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Técnico em

Enfermagem
Módulo II
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Oxigenoterapia

Muitas doenças podem prejudicar a oxigenação do sangue,


havendo a necessidade de adicionar oxigênio ao ar inspirado.

Há várias maneiras de ofertar oxigênio ao paciente, como,


por exemplo, através de cateter ou cânula nasal, nebulização
contínua ou respiradores.

O oxigênio é um gás inflamável que exige cauteloso manuseio


relacionado ao seu transporte, armazenamento - em
ambiente livre de fontes que favoreçam combustão - e
cuidados no uso da válvula do manômetro.
Oxigenoterapia

Oxigenoterapia é a administração de oxigênio medicinal com


finalidade terapêutica. A administração de oxigênio deve ser
feita com cautela, pois em altas doses pode vir a inibir o
estímulo da respiração.

O dispositivo mais simples e bem tolerado pelo paciente para


a administração de oxigênio é a cânula nasal, feita de
material plástico com uma alça para fixação na cabeça e uma
bifurcação própria para ser adaptada nas narinas, através da
qual o oxigênio - ao sair da fonte e passar por um
umidificador com água estéril - é liberado.
Oxigenoterapia

Cânula nasal
Oxigenoterapia

➢ Cânula nasal:

Outro dispositivo para administrar oxigênio é o cateter nasal,


que, no entanto, provoca mais incômodo ao paciente que a
cânula nasal. Da mesma forma que a cânula, o oxigênio
também é umidificado antes de chegar ao paciente. Para
instalá-lo, faz-se necessário medir o comprimento a ser
introduzido - calculado a partir da distância entre a ponta do
nariz e o lóbulo da orelha e, antes de sua inserção, lubrificar a
ponta do cateter, visando evitar traumatismo.
Oxigenoterapia

➢ Cuidados com o Umidificador:

O oxigênio precisa ser administrado umidificado sempre, pois a


inalação por longos períodos em baixa umidade lesa o epitélio
ciliar da mucosa respiratória, dificultando a eliminação do muco e
provocando uma reação inflamatória subepitelial.

• Manter o umidificador sempre com água esterilizara até a


marca indicada ou no mínimo, 2/3 de sua capacidade.

• A água deve ser trocada diariamente e nunca reaproveitar o


restante de água, sempre desprezar o restante e recolocar nova
água, assim evitamos que se torne um meio de cultura de
microrganismos.
Oxigenoterapia

➢ Matérias Básicas para Realização da Oxigenoterapia:

• Oxigênio canalizado ou em torpedo;


• Manômetros: para indicar a quantidade de oxigênio no torpedo
e o fluxo de saída (fluxômetro).
• Umidificador;
• Aviso de “não fumar” (oxigênio é inflamável);
• Esparadrapo ou micropore;
• Gaze;
• Solução fisiológica;
• Luvas de procedimento;
• Intermediário de látex ou plástico, com pelo menos um metro de
comprimento, para permitir que o paciente possa se movimentar;
• Saco plástico para resíduos.
Oxigenoterapia

➢ Procedimento Padrão:

• Orientar o paciente sobre o cuidado.


• Organizar e levar o material.
• Calçar as luvas.
• Colocar o paciente em posição confortável
• Adaptar a cânula ao intermediário e este ao umidificador.
Meios de Administração

➢ Cânula Nasal:

É empregado quando o
paciente requer uma
concentração média ou
baixa de O2. É relativamente
simples e permite que o
paciente converse, alimente-se,
sem interrupção de O2.
Meios de Administração

➢ Método:

• Acrescentar ao material básico a cânula nasal.


• Seguir procedimento padrão.
• Abrir o fluxômetro.
• Colocar a cânula no nariz do paciente, fixando-a com fita adesiva.
• Manter o fluxo de oxigênio 3 a 5 litros por minuto ou conforme
prescrição médica.
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
• Tirar as luvas e lavar as mãos.
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

➢ Cateter Nasal:

Visa administrar
concentrações baixas a
moderadas de O2. É de fácil
aplicação, mas nem sempre é
bem tolerada principalmente
por crianças.

Cateter Nasal
Meios de Administração

➢ Método:

• Acrescentar ao material básico o cateter nasal (n°6, 8 ou 10)


conforme a idade do paciente e o fluxo desejado de oxigênio e
ampola de solução fisiológica;
• Seguir procedimento padrão;
• Medir, com o cateter a distância entre a base do nariz e o lóbulo
da orelha, marcando com um adesivo o cateter;
• Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio para
evitar acidentes por saída intempestiva de oxigênio;
• Umedecer o cateter com solução fisiológica, segurando-o com a
gaze;
• Hiperestender (para trás) a cabeça do paciente ou tracionar
para baixo o lábio superior;
Meios de Administração

➢ Método:

• Introduzir o cateter pelo assoalho de uma das narinas, até o


ponto marcado;
• Observar a posição do cateter através da boca do paciente (o
extremo do cateter deve aparecer atrás da úvula palatina. Se
ultrapassá-la poderá ocorrer náuseas;
• Fixar a cânula com fita adesiva, de maneira que não fique
incômoda;
• Manter o fluxo de oxigênio 3 a 5 litros por minuto ou conforme
prescrição médica;
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

➢ Máscara Facial:

• Utilizada para promover taxas mais altas de fluxo (10L/min).

Máscara Facial
Meios de Administração

➢ Método:

• Acrescentar ao material básico, máscara de oxigênio,


cadarço e tubo de extensão;
• Seguir procedimento padrão;
• Unir a máscara ao intermediário e este ao umidificador;
• Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio
para evitar acidentes por saída intempestiva de oxigênio;
• Adaptar a máscara à face do paciente e fixá-la com o
cadarço;
Meios de Administração

➢ Método:

• Regular o fluxo de oxigênio até o volume prescrito


(normalmente 5 a 8 litros);
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.

➢ Atenção - A máscara é desconfortável para o paciente, por isso


deve ser usada com reserva, se possível, tirá-la a cada duas
horas, deixando o paciente repousar alguns minutos antes de
recolocá-la. Trocar a máscara a cada 24 horas, ou conforme
normas da instituição.
Meios de Administração

➢ Nebulização/Inalação

• É a administração de medicamentos por via respiratória, através


do aparelho chamado nebulizador ou inalador. O medicamento
líquido é transformado em vapor, que é inalado. Durante o
procedimento, o paciente deve inspirar pelo nariz e expirar pela
boca.

