provavelmente estou vendo muito
nisso, como faço com todo o resto. Mamãe diz que sou obcecada
no sentido literal. Um estremecimento me atravessa. Não sou
obcecada.

“Organizei os testes classificados por alfabeto e hora,


madame Clare. Há algo mais que precise antes de eu ir?” Pergunto
enquanto coloco a pilha ordenadamente arrumada em sua mesa.

Ok, então talvez eu seja obcecada.

Ela desliza os óculos até o nariz e empurra alguns cabelos


grisalhos do rosto. “Oh, obrigada, ma choupette.”

Depois de ser TA pelo terceiro ano consecutivo, nem ligo


mais quando ela me chama de ma choupette. No início, fiquei
horrorizada ao descobrir que literalmente traduzido era “meu
repolho”. Mas depois de aprender mais francês, congelei quando
percebi que era um termo carinhoso.

"Oh, Ava", ela diz com seu doce sotaque acentuado. “Seus
lindos olhos castanhos estão brilhando com lágrimas, amor. Qual
o problema?"

Rapidamente pisco e sorrio para ela. "Nada. Só espero que


esse novo trabalho funcione. Eu realmente quero ir a Paris
neste verão."

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Madame Clare se aproxima e dá um tapinha na minha mão.
"Se isso não acontecer, não era para ser. Você é brilhante, tenaz e
tem apenas dezoito anos. Encontrará seu caminho até lá e,
quando chegar, mesmo que seja daqui a dez anos, quero que
aproveite. Se eu tivesse dinheiro para te patrocinar, eu faria. Você
sabe que eu faria."

"Obrigada", é tudo o que posso sufocar antes de lhe dar um


pequeno aceno e sair correndo pela porta.

Minha mochila está pesada e cheia de livros, o que dificulta


a caminhada até a casa do Sr. Blakely. Puxo meu cabelo castanho
claro num coque bagunçado e prendo-o com um lápis enquanto
saio do prédio.

“Ei, nerd,” Chad Acres, meu inimigo, provoca de onde está


inclinado contra seu Mustang.

Mostro a língua para ele e continuo andando. Chad implica


comigo desde a primeira série. Tentei meu melhor para evitá-lo,
mas ele sempre aparece onde estou. E assim como todos os dias,
ele me segue.

"Não seja uma cadela, Aves", ele resmunga ficando ao meu


lado.

Paro e o encaro. "Não tenho nada para dizer a você."

Ele tem o bom senso de ter vergonha. No décimo ano, baixei


a guarda e acreditei quando ele me convidou para sair. Apareci no
cinema para encontrá-lo como ele pediu. Chade nunca veio, mas
alguém tirou fotos minhas parecendo triste e solitária. Não foi
horrível, somente embaraçoso. Todos riram sobre isso por pelo
menos uma semana, especialmente Chad.

Eu o odeio.

"Onde vai com tanta pressa?" Ele exige, segurando meu


cotovelo.

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"Tenho uma entrevista de emprego", digo e solto meu braço.
"Agora me deixe em paz."

Seu sorriso cai e as feições suavizam. "Precisa de uma


carona?"

Tremo porque seria legal. "Eu posso andar."

"Deixe-me levá-la", diz ele, com o tom mais suave. "Sem


besteira." Seus dedos correm através de seu cabelo loiro. “Eu era
um garoto estúpido naquela época. Deixe-me fazer as pazes com
você."

Tudo em mim grita para ignorá-lo e continuar andando,


mas preciso desse emprego. Se chegar atrasada, será ruim.

"Tudo bem", bufo.

Ele vem tirar a mochila dos meus ombros e rosno para ele.
Com um largo sorriso que ele dá a muitas namoradas, ele levanta
as mãos em defesa. "Estou apenas tentando ser cavalheiro, mas
pode ficar com a mochila enquanto eu mantenho meus dedos."

Sorrio para ele.

Logo, estamos voando pelas ruas. Chad dirige como um


morcego fugindo do inferno e seu Mustang não têm cintos de
segurança. Ele fala sobre como ele e seu pai reconstruíram o
carro, mas não conseguiram adicionar algumas coisas. Coisas
importantes como cintos de segurança. Agarro os lados do assento
até meus dedos ficarem brancos. Quando ele para em frente a
uma casa cara com um gramado perfeitamente bem cuidado, solta
um baixo assobio.

"Essas pessoas levam dinheiro a sério."

Encolho-me e pego minha bolsa no chão. "Uh, obrigada pela


carona."

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A palma da mão dele está na minha coxa vestida de jeans e
ele me dá um sorriso tímido que nunca vi nele antes. "Foi um
prazer, Aves."

Não sei por que ele está tão estranho, mas não confio. Ele
perdeu a minha confiança quando me fez acreditar que gostava de
mim. Serei amaldiçoada se cair nesse truque novamente. Uma vez
que estou fora do carro e caminhando até a frente da enorme casa,
ele sai. Um par de pancadas na porta sem resposta me diz que o
Sr. Blakely ainda não chegou.

Sento na varanda da frente e pego meu livro de Pré-Cálculo.


A classe do treinador Long é difícil e luto com isso. Ainda sou um
A, mas é preciso muito esforço para manter essa nota.

Um elegante Lexus prata entra na garagem e depois


estaciona dentro de uma das três baias de garagem anexadas à
casa. Coloco o livro na bolsa antes de jogá-la no ombro. Esta casa
é muito chique. Sinto-me fora de lugar aqui. Não é nada como o
trailer em que vivemos do outro lado da cidade. Mas o dinheiro
que ele está oferecendo é bom. Posso aguentar estar
desconfortável por vinte dólares por hora.

A porta da frente abre e uma voz profunda soa atrás de mim.


“Você deve ser Ava Prince. Sou Quinn Blakely."

Quando viro para cumprimentá-lo, fico sem palavras.

Alto, moreno e bonito sempre pareceu uma maneira clichê


de descrever um homem. Mas agora entendo. O Sr. Blakely é alto,
tem mais de um metro e oitenta e certamente se ergue sobre meu
um e sessenta e oito. Seus elegantes cabelos negros com um
pouco de cinza nas têmporas são altos no topo e curtos nas
laterais. Ele tem um estilo que veria nos modelos nas revistas de

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fantasia da GQ2. O tipo de cabelo que foi feito para parecer como
se uma mulher corresse os dedos por ele. Meus próprios dedos se
contorcem com a necessidade de tocá-lo, mas os mantenho no
lugar. E finalmente, ele é bonito. Apague isso, ele é gostoso. Tipo
super sexy.

Seus intensos olhos cinzentos perfuraram-me enquanto ele


rapidamente me avalia. Sinto-me infantil e chata comparada a um
homem assim. Uso uma fina camisa de flanela por cima de uma
camiseta branca do Radiohead, junto com jeans desgastados e um
all star vermelho. Quase nem me pareço com uma garota, muito
menos uma mulher. Engulo meu desconforto e estendo a mão.

Ele desce as escadas para aceitá-la. Assim que sua mão


quente envolve a minha gelada, eu tremo. Não por causa do ar frio
da primavera, mas porque estou tocando nele. Porque posso sentir
seu cheiro - uma mistura pecaminosa de perfume que não
reconheço e especiarias. Sua esposa é uma mulher de sorte.

“Vamos entrar, senhorita Prince. Você está praticamente


congelando”, ele diz. Sua mão aperta a minha, mas ele a libera
antes de voltar para casa.

Depois que me recomponho, corro atrás dele. Fecho a porta


e admiro a casa chique. O foyer é todo em mármore e tetos altos.
Está bem decorado, mas não há toques pessoais. Em nosso trailer,
a porta da frente se abre para a sala de estar. Mamãe pode estar
com frio às vezes, mas nossa casa é quente com lembranças. Fotos
da nossa família ocupam todo o espaço.

"Por aqui", diz Blakely.

Sigo o som de sua voz para um escritório masculino. As


paredes são de madeira escura e sinto cheiro de charuto. Ele

2 Revista mensal sobre moda, estilo e cultura para homens.

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caminha até um sofá de couro na parede oposta à sua mesa. Uma
vez que me sento e abandono a mochila pesada aos meus pés, ele
senta ao meu lado. Seus olhos cinzentos são estreitos e severos.
Sinto como se ele tivesse a capacidade de abrir caminho até meu
cérebro com seu olhar aguçado. Estou momentaneamente em
pânico, imaginando se ele sabe que o acho atraente.

“Você tem dezoito anos, correto?"

Eu aceno, meus nervos ganhando a melhor. "Sim senhor."

Minhas palavras parecem relaxá-lo um pouco. "O que


preciso de você", ele diz, sua voz é baixa e rouca, "é de seu tempo.
Muito dele."

“Parece que já tenho o trabalho. Não quer ver meu currículo


ou algo assim?” Pergunto confusa quando começo a puxar minha
bolsa para abri-la.

Ele acena. “Isso não será necessário. Meus amigos te


indicaram e é mais do que qualificada. O trabalho é seu, se
quiser." Seus olhos estreitam. “Mas preciso do seu tempo. Isso é
importante."

Quando minha mãe usou o dinheiro da minha viagem para


pagar os reparos de seu carro, resignei-me ao fato de que teria que
conseguir um emprego em tempo integral. Que em vez de passar
horas depois da escola estudando, eu trabalharia.

"Claro", suspiro. Meus dedos se juntam enquanto


nervosamente torço-os. “Quais outros deveres além de tutoria?
Você mencionou que havia mais."

Seu controle desliza por um momento e ele parece estar


oprimido. Posso dizer que um homem como o Sr. Blakely não
deixa muito atingi-lo. “Preciso que seja minha babá. Mais que uma
babá, se quiser."

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Meu sangue esfria e franzo o nariz para ele. “O-O quê?
Pensei que disse que precisava de mim para orientar um dos seus
filhos?" Eu puxo meu currículo da minha bolsa. “Se perceber,
minha experiência é com trabalhos de escritório com meu
professor de francês e tutoria com alunos da minha escola. Não
tenho certeza se serei uma boa babá." Eu sabia que esse trabalho
era bom demais para ser verdade. Ele certamente me mandará
embora agora.

Ele coça a barba curta - que também tem um pouco de cinza


- antes de me fixar com um olhar severo. “Não tenho dúvidas de
suas habilidades. Meus filhos não são indisciplinados, só preciso
de ajuda extra com eles.” Quando mordo meu lábio inferior e olho
para ele com os olhos arregalados, ele continua. “Minha esposa
nos deixou há alguns meses e tenho problemas para ser pai e mãe.
A empresa que possuo é agitada. Fico preso no escritório a
qualquer hora e quando não estou, tenho reuniões com clientes.
Meus garotos estão sofrendo. Eles precisam de estabilidade. Até
agora, contei com a ajuda de vizinhos e amigos. Já é hora de
encontrar uma solução permanente.”

Babá.

Ugh.

Encolho-me porque não sei o que fazer com bebês ou


crianças pequenas. "Este trabalho é integral?"

Seus traços escurecem. "Não. Todos os dias, preciso que


pegue os garotos da escola e os traga para casa. Alguns dias,
Anthony tem treinos de futebol. Outros dias, os dois têm aulas de
piano. Aiden é escuteiro águia também. Quando não estão em
suas atividades extracurriculares, preciso que tenha certeza de
que eles façam o dever de casa. Desde...” ele para e sua carranca
se torna assassina. “Desde que Samantha, mãe deles, saiu, as
notas de ambos caíram. Eu gostaria de vê-los se concentrando
na escola novamente. Suas notas são importantes.”

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Essa parte, pelo menos, é algo que sei fazer. Posso lidar com
crianças da escola primária. Certamente. Pegá-los pode ser um
problema, mas vou descobrir um jeito. Talvez pegue emprestado o
carro da mamãe, se puder.

"Então é um trabalho permanente?" Pergunto, tentando não


deixar a esperança penetrar em minhas palavras. Se conseguir
um emprego bem remunerado pelo resto do ano escolar,
certamente economizarei o suficiente para minha viagem à
França. Mesmo que seja de babá.

“Todos os dias depois da escola até eu chegar. Também


preciso que fique algumas noites. Se tiver clientes, posso exigir
que leve os meninos para jogos e ensaios aos sábados ou
domingos. Seus pais permitirão isso?"

Tensiono com a menção de pais. Papai morreu quando eu


tinha quatorze anos de um ataque cardíaco fulminante. Mamãe
não tem sido ela mesma desde então. "Sou adulta agora. Além
disso, mamãe trabalha em muitos turnos de madrugada no
hospital. O horário está bem.” Passar a noite numa casa como
essa não é o pior. Será como ficar num hotel.

Ele relaxa e sorri para mim pela primeira vez desde que o
conheci. Aquele sorriso é lindo - não, é sexy - e me aquece.

"O que acha de conhecer os garotos?", ele sugere, seus olhos


iluminando com a menção deles.

Sorrio de volta e levanto junto com ele do sofá. Mais uma


vez, eu o sigo, mas desta vez para um cômodo onde uma televisão
toca um rap. Ele amaldiçoa antes de ir até a televisão e desligá-la.

“Anthony. Aiden”, ele diz, com voz autoritária. "Conheçam


sua babá, Ava Prince."

Quando um menino quase tão alto quanto seu pai e com


os mesmos olhos cinzentos impressionantes se levanta para

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me cumprimentar, quase grito de choque. Um segundo garoto,
uma réplica exata do primeiro, acena para mim do sofá.

"Não precisamos de babá", reclama o garoto em pé ao me


ver. "Estamos quase com quinze anos."

Humilhação me atravessa e minha pele aquece. Esses


garotos que deveria estar cuidando, vão a minha escola! Eles são
apenas quatro anos mais novos que eu. E são mais altos que eu.

"Eu, uh", gaguejo, meus olhos correndo para o Sr. Blakely.

Ele simplesmente cerra o queixo antes de dizer. “Está feito,


Anthony. Não haverá discussão."

O menino se afasta e logo uma porta bate em outro lugar da


casa. Pulo com o som.

“Por que não corre para casa e faz as malas? Não tenho que
encontrar Dane por mais uma hora", ele murmura e vai em
direção à porta da frente.

Esta noite?

Ele quer que eu comece hoje à noite e fique aqui?

O Sr. Blakely não brinca.

Mas quanto mais cedo puder começar ganhando vinte


dólares por hora, melhor.

Dou ao menino no sofá um pequeno aceno antes de correr


atrás de seu pai. Ele já saiu pela porta da frente antes mesmo de
eu entrar no foyer. Quando saio, ele fica com as mãos nos quadris
enquanto olha de um lado para outro na rua.

"Onde está seu carro?"

Vergonha me inunda. "Eu, eu não tenho um."

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Ele vira para me encarar e me encolho sob seu olhar. "Como
diabos estava pensando em andar por aí com meus filhos?"

Lágrimas quentes surgem em meus olhos com seu tom


áspero e cruzo os braços sobre o peito num esforço para parecer
mais forte do que sou. “Eu preciso deste trabalho. Vou achar um
jeito. Às vezes posso usar o carro da minha mãe."

Suas narinas se abrem. “É por isso que precisa do emprego?


Você está economizando para um carro?"

"Não", grito. "Estou economizando para uma viagem a Paris


com minha turma de francês neste verão."

Ele estreita os olhos. “Deixe sua mochila no meu escritório.


Vou te levar para casa. Vamos resolver o problema do transporte
mais tarde."

Estou chocada que ele não me demitiu antes mesmo de


começar.

"Vamos, Mon Trésor3", ele rosna.

Não é até que estou em seu caro Lexus que cheira a ele que
percebo que ele me chamou de seu tesouro.

A emoção que dispara por mim não tem nada a ver com o
ar condicionado atingindo meu rosto e tudo a ver com o meu novo
chefe frio que deixa algo quente escapar no meio de uma ordem
gritada.

Não gosto de garotos.

É uma das coisas que me orgulho.

3 Meu tesouro.

K. WEBSTER
Enquanto outras garotas se distraem com garotos da nossa
escola, eu os ignoro.

Mas o Sr. Blakely não é um garoto.

Ele é todo homem.

E não tenho certeza se posso ignorá-lo.

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CAPÍTULO TRÊS

Quinn

Estou fodido.

Completamente fodido.

Quando contratei essa garota para cuidar dos meus filhos,


não esperava que ela fosse tão cativante. Inocente e doce.
Vulnerável. Bonita. Escondidos atrás de seus óculos de aro preto
estão os mais amplos olhos castanhos que já vi. Ela me lembra a
boneca de uma criança. Suave, pele de porcelana que não foi
submetida a anos de abuso de Botox como Samantha era. Seu
cabelo castanho cor de mel é uma bagunça sexy torcida em cima
de sua cabeça e presa de alguma forma por um lápis. Tudo sobre
ela me atrai.

E quando estou prestes a mandá-la embora, uma vez que


descobri que ela não faria nem metade de seu trabalho,
considerando que ela não tem um veículo, ela me diz para o que
ela está economizando.

Paris.

Não muito depois da faculdade, fiz uma viagem a Paris. Isso


abriu meus olhos e alma. Eu precisava de uma pausa depois de
acabar com minha bunda na escola e foi exatamente isso. Passei
duas semanas me encontrando naquela cidade romântica. Uma
das poucas vezes na minha vida que me soltei e não tentei

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segurar com firmeza tudo o que fiz. Isso me inspirou a começar
minha própria empresa.

A pequena e doce Ava Prince apenas conseguiu esse


emprego.

Tudo porque vi um pouco de mim em seus esperançosos


olhos castanhos.

"Esta rua", ela sussurra, o som de sua voz me cobre como


um cobertor quente. "Sexto trailer abaixo."

Enquanto arrasto meu Lexus pela rua com casas móveis


antigas e decadentes, não posso deixar de sentir pena. Às vezes,
quando estou trancado no meu mundo, esqueço que há pessoas
que não tem tanto quanto eu. Isso me faz querer pegar Aiden e
Anthony e mostrar quão sortudos são. Fazê-los perceber que são
mimados além do limite.

“Apenas fique aqui”, ela instrui, nervosismo fazendo sua voz


tremer. "Eu já volto, Sr. Blakely."

“Quinn. Por favor, me chame de Quinn."

Seus lábios formam um sorriso doce que faz meu pau doer.
"Ava."

Ela sai do carro enquanto penso em seu efeito em mim. A


garota não é muito mais velha do que meus filhos e ainda estou
sangrando pela traição de Samantha. A última coisa que preciso
é da atração por uma jovem.

Ela nem é bonita.

Solto um bufo de discordância. Não posso mentir para mim


mesmo.

Claro que ela é bonita. Sexy pra caralho seria a palavra para
descrevê-la. Ela brinca com o estilo grunge bagunçado, óculos

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anos noventa, mas vejo além da superfície. A menina é linda e
meu pau certamente concorda.

Curiosidade agita meu peito com admiração. Será que uma


garota de dezoito anos estaria interessada num homem de
quarenta anos? Bufo e aperto a ponta do nariz, frustrado. Claro
que não. Ela é mais adequada para meus filhos.

E ainda assim... Não consigo tirar as imagens sujas da


minha cabeça.

Imagens onde a tenho nua e presa debaixo de mim no banco


de trás do Lexus. Pensamentos de entrar em seu calor apertado
enquanto mordo sua garganta pálida. Pergunto-me se ela é virgem
ou...

"Desculpe por ter demorado tanto", ela respira


pesadamente. "Tive que alimentar meu gato Lemon."

Tenho nojo que estou ostentando uma ereção do tamanho


do Texas na calça. Seus olhos estão distraídos enquanto ela
nervosamente puxa a tira desgastada de sua bolsa.

Aproveito o tempo para balbuciar besteiras só para evitar


que ela perceba que venho fantasiando sobre seu corpo
adolescente debaixo do meu. Deus, sou um fodido doente.

“Sem televisão depois das nove. Os meninos sabem disso.


Eles têm que estar na cama às dez horas em dias de semana e em
noites de jogo. Às vezes os deixo ficarem acordados até a meia-
noite. Eles não são de cozinhar porque Aiden quase queimou a
casa uma vez fazendo uma pizza congelada. O dever de casa é
necessidade absoluta. Suas notas são importantes para mim.”
Quero definir algumas regras para ela também, mas me contenho.
Por agora. Meu pau contorce com o pensamento de dar uma
ordem e espancar seu traseiro quando ela desobedecer.

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Ela vira para me olhar e não posso deixar de olhá-la
enquanto dirijo. Gosto do jeito que ela morde o lábio inferior
rechonchudo de maneira pensativa. "O que eles fazem para se
divertir?"

Bufo. "O que?"

Seu queixo levanta e ela arqueia uma sobrancelha escura


para mim. "Até agora nomeou muitas coisas que eles não podem
fazer e muitas coisas que você quer que eles façam. O que eles
podem fazer ou escolhem fazer?"

Se eu deixar, Anthony provavelmente fará sexo com todas


as garotas que conhece e Aiden provavelmente morrerá de artérias
entupidas. Eles fariam loucuras fazendo o que quiserem e
comendo o que eles querem. Não, meus filhos precisam de regras
e ordens.

"Nada, Ava."

Seu nome rola da minha língua e isso me agrada. Gosto do


nome dela. Soa como uma oração.

"Nada?"

"O que você faz?" Desafio.

Ela olha pela janela e dá de ombros. "Nada."

“E você é uma boa menina. Sua cabeça está focada. É assim


que deve ser.” Mas às vezes boas garotas também precisam de
palmadas.

Quando ela não responde, encaro-a. Seu pescoço fica rosa,


mas ela mantém a cabeça para longe. "Obrigada", ela murmura.

Deixo meu olhar percorrer seu corpo novamente. Ela é


pequena. Uma coisinha pequena e magra. O completo oposto da
minha ex-esposa. Talvez seja por isso que a acho atraente. Ao
contrário de Sammie, Ava parece o tipo de se submeter às

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minhas maneiras de controlar. Gosta de saber o que fazer. De
oferecer sua bunda para que eu possa puni-la por ser
desobediente.

Se Dane souber que estou prestes a enlouquecer por causa


da maldita babá, ele rirá pra caramba.

É apenas uma fantasia.

Depois do meu coração estar frio por tanto tempo e meu pau
ter esquecido o que é sentir pressão com o sangue, estou feliz
apreciando esses pensamentos sujos.

O resto do nosso passeio é tranquilo. Quando voltamos para


casa, mostro a ela os ambientes. Ela solta um gritinho de
excitação quando lhe mostro a sala de teatro. Às vezes, os meninos
e eu assistimos a filmes e nos enchemos de pipoca. Amo essas
noites. Orgulho incha no meu peito porque acho que é incrível
também.

"E aqui está o quarto em que ficará nas noites que preciso
que passe a noite com eles", aponto para o quarto de hóspedes ao
lado do master. “Os meninos ficam no terceiro andar. Foi
projetado para ser uma sala de mídia, mas eles imploraram até
que cedi. Não há muito com o que possam ter problemas. Quando
a hora dormir chegar, mande-os para o andar de cima e poderá se
retirar para seu quarto. Alguma pergunta?"

Ela entra no quarto de hóspedes decorado em branco e tons


de cinza. Uma velha roda de madeira e latão náutico pairam sobre
a cama e a decoração é de nós de corda pendurados na cabeceira.
Por um breve momento, pergunto-me se é muito masculino para
uma mulher.

Meu pau contrai novamente.

Pensei em Ava como mulher e não como menina.

K. WEBSTER
Ela tira a camisa de flanela e meus olhos voltam para ela
imediatamente. Seus seios são pequenos na camiseta branca
apertada. Com certeza encherão minhas mãos. Descaradamente
olho os peitos empertigados da garota enquanto me pergunto
como ficariam com marcas de dentes.

Acalme-se, Quinn.

Mentalmente me repreendo por ficar duro por essa jovem.


Ela praticamente grita virgem. A última coisa que preciso fazer é
me envolver com alguém como ela. Uma menina tímida e sem
experiência sexual - isso é uma receita para o desastre. O que
seria uma boa brincadeira nos lençóis e um momento de coisas
incríveis para meu ego, significaria algo totalmente diferente para
alguém como ela.

Não sou o Príncipe Encantado.

Não vou tirar os sonhos de ninguém.

"Posso usar o chuveiro mais tarde?" Ela pergunta, com seu


nariz se contraindo quando tira os sapatos para ficar confortável.

Meus olhos percorrem seu corpo minúsculo e não posso


deixar de imaginá-la nua, coberta de espuma. Limpo a garganta e
viro as costas para ela enquanto finjo verificar meu telefone
quando, na realidade, estou escondendo a ereção que aponta
diretamente para ela nos últimos cinco minutos.

