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CORRENTE ELETRICA 0 QUE E A CORRENTE ELETRICA Consideremos 0 fio metélico da figura. Sendo um elemento condutor, esse fio apresen- ta uma grande quantidade de elétrons livres, que se movimentam de maneira desordenada no seu interior. ‘emetic Para conseguir um movimento ordenado, estabelece-se entre dois pontos do condutor uma diferenca de potencial (ddp), que cria no seu interior o campo elétrico B. Esse campo exerce em cada elétron livre uma forca F, capaz de movimentar esse_elétron_no sentido oposto ao do campo elétrico, j4 que a carga q dos elétrons é negativa e F = q- E. Ao movimento ordenado dos elétrons portadores de carga elétrica, devido 4 agao de um campo elétrico, damos 0 nome de corrente elétrica. Para estabelecer uma corrente elétrica num fio condutor usa-se umgerador, como, por exemplo, uma pilha ou uma bateria, que mantém, entre seus terminais, uma ddp constante A origem da palavra corrente esta ligada a uma analogia que os primeiros fisicos faziar entre a eletricidade e a agua. Eles imaginavam que a eletricidade era como a gua, isto 6, un fluido que escoava como a agua corrente. Os fios eram os encanamentos por onde passave essa corrente de eletricidade. SENTIDO DA CORRENTE ELETRICA Nos condutores s6lidos, o sentido da corrente elétrica 6 0 sentido do movimento dos elétrons no seu interior. Esse € o sentido real da corrente elétrica. No estudo da eletricidade, entretanto, adota-se um sentido convencional, que é do movimento das cargas positivas, e que corresponde ao sentido do campo elétrico E r interior do condutor. Assim, sempre que tratarmos de corrente elétrica, estaremos adotando o eentido convencional. O sentido da corrente elétrica é o do deslocamento imaginario das cargas positivas do condutor, isto 6, o mesmo do campo elétrico no seu interior. NATUREZA DA CORRENTE ELETRICA Quanto a natureza, a corrente elétrica pode ser classificada em eletrénica e iénica Corrente eletronica € aquela constituida pelo deslocamento dos elétrons livres. Ocor- re, principalmente, nos condutores metélicos. Corrente iénica é aquela constituida pelo deslocamento dos fons positivos e negati- vos, movendo-se simultaneamente em sentidos opostos. Ocorre nas solugées cletroliticas — solugées de dcidos, sais ou bases — e nos gases ionizados — lampadas fluorescentes. Nas solugées eletroliticas, as particulas portadoras de carga sdo os fons, que se move mentam sob a agao da forca do campo elétrico. Os fons positivos se movimentam no mesmo sentido do campo elétrico E, enquanto os negativos se movimentam no sentido oposto. INTENSIDADE DA CORRENTE ELETRICA Consideremos um condutor metélico de seco transversal 8, sendo percorrido por uma corrente elétrica. Suponha que, num intervalo de tempo At, pela secgao transversal S, passe uma quanti- dade de carga AQ, em médulo. Define-se como intensidade da corrente elétrica 7 a relagao: AQ At A quantidade de carga AQ é dada pelo produto do naimero 7 de elétrons pela carga do elétron. AQ = ne Em homenagem ao fisico e matematico francés André Marie Ampére (1775-1836), a unidade de corrente elétrica no SI é 0 ampére (A), j= 42 are = Levulumib i-a 7? 1 ampére Tsegundo #6 comum o emprego de submtiltiplos do ampére: o miliampére (mA) e o micro-ampére (HA): v1mA=107°A V1pA=10°A TIPOS DE CORRENTE ELETRICA Comumente consideram-se dois tipos de corrente elétrica: a continua (CC) e a alter- nada (CA). Corrente continua é aquela cujo sentido se mantém constante. Quando, além do sentido, a intensidade também se mantém constante, a corrente é chamada corrente continua constanto. B o que ocorre, por exemplo, nas correntes estabe- lecidas por uma bateria de automével e por uma pilha. Corrente alternada é aquela cuja intensidade e cujo sentido variam periodicamente. Esse € 0 caso das correntes utilizadas em residéncias, que so fornecidas pelas usinas hidrelétricas, em que temos uma corrente alternada de freqiiéncia 60 ciclos por segundo, Suas representacoes gréficas siio: ik A intensidade da corrente elé- trica em um condutor metali- i co em funcéo do tempo € 4 fornecida pelo gréfico da figu- ta, Sendo a