You are on page 1of 104

Técnico em

Enfermagem
Módulo II
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
➢ Admissão Hospitalar

• A internação é a chegada de um paciente ao hospital,


em condições que exijam a sua permanência por
período igual ou superior a 24 horas. A admissão do
paciente tem uma rotina diferente em cada instituição.

• A humanização do atendimento em saúde é um fator


importantíssimo na recuperação do paciente e na
minimização do seu sofrimento e de seus familiares,
buscando formas de tornar este período de
internamento o menos agressivo possível.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
➢ Procedimentos para a admissão

• Dar as boas-vindas ao paciente e seus familiares.


• Apresentar-se pelo nome e referir a sua função junto ao
paciente.
• Informar sobre os horários dos exames que serão
colhidos, sobre a necessidade de higiene, troca das
roupas, e outros de acordo com as condições e caso do
internamento.
• Em caso de preparo para cirurgia eletiva providenciar os
preparos da higiene e dos processos de aferição de
sinais vitais entre outros, dependendo do tipo e horário
da cirurgia.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
➢ Procedimentos para a admissão

• Informar as rotinas da unidade, sobre a chamada do


posto de enfermagem, os horários da alimentação, os
controles da movimentação do leito e da TV.
• Informar sobre os horários das visitas médicas, visitas
de familiares, serviços religiosos e os pertences
pessoais necessários.
• Relacionar e guardar roupas seguindo a rotina do local.
• Entregar pertences de valores à família, anotando no
prontuário.
• Apresentá-lo aos companheiros de enfermaria, quando
isto for o caso.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
➢ Procedimentos para a admissão

• Se necessário, encaminhá-lo ao banho.


• Efetuar o registro da internação e dos procedimentos
realizados.
• Comunicar o serviço de nutrição e os demais serviços
interessados.
• Verificar SSVV, peso, altura e anotar.
• Fazer anotações de enfermagem referentes a: hora de
entrada, condições da chegada (deambulando, de
maca, cadeira de rodas, acompanhamento), sinais e
sintomas observados.
Admissão, Alta e Transferência
do Paciente
➢ Procedimentos para a admissão

• Avaliação e anamnese do paciente

• Realizar o registro das condições de chegada do paciente,


realizar exame físico, questionar sobre alergias a drogas,
objetos e produtos, como material de limpeza,
esparadrapo.
• Investigar doenças como hipertensão, diabetes, ou outras
patologias, seguindo o protocolo para admissão.
• Proceder todo o tempo com atenção e humanização dos
cuidados na assistência.
Alta Hospitalar

➢ Tipos de Altas Hospitalares:

• Alta hospitalar por melhora: aquela dada pelo médico


porque houve melhora do estado geral do paciente, sendo
que este apresenta condições de deixar o hospital.

• Alta a pedido: aquela em que o médico concede a pedido do


paciente ou responsável, mesmo sem estar devidamente
CURADO. O paciente ou responsável por ela assina o termo
de responsabilidade.
Alta Hospitalar

➢ Tipos de Altas Hospitalares:

• Alta hospitalar por óbito: aquela em que o paciente sai da


unidade hospitalar em decorrência do óbito.
Alta Hospitalar

➢ Papel da Enfermagem:

• Avisar o paciente após alta registrada em prontuário


pelo médico;
• Orientar o paciente e familiares sobre cuidados precisos
pós alta (repouso, dieta, medicamentos, retorno);
• Preencher pedido de alta (de acordo regras da
instituição);
• Providenciar medicamentos (conforme regulamento da
instituição);
• Reunir pertences do paciente e providenciar suas
roupas;
• Auxiliá-lo no que for necessário.
Alta Hospitalar

➢ Papel da Enfermagem:

• Realizar anotações de enfermagem contendo:


✓ Hora de saída.
✓ Tipo de alta.
✓ Condições do paciente.
✓ Presença ou não de acompanhante.
✓ Orientações dadas.
✓ Meio de transporte (ambulâncias, carro próprio).
✓ Preparar prontuário e entregá-lo conforme rotina da
instituição.
Alta Hospitalar

➢ Transferência

• Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência


para outro setor do mesmo estabelecimento, ou para outra
instituição.

• A unidade para onde o paciente está sendo transferido


deverá ser comunicada com antecedência, a fim de que
esteja preparada para recebê-lo, conforme rotina.

• O prontuário deve estar completo e ser entregue na outra


unidade. O paciente será transportado de acordo com as
normas da instituição e seu estado geral.
Alta Hospitalar

➢ Transferência

• Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o


paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de
rodas, junto com seus pertences, prontuário e os devidos
registros de enfermagem.

• Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao


novo ambiente, motivo pelo qual a orientação da
enfermagem é importante.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
➢ A morte ou óbito significa a cessação da vida, com
interrupção irreversível das funções vitais do organismo e,
legalmente, deve ser constatada pelo médico.

Após a morte, observa-se:


• esfriamento do corpo;
• manchas generalizadas arroxeadas;
• relaxamento dos esfíncteres;
• rigidez cadavérica.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
A equipe de enfermagem deve anotar no prontuário a hora da
parada cardiorrespiratória, as manobras de reanimação, os
medicamentos utilizados, a hora e causa da morte e o nome do
médico que constatou o óbito.

Somente após essa constatação inicia-se o preparo do corpo:


limpeza e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de
secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que
ocorra a rigidez cadavérica.

Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a


companhia dos seus entes queridos, mantendo-o em quarto ou
utilizando biombos caso ele encontre-se em enfermaria.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
Lembremos que o cadáver merece todo respeito e consideração, e
que sua família deve ser atendida com toda a atenção, respeitando-
se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modo
compreensível, sobre os procedimentos a serem realizados.

Geralmente, é o médico quem fornece a informação da causa e


hora da morte; no entanto, atualmente, a presença do familiar
junto ao paciente terminal sem possibilidade terapêutica, tem sido
incentivada e autorizada (visitas liberadas), o que permite à família
acompanhar mais de perto a situação.

