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Polinômios
Polinômios
francisco.freitasn@docente.igs.ed.ao
franfreitasjunior@hotmail.com
Lição nº 1
Polinómios
Objectivo: que os alunos saibam o que é um polinómio, como calcular seu valor
numérico, efectuar operações aritméticas, entre outros assuntos sobre este
importante conteúdo matemático.
Definição
Chamamos de função polinomial ou, simplesmente, polinómio a função
definida por:
Em que:
Grau de um polinómio
Exemplos
Valor numérico
O valor numérico de um polinómio P (x), para x = a, é o número que se obtém
substituindo x por a e efectuando todas as operações indicadas pela relação
que define o polinómio.
Exemplo
Considere o polinómio :
Raiz de um polinómio
Se P(a) = 0, o número a é chamado de raiz ou zero de P (x).
Exemplo 1
Considere o polinómio :
Exemplo 2
Sabendo-se que –3 é raiz de P(x) = x³ + 4x² - ax + 1, calcule o valor de a.
Resolução
Exemplo 3
Seja P(x) um polinómio do 2º grau. Sabendo-se que 2 é raiz de P (x), P(-1) =
12 e P(0) = 6, calcule P(3).
Resolução
(I)
(II)
Como P(0) = 6:
Assim:
Raiz de um polinómio
Exemplo 1
Considere o polinómio :
Exemplo 2
Sabendo-se que –3 é raiz de P(x) = x³ + 4x² - ax + 1, calcule o valor de a.
Resolução
Exemplo 3
Seja P(x) um polinómio do 2º grau. Sabendo-se que 2 é raiz de P(x), P(-1) =
12 e P(0) = 6, calcule P(3).
Resolução
(I)
(II)
Como P(0) = 6:
Assim:
Lição nº 2
Polinómios idênticos
Dizemos que dois polinómios A (x) e B(x) são idênticos (indica-se
) quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum
atribuído à variável x.
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Assim:
Portanto, a = 4, b = -3 e c = -3.
Polinómios idênticos
Dizemos que dois polinómios A (x) e B(x) são idênticos (indica-se
) quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum
atribuído à variável x.
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Assim:
Portanto, a = 4, b = -3 e c = -3.
Polinómios idênticos
Dizemos que dois polinómios A (x) e B(x) são idênticos (indica-se
) quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum
atribuído à variável x.
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Assim:
Portanto, a = 4, b = -3 e c = -3.
Lição nº 3
Operações com polinómios
Objectivo: que os alunos seguem os procedimentos de Álgebra estudados no Iº
Ciclo do Ensino geral.
Adição de polinómios
Exemplo:
Subtracção de polinómios
Exemplo:
Multiplicação de polinómios
Exemplo:
Adição de polinómios
Exemplo:
Subtracção de polinómios
Exemplo:
Multiplicação de polinómios
Exemplo:
Divisão de polinómios
Vamos pensar em uma divisão de números naturais. Dividir 7 por 5 significa
obter o quociente 1 e o resto 2. Podemos escrever:
Nessa divisão:
• A(x) é o dividendo;
• B(x) é o divisor;
• Q(x) é o quociente;
• R(x) é o resto da divisão.
Quando A(x) é divisível por B(x), dizemos que a divisão é exacta, isto é, R(x) =
0.
Exemplo 1
Determine o quociente
de :
Resolução
Como o grau do resto é menor que o grau do divisor, a divisão está encerrada.
Verificamos que:
Exemplo 2
Determine o quociente de :
Resolução
Lição nº 4
Teorema do resto
Objectivo: que os alunos conheçam e saibam aplicar o teorema do resto.
R(x) = 3
A raiz do divisor é .
Note que:
Note que o grau do resto é 0, pois é menor que o grau do divisor, que é 1.
Assim, o resto é uma constante r.
Efectuando , temos:
Teorema do resto
Exemplo
Resolução
x + 1= 0 x=-1
Teorema de D’Alembert
somente se .
r = P( )
Assim:
Exemplo
Resolução
Para que P(x) seja divisível por x – 2 devemos ter P(2) = 0, pois 2 é a raiz do
divisor:
Lição nº 5
Divisão de um polinómio por (x – a)(x – b)
Objectivo: que os alunos dominem o algoritmo de divisão de polinómios.
