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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE UBERABA-MG


VESTIBULAR DE INVERNO 2007

CONCURSO VESTIBULAR PROVA

JULHO 2007 1A
Provas: Língua Portuguesa, Literatura, Redação, Linha Inglesa e Língua
Espanhola.
INSTRUÇÕES

Você está recebendo um caderno contendo proposta de redação, 15 questões objetivas


de Língua Portuguesa e de Literatura, 10 questões objetivas de Língua Inglesa, 10
questões objetivas de Língua Espanhola.

OBS. VOCÊ DEVE FAZER APENAS AS 10 QUESTÕES DE LÍNGUA


ESTRANGEIRA ESCOLHIDA NO ATO DA INSCRIÇÃO.

Leia, atentamente, as questões e escolha, para cada uma delas, a resposta certa, lembrando que
há somente uma alternativa correta.

Assinale as alternativas de sua escolha no caderno e transcreva-as para o Gabarito usando


SOMENTE, caneta esferográfica de tinta azul ou preta.

Não haverá troca de gabarito.

ATENÇÃO: O candidato só poderá entregar a prova depois de transcorrida uma hora a partir
do seu início.

Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala de provas, até que os mesmos
entreguem as folhas de respostas e a redação.

O candidato deverá entregar: a Folha definitiva da redação juntamente com a Folha de


rascunho e o Gabarito.

DURAÇÃO DA PROVA: 3h30min

Boa prova!

Nº de inscrição:

Nome do candidato:
REDAÇÃO

INSTRUÇÕES

1. Não se esqueça de focalizar o tema proposto.

2. A sua redação deve necessariamente referir-se ao texto de apoio ou dialogar com ele.
Evite mera colagem ou reprodução.

3. Organize sua redação de modo que preencha entre 20 (mínimo) e 30 (máximo) linhas
plenas, considerando-se letra de tamanho regular.

4. Observe o espaçamento que indica início de parágrafo.

5. Use a prosa como forma de expressão.

6. Crie um título para a sua redação e coloque-o na linha adequada.

7. Use caneta esferográfica para transcrever a versão definitiva da redação. Evite rasuras.

8. Fuga do tema implica em anulação da redação.

9. O tempo para transcrição da redação na folha de versão definitiva está contido na


duração da prova, que é de 3h30min.

1
Texto I
Maioridade penal: um dilema social

Chamar um filósofo e um advogado para discutir temas como o da maioridade penal


parece insano. O filósofo, provavelmente, vai analisar as condições subjetivas partindo do
princípio da delimitação da infância e se ocorrer um crime neste período, se o indivíduo
possui ou não pleno juízo crítico. O advogado vai buscar razões objetivas fundamentadas em
lei e estabelecer um tempo de corte racional que generalize a situação.
Partindo do ponto de vista da ciência, a maioridade penal pode variar de 10 a 24 anos
de idade enquanto do ponto de vista jurídico, pode ser 18, como determina a Constituição
Federal do Brasil. Porém, há um novo projeto, tramitando no poder legislativo, que a reduz
para 16 anos.
Nesta entrevista, Wagner Jacinto de Oliveira aborda a questão da maioridade penal
sob as duas óticas: a do filósofo e a do advogado.
Wagner Jacinto de Oliveira tem 34 anos. É formado em Filosofia pela Universidade
Federal de Goiás, Pós-graduado em Filosofia Contemporânea pela Universidade Federal de
Uberlândia e graduando em Direito pela Universidade de Uberaba.
M – Antes de entender a questão da maioridade penal, há uma necessidade de se abordar
conceitualmente a infância. Como o filósofo define infância? E o advogado?
WJ – Penso como filósofo que a infância é um período da nossa vida em que estão presentes
a inocência e a pureza, necessárias para o acolhimento da verdade e para a participação no que
é moralmente correto.
Como advogado, comungo com a tese de que a fase da infância é um momento de maior
preocupação do Estado em preservar a integridade física, moral, psicológica dentre outras já
defendidas pela CF/88 e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Não há que se discutir se
a criança é de natureza boa ou má. Ela existe como pessoa e deve ser protegida como tal.

M – Na formação do juízo ou consciência, o ambiente familiar e o cultural são importantes?


WJ – Estou convicto de que sim. A família é a estrutura fundamental na construção da
personalidade da criança. É nesse ambiente que ela se forma e se amolda. Desde o nascimento
ela já está imbuída num contexto cultural: costumes, crenças e hábitos. Se somarmos os
ambientes familiar e cultural, teremos no futuro um adulto com valores éticos e morais.

M – E na infância, qual a importância de se pôr limites?


WJ – O limite é a forma de cercear a liberdade natural. Nesse cerceamento é mostrada à
criança a necessidade de respeitar o outro. Nasce aqui o valor pelo espaço individual e
coletivo.

M – É complicado aplicar a teórica à prática?


WJ – Não considero que seja complicado. O grande problema é este! A prática é resultado de
uma boa teoria. Quando os valores éticos, subjetivos são bem introjetados na teoria, de igual
modo se vivencia na prática.

