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ANEXO Nº 46

RTT E A IN-RFB Nº 1.397/13


BALANÇO SOCIETÁRIO X BALANÇO FISCAL

OBRIGATORIEDADE DE 2 BALANÇOS DESDE 2008 A


2013 E A PARTIR DE 2014

BALANÇO SOCIETÁRIO VS BALANÇO TRIBUTÁRIO

DRE SOCIETÁRIA VS DRE FISCAL

IMPACTOS / REFLEXOS NOS CÁLCULOS E


RECÁLCULOS OBRIGATÓRIOS DO IRPJ, CSLL, PIS E
COFINS DESDE 2008 A 2013

PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO


CONSULTOR TRIBUTÁRIO, FISCAL, CONTÁBIL E SOCIETÁRIO
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial da referida
obra intelectual (apostila e respectivos anexos), por qualquer meio ou processo,
especialmente por sistemas gráficos, mecânicos, eletrônicos, microfílmicos,
fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos, gravação ou por quaisquer
outros meios sem autorização prévia por escrito do autor. Vedada a memorização
e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta
obra intelectual em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições
aplicam-se também às características gráficas desta obra intelectual e à sua
editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e
parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e
indenizações diversas (Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais e Lei nº
5.988 art. 17 e seus parágrafos de 14/12/1073).

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DECLARAÇÃO

Esta apostila com seus respectivos anexos foi cuidadosamente preparada, com base
na legislação tributária, fiscal, contábil e societária, no entanto, foi escrita em termos
gerais e deve ser considerada somente como uma orientação geral a todas as
empresas e aos profissionais. Esta apostila com os seus respectivos anexos, não
poderá servir de base para atender e cobrir situações e casos concretos específicos
das empresas e dos profissionais envolvidos nos trabalhos operacionais e não
recomendamos e nem aconselhamos agir ou deixar de agir com base nas
informações contidas na referida apostila e anexos sem antes obter orientação e
aconselhamento profissional específico ao caso concreto. Favor contatar
profissionais experientes para discutir os assuntos no contexto de suas circunstâncias
particulares tendo em vista fatos ou circunstâncias específicas de Leis,
Regulamentos e Diversos Atos Normativos do fisco e que podem variar. A Fisconsulta
e o autor da referida apostila com seus respectivos anexos não aceita e nem assume
quaisquer responsabilidades ou obrigações por qualquer dano decorrente de
qualquer ação tomada, ou não tomada, por qualquer pessoa com base nas
informações desta apostila e seus respectivos anexos ou por quaisquer decisões nela
baseadas.

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1. NOVIDADE: OBRIGATORIEDADE DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL – ECF E O
NOVO CONCEITO DE LUCRO CONTÁBIL OU PREJUÍZO CONTÁBIL REAL AJUSTADO
PARA FINS FISCAIS, QUE É DIFERENTE DO LUCRO OU PREJUÍZO CONTÁBIL
SOCIETÁRIO.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção II
Da Escrituração Contábil Fiscal

Art. 3º A pessoa jurídica deverá manter escrituração contábil fiscal para fins do
disposto no art. 2º.
Parágrafo único. A escrituração de que trata o caput deverá ser composta de contas
patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, considerando os métodos e
critérios contábeis aplicados pela legislação tributária, vigentes em 31 de dezembro
de 2007.

Art. 4º A partir do ano-calendário de 2014, as pessoas jurídicas tributadas com base


no lucro real deverão apresentar anualmente a Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

Parágrafo único. A ECF de que trata o caput deverá conter todos os lançamentos do
período de apuração considerando os métodos e critérios contábeis vigentes em 31
de dezembro de 2007.

Art. 5º A ECF a que se refere o art. 4º será transmitida anualmente ao Sistema


Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de
janeiro de 2007, mediante a utilização de aplicativo a ser disponibilizado no sítio da
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço
<http://www.receita.fazenda.gov.br>, até o último dia útil do mês de junho do ano
seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração.

§ 1º Para a apresentação da ECF é obrigatória a assinatura digital mediante utilização


de certificado digital válido.
§ 2º Para os casos de cisão, cisão parcial, fusão, incorporação ou extinção, a
apresentação da ECF deverá ocorrer até o último dia útil do mês subsequente ao do
evento.

Art. 6º Até o ano-calendário de 2013, permanece a obrigatoriedade de entrega das


informações necessárias para gerar o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT),
conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009.

ATENÇÃO: Primeira entrega da ECF será referente ano-calendário 2014 – Exercício


2015, ao que tudo indica será até o dia 30/06/2015 (dia útil)

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2. COMENTÁRIOS PRÁTICOS A RESPEITO DO PARECER PGFN/CAT Nº 202/2013, DA
DECISÃO EM PROCESSO DE CONSULTA Nº 103/13 DA SRRF DA 8ª REGIÃO FISCAL, DO
PN-CST Nº 34/81, PN-CST Nº 347/70, PN-CST Nº 20/87.

PARECER/PGFN/CAT/Nº 202/2013

Regime Tributário de Transição. Lucros e dividendos pagos ou creditados pelas


pessoas jurídicas. Art. 15 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e art. 10 da
Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. O lucro a ser considerado para fins da
isenção prevista no art. 10 da Lei nº 9.249, de 1995, é o lucro fiscal obtido com a
aplicação do Regime Tributário de Transição, de que trata o art. 15 da Lei nº
11.941, de 2009, e não o lucro societário obtido com base nas regras contábeis
da Lei nº 6.404, de 1 de dezembro de 1976 com as alterações trazidas pela Lei
nº11.638, de 28 de dezembro de 2007.