• A instalação da nebulização é semelhante à da inalação. Ao


fluxômetro, de oxigênio ou ar comprimido, conecta-se o
nebulizador e a este o tubo corrugado (conector); a máscara
facial é acoplada à outra extremidade do tubo e deve estar bem
ajustada ao rosto do paciente. É utilizada principalmente para
fluidificar a secreção das vias respiratórias.
Meios de Administração

➢ Nebulização/Inalação

• As soluções utilizadas no inalador devem seguir exatamente a


prescrição médica, o que evita complicações
cardiorrespiratórias. Recomenda-se a não utilização de solução
fisiológica, pois esta proporciona acúmulo de cristais de sódio
na mucosa respiratória, provocando irritação e aumento de
secreção.

• A inalação - que deve ser realizada com o paciente sentado - é


outra maneira de fluidificar secreções do trato respiratório ou
administrar medicamentos broncodilatadores.
Meios de Administração
➢ Nebulização/Inalação

• O inalador possui dupla


saída: uma, que se
conecta à máscara facial;
outra, ligada a uma fonte
de oxigênio - ou ar
comprimido
- através de uma extensão
tubular. Ao passar pelo
inalador, o oxigênio - ou
ar comprimido - vaporiza
a solução que, através da
máscara facial, é
repassada ao paciente.
Meios de Administração

➢ Material:

• Fonte de oxigênio ou ar comprimido (de preferência);


• Nebulizador com a medicação e solução fisiológica;
• Intermediário de borracha ou plástico;
• Cuba rim ou escarradeira;
• Lenço de papel;
• Saco plástico para resíduos.
Meios de Administração

➢ Método:

• Orientar o paciente sobre o cuidado;


• Organizar e levar o material colocando o medicamento e a
solução fisiológica no nebulizador;
• Calçar as luvas;
• Preparar o paciente para receber a medicação em posição de
fowler, ou sentado na cama ou cadeira;
• Retirar o frasco umidificador e ligar o nebulizador à fonte de
oxigênio ou ar comprimido, para que o fluxo aja diretamente
sobre o medicamento que está no nebulizador;
Meios de Administração

➢ Método:

• Regular o fluxo de oxigênio até o volume prescrito


(normalmente 4 litros);
• Instruir o paciente para inspirar profundamente a medicação e
expirar lentamente mantendo a boca semiaberta, sem
conversar;
• Manter a nebulização até consumir a solução medicamentosa;
• Oferecer lenço de papel e orientar para escarrar e tossir
profundamente;
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado prestado e as observações feitas.
Meios de Administração

➢ Atenção - Após o uso o nebulizador deve ser lavado,


enxaguado e colocado em um recipiente fechado
contendo uma solução desinfetante, como o hipoclorito de
sódio, por uma hora. Em seguida enxaguar e secar.
Meios de Administração

➢ Máscara de Venturi
▪ Sistema de alto fluxo;
▪ Ventilação não invasiva;
▪ Dosímetros coloridos
para oferta de O2;
▪ Oferta de 24 a 50% de
O2;
▪ Fácil manuseio;
▪ Baixo custo.
Meios de Administração

➢ Máscara de Venturi
▪ secar.
Meios de Administração

➢ Máscara reservatório
▪ Ventilação não invasiva;
▪ Máscara NÃO
reinalatória;
▪ Pode ser ofertada até
100% de O2;
▪ Baixo custo;
▪ Fácil manuseio;
▪ Quase sempre utilizada
em grandes urgências.
Meios de Administração

➢ Optiflow
▪ Dispositivo que reduz a
resistência da inspiração e
aumenta a resistência da
expiração, reduzindo a
frequência respiratória;
▪ Dispositivo e alto fluxo;
▪ Não invasivo;
▪ Causa ressecamento das
membranas nasais e
desconforto.
Meios de Administração
➢ BIPAP (Pressão Positiva das
Vias Aéreas a dois níveis.
▪ Ideal para utilizar em
pressões superiores a
17cmH2O;
▪ Atua em problemas
respiratórios mais
específicos que o CPAP;
▪ Simula a respiração
natural;
▪ Ajuda a eliminar o CO2;
Meios de Administração

➢ CPAP (Pressão Positiva das


Vias Aéreas Contínua)
▪ Prevenir apnéia do sono
e o ronco;
▪ Evita o fechamento das
vias aéreas;
Meios de Administração

➢ Capacete Elmo
▪ Desenvolvido no Ceará;
▪ Criado em abr/2020;
▪ Gera pressão positiva;
▪ Mistura O2 com ar
comprimido;
Meios de Administração

➢ Capacete Elmo
Meios de Administração

➢ Capacete Elmo
Meios de Administração

➢ Bolsa-Valva-Máscara (Ambú)
▪ Utilizado para ventilação
positiva do paciente;
▪ Utilizado sempre durante a
IOT;
▪ Utilizado por tempo
suficiente até a instalação
da VM;
▪ Sempre deve está
conectado ao O2;
Meios de Administração

➢ Bolsa-Valva-Máscara (Ambú)
▪ s
Meios de Administração

➢ Máscara laríngea
▪ Presença de cuff em sua
borda;
▪ Fácil manuseio;
▪ Introduzido as cegas;
▪ Pode ser utilizado por
vários profissionais;
▪ Deve ser utilizado em
casos de difícil IOT e de
forma temporária.
Meios de Administração

➢ Máscara laríngea
▪ secar.
Meios de Administração

➢ Combitube
▪ Combinação de 02 tubos
com cuffs diferente;
▪ Fácil manuseio;
▪ Introduzido as cegas;
▪ Pode ser utilizado por
vários profissionais;
▪ Deve ser utilizado em
casos de difícil IOT e de
forma temporária.
Meios de Administração

➢ Combitube
Meios de Administração

➢ Tudo endotraqueal
▪ Necessidade de sedar o
paciente;
▪ Risco de lesão na
traqueia;
▪ Restrito ao médico;
▪ Difícil manuseio;
▪ Associado a ventilação
mecânica;
▪ Apresenta diferentes
tamanhos.
Meios de Administração

➢ Tudo endotraqueal
Meios de Administração

➢ Reanimador de Muller
▪ Equipamento médico-hospitalar com pressão positiva e controlada;
▪ Pode ser utilizado como terapia respiratória ou em ventilação de
paciente com máscaras ou tubo endotraqueal.
Meios de Administração

➢ Traqueóstomo
▪ Inserido através de
procedimento cirúrgico;
▪ Deve ser realizado em
até 14 dias após a IOT;
▪ Pode ficar por tempo
indeterminado;
▪ Gera produção de muco;
▪ Deve ser inserido por
um cirurgião médico.
Meios de Administração

➢ Traqueóstomo
▪ secar.
Alimentação do Paciente

➢ Método para alimentar o paciente acamado, capaz de


alimentar-se sozinho:

• Verificar se a dieta está de acordo a prescrição médica;