carga elementar e = 1,6- 10°C, determine: a) acarga elétrica que atraves- sa uma seccao do condutor ° t(s) em8s b) o ntimero de elétrons que atravessa uma seccao do condutor durante esse mesmo tempo Resolusdio: a) | t(s) A drea $ da figura representa a quantidade de carga que percorre o condu- tor em 8 s. Logo: AQ =i- At > AQ=48 > AQ= 320 b) AQ=n-e 32=n-1,6-10-" > n= 2: 10" elétrons Respostas: a) 32 C; b) 2° 10” elétrons oD Qi Responda: a) De que se constitui a corrente elétrica num condutor metélico? E numa solugao iénica? b) Como se obtém uma corrente elétrica num condutor? Q2 (UFSC) Um fio condutor é percorrido por uma corrente elétrica constante de 0,25 A. Cal- cule, em coulombs, a carga que atravessa uma seccdo reta do condutor, num intervalo de 160 s. QS Numrelampago, em 10-*s descem, em mé- dia, 2- 10" elétrons da nuvem paraa terra. Ache aintensidade da corrente elétrica devido a esse movimento de cargas. Considere e = 16-107 C. @Q4 (PUC-SP) Uma lampada permanece acesa durante 1 h, sendo percorrida por uma corrente eletrica de intensidade igual a U,b A. a) Qual a carga elétrica que passou por uma secgao de seu filamento? b) Quantos elétrons passaram? (Dado: carga do elétron = —1,6+ 107°C.) QS5 Uma bateria de automével, completamente carregada, libera 1,3+ 10° C de carga. Determine, aproximadamente, o tempo em horas que uma lampada, ligada nessa bateria, ficard acesa, sa- bendo que necesita de uma corrente constante de 2,0 A para ficar em regime normal de funcio- namento. | @6 (UFRS) 0 grafico da figura representa a in- tensidade de corrente i em um fio condutor, em | fungdo do tempo transcorrido t. Calcule a carga | elétrica que passa por uma secgdo do condutor | nos dois primeiros segundos. Q7(Unicamp-SP) A figura abaixo mostra como se pode dar um banho de prata em objetos como, por exemplo, talheres. 0 dispositivo consiste de uma barra de prata e do objeto que se quer ba- nhar imersos em uma solugao condutora de ele- tricidade. Considere que uma corrente de 6,0 A passa pelo circuito e que cada coulomb de carga transporta aproximadamente 1,1 mg de prata. | | objeto que leva o banho ie ota barra de prata, a) Calcule a carga que passa nos eletrodos em uma hora. b) Determine quantos gramas de prata sfo de- positados sobre o objeto da figura em um ba- nho de 20 min. Scé sapin? A PROPAGACAO DA CORRENTE ELETRICA Quando apertamos o interruptor de luz de uma casa, instantaneamente a luz se acende. Sabe por que isso ocorre? J vimos que a corrente elétri- ca consiste no movimento dos elé- trons ao longo de um fio condutor, desde os pontos de menor potencial para os de maior potencial. Como as ondas eletromagnéti- cas se propagam com a velocidade da luz (300 000 knv/s), poderiamos pen- sar que os elétrons se movimentam no fio condutor com essa velocidade. Mas os elétrons se movimentam no fio com velocidade de alguns cen- timetros por segundo. Ou seja, eles se mover bem devagar se comparar- mos sua velocidade com a velocidade das ondas eletromagnéticas. A luz se acende rapidamente porque ao apertarmos o interruptor surge uma ddp nos extremos do fio condutor, fazendo com que elétrons livres do metal entrem, de uma tinica vez, em movimento. Desse modo, em todos os pontos do fio condutor surge corrente no mesmo instante, embora cada elé- tron se mova bem devagar. EFEITOS DA CORRENTE ELETRICA Ao percorrer um condutor, a corrente elétrica pode produzir os seguintes efeitos: Ererro térwico ou ereito Joute Os constantes choques que os elé trons livres sofrem durante 0 seu mor mento no interior do condutor fazem com que a maior parte da energia cinética des- ses Atomos se transforme em calor, pro- vocando um aumento na temperatura do condutor. Ofenémeno do aquecimento de um condutor, devido 4 passagem da corrente elétrica, é chamado de efeito térmico ou efeito Joule. Esse efeito é a base de fun- cionamento de varios aparelhos — chu- veiro elétrico, secador de cabelos, aque- cedor de ambiente, ferro elétrico etc. Ererro Luminoso Em determinadas condigdes, a passagem da corrente elétrica através de um gas rarefei- to taz com que ele emuta luz. As lampadas fluorescentes e os amincios