M – As leis brasileiras se mobilizam a partir da comoção pública, como no caso ocorrido em


fevereiro deste ano com o menino João Hélio. Com os fundamentos filosóficos, dá para
pensar em leis que realmente diminuam a violência infantil?
WJ – A lei nasce para regular as relações numa sociedade. Se vivêssemos naquele estado de
natureza de bondade proposto por Rousseau, ela não precisaria existir. É na educação que está
a chave para a resolução das questões de violência seja infantil ou do adolescente.

M – E para o advogado, leis mais severas diminuiriam a criminalidade?


WJ – A questão da diminuição da criminalidade não está na severidade da punição, mas nas
políticas de recuperação do delinqüente. A severidade sem recuperação geraria adultos muito
mais desequilibrados e desestruturados.
2
M – O que é mais importante: tratar o indivíduo ou puni-lo?
WJ – Considero que o tratamento com responsabilidades e pautado em políticas de reinserção
é o melhor caminho.

M – A redução da maioridade penal resolveria as delinqüências juvenis?


WJ – Não. Existem tantos delinqüentes maiores de idade e estão aí à solta ameaçando a
sociedade! A questão não está ligada à maioridade e sim à qualidade de seres humanos que a
sociedade forma.

M – Em outros países não se tem uma idade penal, portanto até que ponto a faixa etária seria
uma atenuante ou agravante?
WJ – Ocorre que em países onde não se estabelece a faixa etária para punição, existem
políticas públicas voltadas para educação, cultura, lazer, moradia, trabalho, saúde e quaisquer
questões que garantam a dignidade da pessoa. Se ocorrer delinqüência, a solução é encontrada
na punição e aí, muito severa.

Texto 2

Como se pune no mundo


Em mais de 150 países, inclusive o Brasil, a idade mínima para alguém ser punido como
adulto é 18 anos. Os Estados Unidos e a Inglaterra são as exceções, com leis mais duras.

Inglaterra A partir dos 10 anos, o juiz decide a pena de acordo com a gravidade do
crime. O acusado pode ser julgado e condenado como adulto. Só cumpre pena
em instituições especiais.
EUA Em 26 dos 50 Estados, não há idade fixa – o juiz decide de acordo como caso
se o jovem será julgado como adulto. Há casos de adolescentes condenados a
50 anos de prisão.
Brasil A partir dos 12 anos, o infrator pode ser culpado de crime, mas, dos 12 aos 18
anos, o acusado cumpre pena em instituições para adolescentes. A pena
máxima é de três anos.
França A idade mínima para punição é 13 anos. Dos 16 aos 18, o infrator pode ser
preso. Não há limite para as penas, mas elas são menores que as de adultos,
cumpridas em instituições especiais.
Suécia A partir dos 15 anos, o cidadão pode responder por crimes cometidos. É raro
um menor de 18 anos ser preso. Se for, cumprirá pena em instituições para
adolescentes.
Polônia Dos 16 aos 18 anos, em caso de crimes graves como homicídio ou estupro, fica a
cargo do juiz decidir se o infrator será julgado como menor de idade.
Época, 7/05/2007.
PROPOSTA A

A partir da leitura dos textos, escreva um texto dissertativo argumentativo a respeito


do seguinte tema: A questão da maioridade penal no Brasil: dilema social e/ou político?

PROPOSTA B

Como cidadão brasileiro, sabendo do seu direito de pronunciar-se sobre a questão


polêmica da redução da maioridade penal, escreva uma carta argumentativa à revista
Época ou ao Senado colocando seu ponto de vista sobre a necessidade ou não de se reduzir a
maioridade penal no Brasil.

3
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Leia o texto para responder às questões de 01 a 04.

Responsabilidade política
Alba Zaluar

Muito se fala hoje sobre a responsabilidade social das empresas. Pouco se fala sobre
a responsabilidade política das novas lideranças comunitárias e ONGs que desenvolvem
projetos culturais. São elas que agora encaminham as tentativas de participação,
resistência ou reivindicação dos moradores das áreas pobres das cidades. Substituíram os
5 movimentos populares, hoje quase desaparecidos.
A responsabilidade política pode ser definida como a capacidade de transformar
necessidades, frustrações, ressentimentos locais em discurso político que conecte tais
fragmentos particulares em valores que repercutam em toda a sociedade. A defesa dos
destituídos não pode ser definida apenas pelo ressentimento ou pela frustração,
10 sentimentos negativos que não conduzem a nenhuma proposta política de transformação
social. A revolta tem que ser traduzida em defesa da igualdade, da eqüidade, da liberdade
para todos. Um jogo em que todos serão vencedores.
Ora, a ambigüidade de muitos dos projetos culturais para jovens faz justo o oposto.
Reforça o ressentimento, o ódio que vai ser depositado em quem não tem nenhuma culpa
15 no cartório. Alguns raps divulgados na internet conclamam os jovens da periferia a
assaltar, seqüestrar, matar os "playboyzinhos" de classe média baseados apenas na
diferença cultural entre eles. Não dá para construir uma saída para os destituídos com o
ódio e a destruição daqueles que não podem ser responsabilizados por essa destituição.
Por que em vez de estimular esses jovens a agir assim não vão fazer demonstrações
20 para exigir melhores escolas, melhor atendimento nas unidades de saúde, mais empregos,
um acesso universal ao direito de defesa e à resolução de conflitos com meios não
violentos?
Por que valorizar a arma, que é a armadilha do jovem pobre, a fazer crescer as
estatísticas de homicídio no país? A arma é um produto humano, manuseado e disparado
25 por seres humanos que sentem e pensam de certa maneira. Valorizar a arma significa
montar disposições interiorizadas pelos jovens que os fazem usar a arma para matar,
principalmente outros jovens como ele. É preciso, pois, haver programas educacionais
que desconstruam essa disposição para matar que contaminou tantos jovens em nosso
país.
Isso é urgente. Já estamos regredindo na educação para a civilidade, para os jogos
cooperativos em que todos ganham (e não apenas os pequenos grupos de aproveitadores),
para a tolerância entre diferentes. Era para começar ontem, em todas as escolas do país,
na mídia, nas músicas de nossos artistas.