Na medida do possível, durante esta fase, é imprescindível que a


equipe de enfermagem sensibilize-se na ajuda/amparo ao familiar
do paciente.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
➢ Materiais utilizados para o preparo do corpo

• Dois rolos de ataduras de crepe.


• Algodão.
• Gaze não estéril.
• Esparadrapo.
• Luvas de procedimentos.
• Uma pinça cheron.
• Avental de manga longa.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
➢ Procedimentos a serem realizados

• Reunir o material.
• Explicar o procedimento à família.
• Manter privacidade do local e corpo.
• Colocar o avental e calçar luvas de procedimento.
• Retirar travesseiros, deixando o corpo em decúbito dorsal.
• Retirar sondas, cateteres, ocluindo (fechando) os orifícios
com gaze.
• Higienizar o corpo com muito respeito e humanização. Evitar
conversas.
• Tamponar ouvidos, nariz, orofaringe, região anal e vaginal e
garrotear região peniana com gaze.
Cuidados de Enfermagem com
o Corpo após a Morte:
➢ Procedimentos a serem realizados

• Vestir o corpo com a vestimenta trazida pela família.


• Imobilizar mandíbula, pés, mãos, usando ataduras.
• Colocar o corpo sobre a maca, sem colchão, cobri-lo com
lençol.
• Desprezar luvas e avental, reunir todo os materiais para
colocação no ramper.
• Higienizar as mãos cuidadosamente.
• Providenciar que seja realizado o transporte do corpo ao
necrotério.
• Anotar no prontuário todos os procedimentos realizados e
material utilizado neste procedimento.
Legislação aplicada

• Lei Federal 9.431 de 1997 institui a obrigatoriedade da


existência da CCIH;
• A lei 9.431 estabelece que “infecção hospitalar” é uma
infecção institucional ou nosocomial ou mais atualizado
de IRAS (termo mais recente)
• Portaria 9782 de 1999: Cria a ANVISA;
• Portaria 2.616 de 12 de maio de 1998: Institui as normas
e diretrizes para prevenção das IRAS e institui a criação
da CCIH;
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
➢ Infecção Hospitalar
Infecção é uma ação exercida no organismo decorrente da
presença de agentes patogênicos, podendo ser por
bactérias, vírus, fungos ou protozoários.

"Infecção Hospitalar" (IH) (termo mais indicado


atualtemente é Infecção Relacionada a Assistência à
Saúde – IRAS) é a infecção adquirida após a
admissão do paciente na Unidade Hospitalar e que se
manifesta durante a internação ou após a alta.

A infecção hospitalar poderá surgir mesmo após a alta, e


estar relacionada com a internação ou procedimentos
hospitalares realizados.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
➢ Finalidade da CCIH:

• Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios


de diagnósticos previamente estabelecidos.
• Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas
no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de
infecção estão dentro dos parâmetros aceitáveis.
• Elaborar normas de padronização para os procedimentos
realizados na instituição, visando protocolo de técnicas
assépticas.
• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da
saúde no que se refere à prevenção e controle das
infecções hospitalares.
Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH)
➢ Finalidade da CCIH:

• Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando


que os mesmos sejam utilizados de maneira
descontroladas no hospital.
• Recomendar medidas de isolamento no caso de doenças
transmissíveis, quando se tratar de pacientes
hospitalizados, ou em caso de bactérias multirresistentes.
• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a
aquisição correta de materiais e equipamentos e para o
planejamento adequado da área física das unidades de
saúde.
Composição da CCIH
• Profissionais da saúde de nível superior;
• Formalmente designados;
• Serão divididos em consultores e executores;
• O diretor da CCIH será indicado pelo diretor do hospital;

• Membros consultores da CCIH com hospital com MAIS de 70


leitos:
• Médico;
• Enfermeiro;
• Farmacêutico;
• Representante do laboratório de microbiologia;
• Representante da administração.

• Membros consultores da CCIH com hospital com MENOS de 70


leitos:
• Médico;
• Enfermeiro.
Composição da CCIH
• Membros executores da CCIH:
• 02 profissionais de nível superior para cada 200 leitos;
• Pelo menos 1 profissional deve ser Enfermeiro;
Normas Básicas de Prevenção e
Controle de Infecção Hospitalar
➢ Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Lavar sempre as mãos antes de realizar qualquer


procedimento é um dos mais importantes meios para
prevenir a infecção cruzada;
• Manter os cabelos longos presos durante o trabalho, pois
quando soltos acumulam sujidades, poeira e
microrganismos, favorecendo a contaminação do paciente e
do próprio profissional;
• Manter as unhas curtas e aparadas, pois as longas facilitam
o acúmulo de sujidades e microrganismos;
Normas Básicas de Prevenção e
Controle de Infecção Hospitalar
➢ Medidas de prevenção e controle de infecção hospitalar:

• Evitar o uso de joias e bijuterias, como anéis, pulseiras e


demais adornos, que podem constituir-se em possíveis
fontes de infecção pela facilidade de albergarem
microrganismos em seus sulcos e reentrâncias, bem como
na pele subjacente;
• Não encostar ou sentar-se em superfícies com potencial de
contaminação, como macas e camas de pacientes, pois isto
favorece a disseminação de microrganismos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
➢ Assepsia médica: medidas adotadas para reduzir o número
de microrganismos e evitar sua disseminação

➢ Assepsia cirúrgica: medidas adotadas para impedir a


contaminação de uma área ou objeto estéril.

➢ Antissepsia: medidas que visam reduzir e prevenir o


crescimento de microrganismos em tecidos vivos.
Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
➢ Descontaminação:
➢ Desinfecção: Processo de destruição de
microrganismos em estado vegetativo (com exceção
das formas esporuladas) utilizando-se agentes físicos
ou químicos.
➢ Esterilização: Processo utilizado para destruir todas as
formas de vida microbiana, por meio do uso de agentes
físicos: Vapor Saturado sobre Pressão: Autoclave; Vapor
Seco: Estufa*; Esterilização Química: óxido de etileno,
plasma de peróxido de hidrogênio, formaldeído,
glutaraldeído e ácido peracético.