31. Assim, tendo-se em mente que as regras contábeis instituídas pela Lei nº
11.638, de 2007, não podem gerar efeitos tributários, nem servir ao cálculo de
tributos, parece claro que os lucros ou dividendos não sujeitos à incidência do
imposto de renda na fonte são os lucros ou dividendos calculados com base nos
resultados apurados segundo as normas tributárias vigentes a partir do
advento do Regime Tributário de Transição (RTT), o “lucro fiscal”, e, portanto,
regras societárias originais da Lei nº 6.404, de 1976, anteriores à Lei nº 11.638,
de 2007.

32. É bom esclarecer que não se está preconizando neste trabalho que o lucro ou
dividendo a ser isentado toma por base de distribuição o lucro real, base de
cálculo do IRPJ do distribuidor. Efetivamente, o que aqui denominamos de lucro
fiscal não é o lucro real (ou presumido ou arbitrado) base de cálculo do IRPJ. O
que denominamos de lucro fiscal - e que deve servir de base para a aplicação da
isenção do art. 10 da Lei Nº 9.249, de 1995 - é lucro apurado com base na
legislação societária, porém legislação societária vigente antes do advento da
Lei nº 11.638, de 2007, por força do que passou a determinar a Lei nº 11.941, de
2009 - RTT.

36. Dessa forma, o lucro ou o dividendo a ser considerado para fins de


aplicação do art. 10 da Lei nº 9.249, de 1995, é o lucro societário, apurado
segundo os critérios de 2007, denominado pela consulente como “lucro fiscal”
riqueza sobre a qual deve incidir a isenção prevista no mencionado artigo.
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IV

37. Dado o exposto, concluímos que o entendimento exarado na Nota


Técnica nº 16 – Cosit, segundo o qual para fins de distribuição de lucros e
dividendos, pelas pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição
(RTT), de que trata o art. 15 da Lei nº 11.941, de 2009, são considerados isentos
os lucros ou dividendos distribuídos até o montante do lucro fiscal apurado no
período, ou seja, do lucro líquido apurado conforme os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, é o mais adequado ao caso de
que se trata.

À consideração superior.

COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS, em 7 de fevereiro de 2013.

ARIELLA FERREIRA DA CLÁUDIA REGINA GUSMÃO


MOTA CORDEIRO

Procuradora da Fazenda Procuradora da Fazenda


Nacional Nacional

Aprovo. Encaminhe-se à Secretaria da Receita Federal do Brasil.

COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS, em 7 de fevereiro de 2013.

RONALDO AFFONSO NUNES LOPES BAPTISTA

Procurador-Geral Adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário Substituto

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Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995

Art. 10. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a
partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos
à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do
imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País
ou no exterior.

Parágrafo único. No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência de


aumento de capital por incorporação de lucros apurados a partir do mês de
janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, o custo de
aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado, que
corresponder ao sócio ou acionista.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção V

Das Demonstrações Financeiras

Art. 10. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar


balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos
e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no
Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur).

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3. OBRIGATORIEDADE DOS RECÁLCULOS DE APURAÇÃO DOS LUCROS CONTÁBEIS
E/OU DOS PREJUÍZOS CONTÁBEIS APURADOS PELAS EMPRESAS DESDE 2008 ATÉ
2013, PARA FINS FISCAIS, SEPARANDO-SE O QUE É LUCRO OU PREJUÍZO CONTÁBIL
PARA FINS SOCIETÁRIOS.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção IX

Do Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real

Subseção I

Da Demonstração do Lucro Real e Apuração do Imposto

Art. 18. Até o ano-calendário de 2013, em cada período de apuração, o


contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando:

I - o lucro líquido do período para fins societários;

II - o lançamento do ajuste específico do RTT;

III - o lucro líquido do período de apuração;

IV - os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição,


exclusão e compensação, nos termos dos arts. 8º e 9º; e

V - o lucro real.

Parágrafo único. A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no Lalur.

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Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

CAPÍTULO I

Do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 2º As alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007,


e pela Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de
receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício
definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, não terão efeitos
para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser
considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em
31 de dezembro de 2007.

§ 2º Nas referências da legislação do Imposto sobre a Renda e da CSLL a


elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido, bem como a Resultados,
Receitas, Custos e Despesas, deverão ser considerados os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

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4. OBRIGATORIEDADE DE DOIS BALANÇOS CONTÁBEIS E DE DUAS DEMONSTRAÇÕES
DE RESULTADOS DESDE 2008 ATÉ 2013.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção V

Das Demonstrações Financeiras

Art. 10. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar


balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no Livro
de Apuração do Lucro Real (Lalur).

Seção IX

Do Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real

Subseção I

Da Demonstração do Lucro Real e Apuração do Imposto

Art. 18. Até o ano-calendário de 2013, em cada período de apuração, o


contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando:

I - o lucro líquido do período para fins societários;

II - o lançamento do ajuste específico do RTT;

III - o lucro líquido do período de apuração;

IV - os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição,


exclusão e compensação, nos termos dos arts. 8º e 9º; e

V - o lucro real.

Parágrafo único. A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no Lalur.

Subseção II

Do Lucro líquido para fins Societários

Art. 20. O lucro líquido para fins societários será apurado com a utilização dos
métodos e critérios contábeis definidos pela Lei nº 6.404, de 1976, com a adoção:

I - dos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638, de 2007, e


pela Lei nº 11.941, de 2009;

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II - das determinações constantes das normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177 da
Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias abertas e outras que optem pela
sua observância; e

III - das determinações constantes das normas expedidas pelos demais órgãos
reguladores que visem alinhar a legislação específica com os padrões
internacionais de contabilidade, no caso de pessoas jurídicas a eles subordinados.

§ 1º O lucro líquido para fins societários será obtido na escrituração contábil para
fins societários.

§ 2º No caso de pessoa jurídica que tenha adotado a Escrituração Contábil Digital


(ECD), nos termos da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de
2007, a escrituração contábil para fins societários, referida no § 1º, será a própria
ECD.