• Auxiliar o paciente a sentar-se;
• Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;
• Colocar o prato, copos e talheres ao seu alcance, cortar carnes,
pães se for necessário;
• Se o paciente recusar a refeição ou deixar de comer alimentos
adequados à sua dieta, persuadi-lo, explicando-lhe o valor dos
mesmos;
• Terminada a refeição, retirar a bandeja e oferecer materiais para
higiene oral e lavagem das mãos; Deixar o paciente confortável;
• Registrar alterações observadas.
Alimentação do Paciente

➢ Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de


alimentar-se sozinho:

• Verificar se a dieta está de acordo com a prescrição;


• Colocar o paciente em posição de fowler, se não houver
contraindicações;
• Colocar a bandeja sobre a mesa de refeição;
• Servir pequenas porções do alimento de cada vez, com cuidado
e paciência, estimulando o paciente a aceitar toda a refeição;
• Se o paciente estiver impossibilitado de ver e descrever os
alimentos antes de começar a alimentá-lo;
• Limpar a boca do paciente, sempre que necessário;
• Terminada a refeição, oferecer-lhe água;
• Remover a bandeja;
Alimentação do Paciente

➢ Método para alimentar o paciente acamado, incapaz de


alimentar-se sozinho:

• Realizar a higiene oral do paciente, deixá-lo confortável e a


unidade em ordem;
• Realizar anotação: hora da alimentação, tipo de dieta, reações
do paciente e alterações observadas.

➢ Atenção - Evitar interromper a alimentação do paciente para


qualquer outro cuidado. Os alimentos quentes devem ser
servidos quentes e frios, servidos frios, os alimentos devem
estar adequados às condições de mastigação do paciente.
Alimentação do Paciente

➢ Nutrição Enteral

• A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes


por meio de sondas nasogástrica - introduzida pelo nariz,
com posicionamento no estômago - ou transpilórica
(nasoenteral), introduzida pelo nariz, com posicionamento
no duodeno ou jejuno, ou através de gastrostomia ou
jejunostomia.

• Desde que a função do trato gastrintestinal esteja


preservada, a nutrição enteral (NE) é indicada nos casos
em que o paciente esteja impossibilitado de alimentar-se
espontaneamente através de refeições normais.
Alimentação do Paciente

➢ Nutrição Enteral

• Gastrostomia - abertura cirúrgica do estômago, para


introdução de uma sonda com a finalidade de alimentar,
hidratar e drenar secreções estomacais.

• Jejunostomia - abertura cirúrgica do jejuno,


proporcionando comunicação com o meio externo, com o
objetivo de alimentar ou drenar secreções.
Alimentação do Paciente

➢ Nutrição Enteral

Gastrotomia
Alimentação do Paciente

➢ Sondagem Gástrica:

É a introdução de uma sonda gástrica


plástica através da narina até o
estômago. A instalação da sonda
tem como objetivos retirar os fluidos
e gases do trato gastrintestinal
(descompressão), administrar
medicamentos e alimentos
(gastróclise) diretamente no trato
gastrintestinal, obter amostra de
conteúdo gástrico para estudos
laboratoriais e prevenir ou aliviar
náuseas e vômitos. Medição da Sonda Gástrica
Alimentação do Paciente

➢ Materiais:

• Sonda gástrica;
• Lubrificante anestésico (xilocaína gel);
• 1 seringa de 20 ml;
• Micropore / esparadrapo;
• Gazes;
• Luvas de procedimentos;
• Tesoura;
• Algodão umedecido com álcool a 70%;
• Toalha de rosto ou papel toalha.
Alimentação do Paciente

➢ Método:

• Realizar lavagem das mãos;


• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira;
• Colocar o paciente em posição de fowler;
• Colocar a toalha sobre o tórax do paciente;
• Calçar as luvas.
Alimentação do Paciente

➢ Medindo a sonda em posição gástrica:

• Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz,


seguindo ao apêndice xifoide e marcar com um pedaço de
esparadrapo discreto;
• Passar a xilocaína na sonda a ser introduzida;
• Fletir a cabeça do paciente para frente com a mão não
dominante, a fim de fechar o acesso da sonda e as vias
respiratórias;
• Orientar o paciente que ao sentir a sonda em região orofaríngea
o mesmo deve deglutir;
• Introduzir a sonda na narina do paciente até o ponto
demarcado;
Alimentação do Paciente

➢ Medindo a sonda em posição gástrica:

• Testar localização da sonda através da aspiração de conteúdos


e/ ou ausculta de ruídos em região epigástrica injetando 10 ml
de ar com a seringa e auscultando com o estetoscópio;
• Fixar a sonda de modo que não atrapalhe o campo visual e não
traumatize a narina;
• Recolher o material;
• Manter ambiente limpo e organizado;
• Anotar o procedimento realizado, número da sonda, volume e
aspecto de secreções drenadas e intercorrências.
Alimentação do Paciente

➢ Alimentação por Gavagem:

• É o método empregado para introduzir alimentos no estômago,


por meio de sonda nasogástrica (SNG), sonda nasoenteral (SNE)
ou gastrostomia. A dieta enteral pode ser administrada por
método intermitente ou contínuo.

• Na administração intermitente o volume a ser administrado


varia em torno de 350 ml/vez, de 4 a 6 vezes ao dia. A
introdução da alimentação pode ser feita com uma seringa, com
fluxo lento, para evitar a ocorrência de náuseas, diarreia,
aspiração, distensão e cólicas.
Alimentação do Paciente

➢ Alimentação por Gavagem:


A melhor forma desse tipo de
administração é o gotejamento
por gravidade, num período de
20 a 30 minutos, ou por bomba
de infusão. A administração
contínua pode ser feita por meio
de gotejamento gravitacional.
Neste caso, deve-se estabelecer
rigoroso controle do
gotejamento (aproximadamente
a cada 30 minutos).
Alimentação do Paciente

➢ Indicações:

▪ Pacientes inconscientes;
▪ Pacientes que recusam alimentação;
▪ Cirurgias em cavidade oral que exigem mucosa
oral limpa e em repouso;
▪ Pacientes debilitados ou com impossibilidade
de deglutição.
Alimentação do Paciente

➢ Materiais:

▪ Suporte para frasco de alimento;


▪ Equipo;
▪ Frasco com o alimento;
▪ Seringa de 20 ml;
▪ Estetoscópio;
▪ Luvas de procedimentos.
Alimentação do Paciente

➢ Método:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar o ambiente, desocupando mesa de cabeceira;
• Lavar as mãos e calçar as luvas;
• Separar e organizar o material, retirando o ar do equipo com a
própria dieta;
• Levar o material para o quarto e colocar o frasco de dieta no
suporte, protegendo equipo;
• Dobrar a extremidade da sonda, adaptar a seringa, aspirar para
verificação de conteúdos gástrico. Se houver conteúdos,
comunicar a enfermeira ou médico sobre a quantidade e
aspecto;
Alimentação do Paciente