Folha de S. Paulo, 11 de junho de 2007.

1) O narrador do texto expressa a seguinte opinião a respeito da responsabilidade:

a.( ) A única responsabilidade que deve nortear a sociedade é a social.


b.( ) A responsabilidade social é imprescindível para se ter a política a fim de se ter
justiça.
c.( ) Tanto a responsabilidade social quanto a política são importantes, contudo a política
pode transfigurar em bens, as necessidades sociais.
d.( ) A responsabilidade é uma armadilha para as classes menos abastadas, visto que há
uma desvalorização da juventude.
e.( ) As responsabilidades social e política solidificam os ressentimentos causados pela
desigualdade sócio-cultural.
4
2) A partir da leitura do texto, analise as seguintes afirmativas:
I – O narrador incita a não violência para diminuir as diferenças sociais.
II – A eqüidade social conduziria a sociedade a uma revolta em defesa dos destituídos.
III – O meio para descontaminar os jovens predispostos a matar é através de projetos
educacionais.
IV – As empresas possuem mais a responsabilidade social, pois há benefícios fiscais quando
apóiam projetos culturais.
Estão corretas somente as afirmativas:
a.( ) I e IV.
b.( ) I e II.
c.( ) I, II e IV.
d.( ) I, II e III.
e.( ) II, III e IV.

3) Na frase do texto, linha 11 “Ora, a ambigüidade de muitos dos projetos culturais para
jovens faz justo o oposto.”, o recurso coesivo no início da frase pode ser substituído sem
alterar o sentido por:
a.( ) Mas
b.( ) Assim
c.( ) Como
d.( ) Realmente
e.( ) Contudo

4) Assinale a alternativa em que a função sintática do pronome relativo que esteja analisado
corretamente entre parênteses.
a.( ) “Reforça o ressentimento, o ódio que vai ser depositado [...]” (l. 11 e 12) (objeto
direto)
b.( ) “A revolta tem que ser traduzida em defesa da igualdade [...]” – (l. 9) (agente da
passiva)
c.( ) “É preciso, pois, haver programas educacionais que desconstruam [...]” (l. 23) (objeto
indireto)
d.( ) “São elas que agora encaminham as tentativas de participação [...]” (l. 3)
(complemento nominal)
e.( ) “...valorizar a arma, que é a armadilha do jovem pobre[...]” (l. 19) (adjunto adverbial)

5) Considerando o processo de formação de palavras relacione a coluna da direita com a


coluna da esquerda.

1. Prefixação e sufixação ( ) reforça


2. Sufixação ( ) desconstruam
3. Regressiva ( ) playboyzinhos
4. Prefixação ( ) civilidade
5. Hibridismo ( ) sintaxe

Identifique a alternativa que apresenta a numeração em seqüência correta.

a.( ) 3–1–4–5–2
b.( ) 1–3–5–2–4
c.( ) 2–1–5–3–4
d.( ) 3–1–5–4–2
e.( ) 3–1–5–2–4

5
As questões 6 e 7 se relacionam ao texto do capítulo II do livro Dom Casmurro.

CAPÍTULO II/ DO LIVRO


Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém, digamos
os motivos que me põem a pena na mão.
Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de
propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um
5 dia, há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei
na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra,
que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o
mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e
salas. Na principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas
10 grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos blocos, de espaço a
espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao centro das paredes os
medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não
alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela
estava assim decorada; vinha do decênio anterior. Naturalmente era gosto de o tempo
15 meter sabor clássico e figuras antigas em pinturas americanas. O mais é também análogo
e parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e lavadouro. Uso
louça velha e mobília velha. Enfim, agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da
vida interior, que é pacata, com a exterior, que é ruidosa. [...]

6) No segundo período do texto, linha 1, ocorre uma figura de linguagem conhecida como:

a.( ) Catacrese.
b.( ) Ironia.
c.( ) Metáfora.
d.( ) Antonomásia.
e.( ) Eufemismo.