"Sim. Sirva-se de tudo." Incluindo eu. Meu pau pula na


calça.

“Obrigada, Quinn.”

******

K. WEBSTER
Dane fala sobre sua filha, Mel, enquanto tomamos cerveja,
mas meus pensamentos estão em Ava. Não posso deixar de me
perguntar como ela está com os meninos. Uma parte de mim se
preocupa que vão esmagar sua babá. Mas uma parte maior se
preocupa por não serem gentis com ela. Aiden, eu não me
preocupo tanto. Ele é um brincalhão, mas gentil. É Anthony quem
tem problemas. Um rebelde por natureza.

O garoto veio a este mundo chateado. Chutando, gritando e


vermelho como um tomate. Sammie e eu sofremos tentando
acalmá-lo. Eventualmente, ele se estabeleceu, mas estava sempre
do lado mais difícil. Agora que a mãe dele nos deixou e é um
adolescente, ficou um pouco fora de controle.

"Você está fora de foco, cara. O que está acontecendo?”


Dane pergunta, com a sobrancelha levantada em questão.
Conheço Dane há anos. Ele foi um dos meus primeiros clientes.
Precisava de publicidade e marketing para seu escritório de
advocacia. Ficamos amigos muito depois que nosso
relacionamento comercial terminou.

Abaixo minha cerveja e dou de ombros. "Só pensando."

“Sobre Samantha? Os garotos?"

A babá nua e chupando meu pau. "Sim."

"É uma droga, Q. Confie em mim, eu sei", diz ele com um


suspiro. "Mas você vai passar por isso. As crianças vão passar por
isso."

Começo a me soltar uma vez que Dane pede doses de


tequila. A pequena Ava Prince, minha fantasia secreta, manterá
meus garotos longe de problemas e me dará algum material visual
para depois.

Imagino-me gozando em todo seu rosto bonito quando


meu telefone toca. É Ava.

K. WEBSTER
Desculpe incomodá-lo. Anthony disse que eles poderiam
ficar acordados e ver filmes na sala de cinema. Isso é verdade?
Não quero estragar minha primeira noite.

Pensamentos sobre ela mordendo o lábio inferior, um olhar


inquieto no rosto lindo, faz meu pau doer. Talvez tenha que me
contentar com uma estranha no bar para aliviar o tesão. Ficar sem
foder por mais de três meses está me deixando louco.

Anthony mentiu. Ele tem um jogo amanhã. Na cama ás


dez.

Olho para o relógio na parede que mostra 22:30.

Cama. Agora.

Irrita-me que ele esteja com a babá por uma noite e já está
pressionando seus limites. Eu sabia que isso aconteceria, mas
ainda é chato pra caralho.

Disse a ele. Ele saiu correndo e bateu a porta no andar


de cima. :(

Seu rosto triste me incomoda. A doce menina mostra suas


emoções facilmente para todos verem.

Anime-se, Mon Ange.

Assim que clico em enviar, eu recuo. Acabei de chamá-la de


meu anjo em francês. Já escorreguei duas vezes com os carinhos.

Talvez não seja boa nessa coisa de babá. Sou melhor com
planilhas e números. Não com pessoas.

“Problemas em casa?” Dane pergunta antes de abaixar seu


copo.

“Anthony está dando alguns problemas para a babá. Nada


de novo, quando esse menino está envolvido.”

Acho que você é perfeita.

K. WEBSTER
Ela responde imediatamente.

Andou bebendo?

Resmungo e digito volta.

Não acho que seja da conta da babá ...

Sorrio sabendo que suas bochechas provavelmente estão


vermelhas. Ela recua porque não responde. Depois de mais alguns
drinques, pergunto-me se estraguei tudo. Fui longe demais?

Estou aborrecido comigo mesmo por potencialmente tê-la


afastado. Eu não deveria estar flertando com a babá gostosa dos
meus filhos. Preciso que ela cuide dos meus meninos.

Solto um grunhido. Vou parar de pensar nessa garota como


se fosse um maldito adolescente. Se quiser sexo, vou pegar uma
mulher do bar. Essa garota é apenas uma fantasia fugaz.

Convencer meu pau, porém, será muito mais difícil do que


uma conversa rápida.

K. WEBSTER
CAPÍTULO QUATRO

Ava

Meus olhos fecham enquanto tento estudar para meu


exame de química na segunda-feira. Estou além de exausta e mal
fiz nada. Achei que esse trabalho seria mais difícil, mas acontece
que é tão solitário e chato quanto estar sozinha em casa todas as
noites.

Aiden é legal, mas fez um sanduíche antes de se esconder


em seu quarto a noite toda.

Anthony começou bastante doce. Deu um sorriso que deve


ter aprendido com o pai antes de me oferecer algo para comer.
Fiquei feliz pelo gêmeo difícil parecer ter aceitado a ideia de eu ser
sua babá. Mas então ele mencionou ver filmes. Vi um leve toque
de decepção em seus olhos. Desde que Quinn é tão rigoroso, quis
perguntar primeiro. No momento em que disse a Anthony que não,
ele murmurou pequena vagabunda. Felizmente consegui esperar
até ouvir a porta de seu quarto bater no andar de cima antes de
começar a chorar.

Apenas quando pensei que a noite não poderia ficar pior,


Quinn apareceu. As mensagens me confundiram. Quando ele me
disse que eu era perfeita, simplesmente olhei as palavras sem
acreditar. Logo após um texto grosseiro me deixou chateada de
novo.

Preciso me recompor.

K. WEBSTER
Esse estresse - tudo isso - está começando a me atingir.
Tenho que me endireitar por uma infinidade de razões. Mais
especificamente, preciso das bolsas de estudos da faculdade se
planejo sair. Minhas aulas são difíceis, e agora meu trabalho é
demorado e nada divertido. Gostaria de poder ter um tempo e tirar
um dia para mim. Um dia em que posso relaxar e fazer coisas que
realmente quero fazer.

Como se o mundo quisesse me mostrar exatamente o que


quero, ouço a porta da garagem abrir. Sento na banqueta e
começo a me preocupar com minha aparência. Desde quando me
importo?

Desde que conheci Quinn Blakely.

Esse foi o exato momento em que comecei a me importar.

Minha camisola é amarela e não uso sutiã por baixo. Depois


que os meninos foram para a cama, tomei um longo banho quente
no banheiro mais bonito que já vi e optei por algo confortável para
usar. Não percebi que o tempo passou enquanto estudava. Correr
para Quinn não é algo que antecipei.

Começo a entrar em pânico, mas então a porta da garagem


que entra na casa abre. No momento em que Quinn atravessa o
limiar, eu derreto.

Querido menino Jesus, ele é tão bonito.

Ele entra com seu olhar de aço, a porta fechando atrás dele.
Quase não consigo perceber, mas ele para de repente. Seus
cabelos escuros perderam um pouco do gel e pairam sobre as
sobrancelhas, deixando-o com a aparência um pouco desleixada.
Minha frequência cardíaca acelera quando seus olhos se voltam
para os meus.

"Ava", ele cumprimenta, com a voz rouca. "Não achei que


ainda estaria de pé."

K. WEBSTER
Respiro fundo quando seu olhar cai para meus seios e
permanece lá. "Uh... tive que estudar", digo.

Seu olhar está de volta no meu, penetrante e aquecido. "O


que está estudando?"

"Q-Química", gaguejo.

Ele anda ao lado do bar e vem atrás de mim para olhar por
cima do meu ombro. O calor do seu corpo parece queimar minha
pele sem tocá-la. Apesar do fogo queimar através de mim por tê-
lo tão perto, arrepios surgem nos meus braços. Quando tremo,
suas mãos grandes e quentes cobrem meus ombros nus. Ele as
desliza subindo e descendo nos meus braços para me aquecer.

"Você deveria usar mais roupas", diz ele, sua respiração


quente fazendo cócegas atrás da minha orelha. "Está frio aqui."

Tudo o que posso fazer é dar um aceno de cabeça.

Suas mãos param o movimento e juro que ele me inala. Se


eu fosse mais corajosa, pediria para ele deslizar as mãos para
frente e tocar meus seios. A imagem me faz soltar um pequeno
gemido. Ele se inclina e aponta para o livro.

“Isso é uma merda bem difícil."

Meus olhos fecham, porque, falando sério, sua


impressionante ereção pressiona contra minhas costas. "Muito
difícil", sussurro.

"Você tem um belo pescoço."

Uma risada nervosa me escapa. "Um belo pescoço?" Cometo


o erro de virar a cabeça para olhá-lo. Nossos rostos estão a poucos
centímetros. Se quisesse me beijar, ele poderia. Eu deixaria.

"O mais bonito que eu já vi. Seu namorado deve decorá-lo


com lindos colares."

K. WEBSTER
Calor queima em minhas bochechas e garganta. "Não tenho
namorado."

Satisfação brilha em seus olhos quando ele se afasta. Seus


dedos se arrastam ao longo da minha garganta e ele sorri antes de
afastar a mão. "Talvez eu deva decorar seu lindo pescoço com
colares."

Olho-o boquiaberta.

Ele avança e coloca os dedos debaixo do meu queixo para


fechar minha boca. “Vá para a cama, Ava. Não é dia de semana,
mas precisa dormir um pouco. Está tarde."

Antes que possa formular uma resposta, ele se afasta e


desaparece. Estou quente, incomodada e completamente me
contorcendo de necessidade.

Será difícil de trabalhar com Quinn porque não consigo


manter a cabeça focada quando o vejo. Meus estudos são um
borrão. Tudo o que posso pensar é nele.

E ainda assim, é o mais focada que me sinto em muito


tempo.

******

Felizmente, segunda-feira é o dia de folga da mamãe, então


posso usar o carro. Depois de sentir que falhei no meu teste de
Química, não posso deixar de ficar de mau humor durante todo o
caminho até a casa dos Blakely. Aiden fala no meu ouvido o tempo
todo no banco da frente. Recebo olhares de seu irmão gêmeo pelo
espelho retrovisor. No momento em que paro na garagem,
Anthony desce correndo.

"Ele não gosta de mim", digo, com derrota no meu tom.

K. WEBSTER
Aiden ri. “Anthony não gosta de ninguém. Ele não está
bravo com você. É com papai que ele está puto."

"Não diga 'puto'", advirto.

Ele ri novamente. "Bom, é verdade."

Meu telefone toca. Aiden leva isso como sua dica para entrar
na casa. Calor me enche quando vejo Quinn me mandando
mensagens.

Chegou bem em casa?

Não posso responder com rapidez suficiente.

Sã e salva.

Ele responde imediatamente.

Bom. Quero que eles façam lição de casa antes do


videogame.

Este fim de semana tenho compromisso. Pode ficar de


novo?

Minha mente volta para sexta-feira, onde ele me olhou com


uma necessidade que não imaginava. Só de pensar na maneira
como ele olhava para os meus seios, meus mamilos endurecem.

Use mais roupas desta vez... Uma garota como você é


muito tentadora para um homem como eu.

Fico olhando a mensagem em estado de choque.

Feche a boca, Ava.

******

K. WEBSTER
Mamãe teve que usar o carro nos últimos dias, mas
felizmente Olivia foi capaz de levar a mim e aos meninos para casa.
Ambos os dias, ela voltou para me pegar uma vez que Quinn
chegou e me levou para minha casa. Hoje à noite, porém, mandei
os meninos para a cama horas atrás e Quinn ainda não voltou.
Não posso nem me concentrar no meu trabalho de pré-cálculo
porque agora é tarde e não posso pedir a Olívia para me levar para
casa a essa hora. Quinn finalmente manda mensagem.

Sinto muito. Eu pretendia mandar uma mensagem


anteriormente, mas o tempo passou. Lidando com um
problema frustrante no escritório. Quartas-feiras são
geralmente um pé no saco. Estarei em casa em breve.
Obrigado.

Franzo a testa e seguro meu livro. Estou tentando não ficar


desapontada por ele estar trabalhando tão tarde. A cada dois dias
desta semana, ele chega em casa cedo. A cada vez, ele me convida
para jantar. Eu quero, mas não posso atrasar Olivia desde que ela
é minha carona. Em torno de seus meninos, seus olhos se
comportam e ele não diz nada que possa ser considerado cruzar a
linha.

Mas, como gostaria que o fizesse.

Gastei muito tempo fantasiando sobre o poderoso e mandão


Quinn Blakely.

"Estou perdendo a cabeça", resmungo enquanto coloco o


livro na mesa de centro. A sala de estar está escura, além da
lâmpada que uso para ler. Puxo o cobertor da parte de trás do sofá
e o coloco sobre mim. Enquanto deito de costas e relaxo, não posso
evitar que meus dedos vaguem em direção ao meu sexo. Está
latejando desde o momento em que ele se inclinou para mim e
senti sua ereção nas minhas costas na sexta-feira.

K. WEBSTER
Enquanto esfrego meu dedo sobre a costura do meu jeans,
finjo que é Quinn. Um delicioso calor se espalha por minhas
terminações nervosas.

Seus longos dedos me tocando. Sondando. Massageando.

Sua respiração quente fazendo cócegas no meu lindo


pescoço.

Seu pau pressionando contra mim por trás.

De repente, tenho o desejo de sentir minha pele. Com


movimentos apressados e desajeitados, desabotoo meu jeans e
abro o zíper. Sou capaz de escorregar minha mão debaixo da
calcinha e fico surpresa ao encontrá-la encharcada.

Quinn me deixa louca.

Toco meu clitóris pelo que parecem horas. Não importa o


quão rápido ou forte eu me toque, não estou satisfeita.

******

Sonho com alguém chupando meu dedo. Meu sonho parece


bem real. Quinn em toda sua glória masculina, ajoelhado ao lado
do sofá chupa meu dedo com possessividade escrita por todo seu
rosto. Estou tão no meu sonho que minha outra mão desliza de
volta para dentro da calça.

"Ava."

A voz baixa e sedutora parece tão realista.

"Mmm?"

"O que está fazendo?"

Não tenho que responder porque ele tira o cobertor.

K. WEBSTER
"Santa foda", sussurra, seu aperto aumenta no meu pulso.
"Jesus."

É então que percebo que meu sonho se transformou em


realidade.

"Oh meu Deus", gemo quando puxo minha mão da calça.


"Meu Deus."

Ele ri, com sua voz profunda e rouca. "Deixe-me ajudá-la


com isso." Sua mão encontra meu outro pulso e ele o puxa para
sugar minha excitação, assim como no meu sonho. Estou a cerca
de três segundos de encontrar coragem para pedir-lhe mais
quando ele fala de novo. “É depois das duas. Você precisa ficar.
Não vou deixar você dirigir tão tarde com bêbados saindo por aí e
você sonolenta.”

Concordo com a cabeça porque não é como se tivesse um


carro e ele me levanta do sofá. Deus, ele cheira tão bem. Estou
horrorizada por ele me pegar fazendo aquilo, mas ele não pode
pensar que é tão ruim porque chupou meus dedos. O pensamento
me emociona e assusta.

Ele está me levando para cima para fazer sexo comigo?

Tensiono em seus braços.

"Relaxa."

Sou carregada pela casa e decepção surge quando ele para


em frente ao quarto de hóspedes, em vez do dele. Ele empurra a
porta e me coloca de pé ao lado da cama.

"Precisa de ajuda para se despir?", ele pergunta, seus olhos


escuros de luxúria.

Minha cabeça acena por conta própria.

Ele aperta a mandíbula e afasta o olhar do meu. Seus


polegares engancham no topo do meu jeans. Prendo a

K. WEBSTER
respiração quando ele o puxa por minhas coxas até os tornozelos.
Minhas mãos encontram seus ombros para me equilibrar
enquanto ele me ajuda a sair deles.

"Agora o que?" digo.

Ele fica em toda sua altura e se ergue sobre mim. Seus


dedos traçam minha garganta até a clavícula.

"Agora você dorme."

Começo a choramingar em protesto, mas seu polegar


pressiona meus lábios.

"Shhh", ele sussurra. "Estou pendurado por um fio muito


fino aqui. Apenas, por favor, vá dormir."

Envergonhada, escorrego para longe e subo na cama. Ele


puxa as cobertas até meu queixo. Sinto-me uma criança.

"Você não gosta de mim?" Pergunto minha voz trêmula.

Ele se inclina e beija minha testa. “Gosto tanto de você que


está me deixando louco. Durma, linda garota."

E então ele está fora, apagando a luz ao sair.

Durma, linda garota.

Adormeço com um sorriso no rosto.

K. WEBSTER
CAPÍTULO CINCO

Quinn

Não consigo tirar a garota da cabeça. Cada vez que falo


comigo mesmo para me conter, eu a toco ou digo alguma merda
imprópria. E agora, embora tenha uma montanha de problemas
no escritório para resolver, saio mais cedo e vou para casa.

Ela tem um gosto tão doce.

Levou cada grama de autocontrole que tenho para parar


simplesmente chupando seus dedos. Quero fazer muito mais.
Quero fazer tudo com ela.

Na volta para casa, estou numa completa terra de fantasia.


Imagino ter Ava de todas as maneiras que posso. Na minha cama.
Na cama de hóspedes. Ela montando meu colo no meu Lexus. Não
me masturbo tanto no chuveiro desde que tinha quinze anos.

Uma vez na garagem, corro para dentro. Estou desesperado


para ver sua boca linda e seu nariz empinado. Quero beijar seu
pescoço até que esteja vermelha e marcada.

Ando pela casa até encontrar Ava sentada no degrau inferior


fungando. Preocupação anula a emoção que sinto. Agacho na
frente dela e aperto seus joelhos.

"O que está errado?"

Ela levanta a cabeça e o coração partido que ondula dela


quase me derruba. "Nada."

K. WEBSTER
Mentira.

Estendendo a mão, seco uma lágrima que passa por seus


óculos com o polegar. "Não caio nessa merda. Diga o que está
errado."

Ela suspira e balança a cabeça. "Você vai pensar que é


estúpido."

"Eu não acho que é estúpido. Pode confiar em mim."

Seu sorriso é suave e tímido e porra eu adoro isso. "Ok". Ela


puxa o lápis de seu cabelo. Ele cai em cascata ao redor dela em
ondas sedosas. Estou com vontade de passar os dedos por ele.
"Não fui bem no meu teste de Química.”

"Você reprovou?"

Ela me olha horrorizada, os olhos arregalados por trás dos


óculos. "Deus, não. Eu tirei oitenta e nove."

Meus lábios se contorcem. "Pobre bebê."

Outro lindo sorriso se estende por seus lábios. "Isso não


afetará muito a minha nota geral, mas..." Seu sorriso cai. "Estou
desapontada."

"Bem", murmuro enquanto deixo meus dedos fazerem o que


querem e deslizarem por seu cabelo. "Estou muito orgulhoso de
você."

Sua respiração para. Ela me encara com olhos me foda e


isso me deixa louco de necessidade. Minha mão envolve seu
pescoço esbelto. Com meus olhos nos dela, puxo-a para perto.

Eu quero beijá-la

Tanto que dói.

E isso é errado. Tão errado. Ela é a babá pelo amor de


Deus.

K. WEBSTER
Ela separa os lábios cheios e essa é minha deixa. A moral
que se foda.

Inclinando-me para frente, roço meu nariz no dela. Estou


prestes a provar esses lábios perfeitos quando passos pesados
soam no corredor do segundo andar. Como se tivesse me
queimado, afasto-me dela. Segundos depois, Aiden desce os
degraus com um sorriso no rosto.

"Olá pai."

"Ei, camarada."

Ele para e olha para Ava. "Você está bem?"

"Ela se preocupa com suas notas, ao contrário de alguém


que eu conheço."

Suas mãos se levantam em rendição. "Estou apenas


descendo para pegar uma Coca-Cola”.

Assim que ele se vai, Ava levanta. "Eu deveria ir." Ela manda
uma mensagem para alguém e depois coloca o telefone na mão
antes de sorrir para mim. "Obrigada por me animar."

Se ela soubesse as maneiras que realmente quero animá-la.

Com meu pau grosso enterrado profundamente em sua


buceta doce e apertada.

"Tchau, Ava", diz Aiden quando passa por nós e volta para
seu quarto.

Esfrego meu rosto com a palma da mão e a devoro com o


olhar. Ela é sexy como o inferno em seus jeans e camiseta folgada.
Após tocar suas coxas foi totalmente uma tortura me afastar. E vi
os globos arredondados de seus seios pequenos através da blusa
fina enquanto ela estudava. Ela é perfeita e estou ganancioso por
mais.

K. WEBSTER
Essa garota mantém meu pau em constante estado de
atenção sempre que está perto.

"Venha aqui", ordeno com voz rouca.

Ela engole, mas obedece. Boa menina. Quando ela está


perto, perto demais, inclino-me para frente para sussurrar em seu
ouvido.

"Eu quero..." Paro e deixo meus lábios roçarem seu pescoço


logo abaixo da orelha.

Sua respiração falha e as mãos encontram meu peito para


se firmar. "Quinn..."

Minha língua sai e a provo. Doce, assim como a essência


dela que tive o prazer de provar uma vez. "Eu quero coisas que
não posso ter."

Ela solta um gemido quando chupo seu pescoço apenas o


suficiente para que eu saiba que não vai deixar uma contusão.

"Eu ainda as quero", suspiro contra ela. "Quero mais do que


deveria.”

******

Saí do trabalho cedo para me preparar para ir tomar uma


bebida com meu amigo Dane. Na verdade, queria passar um
tempinho com Ava antes de sair. Quando entro na casa, ela está
comendo um Pop-Tart 4 enquanto lê um livro. A garota nunca

4Pop-Tarts é um biscoito pré-cozido recheado produzido pela Kellogg. Criado em 1964, a Pop-
Tarts é a marca mais popular da Kellogg nos Estados Unidos.

K. WEBSTER
relaxa. Se dependesse de mim, certificaria de que ela relaxasse a
noite toda com minha língua entre suas coxas.

"Gosto do seu cabelo assim", deixo escapar em saudação.

Ela engole sua mordida e suas bochechas coram.


"Obrigada."

Corro até ela e seguro o rabo de cavalo com avidez. Quando


o puxo para baixo, ela é forçada a me olhar. Olhos castanhos
brilham com uma necessidade que tenho certeza que combina
com a minha.

“Você trouxe uma bolsa? Estarei fora até tarde."

“Sim. Quanto tempo vai demorar?"

Encontro o pescoço dela e beijo a pele abaixo de sua orelha.


"Não espere. Sabe o que aconteceu da última vez que esperou."

"Quinn..."

Puxo seu rabo de cavalo, fazendo-a andar para trás até que
a tenho presa contra o balcão. Meu pau está duro como uma rocha
entre nós dois.

“Ava. Seja uma boa menina."

"Eu sempre sou", ela sussurra.

Correndo meus dentes ao longo do lóbulo da orelha, eu


murmuro: "Às vezes, tudo bem ser ruim." Minhas mãos deslizam
para seus quadris e meus polegares deslizam sob sua camisa logo
acima do jeans. Sua pele macia parece divina. “Quando está
comigo, você pode ser ruim. Eu cuidarei de você para ter certeza
de que não se envolverá demais."

Ela inclina a cabeça para o lado, permitindo-me melhor


acesso ao seu pescoço. Essa boa moça está confiando em mim.

K. WEBSTER
Deslizo uma das mãos sob sua blusa. O simples toque a faz gemer.

Jesus, ela é tão sensível a mim.

Beijo o lado de seu pescoço suavemente no começo, mas


depois pareço perder a cabeça. Minha boca suga forte o suficiente
para que eu saiba que deixarei uma marca e, no entanto, não
consigo me impedir. Suas pequenas mãos encontraram o caminho
para o meu peito. Amo o jeito que ela tenta me explorar sobre a
camisa.

“Preciso ir me preparar, mas...” Prefiro te foder contra o


balcão, babá. "Eu não acho que quero ir."

Ela choraminga quando roço os dentes ao longo de sua pele.


Minha mão se arrasta para o lado até meu polegar roçar contra a
parte inferior do seio sobre o sutiã. Seu corpo treme ao toque.
Estou apenas deslizando a mão para segurar seu seio quando
ouço os garotos discutindo enquanto descem as escadas como um
par de orangotangos.

Afastando-me, ando até a cafeteira e finjo ver algo. Ava volta


para a banqueta e abaixa a cabeça para o dever de casa.

Obrigado fodidos meninos.

*******

Eu: Como estão os meninos?

Ava: Dormindo.

Eu: Bom.

Eu: Está fazendo a lição de casa?

Ava: Sim.

K. WEBSTER
Eu: Vá para a cama, Ava. É tarde e precisa descansar.
Você trabalha muito.

Ava: Você é mandão.