luminosos s&o aplicagées desse efeito. Neles haa transformagao direta de energia elétrica em energia luminosa. i Lampadas de néon. Ererro magnetic Um condutor percorrido por uma corrente elétrica cria um campo magnético na regizio préxima a ele. Esse 6 11m dos efeitos mais importantes, constituindo a hase do funcionamento dos motores, transformadores, relés etc. Ereiro ouimica Uma solucao eletrolitica sofre decomposiciio quando é atravessada por uma corrente elétrica. B a eletrdlise. Esse efeito é utilizado, por exemplo, no revestimento de metais cromagem, niquclagao ete. Ererro risiovocico Ao percorrer o corpo de um animal, a corrente elétrica provoca a contracao dos mtiscu- los, causando a sensacao de formigamento e dor, proporcional a intensidade da corrente podendo chegar a provocar queimaduras, perda de consciéncia e parada cardiaca Bisse efeito é conhecido como choque elétrico. mz ELEMENTOS DE UM CIRCUITO ELETRICO De uma maneira geral, denomina-se circuito elétrico ao conjunto de caminhos que permitem a passagem da corrente elétrica, no qual aparecem outros dispositivos elétr ligados a um gerador. pila (forte) Diagrama de circuito. — Quando o caminho a seguir pela corrente é tinico, ele é chamado circuito simples. Num circuito simples, todos os seus pontos sao percorridos pela mesma intensidade de corrente. Para a existéncia da corrente elétrica sao necessarios: uma fonte de energia elétrica, um condutor em circuito fechado e um elemento para utilizar a energia da fonte. A seguir, vamos descrever alguns elementos que compdem um circuito elétrico. ¥ Gerador elétrico £ um dispositivo capaz de transformar em energia elétrica outra modalidade de energia. O gerador nao gera ou cria cargas elétricas. Sua fungao € fornecer energia as cargas elétricas que 0 atravessam. Industrialmente, os geradores mais comuns sao os quimicos e os mecdnicos. Os geradores quimicos transformam energia quimica em energia elétrica. Exemplos: pilha e bateria. Os geradores mecanicos transformam energia mecanica em elétrica. Exemplo: dinamo e alternador de motor de automével Ee . As placas de chumbo de uma batera,imersas O alternador transforma a energia mecdnica da ‘numa solugdo de dcido sulfirico, transformem rotago do motor do automével em energiaelétrica energia quimica em eltrica. am A representagao desses geradores no circuito é: A seguir, mostraremos como se obtém uma corrente elétrica usando uma pilha. Apilha elétrica tem dois pdlos: 0 dnodo é 0 pélo negativo e 0 cdtodo 0 pélo positivo. Cada pdlo tem um potencial diferente do outro. Uma série de reagdes quimicas no interior da pilha mantém essa diferenica de potencial en- tre os dois pélos. Quando unimos ambos os pélos com um condutor, os elétrons, por terem carga negativa, tendem a se mover para as zonas em que o potencial elétrico é maior. Assim, unindo os pé- los com um condutor, os elétrons passam através deste, do anodo ao catodo, estabelecendo-se uma corrente elétrica. Embora os elétrons circulem desde 0 anodo até o catodo, historicamente se estabeleceu que a corrente elétrica circula do polo positivo ao negativo. Isso ocorreu devido ao desconhecimento que = se tinha sobre a natureza da corrente. Apesar de pt nats incorreto, esse critério 6 mantido ainda hoje. / Receptor elétrico £ um dispositivo que transforma energia elétrica em outra modalidade de energia - nao exclusivamente térmica. O principal receptor é 0 motor elétrico, que transforma energia elétrica em mecanica, além da parcela de energia dissipada sob a forma de calor Veja a representagao no circuito: i +f- Vista interna de uma furadeira elétrica, v Resistor elétrico E um dispositivo que transforma toda a energia elétrica consumida integralmente em calor. Como exemplo, podemos citar os aquecedores, 0 ferro elétrico, o chuveiro elétrico, a lampada comum e os fios condutores em geral. Representacao no circuito: Resistor metélico de um chuveiro e resistores de carbono. ¥ Dispositivos de manobra Sao elementos que servem para acionar ou desligar um circuito elétrico (como as cha- ves e os interruptores) Representagao no circuito: Soi it tee > Interruptor. / Dispositivos de seguranga