Subseção III

Do Lucro líquido do Período de Apuração

Art. 21. O lucro líquido do período de apuração, de que tratam o inciso III do art.
18 e o caput do art. 7º, será obtido:

I - no FCONT de que tratam os arts. 7º e 8º da Instrução Normativa RFB nº 949, de


16 de junho de 2009; ou

II - na ECF de que trata o art. 4º.

Parágrafo único. O FCONT será gerado a partir da escrituração contábil para fins
societários, expurgando e inserindo lançamentos conforme disposto no art. 1º
daInstrução Normativa RFB nº 967, de 2009.

Subseção IV

Do Ajuste Específico do RTT

Art. 22. O ajuste específico do RTT será a diferença entre o lucro líquido do
período de apuração, referido no art. 21, e o lucro líquido do período para fins
societários, referido no art. 20.

§ 1º O ajuste específico do RTT reverterá o efeito da utilização de métodos e


critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária baseada nos
métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

§ 2º Para a realização do ajuste específico do RTT deverá ser mantido o controle


definido nos arts. 3º e 6º.

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5. OBRIGATORIEDADE DE DOIS BALANÇOS CONTÁBEIS E DE DUAS DEMONSTRAÇÕES
DE RESULTADOS DESDE A PARTIR DE JANEIRO DE 2014.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção V

Das Demonstrações Financeiras

Art. 10. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar


balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no Livro
de Apuração do Lucro Real (Lalur).

Art. 19. A partir do ano-calendário de 2014, em cada período de apuração, o


contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando:

I - o lucro líquido do período apurado conforme ECF prevista no art. 4º;

II - os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição,


exclusão e compensação, nos termos dos arts. 8º e 9º, com a indicação, quando
for o caso, dos registros correspondentes na ECF de que trata o art. 4º; e

III - o lucro real.

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6. COMO APLICAR O REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO – RTT PARA FINS DE
CÁLCULOS FISCAIS NA APURAÇÃO DO LALUR (IRPJ) CSLL, PIS E COFINS.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção IV

Dos Ajustes do Lucro Líquido

Subseção I

Das Adições

Art. 8º Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido de que


trata o parágrafo único do art. 7º:

I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer


outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; e

II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos


na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam
ser computados na determinação do lucro real.

Parágrafo único. Os valores a serem adicionados são os apurados com


observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de
2007.

Subseção II

Das Exclusões e Compensações

Art. 9º Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido de


que trata o parágrafo único do art. 7º:

I - os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não
tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;

II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na


apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam
computados no lucro real; e

III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a


compensação a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e
exclusões previstas na legislação tributária, desde que a pessoa jurídica
mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios
do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observadas as demais regras
previstas na legislação tributária.

Parágrafo único. Os valores a serem excluídos são os apurados com observância


dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

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Seção V

Das Demonstrações Financeiras

Art. 10. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar


balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no Livro
de Apuração do Lucro Real (Lalur).

Seção VI

Do Prêmio na Emissão de Debêntures

Art. 11. Não será computado na determinação do lucro real e da base de cálculo
da CSLL o valor do prêmio na emissão de debêntures, quando a pessoa jurídica
observar os seguintes procedimentos:

I - reconhecer o valor do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado


pelo regime de competência e de acordo com as determinações constantes das
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da competência
conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias
abertas e de outras que optem pela sua observância;

II - excluir do Lalur o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício


decorrente do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração do lucro
real; e

III - manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do


prêmio na emissão de debêntures em reserva de lucros específica.

§ 1º O valor do prêmio na emissão de debêntures de que trata o caput será


tributado caso seja dada destinação diversa da que está prevista no inciso III do
caput, inclusive nas hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,


mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
prêmios na emissão de debêntures;

II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital


social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da emissão das debêntures com o
prêmio, com posterior capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base
para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões
decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou

III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 2º Na hipótese prevista no § 1º a pessoa jurídica deverá adicionar no Lalur, para


fins de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II do caput.

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Seção VII

Das Subvenções para Investimento e Doações

Art. 12. Não será computado na determinação do lucro real e da base de cálculo
da CSLL o valor das subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou
redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos, e das doações, feitas pelo Poder Público, quando
a pessoa jurídica observar os procedimentos de que trata o art. 13.

Art. 13. São condições para a exclusão do lucro real a que se refere o art. 12:

I - reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do resultado pelo regime


de competência, inclusive com observância das determinações constantes das
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da competência
conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias
abertas e de outras que optem pela sua observância;

II - excluir do Lalur o valor decorrente de doações ou subvenções governamentais


para investimentos, reconhecido no exercício, para fins de apuração do lucro real;
e

III - manter em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404, de
1976, a parcela decorrente de doações ou subvenções governamentais apurada
até o limite do lucro líquido do exercício.

§ 1º As doações e subvenções de que trata o caput serão tributadas caso seja


dada destinação diversa da prevista neste artigo, inclusive nas hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,


mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
doações ou subvenções governamentais para investimentos;

II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital


social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com
posterior capitalização do valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a
base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das
exclusões decorrentes de doações ou de subvenções governamentais para
investimentos; ou

III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 2º Na hipótese prevista no § 1º a pessoa jurídica deverá adicionar no Lalur, para


fins de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II do caput.

§ 3º Se, no período base em que ocorrer a exclusão referida no inciso II do caput,


a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à
parcela decorrente de doações e subvenções governamentais, e neste caso não
puder ter sido atendido o procedimento previsto no inciso III do caput, a reserva
deverá ser constituída com parcela de lucro de exercícios subsequentes.