Eu: Sou seu chefe.

Ela não respondeu depois da última mensagem e me senti


como um idiota. Tanto, que o resto da noite com Dane foi um
borrão. Só queria estar em casa. Agora que estou, quero estar no
andar de cima. Na cama com a babá.

Corro meus dedos pelo cabelo e giro na cadeira do escritório


para pegar uma garrafa de Bourbon da gaveta na minha mesa.
Não procuro um copo, bebo direto da garrafa.

Não vá até lá.

Apenas passe por seu quarto e vá para o seu, Quinn.

Cerro os dentes quando o álcool me aquece. Imagino seu


pequeno corpo nu sob as cobertas. Ela está lá em cima se
tocando?

Meu pau reage a esse pensamento e estou ridiculamente


duro nas calças. Porra, isso é difícil. É como se meu pau estivesse
acordado de um sono de quinze anos. E é um filho da puta
exigente porque não quer vadias de bar. Ele quer Ava.

Eu quero Ava.

Jovem. Inocente. Brilhante. Descontraída. Adorável. Ava.

Tomo outro gole do Bourbon e pego meu telefone.

Não consigo parar de pensar em você.

Depois de apertar enviar, tento imaginá-la lendo a


mensagem. Ela está acordada agora?

Por quê?

K. WEBSTER
Um sorriso brinca nos meus lábios. Vou adicionar tímida à
lista de coisas que gosto nela.

Você é linda e inteligente.

*******

Suas bochechas provavelmente estão vermelhas de


vergonha, mas aposto cinco dólares que sua mão está na calcinha
novamente. Notei o jeito que ela me olha. Como reage à minha
proximidade. O sentimento é definitivamente mútuo.

Totalmente errado, mas mútuo.

Penso em coisas sujas com você.

Meu pau está duro nas calças e esfrego a mão contra ele.

Ela me surpreende por mensagens de texto imediatamente.

Talvez minhas fantasias sejam semelhantes.

Tomo um gole na garrafa de Bourbon e aprecio a forma


como queima meu esôfago todo o caminho para o estômago.

Às vezes não sei quanto tempo posso mantê-las apenas


como fantasias. Às vezes imagino algo muito mais real.

Aperto a ponta do nariz. Preciso parar com isso. Ela é o


sonho molhado de todos os homens da minha idade. Isso não pode
acontecer. Não tão perto do meu divórcio com Sammie. Estou
pedindo para ter problemas.

Afaste-se, Quinn.

Não é tão tarde.

Talvez eu imagine isso também.

K. WEBSTER
Solto a gravata na minha garganta e a puxo do pescoço
antes de jogá-la na mesa. O Bourbon me dá coragem. Coragem de
desabotoar minha camisa e afastá-la do corpo. Vou apenas
acariciar meu pau imaginando a garota com o pequeno nariz fofo
e cabelo castanho bagunçado. Gozo em toda minha barriga
enquanto penso em como seus peitos pareciam bons o suficiente
para comer naquele dia. Mas quando puxo a camiseta branca e a
tiro, meus pensamentos não estão em meu punho em volta do
pau.

Meus pensamentos estão nela.

Não apenas uma fantasia boba, mas a coisa real.

Ela quer. Eu quero.

Tudo o que tenho que fazer é subir. Abrir sua porta. Despi-
la e fode-la até amanhã.

Um gemido me escapa.

Não.

Foda-se não.

Levanto e tomo outro gole antes de desligar as luzes do meu


escritório. Vou tomar um longo banho e sufocar meu pau com
imagens de Ava. Essa é a única opção madura e razoável.

Com frustração, ando pela casa numa missão de ir direto


para meu quarto. Não é até chegar ao quarto de hóspedes que
acho incrivelmente difícil continuar andando. Na verdade, paro do
lado de fora da porta.

Não vá lá.

Continue caminhando.

Minha mão envolve a maçaneta.

Se for lá, não poderei sair.

K. WEBSTER
Péssima ideia.

Não pense nisso.

Saia idiota.

E, no entanto, giro a maçaneta de qualquer maneira.

A moral que se dane.

K. WEBSTER
CAPÍTULO SEIS

Ava

Estou deitada no quarto de hóspedes escuro me


perguntando por que ele não respondeu a última mensagem
quando ouço uma porta fechar no andar de baixo seguida de
baques suaves de alguém subindo as escadas. Meu coração
acelera no peito. Quase solto um grito quando a porta do quarto
abre. Ele está sombreado pela escuridão, mas posso dizer que é
Quinn simplesmente pelo seu cheiro. Meus mamilos endurecem e
tento respirar normalmente. Mas quando ele entra no quarto e
caminha até minha cama, minha capacidade de respirar cessa.

Às vezes não sei quanto tempo posso mantê-las apenas como


fantasias. Às vezes imagino algo muito mais real.

Talvez eu imagine isso também.

Um suspiro escapa quando ele toca meu cabelo ainda


úmido. Tomei banho depois que os gêmeos foram para a cama e
vesti uma camisola. Não esperava ter um encontro com meu chefe.
As pontas dos dedos dele são suaves enquanto ele acaricia ao
longo da minha testa, deixando um rastro de fogo. Antes que
possa me impedir, estico-me e imito sua ação. Minha ponta do
dedo raspa ao longo da linha de seu queixo. Ele tira a mão do meu
rosto para segurar meu pulso. Mas ao invés de puxá-lo, ele
pressiona um beijo quente no interior da minha palma. O beijo
envia ondas de necessidade por mim.

Entre todos os homens.

K. WEBSTER
Não poderia ignorá-lo se tentasse.

Tenho o cobiçado desde o momento em que o vi.

E agora ele está aqui... tocando-me. O ar está cheio de


desejo. Ele me quer e eu o quero.

De repente, sei muito bem o que gostaria de fazer para me


divertir.

Ele.

O pensamento me arrepia. Nunca desejei abertamente


dormir com um cara antes. Só não estava interessada. Agora é
tudo em que posso pensar. É tudo que quero.

Ele pressiona minha mão em seu peito e posso sentir seu


coração trovejando quando ele se inclina. Então, ele a desliza para
baixo sobre seu estômago duro, parando logo acima do cinto.

"Você quer me tocar?" Ele pergunta, com a voz rouca.

Meu coração parece parar no peito. Eu quero tocá-lo?


Nunca quis tanto uma coisa em toda minha vida. Nem a
faculdade. Nem as boas notas. Nada fez meu corpo e mente
queimarem com tanta excitação. Jamais.

No escuro, sou corajosa e impulsionada por meus


hormônios porque consigo sussurrar: "Sim."

Sua mão guia a minha, então estou tirando sua enorme


ereção da calça. Tenho zero experiência. Este é o primeiro pau que
já tive o prazer de tocar. Apesar do meu conhecimento limitado,
parece grande e poderoso. Certamente estou impressionada. Além
disso, um pouco apavorada.

“Você me deixa tão duro, mon petit oiseau. Duro pra


caralho”, ele geme enquanto me mostra como segurá-lo e acariciá-
lo.

K. WEBSTER
Meu pequeno pássaro.

Não posso deixar de me derreter sob seu carinho francês.


Deveria aproveitar o momento, mas a curiosidade ganha. "Você
sabe francês?"

"Oui."

O fogo brilha dentro de mim e me torno mais corajosa.


Usando minha outra mão, mexo em seu cinto. Os gemidos
masculinos vindos dele são eróticos. Minha calcinha de seda está
encharcada apenas pelos sons que ele faz.

"Posso cheirar sua excitação", ele profere, com a voz rouca


de necessidade. "Tão doce, porra."

Não tenho certeza se devo ficar excitada ou horrorizada.


Desde que ele parece satisfeito, afasto meu embaraço quando
finalmente desabotoo suas calças e aperto seu pau nu. Seus
gemidos me estimulam. Acaricio seu comprimento e aperto
firmemente enquanto ele empurra a calça e a cueca para baixo.

“Pooooorra.” Como se de repente ele perdesse o controle,


Quinn tira completamente a calça e se lança sobre mim. O peso
do seu corpo maciço me prende à cama. Sua respiração quente
está na minha garganta, beijando, chupando e mordendo. Meus
gemidos não são suaves nem doces. Eles são carentes e
desesperados.

Caramba, isso está acontecendo.

Pela primeira vez, na minha vida cuidadosamente


estruturada, cedo ao momento. Eu vivo.

Ele consegue encaixar seu grande corpo entre minhas


coxas. No momento em que sua ereção furiosa desliza contra
minha calcinha molhada, solto um som que nunca fiz antes.
Quem sabia que eu tocaria um pau antes de beijar?

K. WEBSTER
"Tão tentadora", ele diz contra minha orelha, seus quadris
roçando dolorosamente contra mim. Cada vez que seu pau grosso
desliza contra meu clitóris através do tecido encharcado nos
separando, estremeço de prazer. Cheguei ao orgasmo algumas
vezes, mas pareceu um milagre nesses casos. No outro dia em sua
sala de estar, eu tentei, mas não tive sucesso. O fato de sentir
outro milagre no horizonte quase me faz gritar de alegria.

"Não consegui parar de pensar em você a noite toda", ele


admite enquanto sua mão desliza sob meu vestido. As pontas de
seus dedos encontram meu pequeno mamilo e ele o aperta com
tanta força que grito. “Estou morrendo de vontade de te foder,
querida. Diga que também está fantasiando sobre isso."

"Sim", gemo, movendo meus quadris contra ele. Meus dedos


percorrem seus ombros sólidos.

Sua boca trilha beijos quentes da minha orelha aos lábios.


No momento em que seus lábios roçam nos meus, choramingo.
Então, sua língua forte procura passagem em minha boca. De bom
grado aceito e a encontro. Ele me domina com um beijo - mostra
o quão poderoso é num simples gesto. E com um gemido de prazer,
permito que ele assuma o controle.

É então que ele me domina e amo isso. Suas mãos fortes


seguram meus pulsos, prendendo-os na cama ao meu lado.
Contorço-me de necessidade, mas ele parece mais feliz em me
provocar do que ceder ao que quero.

O que eu quero?

Pensamentos dele empurrando seu comprimento dentro de


mim fazem meu coração acelerar. A única razão pela qual estou
segurando minha virgindade por tanto tempo é que não tive
nenhuma oferta séria para perde-la.

O aperto dele nos meus braços é quase doloroso, mas


gosto disso. Posso ver sua sombra pelo luar entrando no

K. WEBSTER
quarto. É como se um demônio tivesse vindo para mim enquanto
eu dormia. Devo ser má porque minhas pernas estão dispostas de
bom grado e amaldiçoo a estúpida calcinha entre nós.

"As coisas que quero fazer com você..." ele murmura, seus
lábios pressionando beijos ao longo da minha testa. “Coisas
pecaminosas, mon petit oiseau.”

Ele une meus pulsos e prende-os com uma de suas grandes


mãos. Então, sua mão livre desliza pelo meu rosto e ele esfrega o
polegar sobre meus lábios. Grito quando ele se move para meu
peito e o cobre quase com reverência.

"Esses peitinhos são divinos", ele elogia. "Fará de mim um


homem ruim se eu quiser machucá-los?"

Medo surge através de mim como um fogo violento, mas


depois a excitação o apaga. “Acho que quero isso. Talvez eu seja
ruim também."

Sua mão desliza por meu estômago tenso. "Você não sabe o
que quer, mas vou mostrar a você."

Um som abafado escapa quando sua mão grande desliza


sob o cós da minha calcinha de seda e um dedo roça contra meu
clitóris. Ele me esfrega de maneira experiente - uma que nunca
consegui descobrir sozinha.

"Mais", imploro. Não sei o que estou implorando, mas meu


corpo anseia muito mais dele.

"Esta doce buceta é virgem?"

Estremeço, completamente excitada por suas palavras


roucas. "Sim."

"Então vou guardar isso para meu pau", ele sussurra. "Você
quer que eu foda sua buceta bonita?”

K. WEBSTER
Suas palavras são assustadoras, mas estou gemendo um
sim sem hesitação. Estou numa nuvem drogada em torno dele.
Sob algum feitiço. E quando ele esfrega meu clitóris do jeito certo,
força um grito a deixar meus lábios imediatamente seguido por
um tremor intenso e sei que caí no buraco do coelho.

"É isso", ele diz, com seus dedos nunca parando o ritmo.
"Transforme esse orgasmo em outro."

Não sei o que quer dizer, não posso entender, mas ele não
para de me massagear. As sensações são demais, quase dolorosas,
mas me encontro quase em outro orgasmo. Quero montar as
ondas de felicidade mais uma vez.

Quando ele esfrega meu clitóris, a ponta de seu pau


molhado provoca os lábios do meu sexo, onde a calcinha foi
afastada. É como se o pau dele fosse uma serpente buscando
passagem numa caverna quente. Ainda estou buscando o
orgasmo quando ele começa a guiar seu pau para dentro do mim.
É tão erótico que me perco em outro clímax. Assim, eu grito, tenho
certeza que ele me rasga ao meio.

O quarto escuro explode com uma luz brilhante enquanto


tremo. Meu orgasmo ainda me percorre, mas meu corpo está
confuso. Estou trêmula de prazer, mas fogo queima entre minhas
coxas. Não percebo que estou chorando ou que ele libertou
minhas mãos até que sinta um dos seus polegares secando as
minhas lágrimas enquanto ele entra lentamente em mim

Estou tão impressionada com o que aconteceu.

Machuca. Mas é bom. Isso me consome.

E agora, sou superada pela sensação de ser esticada e


preenchida por outra pessoa. Nunca tive nada tão intenso antes.
Meus dedos agarram seus ombros e não sei se quero que ele vá
mais rápido ou pare completamente.

K. WEBSTER
"Você é perfeita", ele diz contra minha testa enquanto
salpica beijos ao longo da minha pele. "Tão perfeita."

Derreto com suas palavras tenras. Segundos depois, ele


solta um gemido dolorido antes de seu calor inundar-me, quente
e furioso. Seu pau amolece e ele desliza para fora. Em vez de nos
limpar, ele começa a desabotoar os botões de pérola da minha
camisola até que o material abre, expondo-me a ele. Sua boca
quente envia arrepios por mim no momento em que ele se agarra
ao meu mamilo. Meu sexo dolorido aperta em resposta e não posso
deixar de tocar seu cabelo agora bagunçado. Tenho prazer em
agarrá-lo. Seus beijos se tornam mais intensos. Brutais e
selvagens. Sugando com mordidas dolorosas. Isso me faz vibrar
com necessidade. Novamente. Não entendo essa necessidade que
consome minha alma, mas está lá. Ela queima através de mim
como o calor do sol.

Quando meus seios estão machucados e doloridos, ele leva


seu show para o sul. Suas mordidas de amor parecem doer mais
na pele tensa do meu estômago. No momento em que ele alcança
minha calcinha, ele a puxa selvagemente pelas coxas. Meu
estômago treme quando me pergunto o que ele está prestes a
fazer. Tudo dói onde ele acaba de me levar, mas não acho que
quero dizer não.

Seus lábios roçam ao longo do meu sexo e sua língua sai


para esfregar contra meu clitóris tirando um gemido da minha
garganta.

"Oh, mon petit oiseau", ele murmura, sua respiração quente


me deixando louca. "Posso te devorar por horas."

Esse é meu único aviso antes que ele esteja chupando meu
clitóris. De um jeito que parece vulgar, ele chupa e lambe meu
sexo, bebendo todas as evidências do nosso amor do meu corpo.
Quero dizer a ele para parar, mas quase gargalho porque é
mentira. Gostaria de poder vê-lo enquanto ele me come viva

K. WEBSTER
como um homem faminto. Sua boca não conhece limites e logo ele
tem minhas pernas empurradas contra meu peito, revelando mais
de mim para ele. Sua língua ousada desliza para baixo e faz um
círculo sobre minha bunda. Quase salto com a deliciosa e
estranha sensação que me atravessa.

Apenas quando acho que ele seguirá em frente, ele assalta


aquela parte secreta minha com sua língua. Sou forçada a sentir
o prazer delicioso que ele tem para dar. Pequenos tremores
começam a me dominar. Seu dedo e polegar apertam meu clitóris
de uma forma que me faz ver estrelas.

Demais.

Ele é demais.

Todo homem.

"Oh, Deus!" Grito antes que outro orgasmo sísmico me


dominar. Perco todo o senso de tempo e razão quando o prazer
assume.

"Boa menina", ele elogia quando seu corpo desmorona sobre


o meu, me prendendo na cama. Seu pau está duro novamente,
mas ele não faz nenhum movimento para fazer algo sobre isso. Em
vez disso, ele chupa minha garganta até a exaustão assumir. Caio
no esquecimento com este homem selvagem me reivindicando em
seus braços.

Nunca me senti tão bem em toda a vida.

Uma pontada de culpa levanta o pelo em meus braços.

Algo me diz que amanhã isso não parecerá tão sonhador e


bonito.

K. WEBSTER
CAPÍTULO SETE

Quinn

Estou de pé, de banho tomado e vestido, olhando o anjo


esparramado na cama do meu quarto de hóspedes. Sua pele
pálida, especialmente nos pequenos seios perfeitos, está marcada
por hematomas. Chupões. Dei a essa maldita garota tantos
chupões que é doentio de se olhar. Ela tem centenas deles. Marcas
que dei a ela na noite passada.

Cristo, eu estraguei tudo.

Estava tão empenhado na necessidade de tê-la que não


pensei nas consequências.

Isso me irrita. Eu me aproveitei dessa garota.

Porra.

O fato de que ela se deu tão facilmente para mim faz meu
coração disparar, no entanto. Isso me faz perceber que ela gostou
disso tanto quanto eu. Essa combinação pode ser letal. Tudo o
que precisará é de um centímetro dela e eu tomarei a porra de um
quilometro. Tão facilmente posso fazê-la minha em todos os
sentidos da palavra. Estou tão tentado que praticamente salivo.

Ela se mexe e choraminga. Culpa escorre por mim enquanto


me pergunto se ela está com medo de mim agora. Eu a forcei a
fazer algo que não queria? Ela vai se arrepender hoje? Franzo a
testa quando ela rola, mostrando sua bunda linda para mim,

K. WEBSTER
e vejo a evidência da perda de sua virgindade ao longo dos lençóis
brancos. Sua bunda está manchada de sangue.

Porra. Porra. Porra.

Mesmo que esteja chateado comigo mesmo por ter vindo até
o quarto dela ontem à noite, meu pau ainda incha ao vê-la. Sinto-
me vivo desde o momento em que a vi sentada na minha varanda
com os óculos na ponta do nariz enquanto se enterrava no
trabalho escolar.

Ela me cativa.

"Ava." Minha voz é rouca e culpada.

Um gemido escapa dela. Ela rola em direção ao som da


minha voz e abre os olhos sonolentos para mim. Leva um
momento para ela registrar quem sou. Com um grito, ela desliza
sob as cobertas e puxa-as sobre seu corpo perfeito.

"Precisamos conversar", digo, lamento escorrendo por meu


tom. Eu sou um idiota.

Seus largos olhos castanhos ficam incrivelmente maiores


enquanto ela se senta contra a cabeceira da cama. Ela é tão fofa
com o cabelo bagunçado e nariz franzido. Sem os óculos, posso
realmente ver seus traços. O punhado de sardas em suas
bochechas é mais perceptível. Fofo pra caralho. "Falar de quê?
Estou demitida?"

Olhando para ela, balanço minha cabeça. “Claro que não


está demitida. Honestamente, pensei que fosse querer sair."

Seu nariz fica rosa. "Eu preciso deste trabalho."

Com uma palma da minha mão no meu rosto, franzo a testa


para ela. "Eu fodi tudo." Minha voz quebra.

Ela estreita os olhos e balança a cabeça para mim. "Foi


consensual, Quinn."

K. WEBSTER
Aquela voz rouca de sono dela envia mensagens
diretamente para meu pau como um filho da puta. "Mas..."

"Mas nada. Eu sabia o que estava fazendo. Poderia ter dito


não. Você teria respeitado”, diz ela com firmeza.

"Não pode acontecer de novo", digo um pouco mais


duramente do que pretendia.

Ela recua com meu tom e seus olhos castanhos brilham


com emoção. "OK."

Com um aceno de cabeça, sento ao lado da cama e acaricio


carinhosamente sua bochecha. "Não porque eu não quero",
asseguro a ela com um pequeno sorriso. “Acredite em mim, é tudo
em que consigo pensar. Não pode acontecer porque é errado.
Contratei você para cuidar dos meus filhos." Fecho os olhos e
inclino a cabeça para cima. "Eu tomei..." Paro e a encaro com uma
carranca. "Eu tomei algo especial de você."

Ela senta e balança a cabeça para mim. "Eu dei a você." O


olhar doce e vulnerável em seus olhos é quase demais para
suportar.

“Não pode acontecer de novo”, digo mais uma vez,


esperando encerrar a questão.

Ela concorda, mas parece relutante. Também estou


relutante pra caralho.

"Tome banho e se vista para que eu possa te levar para casa


antes que tenha que levá-los para os jogos de volta." Cometo o erro
de olhar para ela por muito tempo. Tão bonita.

"Quando precisa de mim novamente?" Ela pergunta, seu


lábio cheio preso entre os dentes.

Agora. Preciso de você agora, linda.

K. WEBSTER
"Talvez à noite. Alguns colegas meus estão fazendo uma
festa. Pensei em parar e fazer uma aparição.” Levanto da cama
quando tudo que quero fazer é rastejar sob as cobertas com ela e
mostrar que posso ser doce. Não sou todo bruto e selvagem. Ao
pensar em sua buceta apertada, um pensamento repentino
ocorre. "Você está tomando a pílula?"

Seu rosto está vermelho e a boca se abre em horror. "O-O


que?"

"Noite passada. Eu fodi você...” Eu paro e xingo. "Droga, eu


te fodi sem proteção."

Ela estremece com meu tom. "Eu pensei..."

"Querida, apenas responda a pergunta", digo


instantaneamente, odiando o idiota que posso ser.

Lágrimas vêm em seus olhos e ela balança a cabeça que


não.

Porra. Porra. Porra.

"Parece que faremos uma viagem para a maldita farmácia


também", resmungo. Corro de seu quarto antes que possa vomitar
mais coisas odiosas para a garota inocente.

Jesus, eu vou pro inferno.

******

Estive pensando sobre minha conversa com Ava durante


todo o dia. Inferno, mal posso lembrar das jogadas que Anthony
fez no campo porque não consegui parar de pensar sobre o quanto
fui um idiota para ela. Ela acabou encontrando sua própria carona
de volta para minha casa no final da noite, mas não olhou para
mim, muito menos falou comigo.

K. WEBSTER
É por isso que estou dirigindo para casa, completamente
sóbrio, em vez de foder minha secretária Danielle, como ela deseja
desde o momento em que a contratei há três anos.

Danielle tem minha idade.

Danielle é uma mulher apropriada para namorar.

Danielle é experiente.

No entanto, enquanto Danielle ronrona e flerta comigo, tudo


em que consigo pensar é em certa garota de olhos castanhos que
realmente fodi. A casa está escura quando chego e estou
orgulhoso por ela estar cumprindo o cronograma. Quando entro
pela garagem, encontro-a empoleirada num banquinho da
cozinha, olhando fixamente para um livro. Essa garota descansa?

Culpa me derruba.

Ela provavelmente está estressada ao máximo e só piorei as


coisas.

Comprei uma pílula do dia seguinte pelo amor de Deus.

"Ei", digo, minha voz rouca.

"Ei." Suas bochechas ficam rosadas, mas ela não olha para
cima do livro.

"Ouça..."

Ela foge das minhas palavras e me dá um sorriso vacilante.


"Está tudo bem."

Mas não está. Eu sou um idiota.

"Podemos conversar?"

Suas sobrancelhas contraem e ela olha para mim com um


olhar fofo pra caralho. Se ela não estivesse chateada comigo, eu
seguraria seu rosto e a beijaria. "Estou ouvindo", ela

K. WEBSTER
murmura. Meus olhos se fixam em seus lábios rosados e
brilhantes. Tão doce. Tão inocente.

"Eu sinto muito." Corro os dedos pelo cabelo e dou-lhe um


olhar de dor. "Como me comportei antes foi indesculpável".

Suas feições suavizam. "Está tudo bem.”

Indo até ela, balanço a cabeça. “Mas, querida, não está bem.
Você não deveria ter que lidar comigo sendo um maluco. Eu estava
frustrado e descontei em você."

"Tudo bem", ela me assegura novamente, com sua voz mais


forte desta vez. "Não sou feita de vidro. Eu não quebro depois de
algumas palavras ditas no calor do momento.”