7) Na frase “Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha
do decênio anterior.”, a justificativa do emprego da vírgula é:

a.( ) Adjunto adverbial antecipado da oração principal.


b.( ) Oração subordinada adjetiva explicativa antes da oração principal.
c.( ) Oração subordinada adverbial colocada antes da oração principal.
d.( ) Oração subordinada adverbial reduzida do gerúndio.
e.( ) Oração subordinada adjetiva restritiva antecipada da oração principal.

8) Observe o fragmento que se segue, onde a “concordância em slogan publicitário intriga


especialistas do idioma sobre natureza dos advérbios e dos adjetivos”.
“A propaganda de bebida informa que se trata de ‘uma cerveja que desce redondo’”.
(José Augusto Carvalho - Revista Língua Portuguesa – Edição 20 de junho de 2007)

Analisando a palavra “redondo” temos que:

I – A concordância nominal está correta uma vez que a palavra funciona como um advérbio,
portanto invariável.
II – A concordância nominal está incorreta, pois a palavra é um adjetivo, portanto caracteriza
o substantivo.
III – Como o adjetivo está sendo usado como um advérbio, o natural é que não haja a flexão,
portanto a concordância nominal está correta.

6
a.( ) Somente a proposição I está correta.
b.( ) Somente a proposição II está correta.
c.( ) Somente a proposição III está correta.
d.( ) Estão corretas as proposições I e II.
e.( ) Estão corretas as proposições II e III.

9) Use V ou F e assinale:
I - ( ) A obra O caso da Chácara Chão remete-nos aos ideais do Arcadismo, fugere urbem.
II- ( ) Morte e vida Severina é a mais conhecida e popular obra de João Cabral de Melo Neto,
representante máximo da geração de 30.
III-( ) Podemos enquadrar todas as personagens femininas machadianas no estilo realista.
IV-( ) Todos os autores do Romantismo brasileiro foram extremamente nacionalistas e
cultivaram a poesia social.
V -( ) A primeira produção literária do Brasil ficou conhecida como Literatura dos Viajante e
dos Jesuítas, não sendo considerada uma produção artística e cultural brasileira de
fato.
a.( ) Todas as afirmativas estão incorretas, exceto a afirmativa II.
b.( ) As afirmativas III e V estão corretas.
c.( ) Apenas a afirmativa V está correta.
d.( ) A I e a V alternativas são corretas.
e.( ) As alternativas II e IV são as únicas corretas.

10) “O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não
estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra,
montão. E, outra coisa: o diabo, é as brutas; mas Deus é traiçoeiro! Ah, uma beleza de
traiçoeiro – dá gosto! A força dele, quando quer – moço! – me dá o medo pavor! Deus vem
vindo: ninguém não vê. Ele faz é na lei do mansinho – assim é o milagre. E Deus ataca
bonito, se divertindo, se economiza.
A pois: um dia, num curtume, a faquinha minha que eu tinha caiu dentro dum tanque, só
caldo de casca de curtir, barbatimão, angico, lá sei. – “Amanhã eu tiro...” – falei comigo.
Porque era de noite, luz nenhuma eu não disputava. Ah, então, sabia: no outro dia, cedo, a
faca, o ferro dela, estava sido roído, quase por metade, por aquela agüinha escura, toda quieta.
Deixei, para mais ver. Estala, espoleta! Sabe o que foi? Pois, nessa mesma da tarde, aí: da
faquinha só se achava o cabo...o cabo – por não ser de frio metal, mas de chifre de galheiro.
Aí está: Deus... Bem, o senhor ouviu, o que ouviu sabe, o que sabe me entende...”
(Rosa, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 7.ed.Rio de Janeiro. J.Olímpio, 1970.p.20-1.)
Não está coerente com o trecho ou com a obra Grande Sertão: Veredas:
a.( ) Por este fragmento percebe-se que a obra em análise traz-nos a idéia de que as coisas
estão em constante movimento, tudo flui incessantemente e que tudo se transforma.
b.( ) Pode-se classificar esta obra como um longo monólogo no qual Riobaldo nos traz
suas lembranças, as lutas sangrentas das quais participou nos sertões da Bahia, de
Mato Grosso e Goiás.
c.( ) A presença do diabo neste trecho mais uma vez acentua as preocupações metafísicas
de Riobaldo, que se vê constantemente questionando a existência ou não do diabo, o
que hesita em aceitar, pois pode ser a certeza de sua condenação, uma vez que
pactuou com ele.
d.( ) Pela leitura do trecho e da obra percebe-se que tanto Deus quanto o diabo existem e
ambos têm força para penetrar em todos os domínios da criação; um age
mansamente, o outro, abruptamente, sem sutileza.
e.( ) Assim como a corrosão que ocorreu à noite, Deus age de mansinho, de modo
imponderável, imprevisível, o que ressalta o tema do milagre, que resulta do
inesperado e não do espalhafatoso, que é coisa do diabo, não de Deus.
7
11) Não se pode depreender da leitura de Morte Vida Severina:

