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Prof.

Gil Pinheiro
Circuitos de Comunicação

Circuitos Osciladores

Gil Pinheiro

UERJ - Circuitos de Comunicação


UERJ/FEN/DETEL
Prof. Gil Pinheiro
2. Osciladores
Osciladores a componentes discretos

• Baixa Freqüência (RC)


• Colpitts
• Alta Freqüência e • Hartley
Tipos de
Freqüência Variável (LC) • Outros (Clapp, ...)
Osciladores

• Alta Freqüência e • Colpitts

UERJ - Circuitos de Comunicação


Freqüência Fixa (a cristal) • Hartley
• Pierce
• Outros (Clapp, ...)
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Teoria básica de sistemas realimentados
• Linearizar o sistema
• Calcular as transformadas de Laplace

xe(s) xer(s) G(s) xs(s)


Entrada - Amplificador Saída

xr(s) H(s)
Rede de

UERJ - Circuitos de Comunicação


Observações:
xe: sinal de entrada realimentação
xer: sinal de erro
xr: sinal de realimentação
xs: sinal de saída
G(s): função de transferência do estágio amplificador
H(s): função de transferência da rede de realimentação
Prof. Gil Pinheiro
Determinação da Função de Transferência

xe(s) xer(s) G(s) xs(s)


Entrada - Planta Salida

xr(s) H(s)
Redede
Red de
realimentación
realimentação

Malha aberta Malha fechada

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xs(s) xs(s) G(s)
G(s) = =
xer(s) xe(s) 1 + G(s)·H(s)
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Casos Particulares

xe(s) G(s) xs(s) xs(s) G(s)


Entrada - Planta Salida =
xe(s) 1 + G(s)·H(s)
H(s)
Red de
realimentación

Realimentação negativa   1 + G(s)·H(s) > 1


Alto ganho de malha  xs(s)/xe(s) = 1/H(s)
 1 + G(s)·H(s) < 1

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Realimentação positiva 
Oscilação   1 + G(s)·H(s) = 0
Situação indesejada em servosistemas
Situação desejada em osciladores
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Caso de Oscilação
xe(s) xs(s)
xs(s) G(s) G(s)
= Entrada - Amplificador
Planta Saída
xe(s) 1 + G(s)·H(s)
H(s)
Red de
Rede de
realimentação
realimentación

 1 + G(s)· H(s) = 0  xs(s)/xe(s) → ∞

Se gera Xs mesmo que não haja Xe Quando está oscilando:


 G(s)· H(s) = 1
G(s)· H(s) = 180º

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G(s) xs(s)
-1 Portanto:
Planta Salida
ωosc)· H(jω
 G(jω ωosc) = 1
H(s) G(jω ωosc) = 180º
ωosc)· H(jω
Red de
realimentación
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Condição de Oscilação

Em oscilação:
-1
G(jωosc)
ωosc)· H(jω
 G(jω ωosc) = 1 Amplificador
Planta Saída
ωosc)· H(jω
G(jω ωosc) = 180º
H(jωosc)
Red de
Rede de
realimentação
realimentación

O que é necessário para iniciar oscilação?

ωosc)
xe(jω
G(jωosc)

UERJ - Circuitos de Comunicação


Entrada - Planta Saída

H(jωosc)
Red de
Rede de
realimentação
realimentación

ωosc)·G(jω
xe(jω ωosc)·H(jω
ωosc)
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Condição de Oscilação
ωosc)
xe(jω
G(jωosc)
Entrada - Planta Saída

H(jωosc)
ωosc)·G(jω
xe(jω ωosc)·H(jω
ωosc) Redede
Red de
realimentación
realimentação

ωosc)·G(jω
Se |xe(jω ωosc)·H(jω
ωosc)| > |xe(jω
ωosc)| (implica em |G(jω
ωosc)·H(jω
ωosc)| >
1) quando a defasagem é de 180º, então podemos fazer com que a
saída do laço de realimentação tenha as funções da magnitude de
entrada

