Professional Documents
Culture Documents
Definitiva - Monografia Marcos
Definitiva - Monografia Marcos
PARNAÍBA
2011
MARCOS SOUZA LIMA
PARNAÍBA
2011
MARCOS SOUZA LIMA
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________________________
Professora Orientadora Especialista Elaine do Nascimento Sousa
Universidade Estadual do Piauí - UESPI
_________________________________________________________________
1°Membro
_________________________________________________________________
2°Membro
À minha meus pais Silvestre e Dolores, à
meus irmãos, aos meus sogros Aleixo e
Antônia, à minha esposa Renata e filhos
Erick Marcos e Erika Vitória (in
memoriam), e por fim à principal
responsável pela realização deste sonho,
Minervina Meneses, que guiou e orientou
meus passos. Este é o meu
reconhecimento pela confiança que todos
vocês em mim depositaram, obrigado.
AGRADECIMENTOS
This paper aims to show the importance of the study of phonetics in learning a
language, as well as the utility of phonetic symbols for the oral production of
language. It will focus on the development of the English language from its origin until
when it became the most spoken language in the world. In this context will be
addressed as how was the beginning of learning English in Brazil, and how this
process has evolved over the years, as well as the communication skills necessary
for this learning, which will be focused on only two (speaking and listening) that
directly relate to the oral part of the language. This study was based on a
bibliographic search, where the focus was more current authors such as Davies
(2006), Ogden (2009), Yule (2010) and Schütz (2007) and others cited in the body of
this work. For a better understanding about the subject matter, we attempted to
conceptualize and illustrate situations where phonetics is present.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
INTRODUÇÃO
fonética, portanto, é olhar para aquilo que não se enxerga, mas que é a essência da
língua.
Percebe-se que muitos estudiosos apoiam e orienta sobre a iniciativa do
estudo da fonética em busca de melhorar a comunicação dentro da segunda língua
em questão, o Inglês. Mesmo assim de acordo com Schumacher et al. (2002, p. 37),
diz que:
mesmo possa estar apto a falar e escrever com nexo mostrando domínio de
vocabulário e pronuncia assim como ter a capacidade de identificar a ideia principal
em um diálogo entres falantes da língua ou não e que haja um aprendizado
satisfatório da língua estrangeira – o inglês -, no que diz respeito à comunicação
oral.
Portanto, este trabalho tem como objetivo principal mostrar o estudo e
prática da fonética como uma importante ferramenta no aprendizado da língua
inglesa, bem como demonstrar que a fonética ajuda no aprendizado e facilita a
comunicação quando o emissor faz uso da pronuncia correta das palavras.
Pretende-se de forma mais específicas,
Descrever como o aluno deveria está exposto à língua inglesa para melhor
desenvolver sua fala e seu aprendizado.
Demonstrar a importância que as habilidades têm para o processo de
aprendizagem de uma língua.
Mostrar que o estudo da fonética é importante para o desenvolvimento da
pronúncia.
Este trabalho será estruturado em quatro capítulos que seguem uma
ordem cronológica de informação. No primeiro capítulo tratará sobre a língua
Inglesa, no que diz respeito a sua origem e desenvolvimento, assim com será feito
um breve resumo de como inglês se tornou a língua do mundo e como começou o
ensino da LI no Brasil.
O segundo capítulo mostrará conceitos e exemplos relacionados à
linguagem e comunicação, e fará a inserção de ambas no processo de ensino da LI
dentro da sala de aula. Buscou-se embasamento nos PCN’s e na LDB para discorrer
sobre como anda o ensino da língua inglesa as escolas do Brasil. Ao tempo que se
fará um autoquestionamento sobre como os estudantes estão aprendendo a LI.
O terceiro capítulo discorrerá sobre a importância da pronuncia e de sua
dependência com as habilidades comunicativas speaking e listening, em especial. O
último capítulo abordará a fonética e sua importância, inserida no contexto de sala
de aula.
12
CAPÍTULO I
do Sul. Além disso, em outros países, é uma segunda língua, em outros uma língua
oficial, ou a linguagem dos negócios.