Sao dispositivos que, ao serem atravessados por uma corrente de intensidade maior que a prevista, interrompem a passagem da corrente elétrica, preservando da destruicao os demais elementos do circuito. Os mais comuns s4o os fustveis e os disjuntores. Representacio no circuito: 0s fusiveis ao se fundirem por efeito Joule, Os disjuntores so chaves que, através de efito precisam see tronacdon magnético, desligam-seautomaticamente. Os disjuntores que substituem os fusiveis tém a vantagem de nao se queimarem em caso de cobrecarga de energia, ou curto-circuito, pois desligam o circuito automaticamente Dispositivos de controle Sao utilizados nos circuitos elétricos para medir a intensidade da corrente elétrica e & ddp existentes entre dois pontos ou, simplesmente, para detecté-las. Os mais comuns s40 0 amperimetro, 0 voltimetro e 0 galuanémetro. * Amperimetro: aparelho que serve para medir a intensidade da corrente elétrica. Repreeenaglo; | eee Voltimetro: aparelho utilizado para medir a diferenga de potencial entre dois pontos de um circuito elétrico. Representagao:_ | "+ © Galvanémetro: aparelho utilizado para indicar a passagem da corrente ou a existéncia de uma ddp. Representacao: ca", en My, (Qs Descrevao efeito Joule. Dé exemplos desua aplicacdo em dispositivos utilizados numa sesidéncia. Qo Como poderia ser utilizada a corrente elé- ‘rica para atendimento numa parada cardiaca? Q10 Expliquea funcao e facaa representagao esquemética dos seguintes dispositivos de um eircuito clétrico: ®) bateria ) motor elétrico ©) resistor @) chave ©) fusivel ) amperimetro e voltimetro Q11 (EFOA-MG) As figuras mostram duasten- tativas de se acender uma lampada de lanterna, Foto ota Ihe et Voltimetro. usando fio e pilha (bateria) apropriados, mas li- gados de maneiras diferentes. montagem A montagam B a) Na montagem A, a lampada se acenderé ou nao? Justifique a resposta. b) Na montagem B, a lampada se acenderé ou nao? Justifique a resposta. ESTUDO DOS RESISTORES RESISTENCIA ELETRICA A resisténcia el seus tomos oferecem & passagem da corrente elétrica. ‘onsidere o resistor representado no trecho do circuito, onde se aplica uma ddp U e se ca é uma grandeza caracteristica do resistor e mede a oposigao que estabelece uma corrente de intensidade 7. Define-se como resisténcia elétrica R do resistor o quociente da ddp U aplicada pe corrente i que o atravessa. R Portanto, quanto maior a resisténcia elétrica R de um resistor, menor € a correntei q o atravessa. Os fios metélicos que fazem parte de um circuito elétrico também apresentam resistér cia elétrica. Porém ela ¢ t4o pequena que, comparada com a dos demais resistores do circuit pode ser considerada desprezivel. A representagao desses fios no circuito é uma linha continua. A unidade de resisténcia elétrica no SI é 0 ohm (Q) R= 4 5 | 1ohm= + 1 ohm é a resisténcia que um resistor, submetido & ddp de 1 V, impde a passagem de uma corrente de 1 A. < > Os miiltiplos e submultiplos usuais sao |__rowe | sero | vata LEIS DE OHM 1#1e1 pe OHM Estudando a corrente elétrica que percorre um resistor, 0 fisico e matematico alemao Georg Simon Ohm (1787-1854) determinou, experimentalmente, que a resisténcia R 6 cons- tante para determinados tipos de condutores mantidos em temperatura ambiente. Na experiéncia, tendo aplicado sucessivamente as tensdes U,, U,, U,, ... U, entre os terminais de um mesmo resistor e obtido, respectivamente, as correntes ij, i,, i,, ... i,, Ohm verificou que esses valores guardavam entre si uma relagéio constante: U = zt constante= 9 =R As expressoes ® e ® correspondem & 1? lei de Ohm, que pode ser enunciada assim: Num resistor, mantido a uma temperatura constante, a intensidade da corrente eletrica ¢ diretamente proporcional a ddp que a originou. Essa lei de Ohm é valida para alguns resistores, denominados resistores 6hmicos. O grafico da ddp aplicada num elemento em funcao da corrente 6 chamado curva ca- racteristica do elemento. Para os resistores dhmicos, a curva caracteristica € uma reta que passa pela origem. Representagao grafica de um resistor 6hmico: A declividade dessa reta é numericamente igual a resisténcia elétrica. gow ce = 4 2 U, a R- tga XR Se o grafico da ddp em fungao da corrente nao é uma reta, o resistor é denominado ndo-6hmico. Nesse caso, a resisténcia 6 varidvel. Para pequenas variacbes no ddp, quase todos os resistores obedecem a lei de Ohm. O grafico representa a curva caracteristica de um resistor. Determine: a) a resisténcia elétrica desse resislor b)a ddp aplicada ao resistor quando percorrido por uma corrente de 10 A a) Sendo o grafico uma reta passando pela origem, o resistor obedece & lei de ResolusGo: Ohm, logo: | 20 4 b) Como o resistor é 6hmico: | R=5Q | Respostas: a) 5; b) 50V > R=5Q i=10A > U=Ri > U=5-10 > U=50V Q12 Qual é a diferenca entre resistor e resis- téncia? Q13 Qual dap se deve aplicar a um resistor Ahmico de resisténcia 200 O, para se ahter ima corrente de 100 mA? Q14 Um chuveiro tem resisténcia de 10 2 Qual € a corrente, quando ligado em 220 V? Q15 Uma serpentina de aquecimento, ligada = uma linha de 110 V, eansome & A Determine = resisténcia dessa serpentina. Q16A curva caracteristica de um resistor | a) aresisténcia do resistor ohmico est representada no grafico. Determine: | b) addp no resistor quando percorrido por uma corrente de 1,5 A vw) Q17 (FMTM-MG) Umresistor, quando subme- @h--.., tido a uma tensdo de 10 V, é percorrido por uma corrente elétrica de 0,5 A. O mesmo resistor, quando submetido a uma tensao de 50 V, é per- corrido por uma corrente elétrica de 2,0 A. a) Qual o valor da resisténcia desse resistor em cada caso? b) Trata-se de um resistor dhmico? Justifique. 0 5 Tay 2181 oe OHM Ohm verificou experimentalmente que a resisténcia de um resistor depende tanto do material que o constitui e das suas dimensdes como da sua temperatura. Consideremos 0 resistor da figura de comprimen- to £ e seccdo transversal de rea S. A.uma dada temperatura, Ohm verificou que a resisténcia F do resistor é: / diretamente proporcional ao seu comprimento — Aumentando-se o comprimento do resistor, au- menta também sua resisténcia, pois maior serd.a opo sig&o do resistor & passagem da corrente. ¥ inversamente proporcional & drea de sua secgdo — Aumentando-se a espessura do resistor, diminui sua resisténcia. Levando-se em conta esses fatores, pode-se escrever a 2* lei de Ohm: R=p als O coeficiente de proporcionalidade p (1) é denominado resistividade elétrica do ma- terial que constitui o resistor. A resistividade é uma caracterfstica do material e corresponde & resisténcia de um resistor de comprimento unitério e de secco unitaria. Dessa forma: R=p Portanto, quanto menor a resistividade de um material, menor a sua resisténcia elétrica. A unidade de resistividade no SI 6 Q-m. Aresistividade de um material varia com a temperatura. Nos corpos metélicos a resistividade decresce com a diminuicdicrda temperatura. Deter- minados metais a temperaturas préximas do zero absoluto apresentam resistividade quase nula. £ o fenémeno da supercondutividade. Nesse caso, as substncias sio chamadas de supercondutores. A supercondutividade foi verificada no merctirio, no chumbo, nos 6xidos de ftrio, de brio e de cobre. Sci sania? SUPERCONDUTORES EVITAM PERDA DE ENERGIA O combate ao desperdicio de energia nao 6 mais apenas uma reivindica- cao de ambientalistas. A bandeira também esta sendo levantada por aqueles que trabalham no setor de comunicacoes, principalmente no campo da telefo- nia celular. Evitando a dissipagao de energia na conducao dos pulsos elétricos, evitam-se tambem as perdas acusticas. 0 uso de supercondutores de alta tem- peratura tem se mostrado eficiente na economia energética. A tecnologia jé esta sendo comercializada nos Estados Unidos e no Japao. Descubertus nu final da década de 1980, os supercondutores de alta tem peratura séio cabos feitos a base de 6xidos de cobre que operam a temperatu- ras inferiores a 120 K (—153 °C) — consideradas altas para o padrao desse material. O resfriamento dos cabos é feito com nitrogénio liquido, uma tecnologia bem mais barata que a usada para resfriar os chamados supercondutores de baixa temperatura, que funcionam a temperaturas abaixo de 30 K (—243 °C). Segundo o pesquisador argentino Francisco de la Cruz, coordenador do Programa