Ela pode ser jovem e desinteressada, mas é madura. Gosto


disso nela.

"Deixe-me fazer as pazes com você", digo com um sorriso.

Seus olhos se iluminam com minha pequena mudança de


comportamento. Quero fazê-la sorrir todo maldito dia se isso faz
com que a carga que ela sempre carrega diminua, mesmo que só
um pouquinho.

"Como?"

"Vamos. Eu vou te mostrar."

Estendo a mão e ela a olha com desconfiança. Então aceita.


Sua pequena mão é quente e macia no meu forte aperto. Uma
faísca de eletricidade queima por mim onde nossas mãos estão
unidas. Isso reacende as memórias da noite anterior. Meu pau
contorce ao lembrar como ela é perfeita debaixo de mim.

Estamos quietos enquanto a levo para a sala de teatro. Ela


solta um pequeno som que imagino ser de excitação quando
entramos.

K. WEBSTER
"Pegue alguns petiscos e acomode-se."

"Eu deveria estudar..."

"Você deveria dar um tempo", insisto firmemente enquanto


ando até o centro de entretenimento para colocar o filme. "Tudo
que você faz é estudar."

Ela bufa e um fio marrom de cabelo sai dos olhos. "Eu tenho
que fazer direito."

Inicio o filme e, em seguida, franzo a minha testa para ela.


"Ou o que?"

"Ou não entro na faculdade."

"Eles te deixam entrar na faculdade com alguns B também",


provoco.

Ela franze a testa e balança a cabeça. “Mas se quer uma


bolsa integral, tem que ser a melhor. Eu quero ser a melhor."

Coço minha mandíbula. "Isso é muita pressão, mon petit


oiseau."

Nós dois estremecemos quando escolho chamá-la pelo


apelido. Eu não posso me conter ao redor dela. Perco a porra da
cabeça.

"Vai me levar para casa depois do filme?"

“Será tarde demais. Eu gostaria que ficasse."

Seus olhos brilham com o calor que me aquece diretamente


no pau. "Posso ao menos colocar algo mais confortável?"

Dou-lhe um aceno de cabeça. Enquanto ela sai, ocupo-me


em pegar um cobertor no armário e alguns lanches. Tiro os
sapatos e me esparramo no sofá enorme. No momento em que ela
retorna, meu pau se recupera.

K. WEBSTER
"Você pode fechar a porta e apagar as luzes?" Meus olhos
descaradamente percorrem seu pijama.

Sua pequena bunda parece boa o suficiente para comer


enquanto ela obedece.

Quando volta, ela me olha com hesitação. Depois de um


resmungo irritado, ela se enrola ao meu lado e rouba o cobertor.
Eu passo a ela uma caixa de Milk Duds 5 e ligo o filme. Assim que
começa, ela solta um suspiro. Uma versão francesa de 1946 de
Beauty and the Beast 6 começa a tocar. Adivinhei corretamente
que ela ficaria fascinada. Anos atrás, na minha viagem a Paris, vi
o mesmo filme num antigo teatro perto do meu hotel. Porque me
lembrou da viagem, adicionei à minha coleção de filmes. É
totalmente em francês, sem legendas. Nem sempre entendo tudo
o que dizem, mas reconheço a essência.

Enquanto ela assiste ao filme, eu a assisto. Não consigo


tirar os olhos dela. Dormir com ela foi um grande erro, mas não
consigo encontrar forças para me importar agora. Inferno, estou
ficando sem razões para não fazer isso de novo. Em breve.

Ela está positivamente brilhando quando os créditos


terminam.

"Isso foi lindo." Ela sorri para mim, gratidão brilhando em


seus olhos.

"Você é linda."

Sua boca abre em surpresa com minhas palavras. Esses


lábios são perfeitos demais para perder outro minuto sem beijar.
Corajosamente, eu a agarro pela cintura e a coloco no meu colo.

5 Milk Duds é um doce de caramelo, coberto com um revestimento de confeitaria feito de cacau e
óleo vegetal. Eles são fabricados pela The Hershey Company e vendidos em uma caixa amarela.
6 Beauty and the Beast – Filme conhecido como A bela e a Fera.

K. WEBSTER
Ela monta meus quadris e descansa contra minha ereção
dolorida. Suas mãos agarram meus ombros em busca de apoio.

"Paris é incrível", digo, com meus polegares esfregando


círculos na pele acima do cós de seus shorts minúsculos. "Você
vai adorar."

Meu coração dói no peito porque não verei o olhar de pura


reverência em seu rosto quando ela olhar a Torre Eiffel pela
primeira vez.

Seu sorriso cai e ela encara meu peito com um olhar triste.
"Se eu for."

Alcanço e empurro meus dedos sob seu queixo para


levantar o olhar para encontrar o meu. “Você tem esse trabalho.
Eu te pago. Você deveria ter muito dinheiro para a viagem, certo?"

"Isso não parece um trabalho", ela admite.

"Preciso da sua ajuda."

"Posso aceitar isso." Seus olhos estreitam. "Mas o que é


isso? Algo mais?"

Ela é quieta e nervosa, mas às vezes me surpreende com


sua bravura.

"Eu não sei", murmuro, com minhas palmas deslizando


para suas coxas nuas. "Sei que é errado, mas tenho dificuldade
em ouvir minha consciência quando estou perto de você."

"Por que isso é errado?" Ela pergunta, com as feições tão


inocentes que não aguento.

"Tenho quarenta e três anos, Ava. Você tem dezoito. Vai à


escola com meus filhos, pelo amor de Deus. As pessoas iriam..."

Ela se inclina para frente e me silencia com um beijo


gentil. Suas pequenas mãos seguram minhas bochechas

K. WEBSTER
enquanto ela me beija no seu ritmo. Doce. Tão doce. Evito
machucá-la como quero, mas quando ela se afasta, não posso
deixar de acariciar seus peitos através da camisa.

“Quem se importa com as pessoas?” Ela pergunta, com os


lábios inchados e vermelhos do nosso beijo. “Eu gosto do jeito que
me sinto ao seu redor. Eu nunca respondi a ninguém desse jeito
antes. Com você...” Suas bochechas queimam. “Com você, sinto
como se não pudesse respirar. Eu me vejo pendurada em cada
palavra sua. Às vezes eu te cheiro quando passa."

Jesus, essa garota é boa para o meu ego.

"Conheço o sentimento", concordo. "Eu anseio por te tocar."

Mal conheço essa garota e ela está me deixando louco.

"Quero te beijar de novo", ela ofega.

"Beije-me, mon petit oiseau", murmuro, meus lábios a


centímetros dos dela. "Beije-me antes que eu te ataque e te faça
minha novamente."

K. WEBSTER
CAPÍTULO OITO

Ava

“Paramos de tirar um cochilo no Jardim de Infância,


senhorita Prince." O treinador Long grita da frente da sala de aula.

Levanto-me e olho para ele. "Desculpe, treinador."

Quando ele vira as costas para a turma para continuar


escrevendo fórmulas no quadro, esfrego o sono dos meus olhos e
tento me concentrar. O problema é que não consigo. Tudo o que
posso pensar é Quinn.

Sábado à noite, tivemos a coisa mais próxima de um


encontro de verdade que já tive. O filme francês foi romântico.
Então ele me beijou por horas. Eu esperava sexo como sexta à
noite, especialmente quando ele me levou para o quarto de
hóspedes. Mas tudo o que ele fez foi me segurar antes de ir para
seu quarto.

Domingo, passei o dia todo na minha casa. Mamãe estava


curiosa sobre os detalhes do novo emprego, mas depois outra
enfermeira do pronto-socorro ligou doente, então ela saiu.

Alguém empurra um pedaço de papel na minha mesa e viro


para ver a nova garota, River. Ela é amiga de Olivia, mas não falo
muito com ela. Meu olhar cai para seu estômago inchado e uma
pontada de ciúme me domina. River parece feliz.

Pego o papel e o desdobro.

K. WEBSTER
Você está bem?

Meus olhos encontram os dela e aceno. Então, bravamente,


rabisco uma resposta.

Problemas com homens.

Quando ela lê a nota, seus olhos se arregalam antes de um


sorriso malicioso aparecer em lábios. Ela escreve alguma coisa e
passa o bilhete para mim.

Conte-me. Mas não aqui. Almoço?

Seu número de telefone está escrito embaixo. Aquece-me


porque não faço amigos facilmente. Estou muito focada e
preocupada com meu futuro. Todas essas crianças ao meu redor
se concentram no presente. Mas enquanto River esfrega seu
estômago, posso dizer que ela também pode estar consciente de
seu futuro.

Assim que a campainha toca, verifico meu telefone. Estou


feliz em ver o nome de Quinn.

Nós nunca discutimos transporte. Como vai chegar em


casa com os meninos?

Faço uma careta porque esperava por um texto de paquera


brincalhão ou algo que indicasse que fizemos o que fizemos neste
fim de semana.

Eu cuido disso.

Minha mentira vem um pouco fácil demais e a culpa


instantaneamente me incomoda. Saio numa caçada para
perguntar a Olivia se ela pode nos levar para casa quando alguém
me atinge, mandando eu e meu livro de Pré-Cálculo para o chão.

“Puta merda", Chad diz enquanto se ajoelha ao meu lado.


Preocupação deixa suas sobrancelhas unidas e parece
genuíno. "Você está bem?"

K. WEBSTER
“Eu vou ficar bem", asseguro e não digo a ele que minha
bunda estará machucada por dias. Ele provavelmente
transformará isso numa piada grosseira. Além disso, não posso
reclamar de uma contusão quando tenho centenas delas no meu
peito. Quando vi as marcas roxas que Quinn me deu,
simplesmente olhei por um longo tempo. É bonito. E estranho.

Chad levanta enquanto eu recolho meus livros. Sua mão


está estendida e esperando. Aceito quando ele facilmente me puxa
em pé. Em vez de soltar minha mão, seus olhos azuis buscam os
meus. Não sei o que ele está procurando.

"Você é tão bonita", Chad deixa escapar e então suas


bochechas ficam levemente rosadas. Ele arranca meus óculos do
meu nariz e depois os prende na gola da minha camisa. Quando
puxa o lápis, meus cabelos castanhos claros se espalham pelo
rosto. "Quem sabia que tudo isso estava escondido?" Ele parece
genuinamente surpreso. "Deixe-me levá-la para fora, Ava", ele
pede, com a voz rouca de arrependimento. “Eu fodi tudo naquela
época. Quero corrigir as coisas.”

Tensiono porque não confio em nada quando se trata de


Chad. Não sou bonita de repente porque meu cabelo está solto e
meus óculos fora. Se ele tivesse tido tempo de me olhar, teria visto
que sou a mesma pessoa. E porque não tenho meus óculos, não o
vejo inclinado até que seja tarde demais. Seus lábios roçam
suavemente os meus num beijo corajoso na frente de todos. Ele
desliza os dedos no meu cabelo e aprofunda seu beijo. Se ele
tivesse feito isso há uma semana, eu teria me apaixonado.

Infelizmente para ele, eu beijei Quinn Blakely.

Não há comparação depois disso.

Pressiono uma mão contra o peito de Chad para afastá-lo,


mas ele não quebra nosso beijo até que alguém assobia. Ele
inclina a testa contra a minha, necessidade intensa ardendo

K. WEBSTER
em seus olhos. Não sei o que aconteceu com ele ou se gosto da
súbita atenção.

"Você pode me dar uma carona para meu trabalho de novo?"


Pergunto, com a voz suave.

Ele sorri quando se afasta. "Claro. Vai me deixar te levar


parar sair um dia desta semana?

"Veremos." Não quero mentir para ele, mas também não


quero esmagar o olhar esperançoso em seus olhos, principalmente
porque preciso da carona. Talvez ele esteja tentando ser uma
pessoa melhor. Ainda não muda o fato de que perdi minha
virgindade com o homem mais sexy do planeta e o pobre Chade
nem sequer se compara a ele.

"Posso aceitar essa resposta", ele responde com um sorriso


antes de andar para longe. "Dê-me mais tempo para te cortejar."

Com isso, eu realmente gargalho. "Garotos não devem dizer


cortejar."

Ele pisca antes de desaparecer na multidão.

Pode minha vida ficar mais estranha?

******

“Então deixe-me ver se entendi”, digo devagar enquanto


cutuco a fatia de pizza que pedi no almoço. "Você está grávida
de..." Puta merda. "Seu bebê?" Uau. Minha mente está zumbindo.
“Ele é bem mais velho que você. E ele é seu..."

Seus olhos escurecem e imediatamente odeio o tom de


julgamento que minha voz carrega. Como se eu tivesse moral para
falar.

K. WEBSTER
"Você acha que o amor segue regras?", ela pergunta. "Oh,
Deus. Não olhe. É Lacy e aquele drogado que ela tem andado por
aí. Ele totalmente me dá arrepios."

Sigo seu olhar para ver Lacy, uma garota que tentei
conhecer algumas vezes, sendo conduzida pelo cotovelo. O aperto
do drogado é forte o suficiente para ela estremecer. Seus olhos
azuis perderam o brilho e ela parece perdida. Meu coração dói por
ela. Quando ele a empurra, ela tropeça. Não posso deixar de olhar
para ele. Seus olhos escuros e dilatados encontram os meus e ele
me encara. Ele continua, mantendo contato visual enquanto
passam.

"Uau", diz River. "Que porra de aberração!"

"Talvez devêssemos ajudá-la..."

River sacode a cabeça. "Como? Ela parece perfeitamente


feliz."

O cara drogado começa a sair com Lacy e ela parece estar


nisso. Talvez não queira ajuda. Levanto o olhar para meu prato,
evitando sua sessão de orgias, e deixo escapar minha confissão.
“Acabei de perder minha virgindade com um homem mais velho
na sexta-feira. Bem mais velho."

"O quê?" Ela exclama. "Sua puta." Ela ri e bate na minha


mão. “Aqui estava eu me sentindo como a única garota malvada
nessa escola. Eu sabia que gostava de você."

Dando um sorriso, encontro seu olhar antes de rapidamente


examinar o refeitório para ter certeza de que ninguém está
olhando. "Ele é o pai dos meninos de quem cuido."

Seus olhos azuis se arregalam. "Isso é quente. Preciso dos


detalhes."

Não sei por que estou confiando nela. Talvez porque não
tenha mais ninguém? Independentemente disso, observei

K. WEBSTER
River todo o ano letivo. Ela tem uma atitude não foda comigo e
basicamente faz o que quer. River não é uma fofoqueira ou uma
cadela mal-humorada. Ela é uma rebelde e pela primeira vez na
minha vida, estou me sentindo um pouco rebelde.

“Ele é tão sexy”, digo, com minha voz quase num gemido.
"Eu estava muito interessada nele." Mordo meu lábio e minhas
bochechas queimam. "Só não sabia que ele gostava de mim
assim."

"Oh, os homens nesta cidade amam uma jovem", ela


confessa com um sorriso perverso.

"Ele veio ao meu quarto no segundo fim de semana em que


fiquei e ..."

"O quê?" Ela grita.

"Ele me tocou. Beijou. Deu-me prazer. Então ele estava


dentro de mim.” Fecho os olhos quando me lembro do jeito que ele
parecia me rasgar ao meio. “Ele é tão grande. Doeu, mas..."

“Sentia como se ele estivesse te enchendo? Completamente


te consumindo?"

Abro os olhos e aceno. "Exatamente isso. O sexo foi


interessante e assustador. Gostoso. Mas foi mais que isso.”

"Entendo completamente", ela me garante.

Minha boca abre para discutir quando alguém senta ao meu


lado e passa um braço por cima do meu ombro.

“Saudades de mim, querida?” Chad pergunta.

Os olhos de River estão arregalados enquanto ela encara


Chad. Solto uma risada nervosa quando ele desliza a palma da
minha mão para o lado e coloca a mão na minha cintura. Ele está
casualmente me abraçando como se fôssemos um casal.

K. WEBSTER
"Oi", digo.

"Estamos tendo conversa de garotas", diz River. "Você


interrompeu."

Ele ri e me abraça mais forte. "Vou ficar quieto. Sigam em


frente, senhoras. Não me deixe interromper sua conversa sobre o
quão sexy sou."

Gargalho. Quando ele não está sendo um idiota, não é tão


ruim assim. Ele se lança numa história histérica que tanto River
quanto eu rimos até chorar. Pela primeira vez em muito tempo,
sinto-me incluída. Meu coração aquece um pouco no meu peito.
Eu tenho amigos.

******

“Lá estão eles", digo a Chad quando aponto para o portão


do campo de futebol.

Aceno para Anthony e Aiden. Anthony me ignora, com os


olhos no chão. Aiden acena de volta. Quando caminham até nós,
Chad pega minha mochila e joga no porta malas. Então, o braço
dele está de volta em minha cintura. Sua postura tensiona quando
os garotos alcançam o carro e não perco o jeito possessivo que a
palma de sua mão estica em mim.

"Entrem, garotos", diz Chad, sua voz normalmente


brincalhona está tensa.

Anthony levanta a cabeça e olha Chad. Com quase quinze


anos, Anthony é tão alto e encorpado quanto Chad. "Não sou uma
criança, porra."

Seu tom e o palavrão me fazem ofegar. "Anthony!"

K. WEBSTER
“Papai sabe que temos que andar com esse idiota? Não
acredito que ele tenha concordado com isso", ele diz com a voz fria
e dura. Deus, ele soa exatamente como Quinn agora.

"Eu, uh", gaguejo, constrangimento me atingindo.

"Não seja um dedo duro", ameaça Chad. "Todos sabemos o


que acontece com pequenas cadelas que fofocam."

Aiden e Anthony resmungam. Merda!

"Chega", digo e saio do aperto possessivo de Chad. "Vamos


deixar Chad nos dar uma carona. Vamos."

Os garotos se amontoam atrás e tomo o banco da frente.


Uma vez que o motor liga, Chad me dá um sorriso ardente antes
de descansar a palma da mão na minha coxa. Agarro seu pulso e
a borda do assento quando ele sai do estacionamento. Chad ri e
Aiden grita de excitação atrás.

Não tenho certeza de como Chad conseguiu entrar na


minha vida, mas ele está aqui.

E quando meu olhar encontra o furioso de Anthony no


espelho lateral, culpa surge por mim.

Meu telefone toca no bolso e rapidamente o pego.

Tenho que trabalhar até tarde. Certifique-se de que os


meninos sejam alimentados, façam o dever de casa e vão para
a cama num horário decente. Você provavelmente terá que
ficar. Pode ser melhor manter algumas roupas na minha casa.

Seu texto é inocente o suficiente, mas faz com que calor


surja por mim. Onde Chad acende sentimentos normais de
adolescente, Quinn me queima como um incêndio florestal.

Estou prestes a responder quando luzes vermelhas e azuis


piscam atrás de nós.

K. WEBSTER
“Porra”, Chad reclama enquanto tira a mão da minha coxa
e diminui para encostar.

Anthony bufa, ganhando um olhar zangado de Chad.

"Você estava correndo?"

Ele acena com vergonha e abaixa a janela assim que o xerife


McMahon se aproxima. "Acres", o xerife diz em saudação.
"Quantas vezes tenho que parar sua bunda por excesso de
velocidade?"

Chad franze a testa e suas bochechas estão rosadas de


vergonha. "Desculpe senhor."

Xerife inclina-se e coloca os antebraços no parapeito da


janela enquanto olha dentro. Seus óculos de aviador escondem os
olhos, mas ele não parece feliz em me ver com os garotos Blakely.

"O Mustang não tem cintos de segurança?", ele pergunta,


com a mandíbula cerrada de um jeito irritado.

Chad gagueja. "Eu-eu vou instalá-los neste fim de semana,


senhor."

As narinas do xerife abrem quando ele direciona as palavras


para Anthony. "Seu pai sabe que está andando com Acres?"

Anthony nos entrega. "Não. Nossa babá achou que era uma
boa ideia."

O xerife vira a cabeça para me encarar. "É mesmo?"

Nunca tive problemas durante toda a vida. E quando decido


sair com Chad, já tenho o xerife respirando no meu pescoço.

"Eu não tenho carro. Eu-eu..." Começo a chorar porque


estou com medo que ele me leve para a cadeia ou algo assim.

O xerife suaviza suas feições. "Você é a filha de Judy


Prince, hein?”

K. WEBSTER
Aceno quando as lágrimas rolam e rapidamente as limpo.

"Ouça", diz ele, irritação se infiltrando em seu tom. "Aqui


está o que vai acontecer. Prince e os gêmeos vão andar de viatura.
Vamos segui-los até sua casa para que eu possa ter certeza de que
chegarão inteiros”, diz ele a Chad. “Então, você não deve dirigir
este veículo até que ele seja equipado com cintos de segurança
que atendem ao código. Vou verificar em breve, então é melhor
você fazer isso rapidamente."

"Sim, senhor", Chad grita.

"E pelo amor de Deus, se eu te pegar voando pela minha


cidade a essa velocidade novamente, vou arrastá-lo para a
delegacia. Oficial Adair adora quando dou a ele algo para fazer.
Acho que o garoto fica louco de tédio. Ele fará de você um projeto
especial”, ele avisa. “E Cristo Todo-Poderoso, você não quer ser o
projeto especial de Gentry. A última pessoa que levamos teve a
sorte de limpar todos os banheiros." Ele bate na parte superior do
carro. "Você ouviu, Acres?"

Chad acena rapidamente antes de me lançar um olhar de


desculpas.

"Quanto ao resto", o xerife diz. “Minha viatura. Agora."

K. WEBSTER
CAPÍTULO NOVE

Quinn

Estou folheando um modelo de anúncio que um dos meus


designers entregou mais cedo quando meu telefone começa a
zumbir. Sem verificar para ver quem é, respondo com um alô
distraído.

"Blakely", uma voz áspera e familiar me cumprimenta. "É


McMahon."

Sorrio e abandono meu arquivo. “Bem, serei amaldiçoado,


Rick. Como diabos está hoje, cara?” Cerca de dez anos atrás, ele
e eu trabalhamos juntos em um projeto do Homes for Humanity7.
Gosto do cara e ao longo dos anos nos encontramos para bebidas
ou boliche.

"Honestamente", ele diz, com um sorriso em sua voz,


"Nunca estive melhor. Ouvi sobre você e Sammie. Realmente sinto
muito."

Cerro os dentes, meu humor rapidamente azedando. "Ela


será uma estrela de cinema", digo secamente.

"É mesmo?" Ele bufa. "Ouça, odeio te chamar do nada assim


e não ter notícias melhores, mas acabei de pegar seus garotos."

7 Construção de casa para necessitados sem fim lucrativos.

K. WEBSTER
Meu sangue congela. "O que?"

"Estava patrulhando a cidade quando vi o garoto Eddie


Acres naquele Mustang que reconstruíram", diz ele, com um
pouco de ciúme em seu tom sobre o carro. “De qualquer forma,
lembra de Eddie? Tolo como um balde de pedras, mas um cara
legal. Bem, o filho dele também não é muito esperto. Um pouco
encrenqueiro, se me perguntar. Eu o parei vezes demais para
contar por excesso de velocidade. Não vai acreditar em quem ele
está carregando por aí."

"Anthony e Aiden?" Pergunto, fúria crescendo no meu peito.


Já estou me levantando da cadeira e fechando o laptop. Tanto
para trabalhar até tarde.

"Sim", diz ele. “E tinham uma doce menininha com eles


alegando que ela é sua babá. Não questionei a mentira, mas..."

“Ava Prince. Ela é babá deles”, digo. Não por muito tempo.
Porra.

Ele ri. "Bem, serei amaldiçoado. Babá? Você percebe que


ambos os meninos são tão grandes quanto você e eu?" Outra
risada. Fico feliz que alguém esteja achando graça porque eu estou
furioso. “De qualquer forma, assustei a pobre garota até a morte.
Comecei a berrar quando a olhei. A mãe dela é Judy Prince. Você
se lembra dela? Coisa pequena que saí algumas vezes, mas é uma
puta. A filha parece doce embora."

Meu sangue está borbulhando de raiva. Estou chateado


com ela por dar uma volta com o menino Acres e levar os gêmeos
junto. O que ela está pensando?

"Onde eles estão agora?" Exijo quando saio do meu prédio.

“Os meninos foram para casa. Estou estacionado perto. A


pobre menina ainda está chorando, sentada nos degraus da
frente. Não sei o que diabos está errado com ela."

K. WEBSTER
Cerro meus dentes. Sei exatamente o que está errado. Ela
sabe que errou e que a ira de Quinn Fodido Blakely está prestes a
cair sobre ela. “Obrigado, Rick. Estarei aí em breve.”