➢ Observações:

• Dobrar extremidade da sonda, retirar a seringa e adaptar o


equipo da dieta, controlando gotejamento cautelosamente;
• Após o término de cada horário de dieta, injetar 50 ml de água
filtrada ou mineral na sonda, com uma seringa descartável de 20
ml. O jato de água serve para limpar a sonda.
• Fechar a sonda; Deixar o paciente confortável, em posição de
fowler ou decúbito lateral direito;
• Providenciar a ordem e a limpeza do local. Anotar o cuidado,
descrevendo observações.
Alimentação do Paciente

➢ Alimentação pela gastrostomia:

• Consiste na introdução de alimentos líquidos no estômago,


por meio de uma sonda nele colocada através de uma
cirurgia na parede abdominal.
• Segue materiais e método anterior (SNG ou SNE).
Hidratação do Paciente

➢ Visando evitar que o paciente se desidrate, a enfermagem


deve observar o atendimento de sua necessidade de
hidratação.

➢ Desde que não haja impedimento para que receba líquidos


por via oral, cabe ao Serviço de Nutrição e Dietética
fornecer água potável em recipiente apresentável e de fácil
limpeza, com tampa, passível de higienização e reposição
diária, para evitar exposição desnecessária e possível
contaminação.
Hidratação do Paciente

➢ Nem sempre os pacientes atendem adequadamente à


necessidade de hidratação, por falta de hábito de ingerir
suficiente quantidade de água, fato que, em situações de
doença, pode levá-lo facilmente à desidratação e
desequilíbrio hidroeletrolítico.

➢ Considerando tal fato, é importante que a enfermagem o


oriente e incentive a tomar água, ou lhe ofereça auxílio se
apresentar dificuldades para fazê-lo sozinho.

➢ A posição sentada é a mais conveniente, porém, se isto


não for possível, deve-se estar atento para evitar aspiração
acidental de líquido.
Lavagem Gástrica

➢ A lavagem gástrica ou do estômago consiste na passagem de


um tubo orogástrico, de calibre adequado, com a
administração e aspiração sequencial de pequena quantidade
de volumes de líquidos (água, solução salina, solução
fisiológica), com o objetivo de remover substâncias tóxicas do
estômago, incluindo grande quantidade de comprimidos
íntegros ou parcialmente digeridos e restos de plantas
tóxicas, e em caso de hemorragias gástricas.

➢ Utilizada no tratamento de intoxicação provocada por


ingestão de substâncias tóxicas ou redução de hemorragia
gástrica.
Lavagem Gástrica

➢ Material Necessário:

• Sonda nasogástrica de grosso calibre;


• Luvas de procedimento;
• Estetoscópio;
• Medicação ou solução prescrita (Soro Fisiológico);
• Frasco vazio de soro;
• Esparadrapo;
• Seringa de 50 cc.
Lavagem Gástrica

➢ Procedimento:

• Reunir todo o material necessário;


• Explicar o procedimento ao paciente;
• Lavar as mãos;
• Passar a sonda nasogástrica utilizando a técnica;
• Introduzir a medicação ou solução prescrita;
• Conectar o frasco de soro vazio na extremidade da sonda
• (lavar com Soro
• Fisiológico até retorno do líquido limpo);
• Repetir o procedimento seguindo a prescrição médica;
Lavagem Gástrica

➢ Procedimento (cont.):

• Desprezar o material utilizado em local apropriado;


• Manter a unidade limpa e organizada;
• Lavar as mãos;
• Registrar o procedimento no prontuário.
Lavagem Gástrica

➢ Enemas:

• É a introdução de solução laxativa no intestino grosso, através do


ânus ou da entrada da colostomia, que é uma abertura cirúrgica
de uma alça intestinal funcionando como um ânus artificial
Lavagem Gástrica

➢ Indicações:

• Preparação intestinal pra exames diagnóstico ou cirúrgica,


a fim de esvaziar o conteúdo fecal do intestino.
• Introdução de medicamento no cólon (como enemas que
contêm neomicaiexalato, visando diminuir o nível sérico de
potássio).
• Amolecer as fezes (enema de retenção oleoso).
• Promover defecação e eliminar as fezes do cólon do
paciente com constipação ou impactação fecal.
Lavagem Gástrica

➢ Tipos:

• Lavagem intestinal ou Enteroclisma: para casos de introdução


de grande quantidade de líquidos (1000 a 2000 ml), geralmente
gota a gota. Preparado com.

• Clister ou fleet : é introduzido em pequenas quantidades (130


ml), geralmente introduzido por material industrializado. Já vem
preparado.
Lavagem Gástrica

➢ Procedimentos - Fase Preparatória:

• Avaliar os hábitos intestinais do paciente (última evacuação, uso


de laxativos, padrões intestinais) e condição física (hemorroidas,
mobilidade, controle do esfíncter externo).
• Fornecer privacidade e explicar o procedimento ao paciente.
Lavagem Gástrica

➢ Procedimentos - Fase de Realização:

• Lavras as mãos;
• Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo com o joelho
direito flexionado (posição de Sims);
• Ajeitar o forro da cama por baixo do paciente e cobrir com
toalha de banho;
• Colocar a comadre ou cadeira higiênica em posição para os
pacientes que não podem deambular até o vaso sanitário ou
têm dificuldade de controlar o esfíncter.
• Remover a tampa de plástico da sonda e lubrificar a
extremidade da sonda por 7,5 a 10 cm exceto quando pré-
embalado. Mesmo assim o enema embalado pode precisar de
mais lubrificante;
Lavagem Gástrica

➢ Procedimentos - Fase de Realização:

• Calçar as luvas descartáveis;


• Separar as nádegas e localizar o reto;
• Informar ao paciente que você está inserindo a sonda, para que
ele faça respirações lentas e profundas;
• Instilar lentamente a solução usando pinça em rolete e a altura
do frasco para ajustar a velocidade do fluxo, quando se
empregam bolsas de enema e sonda. Para os enemas altos,
elevar o frasco do enema 40 a 50 cm acima do ânus; para os
enemas baixos, 30 cm.
• Abaixar o recipiente ou fechar a pinça do equipo, quando o
paciente se queixar de cólicas;
Lavagem Gástrica

➢ Procedimentos - Fase de Realização:

• Retirar a sonda retal, depois que toda a solução de enema foi


instilada ou até que o refluxo fique claro (não mais que três
enemas); antes de retirar a sonda, pinçá-la;
• Instruir o paciente a prender a solução o maior tempo possível e
avisar que uma sensação de distensão pode ser sentida;
• Descartar os suprimentos no recipiente de lixo apropriado;
• Auxiliar o paciente com a comadre ou na cadeira higiênica ou no
vaso sanitário, quando ocorre a urgência de defecar;
• Observar o retorno do enema para quantidade, conteúdo fecal,
instruir o paciente a não dar descarga no vaso sanitário, até que
o enfermeiro tenha observado os resultados.
Lavagem Gástrica

➢ Procedimentos - Fase de Realização:

• Anotar no prontuário: hora, efeito do tratamento, aspecto das


fezes e reações apresentadas.