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Seção VIII

Das Disposições Específicas do RTT

Subseção I

Dos Juros sobre o Capital Próprio

Art. 14. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro real e
da base de cálculo da CSLL, os juros pagos ou creditados individualizadamente a
titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,
calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata
dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Parágrafo único. No cálculo da parcela a deduzir prevista no caput, deverá ser


considerado o valor do patrimônio líquido segundo os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Subseção II

Do Investimento Avaliado pelo Valor de Patrimônio Líquido

Art. 15. Serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, conforme o art. 248 da
Lei nº 6.404, de 1976, vigente em 31 de dezembro de 2007, os investimentos
relevantes da pessoa jurídica:

I - em sociedades controladas; e

II - em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que


participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social.

§ 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento)
ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou


por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem,
de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de
eleger a maioria dos administradores.

§ 3º Considera-se relevante o investimento:

I - em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou


superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica
investidora; ou

II - no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual


ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do patrimônio líquido da pessoa
jurídica investidora.

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Subseção III

Da Avaliação do Investimento

Art. 16. Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor
de patrimônio líquido da coligada ou controlada, determinado conforme métodos
e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Art. 17. A empresa controlada e coligada deverá fornecer à investidora as


informações necessárias à avaliação a que se refere o art. 16.

Parágrafo único. Alternativamente, no caso de investimento em empresa


domiciliada no exterior ou tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, a
empresa investidora deverá fazer no balanço ou balancete da coligada ou
controlada os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes
decorrentes da diversidade de critérios contábeis.

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7. ORIENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE QUAIS SÃO AS NOVAS REGRAS CONTÁBEIS NO
BRASIL – IFRS, OBRIGATÓRIAS PARA TODAS AS EMPRESAS NO BRASIL,
INDEPENDENTEMENTE DO SEU REGIME DE TRIBUTAÇÃO, SEJA LUCRO REAL, LUCRO
PRESUMIDO, LUCRO ARBITRADO OU SIMPLES NACIONAL.

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8. OBRIGATORIEDADE DE QUATRO ARQUIVOS MAGNÉTICOS:

• ECF DIGITAL: IN-RFB nº 1.397/13, art. 4º;

• FCONT: IN-RFB nº 1.397/13, art. 6º:

• EFD-IRPJ: IN-RFB nº 1.397/13, art. 19, §§ 1º ao 6º;

• ECD: IN-RFB nº 1.397/13, art. 20º, § 2º.

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9. EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO PRESUMIDO: MEMÓRIAS DE CÁLCULOS DO
RTT E NOVAS REGRAS CONTÁBEIS PARA FINS DE CÁLCULOS DO IRPJ, CSLL, PIS E
COFINS.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção X

Da Aplicação do RTT ao Lucro Presumido

Art. 23. Para as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT, o lucro presumido deverá ser
apurado de acordo com a legislação de regência do tributo, com utilização dos
métodos e critérios contábeis a que se refere o art. 2º, independentemente da
forma de contabilização determinada pelas alterações da legislação societária
decorrentes da Lei nº 11.638, de 2007, daLei nº 11.941, de 2009, e da respectiva
regulamentação.

Parágrafo único. Na apuração da base de cálculo referida no caput, proceder-se-á


aos seguintes ajustes:

I - exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser


diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e
critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles
aplicáveis à legislação tributária; e

II - adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora


diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e
critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles
aplicáveis à legislação tributária.

Art. 24. Para fins do disposto no art. 23, o contribuinte deverá manter memória
de cálculo que permita:

I - identificar o valor da receita auferida em cada período; e

II - controlar os montantes das respectivas exclusões e adições à base de cálculo,


a que se refere o parágrafo único do art. 23.

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10. ORIENTAÇÃO PRÁTICA SOBRE:

10.1. BALANÇO PATRIMONIAL:

ATIVO CONTÁBIL FISCAL X ATIVO CONTÁBIL SOCIETÁRIO

PASSIVO CONTÁBIL FISCAL X PASSIVO CONTÁBIL SOCIETÁRIO

10.2. DRE FISCAL X DRE SOCIETÁRIA;

10.3. DLPA FISCAL X DLPA SOCIETÁRIA;

10.4. DFC FISCAL X DFC SOCIETÁRIA;

10.5. DVA FISCAL X DVA SOCIETÁRIA;

10.6. DMPL FISCAL X DMPL SOCIETÁRIA.

Ver anexos nº 7, 8, 15.

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11. RECÁLCULO OBRIGATÓRIO DESDE 2008 A 2013 DOS SEGUINTES ITENS:

11.1. LUCROS E DIVIDENDOS QUE JÁ FORAM DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS OU


ACIONISTAS: RECÁLCULO PARA SE APURAR QUAL É A PARTE ISENTA DE TRIBUTAÇÃO
E QUAL É A PARTE TRIBUTADA, REGULARIZAÇÃO DOS INFORMES DE RENDIMENTOS,
DIRF, DIRPF DESDE 2008, PARTE TRIBUTADA PELA TABELA PROGRESSIVA DE IRRF,
BENEFICIÁRIO PESSOA JURÍDICA DEVERÁ TRIBUTAR NORMALMENTE, BENEFICIÁRIO
ESTRANGEIRO TRIBUTAÇÃO DE 15%; BENEFICIÁRIO EM PARAÍSO FISCAL 25%.

Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995

Art. 10. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a
partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos
à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do
imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País
ou no exterior.

Parágrafo único. No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência de


aumento de capital por incorporação de lucros apurados a partir do mês de
janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, o custo de
aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado, que
corresponder ao sócio ou acionista.

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PARECER/PGFN/CAT/Nº 202/2013

Regime Tributário de Transição. Lucros e dividendos pagos ou creditados pelas


pessoas jurídicas. Art. 15 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, e art. 10 da
Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. O lucro a ser considerado para fins da
isenção prevista no art. 10 da Lei nº 9.249, de 1995, é o lucro fiscal obtido com a
aplicação do Regime Tributário de Transição, de que trata o art. 15 da Lei nº
11.941, de 2009, e não o lucro societário obtido com base nas regras contábeis
da Lei nº 6.404, de 1 de dezembro de 1976 com as alterações trazidas pela Lei
nº11.638, de 28 de dezembro de 2007.