*Proibido o uso na saúde humana (Art 92 da RDC 15 de 2012)


Assepsia, Antissepsia, Desinfecção,
Descontaminação e Esterilização
➢ A desinfecção pode ser de:

• Alto nível: quando há eliminação de todos os


microrganismos e de alguns esporos bacterianos;
• Nível intermediário ou médio: quando há eliminação
de microbactérias (bacilo da tuberculose), bactérias na
forma vegetativa, muitos vírus e fungos, porém não de
esporos;
• Baixo nível: quando há eliminação de bactérias e
alguns fungos e vírus, porém sem destruição de
microbactérias, nem de esporos.
Tipos de Limpeza

• Limpeza preparatória
• Realizada antes do início das cirurgias;
• Limpeza operatória
• Realizada durante o procedimento cirúrgico
• Limpeza concorrente
• Realizada ao final de cada cirurgia
• Limpeza terminal
• Limpeza diária e periódica de todos os materiais e superfícies
• Limpeza diária
• Realizada após a última cirurgia programada.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
A principal via de transmissão das infecções hospitalares são
as mãos, em geral da equipe de saúde, sua adequada
lavagem é de grande importância.

Sua finalidade consiste em eliminar microrganismos, evitando


propagar infecções, eliminar da pele substâncias tóxicas e
medicamentosas e proteger-se contra agressões do meio.

A lavagem das mãos é de extrema importância para a


segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista
que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre
principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
➢ Passos da lavagem das mãos

• Abrir a torneira;
• Umedecer as mãos;
• Acionar o dispensador de sabão líquido e umedecer as palmas
das mãos;
• Espalhar a solução fazendo movimentos de fricção com as
palmas das mãos;
• Fechar a torneira e a seguir ensaboá-la e esfregá-la;
• Friccionar o punho com movimentos rotatórios com o auxílio da
palma da mão oposta;
• Repetir o movimento no punho oposto;
• Friccionar o dorso das mãos com auxílio da mão oposta;
• Repetir o movimento para a mão oposta.
Importância da lavagem das mãos na
prevenção de infecção
➢ Passos da lavagem das mãos

• Unir as palmas das mãos, friccionando-as;


• Friccionar a região perineal dos dedos da mão com as pontas
dos dedos da mão oposta;
• Repetir o movimento para a outra mão;
• Abrir a torneira;
• Enxaguar as mãos iniciando pelo punho sem repetir os
movimentos;
• Enxaguar a torneira e fechá-la;
• Pegar o papel toalha e enxugar as mãos, seguindo a mesma
sequência da lavagem ou posteriormente utilizar álcool
glicerinado;
• Desprezar o papel toalha.
Técnica de Lavagem das Mãos
Uso de Luvas

➢ Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:

• Verifique se a numeração corresponda ao tamanho da sua


mão;
• Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope
para cima e o punho em sua direção;
• Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis
a luva e a área interna do pacote.;
• Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se
aderir à pele ao calçá-la, única face que pode ser tocada com
a mão não enluvada - desta forma, sua parte externa se
mantém estéril.
Uso de Luvas

➢ Técnica de calçar e descalçar luvas estéreis:

• Para pegar a outra luva,


introduza os dedos da mão
enluvada sob a dobra do
punho e calce-a, ajustando-a
pela face externa.
• Calçando a luva, mantenha
distância dos mobiliários e as
mãos em nível mais elevado,
evitando a contaminação
externa da mesma.

Calçando Luvas Estéreis


Uso de Luvas

Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada,


a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra,
puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na
altura do punho com a mão enluvada; em seguida, remova a
segunda luva, segurando-a pela parte interna do punho e
puxando-a em direção aos dedos.
Esta face deve ser mantida
voltada para dentro para
evitar autocontaminação e
infecção hospitalar.

Retirando Luvas Estéreis


Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)

Definição de Enfermagem segundo Wanda Horta

"Enfermagem é ciência e a arte de assistir o ser humano no


atendimento de suas NECESSIDADES BÁSICAS, de torná-lo
independente desta assistência através da educação; de
recuperar, manter e promover sua saúde, contando para
isso com a colaboração de outros grupos profissionais"
Necessidades Humanas Básicas
(A teoria de Wanda Horta)
➢ Classificação das Necessidades Humanas Básicas

CLASSIFICAÇÃO
Necessidades psicobiológicas Necessidades psicosociais
Oxigenação, hidratação, nutrição,
Segurança, amor, liberdade,
eliminação, sono e repouso, exercício,
comunicação, criatividade,
sexualidade, abrigo, mecânica corporal,
aprendizagem (educação à saúde),
motilidade cuidado corporal,
gregária, recreação, lazer, espaço,
integridade cutâneo mucosa,
orientação no tempo e espaço,
integridade física, regulação térmica,
aceitação, autorrealização, autoestima,
hormonal, neurológica, hidrossalina,
participação, autoimagem, atenção,
eletrolítica, imunológica, crescimento
necessidadse psicoespirituais, religiosa
celular, percepção: olfativa, visual,
ou teológica, ética ou de filosofia de
auditiva, tátil, gustativa, dolorosa
vida.
ambiente, terapêutica.
Nutrição

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a maioria dos


governos tem publicado recomendações de ingestão diária de
nutrientes para indivíduos saudáveis, que, por sua vez, sofrem
adaptações, para mais ou para menos, em situações de doença.
Em situações normais, uma pessoa que mantém uma
alimentação balanceada, intercalando e integrando os
elementos da pirâmide alimentar, consegue suprir grande parte
das necessidades nutricionais requeridas para o pleno
funcionamento do organismo.
Nutrição

➢ Pirâmide alimentar
Nutrição

O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de


acompanhar seus clientes, tanto em seus domicílios quanto
no hospital, preparando o ambiente e auxiliando-os durante
as refeições. Os pacientes impossibilitados de se alimentarem
sozinhos devem ser assistidos pela enfermagem, a qual deve
providenciar os cuidados necessários de acordo com o grau
de dependência existente.
Hidratação

➢ Constituíndo de mais de 60% do corpo humano, de água


se faz fundamental para a vida, sendo um nutriente
indispensável à saúde.

