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6º e 7º Frida 2
6º e 7º Frida 2
Na obra As duas Fridas, de 1939, Frida Khalo mostra-se como uma mulher dividida pela dor lacerante do
corpo e da instabilidade dos seus relacionamentos e que ao mesmo tempo é intensa, apaixonada e repleta
de esperança.
O quadro mostra duas Fridas sentadas sobre um sofá de cordas sem encosto, uma ao lado da outra de
mãos dadas. Ao fundo temos um céu muito escuro e talvez tempestuoso, dando-nos a ideia de que naquele
instante a aurora não vislumbrava um horizonte claro, um futuro, mas sim uma eminente tempestade. As
duas Fridas, olham para o mesmo lugar, com olhar ativo, concentrado e enigmático. A pele de cada uma
diferencia-se através da tonalidade, uma é um pouco mais escura do que a outra, assim como as expressões
faciais. A de pele mais clara tem um rosto mais suave e feminino
Mais uma vez Frida Kahlo usou um vestido para fazer a diferença na sua obra, os vestidos sempre foram
peças importantes na composição dos seus quadros. No seu diário está relatado que no dia do seu
casamento, ela optou por um vestido verde com uma capa vermelha, cores da bandeira do México. Nesta
obra uma das Fridas apresenta um vestido branco, com detalhes florais em vermelho, gola alta, mangas
trabalhadas, talvez influência da viagem que a pintora fizera a Paris. A outra Frida usa um vestido quotidiano,
com cores fortes, pouco detalhes e uma barra enfeitada, tipicamente um vestido de Frida.
Um detalhe marcante no quadro é a exposição do coração em ambas as Fridas, que se interligam por uma
artéria. O coração da Frida com traje típico aparece inteiro, ainda que fora do corpo, mas inteiro. Enquanto
a outra Frida está com o coração partido.
O detalhe das mãos mostra quem estava apoiando quem. A Frida de coração inteiro é quem segura a mão
da outra, e na mão esquerda ela tem um pequeno retrato te Diego Rivera. Mesmo com o coração partido, a
parte feminina e delicada de Frida Kahlo, não está morta. A forte, masculinizada através de expressões e o
modo de sentar-se, ainda mantém uma artéria ligada e levando vida ao coração partido da doce.
Muitos dizem que Frida era uma artista surrealista, eis a resposta dada por ela: “Pensavam que eu era uma
surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Eu pintei minha própria realidade”.
Quinze anos depois de ter pintado “As duas Fridas”, a autora faleceu depois de contrair uma forte
pneumonia. Foi encontrado um último bilhete em sua casa que dizia: “Espero que a minha partida seja feliz,
e espero nunca mais regressar – Frida”
Agora, use sua imaginação e as dicas encontradas no texto e colora o desenho da obra “As duas Fridas”.