36. Dessa forma, o lucro ou o dividendo a ser considerado para fins de


aplicação do art. 10 da Lei nº 9.249, de 1995, é o lucro societário, apurado
segundo os critérios de 2007, denominado pela consulente como “lucro fiscal”
riqueza sobre a qual deve incidir a isenção prevista no mencionado artigo.
IV
37. Dado o exposto, concluímos que o entendimento exarado na Nota
Técnica nº 16 – Cosit, segundo o qual para fins de distribuição de lucros e
dividendos, pelas pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição
(RTT), de que trata o art. 15 da Lei nº 11.941, de 2009, são considerados isentos
os lucros ou dividendos distribuídos até o montante do lucro fiscal apurado no
período, ou seja, do lucro líquido apurado conforme os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, é o mais adequado ao caso de
que se trata.
À consideração superior.
COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS, em 7 de fevereiro de 2013.

ARIELLA FERREIRA DA CLÁUDIA REGINA GUSMÃO


MOTA CORDEIRO

Procuradora da Fazenda Procuradora da Fazenda


Nacional Nacional

Aprovo. Encaminhe-se à Secretaria da Receita Federal do Brasil.

COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS, em 7 de fevereiro de 2013.

RONALDO AFFONSO NUNES LOPES BAPTISTA

Procurador-Geral Adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário Substituto

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Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Capítulo III

dos Lucros ou Dividendos

Art. 26. Os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas


tributadas com base no lucro real não integrarão a base de cálculo:

I - do Imposto sobre a Renda e da CSLL da pessoa jurídica beneficiária; e

II - do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física beneficiária.

Parágrafo único. Os lucros ou dividendos a serem considerados para fins do


tratamento previsto no caput são os obtidos com observância dos métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Art. 27. No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou
arbitrado, poderá ser distribuído, a título de lucros, sem incidência do Imposto
sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF):

I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e


contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; e

II - a parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado no inciso I,


desde que a empresa demonstre, por meio de escrituração contábil fiscal
conforme art. 3º, que o lucro obtido com observância dos métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 é maior que o determinado
segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual
houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado.

Art. 28. A parcela excedente de lucros distribuídos deverá:

I - estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado


de acordo com a Tabela Progressiva Mensal e integrar a base de cálculo do
Imposto sobre a Renda na Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário do
recebimento, no caso de beneficiário pessoa física residente no País;

II - ser computada na base de cálculo do Imposto sobre a Renda e da CSLL, para as


pessoas jurídicas domiciliadas no País;

III - estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado
à alíquota de 15% (quinze por cento), no caso de beneficiário residente ou
domiciliado no exterior; e

IV - estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado


a alíquota de 25% (vinte e cinco por cento), no caso de beneficiário residente ou
domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida a que se refere o
art. 24 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.

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11.2. JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção VIII

Das Disposições Específicas do RTT

Subseção I

Dos Juros sobre o Capital Próprio

Art. 14. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro real e
da base de cálculo da CSLL, os juros pagos ou creditados individualizadamente a
titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,
calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata
dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

Parágrafo único. No cálculo da parcela a deduzir prevista no caput, deverá ser


considerado o valor do patrimônio líquido segundo os métodos e critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

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Processo de Consulta nº 103/13

órgão Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 8a. RF

Decisão Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ.

Ementa: JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO.


Na vigência do Regime Tributário de Transição, quando do cálculo da parcela a
deduzir prevista no art. 9º da Lei nº 9.249, de 1995, deverão ser considerados a
composição e valor do patrimônio líquido definidos segundo os métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Não há que se cogitar da
produção de efeitos tributários decorrentes da adoção de métodos e critérios
destinados a promover a harmonização das normas contábeis brasileiras às
normas internacionais, se não vigentes naquela data, inclusive no que diz respeito
ao cálculo do montante dedutível a título de Juros sobre Capital Próprio.

Dispositivos Legais: Lei no 11.941, de 27 de maio de 2009, arts. 15 e 16; Nota Cosit
no 16, de 17 de maio de 2012; Parecer PGFN no 202, de 07 de fevereiro de 2013 e
Instrução Normativa SRF nº 11, de 21 de fevereiro de 1996, art. 30, parágrafo
único.

Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.

JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO. REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO. Na


vigência do Regime Tributário de Transição, quando do cálculo da parcela a
deduzir prevista no art. 9º da Lei nº 9.249, de 1995, deverão ser considerados a
composição e valor do patrimônio líquido definidos segundo os métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Não há que se cogitar da
produção de efeitos tributários decorrentes da adoção de métodos e critérios
destinados a promover a harmonização das normas contábeis brasileiras às
normas internacionais, se não vigentes naquela data, inclusive no que diz respeito
ao cálculo do montante dedutível a título de Juros sobre Capital Próprio.

Dispositivos Legais: Lei no 11.941, de 27 de maio de 2009, arts. 15, 16 e 21; Nota
Cosit no 16, de 17 de maio de 2012; Parecer PGFN no 202, de 07 de fevereiro de
2013 e Instrução Normativa SRF nº 11, de 21 de fevereiro de 1996, art. 30,
parágrafo único.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES - Chefe

Data da decisão: 09/05/2013

Data da publicação no DOU: 02/08/2013

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11.3. EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL/ PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Subseção II

Do Investimento Avaliado pelo Valor de Patrimônio Líquido

Art. 15. Serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, conforme o art. 248 da
Lei nº 6.404, de 1976, vigente em 31 de dezembro de 2007, os investimentos
relevantes da pessoa jurídica:

I - em sociedades controladas; e

II - em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que


participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social.

§ 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento)
ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou


por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem,
de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de
eleger a maioria dos administradores.