******

Depois que o xerife McMahon vai embora, vou até onde Ava
está com o rosto enterrado nas mãos. Seu corpo inteiro treme
enquanto ela chora. Você acharia que o gato dela foi atropelado
ou alguma merda pelo jeito que ela está chorando. Quero ficar
chateado, mas a verdade é que meu peito dói um pouco por vê-la
tão triste.

Não tenho que puni-la porque ela já se castigou.

Mas ela precisa saber que isso não é aceitável.

"Não vou te demitir", resmungo quando paro na frente dela.

Ela funga e levanta a cabeça. Deus, ela é tão linda com o sol
da tarde pegando os fios de ouro em seus cabelos fazendo-os
brilhar. Ela tirou os óculos e seu rosto está manchado de lágrimas.
A pobre está vulnerável e quebrada. Mata-me vê-la assim.

“Desculpe”, ela soluça.

Outra lágrima corre por sua bochecha. Fazendo cara feia,


fico de joelhos na frente dela e afasto a lágrima com o nó dos
dedos. "Para alguém tão madura, você realmente não usou a
cabeça com essa pessoa."

Vergonha pisca em seus olhos. Odeio o olhar. Odeio o fato


de que dei a ela este olhar. Deixando escapar um suspiro, pego
sua mão úmida e a trago para minha boca, certificando-me de
beijar cada junta. Seus lábios vermelhos inchados estão
separados em confusão.

K. WEBSTER
"Estou chateado. Furioso pra caralho." Meu tom a faz
estremecer. "Mas é minha culpa."

Suas sobrancelhas se juntam. "O-O que?"

"Prometi a você que eu iria resolver o transporte e falhei.


Você estava simplesmente tentando trazer meus garotos para
casa. Entendi."

"Ok..." Seus olhos castanhos procuram os meus por uma


estratégia oculta.

Há uma porra escondida.

"Mas..."

Seu lábio treme. Tão malditamente sexy.

"Mas...", ela repete.

"Mas todo mundo ainda será punido." Meu tom é firme.

"Não é culpa deles", ela grita. "Não os castigue por mim."

Dou de ombros e balanço a cabeça. “Eles sabem que tudo o


que precisavam era de um telefonema para mim. Eles não
precisavam entrar naquele carro. Eles queriam. Então serão
punidos”.

Ela franze a testa. "Você é tão rigoroso."

"Eu tenho que ser. Se quiser que eles deem certo e não
fujam para a porra de Hollywood ao primeiro sinal de problema,
eu tenho que ser.” Não quero gritar com ela, mas tudo isso aponta
para Samantha. Ela me fez assim.

"Como você vai me punir?" Ela sussurra, com os olhos


temerosos.

Amo o fato de que ela sabe que está sendo punida. Não é
se, é quando.

K. WEBSTER
“Bem, não posso tirar nada do que você faz por diversão,
porque você não faz nada por diversão.” Resmungo. "Farei com
que os meninos façam algum trabalho no quintal, mas isso não
parece um castigo adequado para você."

Ela morde o lábio novamente, preocupação piscando em


seus olhos. "E não vai me demitir?"

Beijo a mão dela novamente. “Você precisa deste trabalho.


Não vou te demitir."

"Então o que?"

Uma imagem passa por minha mente, rápida e suja. Uma


dela inclinada sobre meu joelho com a bunda nua na minha cara.
Meu pau treme de excitação.

"Para o meu escritório", ordeno num tom rouco.

Quando ela me olha por muito tempo, grito: "Agora.”

******

Assim que ouço o cortador de grama e o rastelo, fecho a


porta do escritório e tranco a fechadura. Nossos olhos se
encontram. Sei que meu olhar é predatório e ela parece um rato
aterrorizado preso numa armadilha. Hoje, ela está fofa em outra
de suas roupas dos anos noventa. Desta vez, a camiseta do No
Doubt que ela usa sob uma nova flanela é curta o suficiente para
que eu possa ver uma tira do estômago liso quando ela levanta os
braços. Seu jeans fica baixo nos quadris estreitos e tem tantos
buracos que não sei dizer se é o estilo ou se vieram de anos de
uso. Para alguns, ela pode ser vista como desmazelada ou moleca.
Vejo além das roupas e direto para ela.

Ela é perfeita.

K. WEBSTER
De seu pequeno nariz até os pés minúsculos.

Uma pequena menina que gosta de um pau grande.

Meu pau dói na calça enquanto a olho com uma expressão


fria. Nós só fizemos sexo uma vez, mas certamente pensei sobre
isso uma tonelada de vezes. Essa garota é um vício que
provavelmente vai me matar porque não consigo pará-la. Ela se
afundou na minha cabeça.

"E agora?", ela ofega.

Amo quando ela parece estar medo.

Quando ela é tímida e insegura.

Amo que sua inexperiência seja tão cativante quanto seu


guarda-roupa eclético.

É o que me atrai e me faz salivar por ela a cada segundo de


cada dia.

"Não entendo o que está acontecendo entre nós", diz ela


num tom vacilante, embora ela levante o queixo de forma corajosa.
“Mas me confunde. Isso me assusta. Fale comigo."

Amo quando ela mostra faíscas de um fogo contido também.

Sorrio e sento na cadeira do meu escritório. Enfiando meus


dedos atrás da cabeça, levanto uma sobrancelha para ela e me
inclino para trás. "Para ser honesto, não sei o que diabos estamos
fazendo, mas não estou pronto para parar."

Suas bochechas ficam vermelhas. "Você ignorou tudo o que


aconteceu nos últimos dois dias. Não tenho certeza de onde isso
me deixa."

"Enquanto eu estiver colocando meu pau dentro de você,


você é minha", digo.

K. WEBSTER
Seus olhos se arregalam com minha proclamação feroz.
“Como amigos com benefícios? Chad é meu amigo..."

"E você é minha."

Ela se desloca desconfortavelmente na cadeira em frente à


minha mesa. "Sua como?"

Levanto uma sobrancelha. "Você quer esclarecimentos


sobre a definição de 'minha'?"

"Está tirando sarro de mim?"

"Eu pareço estar brincando sobre qualquer coisa agora?"

Ela engole e balança a cabeça. "Eu nunca tive um amante


ou o que quiser chamar isso. Eu nem saberia o que fazer com um."

Meus lábios curvam de um lado. "Ele saberia o que fazer


com você. É isso que quer, mon petit oiseau? Colocar uma etiqueta
em nós?"

Seus ombros levantam. "Talvez."

"Não há talvez onde estou preocupado. É sim ou não. Você


quer ser minha?"

Ela bufa e ergue a cabeça para mim. "Alguém já lhe disse


que você é mau?”

Sorrindo, eu aceno. “Todo o maldito tempo. E você", aponto


um dedo para ela. "Fica excitada com isso."

"Não fico", ela mente enquanto se contorce no assento.

"Não é nada para se envergonhar", asseguro com um sorriso


de lobo. "Acho que é por isso que não consigo parar de pensar em
você. Seus olhos imploram por mim. Eles falam com uma parte
alfa em mim que implora para dominá-la. Você quer que alguém
cuide de você, não é?” Meus olhos percorrem de sua garganta
esbelta aos seios perfeitos escondidos sob a camiseta. Seios

K. WEBSTER
que sei ainda tem minha marca. Levanto o olhar de volta para o
dela. “Você quer ser conquistada. Você quer ser minha."

Ela franze o cenho, mas pressiona os lábios para não falar.

"Venha". Minha ordem é tranquila, mas firme.

Como a boa menina que é, ela fica de pé apesar da cara feia.


Lentamente, ela caminha para meu lado da mesa.

"Tire seu jeans."

Seus olhos se arregalam, mas as mãos pequenas


imediatamente começam a obedecer. Meu pau treme na calça.
Amo como ela é complacente. Veja, é por isso que Sammie e eu
não conseguimos. Eu anseio por controlar as coisas - pessoas,
minha empresa, minha família, finanças. E ela não podia aceitar.

Mas mon petit oiseau?

Ava quer ser enjaulada por mim. Ela quer se sentir segura
e amada. Ser mimada e adorada.

Jesus, eu a adoro.

Seu jeans cai no chão. Ela o tira junto com os sapatos. As


meias rosas que ela usa são tão fofas. Definitivamente quero que
ela as deixe. Quando meu olhar roça pelas coxas macias até a
calcinha, ela aperta as mãos na frente para escondê-las da minha
vista.

De seda, mas branca, lisa.

Tão inocente.

"Deixe-me ver. Ela está molhada?” Giro na cadeira para


encará-la e separar minhas coxas. Ela solta um grito quando
agarro seus quadris para puxá-la para mais perto. Suas mãos
descansam nos meus ombros enquanto a encaro. Toco entre as

K. WEBSTER
pernas dela e fico satisfeito ao descobrir que sua calcinha está
encharcada. Toda essa merda a excita tanto quanto a mim.

“Tire meu cinto", ordeno, minha voz rouca. "Tire e o dê para


mim."

Seus olhos castanhos nervosos encontram os meus, mas ela


desajeitadamente se põe a desfazer meu cinto. Meu pau está
dolorido. Tudo em mim anseia por controlar seus movimentos
lentos para que eu possa libertar meu pau e levá-la. Ela
finalmente consegue desfazer o cinto e desliza-lo dos laços ao
redor da minha cintura. Suas narinas se abrem quando ela o
entrega. Posso dizer que ela está em partes iguais aterrorizada e
excitada.

Aperto o cinto numa mão e a puxo para sentar no meu


joelho com a outra mão. Suavemente, toco sua coxa em círculos
lentos.

"Terei que te punir, então aprenderá que não deve andar


com garotos maus", explico em tom firme. "Vai doer quando eu te
chicotear."

"Você vai me espancar?" Seus olhos se arregalam quando


ela me encara tão inocentemente. "Estou assustada."

“Eu fiquei assustado quando recebi a ligação do xerife.


Assustado pra caralho que algo tivesse acontecido com você e os
garotos", resmungo.

Compreensão domina seus traços. "Eu sinto muito."

"Eu sei, baby", murmuro. "Mas ainda não está escapará da


sua surra."

Ela levanta o queixo. "Estou pronta para acabar com isso."

Antes que ela possa pensar muito, puxo até que ela está
deitada no meu colo com sua bunda bem na minha frente.

K. WEBSTER
Ela geme e se contorce. Tenho certeza de que ela pode sentir o
quanto me excita, porque minha ereção cutuca suas costelas.
Pego a parte de trás de sua calcinha e puxo-a pelos quadris logo
depois de sua bunda de porcelana. Quando movo o couro do meu
cinto por sua pele lisa, ela estremece.

Whap!

Whap!

Whap!

Bato forte e rápido. Três vezes. Isso é o quanto bati nos


garotos quando faziam algo errado. Qualquer coisa mais, aos
meus olhos, parece abuso. Três é o suficiente para tornar
doloroso.

Um lamento alto e horrorizado sai de Ava, efetivamente


quebrando meu coração no processo.

Sua bunda está com três listras vermelhas. É lindo e triste


de uma só vez.

"Venha aqui, mon petit oiseau", falo suavemente quando a


puxo contra meu peito.

Ela soluça e embalo seu pequeno corpo. Minhas mãos - as


mesmas responsáveis pela dor - suavizam para confortá-la. Eu a
abraço com força, afastando a dor.

"Você vai pegar carona com pessoas ruins?" Pergunto em


tom firme.

"Não", ela suspira, sua respiração quente fazendo cócegas


na minha garganta.

"Você será uma boa menina que deixa seu homem cuidar
dela?"

K. WEBSTER
Sua cabeça se inclina para que ela possa me olhar. "Sim."

"Vai se lembrar de que é minha?"

Ela morde o lábio inferior e a luxúria inunda seu olhar. Suas


características normalmente inocentes se foram. A doce Ava se
excitou ao ter a bunda chicoteada.

Anotado, querida. Porra, anotado.

"Sua?" A palavra é ofegante e seus lábios se erguem de um


lado num sorriso sexy.

"Sim", respondo, prazer enchendo minha voz. "Minha."

K. WEBSTER
CAPÍTULO DEZ

Ava

Estraguei tudo. Totalmente. Quinn tem todas essas regras


por um motivo. Pareceu uma boa ideia na época, mas olhando
para trás, sei que tomei uma decisão ruim. O carro do Chad nem
tem cintos de segurança. Se ele tivesse sofrido um acidente...

Meu corpo inteiro estremece com o pensamento.

"Hey", diz Quinn a voz suave e doce. Sua mão empurra


minha calcinha além dos joelhos e então a tiro. Ele agarra minha
cintura e me ajuda a montar nele. Minha bunda dói onde ele
bateu.

"Olhe para mim", ele ordena, seus dedos levantando meu


queixo.

Não posso esconder a vergonha. Por muito tempo tentei


tomar boas decisões e me comportar bem. Depois que meu pai
morreu, não queria que minha mãe tivesse que lutar mais do que
ela já luta. Ela não só perdeu o marido, mas de repente teve que
ser a única provedora e cuidar sozinha de uma criança. Eu tinha
catorze anos quando aconteceu. Poderia ter me rebelado, mas ao
invés disso, fiz meu melhor para ter certeza de que tudo era mais
fácil para ela.

"Foi um erro", diz ele, com sua mão vagando por meu
quadril nu.

K. WEBSTER
"Estou apenas doente sobre isso", admito, meu lábio inferior
balançando.

Sua mão encontra minha garganta e me agarra de forma


possessiva. Então, ele me puxa para mais perto. Seus olhos
cinzentos de aço são duros, mas quando seus lábios pressionam
os meus, eles são macios. Perco-me no seu beijo consumidor. Em
pouco tempo, todas as frustrações comigo mesma são esquecidas
enquanto descaradamente me esfrego contra seu pau duro na
calça. Com um grunhido carente, ele puxa a parte de baixo da
minha camisa e a tira do meu corpo. Seus dedos hábeis soltam
meu sutiã em um segundo.

Estou nua.

Ele está completamente vestido.

Isso é um problema enorme.

"Preciso de você", sussurro contra sua boca.

Ele alcança entre nós para abrir sua calça. Começo a


desabotoar sua camisa. Mal desfiz três botões quando ele agarra
meus quadris e me guia para baixo sobre sua ereção. Meus dedos
apertam o tecido de sua camisa enquanto um gemido de dor me
escapa.

Ele é tão grande

Então, fogo me consome.

"Sua buceta escorregadia sentiu minha falta", ele murmura,


sua boca procurando a minha. Solto um grito de prazer quando
seus dedos esfregam meu clitóris.

"Você é tão grande", murmuro.

“Quero que me monte desta vez, mon petit oiseau. Mostre-


me o quanto é bom.” Seus dentes encontram minha garganta,

K. WEBSTER
o que me faz tremer e minha buceta apertar. É um lembrete
delicioso de que estou cheia com ele.

Começo a mover meus quadris de maneira experimental. Só


fiz sexo uma vez e ele estava no controle. Comigo no topo, não sei
o que fazer. Então deixo meu corpo liderar o caminho. Seus dedos
são generosos enquanto massageiam meu clitóris de uma maneira
que parece muito boa. Mesmo que esteja esticada até onde meu
corpo permite, não dói dessa vez.

É emocionante.

Quinn não pode evitar mover seus quadris de vez em


quando. Amo que ele parece estar tão consumido comigo quanto
estou com ele. Isso me excita ainda mais. Agarro seus ombros e
beijo-o com força, tudo enquanto movo meus quadris de uma
forma que faz ondas de prazer me inundarem.

As sensações são selvagens.

Esmagadoras.

É demais.

Com um grito, gozo com força. Meu corpo inteiro treme com
um orgasmo que tenta roubar minha alma. Ele solta um som
baixo de prazer. Jatos quentes jorram dentro de mim antes que
ele esteja me puxando para fora de seu pau. Seu comprimento
latejante esfrega entre nós e vejo com admiração enquanto ele
goza o restante por toda sua camisa meio desabotoada,
encharcando-a.

Nossos olhos se encontram e o cinza dos seus está


positivamente cintilando com possessividade. Quero viver com seu
olhar.

"Eu perco o controle com você."

K. WEBSTER
Inclino-me e beijo seus lábios sensuais. “Gosto quando você
perde o controle.”

******

Depois da minha surra e de sexo quente no escritório de


Quinn, ele me leva para cima e me lava no chuveiro. Ele é tão
carinhoso e atencioso. Claro, ele é frio e brutal, mas quando o
conhece, ele é realmente suave.

Estou me apaixonando por ele.

É tão fácil.

Ele me consome, mas para antes de me destruir


completamente.

Quando ele saiu para ajudar os garotos a terminarem o


quintal, resolvi cuidar da cozinha. Passando tanto tempo sozinha,
nunca consigo cozinhar para ninguém. Mamãe está sempre
correndo para o trabalho e, quando está em casa, fuma e come
como um pássaro. Papai e eu costumávamos cozinhar juntos
antes dele falecer e é algo que não percebi sentir falta até abrir a
despensa de Quinn e ver as possibilidades.

"O que está fazendo?", pergunta Aiden, com o cabelo ainda


pingando de um banho recente.

Aceno a cabeça para o fogão. "O jantar. Quer ajudar?"

Seus olhos se arregalam e ele concorda. "Eu gosto de


cozinhar."

"Eu também", concordo, radiante. "Corte os vegetais para


uma salada."

K. WEBSTER
Ele alegremente pega a faca e começa a trabalhar na pilha.
Nós entramos numa conversa fácil, onde ele pergunta sobre qual
faculdade vou e eu o questiono sobre seu futuro. Aiden me diz que
ele quer ser engenheiro, mas odeia matemática. Discutimos
carreiras semelhantes, mas sem os números. Ele não está
interessado nelas. Finalmente, uma vez que pego o molho de
tomate e a salada é guardada na geladeira, mando-o buscar seu
livro de álgebra.

Anthony espreita pela cozinha tempo suficiente para pegar


uma Coca-Cola da geladeira e nos dar um olhar irritado antes de
desaparecer. Passo os próximos vinte minutos explicando o mais
novo trabalho de Aiden de uma maneira que ele parece entender.
Estou tão absorta em mostrar-lhe técnicas de memorização que
quase esqueço de que tenho coisas para cozinhar no fogão.

Solto um grito, mas quando viro, Quinn está mexendo o


molho enquanto me observa. Sua mandíbula esculpida está
cerrada. Intensidade ondula dele como sempre, mas desta vez
sinto isso em meus ossos. Nunca tenho certeza se o deixo feliz ou
irritado. Com ele há uma linha tênue entre os dois.

"Obrigada", suspiro quando caminho para o fogão.

Ele sorri, mostrando que não está com raiva e acena para
Aiden. “Termine com ele. Eu assumo aqui."

Dou um sorriso agradecido antes de Aiden e eu resolvermos


o último dos seus problemas.

"Matemática não é tão ruim quando você explica", ele diz


mais tarde, enquanto mastiga o espaguete que fiz. Então ele geme.
“Cara, isso é bom. Podemos ficar com ela, papai?"

Orgulho me enche e Quinn pisca para mim.

Anthony bufa. “Ela recebe para ajudar. Não fique muito


apegado."

K. WEBSTER
Quinn olha seu filho, cerrando a mandíbula. "Isso foi
desnecessário."

"Tudo bem", murmuro, minhas bochechas esquentando de


vergonha. Apesar de tudo o que está acontecendo entre Quinn e
eu, Anthony está certo. Estou aqui para fazer um trabalho - um
trabalho que preciso desesperadamente.

"Desrespeito nunca é bom", ele diz. "Anthony, peça


desculpas."

Não posso afastar o olhar da comida. Anthony deixa cair o


garfo no prato com um som alto.

"Por quê?" Ele exige. "Não fiz nada errado."

O punho de Quinn bate na mesa. “Droga, filho. Você tem


pressionado os limites todo o final de semana. Qual é seu
problema?"

Olho para cima a tempo de ver o olhar de fogo de Anthony.


Suas narinas inflam de raiva. A tensão é estranha. Aiden me lança
um sorriso gentil que me acalma consideravelmente - um sorriso
que diz: Eles fazem isso o tempo todo.

“Você já parou para pensar em como é constrangedor


quando outras pessoas descobrem que temos uma babá?”
Anthony rosna. "Nós não somos mais crianças, pai."

Os dentes de Quinn cerram enquanto ele olha para o filho.


"Você vai entender quando for pai", ele diz friamente.

"Faça-me entender agora", desafia Anthony, levantando-se.

A cadeira de Quinn raspa o chão de madeira enquanto ele


imita a ação do filho. "Eu preciso te manter na linha para que não
fuja como sua mãe egoísta. É isso que quer ouvir? Jesus Cristo!”
Ele joga o guardanapo no prato e sai.

K. WEBSTER
A raiva de Anthony esvazia e suas feições caem. Meu
coração quebra que eles estejam tendo problemas.

Aiden come o resto de seu espaguete e abandona o prato.


"Na mesma nota, estou fora."

Afasto minha comida, não mais com fome, e franzo a testa


para Anthony. "Você está bem?"

Seus olhos se voltam para os meus e por uma vez eles não
estão queimando com fúria. Tristeza cintila em seu olhar. "Eu não
deixaria meu pai para fazer algo estúpido como mamãe fez. Eu
não sou ela."

Não, você é como ela.

"Ele sabe disso", asseguro-lhe.

Ele esfrega a parte de trás do pescoço com a palma da mão


e dá de ombros. "Eu gostaria que ele parasse de se preocupar
tanto."

Levanto e começo a recolher os pratos. "É o trabalho dele se


preocupar." Mordo meu lábio inferior. “Pelo menos seu pai só se
preocupa. A minha não se importa. Ela se lança em seu trabalho
e sou apenas uma reflexão tardia."

"Papai trabalha muito também", ele argumenta enquanto


pega seu prato.

"Mas ele ainda está envolvido", digo gentilmente. “Mesmo


que às vezes seja demais.”

Fico surpresa quando ele deposita o prato na pia e começa


a lavar as louças. Nós não falamos mais da briga com seu pai, mas
juntos limpamos a cozinha. Quando terminamos, fico surpresa
quando ele me abraça.

"Obrigado", ele murmura e depois se afasta.

K. WEBSTER
"Pelo que?"

“Por me ouvir. Ninguém me escuta." Seus olhos brilham


brevemente com emoção.

Eu o prendo com um olhar sério. "Eu sempre vou ouvir",


asseguro a ele. "Mesmo que não tenha esse emprego amanhã,
estou sempre aqui para você. Ok?"

Ele balança a cabeça e estende o punho. Sorrindo, acerto-o


com o meu.

"Você está bem no meu livro, Ava. Mesmo se você quiser


foder meu pai." Seu olhar é travesso. Quando meu peito cora, ele
ri. "Eu sei sobre isso."

"Olha a linguagem!" Grito e o acerto com um pano de prato.

Ele revira os olhos, mas o sorriso permanece. Cai quando


Quinn volta para a cozinha.

"Anthony", diz ele em um tom áspero. "Estou levando Ava


para resolver algumas coisas. Você ficará bem sozinho com
Aiden?"

Anthony endurece e vira a cabeça em direção ao pai. "Quer


dizer que vai nos deixar sozinhos? À noite?"

"Se você for realmente maduro e responsável o suficiente,


então sim. Conhece as regras. Não quebre minha confiança",
adverte Quinn.

O rosto de Anthony se ilumina. "Sim."

"Bom. Estou contando com você."

K. WEBSTER
CAPÍTULO ONZE

Quinn

"Sim."

"Não."

"Não me diga não", aviso.

Ela me olha do banco do motorista do novo Honda Pilot e


balança a cabeça. "Eu não posso. É muito caro. E se eu bater
isso?"

Sorrindo, inclino-me no banco do passageiro e coloco meus


pés no painel. "Você está perdendo um tempo precioso para
estudar discutindo comigo."

Ela bufa de frustração e porra se não é o som mais fofo de


todos. "Você é teimoso. Alguém já te disse isso?"

"Alguém já te disse que, para uma boa menina, às vezes


você é muito má?" Pergunto com uma risada. "Basta dirigir o
maldito carro para minha casa."

Provavelmente parece impulsivo ou estúpido, mas a compra


de outro carro - que ela pode usar para cuidar dos gêmeos - foi a
resposta para o problema do transporte. É seguro e grande o
suficiente para ela e os meninos.

"Eu só dirigi o carro da minha mãe e ele quebra a metade


do tempo. Acho que nunca sentei num carro tão legal", diz ela
com um suspiro antes de ligar o motor. O carro ronrona

K. WEBSTER
baixinho. Sou paciente enquanto ela brinca com o ar e aperta
diferentes botões para ver o que fazem. Quero que ela fique
familiarizada com este carro porque é dela.

