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08/03/16

Aula  2b  
O  método  hidrogeológico    (ou  como  pensa  o  
hidrogeólogo)    

Ricardo  Hirata  
Centro  de  Pesquisas  de  Águas  Subterrâneas  
Universidade  de  São  Paulo  

Segunda  parte  

Modelo  conceitual  
•  Um  modelo  conceitual  em  hidrogeologia  é  
baseado  em:  

•  Geologia  
•  Hidrogeologia  
•  Hidrologia  
•  Hidroquímica  
•  Hidrologia  isotópica  
•  Química  de  contaminantes  
•  Claro,  muita  imaginação…  

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08/03/16  

Ferramentas  para  a  construção  do  modelo  


 
 conceptual  

Variabilidad  textural  y  grado  de  selección  de  


sedimentos  en  diferentes  ambientes  

Cascalho areia silte argila

eólico  
Boa
fundo  de  lago  
delta  distal  e  
sedimento  fluvial  

delta  proximal  
Média e  sedimento  
fluvial  

leque-­‐lacustre  e  
sedimento  em  contato  com  gelo  
Baixa
Zll  

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08/03/16  

Variabilidade  da  conduZvidade  hidráulica  em  


diferentes  sedimentos  

homogêneo heterogêneo
isotrópico

eólico   Till  não  fraturado  


deltáico  distal  
e  sedimento  
fluvial  
deltáico  proximal  
E  sedimento    
fundo  de     fluvial  
lago  
contacto  com  gelo  
e  leque  em  lago  e    
anisotrópico Zll  fraturado  

Ambiente  de  sedimentação  

•  O  entendimento  do  
ambiente  de  
sedimentação  e  da  
geologia  é  crucial  para  
determinação  da  
geometria  do  aquífero  e  
do  estabelecimento  de  
homogeneidades  e  
isotropias  do  aquífero,  
sobretudo  em  ambientes  
complexos  

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08/03/16  

Tipos  de  sistemas  fluviais  


e  caracterísZcas  gerais  em  
seção  (exagero  verZcal)  

Sistema  fluvial  
entrelaçado  
(braided)  
a)  domínio  de  
cascalho  e    
b)  domínio  de  areia  

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08/03/16  

Aquíferos  fraturados  e  o  controle  do  fluxo  da  água:  


a)  abertura  da  fratura;  
b)  conecZvidade  entre  fraturas  
c)  preenchimento  da  fraturas  
d)  rugosidade  
e)  comprimento  (dimensão)  
f)  aZtude  (mergulho  e  direção)  

Ramsay  &  Huber  (1988)  

n  Por que não existe uma boa relação entre densidade
de fratura e condutividade hidráulica?

Fraturas não são abertas da mesma forma (heterogeneidade)

abertura

densidade

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HORIZONTAL  OUTCROP  
σ1 (TRACES  OF  VERTICAL  FRACTURES)  


(∼60ο)
σ1  

VERTICAL  OUTCROP  

Fraturas de cisalhamento:
menor abertura

Fraturas extensionais: de maior abertura


Current  stress  field  
σ1

σ1

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Fraturas híbridas: cisalhamento e extensão


HORIZONTAL  OUTCROP  (TRACES  OF  VERTICAL  FRACTURES)   σ1


(<50ο)

HORIZONTAL  OUTCROP  (TRACES  OF  VERTICAL  FRACTURES)  

REGIME TECTÔNICO

FALHAS   NORMAIS   INVERSAS   TRANSCORRENTES  

Extensional   verZcal   horizontal   VerZcal  


Cisalhamento   60º  mergulho   30º  mergulho   verZcal  

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PERFILAGEM  
ACÚSTICA  
 
Equipamento  
uBlizado:  sonda  
BHTV  (borehole  
televiewer  
 
Imagem  
ObBda  
 
 
Pozo  691  
fratura  
97,1  a  98,2    

Ferramentas  para  a  construção  do  modelo    


 
conceptual  

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08/03/16  

•  Provas  de  
bombeamento  
e  slug  test  para  
determinação  
das  
caracterísZcas  
hidráulicas  do  
aquífero  e  sua  
geometría  

Uso  de  obturadores  


pneumáZcos,  
sobretodo  para  
aquíferos  fraturados  

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08/03/16  

Obturadores  pneumáZcos  
(packers)  

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08/03/16  

Ferramentas  para  a  construção  de  modelo  


 
 conceptual  

Climatologia  como  um  elemento  chave  para  a  definição  do  


modelo  conceitual  do  aquífero  

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08/03/16  

Determinação  de  recarga  pela  avaliação  de  hidrógrafas  de  um  rio  

Decomposição  de  um  hidrograma  


unitário  

Relação  água  subterrânea  e  superficial  


  Aquífero  alimenta  
o  rio  esBagem  
Aquífero  realimentado  
Vazão  1  
pela  chuva   Aquífero    
período  seco  