1
Esse povo teve a sua origem à aproximadamente sete mil anos e com a descoberta da roda,
começou a viajar para o Leste e pra o Oeste, partindo do centro da Europa, no período entre 3500 e
2500 a.C. (Schumacher 2002, p. 141)
14
2
A língua/dialeto falada(o) pelos Vikings, sendo ancestral do dinamarquês Schumacher2002 p. 145.
3
Alfredo da Inglaterra, dito Alfredo, o Grande (849 – 26 de outubro de 899) foi rei de Wessex desde
871 até sua morte. Fez-se célebre por defender seu reino contra os vikings, e como resultado disto foi
o único rei de sua dinastia a ser chamado "O Grande", por seu povo.
15
geográficos o que se pressupõe que em sua terra natal não existiam esses
elementos topográficos.
Os anglo-saxões possuíam uma cultura muito refinada e expressiva,
mesmo sendo um povo de guerreiros. Faziam uso de versos longos e apreciavam
jogos de palavras, dentre outras características do inglês moderno da Inglaterra.
Schumacher et al.(2002) explica que são os dialetos germânicos falados
pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England
(Inglaterra), por exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A segunda
metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início da
divisão do Inglês. A partir daí, a história da LI é dividida em três períodos: Old
English (Velho Inglês) ou Anglo-saxão (ou até Inglês Arcaico de 500 - 1100 A.D.),
Middle English (Inglês Médio – 1100 – 1500) e Modern English (a partir de 1500 aos
dias de hoje).
Dentro deste contexto, como grande colaborador deste desenvolvimento
aparece William Shakespeare (1564-1616). O vocabulário da LI é mais extenso do
que qualquer outra língua, e este colaborou para isso, representou uma forte
influência no desenvolvimento de uma linguagem literária.
Schumacher et al.(2002, p. 145) fala sobre a grande influência que
Shakespeare teve para com a língua inglesa e diz que “[...] hoje em dia considera-se
que uma pessoa de boa instrução tem cerca de quinze a vinte mil palavras à sua
disposição, enquanto Shakespeare contava com inacreditáveis trinta mil.”
Suas obras são caracterizadas pelo uso criativo do vocabulário existente
na época, bem como pela criação de palavras novas o que enriqueceu ainda mais a
língua inglesa. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem
como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são
frequentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo
britânico do século XIX levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo,
proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao
vocabulário do inglês.
Revisando, a história da língua pode ser rastreada até a chegada de três
tribos germânicas para as ilhas britânicas durante o século V d.C. onde Anglos,
Saxões e Jutos cruzaram o Mar do Norte a partir do que é o dia atual Dinamarca e
norte da Alemanha. Os habitantes da Grã-Bretanha já falavam uma língua celta.
16
4
“The Great Vowel Shift” foi uma grande mudança na pronúncia do idioma Inglês, que aconteceu na
Inglaterra entre 1350 e 1500.
18
(chá, café, cidra), termos religiosos (Jesus, o Islã, nirvana), esportes (xeque-mate,
golfe, bilhar), veículos (carros, ônibus), música e arte (piano, teatro, cavalete), armas
(gatilho da pistola, rifle), nomes de políticos e militares termos (comando, almirante,
parlamento), e astronômicos (Saturno, Leo, Urano).
As línguas que têm contribuído para Inglês incluem palavras em latim,
grego, francês, alemão, árabe dentre tantas outras. A lista de palavras emprestadas
é enorme, mesmo com todos esses empréstimos o coração da língua continua a ser
o anglo-saxão de Inglês Antigo.
Apenas cerca de cinco mil (5000) as palavras desse período mantiveram-
se inalteradas, mas elas incluem os blocos básicos da linguagem: palavras de casa,
partes do corpo, animais comuns, elementos naturais, a maioria dos pronomes,
preposições, conjunções e verbos auxiliares. Enxertados este estoque básico foi
uma riqueza de contribuições para a produção, o que muitas pessoas acreditam, é o
mais rico de línguas do mundo.