Uma vez que ela parece confortável, começa a dirigir. Posso


dizer que ela está nervosa, mas o sorriso diz que está animada
também. Orgulho bate no meu peito e me pergunto o que mais
posso dar a ela para mantê-la tão feliz.

Mais cedo, quando ela ajudou Aiden com seu pior assunto,
fiquei impressionado com a facilidade com que passou por isso.
Normalmente, ele e eu brigamos quando tento ajudá-lo. Isso
termina com ele mentalmente chateado. Ele não é como Anthony,
que é impetuoso. Aiden engarrafa suas emoções. Quando está
frustrado, ele simplesmente fica neutro e se torna ultra
complacente. Mas com Ava, ele se envolveu. Ele se divertiu e pude
ver as rodas girando em sua cabeça. Ela está ajudando-o a
entender de uma forma que ele consegue memorizar. Foi muito
bonito assistir.

Pensei que talvez a noite estivesse arruinada quando


Anthony fez uma cena no jantar. Ele me desrespeitou na frente de
todos. Fiquei tão chateado que tive que sair antes de dizer algo
muito brutal que ele não me perdoaria. Quando esfriei e vim pedir
desculpas, eu o ouvi conversando com Ava. Ela foi tão gentil e
compreensiva. Suave. Os meninos têm tanta dureza de mim que
precisam de um pouco de doçura em suas vidas. Inferno, todos
nós precisamos. Sammie não era doce. Ela era obcecada por si
mesma e não dava a nenhum de nós uma hora de seu dia. Por
uma vez, em muito tempo, temos alguém que parece ouvir e se
importar com o que sentimos.

"Devo dirigir essa coisa para a escola?" Ela pergunta, com


os dentes batendo nervosamente. “Acho que sim, se eu tiver que
pegá-los. Sinto-me culpado porque é o seu carro novo e..."

"Seu carro novo", corrijo.

K. WEBSTER
Ela volta o olhar para mim, confusão tomando suas feições
bonitas. "O que?"

“Comprei o carro para você. É seu. Dirija-o quando e onde


quiser.”

Sua cabeça balança como se quisesse limpar as palavras de


seu cérebro. "Eu não entendo."

"O que há para entender?" Pergunto enquanto ponho a mão


em sua coxa sobre o jeans. "Comprei um carro para você."

Ela aperta os lábios e olha para frente. O silêncio é quase


insuportável. Por todo o caminho de volta para casa, ela está
quieta demais. Quando paramos na entrada da garagem e o carro
desliga, ela vira para mim.

“Não sou um caso de caridade", ela suspira,


constrangimento pintando suas bochechas de vermelho.

"Nunca disse que era", digo seriamente. “Mas o que disse foi
que você é minha. Eu cuido do que é meu. Se eu quiser te comprar
um maldito carro, vou comprar um maldito carro."

"O que as pessoas vão pensar de você comprando um carro


para sua babá?"

Agarro o queixo e inclino seu rosto. "Parece que me importo


com o que pensam?"

"N-não."

"Você gostou dele?"

"Eu amei", diz ela rapidamente. "Simplesmente não sinto


que o mereço."

Inclinando-me para frente, dou um beijo contra seus lábios.


"Você poderia vir aqui e ganhar."

K. WEBSTER
Ela ri - uma porra tão doce - antes de arquear uma
sobrancelha para mim. Amo como seus olhos castanhos brilham
com malícia por trás de seus óculos. "Isso soa como prostituição."

Solto o cinto de segurança e puxo-a através do console para


meu colo. Ela monta minhas coxas, relaxando contra meu corpo,
onde é o seu lugar.

"As prostitutas são mimadas com orgasmos?" Provoco,


meus dentes mordiscando sua pele através da camisa.

Seus dedos se enroscam no meu cabelo. "Eu não sei."

"Se fosse uma prostituta, você saberia", digo, com minha


voz num baixo rosnado. “Mas você é babá. Uma babá. Você é
minha maldita namorada e posso te mimar o quanto eu quiser.
Entendeu, mon petit oiseau?"

Ela derrete contra mim e acena com a cabeça. "Entendi.


Obrigada Quinn."

Nossas bocas se fundem e a beijo como se tivesse dezoito


anos de novo. Minhas mãos vagam por todo seu corpo perfeito.
Essa garota está dentro de mim. Ela é doce, suave e bonita -
trazendo luz para partes escuras que foram enjauladas. Gosto do
jeito que ela puxa minhas correntes e me deixa livre. Ao entrar na
proverbial gaiola que projetei para ela, ela me dá total liberdade.

“Passe a noite.” Não é uma pergunta, mas um comando.

"Os garotos não vão desconfiar?", ela questiona.

“Deixe-me preocupar com isso. Quero que você se preocupe


com quantos orgasmos posso te dar em uma noite."

Uma pequena risada escapa. "Você é má influência sobre


mim. Eu devia estar estudando."

"Oh, você pode estudar, querida", murmuro. "Só saiba


que vai estudar com suas coxas ao redor dpa minha cabeça

K. WEBSTER
e minha língua enterrada em sua buceta. Espero que seja boa em
multitarefa.”

"Quinn!"

Dou a ela um sorriso diabólico. “Oui, mon petit oiseau?”

"Você é ruim." Ela morde o lábio inferior. Não me importo


em ser assim.

Inclinando-me para frente, puxo seu lábio com os dentes


até que ela geme. Então, solto-o e a olho fixamente. "Você é a boa
nesse relacionamento. Estou aqui simplesmente para te
corromper."

"Acho que já o fez", ela murmura quando minha mão aperta


seu peito através da camisa.

"Querida", digo com um sorriso e aperto seu quadril de


forma possessiva. "Eu acabei de começar.”

K. WEBSTER
CAPÍTULO DOZE

Quinn

Um mês depois...

Sinto como se estivesse num bloco de gelo há anos. E pela


primeira vez na vida, começo a derreter. Isso é o que acontece
quando o sol brilha em você todos os dias por um mês direto.

Não estou apenas viciado nesta nova fonte de nutrição, mas


começo a sentir como se não fosse sobreviver sem isso.

Sem ela.

Tenho o cuidado de esconder nosso relacionamento dos


meninos porque eles têm o suficiente em suas vidas para se
preocupar. Mas a portas fechadas, eu possuo Ava. Porra, eu a
adoro. Apesar de estar completamente envolvido nela, finalmente
tenho o bom senso de pegar uma camisinha a cada vez que
fodemos. Meus pensamentos vagam para a noite passada.

“Eu tenho que estudar." Ela tenta e não consegue ser firme.

“Então, estude. Não se importe comigo."

Beijo seu pescoço enquanto ela segura o livro. Uma garota


tão boa. Ela deveria ser recompensada. Dou beijos por sua
garganta enquanto minha mão desliza pelo estômago. Os meninos
estão na rua jogando futebol com alguns amigos. Nós temos
alguns momentos sozinhos. Quando minha mão alcança seu

K. WEBSTER
pequeno short de pano e roço meu dedo sobre seu sexo, ela solta
um suspiro.

"Preste atenção e estude", repreendo antes de morder sua


garganta.

Um gemido escapa, mas ela agarra o livro com desespero.


Nós dois sabemos que ela não está estudando. Minha doce menina
gosta de se divertir agora. Mostrei a ela como fazer isso.
Preguiçosamente, esfrego contra seu clitóris até que ela treme de
necessidade.

"Sua calcinha está molhada, boa menina?"

Ela choraminga. "Não."

"Você está mentindo?"

Ela é totalmente foda. Minha boa garota gosta de ser ruim às


vezes.

"Ela não está molhada.”

Sento e a encaro com uma sobrancelha arqueada. “Talvez eu


deva tirar seu short e verificar. O que acontece se eu descobrir que
está mentindo?"

Suas bochechas ficam rosadas. "Eu mereceria ser punida."

Dou a ela um aceno de cabeça antes de me sentar para puxar


seu short pelas coxas. Depois de tirá-lo, levo meus dedos para sua
calcinha. Ela está encharcada pra caralho.

"Oh, má, menina má", murmuro enquanto esfrego o polegar


ao longo do ponto molhado. "Por que mentiu?"

Ela levanta os quadris como se para me encorajar a tocá-la


mais. "Eu não sei."

K. WEBSTER
"É porque quer que eu te espanque?" Meu polegar empurra
para o lado sua calcinha e toco seu centro apertado. Ela solta um
gemido carente pela intrusão.

"Eu acho que sim", ela ofega, as coxas abrindo para que eu
possa tocá-la mais profundamente.

“Eu quero que chupe meu pau até que ganhe minha mão em
sua bunda. Acha que é boa o suficiente para merecê-lo, mon petit
oiseau?"

Ela acena e coloca seu livro na mesa do meu quarto. Afasto


meu polegar dela. Lentamente, ela tira a camisa revelando os peitos
pequenos para mim. Seus mamilos rosados estão pontiagudos e
implorando para serem mordidos.

"Tire a calcinha", instruo, minha voz rouca de desejo.

Sua bunda levanta quando ela obedece. Estendo a mão e ela


cai em mim. Com meus olhos nos dela, levo o tecido até o nariz e
inalo seu doce aroma. Localizo a umidade e arrasto a língua através
da evidência de sua excitação. Isso a deixa ofegante.

"V-você..."

"Eu fiz. Foi apenas um gosto. Uma porra de provocação. Vou


me satisfazer mais tarde."

Levanto da cama e caminho até a cadeira no quarto. Assim


que me sento, faço sinal para ela vir até mim. Como a boa menina
que é, ela obedece. Ela se ajoelha diante de mim com as palmas
das mãos nos meus joelhos.

“Você já chupou um pau antes?”

Ela morde o lábio inferior e balança a cabeça. "Não sei se


serei boa nisso, mas quero tentar."

K. WEBSTER
Viro para ela e acaricio seus cabelos. “Você se supera em
tudo que faz. Algo me diz que também vai superar isso. Agora solte
minha calça e puxe meu pau para fora. Ele dói por você."

Fogo arde em seus olhos castanhos enquanto ela balança a


cabeça. Com agitação e mãos inseguras, ela se atrapalha com
minha calça até que tem meu pau livre. Sua hesitação me diz que
ela não tem ideia do que deve fazer a seguir.

“Um homem gosta quando sua mulher coloca os lábios em


seu pau. Use sua língua e garganta. Evite os dentes. Meu pau é
grande demais para sua pequena boca, então certifique-se de me
acariciar também”, instruo. "Isso é tudo que precisa fazer."

"O que acontece quando você gozar?" Suas narinas abrem e


as bochechas ardem.

Roço meus dedos ao longo de sua bochecha sedosa. “Você


pode decidir se quer engolir como uma boa menina ou sujar seus
peitos perfeitos como uma garota má. De qualquer forma, ficarei
satisfeito."

Ela balança a cabeça e agarra a base do meu pau com uma


mão antes de levar a boca até a ponta. Sua respiração é quente
contra mim. No momento em que ela tira a língua e me lambe, eu
respiro fundo. Minha reação parece estimulá-la porque ela começa
o trabalho mais doce do mundo. Curiosamente, ela lambe, saboreia
e chupa meu pau. Sua mão me prende em movimentos irregulares
e algumas vezes seus dentes raspam contra mim quase
dolorosamente. Quando deslizo no fundo de sua garganta, ela
engasga e se empurra para longe. Lágrimas brilham em seus olhos.

"Sinto muito", ela murmura, seu pescoço agora vermelho


brilhante.

“Querida, você não tem nada para se desculpar. Este é o


melhor boquete que já tive.”

K. WEBSTER
"Mas eu engasguei ..."

“Eu amei o som. Talvez um dia, depois de um pouco de


prática e você aprender a relaxar, pode me levar em sua garganta."

Seus olhos se arregalam com a sugestão. "Ok."

Meus olhos fecham brevemente quando sua boca envolve


meu pau. Com movimentos mais confiantes, ela balança para cima
e para baixo. Algumas vezes ela me empurra para o fundo da
garganta com pouco ou nenhum engasgo.

"Boa menina", digo e afago seu cabelo. "Amo quando faz


isso."

Ela gosta quando acaricio seu cabelo e a elogio. Gosto disso


também. É por isso que trabalhamos tão bem juntos. Com nova
determinação, ela desliza para baixo da minha ereção, deixando-
me ir fundo em sua garganta. É tão apertado e quente que perco o
controle rapidamente. Acaricio seu cabelo antes de agarrá-lo,
perdido em seus movimentos. Sendo a garota obediente que é, ela
não luta contra meu controle e me deixa foder sua boca.

"Foda-se, estou prestes a gozar", aviso e afrouxo meu aperto


no caso dela querer se soltar e me deixar gozar em seus peitos.

Em vez disso, as unhas dela afundam nas minhas coxas


através das calças enquanto ela me fode o mais longe que pode ir.
Gozo com um choque e um som feroz que nunca fiz antes. O
orgasmo explode de mim, caindo em sua garganta apertada. Ela
engole e é a melhor sensação do caralho. Estou tão alto que quase
desmaio de prazer. A garota perfeita fode meu pau com sua
garganta até que começa a amolecer, não muito depois de minha
última gota ter sido expelida.

Ela se afasta, baba escorrendo pelo queixo. Seus olhos estão


vermelhos e lacrimosos, mas ela sorri em triunfo. “Fiz um bom
trabalho?”

K. WEBSTER
Eu a agarro sob os braços e a puxo para meu colo. “Você foi
perfeita. Perfeita pra caralho."

Meu elogio parece excitá-la porque ela começa a beijar minha


boca. Posso provar meu gozo salgado em sua língua e é a coisa
mais gostosa que já experimentei. Essa garota é toda minha - uma
combinação perfeita com meus gostos e desejos incomuns.

"Você ainda tem que dar minha surra", ela ronrona contra
meus lábios.

“Mas você é tão boa em receber ordens. Não quero te punir."

"Eu quero que o faça", ela implora. "Não mereço isso?"

Meu pau está duro novamente e pronto para ela. “Vá para a
cama e se curve. Quantas palmadas quer?”

"Três."

"Boa menina".

Nós conversamos na semana passada sobre o motivo de eu


dar apenas três palmadas. Ela respeita isso e nunca pede mais ou
menos. Quando se acomoda na posição que amo, levanto e removo
todas as minhas roupas. Eu me certifico de colocar um preservativo
antes de espancá-la porque sei que minha cabeça fica louca quando
estamos no momento. Vou esquecer, caso contrário.

"Toque seu clitóris", ordeno. "Quero que se sinta bem."

Ela balança a cabeça e desliza a mão para baixo para se


tocar. Tenho a treinado sobre como ter orgasmo no caso de estar na
escola e sentir minha falta. Agora ela sabe como ir ao banheiro e se
divertir. O negócio é, ela pode fazer isso desde que ligue e me deixe
ouvir. No começo, ela ficou preocupada. Então, começou a fazer
ligações ao meio-dia. Sempre corro para o banheiro no escritório e
gozo junto com ela.

"Mmm", ela geme. "Estou pronta."

K. WEBSTER
Empurro um dedo dentro da sua buceta. Foda-se ela está
encharcada. Deslizando o dedo para dentro e para fora, localizo seu
ponto G. Deste ângulo, posso acessá-lo com mais facilidade. Ela
treme e grita quando começo a tocá-la do jeito que ela gosta.

"Não quero te machucar", digo, com a minha mão livre


vagando sobre a última contusão que dei a ela. Ela as usa como
ilustrações num livro. Nossa história é romântica e única. Um conto
apenas para nós. Outros não entenderiam nossos desejos - os
desejos que somente o outro pode atender.

"Por favor", ela implora. "Eu preciso disso."

Tapa!

Ela grita e sua buceta aperta em volta do meu dedo. Seus


quadris balançam contra mim como se me pedissem para fazer
mais.

Tapa!

"Oh Deus", ela choraminga, seu corpo estremecendo


descontroladamente.

Tapa!

Seus joelhos balançam quando um gemido baixo sai dela.


Puxo meu dedo para fora e enfio meu pau forte e rápido.

"Quinn!" Ela grita, os dedos roçando meu pau enquanto a


fodo e ela continua a se divertir.

Aperto seus quadris ao ponto que sei que eles terão mais
hematomas e empurro brutalmente dentro dela. Doce, inocente,
pequena e macia Ava adora com força. Ela fica dolorida. De ser
controlada. Nosso sexo é selvagem e às vezes doloroso. Mas ela
ama isso. Eu amo.

"Deus!" Seu corpo inteiro treme quando um orgasmo a


atravessa. A maneira como sua buceta me agarra tão de

K. WEBSTER
repente me faz perder o controle. Juntos, gozamos com sons
animalescos enquanto nossa pele se une.

Uma vez que gozei e estamos descendo de nosso êxtase


explosivo, saio dela. Ainda que Ava ame uma boa foda, ela brilha
quando cuido dela depois. Eu a pego em meus braços e a levo para
o banheiro. Seus olhos estão nos meus quando a sento e começo a
dar banho. O olhar que ela me dá é cheio de amor e felicidade. Eu
o amo. Tão bonito.

Encho a banheira e jogo alguns sais para seu corpo dolorido.


Então, tomo-a de novo em meus braços e a carrego para a banheira.
Nós gememos ao relaxar na água quente. Ela se enrola contra mim
- tão pequena - e beija meu queixo.

"Você me faz tão feliz", ela suspira antes de se aconchegar


contra meu pescoço.

Eu sorrio como um filho da puta idiota. “Você me faz feliz


também, mon petit oiseau. Tão feliz."

Pisco a memória, mas ainda estou sorrindo. Meu pau está


duro e tenso nos lençóis. Com essa doce garota em meus braços
e entrelaçada no meu coração, estou perfeitamente feliz.

A vida é... perfeita.

Isto é, até que certa voz de unhas num quadro negro corta
meu sono e gelo se forma tão rapidamente ao redor do meu
coração que pensaria que sou Jack Frost8.

"Onde estão meus bebês?"

Ava se agita contra meu peito nu. Amo quão pequena ela
parece dobrada contra meu corpo gigante. Normalmente, passo

8 Personificação da geada e do frio.

K. WEBSTER
horas da manhã antes do trabalho e escola, simplesmente
olhando sua forma perfeita. Quem precisa de café quando tem
uma Ava para te fazer sentir vivo? Ela faz o sangue correr para
todas as partes do meu corpo. Seu perfume enche meus pulmões
e me revigora. Essa garota é meu sustento e a devoro alegremente
a cada dia.

"Quem é essa?" Minha menina sonolenta murmura. Então,


abruptamente, ela se senta. "Isso é sua..."

Um rosnado ressoa de mim. “Ela não é nada. A mãe dos


meninos, sim. Mas ela não é nada para mim." Beijo sua testa antes
de sair da cama para vestir algumas roupas. Ava sai do quarto
atrás de mim e desliza para o quarto de hóspedes enquanto desço
as escadas.

Quando chego ao último degrau, encontro minha ex-mulher


trocando mensagens de texto pelo celular. Seu cabelo loiro e
elegante foi enrolado em ondas suaves ao redor do rosto e ela usa
óculos de sol de grandes dimensões. Dentro de casa. Seu vestido
é decotado e os seios grandes que ela me enganou para comprar
sete anos atrás estão a mostra. Sammie é uma mulher bonita, não
há como negar. Mas é tudo beleza superficial. Por baixo do exterior
liso, há arestas duras e egoísmo. Se soubesse que ela era tão feia
por dentro, nunca a teria perseguido. Ela sempre foi boa em fingir.
Provavelmente por isso será uma excelente atriz.

"Samantha", cumprimento-a, meu tom frio.

Ela desliza os óculos escuros pelo nariz para que possa


olhar para meu peito nu. Agora que estou com Ava, vejo-me
malhando mais. Gosto de estar em forma e forte para ela. Quando
ela passa horas estudando, uso esse tempo na minha academia
em casa. Tenho certeza de que Sammie percebe que estou maior
do que o normal.

K. WEBSTER
“Bem, eu vejo”, Sammie diz docemente. “Parece bem,
marido. Muito bem."

Tensiono e cerro minha mandíbula. "Ex. Não somos mais


casados."

Ela bufa e seu lábio inferior treme. Houve uma época em


que fiz qualquer coisa para que ela não chorasse. Agora vejo
através disso.

"O que quer?" Meu tom é seco e não afetado. A verdade é


que ela me irrita. Como se atreve a entrar na casa que abandonou
como se estivesse simplesmente de férias?

"Quero ver minha família", ela choraminga. "Senti falta dos


meus bebês." Ela lambe os lábios. "E de você."

Passo por ela para a cozinha. Se tenho que lidar com seu
traseiro desagradável às sete da manhã, então é melhor eu tomar
um café. Ela segue atrás de mim, voando pelo espaço como
costumava fazer.

"Quinny", ela choraminga. "Você não sentiu minha falta?"

Coloco a capsula na cafeteira e aperto o botão antes de olhar


para ela com os braços cruzados sobre o peito. "Não. Eu não
senti."

Lágrimas surgem em seus olhos azuis. “Você se tornou


cruel. Eu nem te conheço mais."

"Não", rosno. "Você não me conhece mais. Você desistiu


disso quando fodeu seu treinador e fugiu para ser uma maldita
estrela de cinema. Como isso está para você? Está subindo no
mundo? Fodendo Brad Pitt agora?"

Antes que ela possa responder, meu coração gelado aquece


vários graus. Sinto Ava antes mesmo de vê-la. "Desculpe

K. WEBSTER
interromper, mas vou pegar algumas Pop-Tarts9 para os meninos
comerem a caminho da escola."

Sammie se espanta com Ava que parece uma foto de


inocência esta manhã num macacão e blusa rosa. Seu cabelo foi
puxado para trás num rabo de cavalo e ela não usa maquiagem.
Ela parece tão jovem. Tão bonita.

"Quem diabos é você?" Sammie exige, sua voz gelada.

“A babá”, Ava responde, sua voz trêmula.

Sammie sacode a cabeça para mim. “Sua babá sempre fede


a sexo? O que ela tem? Quinze? Honestamente, Quinn!"

Ava faz um som abafado, mas já estou andando para ficar


entre elas. Com Ava seguramente nas minhas costas, viro para
Sammie. "Ela é paga para ajudar com os meninos e tem dezoito
anos, se é da sua conta."

Sammie assobia: “Para os meninos, você está se incluindo?


Ela cheira a você, Quinn."

Não tenho tempo nem paciência para essa merda. "Saia da


minha casa."

"Mas...", ela começa.

"Fora!" Minha voz estrondosa faz Sammie recuar e Ava


gritar de surpresa. "Basta voltar para onde todos os seus malditos
sonhos estão esperando."

Os olhos de Sammie brilham de dor, mas não me importo.


Ela me fodeu. Somos divorciados e tenho a custódia total de

9Pop-Tarts é um biscoito pré-cozido recheado produzido pela Kellogg. Criado em 1964, a Pop-
Tarts é a marca mais popular da Kellogg nos Estados Unidos.

K. WEBSTER
nossos filhos. Isso não me afeta mais. Saio do seu caminho e ela
olha para Ava.

"Fique longe dos meus filhos, sua prostituta cavadora de


ouro", Sammie grita quando passa por minha namorada.

Estou prestes a ataca-la e mostrar exatamente o que penso,


mas Ava joga os braços em volta do meu pescoço, um soluço alto
escapando.

"Shhh", rosno quando a abraço. “Ela é apenas uma vadia.


Você não fez nada de errado.” A porta da frente fecha e relaxo.
Minhas mãos encontram suas bochechas manchadas de lágrimas
e inclino a cabeça para poder ver seus impressionantes olhos
castanhos. Pressiono os lábios nos dela. Quando me afasto, suas
sobrancelhas estão franzidas.

"Não sou uma escavadora de ouro", ela sussurra. "Eu ganho


meu dinheiro."

Mesmo que as linhas estejam borradas entre nós, ainda


guardo o dinheiro no envelope toda semana no meu escritório. Ela
carrega os garotos por toda a cidade, alimenta-os com refeições
caseiras e ajuda-os com o dever de casa. Suas notas melhoraram
significativamente. Ava era exatamente o que precisávamos.

“Eu sei", murmuro, meus lábios encontrando os dela


novamente. "Você não pode evitar se gosto de te mimar." Meus
lábios encontram o lóbulo de sua orelha onde um diamante está
escondido. Gosto de comprar coisas para ela. Quando
acidentalmente rasguei uma calcinha, achei que ela ficaria
chateada. A roupa é preciosa para alguém como ela. Então,
juntos, marcamos para ir a uma loja de lingerie e comprei o
suficiente para durar uma vida inteira.