➢ Todo o funcionamento do organismo depende da água.


Além de distribuir os nutrientes pelos diferentes órgãos do
corpo, a água ajuda a regular a temperatura do corpo,
eliminar as toxinas através da urina e da transpiração e a
estimular o trânsito intestinal.

➢ Eliminamos cerca de dois litros através da urina, do suor e


das fezes, o que nos obriga a repor a água perdida
diariamente.
Hidratação

➢ Se o líquido de nosso corpo não for reposta, entramos


num processo de desidratação e intoxicação.

➢ Além disso, nosso rim fica sobrecarregado e não têm as


condições ideais para realizar o processo de filtração de
toxinas.

➢ Nesse processo perdemos também sais minerais,


principalmente potássio e sódio. Então, se por um lado é
preciso tomar água para facilitar a filtração pelos rins, por
outro, ela não pode ser ingerida em excesso.
Hidratação

➢ Os especialistas aconselham a ingestão de no mínimo dois


litros de água por dia, que devem ser ingeridos em
quantidades e intervalos regulares.

➢ A sede, que é causada pela baixa quantidade de água


dentro das células, diminuindo a eliminação de água pelos
rins e por meio da saliva, é um sinal do organismo
indicando que o indivíduo deve beber água.
Eliminações

➢ Nosso organismo possui um sistema de purificação e


eliminação de toxinas para manter sua higiene interna.

➢ Quando a eliminação está equilibrada e adequada às


necessidades da pessoa, o material tóxico acumulado em
áreas sensíveis do corpo é eliminado com maior rapidez,
promovendo o equilíbrio orgânico e ativando a renovação
celular por células mais fortes e saudáveis.

➢ A eliminação deficiente faz com que o sangue que circula


fique intoxicado, e este, ao banhar áreas mais frágeis,
favorecerá a assimilação de material tóxico por células
deficientes, facilitando a formação de doenças.
Higiene

➢ A higiene pessoal é muito importante para a saúde do


indivíduo e, também, para o seu relacionamento com a
sociedade. O asseio com o corpo, ou a falta dele,
demonstra o grau de compromisso que o indivíduo tem
consigo mesmo. Uma pessoa asseada é facilmente aceita
pelos demais membros de seu grupo social, tem sua
autoestima elevada e, consequentemente, vive mais feliz.
Diferente de uma pessoa sem zelo com o seu próprio
corpo, que pode ficar com sua autoestima baixa, além de
sofrer perseguições e apelidos por parte dos seus
companheiros.
Higiene

➢ As doenças e problemas mais frequentes decorrente da


falta de higiene são:

• Micoses - manchas brancas ou vermelhas que surgem


na pele, podem resultar da falta de asseio;
• Pé-de-atleta - tipo de micose que acomete os dedos e
se propaga para a planta dos pés, provocando coceiras.
A contaminação ocorre quando a pessoa caminha
descalça em pisos úmidos e sujos;
• Piolhos - parasitas que atacam o couro cabeludo, a
ação dos piolhos provoca coceira;
• Mau hálito é provocado, dentre outros fatores, pela
presença de restos de alimentos entre os dentes; etc.
Sono e Repouso

➢ Sono é o nome dado ao repouso que fazemos em períodos


de cerca de 8 horas em intervalos de cerca de 24 horas.
Durante esse período nosso organismo realiza funções
importantíssimas com consequências diretas à saúde.
Funções do sono

➢ O sono é uma necessidade humana básica, mas muitas


pessoas desconhecem sua importância e tentam se
manter com poucas horas de repouso.

➢ Durante o sono muitos dos principais órgãos do corpo e


sistemas regulatórios continuam a trabalhar ativamente.

➢ Na realidade, algumas partes do corpo aumentam a sua


atividade de forma acentuada e o organismo produz maior
quantidade de determinados hormônios.
Funções do sono

➢ Durante o sono, o cérebro classifica e armazena memórias e


o corpo se recupera dos desgastes do dia.

➢ Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no


dia seguinte, mas, para manter-se saudável e melhorar a
qualidade de vida. Nosso desempenho físico e mental está
diretamente ligado a uma boa noite de sono.

➢ O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de


uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e
a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o
merecido descanso o organismo deixa de cumprir uma série
de tarefas importantíssimas.
Funções do sono

➢ Na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento é


liberado durante o sono, crianças que dormem mal têm mais
chances de ter problemas no seu desenvolvimento físico.

➢ O hormônio do crescimento continua sendo liberado mesmo


na fase adulta, durante o sono. Embora em doses menores,
ele evita a flacidez muscular e garante vigor físico.

➢ Pessoas que conseguem dormir bem possuem uma maior


capacidade de concentração, autocontrole e realização de
tarefas pessoais e profissionais. Quanto ao tempo de sono
necessário para um repouso adequado, não existe um
consenso entre os especialistas, mas é comum em torno de
sete horas de sono.
Funções do sono

➢ Em estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA,


onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram
impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias.

➢ O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento


do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60
anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos
dos portadores de diabetes.

➢ O sono também contribui para o bem-estar mental e


emocional.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ As interferências ao sono São classificadas em
externas(trabalhos noturnos ou turnos rotativos, os eventuais
problemas com fusos horários, em casos de viagens) e
orgânicas(ronco, a apneia, a insônia, a narcolepsia, o bruxismo,
a síndrome das pernas inquietas e outras).

➢ O ronco e o bruxismo, geralmente, incomodam mais quem


dorme nas proximidades do que quem apresenta o quadro
clínico.

➢ A apneia é o fechamento da passagem de ar ao nível da


garganta pelos próprios tecidos da mesma, por isso
frequentemente está associada ao ronco, com consequente
parada da respiração.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ Esse fechamento pode demorar vários segundos e até
mesmo causar a morte súbita. Essa disfunção nem sempre a
percebe e apresenta noites com “dorme e acorda” que
podem chegar a 300 vezes.