Desde o início da era cristã até o século XIX, seis idiomas chegaram a ser
falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e
Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma
língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e
mesmo ao alemão.
Oliveira (1999) estima que hoje existam 300 milhões de falantes nativos e
300 milhões que usam o Inglês como uma segunda língua e mais de 100 milhões
que a usa como uma língua estrangeira. É a linguagem da ciência, da viação, da
computação, da diplomacia e do turismo. O Inglês está listado como língua oficial ou
co-oficial de mais de 45 países e é falada extensivamente em outros países onde
não tem estatuto oficial.
O Inglês como já foi visto, origina-se de uma língua germânica da Família
Indo-Européia. É a segunda língua mais falada no mundo, mesmo sendo o
Mandarim (chinês) falado por mais pessoas, mas o Inglês é hoje a mais difundida
das línguas do mundo.
[...] tem pouco a ver com o número de pessoas que a falam. Tem muito
mais a ver com aqueles que são falantes da língua. O Latim se tornou uma
língua internacional através do Império Romano, mas isso não aconteceu
por causa dos romanos que eram mais numerosos, do que os povos
5
Porque em 1901 a Inglaterra estava no controle de mais de um quarto da superfície do mundo, e da
maioria dos mares também.
6
Monolinguismo: sm. Utilização regular de apenas uma língua.
20
Assim, ainda hoje a força dos países que tem a língua inglesa como
língua mãe, é quem mostram a sua importância militar, politica ou econômica para o
mundo o que gera um número maior de falantes não nativos, fazendo que a língua
de sobressaia sobre as outras. A seguir será abordado brevemente sobre o ensino
de inglês no Brasil.
7
A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945,
envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas
alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo.
22
citado acima, caso contrário, não pode se considerar falante um aluno que não
domina as habilidades necessárias de um falante fluente.
24
CAPÍTULO II
Existe certa dúvida sempre que se fala em língua, uma vez que muitos
alunos, professores e até mesmo autores não chegam a um consenso do que seja
Língua e o que seja Linguagem. Ogden (2009, p. 01) diz que:
Schütz (2007) cita Émile Benveniste8 quando diz que assegura que a
linguagem é um sistema de signos socializados, remetendo-nos à sua função de
comunicação. Logo este trabalho vem mostra a importância de trabalhar estes
signos de forma oralmente, ou seja, como visualizar o som da palavra pode facilitar
a produção do mesmo assim como da familiarização com a pronuncia do inglês.
Vale salientar que, para que exista comunicação, as pessoas envolvidas
neste processo precisam fazer uso de um código comum, quer dizer, devem falar a
mesma língua literalmente. Isto significa que só há comunicação quando um
entende o outro. O que implica na necessidade de uma boa pronuncia, em uma
habilidade impar de construção gramatical o que inclui concordâncias verbais e
nominais, para que a mensagem possa ser “criada” de forma correta e pronunciada
de forma a ser bem interpretada. Ou seja, para o sucesso na comunicação deve-se
dominar a língua como um todo, em todas as suas áreas.
É percebido a interação que o ser humano tem com os familiares,
vizinhos e amigos nas atividades diárias, em que haja a necessidade de um contato,
que sempre parte da oralidade da língua em comum. Mas, existem outras formas de
comunicação? Comunicar significa “falar” apenas? O que se entende por
comunicação?
Mas afinal, o que é a comunicação, ou o que se sabe sobre o ato de
comunicar-se? Schumacher et al.(2002) nas palavras de Fiadeiro (1993) diz que
comunicar é um processo interativo desenvolvido em contexto social, requerendo
um emissor que codifica ou formula a mensagem e um receptor que a descodifica ou
compreende, implica respeito, partilha e compreensão mútua.
Ogden (2009) utilizando as palavras de Olswang (1987) fala sobre a
comunicação, e diz que a comunicação é um processo complexo de troca de
informação usado para influenciar o comportamento dos outros. Assim sendo esta
relação intima entre emissor e receptor fica muito dependente, uma vez que se um
dos dois não for capaz de transmitir (codificar) ou de (descodificar) a mensagem não
há comunicação.