Começo a beijar sua garganta e agarro sua bunda para


levantá-la. Minha coisa pequena envolve as pernas em volta da
minha cintura, como amo que o faça. Claro, eu a mimo com

K. WEBSTER
presentes. Principalmente, porém, eu a mimo com atenção. É algo
que ninguém deu a ela, além de sua professora de francês. Sua
mãe não é presente e ela tem poucos amigos.

Minha boca encontra a dela novamente e a beijo com força.


Acabei de encostá-la no balcão quando alguém pigarreia. Tiro os
lábios dos dela para encontrar os olhos arregalados de Aiden.

Porra.

Eu estava indo tão bem escondendo isso deles.

"Tudo bem, pai", diz Aiden, pegando um pacote de Pop-Tarts


da despensa. "Eu sabia que estavam juntos."

Ava desliza os pés para o chão e tenta se afastar de mim.


Não posso deixar de puxá-la contra meu peito agora que o gato
está fora da bolsa.

"Como sabia?" Minha voz é rouca.

Malícia dança em seus olhos. "Vamos apenas dizer que ouvi


algumas coisas e não foi da televisão."

Ava enterra o rosto no meu peito nu e diz: “Oh. Meu. Deus."

"Vá se preparar para a escola", ordeno. "E por favor, não


diga a Anthony. Deixe-me ser o único a contar a ele."

Aiden pisca para mim e dá um sinal de positivo como se


aprovasse. "Seu segredo está seguro comigo."

K. WEBSTER
CAPÍTULO TREZE

Ava

“Como está a economia?” Madame Clare pergunta. "Sexta-


feira deve ser o pagamento."

Paro de corrigir o papel para olhar para cima e sorrir. "Está


ótima. Tenho mais do que suficiente." Quinn guardou todo o
dinheiro num envelope para mim. Tenho mais do que suficiente
para a viagem. Não quis levar para casa no caso da mamãe
encontrar. Em mais de uma ocasião, quando o dinheiro estava
apertado, ela invadiu meu quarto para encontrar algo aqui e ali
das minhas sessões de tutoria. Nunca liguei porque ela é minha
mãe e obviamente precisava do dinheiro para ajudar a cuidar de
mim.

Mas apenas uma vez, estou fazendo algo por razões


egoístas.

Quero ir para Paris tanto que não aguento mais.

Depois disso, não pensei em muito mais. Estou vivendo o


presente, com Quinn e os gêmeos, e a vida não é tão solitária.
Passo todo meu tempo com os três. Já faz duas semanas desde
que encontrei a ex dele e ainda tremo toda vez que penso nisso.
Ela é linda, posso ver porque pensou que poderia ser uma estrela
de cinema, mas não era uma pessoa legal. Quinn merece alguém
melhor.

K. WEBSTER
"Ahhhh", Madame Clare ronrona, com sua voz rica e
aveludada. “Você, ma choupette, está apaixonada. Quem é o cara
sortudo?” Seus olhos brilham de prazer quando me encara.

Suspiro e desesperadamente quero confiar nela, mas algo


me segura. Não sou idiota. O que Quinn e eu temos seria
considerado tabu. Sou sua babá a quem ele paga. Ele é vinte e
cinco anos mais velho. As pessoas gostam de dizer às outras
pessoas como viver suas vidas. Madame Clare não seria exceção.
"Oh, é apenas um cara..."

Os olhos de Madame Clare se arregalam e ela me dá uma


piscada. Acho que não é a pior coisa para ela pensar que Chad é
por quem estou apaixonada.

"Hey, Aves", Chad me cumprimenta da porta.

"Ei", respondo enquanto círculo a nota no papel antes de


colocar a folha na pilha apropriada. "Tudo bem?"

Ele tagarela sobre algo chamado portas suicidas - o que


quer que seja - enquanto arrumo os papéis. Depois de organizá-
los ao meu gosto, levo-os para a mesa de Madame Clare.

"Divirta-se", diz ela com um sorriso. “O amor é uma coisa


selvagem. Você deve agarrá-lo e enfiá-lo em sua gaiola para que
não fuja.” Seu olhar voa para Chad. “O amor é um animal que
você deve capturar e manter. Nomear e possuir. Permita-se essas
coisas, ma choupette."

Gargalho e recolho minhas coisas. Uma vez que digo adeus,


ando lado a lado com Chad pelo corredor. Depois que Quinn e eu
começamos a dormir juntos, disse a Chad que estava saindo com
alguém. Ele me deu seus olhos de cachorrinho, mas facilmente
formamos uma amizade. Se ele não tivesse sido tão idiota há
alguns anos, poderíamos ter sido amigos o tempo todo. Nós
tomamos nosso caminho normal para os corredores do
segundo ano, onde os gêmeos estão sempre esperando.

K. WEBSTER
"Puta", alguém rosna quando viramos o corredor.

Sacudo minha cabeça, calor subindo por garganta, para


encontrar o acusador. Por alguma razão tola, espero que seja
Samantha. Em vez disso, encontro o cara drogado que me encarou
no mês passado. Sua mão está pressionada contra o armário e ele
está rosnando para Lacy, que está na frente dele. Chad se agarra
a mim, mas já estou atacando. Lacy, com seus cabelos loiros
escuros e olhos azuis sem vida, coloca uma mão trêmula no peito
dele. Ele afasta a mão dela e ela grita.

Sabia que ela precisava de ajuda. Esse cara é um idiota.

"Ei!" Chamo o perdedor. "Não bata nela."

Ele vira a cabeça para mim. Suas pupilas estão dilatadas


novamente e ele definitivamente parece alto. Algo sobre seu olhar
me enerva. Ele parece desequilibrado. "Você novamente? É amiga
dessa vadia?”

Lacy começa a chorar e paro, não mais que apreensiva.


Atacando, eu o empurro para longe dela. Apenas segurei seu rosto
para perguntar o que está errado quando ele agarra meus ombros
por trás e me joga no chão. Bato no linóleo10 duro com os dois
cotovelos. A dor dispara por meus braços e fico momentaneamente
chocada por esse cara ter me jogado no chão.

Ouço Chad grunhir atrás de mim e, em seguida, um estalar


de dedos batendo na carne antes de alguém me puxar pela camisa
e me levantar. Sou empurrada novamente, e desta vez Lacy e eu
caímos. Antes que possa me recuperar, ele me chuta com força na

10O linóleo é um material usado geralmente no revestimento de pisos, criado em 1860 pelo químico inglês
Frederick Walton.

K. WEBSTER
parte de trás da cabeça, fazendo-me uivar de dor. A escuridão se
espalha ao meu redor e a sala gira.

Crack!

Crack!

Crack!

Rolo minha cabeça para o lado, esforçando-me para ver o


que é toda a comoção. Então, sou levantada como se não pesasse
nada.

"Quinn", ofego. Tudo é nebuloso e incerto, mas reconheço


os olhos.

"Não é papai", diz a voz. "Sou eu, Anthony."

"Minha cabeça dói", choramingo, o mundo escurecendo


novamente.

"Eu sei. Apenas tente ficar acordada até que eu possa falar
com papai.”

******

Vozes

Borrão.

Discussão.

Borrão.

Voz profunda, furiosa e familiar.

Borrão.

Aroma familiar.

K. WEBSTER
Borrão.

Palavras suavemente faladas. O estrondo de um motor


silencioso.

Borrão.

Mamãe?

Estou confusa, mas quando finalmente pisco um pouco da


neblina, encontro várias pessoas me encarando. Mamãe
assustada, Dr. Allen, que sempre encontro quando venho visitá-
la no trabalho, e Quinn. As duas primeiras faces estão
preocupadas. A terceira parece querer arrancar a cabeça de
alguém.

"Ava", Quinn diz enquanto ajoelha na minha frente. Suas


sobrancelhas escuras colidem, com preocupação pintada em suas
feições. "Como está se sentindo, mon petit oiseau?"

"O que aconteceu?" Sussurro.

"Sabe que dia é hoje?" Dr. Allen pergunta por trás de Quinn,
que está a segundos de me puxar da cama direto para seus
braços.

Minha mãe olha para Quinn. "Dê-lhe espaço, Sr. Blakely."

Quinn corajosamente acaricia minha bochecha antes de se


levantar e sair do caminho. Dr. Allen senta ao meu lado e dá um
tapinha no meu ombro.

"Você sabe que dia é hoje?" Ele pergunta novamente.

"Uhhh", olho e tento lembrar. Foi o dia de teste em francês.


"Quarta-feira."

Dr. Allen franze a testa e Quinn amaldiçoa.

Mamãe se aproxima e afasta meu cabelo dos meus


olhos. "Ava, querida, hoje é domingo."

K. WEBSTER
Estou piscando em confusão enquanto tento lembrar como
e quando cheguei aqui. Minha cabeça está latejando loucamente.

"Estou com sede", resmungo.

Mamãe assente antes de sair do quarto para pegar um


pouco de água.

"Um estudante na sua escola te chutou na cabeça", diz Allen


suavemente, com o polegar formando círculos no meu ombro.
Estremeço ao seu toque. Ele não está consolando. Queria que
fosse Quinn sentado lá em vez disso. “Você teve uma concussão
moderada. Uma ressonância magnética mostrou inchaço, mas
diminuiu na maior parte. É típico ter amnésia moderada nesses
casos. Você está dentro e fora há dias. Lembra do seu nome?" Ele
está mais uma vez me tocando e não gosto disso.

Encaro Quinn, um olhar suplicante que o faz agarrar o


médico pelo braço e afastá-lo de mim. "Não toque nela", ele diz
antes de tomar seu lugar. Sou instantaneamente acalmada.
Corajosamente pego sua mão e suspiro quando ele beija meus
dedos.

"Espere", murmuro, meu cérebro finalmente lembrando.


"Madame Clare. A viagem!"

O rosto de Quinn vai de feroz a horrorizado. Então eu sei.


Perdi o prazo de sexta-feira. Quando começo a chorar, ele me pega
em seus braços fortes e pressiona beijos em minha testa.

"Shhh", ele sussurra. “Shhhh, mon petit oiseau.”

Ele murmura palavras doces no meu cabelo, mas estou


muito sobrecarregada com a perda. Cheguei tão perto.

"Vou resolver tudo", ele diz, com a voz dura e inflexível. "Eu
juro."

K. WEBSTER
******

Olho a tigela fria de sopa na mesa de café desgastada na


minha sala com desinteresse. Estou deprimida. Sei disso. Minha
mãe sabe. Quinn sabe. Mesmo uma semana e meia desde o
incidente, ainda estou presa em meu próprio mundinho. Estava
tão bem na escola que pelo menos minhas notas não sofreram.

O que sofreu foi meu trabalho.

Não voltei a trabalhar. Uma parte de mim se sente culpada


por deixar Quinn. Ele não falou uma palavra embora. Em vez
disso, ele verifica e me envia mensagens com frequência. À noite,
ele liga. Mas é tudo a mesma coisa. Eu me sinto desconectada.

Mamãe trabalha em turnos de doze horas, então fico muito


tempo sozinha. Ela me fez uma sopa antes de sair horas atrás,
mas não a toquei. Não tomei banho em dias. Estou cansada,
minha cabeça dói, e não me importo.

Ainda estou perdida quando alguém bate na porta da frente.

Vá embora.

Provavelmente crianças vizinhas irritantes.

Bam. Bam. Bam. Bam.

Bam. Bam. Bam. Bam.

A batida incessante está me dando dor de cabeça em cima


de dor de cabeça. Com um resmungo furioso, afasto o cobertor e
corro para a porta. Eu a abro e grito: "PARE!"

O punho de Quinn está levantado, mas ele cai ao me ver.


Sua aparência normalmente severa, suaviza. Ele parece cansado.
Círculos escuros enchem seus olhos. Seu cabelo preto está

K. WEBSTER
bagunçado e paira sobre as sobrancelhas. Uma sombra de barba
está crescendo ao longo de suas bochechas.

Ele é gostoso.

O primeiro sinal de vida em dias faísca dentro de mim.

"Oh, Ava", ele diz antes de me puxar para seus braços


poderosos.

Relaxo contra ele e inalo. Seu cheiro é inebriante.

"Você está magra", ele reclama, com as mãos esfregando


minhas costas. "Por que não está comendo?"

Dou de ombros e sufoco as lágrimas.

"Eu vou cuidar de você. Assim como prometi."

Suas palavras me aquecem. "Não me sinto eu", admito em


meio as lágrimas.

Ele salpica beijos no topo da minha cabeça. “Concussões


são assim, mon petit oiseau. Seu cérebro está chateado com você.
Vamos te fazer feliz novamente."

Estou em seus braços e ele me leva para dentro. Ele


examina o trailer por um momento antes de seguir em direção ao
meu quarto. Uma vez lá, ele gentilmente me coloca na cama e
começa a tirar roupas das gavetas.

"O que está fazendo?"

"O que deveria ter feito há muito tempo", ele rosna.

Franzo a testa. Ele coloca tudo na mochila que estava


pendurada na porta do armário. Não que eu tenha muito, mas ele
pega tudo. Roupas, fotos, maquiagem, livros, tudo. Minha cabeça
dói então fecho meus olhos. Algum tempo depois, acordo com sua
mão na minha coxa enquanto ele nos leva pela cidade.

K. WEBSTER
"Onde estamos indo?"

"Estou te levando para casa, Ava. Sua casa é comigo.”

K. WEBSTER
CAPÍTULO QUATORZE

Quinn

Tentei dar-lhe espaço como Judy pediu. Não foi uma tarefa
fácil, mas tentei mesmo assim. Mas é impossível. Estou
preocupado com seu bem-estar. Judy me garante que ela está se
comportando normalmente depois de uma concussão, mas não
gosto disso. Não gosto de como a mãe de Ava é indiferente. Minha
mente voa para como a encontrei.

******

O trailer é escuro e solitário à noite. Uma lâmpada brilha da


janela da sala. Como a merda que sou, subo os degraus da
varanda e espio. Minha doce menina deita no sofá enrolada numa
pequena bola.

Sozinha.

Odeio ver ela assim. Pelo menos quando ela estiver na minha
casa, posso segurá-la em meus braços, onde é seu lugar. Meus
meninos e eu conversamos com ela e a fazemos rir. Ela é nossa.

Aqui, no seu suposto lar, ela está perdida e solitária. Deixa-


me doente. Mas nosso relacionamento ainda não é exatamente uma
notícia pública. Foda-se, como quis gritar com sua mãe na noite em
que a deixaram sair do hospital e dizer a ela que Ava voltaria
para casa comigo. Algo me impediu. Assim como agora... Não

K. WEBSTER
consigo encontrar em mim mesmo forças para invadir e destruir seu
mundo.

Uma sombra passa pela janela me assustando. Um momento


depois, a porta da frente se abre e Judy sai. Ela ainda está usando
seu uniforme de hospital, mas o cabelo castanho claro não está
mais num rabo de cavalo. Sem palavras, ela tira um cigarro do bolso
e acende. O brilho alaranjado é intenso antes que ela o afaste para
exalar uma nuvem de fumaça.

"Você é seu chefe, hein?"

Nós dois sabemos que essa é uma pergunta carregada.

Sou muito mais do que o chefe.

“Ela me ajuda com meus filhos, sim."

Ela dá outra tragada. "Ela deve ser uma boa babá, se está
rastejando na minha varanda no meio da noite para ver como ela
está." Seu tom é frio.

Endireito minha altura e ando até ela. Ela me oferece o


cigarro, mas recuso.

“Ava é...”

"Apenas uma garota", ela termina. Seus olhos estreitos


encontram os meus. Em algum lugar abaixo da mulher durona está
uma mãe que se preocupa com a filha.

"Ela é madura para a idade."

Judy bufa. "Certo."

Olho para ela. “Ela está com a cabeça focada. Muito mais que
a maioria das mulheres com o dobro de sua idade."

Ela tensiona. “Foda-se, garoto rico. Acha que pode entrar em


nossas vidas, acenar para minha filha e depois roubá-la? O que
quer dela? Ela não é experiente. Ela é quieta, tímida e focada

K. WEBSTER
na escola. O que possivelmente poderia atraí-lo para alguém assim
quando pode claramente ter qualquer boneca Barbie lá fora? Ela
mal tem dezoito anos. E você tem o que? Quarenta?"

Esfrego meu rosto com a palma da mão. Ela faz com que
pareça tão frio e direto. Não é desse jeito. Ava preenche partes de
mim que faltavam. Ela me torna completo novamente.

"Ela merece muito", murmuro. Não acho que tenho palavras


para descrever completamente como me sinto sobre sua filha. Eu
tento mesmo assim “Ela é tão inteligente e atenciosa. Qualquer
humano decente é atraído por ela. Ava me faz sentir como eu de
novo - não esse maldito robô que me tornei. Ela coloca vida no meu
mundo."

Ela franze a testa para mim e dá outra tragada no cigarro.


"Ela tem dezoito anos", ela me lembra. “Eu tinha dezoito anos
quando a tive. Foi a pior decisão da minha vida”.

Estremeço e fico boquiaberto com ela como se tivesse perdido


a cabeça.

“Não me arrependo de tê-la", diz ela com um suspiro. “Só


lamento ter colocado minha carreira em espera. Lamento ter casado
com o pai dela porque não éramos bons juntos. Nós fizemos o
trabalho porque nenhum de nós estava interessado no divórcio,
mas não éramos felizes. Quando ela ficou mais velha, voltei para a
escola e me graduei. Pareceu um pouco tarde demais. Eu tenho
quase trinta e seis anos e estou fazendo o trabalho pesado que uma
nova enfermeira faria. Se tivesse começado mais jovem, seria muito
mais importante na minha carreira. Eu poderia ter ganho dinheiro
mais cedo e ser capaz de viver num lugar melhor do que este."

Cerro meus dentes. "Mas você não teria Ava. Ela é tudo."

Seus ombros relaxam. “Ava é tudo que não sou. Às vezes


quero sacudi-la e dizer a ela que o mundo é muito mais difícil do
que ela pensa."

K. WEBSTER
Vou me certificar de que o mundo de Ava nunca seja difícil.
Eu vou mantê-la e protegê-la.

"Ela merece ter o apoio de sua mãe, não importa o que",


murmuro.

Ela ri, mas não é nada como o riso de Ava. Este é frio e
amargo. "Apoio? Você quer que a apoie namorando um homem com
idade suficiente para ser seu pai? É assim? Vocês namoram ou
chamam isso de foder?

“É muito mais que isso. Somos algo especial."

"Bem, isso não é maravilhoso", diz ela com falsa alegria. “O


que acontece quando você cansar de foder uma adolescente? O que
acontece quando ela acabar grávida e de volta à minha porta?
Huh?” Sua voz levanta algumas oitavas enquanto ela acena o
cigarro no ar. "Vou te dizer o que acontece. Ela entende isso.” Ela
aponta para o trailer. "Felizes para sempre." Seu corpo treme de
raiva. Ela apaga o cigarro e acende um novo.

"Quero que ela venha morar comigo."

"Não."

“Judy...”

“Ela está passando por muita coisa agora, Sr. Blakely. Minha
filha foi agredida na escola e tem uma maldita concussão. A luz que
vivia em seus olhos não está lá agora. Você precisa deixá-la
respirar.”

Mon petit oiseau não precisa respirar, ela precisa que eu


cuide dela porra.

"Por favor." Eu a amo. Resisto em dizer isso porque Judy não


parece do tipo que responde bem a corações e flores. Ela está
cansada e dura. O completo oposto da minha doce Ava.

K. WEBSTER
"Ouça", diz ela com um suspiro. “O fato de estar aqui como
um maldito perseguidor diz muito. Entendi. Ava é muito querida. As
pessoas a amam. Mas eu não posso deixa-la tomar uma decisão
precipitada. Não como eu fiz. Ela precisa de tempo para pensar.
Não vou ter você ferrando ela. Ava é muito impressionável e
inocente. Como mãe, é meu dever protegê-la."

Um rosnado ressoa de mim, mas ela dá de ombros.

“Vá para casa, Sr. Blakely.”

******

Ela me pediu para dar um pouco de espaço a Ava.

Eu tentei.

Porra, como tentei.

Mas não aguentei outro momento imaginando Ava sozinha


no trailer. Ela não era ela mesma quando eu ligava ou visitava. A
pobre menina perdeu muitas aulas. Tudo o que era importante
para ela, de repente não é mais.

Escola. Paris. Os meninos. Eu.

Tudo acabou com um simples chute na cabeça.

Quase enlouqueci me preocupando com ela.

Já tive o suficiente, e é por isso que ela agora está


lentamente colocando suas coisas em minhas gavetas. É o lugar
dela. Comigo e os meninos. Onde podemos manter sua companhia
e trazer sorrisos para seu lindo rosto.

Deus, sinto falta dela sorrindo.

"Nolan Jenkins."

K. WEBSTER
Ava fecha a gaveta e franze a testa para mim. "Quem?"

“O garoto que atacou você e Lacy Greenwood. Seu nome é


Nolan Jenkins. O garoto tem uma ficha de um quilometro. Como
tem dezoito anos agora, suas ações estão finalmente tendo
consequências.” Temos sorte de um dos amigos de meu amigo
Dane, Max, ser o juiz que lidou com o caso. "Vitoria garantida.
Punição máxima.”

Seu corpo relaxa um pouco. "Bom."

Seguro suas bochechas em minhas mãos. Incomoda-me o


quão oca ela parece. Eu vou consertá-la.

"Quando foi a última vez que tomou banho, fedida?" Eu


provoco.

Seus lábios se contraem de um lado. "Eu não sei."

"Como sempre disse aos meninos crescendo", digo com um


sorriso. "Se não consegue lembrar, é hora de tomar banho."

Ela torce o nariz e é o primeiro sinal da minha doce Ava que


vejo em um tempo. Meu coração se agita no peito.

"Posso te dar um banho de espuma se quiser", digo.

Ela franze a testa. "Eu esperava que pudéssemos tomar


banho juntos."

Eu a puxo e abraço minha garota. "Claro que podemos. Eu


não queria te pressionar."

Seus braços apertam minha cintura. "Talvez eu precise ser


pressionada."

Essa é toda a permissão de que preciso. Eu a coloco em


meus braços e me deleito com o belo som de seu grito. Deus, senti
falta dela. Vou para meu enorme banheiro e a coloco no balcão.
Ela ri quando rasgo suas roupas. Seu corpo é tão perfeito

K. WEBSTER
quanto me lembro antes do incidente. Faz apenas uma semana e
meia, mas parece uma vida inteira.

Assim que preparo tudo e tiro minhas próprias roupas, tiro-


a do balcão e a carrego até o grande chuveiro de ladrilho de
ardósia. Há muito tempo, investi em chuveiros duplos, por isso é
perfeito para duas pessoas ao mesmo tempo. Eu a coloco sob um
jato para que ela possa molhar o cabelo antes de localizar um
frasco de shampoo que comprei para ela. Depois que esguicho um
pouco do liquido com aroma floral na minha mão, começo a lavar
suavemente seu cabelo. Ela geme enquanto eu cuido dela. O som
vai direto para meu pau e fico imediatamente duro. Ignoro a
necessidade que pulsa por mim para que possa lavá-la.

Estou tão focado na minha tarefa que quando uma pequena


mão segura meu pau, solto um grunhido de surpresa. Ela inclina
a cabeça para trás para enxaguar o cabelo, mas sua mão me
acaricia de maneira carente. Coloco as mãos nos quadris e encaro
seu lindo rosto enquanto ela me toca. Uma vez que sua espuma é
lavada, deslizo a mão entre suas coxas. Se ela vai me dar prazer,
retribuirei o favor. Sua respiração falha quando encontro seu
clitóris.

"Quinn..."

Aquela voz.

Foda-me.

Rouca, suplicante e necessitada como o inferno.

“Sim, mon petit oiseau?”

"Eu sinto muito." Seu lábio treme e seus olhos estão cheios
de lágrimas. "Não sei o que está errado comigo."

"Shhh", murmuro enquanto a abraço, minhas mãos


apertando seu traseiro arredondado. Ela envolve as pernas em
meus quadris quando a levanto. Beijo seu rosto todo num

K. WEBSTER
esforço para acalmá-la. Acontece que tudo que ela quer é meu pau
para confortá-la, porque ela esfrega a buceta contra mim
enquanto implora para eu fazer amor com ela.

Ela é mimada.

Apenas como a quero.

Não nego nada a essa doce menina. Especialmente meu


pau.