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ωosc)
G(jω
- Planta Salida

ωosc)
H(jω
Red de
realimentación
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Condição de Oscilação
ωosc)·H(jω
De fato, se |G(jω ωosc)| > 1 quando a defasagem é 180º, as
magnitudes começarão a crescer constantemente

G(jωosc)
- Planta Saída

H(jωosc )
Red de
Rede de
realimentação
realimentación

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Existe um limite para este crescimento?
Evidentemente sim, por razões energéticas (ex.: tensão de
alimentação) há limites. Adicionalmente, os dispositivos eletrônicos
não são lineares, o ganho diminui com a amplitude. Ou então, o
sistema poderia se autodestruir com o crescimento da amplitude de
saída
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Condição de Oscilação

G(jωosc)
- Planta Saída

H(jωosc )
Redede
Red de
realimentación
realimentação

ωosc)·H(jω
|Gpm(jω ωosc)| > 1

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ωosc)·H(jω
|Ggm(jω ωosc)| = 1

Observações:
Gpm(s): função de transferência de pequena magnitude
Ggm(s): função de transferência de grande magnitude
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Condição de Oscilação
ωosc)
xe(jω
G(jωosc)
Entrada - Planta Saída

H(jωosc)
ωosc)·G(jω
xe(jω ωosc)·H(jω
ωosc) Redede
Red de
realimentación
realimentação

ωosc)·H(jω
Se |G(jω ωosc)| < 1, quando a defasagem é de 180º, então a
oscilação se extinguirá

G(jωosc)

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- Planta Saída

H(jωosc )
Redede
Red de
realimentación
realimentação
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Condição de Oscilação

Critério de Nyquist -1
G(jωosc)
Amplificador
Planta Saída

H(jωosc)
Redede
Red de
realimentación
realimentação

 Para que a oscilação se inicie:


• Deve existir uma ωosc na qual se cumpre
ωosc)·H(jω
G(jω ωosc) = 180º
• Nessa ωosc deve ser obedecido G(jω
ωosc)·H(jω
ωosc)| > 1

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 Quando a oscilação se estabiliza:
ωosc) até que |G(jω
• Diminuir a G(jω ωosc)·H(jω
ωosc)| = 1,
quando G(jω ωosc)·H(jω
ωosc) = 180º
ω)·H(jω
ω)| [dB]

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Condição de Oscilação |G(jω
80

Análise com Diagramas de 40


Oscilará
Bode 0

 Para que comece a oscilar -40

1 102 104 106

ω)·H(jω
G(jω ω) [º]
-1
G(jωosc)
Amplificador
Planta Saída 0

-60

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H(jωosc) -120
Redede
Red de
realimentación
realimentação -180
-240
1 102 104 106
ωosc
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Condição de Oscilação
 Quando já oscila  Para que não oscile
ω)·H(jω
|G(jω ω)| [dB] ω)·H(jω
|G(jω ω)| [dB]
80 80

40 40
0 0
Não
-40 -40 oscilará

ω)·H(jω
G(jω ω) [º] ω)·H(jω
G(jω ω) [º]
0 0

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-60 -60
-120 -120
-180
ωosc -180
ωosc
-240 -240
1 102 104 106 1 102 104 106
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Condição de Oscilação em Osciladores

 Oscilador
G(jωosc))
G(j
Amplificador
Planta Saída

H(jωosc) )
H(j
Rede
Red de
de
realimentação

Para que a oscilação inicie:


• Existência de ωosc tal que
ωosc)·β
A(jω β(jω
ωosc) = 0º

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• Em ωosc deve se cumprir
ωosc)·β
|A(jω β(jω
ωosc)| > 1
Quando já oscila:
ωosc)·β
|A(jω β(jω
ωosc)| = 1
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Tipos de Osciladores

BJT, JFET, MOSFET, Amp. Integrados, etc.