§ 3º Considera-se relevante o investimento:

I - em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou


superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica
investidora; ou

II - no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual


ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do patrimônio líquido da pessoa
jurídica investidora.

Subseção III

Da Avaliação do Investimento

Art. 16. Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor
de patrimônio líquido da coligada ou controlada, determinado conforme métodos
e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Art. 17. A empresa controlada e coligada deverá fornecer à investidora as


informações necessárias à avaliação a que se refere o art. 16.

Parágrafo único. Alternativamente, no caso de investimento em empresa


domiciliada no exterior ou tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, a
empresa investidora deverá fazer no balanço ou balancete da coligada ou
controlada os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes
decorrentes da diversidade de critérios contábeis.

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11.4. BAIXA DE BENS;

RIR - REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA - Decreto nº 3.000, de 26/03/1999

CAPÍTULO VII

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Seção I

Ganhos e Perdas de Capital

Subseção I

Disposições Gerais

Art. 418. Serão classificados como ganhos ou perdas de capital, e computados na


determinação do lucro real, os resultados na alienação, na desapropriação, na
baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na
liquidação de bens do ativo permanente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 31).

§ 1º Ressalvadas as disposições especiais, a determinação do ganho ou perda de


capital terá por base o valor contábil do bem, assim entendido o que estiver
registrado na escrituração do contribuinte e diminuído, se for o caso, da
depreciação, amortização ou exaustão acumulada (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977,
art. 31, § 1º).

§ 2º O saldo das quotas de depreciação acelerada incentivada, registradas no


LALUR, será adicionado ao lucro líquido do período de apuração em que ocorrer a
baixa.

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11.5. DEPRECIAÇÕES;

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Subseção IV

Do Ajuste Específico do RTT

Art. 22. O ajuste específico do RTT será a diferença entre o lucro líquido do
período de apuração, referido no art. 21, e o lucro líquido do período para fins
societários, referido no art. 20.

§ 1º O ajuste específico do RTT reverterá o efeito da utilização de métodos e


critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária baseada nos
métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

§ 2º Para a realização do ajuste específico do RTT deverá ser mantido o controle


definido nos arts. 3º e 6º.

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11.6. REFLEXOS DO RTT NOS CÁLCULOS DE PIS E COFINS;

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Capítulo II

Da Aplicação do RTT à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins

Art. 25. As pessoas jurídicas sujeitas ao RTT deverão apurar a base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição Social para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) de acordo com a legislação de regência de cada
contribuição, com utilização dos métodos e critérios contábeis a que se referem os
arts. 2º e 11 a 13, independentemente da forma de contabilização determinada
pelas alterações da legislação societária decorrentes da Lei nº 11.638, de 2007, da
Lei nº 11.941, de 2009, e da respectiva regulamentação.

§ 1º O disposto no caput aplica-se também à apuração dos créditos decorrentes


do regime de não cumulatividade, que deverão ter por base os registros do
controle a que se referem os arts. 3º a 6º.

§ 2º Para apuração da base de cálculo referida no caput, deverão ser efetuados


os seguintes ajustes:

I - exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser


diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e
critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles
aplicáveis à legislação tributária; e

II - adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora


diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e
critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles
aplicáveis à legislação tributária.

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11.7. SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTOS E DOAÇÕES

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção VII

Das Subvenções para Investimento e Doações

Art. 12. Não será computado na determinação do lucro real e da base de cálculo
da CSLL o valor das subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou
redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos, e das doações, feitas pelo Poder Público, quando
a pessoa jurídica observar os procedimentos de que trata o art. 13.

Art. 13. São condições para a exclusão do lucro real a que se refere o art. 12:

I - reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do resultado pelo regime


de competência, inclusive com observância das determinações constantes das
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da competência
conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias
abertas e de outras que optem pela sua observância;

II - excluir do Lalur o valor decorrente de doações ou subvenções governamentais


para investimentos, reconhecido no exercício, para fins de apuração do lucro real;
e

III - manter em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404, de
1976, a parcela decorrente de doações ou subvenções governamentais apurada
até o limite do lucro líquido do exercício.

§ 1º As doações e subvenções de que trata o caput serão tributadas caso seja


dada destinação diversa da prevista neste artigo, inclusive nas hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,


mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
doações ou subvenções governamentais para investimentos;

II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital


social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com
posterior capitalização do valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a
base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das
exclusões decorrentes de doações ou de subvenções governamentais para
investimentos; ou

III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

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§ 2º Na hipótese prevista no § 1º a pessoa jurídica deverá adicionar no Lalur, para
fins de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II do caput.

§ 3º Se, no período base em que ocorrer a exclusão referida no inciso II do caput,


a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou lucro líquido contábil inferior à
parcela decorrente de doações e subvenções governamentais, e neste caso não
puder ter sido atendido o procedimento previsto no inciso III do caput, a reserva
deverá ser constituída com parcela de lucro de exercícios subsequentes.

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11.8. PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção VI

Do Prêmio na Emissão de Debêntures

Art. 11. Não será computado na determinação do lucro real e da base de cálculo
da CSLL o valor do prêmio na emissão de debêntures, quando a pessoa jurídica
observar os seguintes procedimentos:

I - reconhecer o valor do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado


pelo regime de competência e de acordo com as determinações constantes das
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, no uso da competência
conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias
abertas e de outras que optem pela sua observância;

II - excluir do Lalur o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício


decorrente do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração do lucro
real; e

III - manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do


prêmio na emissão de debêntures em reserva de lucros específica.

§ 1º O valor do prêmio na emissão de debêntures de que trata o caput será


tributado caso seja dada destinação diversa da que está prevista no inciso III do
caput, inclusive nas hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular,


mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência
será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de
prêmios na emissão de debêntures;

II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital


social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da emissão das debêntures com o
prêmio, com posterior capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base
para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões
decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou

III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 2º Na hipótese prevista no § 1º a pessoa jurídica deverá adicionar no Lalur, para


fins de apuração do lucro real, o valor referido no inciso II do caput.