Então é possível afirmar que dentro do contexto do processo de ensino-
aprendizagem da LI, o aluno precisa sempre estar descodificando a mensagem do
8
Émile Benveniste (1902, Cairo - 1976) foi uma linguista estruturalista francês, conhecida por seus
estudos sobre as línguas indo-européias e pela expansão do paradigma linguístico estabelecido por
Ferdinand de Saussure.
26
professor para que haja o entendimento a respeito do assunto ensinado. Isso para
que no futuro – se possível não muito distante – o aluno passa fazer parte de um
processo comunicativo dentro de um diálogo onde a língua alvo é a LI, e para que o
mesmo possa alcançar o resultado esperado dentro da comunicação que é a
transição da mensagem do emissor para o receptor de forma, que um entenda a
idéia do outro. E para isso é necessário que o aluno domine no mínimo a prática
oratória (speaking), uma vez que este trabalho é direcionado para a necessidade de
uma boa comunicação oral, e os passos que antecedem este resultado.
Vale salientar que, para que exista a comunicação de fato, as pessoas
envolvidas no processo precisam fazer uso de um código comum, quer dizer, devem
“falar a mesma língua”. Isto significa que só há comunicação quando um entende o
outro. O sotaque, o som individual de cada região de um determinado país, não
chega a atrapalhar o sucesso do processo comunicativo, uma vez que apenas
alguns sons são pronunciados de forma diferente.
A comunicação pressupõe sempre a existência de dois pólos: aquele que
emite a informação e aquele que a recebe: emissor/receptor – locutor/alocutário-
ouvinte/leitor, etc. O veículo utilizado para a comunicação pode fazer com que esses
papéis sejam intercambiáveis ou não. É importante frisar que, para que haja
comunicação, deve haver sempre e, pelo menos, dois seres envolvidos, fazendo uso
dos elementos da comunicação, para que a mensagem possa transmitir o código de
um para outro, acontecendo assim a comunicação propriamente dita.
Em outras palavras a comunicação propõe o seguinte processo, onde o
remetente envia uma mensagem a um destinatário. Para que possa ser transmitida,
a mensagem requer um contexto, apreensível pelo destinatário e que seja verbal ou
passível de verbalização, um código comum (parcial ou totalmente) a ambos –
remetente e destinatário - e, finalmente, um contato, ou seja, um canal físico por
meio do qual possa ser veiculada.
Assim, observa-se que a comunicação não é algo tão simples, e ao
mesmo tempo nem tão complexo. Você precisa apenas ser apto de transmitir uma
mensagem ou um código para alguém que esteja apto a decodificar. E o que vai
possibilitar esta transmissão será a língua enquanto fala. Língua esta que o aprendiz
deve estar apto a dominar dentro de suas habilidades que exige a comunicação
ideal, onde a mensagem possa ser transmitida e recebida com sucesso.
27
9
(SF) Schütz, R. diz que a Linguística trata com a quantidade de som articulado por unidade de significado.
28
10
Nas palavras de Yule (2010) “A distinção as vezes feita é entre aprender uma “língua estrangeira” (aprender
uma língua que geralmente não é falada no pais) e uma “segunda língua” (aprender uma língua que já é falada
no pais)”.(p.187)
29
uma modalidade de curso que tem como princípio geral levar o aluno a se comunicar
de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.
Na verdade, pouco ou nada há de novo aí. O que tem ocorrido ao longo
do tempo é que a responsabilidade sobre o papel formador das aulas de LE tem
sido, tacitamente, retirado da escola regular e atribuído aos institutos especializados
no ensino de línguas. Assim, quando alguém quer ou tem necessidade, de fato, de
aprender uma LE, inscreve-se em cursos extracurriculares, pois não se espera que a
escola média cumpra essa função.
De acordo com Schütz (2007), desde o século XVIII até meados do
século XX (e até hoje na maioria das escolas de ensino médio) a metodologia
predominante foi sempre tradução e gramática. Esta abordagem é calcada na ideia
de que o aspecto fundamental da língua é sua escrita, e de que esta é determinada
por regras gramaticais.