➢ O ronco e a apneia podem ser evitados. Algumas


providências podem ser tomadas como desde um
posicionamento correto na cama à eliminação do hábito de
tomar bebidas alcoólicas antes de dormir.

➢ A perda de peso pode eliminar depósitos de gordura na


região do pescoço que são prejudiciais à passagem de ar,
mas, alguns casos persistem e necessitam de tratamento.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ A necessidade de sono será afetada principalmente no pós-
operatório imediato, de pacientes submetidos à
procedimentos cirúrgicos na laringe, devido à frequência de
acessos de tosse e ao aumento da produção de secreções
brônquicas.

➢ Também outros fatores podem influenciar o repouso dos


laringectomizados no pós-operatório imediato, como a dor e a
rigidez muscular cervical.

➢ Para ajudar o laringectomizado a satisfazer esta necessidade, a


enfermagem deve gerir os períodos de repouso com a
administração de analgésicos, antitússicos e indutores do
sono, quando estes estiverem prescritos.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico
de Padrão do Sono Perturbado.

• Manter regularidade no horário de dormir e acordar.


• Não compensar uma noite mal dormida com
prolongamento do sono pela manhã ou com cochilos
diurnos.
• Utilizar o quarto apenas para dormir ou para as
relações íntimas, evitar utilizá-lo para ler, ver televisão,
comer...
• Evitar dormir com fome. Uma boa dica é beber um
copo de leite morno.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ Algumas prescrições de enfermagem para o diagnóstico
de Padrão do Sono Perturbado.

• Evitar muitos líquidos a noite, pois ocorre a


necessidade de urinar interrompendo a sequência do
sono...
• Dar intervalo de duas horas entre a refeição e a hora
de deitar.
• Evitar uso de estimulantes como café, chá preto, pois
causa ansiedade e insônia.
• Tomar banho em temperatura agradável e fazer um
pequeno lanche.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ Os níveis de ansiedade e stress induzidos pela doença
oncológica, por cirurgias de grande porte, agendadas, afetam
o sono do paciente e seus acompanhantes.

➢ O papel da enfermagem passa pela escuta ativa dos medos e


receios do doente, tentando desmistificar a cirurgia, a
patologia ou simplesmente permitindo que o cliente fale sobre
seus problemas.

➢ Também podemos usar de recursos e técnicas de relaxamento,


encaminhamento para a psicóloga, se necessário, juntamente
com a administração da terapêutica indutora do sono
prescrita, são estratégias recomendadas para ajudar o doente
a satisfazer esta necessidade humana básica.
Fatores que influenciam a
qualidade do sono:
➢ Quem dorme pouco costuma ter menos vigor físico, envelhece
mais precoce, está mais sujeito a infecções, obesidade,
hipertensão e ao diabetes.

➢ A leptina, hormônio que controla a sensação de saciedade é


liberado durante o sono. A falta de sono inibe a produção de
insulina, o que faz a taxa de açúcar no sangue subir e eleva a
quantidade de cortisol, o hormônio do estresse.

➢ Atenção: Não é benéfico esforçar-se para dormir. O esforço,


usualmente é acompanhado por ansiedade e estimulação que
se traduzem em mais insônia.
Conforto do Paciente

➢ O bem-estar é elemento comum nas definições de conforto.O


conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter
atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma
e transcendência. Na medida em que o paciente pode
apresentar necessidades de conforto não atendidas,
percebemos a necessidade de intervenção da enfermagem
para maximizar o conforto.

➢ Assim como o conforto que uma pessoa necessita em uma


residência, a pessoa também necessita em um ambiente
hospitalar que deve incluir: espaço que permita a privacidade
de seus moradores, aquecimento no sentido de calor natural,
calma e silêncio e personalização, ou seja, torná-la própria de
alguém. Alguns pacientes têm necessidade do toque e
conversa bem como necessitam ser ouvidos. O
Conforto do Paciente

➢ O conforto pode ser definido como a experiência imediata de ter


atendidas as necessidades humanas básicas para alívio, calma e
transcendência.

➢ Na medida em que o paciente pode apresentar necessidades de


conforto não atendidas, percebemos a importância da
intervenção da enfermagem para maximizar o conforto.

➢ O conforto necessário no ambiente hospitalar se assemelha ao


obtido em uma residência: espaço que permita a privacidade,
aquecimento no sentido de calor natural, calma e silêncio e
personalização, ou seja, torná-la própria de alguém. Alguns
pacientes têm necessidade do toque e conversa bem como
necessitam ser ouvidos.
Conforto do Paciente

➢ O relacionamento harmônico com os profissionais de saúde


influencia no conforto do paciente.

➢ As situações de conforto que um paciente que irá submeter-se à


cirurgia relacionaram-se a: visita da família, estar na companhia
de familiares, ser bem medicado, receber orientações, visita e
bom atendimento dos médicos e enfermeiras, tranqüilidade,
paz, calma, ausência de dor.

➢ Considerando a relação existente entre o conforto e o trabalho


da enfermagem e a constatação de que as ações de enfermagem
devem procurar responder as expectativas e necessidades dos
pacientes, percebe-se a importância da realização de medidas
para proporcionar conforto ao mesmo.
Conforto do Paciente

➢ Medidas adotadas pela Enfermagem para proporcionar


Conforto:

• Ambiente limpo, arejado, em ordem, temperatura adequada


e leito confortável;
• Boa postura do paciente: realizar mudança de decúbito;
movimentação ativa ou passiva;
• Respeito quanto à individualidade do paciente;
• Inspirar sentimento de confiança, segurança e otimismo;
• Recreação através de atrativos. Exemplos: TV, grupos de
conversa, trabalhos manuais, leituras.
• Realizar massagem de conforto;
• Realizar medidas para alívio da dor;
• Higiene corporal, sempre que necessário.
Conforto do Paciente

➢ Pacientes que permanecem muito tempo acamados


requerem uma atenção especial. Os inconscientes
geralmente apresentam reflexos alterados, com diminuição
ou abolição de movimentos voluntários.