Em caso de impactação fecal deve-se calçar luvas de


procedimento, lubrificar o dedo indicador da mão dominante,
e introduzi-lo no reto, quebrar as fezes, reduzir a massa e
retirar as partículas.
Cateterismo Vesical

➢ O cateterismo vesical consiste na introdução de um cateter


estéril na bexiga, pela uretra, com a finalidade de drenar
urina.

➢ Procedimento que deve ser realizado com todo o rigor da


técnica asséptica.

➢ A enfermagem tem papel de destaque na prevenção e


controle da infecção do trato urinário, cuja principal causa
(aproximadamente 80%) é atribuída à inserção de cateter
urinário.
Cateterismo Vesical

➢ O cateterismo vesical pode ser de alívio ou de demora. No de


alívio, o cateter é introduzido com a indicação de esvaziamento
da bexiga de pacientes com retenção urinária, sendo retirado em
seguida, tendo como vantagem promover menor risco de
infecção.

➢ No de demora, o cateter é introduzido com a finalidade de


manter a drenagem contínua da urina nos casos de controle
rigoroso de volume urinário, cirurgias e pacientes com obstrução
urinária, podendo permanecer no paciente por vários dias.

➢ O cateter mais comumente utilizado é o de Folley, composto de


látex com balão de retenção na extremidade.
Cateterismo Vesical

➢ Cateterismo Vesical de Alívio:

É a introdução de um cateter, sem “cuff’’, através da uretra até a


bexiga, para esvaziamento vesical momentâneo da bexiga. Tem
como objetivo promover esvaziamento vesical na retenção
urinária (neurológicas e pós anestésicas) e realizar coleta de
amostra de urina para exames.
Cateterismo Vesical

➢ Materiais:

• Luva estéril;
• Cateter vesical com calibre adequado ao paciente;
• Seringa de 20 ml (sexo masculino);
• Xilocaína gel;
• Pacote de cateterismo vesical (contem cuba rim, cúpula,
pinça);
• Pacotes de gazes estéreis;
• Almotolia com antisséptico (PVPI) Polvidine tópico;
• Comadre;
• Biombo;
• Agulha 40X12.
Cateterismo Vesical

➢ Método:

• Lavar as mãos;
• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Abrir campo estéril entre os MMII do paciente que deve
permanecer em decúbito dorsal e colocar nele as gazes, seringa,
agulha, sonda, com cuidado para não contaminar;
• Desprezar uma porção de PVPI no lixo a fim de desinfetar a
ponta da almotolia;
• Colocar uma proporção na cúpula;
• Calçar luvas esterilizadas na técnica adequada;
Cateterismo Vesical

➢ Método:

• Realizar antissepsia da região perineal (conforme técnica de


higienização perineal demonstrada em banho no leito masculina
ou feminina), com as gazes embebidas na solução com auxílio da
pinça.

✓ No sexo masculino: colocar 20 ml de xilocaína gel na seringa,


colocar agulha e retirar o ar. Retirar a agulha, introduzir a
xilocaína na uretra ou umidificar o cateter.

✓ No sexo feminino: manter paciente em posição ginecológica,


lubrificar com a xilocaína o cateter.
Cateterismo Vesical

➢ Cateterismo Vesical de Demora:

É a introdução de um cateter com


“cuff’’, através da uretra até a
bexiga, para esvaziamento vesical
permanente. Tem os objetivos de
controlar o débito urinário, manter
o percurso uretral nas obstruções
urinárias anatômicas ou funcionais
prolongadas, realizar irrigação
vesical em casos de cirurgias da
próstata e instilar medicamentos Sonda de Foley
na bexiga.
Cateterismo Vesical

➢ Método:

• Lavar as mãos;
• Reunir o material;
• Explicar o procedimento ao paciente;
• Abrir pacote contendo o coletor do sistema de drenagem
fechado e deixá-lo preso no leito;
• Manter paciente em posição dorsal (sexo feminino com MMII
flexionados e afastados; sexo masculino MMII estendidos e
afastados);
• Abrir o campo entre os MMII e nele colocar todos os materiais
estéreis a serem utilizados;
• Desprezar PVPI em lixo e após, colocar uma proporção na
cúpula;
Cateterismo Vesical

➢ Método:

• Calçar luvas estéreis;


• Testar cuff da sonda;
• Realizar a antissepsia da
região com gazes embebidas
na solução com auxílio da
pinça utilizando as técnicas
anteriores (Figura 24 (8));
• No sexo masculino injetar 20
ml de xilocaína conforme
técnica anterior;
• Em sexo feminino lubrificar a
sonda na xilocaína; Antissepsia da Região
Cateterismo Vesical

➢ Método:

• Introduzir o cateter até a saída da urina, dobrar sonda;


• Retirar a tampa de proteção da extremidade do coletor de urina
e conectá-lo a sonda;
• Aspirar 10 ml de AD e inflar o cuff;
• Tracionar o cateter até perceber a resistência do balão;
• Fixar a sonda sem tracioná-lo;
• Manter local limpo e organizado.
Cateterismo Vesical

➢ No cateterismo de demora, os especialistas em infecção


hospitalar recomendam a conexão do sistema de drenagem
fechado à sonda no momento em que são colocados no campo
estéril, ou seja, antes da inserção da sonda no paciente.

➢ Após a colocação das luvas e da seringa no campo, faz-se o teste


para avaliar a integridade do balonete, insuflando-se ar com a
seringa e desinflando em seguida; quebra-se a ampola estéril de
água destilada e aspira na seringa, deixando-a pronta para o
momento de uso.
Cateterismo Vesical

Sonda Vesical
Cateterismo Vesical

➢ Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• Quando o paciente está com sonda vesical e há necessidade de


coletar urina para exame, deve-se desinfetar o intermediário de
látex da extensão do sistema com álcool a 70% e puncionar o
mesmo usando seringa e agulha fina estéreis.

• A desconexão da junção sonda-sistema coletor é contraindicada,


pois favorece a contaminação e, consequentemente, a infecção.