a.( ) A abordagem da injusta distribuição de riquezas na obra é tema atual e caracteriza


também a nossa sociedade, com principal ênfase para a questão agrária, revirando
nosso passado colonial, expondo a concentração de riquezas e o latifúndio.
b.( ) Este auto de natal remete-nos às nossas origens, principalmente ao tratar da estrutura
de grandes propriedades e do patriarcalismo, o que se percebe pela caracterização do
coronel Zacarias: “por causa de um coronel / que se chamou Zacarias / e que foi o
mais antigo senhor desta sesmaria”.
c.( ) Severino, em sua longa caminhada, sai em busca da vida, caminhando em direção ao
sertão, atravessando as regiões típicas do planalto central brasileiro.
d.( ) “Seu José”, mestre carpina, morador do mangue e experiente da vida severina, é
quem desperta alguma esperança em Severino retirante.
e.( ) Ao se encontrar com uma mulher à janela, Severino fica sabendo que seu ofício é o
de rezadora titular, que é um ofício muito valorizado, uma vez que ali ocorrem
muitas mortes; já o ofício de lavrador não é um saber útil naquele lugar.

12) “Quebre-se o cetro do papa,


Faça-se dele uma cruz!
A púrpura sirva ao povo
P’ra cobrir os ombros nus”.

Neste fragmento, pertencente a um poema de Castro Alves, notam-se características de


qual tendência romântica?

a.( ) Mal-do-século.
b.( ) Bucolismo.
c.( ) Poesia condoreira.
d.( ) Poesia nacionalista.
e.( ) Religiosidade.

13) Capitu

(Luiz Tatit)
De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil, hábil, hábil
E pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante


WWW
Ponto
Poderosa ponto com

É esse o seu modo de ser ambíguo


Sábio, sábio
E todo encanto
Canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar

8
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante

Um método de agir que é tão astuto


Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular

Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu

No site o seu poder provoca o ócio, o ócio


Um passo para o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar

Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu

De um lado vem você com seu jeitinho


Hábil, hábil, hábil
E pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante


WWW
Ponto
Poderosa ponto com

É esse o seu modo de ser ambíguo


Sábio, sábio
E todo encanto
Canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar

Você é virtualmente amada amante


Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante

Um método de agir que é tão astuto


Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é não resistir, é capitular

9
Capitu
A ressaca dos mares
A sereia do sul
Captando os olhares
Nosso totem tabu
A mulher em milhares
Capitu

No site o seu poder provoca o ócio, o ócio


Um passo para o vício, o vício
É só navegar, é só te seguir, e então naufragar

Capitu
Feminino com arte
A traição atraente
Um capítulo à parte
Quase vírus ardente
Imperando no site
Capitu

(Revista Língua Portuguesa – Edição 20 de junho de 2007)

Capitu, protagonista do romance Dom Casmurro, além de causar polêmica, provoca


admiração.
Após ler a canção do compositor Luiz Tatit, identifique as características da Capitu
machadiana, musicalmente dissimuladas.

I - A ambigüidade é a sua característica mais marcante, juntamente com a habilidade inata, o


dom para a dissimulação.
II - Ao usar o verbo naufragar em: “e então naufragar”, percebe-se a referência aos famosos
“olhos de ressaca”, da personagem; já ao utilizar o verbo “capitular”, que significa render-
se, percebe-se que o enunciador está inteiramente seduzido por Capitu.
III - A Capitu internáutica também tem o poder, o dom de contaminar e podemos perceber
isso através dos termos “vícios e vírus”, que vêm reiterar o seu poder de conquista e de
domínio feminino, próprios da Capitu machadiana.
IV - O poder da personagem machadiana difere do poder da Capitu internáutica, que é muito
mais ardente e tão ágil quanto à linguagem da Internet.
V - As habilidades dessa mulher fatal, intrigante, que fascina com seus encantos são
encontradas no mundo virtual, quando a Capitu internáutica utiliza um site para exercer o
seu poder sedutor, fazendo de si uma mulher “moderna”, mas também ambígua.

De acordo com as alternativas:

a.( ) Todas as proposições estão corretas.


b.( ) Apenas a I e a III proposições estão corretas.
c.( ) Todas estão corretas, exceto a alternativa IV.
d.( ) Apenas a proposição V caracteriza ambas as personagens.
e.( ) Não há, nas proposições, nada que seja comum às duas personagens ora citadas.

10
14) “Foi mistério e segredo
e muito mais
foi divino o brinquedo
e muito mais
se amar como dois animais”

“Era um cão vagabundo


e uma onça pintada
se amando na praça
como os animais”.

( Alceu Valença )

Ambos os trechos têm em comum com o Naturalismo:


a.( ) Uma concepção psicológica do Homem.
b.( ) Uma concepção biológica do Mundo.
c.( ) Uma concepção idealista do Homem.
d.( ) Uma concepção religiosa da Vida.
e.( ) Uma visão sentimental da Natureza.