Shütz (2007) teve sempre como objetivo principal explicar a estruturação
gramatical da língua e acumular conhecimento a respeito dela e de seu vocabulário,
com a finalidade principal de estudar sua literatura e traduzir. A metodologia de
tradução e gramática foi muito usada até meados do século XX, quando começou a
cair em descrédito devido à sua ineficácia em produzir qualquer habilidade oral.
Schütz (2007, não paginado) diz que o ensino da pronuncia,
A partir dos anos 70 e 80, surgem novas teorias nas áreas da lingüística e
da psicologia educacional. Piaget e Vygotsky, pais da psicologia cognitiva
contemporânea, já haviam proposto que conhecimento é construído em ambientes
naturais de interação social, estruturados culturalmente. Cada aprendiz constrói seu
30
11
Aprendizado de uma língua
12
Aquisição de uma língua
31
Schütz (2007, não paginado) é bem claro e direto quando instiga o aluno
e o profissional da área de LI a se questionarem sobre a formação dos formadores
da LI:
CAPÍTULO III
som e divisão silábica. Para exemplificar esta situação, Godoy et al.(2006, p. 26)
explica que quando,
Um americano que está estudando Português pode ler em voz alta qualquer
palavra depois de aprender a correspondência letra-som, mesmo se ele /
ela não sabe o que a palavra significa. Ou seja, ele / ela não terá muita
dificuldade para adivinhar que o som sai da combinação das letras que ele /
ela vê. Ele pode, no entanto, ter dificuldade para pronunciar corretamente o
som, mas não em entender. Por exemplo, ele pode não saber o que ele tem
que fazer, a fim de pronunciar não em vez de nau.
pronuncia formam uma mão de duas vias”, quer dizer que uma depende diretamente
da outra no sentido de precisar conhecer para fazer o caminho de volta que é
reconhecer.
CAPÍTULO IV
Hornby (2005, p. 1133) diz que “fonética é o estudo dos sons orais e
como eles são produzidos”. Este é reforçado por Birjandi et al (2005) quando
descreve a fonética como um campo de estudo da língua responsável pela
propriedade física dos sons orais, e descreve como estes sons são produzidos,
transmitidos e por fim ouvidos. É dividida em três subgrupos de acordo com o
mesmo autor (2005, p. 02):
13
Linguística é o estudo formal da língua como um todo (Ogden, 2009: p.1)
44
14
Também chamada de “Língua Nativa (LN): Se refere à primeira língua que a criança aprende. É
também conhecida como língua primaria, ou L1 (primeira língua)”. Selinker et al (2008, p. 7)
45
Portanto vê-se que a LI tem uma importância bem maior que se tinha
conhecimento, sendo que a maioria dos falantes que não são nativos deve-se por
conta deste conhecimento concentrar ainda mais as atenções nas habilidades que
visam a comunicação nas salas para que possa-se ter mais brasileiros falantes da
LI. Para que o Brasil possa ter mais competitividade no que diz respeito à
comunicação internacional. No entanto a realidade de estudantes de Inglês,
enquanto segunda língua é muito complexa, e constrangedora, porque mesmo que
queiram aprender inglês, ao chegarem na sala de aula se deparam com
metodologias que não lhes fornecem uma base para que possam continuar o estudo
em casa.
Há alunos que estudam inglês em sala de aula, mas frequentam algum
curso de idiomas para poder aprender a falar de fato a língua, por que os mesmos
não têm este serviço disponível em suas aulas de inglês na sala de aula, como já
explicado.