• O coletor deve ser mantido abaixo do nível da bexiga, evitando o


refluxo da urina, logo infecção urinária ascendente. Nos casos de
transporte do paciente, pinçar o tubo coletor (atualmente, há
coletores com válvula antirreflexo).
Cateterismo Vesical

➢ Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• Outros cuidados são fixá-lo ao leito - sem que toque no chão e,


para possibilitar o fluxo contínuo da urina, evitar dobras.

• Não há indicação de troca rotineira de cateter urinário; porém,


situações como presença de grande quantidade de sedimentos,
obstrução do cateter ou tubo coletor e outros sinais de infecção
urinária podem indicar a necessidade de troca do cateter
vesical.

• Nestes casos, o cateter e o sistema de drenagem devem ser


trocados simultaneamente.
Cateterismo Vesical

➢ Fixação da sonda vesical na mulher e no homem

• No cateterismo de alívio o procedimento é similar, só que o


cateter é retirado após a drenagem da urina.

• Ao término do procedimento, registrar se houve saída de urina,


sua coloração e volume, como também possíveis intercorrências
tais como sangramento, ausência de urina, dificuldade na
passagem da uretra, várias tentativas de passagem e outras.
DRENOS

➢ Cuidados com drenos

• Dreno é definido como um material colocado no interior de uma


ferida ou cavidade, visando permitir a saída de líquidos ou ar
que estão ou podem estar ali presentes.

• Os drenos permitem a saída de ar e secreções (sangue, soro,


linfa, fluido intestinais) e evitam infecções profundas nas
incisões.

• São introduzidos quando existe ou se espera quantidade


anormal de secreção. Determinadas áreas do corpo respondem
mal à grande quantidade de líquidos como sangue, linfa, soro
entre outros.
DRENOS

➢ Cuidados com drenos

• A escolha do dreno adequado é realizada pelo médico, que


avalia o tipo de líquido a ser drenado, a cavidade a ser colocada
o dreno e o tempo de duração do dreno.

• Sua localização é geralmente em locais que não toleram o


acúmulo de líquido como regiões vascularizadas, feridas
infectadas e regiões que sofreram grande dissecção do tecido
superficial.

• É comum a utilização dos drenos no interior das feridas


operatórias, de feridas infectadas, de abscessos e no interior de
órgãos ocos.
DRENOS

➢ Cuidados com drenos

• Os drenos são fixados na pele com


linhas de sutura ou grampos de
fixação e devem permanecer de 7
a 10 dias. A saída precoce de um
dreno pode causar extravasamento
de secreção cáustica no tecido
interno e externo.

• O volume da drenagem vai


depender do local de inserção do
dreno, de acordo com o
procedimento realizado. Dreno Abdominal
DRENOS

➢ Atenção - Diminuição da drenagem por dias, pode indicar a


retirada do dreno ou obstrução do mesmo. Para esvaziar o
reservatório, feche o clamp do sistema, comprima o
recipiente e recoloque a tampa.

Não se esquecer de abrir o clamp do sistema, após


esvaziar e fechar o reservatório. Se houver interrupção
da drenagem verifique na extensão do dreno se não há
presença de coágulos ou fibrina.
DRENOS

➢ Cuidados de enfermagem:

• Anotar volume e aspecto da drenagem;


• Manter gaze estéril sob o dreno;
• Ocluir o orifício de saída do dreno com gaze estéril ou
colocar bolsa plástica estéril coletora;
• Manter curativo sempre limpo e seco.
DRENOS

➢ Anotação de enfermagem:

• Anote o local do dreno (Exemplo: Quadrante inferior


direito, Membro superior esquerdo);
• Tipo de dreno (Ex.: laminar, tubular);
• Tipo de secreção drenada (Ex.: serosa, purulentas,
sanguinolenta);
• Volume de secreção drenada;
• Tipo de coletor (Ex.: coletor gravitacional com sistema
fechado, coletor com sistema de sucção);
• Se executar mobilização do dreno, descreva quanto e qual
item da prescrição médica.
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Penrose
➢ Dreno feito de borracha (latéx);
➢ Realiza drenagem de líquidos de forma ABERTA;
➢ Deve ser observado e TRACIONADO a cada 12h,
exceto se houver contraindicação;
➢ Apresenta 5 tamanhos;
➢ Deve ser trocado sempre que necessário;
➢ O orifício de saída deve ser ocluído com gaze estéril;
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Penrose
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Portovac (sucção)


➢ Sistema fechado de
drenagem com sucção
suave e contínuo;
➢ Permanência: Até 48h;
➢ Manipulação asséptica;
➢ Não tracionar;
➢ Utilizado para drenar
líquidos
serosanguinolentos;
➢ Bomba de aspiração de
500ml;
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Abramson
➢ São drenos de grande
calibre e múltiplas
luzes;
➢ Utilizado para drenar
grandes volumes no
abdômen;
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Jackson Pratt


➢ Os drenos de silicone Jackson-Pratt são indicados para neurocirurgia,
cirurgia plástica, cirurgia da face e pescoço, mastectomia, cirurgia
obstétrica/ginecológica e cirurgia geral e laparoscópica.
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Blake
➢ O Dreno de Blake é um dispositivo de silicone para a drenagem de
fluidos no período pós-operatório. Possui canais de fluxo ao longo
de seu corpo, que diminuem a possibilidade de obstrução e
possibilitam uma drenagem mais eficiente. O seu centro sólido
proporciona uma maior resistência às tensões, evitando assim a
obstrução.
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de tórax
➢ Dreno de grosso calibre e com
múltiplos orifícios;
➢ Inserido no mediastino ou no
espaço pleural;
➢ Indicações: pneumotórax,
hemotórax, empiema, derrame
parapneumônico complicado,
quilotórax e toracotomias.
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de tórax
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de tórax
TIPOS DE DRENOS

➢ Dreno de Kehr
➢ é introduzido nas vias biliares extra-hepáticas, recomendado para a
drenagem externa, descompressão ou após anastomia biliar, como
prótese modeladora, devendo ser fixado por meio de pontos na
parede duodenal lateral ao dreno, tanto quanto na pele, impedindo
sua saída espontânea.
Curativos

➢ Ferida é o nome utilizado para designar qualquer lesão de pele


que apresente solução de continuidade. Para prestar os
cuidados adequados a alguém que apresente uma ferida, faz-se
necessário conhecer o tipo de lesão, o padrão normal e os
fatores que afetam a cicatrização.

➢ Quanto à causa, a ferida pode ser classificada como intencional,


para fins de tratamento, como a incisão cirúrgica, ou não
intencional, como as provocadas por agentes cortantes, como
facas; perfurantes, como pregos; escoriações por atritos em
superfícies ásperas; queimaduras provocadas por agentes
físicos, como o fogo, e químicos, como os ácidos.
Curativos

➢ Curativo é o tratamento utilizado para promover a cicatrização


de ferida, proporcionando um meio adequado para este
processo. Embora haja uma grande variedade de curativos, um
só tipo de curativo não preenche os requisitos para ser aplicado
em todos os tipos de feridas cutâneas.