Agarrando minha ereção entre nós, deslizo em seu corpo


quente até que ela esteja completamente sentada em mim. Nossos
olhos se encontram um momento antes dos nossos lábios fazerem
o mesmo. Parece uma reunião. Como se eu fosse capaz de passar
através da tristeza e confusão para encontrar meu pequeno
passarinho. Ela pertence aos meus cuidados. Na gaiola que
projetei para ela porque ela é minha para amar.

Amar.

O pensamento me atinge como uma tonelada de tijolos.

De repente, preciso contar a ela mais do que preciso da


minha próxima respiração.

“Je suis fou de toi 11 ", murmuro, com os lábios pairando


contra os dela enquanto a apoio contra a parede.

"Sou louca por você também", ela responde com um sorriso


antes de atacar meus lábios.

Dou mais do que desejava, mas ela aceita. Deus, essa garota
sempre aceita. Suas unhas se tornam garras enquanto ela as

11 Je suis fou de toi – Significa Eu sou louco(a) por você em francês.

K. WEBSTER
enterra nos meus ombros. Repetidamente ela diz meu nome. Com
seu corpo escorregadio no meu aperto, fodo-a.

Eu te amo.

Você é minha.

Você não vai a lugar nenhum.

Seu corpo deve ler as mensagens que estou enviando


porque ela goza com força ao meu redor. Quase desmaio de prazer
quando sua buceta apertada estrangula meu pau. Uma das
vantagens de namorar Ava é a buceta dela ser o sonho de qualquer
homem. Mas ela é minha. Toda minha. Ninguém nunca vai tocar
essa buceta além de mim.

Gozo rápido e sem aviso prévio. Meu gozo jorra dentro dela,
marcando-a como minha.

Nós realmente devemos falar sobre nosso futuro, porque


tenho certeza que acabei de engravidá-la seis vezes.

"Por que está sorrindo?" Ela murmura, com a voz cansada


e um sorriso preguiçoso. Porra, ela é linda.

"Estou pensando em como somos irresponsáveis quando se


trata de sexo."

Sua boca abre. "Oh"

“Eu provavelmente te engravidei. Com gêmeos. Talvez até


trigêmeos", digo com uma risada brincalhona.

Ela grita, mas depois pisca rapidamente para mim. "Espera.


Que dia é hoje?” Sua repentina mudança de humor me assusta.

"Vinte e seis. Por quê?"

Seus olhos fecham e sua boca se move enquanto conta.


Então ela tensiona, o que faz meu pau ainda dentro dela

K. WEBSTER
endurecer também. Quando seus olhos reabrem, terror cintila
neles.

"O que há de errado?".

“Eu deveria ter começado meu período há alguns dias.”


Suas bochechas queimam. "Quinn, acho que perdi meu período."

Pressionando um beijo em sua boca, tento acalmá-la.


"Relaxe, querida. Amanhã vamos comprar um teste."

Meu pau está dolorosamente duro com o pensamento de


seu estômago inchado com meu bebê. Começo lentamente a
empurrar nela até que ela esteja choramingando de necessidade.
Eu a beijo forte até que ela está sem fôlego e goza de novo ao redor
do meu pau. Se ela não está grávida, tenho certeza que vai
acontecer.

"Sans toi, je ne suis rien 12 ", sussurro contra seus lábios


enquanto libero mais do meu gozo dentro dela.

Sem você, eu não sou nada.

Essa é a porra da verdade.

Fui uma casca de homem andando por esta vida. Mas então
Ava veio como o sol filho da puta e me aqueceu. Ela derramou
amor e luz em mim. Fez-me humano novamente.

"Je t'aime 13 ." Afasto-me um pouco para poder ver seus


lindos olhos em minha proclamação de amor.

Seus olhos são brilhantes e bonitos enquanto ela diz as


palavras que quero ouvir. “Je t'aime, Quinn Blakely.”

12 Sans toi, je ne suis rien – Significa Sem você, eu não sou nada em francês.
13 Je t'aime – Significa Eu te amo em francês.

K. WEBSTER
******

“Como pode não gostar de Vin Diesel?” Aiden exclama,


jogando as mãos no ar com exasperação.

Anthony dá de ombros e joga um Milk Dud para ele. "Acho


que ele tem uma cabeça grande."

Ava bufa do meu colo. Já faz algumas semanas que minha


namorada se mudou para cá. Tive que contar a Anthony. Ele olhou
para mim como se eu tivesse três cabeças e simplesmente disse:
"Dãr". Aparentemente, meu amor por ela não é escondido
facilmente e meu filho descobriu.

"Deixe-me adivinhar", argumenta Anthony. "Você gosta


porque ele é gostoso."

Ela ri. "Sou mais fã de Paul Walker.”

“Ha!” Aiden exclama. "Eu ganhei. Papai, diga a ele que


veremos Velozes e Furiosos."

"Já vimos mil vezes!" Anthony grita.

"Deixe-o assistir seu filme de garota, Aiden", provoco.

"Vocês são péssimos", Anthony resmunga, desistindo da


luta enquanto Aiden coloca o filme que ele e Ava querem ver.

Não perco o sorriso puxando seus lábios. Ava é boa para


nossa família. Ela nos uniu. Quatro pessoas solitárias e tristes
encontraram o caminho umas para as outras. Ela é meu tudo e
gosto de pensar que ela sente o mesmo por mim. Por causa dela,
comecei a passar mais tempo em casa e menos no escritório.
Minha empresa é bem sucedida. Não preciso trabalhar como um
louco. Contratei algumas pessoas para assumir parte da minha
carga de trabalho para poder me concentrar no que é
importante.

K. WEBSTER
Minha família.

No que diz respeito aos garotos, suas notas estão altas e eles
estão se destacando na escola. Sammie ficou por dois dias antes
de voltar para a Califórnia. Meus filhos ficaram felizes em ver a
mãe, mas também ficaram desapontados, especialmente quando
ela foi embora. De certa forma, a visita ajudou a aproximá-los de
mim. Eles começaram a entender por que sou tão rigoroso e me
preocupo com eles. É porque os amo. Quero que tenham uma boa
vida.

E estou tentando, com a ajuda de Ava, dar-lhes mais


liberdade. Foi difícil no começo, mas ela me distrai. Anthony
realmente amadureceu nas últimas semanas. Ele se oferece para
ajudar em casa e é bom para Ava. Em troca, tento dar-lhe mais
liberdade. Eles não precisam mais de babá. Ambos provaram que
são responsáveis o suficiente para ficarem sozinhos em casa. Ava
ainda os ajuda depois da escola, mas em vez de ser babá, acho
que Aiden e Anthony assumiram a responsabilidade de cuidar
dela. Ela carinhosamente os chama de guarda-costas da escola.
Nolan Jenkins não é mais uma ameaça, mas meus garotos não a
deixam fora de vista.

Distraidamente, puxo um Milk Dud da caixa e o seguro nos


lábios de Ava. Ela aceita o doce, mastigando alegremente
enquanto se aconchega contra mim. Tenho mais felicidade nas
noites de sexta-feira - o que agora consideramos a Noite de Cinema
Familiar. Ava se enrola no meu colo e meus filhos ao meu lado.
Perfeito.

E em breve teremos outro na mistura.

Coloco minha palma contra o estômago liso da minha


garota. Ela estava certa quando pensou que perdeu seu período.
Quando foi para o hospital e confirmou com um exame de sangue
que sua mãe fez, foi oficial.

K. WEBSTER
Ava está carregando meu bebê.

Ou bebês, como gosto de provocar.

Ela parece um pouco apavorada toda vez que menciono o


fato de ter produzido múltiplos uma vez antes e certamente posso
fazê-lo novamente.

Mas o terror diminui quando prometo que vou cuidar dela.


Soube disso no dia em que a conheci - ela é minha.

Mon petit oiseau.

Meu pequeno pássaro.

Só tive que colocá-la na minha gaiola.

Para sempre.

K. WEBSTER
CAPÍTULO QUINZE

Ava

Dia da formatura

“Alguma vez pensou que fossemos chegar tão longe?”,


pergunta Olivia, movendo-se nervosamente enquanto esperamos
para subir ao palco.

"Para nos formar?" Pergunto, confusa. "Sim."

Ela joga seu longo cabelo escuro por cima do ombro. "Parece
surreal agora que está aqui."

"O que ela quer dizer é que ela tem passado mais tempo na
cama de certa pessoa em vez de estudar", River diz ao lado. "Ela
não achou que fosse passar."

"Tanto faz." Olivia ri, mas o vermelho dominando sua


garganta me diz que talvez haja alguma verdade nessa história.

"Oi, Ava", uma voz suave cumprimenta. Olivia e River


trocam um olhar irritado quando Lacy se aproxima de mim.

"Ei", digo com um sorriso.

Depois que Nolan me chutou na cabeça e finalmente


comecei a voltar para a escola, Lacy me procurou e agradeceu. Ela
estava passando por um momento difícil, mas disse que estava
pronta para pedir ajuda. Sua mãe a levou para receber
aconselhamento. Sentamos juntas na hora do almoço e ela até
vai a casa de Quinn algumas vezes para estudar comigo.

K. WEBSTER
Olivia e River são céticas em relação a sua mudança repentina de
comportamento, mas parece genuína para mim.

“As garotas e eu estávamos pensando em fazer pedicure no


domingo para comemorar. Quer vir?” Pergunto.

Seus lindos olhos azuis se iluminam, mas então ela franze


a testa. "Oh, espere. Eu não posso no domingo. Igreja."

Olivia bufa. "Desde quando você vai à igreja, Lace?"

"Desde agora", diz Lacy, com as bochechas vermelhas. Não


a sondarei na frente de nossos amigos, mas anoto para perguntar
sobre isso depois.

Nós conversamos sobre temas mais seguros - meninos em


particular. River e Olivia continuam de boca fechada sobre seus
namorados, mas digo a elas sobre Quinn. Estou falando sobre
como ele me levou da minha casa para a sua quando alguém me
faz cócegas por trás.

Grito e viro para franzir o cenho para Anthony. “O que está


fazendo aqui atrás? Você não tem permissão!"

Ele sorri, o mesmo olhar que seu pai me dá quando está


sendo travesso. "Eu faço o que quero, Aves."

Reviro meus olhos e encontro o olhar de Olivia. Ela diz: "Ele


é tão grande."

E ele é. O menino é um gigante. Aos quinze anos, ele é tão


alto quanto Quinn. Ele é feroz como o pai também. Quando toda
essa porcaria caiu com Nolan, não foi Chad Acres quem me
salvou. Nolan acertou Chad no queixo e o derrubou. Foi Anthony
que veio por nós como um touro e me socorreu. Anthony
provavelmente teria quebrado muito mais do que o nariz de Nolan
se o treinador não o tivesse puxado para longe. Desde então,
Anthony e eu nos ligamos. Ele é como o pequeno, porém

K. WEBSTER
gigantesco irmão mais novo que nunca tive. Amo a ele e Aiden.

"Papai está andando no auditório. Ele está tenso pra


caralho”, Anthony treme quando coloca um braço por cima do
meu ombro.

Sorrio e arqueio uma sobrancelha. "Ele está tenso? Eu sou


aquela que tem que fazer um discurso na frente de mais de mil
pessoas.”

"Oh, eu sei", Anthony geme. “Ele continua se preocupando


que algo vai acontecer. Que alguém vai te chatear. Basicamente,
ele está preocupado que tenha que subir no palco e mandar todo
mundo se foder antes de levá-la para o pôr do sol."

"Você é um idiota. E não diga palavrões”, repreendo.

"Ok, mãe", ele brinca, mas uiva quando dou um soco em


suas costelas.

Gargalho e bufo. “É melhor correr, garoto grande. O


treinador Long está vindo para cá e não parece feliz.”

Os olhos de Anthony se arregalam e ele se lança entre


outros estudantes para se esconder do treinador. Quando o
treinador se aproxima, ele pisca para River antes de sorrir para
mim.

"Está pronta para derrubá-los, senhorita Prince?”

Concordo com a cabeça, mas minha confiança falha quando


ouço a voz acentuada de Madame Clare pedindo a atenção de
todos logo depois da cortina do palco. "Gostaria de receber a
oradora da Brown Senior High, Ava Prince! Parabéns, ma
choupette!"

Respirando fundo, ando com as pernas trêmulas passando


pelas cortinas e para o palco. O embaraço aquece minha pele.
Tenho medo de olhar no meio da multidão, porque no

K. WEBSTER
momento em que vejo todas as pessoas, fico preocupada em
desmaiar.

Mas então eu sinto.

Ele.

Olhos acinzentados queimando buracos através de mim.

E de repente estou sozinha. Com ele.

Somos as únicas duas pessoas no auditório.

Meu olhar encontra o dele e quando colidem, uma calma me


domina. Quinn está aqui. Ele nunca vai me deixar cair porque está
aqui para me pegar. Meu protetor. Seus olhos vagam por meu
corpo pequeno, mas o lindo vestido azul que ele comprou para
mim está escondido pela túnica preto. Nosso pequeno segredo
também, mas minha mãe e os meninos sabem. Com o tempo,
compartilharemos com o mundo, mas, por enquanto, é nosso. Ele
dá uma piscada que me aquece antes de cruzar os braços e acenar
para eu continuar.

Vou até o microfone.

Eu posso fazer isso.

Eu já fiz.

******

“Ava! Meninos!" Quinn berra do andar de baixo. "Desçam


aqui."

"Estou indo!" Grito de volta abandonando o livro de gravidez


que lia e desço as escadas. Passos pesados soam atrás de mim e
quando chegamos em baixo, Aiden joga um braço por cima do
meu ombro.

K. WEBSTER
"O que acontece, pai?"

Quinn sorri para nós. "Arrumem as malas."

Franzo meu nariz em confusão. "Vamos ver seu tio no


Texas?"

Ele mencionou isso algumas vezes, mas também se


certificou de que eu tinha meu passaporte e não preciso de um
para ir ao Texas. Em várias ocasiões desde a graduação, há
algumas semanas, eu o peguei tentando planejar essa viagem
"secreta". Eu me ofereci para ajudar algumas vezes, mas ele
sempre me diz que é seu trabalho cuidar de mim. Ontem à noite,
tentei ajudá-lo novamente e ele me pegou. Então, montei suas
coxas, abri o zíper da calça e cuidei dele. Com a boca.

"Algo assim", ele diz enigmaticamente. "Vamos. Precisamos


sair dentro de uma hora."

Meu gato Lemon esfrega contra minha perna e o pego. Nós


finalmente voltamos para o trailer da mamãe para pegar o resto
das minhas coisas, incluindo meu doce gato. "Quem vai cuidar de
Lemon?"

"Sua mãe. Vamos deixá-lo no caminho para o aeroporto."


Ele se inclina para frente e beija meu nariz. "Vamos, rapazes."

Estou completamente no escuro.

Enquanto fazemos as malas.

No caminho para mamãe. Não perco o sorriso no rosto dela.

A viagem inteira até o aeroporto.

Não é até que estamos passando pelas portas e ele entrega


meu bilhete que tudo se encaixa.

França. França. França.

Puta merda.

K. WEBSTER
"Quinn", sussurro.

Ele aperta minha mão. "Apenas vamos, mon petit oiseau."

Com lágrimas nos olhos, faço o que ele diz. Eu apenas vou
com ele.

******

Olho pela janela enquanto a chuva cobre as calçadas de


Paris. Tento memorizar todos os detalhes. Nosso último dia
deveria ser gasto explorando todas as partes da cidade que ainda
não vimos. Mas como está chovendo e a meteorologia mostra
chuva o dia todo, Quinn alugou um XBOX e disse aos garotos que
poderiam jogar e pedir serviço de quarto. Eles estão animados.
Não só por isso, mas também pela privacidade que têm. Quinn
pediu suítes adjacentes para nós. Os meninos parecem crescidos,
mas ainda estão próximos o suficiente se precisarem de alguma
coisa.

Olho para Quinn que dorme na cama. Ainda estou em


choque, ele fez isso por mim. A viagem de dez dias a Paris foi um
completo choque. Nunca sonhei que iríamos juntos, mas acabou
sendo uma surpresa muito agradável. Ele até coordenou para
quando Madame Clare e os outros estavam aqui. Pude ir com
meus colegas para alguns dos museus e outros passeios. Foi além
de atencioso.

Vejo-me encarando seu peito esculpido. O lençol cobre seu


pau nu e grosso, mas flácido contra a coxa. Ele é tão lindo. E meu.

Estou sorrindo enquanto meu olhar o percorre do peito até


o rosto. Quinn pode ser vinte e cinco anos mais velho, mas nunca
sinto a diferença de idade entre nós. Somos apenas Ava e Quinn.
A necessidade de tocá-lo é esmagadora. Deslizo o peitoril da

K. WEBSTER
janela e jogo meu robe macio no chão. Estou nua e quando olho
para baixo, outro sorriso brinca nos meus lábios ao ver meu
estômago levemente inchado.

Não posso acreditar que estou grávida.

"Agora, essa é uma memória que quero guardar em meu


cérebro para sempre", diz Quinn, sua voz rouca de sono. "Deus,
você é linda."

Levantando o olhar para o dele, sorrio. "Você também."

"Venha cá, querida."

Rastejo para a cama ao lado dele e moldo meu corpo nu ao


seu. Ele me rola para que ele possa tocar meu estômago. Ele faz
isso com frequência. Faz meu coração acelerar contra o peito. O
amor que brilha em seus olhos é quase demais para suportar.

"Ainda pensando em nomes?" Ele murmura, com a boca


encontrando meu mamilo.

"Gosto de Emily e Elise."

Ele beija meu peito antes de me olhar. "Tão certa do sexo,


hein?”

Um sorriso tímido puxa meus lábios. "Sinto que são


meninas." Quando o médico me disse que havia dois batimentos
cardíacos, quase desmaiei.

Gêmeos.

Quinn estava certo.

“E se forem garotos? Ou um de cada?”, ele desafia.

"Eu ficarei feliz com o que tivermos", digo alegremente.

Ele começa a dar beijos por meu peito, descendo ao longo


do meu estômago inchado, para meu sexo. Gemo quando ele

K. WEBSTER
roça contra minha buceta com o nariz. Ele é tão animalesco às
vezes. Tão homem das cavernas. Às vezes quero ficar brava com o
fato de que ele insiste em me carregar praticamente em todos os
lugares, mas depois lembro-me do quanto ele gosta de cuidar de
mim. E verdade seja dita, eu também gosto.

Sua boca trava em meu clitóris e grito de surpresa. Quinn


tem uma maneira de me distrair de tudo nesta vida, exceto ele.
Estou feliz em seus braços e em seu coração. Todo o resto é apenas
a cereja no topo do bolo.

Gemo quando ele chupa meu clitóris latejante. Seus dedos


são gentis enquanto ele desliza dois dentro de mim para localizar
meu ponto G. Não há um dia em que Quinn não me dê vários
orgasmos. Eu os tomo avidamente.

Não demora muito para ele me deixar num frenesi. Ainda


estou tremendo com um orgasmo quando ele remove os dedos e
os substitui com seu pau. Lentamente, ele empurra dentro de
mim. Uma vez que abaixa seu corpo contra o meu, ele me beija
lentamente.

"Eu te amo", ele profere. "Quero lhe dar o mundo."

Corro meus dedos por seus cabelos e sorrio. "Quinn, você já


deu."

"Não", ele franze a testa com o pau dentro de mim. "Ainda


não. Em breve."

Seus dedos se enroscam nos meus e ele os prende na cama


enquanto me olha com uma expressão séria. "Case comigo. Por
favor, Ava. Eu te quero. Os bebês. Tudo isso. Diga-me que sente o
mesmo."

Pisco as lágrimas. "Sério?"

Sua boca pressiona a minha e ele empurra lentamente


para dentro de mim. "Sério. Por favor, diga sim.” Gemo

K. WEBSTER
quando a boca dele encontra meu pescoço e ele chupa a pele até
encontrar o lóbulo da minha orelha. Sua respiração quente na
minha pele sensível me deixa louca. "Diga sim, mon petit oiseau."

“Oui”.

K. WEBSTER
EPÍLOGO

Dois anos depois

Quinn

"Quem quer panquecas?" Aiden grita do fogão.

Jayden grita e chuta a cadeira alta. "Pancay!"

Sua excitação deixa Joseph louco porque ele começa a gritar


também. "Pancay!"

Eu rio enquanto tomo meu café. Esses garotos são minha


vida. Todos os quatro. Aiden e Anthony são bons irmãos. Eles me
deixam tão orgulhoso.

“Já encontrou um emprego?”, pergunto a Anthony.

Ele olha para cima de seu telefone e geme. "Ainda não.


Tenho uma entrevista com a Sra. Sung ao meio-dia. De acordo
com o anúncio, o marido faleceu e ela está tendo problemas para
manter o quintal e a piscina.”

"Parece promissor", digo e coloco minha xícara para baixo.


"O quintal é algo que pode cuidar e parece que pode ser flexível
com a escola e os esportes."

K. WEBSTER
Ele concorda. "Além disso, é melhor do que trabalhar numa
loja de donuts."

Aiden bufa. "Você está apenas com ciúmes. E é um café.


Nós vendemos mais do que apenas donuts. Ava nunca reclama do
meu trabalho. Na verdade, ela vem a cada turno me visitar."

Gargalho, o que faz Jayden e Joseph rirem também, mesmo


que não tenham ideia do que estão rindo. Claro, tenho uma boa
vida, mas sempre quis que meus garotos entendessem que tem
que trabalhar duro pelas coisas da vida. Não quero que cresçam
mimados. Se quero que eles se tornem bons homens, algumas
coisas simplesmente têm que ser feitas.

Como ter empregos em tempo parcial.

“Falando de Ava. Onde está minha esposa?"

"Você conhece Aves", diz Aiden quando pega dois pratos de


panquecas que cuidadosamente corta para os gêmeos. “Ela estava
acordada ao raiar do dia e foi ao supermercado.”

Mais cedo, ela saiu da cama depois de me dar o melhor


boquete de aniversário e foi para a loja. Nunca fui de aniversários,
mas minha esposa vive para eles. Todo mundo recebe uma grande
festa agora que ela está no comando. Eu sorrio. Ela é certamente
responsável por aqui. Cada um dos garotos dessa casa está
enrolado em seu dedinho.

Como sugestão, ouço a porta da garagem abrir. Segundos


depois, a da casa também se abre. Ela entra carregando um
enorme bolo. Os bebês gritam com a boca cheia de panquecas ao
ver sua mãe. Meus olhos caem para minha linda garota enquanto
ela coloca o bolo no balcão. Hoje ela está usando um vestido de
verão amarelo que se encaixa confortavelmente seu estômago
gigante. Por estar carregando apenas um filho dessa vez, ela está
maior do que ela esteve com os gêmeos.

K. WEBSTER
Desta vez teremos uma garota.

"Feliz aniversário, papai", ela grita e me dá um sorriso doce.

"Como estão minhas meninas?" Pergunto e recuo na cadeira


para que ela possa sentar no meu colo.

Ela beija cada gêmeo no topo de suas cabeças escuras e


bagunça o cabelo de Anthony antes de sentar na minha coxa.
"Bem. Cansada. Ela está inquieta."

Seguro seu estômago grande e beijo seu pescoço. “Se


precisar tirar um semestre de folga, mon petit oiseau...”

Ela sacode a cabeça. "Estou bem. Não quero desistir tão


perto do fim. Vou tirar o verão de folga. Eu prometo."

Isso me satisfaz. Minha garota esperta nunca desistiu da


faculdade. Eu me ofereci para mandá-la para qualquer lugar que
quisesse. Ela acabou aceitando as bolsas que lhe foram oferecidas
e vai a uma universidade local. Fiquei satisfeito quando ela me
disse que queria ser professora de matemática. Ela é tão boa com
os meninos e seus estudos que sei que vai iluminar a vida de
muitas outras crianças.

"Aqui, mamãe", Aiden brinca quando coloca um prato de


panquecas na frente de Ava. Ela grita de excitação.

"É por isso que você é meu favorito", diz ela de brincadeira.

Anthony revira os olhos. "Isso não foi o que disse ontem,


quando ajudei a dobrar toda a roupa."

"Você também é meu favorito", ela sussurra como se fosse


um segredo.

Enquanto minha família conversa e ri durante o café da


manhã, meu coração continua a inchar. Ava me perguntou o que
eu queria de aniversário. Eu lhe disse nada.

K. WEBSTER
Mas é mentira.

Eu quero isso. As cinco pessoas que mais significam para


mim no mundo e uma pequena a caminho. Uma família. Amor,
riso e calor. Minha.

E já tenho isso.

K. WEBSTER

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