Vamos supor que um polinómio P (x) é divisível por (x – a) e por (x –b), sendo
a b . Será que P(x) é divisível pelo produto (x – a)(x – b)?
Exemplo 1
Resolução
Se P(x) for divisível por (x - 1) e por (x - 2), então P(x) será divisível por (x -
1)(x - 2).
- Sim.
- Sim.
Como P(x) é divisível por (x -1) e por (x - 2) então P(x) é divisível por (x - 1)(x -
2).
Exemplo 2
Um polinómio P (x), dividido por x – 1, dá resto 4; dividido por x +1, dá resto 2.
Qual o resto da divisão de P(x) por (x – 1)(x + 1)?
Resolução
Lição nº 6
Dispositivo prático de Briot-Ruffini
Objectivo: que os alunos dominem e possam utilizar o dispositivo prático de
Briot-Ruffini.
Portanto, .
Exemplo
Resolução
Temos:
Para aplicarmos o dispositivo de Briot-Ruffini, o coeficiente de x no divisor deve
ser 1. Nesse caso, utilizamos o seguinte artifício:
Fazemos :
Como :
Portanto, e .
Divisões sucessivas
Vamos supor que P(x) é divisível por (x – a) e o quociente dessa divisão é
divisível por (x – b).
Note que:
, então:
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Note que .
Lição nº 7
Equações polinomiais
Objectivo: que os alunos saibam definir equação polinomial e efectuar os
respectivos cálculos.
Exemplos
Exemplo 1
Qual é a forma factorada de , cujas raízes são 1, -
1 e 5?
Resolução:
Exemplo 2
Resolução:
Se 2 é raiz de P(x) , podemos obter o quociente Q(x) dividindo P(x) por (x – 2):
Lição nº 8
Multiplicidade de uma raiz
Objectiva: que os alunos saibam que as raízes de uma equação algébrica
podem ser todas distintas ou não. O número de vezes que uma mesma raiz
aparece indica a sua multiplicidade.
Exemplo 1
Exemplo 2
Resolução
Exemplos:
Raízes complexas
Vamos resolver a equação algébrica x² -2x + 2 = 0:
Consequências:
Raízes racionais
Dada uma equação algébrica de coeficientes
inteiros com
Observações:
Exemplo 1
Resolva a equação .
Resolução
P(6) =
P(-6) = 840 (- 6 não
1260 (6 não é
é raiz )
raiz )
P(-1) = 0 → -1 é
P(1) = 0 → 1 é raiz
raiz
S = {-3, -1, 1,
2}
Exemplo 2
Resolva a equação :
Resolução
{-3, -1, 1, 3}
Fazendo a verificação:
P(-3) = 0 → -3 é
P(3) = 120
raiz
P(1) = 0 → 1 é
P(-1) = -8
raiz
Q(x) = x² + 1
S = {-3, 0, 1,
-i, i}
Lição nº 9
Relações de Girard
Objectivo: que os alunos conheçam um pouco de historia da matemática.
Igualando os coeficientes:
Igualando os coeficientes:
...
Exemplo
Resolva a equação , sabendo que uma raiz é igual à
soma das outras duas ( ):
Resolução
Relação de Girard:
Q(x) = x² - 5x + 6
S = {2, 3,
5}
Lição nº 10
Sequências
Objectivo: que os alunos conheçam e dominem as sucessões (sequencias)
matemáticas
Definição de sequência
Matematicamente, denomina-se sequência qualquer função f cujo domínio
é .
Exemplo
Portanto, a sequência pode ser escrita como (2, 4, 6, ..., 2n, ...).
Observe que há uma lei de formação dos termos de uma sequência. A partir
de agora, vamos estudar duas formas diferentes de definir uma sequência: pelo
termo geral e por recorrência.
Exemplo
Exemplo
Portanto, a sequência pode ser escrita como (4, 7, 10, 13, ...).
Lição nº 11
Progressão aritmética
Objectivo: que os alunos saibam diferenciar uma sequencia de uma
progressão aritmética.
