Professional Documents
Culture Documents
Fundação Teórica
Fundação Teórica
Ferreira (2006) afirma que nos cursos de Licenciatura muitos acadêmicos consideram a
disciplina lutas e artes marciais como descartável e o autor ainda questiona se haveria a
possibilidade de em seis meses o acadêmico se tornar apto ao ensino das lutas e artes
marciais com contextos lúdicos para se ter objetivado a intensão concreta no ensino
escolar.
O fato de muitos professores resistirem ao uso deste conteúdo pode ser a falta de tempo
e formação na área de lutas, o que pode dificultar sua aplicação ou preparação para
realizar a mesma, sendo mais fácil introduzir jogos com bola que são mais conhecidos.
Pois como afirma Ferreira (2006), a Educação Física Escolar deve ser revista pelos
profissionais da área, pois a falta de conhecimento deste material faz com que poucos o
utilizem na prática as recomendações dos PCN (Parâmetros curriculares nacionais).
Ferreira (2006), concluiu que a prática das lutas é parte dos blocos de conteúdos do
PCN, portanto apreciado pela Educação Física escolar, todavia não estão sendo
explorados, e que para não sucumbir as eternas práticas de “rachas com bola” deve-se
cumprir o que se estabelece no PCN. Se faz necessário um investimento pessoal de cada
professor devendo investir em capacitação, cursos e reciclagem no referido tema. É
certo que grande número de professores tem uma visão distorcida a respeito da imagem
das lutas, a violência e agressividade não são temas das lutas como acreditam grande
parte dos professores, atitude oposta a Educação Física e a própria filosofia das Lutas
(FERREIRA, 2006).
TESE
As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), mediante
técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por
uma regulamentação específica, a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.
Podem ser citados como exemplo de lutas desde as brincadeiras de cabo de guerra e
braço de ferro até as práticas mais complexas da Capoeira, do Judô e do Karatê.
Contudo, as Lutas e Artes Marciais ainda são utilizadas na escola de forma rara e pouco
frequente, além disso, alguns entraves para o professor utilizar este conteúdo nas aulas
regulares de Educação Física já foram discutidos e algumas conclusões obtidas. Muitos
professores não trabalham as lutas como conteúdo escolar por acreditarem ser esta uma
modalidade que necessitaria de professor especializado nesta prática, não tendo
conhecimento nos aspectos filosóficos, história das Lutas e Artes Marciais, regras das
lutas em competições, conhecimentos que nem sempre são disponibilizados na sua
formação acadêmica, ou nas propostas pedagógicas escolares. Portanto, estes
professores precisariam estudar, confrontar e reformular seus saberes docentes para
ministrar os conteúdos a respeito das Lutas e Artes Marciais em suas aulas.