Vazão  diferencial  

Vazão  2  

Reserva  renováveis  anuais  

Determinação  da  recarga  ou  


descarga  do  rio  para  o  aquífero  

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Indução  da  água  subterrâneas  pelo  bombeamento  de  um  poços  

Ferramentas  para  a  construção  de  modelo  


 
 conceptual  

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08/03/16  

Métodos  de  amostragem  de  água  


subterrânea  
 

Aquífero  raso  

Aquífero  mais  profundo  


Contaminação  
estraZficada  

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08/03/16  

Ferramentas  para  a  construção  de  modelo  


 
 conceptual  

San  José  (Costa  Rica)  tem  mostrado  uma  persistente  


contaminação  por  nitrato  

Valle  Central  

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Origem  das  águas  subterrâneas  no  Aquífero  


Colima  (Costa  Rica)  

Ferramentas  para  a  construção  de  modelo  


 
 conceptual  

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08/03/16  

 
 

Contaminação  ajuda  a  determinar  fluxo  da  água  subterrânea   N

 
NO NE

O E
SO SE

•  Fluxo  obZdo  em   ÁREA COBERTA

CO
NC
RE
TO

poços  rasos  não  


ÁREA COBERTA
PM-12

PM-13
ÁREA COBERTA ML-1A PM-14
ML-1B
PM-15

bate  com  o  
PM-09

CO
NC
ML-2A

RET
PM-02
ML-2B

O
DO
PÍPE DW-03
LE
LE
RA PM-11
PA

modelo  
PM-07

DW-01
PM-17

CO
PM-16
NC
RE

conceitual  
TO PM-18
ÁREA COBERTA
PM-10

CA
PM-03

IX
A
ÁREA COBERTA

D'
ÁG
UA
PM-04

esperado  
The
Zona  com  poços  com  nitrato/amônio  
CO
NC
RE

image
TO DW-02
PM-08

PM-19

cannot
PM-05

RU
A PM-06
RE TERRA
DE

BL TERRA
IC
A
DE
ES
GO
TO
E
ÁG
UA
AS S
FA PL
LT
O
UV
TE IA
RR IS
A
CO TE ÁREA COBERTA
NC RR
RE A
TO
PV
AS
FA
LT
ÁREA COBERTA O

0 10 20m
ESCALA GRÁFICA

ASFALTO LIMITE DA PROPRIEDADE

N
NO NE
CONCRETO PV PONTO DE VISITA
O E

 
SO SE

S
BLOQUETE SENTIDO DE FLUXO DO EFLUENTE

Asfalto. A'

 
PARALELEPÍPEDO TRAÇADO DA TUBULAÇÃO

C
Concreto. TERRA TRAÇADO INFERIDO DA TUBULAÇÃO

A
Aterro: areia siltosa com porções argilosas. ÁREA COBERTA
C'
Argila orgânica, alta plasticidade, preta.

Areia fina a média, com matriz argilosa,


média plasticidade, cinza-bege.

Areia média a grossa, cinza-bege. Contato erosivo.

Geoquímica  de  contaminantes  


Fluxo da água.
Contato interdigitado.
Rocha alterada: areia média a grossa com porções
cauliníticas, quartzo, muscovita e biotita, branco acinzentada. Contato inferido.
L Base da galeria - Base da argila
NO
N
NE

O E

h
SO SE

Embasamento cristalino. Contato regular. Diferença de potencial hidráulico S

A SEÇÃO A- A' A'


SO NE
PM-04C
PM-18
PM-04B
GALPÃO
727,000 ÁREA COBERTA
GALERIA PM-04
RUA RUA
TO
RE
726,000 CO
NC

ÁREA COBERTA
?
PROFUNDIDADE (metros)

725,000
PM-12

N.A. PM-13

724,000 ÁREA COBERTA ML-1A PM-14

h
N.A. ML-1B
PM-15

?
L
PM-09
723,000
CO

-7
NC

K = 6,09.10 m/s ML-2A


RET

PM-02
ML-2B
O

722,000 DO
PÍPE DW-03
LE
LE

?
RA PM-11
PA

721,000
-6 PM-07
K = 1,23.10 m/s

720,000 PM-17
DW-01

CO
PM-16
NC
719,000 RE
TO PM-18
ÁREA COBERTA
PM-10

718,000
CA

PM-03
IX
A

0 5 10m ÁREA COBERTA


D'
ÁG
UA

ESCALA HORIZONTAL PM-04

CO
NC
RE
TO
C SEÇÃO C- C' C' DW-02
PM-08

PM-19

NO SE
PM-05

727,000 PM-04C PM-06


PM-06B
PM-04 PM-05
PM-04B
RU
A PM-06
RE TERRA
726,000 DE

BL TERRA
IC
A
DE
725,000 ES
GO
TO
E
ÁG
UA
724,000 AS
FA
S
PL
LT
O
UV
IA
PROFUNDIDADE (metros)

TE IS
RR
A
723,000 CO TE ÁREA COBERTA
NC RR
RE A
TO
PV
722,000 AS
FA
LT
ÁREA COBERTA O

721,000 ?