➢ Para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por 24 a 48 horas


mantendo o curativo seco. Nas feridas abertas, a antiga
controvérsia entre curativo seco e curativo úmido deu lugar a
uma proposta atual de oclusão e manutenção do meio úmido
Curativos

➢ Tipos de curativos

• Aberto: curativos em feridas sem infecção, que após a limpeza


podem permanecer abertos, sem proteção de gazes. Exemplo:
incisão cirúrgica (cesárea)

• Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação de


medicamentos (conforme prescrição médica) é ocluído ou
fechado com gazes, micropore ou ataduras de crepe.

• Compressivo: é o que faz compressão para estancar


hemorragias ou vedar bem uma incisão.
Curativos

➢ Tipos de curativos

• Com irrigação: utilizado em ferimentos com infecção dentro de


cavidades, com indicação de irrigação com soluções salinas.

• Com drenagem: são utilizados drenos em ferimentos com


grande quantidade de exsudato (Penrose, Kehr), tubular ou
bolsas de Karaya.
Curativos

➢ Medidas de antissepsia:

• Realizar degermação das mãos antes de manipular o material


esterilizado;
• Diminuir o tempo de exposição da ferida ou dos materiais
esterilizados;
• Não falar ao manipular o material esterilizado ou fazer o
tratamento da ferida estando com infecções das vias aéreas
(usar máscara comum);
• Usar máscaras e aventais em caso de exsudato abundante;
• Realizar o curativo sempre da região limpa para a contaminada.
Curativos com pomadas ou óleos
➢ Curativo com Sulfadiazina de Prata:

• Composição: sulfadiazina de prata a 1%


hidrofílica.
• Mecanismo de ação: eficaz contra uma
grande variedade de microorganismos,
tais como: bactérias, fungos, protozoários
e alguns vírus; promove melhor leito de
enxertia e ação imunomoduladora;
• Indicação: feridas causadas por
queimaduras ou que necessitem ação
antibacteriana.
• Contra indicação: hipersensibilidade a
sulfas.
Curativos com pomadas ou óleos

➢ Curativo com pomada Enzimática – Colagenase:

• Composição: colagenase clostridiopeptidase A e enzimas


proteolíticas.
• Mecanismo de ação: age degradando o colágeno nativo da
ferida.
• Indicação: feridas com tecido desvitalizado.
• Contra indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção.
• Modo de usar: aplicar a pomada sobre a área a ser tratada.
Colocar gaze de contato úmida. Cobrir com gaze de cobertura
seca e fixar.
• Periodicidade de troca: a cada 24 horas.
• Exemplo comercial: Iruxol®; Kollagenase®; Santyl®
Curativos com pomadas ou óleos

➢ Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (Age):

• Composição: óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido


caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.
• Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e a angiogênese,
mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação
tecidual. A aplicação em pele íntegra tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele, previne escoriações
devido à alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição
celular local.
• Indicação: prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas
superficiais com ou sem infecção.
Curativos com pomadas ou óleos

➢ Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (Age):

• Contra indicação: não relatada.


• Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado.
Espalhar o AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de
contato o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a
próxima troca. Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e
fixar.
• Periodicidade de troca: sempre que o curativo secundário
estiver saturado ou, no máximo, a cada 24 horas.
• Exemplo comercial: Agederm®; Ativoderme®; Dersani®.
Curativos com pomadas ou óleos

➢ Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (Age):


Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Composição: possuem duas camadas: uma externa, composta


por filme ou espuma de poliuretano, flexível e impermeável à
água, bactérias e outros agentes externos; e uma interna,
composta de partículas hidroativas, à base de
carboximetilcelulose, gelatina e pectina, ou ambas - que
interagem com o exsudato da ferida, formando um gel
amarelado, viscoso e de odor acentuado;
• Ações: absorvem o excesso de exsudato, mantém a umidade,
proporcionam alívio da dor, mantém a temperatura em torno de
37°C ideal para o crescimento celular, promovem o
desbridamento autolítico;
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a moderada


exsudação. Prevenção ou tratamento de úlceras de pressão não
infectadas.
• Contra indicação: feridas colonizadas ou infectadas. Feridas com
tecido desvitalizado ou necrose e queimaduras de 3o grau.
• Modo de usar: lavar a ferida. Escolher o hidrocoloide, com
diâmetro que ultrapasse a borda da ferida pelo menos 3 cm.
• Periodicidade de troca: a cada um a sete dias, dependendo da
quantidade de exsudação.
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

• Vantagens: é à prova d’água e


lavável, retém odores, tem boa
aparência e formas variadas que
possibilitam adequação à área
cruenta, podendo inclusive ser
empregado em lesões de
articulações.
• Desvantagens: a pele poderá ficar
macerada se a exsudação se tornar
abundante.
• Exemplo comercial: Comfeel®; Placas de Hidrocoloides
Duoderm®; Hydrocoll®; Tegasorb®.
Curativos Especiais

1 - Curativo com Hidrocoloides:

Placas de Hidrocoloides
Curativos Especiais

2 - Curativo com Hidrogel:

• Composição: Composto de goma de copolímero, que contém


grande quantidade de água; hoje, alguns possuem alginato de
cálcio ou sódio;
• Ações: mantém a umidade e auxilia no desbridamento autolítico
• Indicação: feridas superficiais moderada ou baixa exsudação.
Remover as crostas, fibrinas, tecidos desvitalizados ou
necrosados.
• Contra indicação: pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas.
• Modo de usar: lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou
introduzi-lo na cavidade assepticamente. Ocluir a ferida com
cobertura secundária estéril.
Curativos Especiais

2 - Curativo com Hidrogel:

• Periodicidade de troca: a cada


um a três dias, dependendo da
quantidade de exsudato.
• Vantagens: sensação de alívio
na ferida e promove o
desbridamento autolítico.
• Desvantagens: desidrata
rapidamente e é relativamente
caro.
• Exemplo comercial: Duoderm
Gel®; Hydrosorb®; Hypergel®;
Curativo Hidrogel
Nu-Gel®.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas


marinhas.
• Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue
interage com o cálcio levando a uma alta capacidade de
absorção, resultando na formação de um gel que mantém o
meio úmido para a cicatrização e induz a hemostasia.
• Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas
com ou sem infecção, até a redução do exsudato.
• Contra indicação: lesões superficiais com pouca ou nenhuma
exsudação; queimaduras.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Modo de usar: remover exsudato e o tecido desvitalizado.