Schumacher et al.(2002) fala da forma como os alunos estudam o que é
um ponto muito decisivo neste processo de aprendizado de uma L2. Por exemplo,
se tem dois alunos que resolvem estudar apenas áreas diferentes da LI. Um primeiro
se dedica a estudar gramática por que não gosta de estudar fonética, enquanto um
segundo não gosta de gramática e escolhe estudar fonética para melhorar a
pronuncia. O resultado é que o primeiro aprenderá as regras e memorizará várias
palavras e verbos regulares e irregulares ao tempo que não terá grandes chances
de se dar tão bem em um contato com estrangeiros, ou mesmo dentro de uma
atividade em sala de aula que exija o domínio da prática oral da língua, uma vez que
o segundo aprenderá as palavras, as regras e terá mais chances em atividades
comunicativas que o primeiro.
Mesmo para pedir para ao professor ou ao colega para repetir a fala, ou
falar mais alto ou mais devagar, o aluno deve ter uma noção mínima de pronúncia e
de gramática, para conseguir não se enrolar na construção da mensagem. Por outro
46
15
Diz-se das palavras que tem a mesma pronuncia, mas grafias diferentes.
47
Oliveira (1999) afirma que tempos depois, este mito foi quebrado e com
avigência da Abordagem Comunicativa no ensino de línguas, o interesse no ensino
da pronúncia tem aumentado, com cursos e métodos que não mencionam o fato de
os alunos deverem tentar falar com um sotaque perfeito como os falantes nativos. O
objetivo de ensinar pronúncia, atualmente, é desenvolver nos alunos habilidade de
pronúncia suficiente para uma comunicação efetiva com falantes nativos.
Roach (2000) explica que os músculos se acostumam com as repetições
das palavras do dia a dia. Assim sendo, para o aprendizado de uma segunda língua,
o mesmo processo ou pelo menos processo parecido deve ser trabalho. Ou seja, os
mesmos músculos devem se acostumar com a produção de novos sons. Ou seja, o
aprendiz deve acostumar seu aparelho fonador, para que o mesmo se adapte aos
movimentos particulares das palavras da língua em questão, para que a pronuncia
mesmo que não seja idêntica à de um nativo, o que é muito provável, mas que
possa ser classificada como uma boa pronuncia.
Roach (2000) concorda que o primeiro passo, para aprender uma nova
língua, deve ser aprender os sons da língua em questão. Realmente é muito difícil
para um estudante desenvolver na sua fala, um conjunto de novos sons, por que
geralmente ele não consegue ouvir ou produzir os sons que são diferentes dos sons
de sua língua materna.
Uma alternativa seria a repetição constante de palavras e/ou frases,
aonde o aluno vai gradualmente se familiarizando com os sons da língua estudada.
Outra maneira de aprender a pronúncia de uma nova língua é através da imitação,
ou seja, com quanto mais precisão o aluno imita o professor, que aparentemente
conhece o processo de produção dos sons, ou um ator de um filme enquanto fala
em inglês ou até mesmo quando dubla uma música, melhor será sua pronúncia
enquanto aluno, (SCHUMACHER et al, 2002). No entanto, o símbolo fonético tem
como principal função, auxiliar o aluno a produzir os sons de forma mais clara e
precisa à medida que o mesmo visualiza o som que será produzido, e aprende como
se dá o processo de produção daquele som.
As letras do alfabeto podem representar vários sons diferentes em Inglês,
portanto, não é uma chave para a pronúncia. Por esta razão, é melhor usar um
símbolo para representar um som, embora os sons em si sejam sempre mais
importantes do que o símbolo.
48
16
Para Ogden (2009, p. 20)” A prática do uso de letras escritas para representar os sons orais é
chamado de transcrição fonética”.
49
Odden (2005, p. 20) explica que “a primeira divisão do som é feita entre
vogais e consoantes. E que existem muito menos vogais que consoantes”. E por
isso a língua inglesa se torna uma língua tão complexa de se aprender e ainda mais
de se ensinar mesmo para os falantes nativos. Isso é constatado nas salas de aula
de inglês nas escolas brasileiras.