15) “Eu quero uma casa no campo,


Onde eu possa compor muitos rocks rurais ...”( Zé Rodrix)

Podemos enquadrar esses versos na estética:

a.( ) Naturalista.
b.( ) Romântica.
c.( ) Modernista.
d.( ) Árcade
e.( ) Barroca.

11
LÍNGUA INGLESA

O texto que se segue refere-se às questões de 16 a 20.

Japan's Parent Trap

The news shocked Japan, riling conservatives who had already claimed that
Jikei's baby hatch would only encourage parents to abandon their children. "Parents
have an obligation to raise their children," government spokesman Yasuhisa Shiozaki
said. "This is very regrettable."
5 Yet, while the stork cradle drew the headlines, something far more regrettable
happened in the shadows three days later. On May 18, a young Japanese couple were
arrested after their one-year-old baby was found wrapped in a plastic bag and dumped
in a gutter. Four months before, the boy had allegedly been stuffed into the luggage
compartment of a motorcycle while the parents gambled at a pachinko parlor, and
10 may have suffocated to death while they played.
The connection between a grisly death and an abandonment unimaginable for
most parents is clear: In a country that already has one of the lowest birthrates in the
world, Japanese parenting is in a crisis. Children are paying the obvious price, but so
is society. If the country can't find a way to save its fractured families, any hope of
15 preventing rapid depopulation might be lost. "In the last 15 years, [child] abuse cases
have increased so much," says Masami Ohinata, a developmental psychology
professor at Keisen University. "I consider this increase an SOS sign that tells us we
live in a society where parenting is very hard."
Social workers say that it's paradoxically the shrinking size of the Japanese family
20 that is raising pressure on parents. Where young couples would have once been able to
draw on the extended clan for support and advice, urbanization and atomization have
amputated those ties. "Families are more isolated now, and parents are backed into a
corner," says Jun Saimura, head of social work research at the Japan Child and Family
Research Institute. "In the old days, if young parents had a problem, they could seek
25 advice from the neighbors in their community. But that local community is
weakened."
Instead, stressed parents are turning to the government — there were 30,000
consultations with child welfare offices during fiscal 2005, more than 30 times the
total in 1990. Critics say that Japan's social welfare services are too passive, doing too
30 little to head off crises until it's too late. Shortcut solutions like Jikei Hospital's stork
cradle are more common, giving anxious parents an anonymous out rather than
providing them with meaningful support. But an increasingly budget-conscious
government doesn't appear eager to allocate the necessary funding. "The child
consultation services are very understaffed and suffering hard," says Saimura.
35 Jikei Hospital's stork cradle is also a reminder that options are few for Japanese
couples facing unwanted pregnancies. Many opt for abortion. Japan has no legal or
moral opposition to ending pregnancies, and the abortion rate is a relatively high
22.2% — 22.2 abortions for every 100 live births — and is rising fast among women
below 25, despite the fact that premarital cohabitation is rare in Japan. But while
40 abortion is common, adoption in Japan is virtually unheard of, although there are
many couples eager to take in children. But the law is stacked in favor of birth parents'
rights, even in cases of abuse, neglect or outright abandonment.
As child abuse and parental stress receive more sympathetic attention in the
Japanese media, there's hope that the country may be able halt this growing social rot.
Prime Minister Shinzo Abe has run on a platform of restoring Japan's traditional
values — the right kind of rhetoric if he can actually help reknit Japan's broken
families. Saimura notes that the health ministry just began funding a new service that
will dispatch volunteers to visit the homes of new parents and provide support if
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they're struggling. The program is tragically too late for some children, but it sure
beats the stork cradle.

Reported by Yuki Oda/Tokyo –( Time – May. 24, 2007)

16) Considere as sentences.

I – Aos olhos da lei japonesa, os pais têm direitos irrestritos sobre a criança.
II – O berço da cegonha em Jikei Hospital é um meio de diminuir o aborto no Japão.
III – A adoção no Japão realmente não possui precedentes.

A(s) afirmativa(s) correta(s):

a.( ) Somente a I.
b.( ) Somente a II.
c.( ) Somente a III.
d.( ) I e II.
e.( ) I e III.

17) Todas as alternativas estão corretas de acordo com o texto, exceto:

a.( ) O berço da cegonha é uma alerta de socorro para a sociedade japonesa.


b.( ) Os casos de abuso infantis têm aumentado devido a crises das famílias japonesas.
c.( ) Os problemas japoneses apontados no texto se devem ao coeficiente de natalidade
ser um dos mais baixos do mundo.
d.( ) O abandono e mortes trágicas são conseqüências da crise familiar japonesa.
e.( ) A dureza familiar da sociedade japonesa tem provocado o aumento de casos de
abuso à criança.

18) The best translation for the verb to raise (l. 2) in Portuguese is:

a.( ) Elevar.
b.( ) Fortalecer.
c.( ) Achar.
d.( ) Educar.
e.( ) Promover.

19) Consider the following sentences.

I – This national fund pays for welfare benefits.


II – The notices are very concerned for welfare of the missing child.
III – The social welfare state is guaranteed by the Constitution.