➢ A imobilização facilita complicações traqueobrônquicas; a


circulação torna-se deficiente em determinados pontos da
área corpórea, sofrendo maior pressão, provocando
ulcerações; o relaxamento muscular e a posição incorreta
dos vários segmentos do corpo pode provocar
deformidades. A mudança de decúbito, exercícios passivos
e massagem de conforto são medidas utilizadas para
prevenir.
Conforto do Paciente

➢ Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Materiais necessários para o procedimento:


• Comadre;
• Papel higiênico;
• Biombos;
• Bacia com água morna;
• Toalha de banho;
• Sabonete.
Conforto do Paciente

➢ Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Lavar as mãos;
• Identificar o paciente;
• Cercar a cama com biombos;
• Explicar ao paciente o que vai ser feito;
• Reunir o material necessário junto a unidade;
• Colocar as luvas de procedimento;
• Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção
em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol
ou colocando-a em contato com água quente);
Conforto do Paciente

➢ Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele
estiver impossibilitado, levantar por ele, com a ajuda
de outro funcionário da Enfermagem;
• Colocar a comadre sob os quadris;
• Deixar o paciente sozinho, sempre que possível;
• Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame;
• Entregar papel higiênico ao paciente, orientando-o
sobre a higiene intima e se necessário, realize por ele.
• Se fezes, realizar a higiene dos genitais todas as vezes
que se fizer necessário.
Conforto do Paciente

➢ Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Pedir novamente ao paciente ajuda, que levante o
quadril, colocando força na planta dos pés na cama, e
se necessário, realize o procedimento com ajuda.
• Retirar a comadre; após a higiene.
• Fornecer bacia com água para que o paciente lave as
mãos;
• Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos;
• Lavar o material;
• Colocar o material restante no lugar;
Conforto do Paciente

➢ Como colocar e retirar comadre do paciente acamado:

Técnica do procedimento
• Deixar o paciente em posição confortável;
• Desprezar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar no prontuário.

➢ Observação - Não deixar um paciente esperando pela comadre,


por se tratar de um ato fisiológico a espera pode levar a
angústia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do
tônus dos esfíncteres. Por se tratar de um momento íntimo,
muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois se sentem
inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas.
Conforto do Paciente

➢ Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
1- Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se
encontra a pessoa que irá fazer a massagem;
2- Virar o paciente em decúbito ventral ou lateral;
3 - Após lavar as costas, despejar na palma da mão
pequena quantidade de creme;
4 - Aplicar nas costas do paciente massageando com
movimentos suaves e firmes, seguindo a seguinte
orientação:
Conforto do Paciente

➢ Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
• Deslizar as mãos suavemente, começando pela base da
espinha e massageando em direção ao centro, em volta
dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes;
• Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e
para cima da espinha, voltando para baixo com
movimentos circulares por quatro vezes;
Conforto do Paciente

➢ Massagem de conforto

Técnica do procedimento:
• Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da
espinha e para cima, retornando para baixo
massageando com a palma da mão, executando
círculos pequenos;
• Repetir os movimentos longos e suaves que deram
início a massagem, por três a cinco minutos e continuar
com o banho ou mudança de decúbito.
Anamnese

➢ Chama-se anamnese a entrevista realizada com o objetivo


de conhecer o histórico relativo à saúde física e mental do
paciente.

➢ A finalidade da anamnese é promover um intercâmbio das


informações entre o paciente e a enfermagem e assim
identificar os principais sinais e sintomas e a causa do
problema.
Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

1 - Identificação ou dados bibliográficos - É importante para


reconhecer quem é o paciente e a que possíveis doenças ele
está exposto.

• Data e hora da entrevista;


• Nome;
• Endereço, Telefone, Idade, Raça, religião;
• Estado civil;
• Profissão.

Repita as informações para verificar a exatidão.


Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

2 - Queixa principal e duração - Motivo pelo qual foi buscado o


atendimento.

• Por que você procurou o hospital? (Motivo imediato pelo


qual o paciente procurou o serviço de saúde);
• Há quanto tempo essa preocupação existe? (Estabeleça o
momento exato do início da queixa).
Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

3 - História da doença atual - Tem a finalidade de ampliar a


descrição da queixa principal e relacioná-la com outros
sintomas.

• Modo como começou a doença (os sintomas), se súbito


ou gradativo;
• Duração e frequência dos sintomas atuais;
• História de uma crise típica e com sintomas associados;
• Perguntar sobre tratamentos prévios e prescrições
médica.
Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

4 - História patológica pregressa:

• Perguntas sobre a saúde do cliente antes da doença,


muitas vezes a queixa é uma complicação de uma doença
que já existia;
• Que doenças você sabe que possui? Desde quando?
• Já teve alguma doença infecciosa? (Sarampo, caxumba,
pneumonia, tuberculose...) quais vacinas você já tomou?
• Já fez alguma cirurgia? Quando? Por quê?
• Já teve algum traumatismo, lesão?
Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

5 - História Familiar - Devemos conhecer a história familiar do


cliente, pois há doenças com reconhecido fator genético
importante, outras em que a convivência com pessoas afetadas
aumenta a chance de contágio. Por isso perguntar sempre
sobre:

• Estado de saúde dos pais e avós, ou causas de suas


mortes;
• Doenças em filhos, irmãos e irmãs;
• Casos de doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia,
hipertensão arterial, diabetes e câncer na família.
Anamnese

➢ Estrutura da Anamnese

6 - História social - Procure saber um pouco sobre a rotina do


seu cliente, gostos, dúvidas, relação com familiares, situação
profissional e planos; além de fortalecer a relação com o
paciente, alguns desses problemas podem ter grande impacto
sobre a saúde do paciente.