A(jω)
Amplificador Saída

β(jω)
Red pasiva
Rede passiva

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• Rede RC – freqüências baixas (fixas e variáveis)
• Rede LC - freqüências elevadas (fixas e variáveis)
• Dispositivo piezelétrico - freqüências elevadas (fixas e muito estáveis)
• Linhas de transmissão - freqüências muito elevadas
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Osciladores LC com três elementos reativos
G D

+
vgs g·vgs Rs
-
S
FET

ω)
A(jω
Amplificador Salida

β(jω
ω)
Red pasiva

UERJ - Circuitos de Comunicação


Z2
Z1
Z3
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Osciladores LC com três elementos reativos

G D
+ + +
ve vgs g·vgs Rs vs
- - -
S

UERJ - Circuitos de Comunicação


Z2 +

Z1 ver
+
vsr Z3 -
-
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Osciladores LC com três elementos reativos
G D
+ + + Z1·(Z2+Z3)
ve g·vgs vs Rs·
vgs Rs Z1+Z2+Z3
- - -
vs = -g· ·ve
S Z1·(Z2+Z3)
Rs +
Z1+Z2+Z3
Z2 +
Z3
Z1 ver vsr = ·ver
+
Z3 Z2+Z3
vsr -
-
ver = vs

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Z1·Z3
Portanto: Rs·
Z1+Z2+Z3
vsr = -g· ·ve
Z1·(Z2+Z3)
Rs +
Z1+Z2+Z3
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Osciladores LC com três elementos reativos
Rs·Z1·Z3
Em outra forma: vsr = -g· ·ve
Rs·(Z1+Z2+Z3)+Z1·(Z2+Z3)
Rs·Z1·Z3
Portanto: A·β = vsr/ve = -g·
Rs·(Z1+Z2+Z3)+Z1·(Z2+Z3)
G D
+ + +
ve g·vgs vs
Como utilizamos apenas
vgs Rs
- -
indutores e capacitores:
-
S Z1 = j·X1
Z2 = j·X2
+ Z3 = j·X3

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Z2
Z1 ver
+
vsr Z3 - Portanto:
-
-Rs·X1·X3
A·β = -g·
j·Rs·(X1+X2+X3)-X1·(X2+X3)
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Osciladores LC com três elementos reativos
Para o circuito oscilar, deve ser atendido:

• Existe ωosc tal que A(jωosc)·β(jωosc) = 0º (valor REAL)


• A ωosc se cumple |A(jωosc)·β(jωosc)| > 1
-Rs·X1·X3
Portanto: A(jωosc)·β(jωosc) = -g·
j·Rs·(X1+X2+X3)-X1·(X2+X3)
=0
Como: X1(ωosc)+X2(ωosc)+X3(ωosc) = 0, os três elementos
reativos não podem ser do mesmo tipo. Devem haver dois

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indutores e um condensador ou dois condensadores e um indutor
Rs·X3(ωosc)
Logo: A(jωosc)·β(jωosc) = -g·
X2(ωosc)+X3(ωosc)
E como: X2(ωosc)+X3(ωosc) = -X1(ωosc),
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Osciladores LC com três elementos reativos
Rs·X3(ωosc)
queda: A(jωosc)·β(jωosc) = g·
X1(ωosc)
Como: A(jωosc)·β(jωosc) = 0º, sendo POSITIVO, X3 e X1
devem ser do mesmo tipo (dois indutores ou dois capacitores)

Z2
Z1
Z3 Hartley
Z2

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Z1
Z3
Z2
Z1
Z3 Colpitts
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Osciladores LC com três elementos reativos

Para que o circuito oscile, deve ser satisfeito: |A(jωosc)·β(jωosc)|


> 1, então:
Rs·X3(ωosc)
g· >1
X1(ωosc)
X2= -1/ωC2
X1=ωL1
Rs·L3
g· >1
X3=ωL3 Hartley L1