Which of them could complete the sentence “— there were 30,000 consultations with child
welfare offices during fiscal 2005 […]” (l. 22 e 23)?

a.( ) Only I.
b.( ) Only II.
c.( ) Only III.
d.( ) Only I and III.
e.( ) Only II and III.

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20) The word virtually (l. 33) could be replaced, without any change in meaning by:

a.( ) Likely.
b.( ) Practically.
c.( ) Frankly.
d.( ) Certainly.
e.( ) Hardly.

As questões de 21 a 23 se referem a tira abaixo.


Okaaay,
I _____ to have some you ____
of that lasagna. smell my
breath.

(Adaptação, junho 2007)


21) Escolha a alternativa que completa correta e adequadamente, a tirinha.

a.( ) planned – can


b.( ) plan – may
c.( ) had planned – may
d.( ) have planned – might
e.( ) was planning – can

22) A chateação de Jon é devido:

a.( ) ao egoísmo de Garfield.


b.( ) a Garfield comer demais.
c.( ) ao marasmo de Garfield.
d.( ) a Garfield ter comido toda a lasanha.
e.( ) a falta de postura de Garfield.

23) Passando a frase “You ate the entire thing” para o discurso indireto temos:

a.( ) Jon said, Garfield had eaten the entire thing.


b.( ) Jon said, Garfield was eating the entire thing.
c.( ) Jon said, he has eaten the entire thing.
d.( ) Garfield said, Jon had eaten the entire thing.
e.( ) Garfield said, Jon has eaten the entire thing.

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24) Assinale a alternative em que o verbo can esteja analisado corretamente.

I – Can I enter the room?


II – Can you speak Chinese well?
III – Bob can walk 10 km every day.

a.( ) habilidade – capacidade – permissão


b.( ) capacidade – possibilidade – permissão
c.( ) pedido – ordem – permissão
d.( ) permissão – habilidade – capacidade
e.( ) permissão – possibilidade – obrigação

25) Choose the alternative that offers the best way to complete the given sentences in the
fragment.
“ Life is slow ___ the breathtakingly beautiful Egyptian oasis ___ Siwa, nine hours drive
from Cairo. Palm and olive trees seem to float ___ vast expanses of salt lakes surrounded by
serene sand dunes enveloping warm water springs. Siwa’s inhabitants are ___ Berber origin,
and live according to centuries-old traditions. But the forces of globalization and economic
development have started a slow-motion social revolution in this remote oasis.” (Time, Jun. 7,
2007)

a.( ) on – off – in – of – on
b.( ) in – of – into – off – under
c.( ) in – of – on – of – in
d.( ) in – of – on – of – by
e.( ) on – at – in - out of – by

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LÍNGUA ESPANHOLA

La India más inocente


Cada año nace en la India un número de niños mayor que la población española. En un
país con semejante demografía, hay niños en todas partes. Por muy humilde que sea la
familia, el niño es el rey de la choza y merecedor de todas las atenciones. Pero en las zonas
más pobres, las condiciones de vida de los niños son de escándalo. Uno se pregunta cómo
pueden sobrevivir con tanta falta de higiene y sin atención sanitaria. Sin embargo, ahí están,
iluminando con sus sonrisas la oscuridad de las chabolas. ¿Por qué tienen tantos hijos los
pobres? En un país donde el trabajo infantil es una costumbre fuertemente implantada, los
hijos son mano de obra que aporta ingresos a la familia. En realidad, los niños son "la
seguridad social" de sus progenitores, ya que no existe ninguna red asistencial básica. Los
intentos para frenar la natalidad han fallado estrepitosamente. Cuando el Gobierno de Indira
Gandhi lanzó una campaña agresiva para vasectomizar a los hombres y ligar las trompas de
las mujeres que habían tenido más de dos hijos, la población se rebeló. Y le costó el puesto a
la entonces primera ministra.
El azote de la pobreza. Muchos occidentales que llegan por primera vez a la India se
sienten escandalizados por el espectáculo de la pobreza, visible sobre todo en las grandes
ciudades, el primer punto de arribada. La gente vive en la calle: se ducha, se afeita, come y
duerme en las aceras o en chozas de plásticos y trozos de madera. Luego, uno se da cuenta de
que hay infinitos niveles de pobreza y que la pobreza en la India es un concepto relativo. Los
pobres de las chabolas no se consideran forzosamente pobres, aunque a nuestros ojos vivan
como tales. Lo importante es tener trabajo, un futuro, lo de menos son las condiciones
materiales. La felicidad individual es independiente del nivel de consumo, de riqueza o de
comodidad.
Por debajo de la pobreza está la miseria, cuando a la escasez se une la desesperanza.
Un ejemplo es el reciente aumento de los suicidios de campesinos. Agobiados por no poder
pagar sus deudas, se matan ingiriendo pesticidas. No hay semana que la prensa india no
refiera uno de estos casos. Luchar contra la miseria es el gran reto de la India moderna y
tecnológica. Para empezar, hay que desactivar el crecimiento demográfico, que se come el
crecimiento económico. Ahora se sabe que para lograrlo es imprescindible capacitar a las
mujeres, darles educación y trabajo. En los hogares donde las mujeres salen a trabajar, el
número de hijos desciende automáticamente. Así se espera que el carro de la prosperidad
acabe por tirar de los más pobres.
Mientras están los ángeles que pueblan los barrios más desamparados: las Misioneras
de la Caridad, por ejemplo, la orden fundada por la Madre Teresa, son los más conocidos.
Pero son miles - cristianos, hindúes, musulmanes o ateos, indios o extranjeros- los que se
dedican de una forma u otra a socorrer a los más débiles y a luchar, casi siempre de manera
heroica, contra el azote de la pobreza.