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11.9. AJUSTES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATRAVÉS DOS AJUSTES CONTÁBEIS DE
EXERCÍCIOS ANTERIORES;

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Subseção IV

Do Ajuste Específico do RTT

Art. 22. O ajuste específico do RTT será a diferença entre o lucro líquido do
período de apuração, referido no art. 21, e o lucro líquido do período para fins
societários, referido no art. 20.

§ 1º O ajuste específico do RTT reverterá o efeito da utilização de métodos e


critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária baseada nos
métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

§ 2º Para a realização do ajuste específico do RTT deverá ser mantido o controle


definido nos arts. 3º e 6º.

Lei 6.404/76

Seção IV

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:

I - o saldo do inicio do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção


monetária do saldo inicial;

II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;

III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros


incorporada ao capital e ao saldo ao fim do período.

§ 1º - COMO AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES SERÃO CONSIDERADOS


APENAS OS DECORRENTES DE EFEITOS DE MUDANÇA DE CRITÉRIO CONTÁBIL, OU
DA RETIFICAÇÃO DE ERRO IMPUTÁVEL A DETERMINADO EXERCÍCIO ANTERIOR, E
QUE NÃO POSSAM SER ATRIBUÍDOS A FATOS SUBSEQÜENTES.

§ 2º - A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o


montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela
companhia.

- Ver anexo nº 23 – jurisprudências fiscais sobre “ajustes contábeis de exercícios


anteriores”

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11.10. AO FINAL DE TODOS OS AJUSTES CONTÁBEIS DE ANOS ANTERIORES O SALDO
DE LUCROS ACUMULADOS OU DE PREJUÍZOS ACUMULADOS IRÁ AUMENTAR OU
DIMINUIR?

Atenção: A empresa deverá separar o que é saldo de lucros acumulados cálculo


societário (com as Novas Regras Contábeis – NRC) e saldo de lucros acumulados
cálculo fiscal (sem as Novas Regras Contábeis – NRC).

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11.11. IMPACTOS NOS CÁLCULOS DOS PREÇOS DE TRANSFERÊNCIAS

Atenção: A empresa deverá “expurgar” de todos os custos, despesas e receitas, os


efeitos das contabilizações das Novas Regras Contábeis – NRC, pois para o fisco da
RFB o que interessa é o “Lucro Fiscal” e não o “Lucro Societário”.

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11.12. IMPACTOS NOS CÁLCULOS DOS PREJUÍZOS EM REORGANIZAÇÕES
SOCIETÁRIAS;

11.13. NOS CASOS DE INCORPORAÇÃO, CISÃO PARCIAL, CISÃO TOTAL, FUSÃO E


EXTINÇÃO;

11.14. ÁGIO CALCULADO COM BASE NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA INVESTIDA COM


OU SEM O SALDO DO REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO – RTT.

11.15. ANALISE SE SERÁ OU NÃO NECESSÁRIO E TALVEZ OBRIGATÓRIO RETIFICAR A


DIPJ, FCONT, ECD, DCTF, DACON, EFD-CONTRIBUIÇÕES, DESDE 2008 A 201 POR
CONTA DOS AJUSTES DO RTT?

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12. COMO CALCULAR NA PRÁTICA O LALUR (IRPJ), CSLL, RTT, COM BASE NAS NOVAS
REGRAS CONTÁBEIS – NORMAS INTERNACIONAIS, DESDE 2008 A 2013 E COMO
CALCULAR A PARTIR DE JANEIRO/2014.

- IN-RFB nº 1.397/13, arts. 3º ao 7º;

- IN-RFB nº 1.397/13, arts. 18 ao 22.

- Ver cálculo prático nos anexos nº 3, 11-A, 11-B desse curso.

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13. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS PARA FINS
TRIBUTÁRIOS E QUE DEVEM SER APRESENTADOS AO FISCO DA RFB E QUE DEVEM
SER TRANSCRITAS NO LIVRO LALUR.

Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

Seção V

Das Demonstrações Financeiras

Art. 10. Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar


balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e
critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no Livro
de Apuração do Lucro Real (Lalur).

RIR 99 - REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA

Seção IX

Demonstrações Financeiras

Art. 274. Ao fim de cada período de incidência do imposto, o contribuinte deverá


apurar o lucro líquido mediante a elaboração, com observância das disposições
da lei comercial, do balanço patrimonial, da demonstração do resultado do
período de apuração e da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 7º, § 4º, e Lei nº 7.450, de 1985, art. 18).

RIR/94: Art. 220.

§ 1º O lucro líquido do período deverá ser apurado com observância das


disposições da Lei nº 6.404, de 1976 (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 67, inciso
XI, Lei nº 7.450, de 1985, art. 18, e Lei nº 9.249, de 1995, art. 5º).

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14. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS PARA FINS DE
LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA E TRANSCRIÇÃO NO LIVRO DIÁRIO E TAMBÉM PARA
EFEITOS DE APRESENTAÇÃO A TERCEIROS (SERASA, FORNECEDORES, BANCOS,
LICITAÇÕES PÚBLICAS, ADMINISTRADORES DA EMPRESA. SÓCIOS, ACIONISTAS E A
QUEM POSSA INTERESSAR).

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15. DENÚNCIA ESPONTÂNEA: COMO REGULARIZAR ESPONTANEAMENTE AS
DIFERENÇAS DE TRIBUTOS (IRPJ, CSLL, PIS E COFINS), QUE FORAM RECALCULADOS
DESDE 2008 ATÉ O BALANCETE CONTÁBIL DE SETEMBRO/2013, COM O OBJETIVO DE
NÃO PAGAR A MULTA DE MORA E NEM A MULTA FISCAL, DE FORMA LEGAL?