Modelar o alginato no interior da ferida umedecendo a fibra
com solução fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato
ultrapasse a borda da ferida. Ocluir com cobertura secundária
estéril.
• Periodicidade de troca: feridas infectadas (24 horas), feridas
limpas com sangramento (48 horas), feridas limpas ou
exsudação intensa (quando saturar). Trocar o curativo
secundário sempre que estiver saturado.
• Vantagens: elevado poder de absorção e eficiente estímulo à
granulação.
Curativos Especiais

3 - Curativo com Alginato de Cálcio:

• Desvantagens: poderá lesar as


bordas da ferida pela sua função
autolítica.
• Exemplo comercial: Algoderm®;
Curasorb®; Sorbalgon®;
Tegagen®

Curativo com Alginato de Cálcio


Curativos Especiais

4 - Curativos com Carvão Ativado:

• Composição: tecido carbonizado e impregnado com nitrato de


prata a 0,15%, envolto por camada de tecido sem carvão
ativado.
• Mecanismo de ação: o carvão ativado absorve a secreção e
filtra o odor. A prata exerce ação bactericida.
• Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas.
• Contra indicação: feridas limpas e lesões de queimaduras.
• Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado.
Colocar o curativo de carvão ativado sobre a ferida e oclui-la
com cobertura secundária estéril.
• Periodicidade de troca: de 1 a 4 dias, dependendo da
quantidade de exsudação.
Curativos Especiais

4 - Curativos com Carvão Ativado:

• Vantagens: método eficaz para


controle do mau odor e é de fácil
aplicação.
• Desvantagens: não pode ser
cortado, pois ocorre
liberação do carvão e da
prata.
• Exemplo comercial: Carboflex®;
Vliwaktiv®.

Curativos com Carvão Ativado


Curativos Especiais

➢ 5 - Papaína 1%, 5% ou 10%


➢ Indicada para feridas necróticas e na presença de fibrina,
sendo contra-indicada em casos de lesão isquêmica.
➢ Não deve ser usada ou misturada com substâncias
derivadas ou compostas de ferro ou iodo, pois é facilemnte
oxidada.
Curativos Especiais

6 - Coberturas de filme transparente:


• Indicado para locais de inserção de cateteres periféricos, cateteres centrais ou não,
cateteres de pressão intracraniana, cateteres umbilicais e para proteção de áreas
de proeminências ósseas em pacientes de alto risco para desenvolvimento de
úlcera de pressão.
• Em cateteres, deve ser trocado a cada 72 horas; nas áreas de pressão, pode
permanecer por 7 dias.
Curativos especiais

7- Açucar:
• Indicado para feridas infectadas;
• Causa dor durante a aplicação;
• Trocar a cada 2-4h.
Curativos especiais

7- Açucar:
• Indicado para feridas infectadas;
• Causa dor durante a aplicação;
• Trocar a cada 2-4h.
Curativos Especiais

➢ Materiais para a realização de curativos:

• Pacote de pinças para curativos;


• SF 0,9 % morno;
• Seringa de 20 ml, agulhas, algodão umedecido com álcool a
70%;
• Pacotes com gazes;
• Micropore e esparadrapo;
• Tesoura;
• Luvas de procedimentos e esterilizadas;
• Proteção para a roupa de cama.
Curativos Especiais

➢ Quando indicado pela prescrição médica ou de


enfermagem:

• Almotolia com antissépticos;


• Pomadas;
• Ataduras;
• Curativos especiais.

Observação: A solução fisiológica deverá ser aquecida no momento


da realização do curativo e desprezada logo após o término. Não
reutilizar.
Curativos Especiais

➢ Método:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar o ambiente: Fechar janelas para evitar correntes de ar
e poeira;
• Desocupar mesa de cabeceira. Colocar biombo se necessário;
• Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo;
• Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa de
cabeceira;
• Descobrir a área a ser tratada com luvas de procedimentos e
proteger a cama;
• Colocar o paciente em posição apropriada;
• Abrir o campo estéril para curativos e sem contaminar, colocar
os demais materiais esterilizados a serem utilizados;
Curativos Especiais

➢ Método:

• Calçar luva esterilizada conforme a técnica asséptica;


• Se o curativo for com irrigação, limpar a ferida com jatos de SF
0,9% usando a seringa sem agulha (para ocorrer pressão);
• Com auxílio da pinça limpar e secar delicadamente as bordas da
ferida, mudando as áreas da gaze. Evitar atrito da gaze com o
tecido de granulação para evitar que o mesmo seja lesado;
• Secar o centro da ferida com a gaze realizado movimentos
circulares a fim de mudar áreas da mesma;
• Se indicado colocar o medicamento;
• Ocluir o curativo;
• Deixar o paciente confortável;
• Deixar ambiente e materiais em ordem;
• Lavar mãos.
Curativos Especiais

➢ Método:

• Lavar mãos.
• Realizar anotações de enfermagem, registrando classificação do
curativo, quantidade de exsudato, aspecto, odor. Presença de
tecido de granulação e condições de pele circundante.
Curativos Especiais

➢ Observações:

• Antes de realizar o curativo observar o estado do paciente, ler as


anotações sobre o tipo de curativo e prescrições para verificação
de medicamentos.
• Curativos úmidos por secreções ou água do banho, devem ser
trocados.
• Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela
incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não
infectadas e por último os curativos com infecção.
Curativos Especiais

➢ Observações:

• Em feridas com exsudato, com suspeita de infecção, antes de


realizar o curativo pode ser necessário à coleta de material para
bacterioscopia (swab).
• Em casos de uso com KmNO4 tomar os seguintes cuidados:
protegê-lo da luz se acastanhado (o que indica oxidação)
desprezá-lo e preparar nova solução para uso.
Feridas com drenos

➢ Limpar e secar o dreno e a pele com SF 0,9%;


➢ Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele;
➢ Colocar outra gaze sobre o dreno, protegendo-o ou bolsa
de karaya conforme indicação;
➢ Atentar para que o dreno não apresente dobras para
garantir boa drenagem;
➢ Anotar volume, aspecto, odores do material drenado.
Feridas com drenos

➢ Realizando curativo através de irrigação com solução


fisiológica:

Hoje, os especialistas adotam e indicam a limpeza de feridas


através de irrigação com solução fisiológica morna e sob
pressão, utilizando-se seringa de 20ml conectada à agulha de
40 x 12, o que fornece uma pressão capaz de remover
partículas, bactérias e exsudatos. Para completa eficácia, a
agulha deve estar o mais próximo possível da ferida. Após a
limpeza por esse método, deve-se secar apenas a pele íntegra
das bordas e aplicar a cobertura indicada no leito da ferida,
usando técnica asséptica.

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