MORO, Javier. Extraído de www.elpais.com/cultura en 17 de junio de 2007.

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16) Según el texto, es INCORRECTO afirmar que la pobreza es un concepto relativo
porque:

a. ( ) para unos lo importante es tener un futuro.


b. ( ) los occidentales tienen el mismo concepto de pobreza de los indianos.
c. ( ) ni siempre los pobres de las chabolas se consideran forzosamente pobres.
d. ( ) para unos la felicidad no es tener riqueza y comodidad.
e. ( ) para unos la felicidad individual es independiente del nivel de consumo

17) Según el texto:

I- el crecimiento demográfico en la India es muy bajo.


II - no existe ninguna red asistencial básica.
III - el trabajo infantil es una costumbre.
IV - la población es muy pobre.

Es CORRECTO decir que son verdaderas las alternativas:

a. ( ) I, II, III.
b. ( ) I, III y IV.
c. ( ) I, II y IV.
d. ( ) II, III y IV.
e. ( ) I y III

18) En el texto, la palabra que puede ser reemplazada por la que está entre paréntesis es:

a. ( ) deudas = (dudas)
b. ( ) hogares = (hoguera)
c. ( ) chabolas = (chal)
d. ( ) choza = (casa)
e. ( ) empezar = (entender)

19) “Por muy humilde que sea la familia, el niño es el rey de la choza…”. El empleo de muy
está INCORRECTO en:

a. ( ) A pesar de la pobreza los niños son muy felices.


b. ( ) En los hogares donde las mujeres trabajan el número de hijos son muy menores.
c. ( ) La población es muy pobre.
d. ( ) Las Misioneras de la Caridad son muy buenas.
e. ( ) Los intentos para frenar la natalidad son muy pocos.

20) “Pero son miles - cristianos, hindúes, musulmanes o ateos, indios o extranjeros- los que se
dedican de una forma u otra a socorrer a los más débiles…”. El empleo del término u está
CORRECTO en:

a. ( ) Los padres pueden contar con los niños u niñas para ayudarles.
b. ( ) No les importa si hay riqueza u comodidad.
c. ( ) No hace falta la plata u oro.
d. ( ) La felicidad es independiente del consumo u de las condiciones materiales.
e. ( ) En las chabolas no hay higiene u red asistencial básica.
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21) “No hay semana que la prensa india no refiera uno de estos casos.” Este fragmento hace
referencia:
a. ( ) a los suicidios de campesinos.
b. ( ) a las luchas contra la miseria.
c. ( ) a la capacitación de las mujeres.
d. ( ) al trabajo infantil.
e. ( ) a l crecimiento demográfico y económico.

22) Según el texto, es CORRECTO afirmar que “los ángeles” que pueblan los barrios más
desamparados:
a. ( ) son solo las Misioneras de la Caridad.
b. ( ) es una ciudad .
c. ( ) son los religiosos.
d. ( ) son las personas que se dedican a socorrer a los más débiles.
e. ( ) son todos los pobres del pais.

23) Según el texto, es INCORRECTO decir que, al intentar frenar la natalidad, el Gobierno
de Indira Gandhi:

a. ( ) resolvió el problema de la pobreza.


b. ( ) la población se rebeló.
c. ( ) Idira Gandhi perdió el puesto de primera ministra.
d. ( ) no logró éxito.
e. ( ) intentó vasectomizar a los hombres y ligar las trompas de las mujeres que habían
tenido más de dos hijos.

24) “Luchar contra la miseria es el gran reto de la India moderna y tecnológica. Para empezar,
hay que desactivar el crecimiento demográfico, que se come el crecimiento económico. Ahora
se sabe que para lograrlo es imprescindible capacitar a las mujeres, darles educación y
trabajo.” Los términos destacados se refieren respectivamente:

a. ( ) Al crecimiento demográfico y al trabajo.


b. ( ) Al crecimiento económico y a las mujeres.
c. ( ) Al crecimiento demográfico y a las mujeres.
d. ( ) Al crecimiento demográfico y a la educación.
e. ( ) Al crecimiento económico y a la educación y trabajo.

25) “Los pobres de las chabolas no se consideran forzosamente pobres, aunque a nuestros
ojos vivan como tales.” En el texto, sin cambiar el sentido, se puede sustituir aunque por:

a. ( ) puesto que
b. ( ) a pesar de que
c. ( ) a fin de que
d. ( ) por consiguiente
e. ( ) por eso

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