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X2=ωL2 X1= -1/ωC1 Rs·C1
g· >1
C3
X3= -1/ωC3 Colpitts
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Osciladores LC com três elementos reativos
A freqüência de oscilação é calculada a partir da condição:
X1(ωosc)+X2(ωosc)+X3(ωosc) = 0

X2= -1/ωC2
X1=ωL1
1
fosc =
X3=ωL3 2π (L1+L3)C2
Hartley

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X2=ωL2 X1= -1/ωC1 1
fosc =
C1·C3
2π ·L2
X3= -1/ωC3 Colpitts C1+C3
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Resumo
G D
Hartley +
g·vgs Rs
Rs·L3
vgs g· >1
- L1
S
1
C2 fosc =
L1
2π (L1+L3)C2
L3

G D
Colpitts + Rs·C1
vgs g·vgs Rs g· >1
C3

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-
S
1
fosc =
L2 C1 C1·C3
2π ·L2
C3 C1+C3
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Realização prática de um Colpitts em “supridouro comum”
G D
G D +
+ +
vs osc
vgs g·vgs Rs vs osc S
- - * -

L2 C1
L2 C1
C3
C3
+ Vcc + Vcc
LCH LCH

UERJ - Circuitos de Comunicação


CD
G D
D +
G CG D
G L2 vs osc
S
S S -

* CS
CS

C3
C1
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Realização prática de um Colpitts em “porta comum”
G D G D +
+ + vs osc
S

-
vgs g·vgs Rs
-
vs osc
* -

L2 C1
L2 C1
C3
C3
+ Vcc
+ Vcc
L2
LCH CD

UERJ - Circuitos de Comunicação


G D D G
D +
G vs osc
S C1
S -
S
* C3
Prof. Gil Pinheiro
Realização prática de um Colpitts em “dreno comum”
G D
G D
+
vgs g·vgs Rs S
- *
S

L2 C1 +
L2 vs osc
C1 +
C3 -
vs osc
C3 -
+ Vcc
+ Vcc G D
D

UERJ - Circuitos de Comunicação


G CS
S
D S L2 C3
G +
C1 LCH vs osc
S LCH

* -
Prof. Gil Pinheiro
Realização prática de um Hartley em “supridouro comum”
G D
+ +
vgs g·vgs Rs vs osc
- -
S
+ Vcc
C2
L1 L1
L3 CD
C2 +
D
G
+ Vcc vs osc
L3 S

UERJ - Circuitos de Comunicação


LCH -
CS
D
G
S
CS
Prof. Gil Pinheiro
Realização prática de um Hartley em “porta comum”
G D
+ +
g·vgs Rs vs osc
+ Vcc
vgs
- -
LCH
S
CD1

C2 +
L1 D vs osc
G CD2 -
L3 S

+ Vcc L1 C
2
L3
LCH

UERJ - Circuitos de Comunicação


CM
D
G
S
Prof. Gil Pinheiro
Realização prática de um Hartley em “dreno comum”
G D
+
vgs g·vgs Rs
-
S
+ Vcc
CG G D
C2 C2 CS
L1 + S
vs osc L3 +
L3 - vs osc
-
L1
+ Vcc

UERJ - Circuitos de Comunicação


CM
G D

LCH
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores LC com mais de três elementos reativos:
O oscilador de Clapp
G D
Condição de oscilação:
+
g·vgs Rs·C1
vgs Rs g· >1
- C3
S 1
fosc =
C2 C1·C2·C3
2π ·L2
C1·C2+C1·C3+C2·C3
L2
C1
• C2 não influi na condição

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C3 |A(jωosc)·β(jωosc)| > 1
• C2 influi na freqüência de oscilação,
principalmente se C2 << C1,C3

• Muito usado na construção de osciladores de freqüência variável


Prof. Gil Pinheiro
Osciladores LC com mais de três elementos reativos:
O oscilador de Clapp
Realização prática em “dreno comum”

+ Vcc
G D
RG S CS
L2 C3
+
C1 LCH vs osc

UERJ - Circuitos de Comunicação


C2
-
R1
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores de freqüência variável