Godoy et al.(2006, p. 17) divide em três grupos os fatores que influenciam
o ensino da pronuncia, são eles:
Assim sendo, fica muito fácil de mudar o estilo de estudo, uma vez que o
autor coloca um ponto negativo para as pessoas que são tímidas, terem uma
tendência menor a aprenderem uma segunda língua, o mesmo coloca o terceiro
grupo que é a motivação. Com a motivação fica muito mais fácil, uma vez que o
aluno sempre vai confrontando com a realidade onde biologicamente nenhum
aprendiz de uma segunda língua tem vantagens sobre os outros. Mesmo se o aluno
for tímido, mas se tiver motivação para aprender Godoy et al.(2005, p. 21) diz que “o
aprendiz primeiramente deve atentar para aquilo que o mesmo está precisando e
aquilo que o mesmo está querendo”.
De acordo com Davies (2006) aprender pronuncia é como jogar basquete;
tem poucas regras, mas, para melhorar, é preciso praticar. O mesmo utiliza o termo
“drilling” (repetição oral) que é uma das técnicas de estudo, a qual é aplicada através
de repetição, onde o aluno repete uma frase não necessariamente da mesma forma
e também sem repetições exaustivas, a fim de aprender literalmente a pronuncia de
um conjunto de palavras ou a construção de uma frase ou oração.
Schumacher et al.(2002, p. 27) aconselha o uso de trava-línguas, ou
como são chamados em inglês “tongue- twisters” (torcedores de língua) para
melhorar a pronuncia, tais como por exemplo: She sells sea shells on the sea shore
(Ela vende conchas na beira do mar) / Three free throws (Três jogadas livres).
Em ambos os exemplos são utilizadas frases, com palavras que possuem
a pronuncia muito parecida, e aparentemente é muito difícil de repetir, mas ao tempo
que o aluno aprende uma pronuncia de cada vez, é só colocar todas na seqüência,
que certamente em uma situação com palavras semelhantes o mesmo não terá
dificuldades em pronunciar.
Estes métodos são utilizados de forma a adquirir segurança com
diversão, assim também como outras técnicas mais específicas, tais como construir
a frase para frente: I... I am... I aminterested... I aminterested in... I aminterested in
architecture17; Em uma outra situação o aprendiz constrói frases de traz para frente:
...supermarket …the supermarket …to the supermarket …went to the supermarket, I
went to the supermarket18.
17
Eu sou interessado em arquitetura
18
Eu fui ao supermercado
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi dito que o inglês é a língua mais falada no mundo, assim em respeito
pela posição da mesma, os profissionais da educação formadores de futuros
professores ou não, devem colocar para os alunos, as vantagens de se aprender
inglês e dar suporte para que os mesmos possam de fator aprender e dominar a
língua e não apenas manter um formação parcial onde destaca-se apenas a parte
gramatical da língua.
Diante das transformações e dos avanços significativos ocorridos na
última década, inclusive na estrutura e funcionamento da Educação, procurou-se,
por meio deste trabalho, apresentar o ensino da pronuncia das Línguas
Estrangeiras, em particular o inglês, como uma ferramenta que possa facilitar o
aprendizado. Essa ferramenta deve ser aproveitada no intuito de tornar a criação
cultural concreta e significativa, auxiliando as relações sociais e culturais do aluno
das séries iniciais, possibilitando, através do aspecto cultural que a LI possui, um
desenvolvimento intelectual mais sólido para o educando.
Com as informações adquiridas no estudo que resultou neste trabalho,
constata-se que a realidade do ensino do inglês nas escolas brasileiras, anda muito
longe da realidade necessária para a formação de um falante fluente da LI.
Este trabalho foi produzido a fim de contribuir direta ou indiretamente com
a formação de futuros professores, que possam se preocupar um pouco mais com a
parte oral do ensino do inglês. O mesmo servirá como auxílio para os professores, e
deve ser visto como apenas um início de novos trabalhos os quais, sejam feitos
acerca do mesmo assunto, pois tendo visto a importância do inglês no contexto
internacional e nacional também, este estudo não deve parar por aqui.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIES, Ben Parry. Inglês que não falha, o livro de Pronuncia. 5 reimp. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2006.
GODOY, Sonia M. Baccari de. et al. English Pronunciation for Bazilians: the
sound of American English. 5 reimp. São Paulo: Disal, 2006.