Nacional de Supercondutores do Centro Atémico de Bariloche (Ar- gentina), o uso de supercondutores permite melhor sintonia, diminuindo o risco de que as ligacdes sejam incompletas ou que apresentem rufdos. “Eles aumen- tam a sensibilidade dos aparelhos de emisséo e recepedo de ondas, permitindo sintonizar com mais precisdo em diferentes freqtiéncias”, diz De la Cruz. No entanto, os supercondutores devem ser cobertos com um metal con- dutor para garantir o fluxo da corrente. “Os condutores metdlicos asseguram @ estabilidade do comportamento elétrico do cabo”, afirma o pesquisador. O metal geralmente usado é a prata, pois além de ser um excelente condutor, nao reage com os compostos de 6xido de cobre, como os demais materiais. O grande problema do uso de supercondutores € o alto custo. Eles sio em média 100 vezes mais caros que os cabos tradicionais, como os de aluminio. Ciéncia Hoje, val. 24, n° 142, setembro/Ss AS sicacho A resistividade do cobre a 20 °C é 1,7- 10-* Q- m, Determine a resisténcia d= um fio de cobre de 1 m de comprimento e 0,2 cm? de rea de seccdo transver- sal nessa temperatura. Resolugéio: Dados: p = 1,7- 10-° Q- m, £ = 1meS = 0,2 em? = 0,2-10-' m’. R=pg > R=1,7-10%- 1 Resposta: 8,5: 10°" Qhesroes | Q18 0 que é resistividade? QI 9 Considerando-se o comprimento, a area da secgéio transversal ea resistividade elétrica de um fio, podemos afirmar corretamente que sua resis- t8ncia elétrica é diretamente proporcional: 2) Asua resistividade elétrica e inversamente pro- porcional ao seu comprimento ) Asua resistividade elétrica e & sua 4rea trans- versal ©) ao seu comprimento e inversamente propor- cional a sua Area transversal 4) ao inverso da resistividade elétrica e da drea transversal Quais afirmagées sio verdadeiras? Q20 A resisténcia elétrica de um resistor varia com a temperatura? De que maneira? Q21 Um fio de ferro de 2 m de comprimento tem resisténcia de 5 Q. Sabendo que a resistivi- dade elétrica do ferro é 10,0 - 10-* Q- m, deter- mine a Area de sua secgdo transversal. Q22 A resisténcia elétrica de um fio de 300 m de comprimento e 0,3 cm de diametro 6 de 12 Q. Determine a resisténcia elétrica de um fio de mesmo material com didmetro de 0,6 cme 150 m de comprimento. Q23 0 filamento de tungsténio de uma lampa- da tem resisténcia de 40 9a 20°C. Sabendo que JFRsouise 1) Por que 0 corpo hu- mano é bom condutor € oar seco é mau con- dutor de eletricidade? ID) Déalgumas aplicagoes dos maus condutores elétricos. Ill) Por que um passaro pousa em um fio elé- trico e nao leva “cho- que”? sua seccdo transversal mede 0,12 mm? e que a resistividade vale 5,51 uQ+m, determine o com- primento do filamento. @24 (EFOA-MG) Dois pedacos de fios de cobre cilindricos tém o mesmo comprimento. Um, tem diametro 2 mm e resisténcia elétrica R., 0 outro tem diametro 3 mm e resisténcia elétri- caR,. a) Qual o valor da razio R/R,? b) Nas instalacbes elétricas os fios mais grossos so utilizados para circuitos percorridos por correntes elétricas de maior intensidade. Qual a justificativa, sob 0 ponto de vista da seguranca dessas instalagdes, desse procedi- mento? @25 (UCGO) A resisténcia elétrica de um re- sistor em forma de fio vale 80 Q. Sabendo que, ao cortar 2 m do mesmo, a resisténcia passa a valer 60 Q, determine 0 comprimento inicial desse fio Q26 Nos terminais de um fio de comprimento 80 me area de seccdo reta 0,5 mm® é aplicada uma ddp de 110 V. Sabendo que o fio € percorri- do por uma corrente de intensidade 10 A, deter- mine: a) aresisténcia do fio b) aresistividade da substancia de que é feito 0 fio POTENCIA ELETRICA DISSIPADA Consideremos um resistor de resisténcia R, submetido & ddp LU e percorrido por uma corrente i. Sabemos, da Eletrostética, que o trabalho & para deslocar uma quantidade de carga AQ do ponto A para o ponto B é dado por: B=AQ:(V,-V,) > B=AQ‘U Dividindo-se ambos os membros pelo intervalo de tempo At decorrido para a carga AQ transferir-se de A para B, vem: Para os resistores Ohmicos, pode-se substituir a tensdo U pelo seu valor Ri, dado pela 1 lei de Ohm. Entao: | P = Ri? | ou O termo dissipar é usado no sentido de consumir; logo, a quantidade de energia