Deve-se variar um dos elementos reativos da rede de


realimentação (L ou C) 1
ω=
Tipos: L·C
• Controle manual
• Controlado por tensão (Voltage Controlled Oscillator, VCO)

Controle manual de freqüência


Usando um capacitor variável

UERJ - Circuitos de Comunicação


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Osciladores de freqüência variável
+ Vcc + Vcc
G D G D
RG S CS CS
S
L2 C3 C2 C3
+ L2
+
C1 LCH vs osc LCH
C1 vs osc
C2
- -
R1 R1

Clapp (Colpitts sintonizado em série) Colpitts sintonizado em paralelo


em “dreno comum” em “dreno comum”

Rs·C1
g· >1

UERJ - Circuitos de Comunicação


Condições de oscilação: (comum)
C3
1 1
fosc = fosc =
C1·C2·C3 C1·C3
2π ·L2 2π ( +C2)·L2
C1·C2+C1·C3+C2·C3 C1+C3
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Osciladores de freqüência variável
Osciladores Controlados por Tensão (VCOs)
Se baseiam no uso de diodos varicap (também chamados “varactores”)

+ Vcc
G D
RG S CS
L2 C3
+
RCF LCH vs osc
C1
C21

UERJ - Circuitos de Comunicação


-
+ R1
vCF C22
-

C2
Dados de Fabricante de Diodo Varicap (BB131)

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Dados de Fabricante de Diodo Varicap (BB131)

UERJ - Circuitos de Comunicação Prof. Gil Pinheiro


Prof. Gil Pinheiro
Osciladores de freqüência muito estáveis
• Se baseiam no uso de cristais de quartzo (ou outros materiais
piezelétricos)

• Símbolo:

• Interior do dispositivo:

Cristal
Placa
metálica

UERJ - Circuitos de Comunicação


Invólucro
• Aspecto externo:

Terminais
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
• Circuito equivalente de um cristal piezelétrico

R1 R2 R3
L1 L2 L3

C1 C2
CO
C3

UERJ - Circuitos de Comunicação


Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos

R1 R2 R3 Z(f)
L1 L2 L3

C1 C2
CO
C3
Ω]
Im(Z(f)) [kΩ]

50
Comportamento
indutivo

UERJ - Circuitos de Comunicação


Comportamento
-50 capacitivo

f1 f2
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
Modelo simplificado (em torno de uma das freqüências
onde se produz comportamento indutivo)

Exemplo: cristal de µP de 10 MHz


R R = 20 Ω L = 15 mH
L C = 0,017 pF CO = 3,5 pF
CO
π·107·15·10-3 = 942 kΩ
XL(10 MHz)= 2π Ω
C
Z(f)
Ω]
Im(Z) [MΩ
1

UERJ - Circuitos de Comunicação


0
200 Hz

-1
10,0236 10,024 10,0244
f [MHz]
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
Exemplo: cristal de µP de 10 MHz
Em outra escala
R = 20 Ω L = 15 mH C = 0,017 pF CO = 3,5 pF
Ω]
Im(Z) [kΩ
600
Margem de
comportamento indutivo R
≈25 kHz L
CO
0 C

UERJ - Circuitos de Comunicação


fs = f1 fp = f2

-600
10 10,01 10,02 10,03
f [MHz]
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
Calculando a impedância do modelo do cristal
L 1 1
(L·s + )
CO·s C·s 1 (L·C·s2 + 1)
Z(s) = = ·
1 1 CP·s (L·CS·s2 + 1)
C CO + L·s +
CO·s C·s
C·CO
sendo: CS = CP = C+CO
C+CO

Análise CA: s = jω

-j (1 - L·C·ω2 ) -j(ω1/ω2)2 (1 – (ω/ω1)2

UERJ - Circuitos de Comunicação


Z(jω) = · = ·
CP·ω (1 - L·CS·ω )
2 CO·ω (1 – (ω/ω2)2

1 1
sendo: ω1 = ω2 =
L·C L·CS
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
L
-j(ω1/ω2)2 (1 – (ω/ω1)2 1 1
Z(jω) = · ω1 = ω2 =
CO CO·ω (1 – (ω/ω2)2 L·C L·CS
C