(1, 3, 5, 7, ...)
Exemplos
(2, 5, 8, 11, 14, ...) é uma PA de razão 3;
Genericamente:
,n
Note que em uma PA, subtraindo-se de cada termo o seu antecessor, obtemos
a razão r:
Genericamente:
Exemplo 1
Qual a razão da PA ?
Resolução
Exemplo 2
Resolução
A sequência é uma PA se, subtraindo de cada termo o seu antecessor, o
resultado for constante.
1 – (-2) = 3
4–1=3
8–4=4
Exemplo 3
Determine x na PA .
Resolução
Logo, .
Classificação de uma PA
Uma PA pode ser:
,n
• = primeiro termo
• = enésimo termo
• r = razão
• n = número de termos
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Exemplo 3
Resolução
Exemplo 4
Resolução
Exemplo 5
Sabendo que numa PA o 2º termo é 9 e o 11º termo é 45, escreva essa PA:
Resolução
Vamos escrever esses termos em função de e r:
,n
• = primeiro termo
• = enésimo termo
• r = razão
• n = número de termos
Exemplo 1
Resolução
Exemplo 2
Resolução
Exemplo 3
Resolução
Exemplo 4
Resolução
Exemplo 5
Sabendo que numa PA o 2º termo é 9 e o 11º termo é 45, escreva essa PA:
Resolução
Vamos escrever esses termos em função de e r:
Licao nº 12
Soma dos n termos de uma PA
Objectivo: que os alunos saibam calcular a PA.
Considere a PA finita:
Note que:
• 5 e 19 são extremos;
• 7 e 17 são termos equidistantes dos extremos;
• 9 e 15 são termos equidistantes dos extremos;
• 11 e 13 são termos equidistantes dos extremos.
Observe:
Como a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual a soma dos
extremos, a soma da PA é dada pela soma dos extremos vezes a metade do
Exemplo 1
Resolução
Primeiramente, temos de descobrir qual é o 10º termo dessa PA:
Exemplo 2
Resolução
Licao n º 13
Progressão Geométrica
Objectivo: que os alunos saibam definir progressão geométrica, ou
simplesmente P.G., como uma sucessão de números reais obtida, com
excepção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade
fixa q, chamada razão.
an = a1 . qn-1
an = 2 . (1/2)n-1
Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r
> 0, cada termo seu é maior que o anterior. Portanto, trata-se de uma
progressão crescente. Ao contrário, se tivermos uma progressão aritmética
com razão negativa, r < 0, seu comportamento será decrescente. Observe,
também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é
consequência directa do valor absoluto da razão, |r|. Assim, quanto maior for r,
em valor absoluto, maior será a velocidade de crescimento e vice-versa.
Exemplo:
Lição nº 14
Binómio de Newton
Introdução
Objectivo: que os aluno saibam e dominem os casos notáveis da multiplicação.
(a + b)4 =
(a + b)3 (a+b) =
(a3 + 3a2b + 3ab2 + b3) (a+b)=
a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4
Coeficientes binomiais
Sendo n e p dois números naturais , chamamos de coeficiente
Exemplos:
Se n, p, k e p + k = n então
2ª)
Se n, p, k ep p-1 0 então
Triângulo de Pascal
A disposição ordenada dos números binomiais, como na tabela abaixo, recebe
o nome de Triângulo de Pascal.
3ª) Cada elemento do triângulo que não seja da coluna 0 nem o último de cada
linha é igual à soma daquele que está na mesma coluna e linha anterior com o
elemento que se situa à esquerda deste último (relação de Stifel).
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21
1 + 4 + 10 + 20 = 35
1 + 3 + 6 + 10 + 15 = 35
• quando n = 0 temos
• quando n = 1 temos
• quando n = 2 temos
• quando n = 3 temos
• quando n = 4 temos
• quando n = 0 temos
• quando n = 1 temos
• quando n = 2 temos
• quando n = 3 temos
• quando n = 4 temos
deles é da forma .
FIM
OBRIGADO PELA ATENÇÃO
FRANCISCO DE FREITAS,MSc