elétrica consumida no resistor, durante certo intervalo de tempo At, vale: 3 = Pat Uma unidade de energia muito utilizada é 0 quilowatt-hora (kWh). Um kWh é a quanti- dade de energia com poténcia de 1 kW, que é transformada no intervalo de 1 h. Relagdo entre o kWhe oJ 1 kWh = 1000 W-3 600s = 3,6-10°J 1kWh 08S LICACAO Um ferro elétrico consome uma poténcia de 1 100 W quando ligado em 110 V. Determine: a) a intensidade da corrente utilizada pelo ferro elétrico b)a resisténcia do ferro elétrico ©) a energia elétrica consumida pelo ferro elétrico em 4 hora, em joules e quilowatts-hora Resoluséo: | Dados: P = 1 100 W = 1,1 kW, U = 110Veat lps §h= 1800s | a)P=Ui > 1100=110-i + i=10A | b)U=Ri > 110=R-10 5 R=1Q | c) B= PAt > S=1 100-1800 > B= 1,98- 10° Em kWh: B=11kW- dh > 8=0,55kWh | Respostas: a) 10 A; b) 11 Q; c) 1,98- 10° J; 0,55 kWh Uma resisténcia de imersao de 4 Q foi ligada a uma fonte de tensio de 110 V. Determine o tempo necessdrio para que ela aquega 80 kg de agua de 20 °C para 70 °C. m = 80 kg = 80 000 g Dados: os cal/g+°C 70°C t= 20°C Céilculo da quantidade de calor: Q=me(t, - §) > Q = 80000-1(70 — 20) + Q=4+10% cal Passando para joule: Q=4- 10+ 4,2 = 16,8-10°J Considerando que toda energia elétrica consumida pelo resistor é transforma- da em calor, temos: = = ee 110 B=Q > Pat=Q > FH AL=Q > ~P- “At = 168-10" > At =5,55- 10's Resposta: 5,55-10°s Q27 Os disjuntores tém a mesma fungao dos fusfveis: impedem que a corrente elétrica atinja valores muito altos que danifiquem 0 circuito em que esto inseridos. Para isso, interrompem a passagem da corrente. Da mesma forma que os fusfveis, os disjuntores sao comercializados pelo valor da corrente maxima que permitem passar pelo circuito. Suponha que um chuveiro elétrico de poténcia 5 500 W seja o tinico aparelho ligado num dos cir- enitos elétriens de ma casa, enja tensin é de 220 V. Qual a amperagem minima do disjuntor mais adequada para proteger esse circuito? Q28 (UNESP) Um aparelho elétrico para ser ligado no acendedor de cigarros de automéveis, comercializado nas ruas de Sao Paulo, traz a ins- trugio seguinte: TENSAO DE ALIMENTAGAO: 12 W POTENCIA CONSUMIDA: 180 V Essa instrucao foi escrita por um fabricante com bons conhecimentos praticos, mas descuidado quanto ao significado e uso corretos das unidades do SI (Sistema Internacional) adotado no Brasil. a) Reescreva a instrucdo, usando corretamente as unidades de medida do SI b) Calcule a intensidade da corrente elétrica uti- lizada pelo aparelho @29 (UFPB) Um chuveiro elétrico tem resis- téncia de 24 Qe, quando ligado a rede de forne- cimento de energia, fornece uma poténcia de 2 kW. Qual o valor, em ohms, da resisténcia que deveria ser usada para que o chuveiro tivesse a sua poténcia triplicada? Q30 (UFPE) Uma lampada especial tem uma curva de currenle versus diferenga de potential conforme indicado na figura. iat a he (| 03 ot Pope of 5 10 15 U (wots) Qual a poténcia que seré dissipada, em watts, na lampada quando ela estiver submetida a diferen- ade potencial de 10 V? Q3 1 (UFPel-RS) Uma lampada usada normal- mente em Pelotas, onde a voltagem (ddp) é 220 V, nao queima quando utilizada em Rio Grande, em que a voltagem da rede elétrica é de 110 V. No entanto, na situagdo inversa, queima. a) Oefeito Joule explica por que a lémpada quei- ma. O que 6 0 efeito Joule? b) Compare, qualitativamente, a intensidade da corrente que circula na lémpada usada nor- malmente em Rio Grande, com a intensidade da corrente nessa lampada quando usada cm Pelotas. c) Explique, com base na anélise anterior e no efeito Joule, por que a lémpada queima. Q32 (FGV-SP) Um televisor de poténcia 0,25 KW fica ligado 6 h por dia. Se o preco do qui- lowatt-hora de cnergia clétrica € R$ 0,10, qual 0 custo mensal da energia elétrica consurnida por esse televisor? QS 3 (UFRN) Dona Leonor recebeu sua conta mensal de energia elétrica e achou que a quantia cobrada (R$ 300,00) foi excessiva, Resolveu, en- Ao, obter uma estimativa do sen consumo men- sal de energia elétrica, Para isso, listou, no qua- dro abaixo, todos os aparelhos elétricos de sua casa, com as respectivas poténcias fornecidas pelos fabricantes. [Gelade | 1 [Lampada | 06 | ‘Vamos ajudar dona Leonor: a) Sabendo que dona Leonor vive sozinha, face uma estimativa da energia elétrica por ela consumida em um més, usando dados do qua dro, bom senso e canhecimentas de Fisica. b) Sabendo que 1,0 kW h custa R$ 0,20, aval sea quantia cobrada na conta de dona Leonor foi excessiva. POTENCIA DE (ADA APARELHO (WaT) @84 (Unicamp-SP) Um forno de microondas opera na voltagern de 120 V e corrente de 5,0 A. Colocam-se neste forne 200 mé de agua & tempe- ratura de 25 °C. Admita que toda a energia do forno é utilizada para aquecer a agua. Para sim- plificar, adote 1,0 cal = 4,0J. a) Qual a energia necesséria para elevar a tem- peratura da agua a 100 °C? b) Em quanto tempo essa temperatura seré atin- gida? Q25 (UCSal-BA) Por um chuveiro fluem 40 ¢ de Agua durante 7 min. Sabendo-se que a tem- peratura da agua sofre uma variagdo de 10 °C, determine a poténcia do chuveiro. Expresse sua resposta em 10° W. (Dados: calor especifico da Agua = 1,0 cal/g- °C, sendo 1,0 cal = 4,2 J, densi- dade da dgua = 1,0 kg/t.) Q26 (UnB-DF) Considere um resistor de re- sisténcia elétrica igual a 1U §2 conectado a uma fonte com uma diferenga de potencial de 100 V. O calor liberado pelo resistor é, entdo, utilizado para derreter uu blocu de gelo de 100 g a 0 °C. Quantos segundos serao necessdrios para derreté-lo totalmente? Despreze a parte fracio- naria do resultado, considere o calor latente de fuséo do gelo igual a 80 cal/g e utilize a aproxima- | glo: 1 cal = 4,2. | Q2 (ESAL-MG) Um aquccedor clétrico de | 8000 W/220 V apresenta um rendimento de 80%, | fornecendo uma vazio de 0,08 é/s de agua. Se o aquecedor for ligado a uma tomada de 110 V, qual, a temperatura da 4gua na safda do aquecedor, sa- bendo-se que a mesma entra no aparelho a uma temperatura de 22 °C? (Dados: 1 J = 0,24 cal, ca- lor especffico da 4gua = 1 cal/g+°C, densidade da Agua = 1 kg/é.) Q32 Numacafeteira elétrica,oresistordeaque- cimento fica localizado no fundo. Por qué’ WScé sain? CONSUMO DE ELETRICIDADE E importante aprender como se lé o medidor (relégio de luz) para acom- panhar o consumo de eletricidade de sua casa. O medidor é composto por quatro reldgios. Vocé deve comegar a leitura do primeiro deles, localizado A sua esquerda. Depois, leia os outros sempre da esquerda para a direita. O ponteiro do rel6gio gira no sentido do menor para 0 maior algarismo, conforme as setas indicativas abaixo. Anote sempre o tiltimo ntimero ultrapassado pelo ponteiro. Exemplo de leitura do medidor: A | : ee || oe hs 3 HK 4 6 5 Leitura do més anterior. Leitura do més atual. Subtraia a leitura do més anterior da leitura do més atual e vocé teré 0 consumo mensal em kWh: 4805 — 4590 = 215 kWh Fonte: Manual de economia de energia elétrica no lar ~ CESP/CPFLIELETROPAULOICOMGAS, 1985 REOSTATOS Sao resistores de resisténcia elétrica varidvel, constitufdos basicamente do resistor pro- priamente dito e de um dispositivo que permite variar 0 comprimento do resistor e, desse modo, controlar a intensidade da corrente ou da tensao no circuito. Esquema de um reostato de cursor No esquema do reostato, quando o cursor C desliza sobre o resistor, no sentido de A para B, diminui o comprimento do resistor percorrido pela corrente e gradativa- mente aumenta a intensidade da corrente no circuito. Portanto, a resisténcia pode variar do seu valor total, cursor C em A, até um va- ‘Acelerador de carrinho de autorama. lor praticamente nulo, cursor em B. Na foto acima, temos um reostato formado por um fio metlico enrolado num cilindre isolante de porcelana. Atuando como cursor, o gatilho desliza sobre o fio, variando seu com- primento e, desse modo, controlando a poténcia transferida para o carrinho de autorama. Nos chuveiros elétricos, a variagéio da resisténcia através de um reostato de pon- tos, poseibilita um maior ou menor aqueci mento da agua. Como num chuveiro a ddp é mantida constante, quanto menor a resisténcia, maior a poténcia (esquema ao lado) 1: morno 12 os . p= & entéo. 2: frio 3; quente A representagao de um reostato no circuito elétrico é feita através do simbolo:

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