Como CS < C, então: ω2 > ω1

• Se ω < ω1:
ω) = -j·(quantidade positiva) < 0, cristal possui comportamento
Z(jω
capacitivo
• Se ω1 < ω < ω2:
ω) = -j·(quantidade negativa) > 0, cristal possui comportamento
Z(jω

UERJ - Circuitos de Comunicação


indutivo
• Se ω2 < ω:
ω) = -j·(quantidade positiva) < 0, cristal possui comportamento
Z(jω
capacitivo
Cristal opera no modo indutivo apenas em: ω1 < ω < ω2
Prof. Gil Pinheiro
Cristais piezelétricos
L 1 C·CO 1
Resumo: ω1 = CS = ω2 =
L·C C+CO L·CS
C CO
-(ω1/ω2)2 (1 – (ω/ω1)2
Z(jω) = jX(ω) X(ω) = ·
CO·ω (1 – (ω/ω2)2

X(ω) Comp.
indutivo

UERJ - Circuitos de Comunicação


0
ω1 ω2
Comportamento
capacitivo
Dados de Fabricante de Cristais Piezelétricos

UERJ - Circuitos de Comunicação Prof. Gil Pinheiro


Prof. Gil Pinheiro
Osciladores a cristal
Se baseiam no emprego de uma rede de realimentação que inclui
um dispositivo piezelétrico (tipicamente um cristal piezelétrico).
Tipos:
• Baseados na substituição de um indutor por um cristal
piezelétrico num oscilador clássico (Colpitts, Clapp, Hartley, etc.)
⇒ O cristal trabalha na região indutiva
• Cristal opera no modo de ressonância serie
Baseados na substituição de um indutor por um cristal
+ Vcc +V cc
G D D
G
RG CS

UERJ - Circuitos de Comunicação


S RG S CS
L2 C3 C3
+ +
Xtal
C1 LCH vs osc LCH vs osc
C1
C2
- -
R1 R1
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores baseados na substituição de um indutor
por um cristal
+ Vcc Condições de oscilação:
G D
CS
Rs·C1
RG
C3
S g· >1 (não depende do cristal)
+
C3
Xtal
C1 LCH vs osc Cálculo da freqüência de oscilação:
-
R1 XC1(ωosc)+XC3(ωosc)+XXtal(ωosc) = 0
Cristal de 10 MHz
Graficamente:
L = 15 mH R = 20 Ω

Ω]
ω) [Ω
C = 0,017 pF CO = 3,5 pF 1000
XXtal(ω)
ω)), XXtal(ω

UERJ - Circuitos de Comunicação


C1 = C3 = 50pF

500
C1 = C3 = 100pF
ω)+XC3(ω

C1 = C3 = 500pF
-(XC1(ω

0
f [MHz]

10 10,002 10,004
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores baseados na substituição de um indutor
por um cristal
Analiticamente:
XC1(ωosc)+XC3(ωosc)+XXtal(ωosc) = 0
-(ω1/ω2)2 (1 – (ωosc /ω1)2
XXtal(ωosc) = ·
CO·ωosc (1 – (ωosc /ω2)2
-1 -1
XC1(ωosc) + XC3(ωosc) = +
C1·ωosc C3·ωosc

Re-escrevendo em função de ωosc:


C
ωosc = ω1 1+

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C1·C3
+ CO
C1+C3
Note-se que ω1 < ωosc < ω2 e que:
C
ω2 = ω1 1+
CO
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores baseados na substituição de um indutor
por um cristal
Ajuste da freqüência de oscilação: modificar o valor de CO
externamente colocando um condensador Cext em paralelo com o
cristal
+ Vcc
C G D
ωosc = ω1 1+ CS
RG S
C1·C3 C3
+ CO + Cext Cext Xtal +
C1+C3 C1 LCH vs osc
10 MHz -
R1
1500
XXtal, -(XC1 + XC3) [Ω]
Cext = 15pF 10pF