• Ao fim, pergunte se há algo que o cliente queira dizer ou


perguntar. Se necessário, confirme os dados.
Técnicas de Exames Físicos

➢ Inspeção: Consiste no processo de observação, um exame


visual das partes do corpo. Com a inspeção pode-se dar conta do
aspecto geral da área examinada e das características específicas
em relação ao tamanho, forma, posição anatômica, textura,
movimento e simetria.

Devemos observar a postura, os movimentos corporais,


condições de higiene e padrão de fala. A prática leva o
profissional a perceber as variações de uma pessoa para a outra.
Técnicas de Exames Físicos

➢ Palpação: as mãos são nossos instrumentos de palpação, com


elas nós percebemos alterações específicas com relação à
forma, textura, espessura, sensibilidade e volume. Muitas vezes
não podemos ver determinadas estruturas corporais, mas, com
o toque podemos identificar alguma alteração como, por
exemplo: tireoide ou linfonodos aumentados.

ATENÇÃO: ao examinar o abdome, a ausculta deve ser feita


antes da palpação e da percussão, para evitar alterações nos
sons intestinais.
Técnicas de Exames Físicos

➢ Percussão: consiste em golpear a superfície do corpo com a


ponta dos dedos para produzir som, avaliar o tamanho e
consistência dos órgãos, bem como para descobrir líquidos nas
cavidades corporais. Devemos observar o som e a resistência
oferecida pela região golpeada. É uma prática que requer
bastante habilidade.

Os dois métodos de percussão são o direto (envolve o


golpeamento da região examinada diretamente com um ou dois
dedos) e o indireto (é feito com o dedo indicador ou o dedo
médio da mão dominante, pressionando-o firmemente sobre a
zona a ser percutida. Com o dedo médio da outra mão, que
deve estar um pouco flexionado, golpeia-se o dedo a ser
percutido, produzindo-se os sons).
Técnicas de Exames Físicos

➢ São cinco os sons básicos da percussão:

• Timpânico: como um tambor (víscera vazia, exemplo:


fundo do estômago);
• Ressonância: oco (pulmão normal);
• Hiper-ressonante: vibrante (pulmão enfisematoso);
• Maciço: sólido (víscera cheia, ou fígado);
• Som claro (submacicez): músculo.
Técnicas de Exames Físicos

➢ Ausculta: consiste em escutar sons produzidos por diferentes


órgãos do corpo. É útil para avaliação dos sons emitidos pelo
coração, pelos pulmões, pelos intestinos e vasos. O estudante
deve primeiramente aprender os sons normais criados pelo
sistema cardiovascular, respiratório e gastrintestinal.

Os sons anormais podem ser reconhecidos apenas depois de


aprendidas as variações normais. Para auscultar
corretamente é necessário uma boa audição e um bom
estetoscópio (que deve ser colocado na pele sem roupas,
pois o tecido abafa os sons).
Técnicas de Exames Físicos

É importante estar familiarizado com o estetoscópio, é


proveitoso praticar seu uso com um amigo. A ausculta requer
concentração e prática. Fechar os olhos pode ajudar a
focalizar determinado som.

Os exemplos de fenômenos acústicos clinicamente


importantes, incluem os murmúrios vesiculares (sons
percebidos durante a ausculta normal dos pulmões) e os
ruídos adventícios (sons anormais durante a ausculta
pulmonar).
Exame Físico Geral

O exame físico geral constitui-se como importante ferramenta ao


raciocínio clínico e a sua realização estreita a relação entre o
profissional de saúde e o paciente/cliente. É fundamental que se
realize de maneira completa, minuciosa e se peça permissão ao
paciente para examiná-lo, fornecendo informações do porquê e
como será realizada cada etapa do exame.

O exame físico pode ser dividido em parâmetros qualitativos


(subjetivos) e quantitativos (objetivos). Desta forma, a experiência,
tanto para adquirir um padrão de normalidade como para obter
maior precisão da técnica, será um fator que tornará o exame mais
preciso.
Parâmetros Qualitativos

Dos parâmetros qualitativos, um dos primeiros a serem notados é o


estado geral do paciente. Este pode ser bom, regular e mau (BEG,
REG, MEG) levando-se em conta o contexto (ambulatório ou
enfermaria, por exemplo).

Um paciente que conversa normalmente sem sinais de doença


grave, encontra-se em BEG. Já um paciente com alguma alteração
de normalidade pode ser classificado em estado geral regular. Por
fim, um paciente com doença debilitante, por exemplo, que não
consiga nem se sentar, encontra-se em MEG.
Parâmetros Qualitativos

Em seguida avaliamos a coloração, se o paciente está corado


(normocorado) ou não, descorado ou pálido (hipocorado). A
presença de palidez é um sinal indireto da presença de anemia.

Todavia, a simples observação da pele está sujeita a erros, já que


no frio pode ocorrer vasoconstrição e a pele tornar-se pálida.

Assim, um paciente que aparenta ter um grau leve de anemia


seria classificado como descorado 3+/4+ (três cruzes em
quatro). Esta graduação parte de um parâmetro pessoal e,
portanto, sujeita a erros, nem sempre se correlacionando à
medida laboratorial de hemoglobinas.
Parâmetros Qualitativos

O próximo sinal a ser observado é se há presença de icterícia, um


aumento de bilirrubinas no sangue, que pode ser devido a uma
doença no fígado, entre outras coisas. Esta pode ser observada por
uma coloração amarelada da pele, freio da língua e esclera do olho.

De preferência procura-se observar o paciente na presença de luz


natural, já que luzes artificiais podem diminuir a visão da cor
amarelada da esclerótica.

Por ser um sinal qualitativo, o grau de icterícia também é medido


em cruzes, sendo uma para o paciente levemente ictérico e quatro
para aquele intensamente ictérico. Os pacientes que não
apresentam icterícia são ditos anictéricos.
Parâmetros Qualitativos

Outro sinal importante é a presença de cianose, que se traduz


por uma coloração azulada mais facilmente vista nos lábios,
extremidades (leito ungueal-unhas), e pavilhões auriculares.

A cianose ocorre por um aumento da concentração de


hemoglobina reduzida (não ligada ao oxigênio) o que pode ser
devido à uma má oxigenação do sangue.