Ver slides nº

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16. PONTOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO LEGAL PARA FINS DE REGULARIZAÇÃO
DOS RECÁLCULOS DO RTT OBRIGATÓRIO DESDE DEZEMBRO 2008 ATÉ
SETEMBRO/2013.

16.1. Recalcular o Lalur (IRPJ ) e a CSLL desde 2008. Se der diferença para mais de
IRPJ e CSLL, regularizar o pagamento complementar com base no art. 138 do CTN.
Denúncia Espontânea.

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17. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E/OU JUDICIAIS EM RELAÇÃO À OBRIGATORIEDADE
DOS RECÁLCULOS DO RTT E DOS REFLEXOS TRIBUTÁRIOS DESDE 2008.

 Impetrar Mandado de Segurança Preventiva;

 Fazer Consulta Administrativa Fiscal – Decreto nº 70.235/72, art. 46 a 58; IN-


RFB nº 1.396/13;

 Regularizar tudo espontaneamente e retificar tudo o que for necessário, de


acordo com a IN-RFB nº 1.397/13;

 Não fazer nada.

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18. EMPRESA QUE NUNCA CONTABILIZOU AS NOVAS REGRAS CONTÁBEIS – IFRS, OU
SEJA, DESDE 2008 ATÉ HOJE: O QUE DEVERÁ FAZER NO FECHAMENTO DOS
BALANÇOS DE 2013 E A PARTIR DE JANEIRO/2014? TAMBÉM SERÁ OBRIGADA A
FAZER DOIS BALANÇOS E DUAS DRE? SERÁ TAMBÉM OBRIGADA A REFAZER OS
CÁLCULOS DE IRPJ, CSLL, PIS E COFINS DESDE 2008 ATÉ 2013?

Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013

Subseção IV

Do Ajuste Específico do RTT

Art. 22. O ajuste específico do RTT será a diferença entre o lucro líquido do
período de apuração, referido no art. 21, e o lucro líquido do período para fins
societários, referido no art. 20.

§ 1º O ajuste específico do RTT reverterá o efeito da utilização de métodos e


critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária baseada nos
métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.

§ 2º Para a realização do ajuste específico do RTT deverá ser mantido o controle


definido nos arts. 3º e 6º.

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Instrução Normativa RFB nº 949, de 16 de junho de 2009

Art. 8º O FCONT é uma escrituração, das contas patrimoniais e de resultado, em


partidas dobradas, que considera os métodos e critérios contábeis aplicados pela
legislação tributária, nos termos do art. 2º.

§ 1º A utilização do FCONT é necessária à realização dos ajustes previstos no


inciso IV do art. 3º, não podendo ser substituído por qualquer outro controle ou
memória de cálculo.

§ 2º Para fins de escrituração do FCONT, poderá ser utilizado critério de


atribuição de custos fixos e variáveis aos produtos acabados e em elaboração
mediante rateio diverso daquele utilizado para fins societários, desde que esteja
integrado e coordenado com o restante da escrituração, nos termos do art. 294
do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999.

§ 3º O atendimento à condição prevista no § 2º impede a aplicação do disposto


no art. 296 do Decreto nº 3.000, de 1999.

§ 4º No caso de não existir lançamento com base em métodos e critérios


diferentes daqueles prescritos pela legislação tributária, baseada nos critérios
contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, nos termos do art. 2º, fica
dispensada a elaboração do FCONT.

§ 4º A elaboração do FCONT é obrigatória, mesmo no caso de não existir


lançamento com base em métodos e critérios diferentes daqueles prescritos pela
legislação tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro
de 2007, nos termos do art. 2º. ( Redação dada pela Instrução Normativa RFB nº
1.139, de 28 de março de 2011 )

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19. COM BASE NA RETROATIVIDADE DE CÁLCULOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DESDE
2008 ATÉ 2012, AS EMPRESAS SERÃO OBRIGADAS A REPUBLICAREM OS SEUS
BALANÇOS, PRINCIPALMENTE AS EMPRESAS S/A/ ABERTA?

 Entendemos que sim;

 A própria CVM irá exigir que os balanços sejam republicados nos casos de S/A
aberta.

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PROFISSIONAL RESPONSÁVEL E PROFESSOR: Prof. Carlos Alberto Cordeiro
Fone/Fax: (11) 4712-4017 - Cel: (11) 9 9615-6995 - E-mail:
carlos@cordeirorodrigues.com.br

Consultor Tributarista com 28 anos de experiência e especialização em


assuntos contábeis, fiscais e societários; Atualmente desenvolve trabalhos de
assessoria e consultoria tributária e contábil em diversas empresas nacionais e
multinacionais no Brasil; Professor convidado em diversas organizações de
treinamento profissional;

Foi Gerente da Consultoria Tributária na COAD – SP; Ex-auditor contábil e fiscal


em empresas de auditoria.

Atualmente atua também como professor nas áreas tributárias, societária e


contábil nas seguintes instituições:
IBEF-RJ: www.ibefrio.org.br
FISCONET: www.fisconet.com.br
ADEVAL: www.adeval.com.br
NOTADEZ: www.notadez.com.br
Vieira & Rosenberg: www.vieiraerosenberg.com.br
PRODEP: www.prodep.com.br
IDEMP: www.idemp.com.br
EP Treinamentos: www.eptreinamentos.com.br
IAC Lopes – Instituto Álvares Cabral www.iaclopes.com.br

Professor convidado em diversas organizações públicas e privadas:


SIEMENS, VDO AUTOMOTIVE, TELEBRASÍLIA, CELPAV, GRUPO VOTORANTIM,
BANDES, TELEMAR Norte Leste S/A, ZF DO BRASIL S/A, Tribunal Superior do Trabalho
– TST, Tribunal Regional Eleitoral – TRE RJ, TV GLOBO, entre diversas outras
empresas nacionais e multinacionais.

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