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1000
-(XC1 + XC3) 5pF fosc(Cext= 0pF) = 10.002,9622 kHz
fosc(Cext= 5pF) = 10.002,5201 kHz
500 C1 = C3 = 50pF xXtal
0pF fosc(Cext= 10pF) = 10.002,1929 kHz
0
fosc(Cext= 15pF) = 10.001,9408 kHz

9,999 10 10,001 10,002 10,003


f [MHz]
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores baseados no uso de cristal piezelétrico
em ressonância serie
G D G D
+ + + + + +
ve vgs g·vgs Rs vs ve vgs g·vgs Rs vs
- - - - - -
S S

CO
+ + + +
Xtal L C
vsr R1 ver vsr ver
- - - R1 ZXtal = jXxtal -

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Rs·R1
Neste caso: A(jω)·β(jω) = -g·
jXXtal + R1 + RS
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores baseados no uso de cristal piezelétrico
em ressonância serie
G D
Em oscilação:
+ + +
ve vgs g·vgs Rs vs • XXta = 0 já que A(jωosc)·β(jωosc) = 0º
- - -
S
jXxtal • 0 > -(R1+RS)/(R1·RS) > g já que
|A(jωosc)·β(jωosc)| > 1
+ +
Xtal
vsr R1 ver Amplificador
con g’ > 0
- -
+ Rs +
ve g’·ve vs
- -

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Xtal
R1
Prof. Gil Pinheiro
Conexão da carga a um oscilador
+ Vcc
G D

S CS
L2 C3
+ RL CL
C1 LCH vs osc
-
R1 Carga

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• CL influi a freqüência de oscilação e RL influi no ganho do
transistor
• Deve se conectar etapas que isolem o oscilador da carga.
Prof. Gil Pinheiro
Conexão da carga a um oscilador

+ Vcc
G D R2
S CS
L2 C3 CE

C1 LCH + RL CL
R3
vs osc
R1
-

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Carga

Etapa em “colector comum” para


minimizar a influência da carga do
oscilador.
Prof. Gil Pinheiro
Osciladores com transistores bipolares

ib
B C
O estudo e os resultados
Re β·ib
são praticamente
idênticos aos obtidos com
transistores de efeito de
E
campo
Z2 Z1 = j·X1
Z1 Z2 = j·X2
Z3 Z3 = j·X3

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-X3·X1
Neste caso: A(jωosc)·β(jωosc) = -β·
j·Re·(X1+X2+X3)-X3·(X1+X2)
=0
X1(ωosc)
Logo: A(jωosc)·β(jωosc) = β·
X3(ωosc)
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Osciladores com transistores bipolares
• Como: A(jωosc)·β(jωosc) = 0º (ou seja, POSITIVO), X1 e X3 devem
ser do mesmo tipo (dois indutores ou dois condensadores).
• Como para que o circuito oscile |A(jωosc)·β(jωosc)| > 1, então:
X1(ωosc)
β· >1
+ Vcc X3(ωosc)

R1
CB R3 Oscilador Colpitts em
coletor comum com
CE1 transistor bipolar +

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L2 C3 CE2 seguidor de tensão

C1 LCH
+
R4 vs osc
R2 -
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Circuitos para limitar automaticamente o ganho do
transistor (exemplo com JFET)
+ Vcc
G D
RG D1 C2 C3 S CS

L2 C1 +
LCH vs osc
-
Resistência de

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polarização do
FET (na partida)
Diodo para polarizar negativamente a
porta (G) em relação ao supridouro (S)