Se o paciente não apresenta cianose, é dito acianótico. Como


nos outros sinais, o grau de cianose é aferido por cruzes, sendo
uma, cianose leve e quatro, um grau mais importante.
Parâmetros Qualitativos

Hidratação é aferida pela observação da umidade das mucosas,


principalmente oral e língua. Em um paciente hidratado, a pele
tem turgor (consistência) elástico.

Em idosos, pode ocorrer uma diminuição fisiológica da umidade


da mucosa e a pele tem alteração do turgor, dificultando o
achado de desidratação.

Em criança, o turgor da pele pode ser notado fazendo-se uma


prega no abdome e outro sinal de desidratação é a fontanela
(moleira) deprimida.
Parâmetros Qualitativos

O nível de desidratação pode ser medido pelo sistema de cruzes


indo de uma (quadro leve) à quatro (quadro grave). Deve-se ter em
mente que dificilmente, um adulto consciente, com acesso a água e
sem vômitos ou diarreia apresentará quadro de desidratação.

Além da falta de hidratação, pode ocorrer o seu excesso, que é o


chamado edema. Este pode ser notado ao realizar- se pressão na
região pré-tibial e persistindo-se a impressão do dedo na pele.

O edema ou inchaço, ocorre a partir do aumento da


permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva
ao extravasamento do líquido de dentro do vaso para o espaço
intersticial extracelular (fora da célula).
Parâmetros Quantitativos

Os parâmetros quantitativos incluem a medida do pulso,


frequência respiratória, pressão arterial, temperatura, peso e
altura.

• Medidas Antropométricas - É o ato de verificar peso e


altura. Tem a finalidade de acompanhar o crescimento
pôndero-estatural, detectar variações patológicas do
equilíbrio entre peso e altura.
Parâmetros Quantitativos

➢ Método de verificação do peso:

• Forrar a balança com papel toalha;


• Regular ou tarar a balança;
• Solicitar ao paciente que use roupas leves;
• Auxiliar o paciente a subir na balança, sem calçados,
colocando-o no centro da mesma, com os pés unidos e os
braços soltos ao lado do corpo;
• Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado
do paciente;
• Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança;
• Ler e anotar o peso indicado na escala;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Colocar os mostradores em zero e travar a balança.
Parâmetros Quantitativos

➢ Método de verificação de estatura:

• Colocar o paciente de costas para a escala de medida;


• Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste
repouse sobre a cabeça do paciente;
• Manter o paciente em posição ereta, com a cabeça em
posição anatômica com os pés unidos;
• Travar a haste;
• Auxiliar o paciente a descer da balança;
• Realizar a leitura e anotar;
• Destravar e descer a haste.
Observação: Para verificação de peso e estatura de crianças existem
balança e régua apropriada, onde a criança permanece deitada.
Balanço Hídrico

➢ Balanço hídrico é o processo de observação e registro da


quantidade de líquidos administrados e eliminados pelo
paciente no período de 24 horas, com o objetivo de verificar
perdas e/ou ganhos de líquidos e eletrólitos.

A manutenção da quantidade adequada de líquidos no


organismo e de seus elementos são fatores essenciais para a
vida, pois os líquidos correspondem aproximadamente 50 a 70%
do peso corporal exercendo um papel importante no organismo,
como:
• Transporte de oxigênio e nutrientes para a célula e remoção
dos produtos de degradação.
• Manutenção do equilíbrio físico e químico.
Balanço Hídrico

➢ A eliminação de líquidos é denominada perda sensível


(mensurável, que podemos medir) e perda insensível (não
mensurável). A água é eliminada do organismo pela pele,quando
transpiramos, pelos rins, quando urinamos, pelo intestino,
através das fezes e pelos pulmões durante as respirações.

➢ Aproximadamente 300 a 500 ml são eliminados pelos pulmões


em 24 horas e aproximadamente 500ml/dia de água são
eliminados pela pele através da transpiração. A quantidade de
perda insensível, em um adulto, é de aproximadamente 500 a
1.000 ml/dia;.
Líquidos Administrados

➢ Soros;
➢ Medicações EV;
➢ Diluição de medicações (EV e VO);
➢ Sangue e derivados;
➢ Medicações VO líquidas (nistatina, óleo mineral);
➢ Controle de líquidos fornecido pela copa (ver coerência
em relação à aceitação);
➢ Sonda nasoenteral: dieta.
Líquidos Eliminados

➢ Urina;
➢ Fezes (diarreia);
➢ Vômitos;
➢ Drenagens;
➢ Sangramentos.
Medidas Importantes ao Controle

➢ Aspecto (acolia, melena, com sangue) e quantidade das


fezes (P, M, G). Medir as diarreias;
➢ Quantidade e aspecto da diurese. Pesar as fraldas;
➢ Em caso de vômito, anotar o aspecto (alimentar,
sialorreia, etc.);
➢ Aspecto das drenagens: Se mais de dois drenos,
especificar a drenagem de cada um;
➢ Pesar os curativos quando houver sangramentos ou
ascite volumosos;
➢ Todas as medicações EV devem ser registradas.
Balanço Hídrico

➢ Quando fechar o Balanço Hídrico?


O balanço hídrico parcial deve ser fechado sempre as 06,
12, 18 e 24 horas. O balanço hídrico total deve ser
fechado às 24 horas pelo enfermeiro responsável. Em
muitas instituições este balanço é realizado no horário das
7h da manhã e à noite as 19h.
Balanço Hídrico

➢ Como fechar o Balanço Parcial?


• Devemos somar todos os líquidos administrados e somar
todos os líquidos eliminados. Após fazer a subtração dos
líquidos eliminados dos líquidos administrados.
• Colocaremos o sinal de “+” se o líquido administrado for
maior que o líquido eliminado. Colocaremos o sinal de “-”
se o líquido eliminado for maior que o líquido
administrado.

➢ Onde anotar?
• Devemos anotar os valores corretamente na folha de
sinais vitais.

You might also like