720,000
0 10 20m

719,000 ESCALA GRÁFICA

718,000

717,000
ASFALTO LIMITE DA PROPRIEDADE
716,000
CONCRETO PV PONTO DE VISITA
0 5 10m
ESCALA HORIZONTAL BLOQUETE SENTIDO DE FLUXO DO EFLUENTE

PARALELEPÍPEDO TRAÇADO DA TUBULAÇÃO

TERRA TRAÇADO INFERIDO DA TUBULAÇÃO

ÁREA COBERTA

17  
JUNHO DE 2002

724,0
N
NO NE

50
O E

08/03/16  
PM-12
(724,045) PM-13 SO SE

PM-14 (724,057)
(724,047) S

PM-15

724,0
(724,040)

PM-09

00
(724,013)

PM-02

723,
(724,048)

950
723,
PM-11

723,
(724,213)
PM-07 72

900
4,0

850
(723,924)

   
50

723,850
723,
PM-17

 
(723,909)

900
723,
PM-16
(724,036)
PM-18

950
(723,817)

V= 3,78 m/ano
PM-10
(724,014)
PM-03 724
(723,949) ,000

723,9
PM-04 50
(723,981)

V= 0,16 m/ano
723,90

Geoquímica  de  contaminantes  


0

PM-08
(723,885)
0

PM-19
723,95

(723,850) 723,850

PM-05 723,
(723,910)
V= 1,0 m/ano
850
723,
900
723,9
50
50
723,9 724,
000
000 PM-06
724, (724,003)

JUNHO DE 2002
JULHO DE 2002

724,
N

050
NO NE

N O E
NO NE PM-12
(724,045) PM-13 SO SE

O E PM-14 (724,057)
(724,047) S
PM-12

72
(723,868) PM-13 SO SE

3,8
PM-14 (723,878)
S PM-15
50
(723,868)

724,
(724,040)

000
PM-15 PM-09
(723,856) (724,013)

PM-09
(723,828)
72

PM-02
PM-02
3,8

(723,860)

723,
(724,048)
00

950
723,
72

PM-11

723,
3,7

(724,213)
PM-07 72

900
50

PM-11 4,0

850
(723,845)
(723,924)
50

723,850
V= 1,67 m/ano

PM-07
(723,734)

723,
PM-17
(723,909)
72

900
PM-17
3,7

(723,721)
PM-16
00

723,
(723,855) PM-16
(724,036)
PM-18

950
72 (723,817)
3,6 723,
50 PM-18 850
(723,705)
V= 3,78 m/ano
PM-03 PM-10
(723,760) PM-10 (724,014)
(723,831) PM-03 72
V= 3,17 m/ano (723,949) 4,0
00
723,
72 800
3,60 PM-04C
(723,611)
723,9
0 PM-04 50
PM-04B (723,981)
PM-04
723,7
50
V= 0,16 m/ano
723,9
00
PM-19 723,
(723,659) PM-08 700 PM-08
(723,885)

0
V= 4,24 m/ano (723,698) PM-19

723,95
(723,850) 723,850
PM-05 723,65
0 PM-05 723,
(723,910)
V= 1,0 m/ano
850
723,
900
723,9
723,6 50
00 950
723, 724,
PM-06 PM-06B 000
(723,582)
000 PM-06
724, (724,003)

JULHO DE 2002
DIREÇÃO ESTIMADA DE FLUXO
POÇO DE MONITORAMENTO RASO ZONA DE INFLEXÃO
PM-10 DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
N

723,600 NO NE

(723,570) CARGA HIDRÁULICA (metros) LINHAS EQUIPOTENCIAIS (metros) 0 10 20m O E


PM-12

72
ESCALA GRÁFICA (723,868) PM-13 SO SE

3,8
PM-14 (723,878)
S

50
(723,868)

PM-15
(723,856)

PM-09
(723,828)
72

PM-02
3,8

(723,860)
00
72
3,7
50

PM-11
(723,845)

V= 1,67 m/ano

PM-07
(723,734)
72

PM-17
3,7

(723,721)
PM-16
00

(723,855)

72 723,
3,6 PM-18
50 (723,705)
850
PM-03
(723,760) PM-10
(723,831)
V= 3,17 m/ano
723,
72 800
3,6 PM-04C
(723,611)
00
PM-04B
PM-04
723,7
50

PM-19 723,
(723,659) PM-08 700
(723,698)
V= 4,24 m/ano

PM-05 723,65
0

723,
600

PM-06 PM-06B
(723,582)

DIREÇÃO ESTIMADA DE FLUXO


POÇO DE MONITORAMENTO RASO ZONA DE INFLEXÃO
PM-10 DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

723,600
(723,570) CARGA HIDRÁULICA (metros) LINHAS EQUIPOTENCIAIS (metros) 0 10 20m
ESCALA GRÁFICA

Ricardo  Hirata  
Centro  de  Pesquisas  de  Águas  Subterrâneas  
Universidade  de  São  Paulo  
rhirata@usp.br  

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