Num oscilador ideal, além da estabilidade em freqüência, é necessária a


estabilidade em amplitude. Menor distorção em amplitude resulta em maior
pureza harmônica do sinal de saída do oscilador.
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Circuitos para limitar automaticamente o ganho do
transistor (exemplo com JFET)
G Circuito equivalente
RG C2 C3 S
D1
L2 C1 ids
RS
LCH

G Thévenin
RG C2 C3 S

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D1
L2 C1 +
RS
LCH ids·RS
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Circuitos para limitar automaticamente o ganho do
transistor (exemplo com JFET)
Corrente desprezível
(resistência elevada) Corrente média nula
(condensadores)
G
RG C2 C3 S
D1
L2 C1 +
RS
LCH vSO

Logo: a corrente media no diodo Tensão média nula

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deve ser nula. Para isso, C3 deve (indutor)
carregar-se de tal modo que o
diodo não conduza.
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Circuitos para limitar automaticamente o ganho do
transistor (exemplo com JFET)
G
RG D1 + C3 + S
vC3 i
vG
+ -
C2
C1 + RS +
vC1
- L2 LCH
vC1 - vSO
0
i = 0 (ressonância)
0 vC1 ≈ vSO (ZLCH >> RS)

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vC3 nivel de cc

vC3 = vC1·C1/C3 + nível de cc


0 vG = vC1+ vC3
vG nivel de cc
Prof. Gil Pinheiro
Circuitos para limitar automaticamente o ganho do
transistor (exemplo com JFET)
G
RG D1 + C3 + S
vC3 i=0
vG
+ -
C2
C1 + RS +
vC1
- L2 LCH
- vSO
0 nivel
vC3 de cc vC3 (=vGS) possui um nível de cc

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negativo, proporcional ao nível do
0 sinal, gerando a polarização negativa
nivel
vG de cc
na porta com respeito ao supridouro. O
que leva a redução do ganho do JFET
ao aumentar a amplitude do sinal.
Prof. Gil Pinheiro
Condensadores adequados para osciladores
de alta freqüência
Devem ser utilizados condensadores fixos, cuja
capacitância varie muito pouco com as condições de
operação e de baixas perdas (temperatura, tensão,
freqüência, etc.). Exemplos:
• Condensadores cerâmicos NP0
• Condensadores a ar (os variáveis)
• Condensadores de mica prateada
• Condensadores de plástico Styroflex (de poliestireno)

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Cerâmicos NP0 Styroflex.
Mica
Prof. Gil Pinheiro
Exemplos de esquemas de osciladores
(ARRL Handbook 2001)

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Prof. Gil Pinheiro
Exemplos de esquemas de osciladores
(ARRL Handbook 2001)

Hartley
Alimentação estabilizada

Diodo para polarizar


negativamente a porta

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Separador baseado em MOSFET de porta dupla Transformador para adaptação
de impedâncias
Prof. Gil Pinheiro
Exemplo de esquema de oscilador
(http://www.qrp.pops.net/VFO.htm)

Colpitts

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Exemplos de esquemas de osciladores

UERJ - Circuitos de Comunicação Prof. Gil Pinheiro


Prof. Gil Pinheiro
Parâmetros Característicos de Osciladores

• Faixa de freqüência
• Estabilidade ⇒ Aumenta com o fator de qualidade (fator “Q”) da rede de
realimentação
• Potência (absoluta de saída sobre 50Ω ) e rendimento (Potência de sinal /
potência de alimentação)
• Nível de harmônicos e espúrios ⇒ potências relativas de um ou vários
harmônicos com relação a fundamental.
• “Pulling”, ou estabilidade com variação de carga ⇒ uso de etapas
separadoras (isoladoras)

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• “Pushing”, ou variação com a tensão de alimentação ⇒ uso de
estabilizadores de tensão (diodos zeners, 78LXX, etc.).
• Deriva com a temperatura ⇒ Utilizar condensadores NP0, de mica, etc.
• Espectro de ruído ⇒ Se deve fundamentalmente a ruído de fase, usar
componentes de maior qualidade e estabilidade (L, C, cristal)

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