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Material de Metodos e Tecnicas de Pesqui
Material de Metodos e Tecnicas de Pesqui
Métodos e
Técnicas
de Pesquisa
Auto r: Jo sé Ma nfro i
EAD – Ed uc a ç ã o a Distâ nc ia
Pa rc e ria Unive rsid a d e Ca tó lic a Do m Bo sc o e Po rta l Ed uc a ç ã o
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SUMÁRIO
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UNIDADE 1 – OS CAMINHOS DA PESQUISA CIENTÍFICA
Fonte: http://migre.me/2RYdD
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Diferentemente da arte e da poesia que se concebem na
inspiração, a pesquisa é um labor artesanal, que se não prescinde
da criatividade, se realiza fundamentalmente por uma linguagem
fundada em conceitos, proposições, métodos e técnicas,
linguagem esta que se constrói com um ritmo próprio e particular.
A esse ritmo denominamos ciclo de pesquisa, ou seja, um
processo de trabalho em espiral que começa com um problema
ou uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de
dar origem a novas interrogações (1996, p. 25-26)
ETAPAS ATIVIDADES
1.1 Seleção do tema e formulação do problema.
1.2 Pesquisa exploratória (É isso mesmo? É
viável? É relevante social, acadêmica e
pessoalmente? Existe bibliografia disponível?
Professor/a orientador/a?).
1. Definição do tema e 1.3 Definições sobre a pesquisa/delimitação do
elaboração do Projeto de tema: caracterização minuciosa do grupo a ser
Pesquisa pesquisado / instituição / espaço geográfico, etc.
1.4 Levantamento da(s) hipótese(s) que levem
à solução/ explicação do problema.
1.5 Revisão bibliográfica inicial que garanta
suporte teórico para o desenvolvimento do tema.
1.6 Indicação dos recursos metodológicos.
2.1 Escolha do/a professor/a orientador/a.
2.2 Discussão do tema escolhido com o/a
orientador/a. Verificar a viabilidade e a relevância
da pesquisa.
2. Definição do/a 2.3 Revisão do Projeto de Pesquisa.
orientador/a e redefinição 2.4 Reescrita do Projeto (se exigido pelo/a
do tema (sendo necessário) orientador/a).
2.5 Definição do cronograma de orientação e
de atividades a desenvolver (datas de
orientação e pesquisa; prazos de entrega de
material escrito).
2.6 Elaboração do plano de trabalho (sumário
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provisório / capítulos ou partes).
3.1 Recursos metodológicos: (escolher um ou
mais de acordo com a pesquisa a ser realizada)
3.1.1 Pesquisa experimental.
3.1.2 Pesquisa bibliográfica.
3. Definição do tipo de 3.1.3 Pesquisa documental.
pesquisa, seleção, 3.1.4 Entrevistas.
construção e aplicação 3.1.5 Questionários e formulários.
dos instrumentos de 3.1.6 Observação sistemática.
coleta de dados 3.1.7 Estudo de caso.
3.1.8 Dinâmicas, intervenções.
3.1.9 Material iconográfico/imagético.
3.2 Pesquisa propriamente dita.
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Procure fixar bem em sua mente a estrutura do quadro acima, pois ele serve de
guia no processo de organização e produção do seu trabalho de conclusão de curso
(TCC).
Exercício 1
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UNIDADE 2 - PESQUISA CIENTÍFICA
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2.2 Princípios da Pesquisa Científica
a) Precisão: O autor deve ser preciso em suas pesquisas, tanto para ganhar
tempo em seu trabalho, quanto para que seu texto seja útil. Evitar a dispersão muito
comum quando o aluno faz os primeiros resumos bibliográficos e é atraído por variadas
obras e enfoques temáticos. O pesquisador não deve alargar, mas restringir e
aprofundar o tema, evitando desdobramentos que são interessantes, mas não são
essenciais.
b) Exaustão: refere-se ao esgotamento não do autor, mas da pesquisa. Todas
as obras consultadas devem ser revisadas em sua totalidade, não apenas num item do
sumário que se consagra precisamente ao tema do TCC. Outros títulos e subtítulos
podem conter preciosas informações e reflexões sobre o tema de pesquisa. c) Clareza:
O aluno não pode escrever para si mesmo, nem para o orientador. Sua obra será
acessível ao público na Biblioteca da Universidade, ou talvez, será parcial ou
totalmente publicada. Portanto o texto
deve ser inteligível para todo o leitor
que reúna um mínimo de
conhecimentos ligados ao tema. A
clareza dependerá também do plano de
trabalho. O texto não fluirá quando o
plano de trabalho não for bem feito.
Como dizia Câmara Júnior (1970),
“Ninguém escreve bem se não sabe
bem o que vai escrever”.
Fonte: http://migre.me/2S0IF
d) Exterioridade: Cabe ao aluno guardar certa distância em relação ao objeto
escolhido como tema da pesquisa. Guardar um recuo confortável, em relação aos
atores principais da situação em tela, aumenta o grau de objetividade. Buscar a
imparcialidade (melhor dizendo, independência), mas nunca o isolamento ou a
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alienação. O pesquisador deve tomar em consideração os pontos de vista e juízos de
valor com os quais será confrontado ao longo do trabalho.
Outros princípios muito importantes:
Contextualizar a informação coletada. Perceber a escola, ou corrente
de pensamento a que se filia o autor consultado, conhecer propostas que
ele eventualmente apresente. Toda fonte deve ser explorada ao máximo.
Mesmo que esse procedimento pareça trabalhoso, muito mais
desgastante será retornar à fonte quando, durante a redação do texto
final, percebe-se a falta de consistência nas informações ou subsídios
coletados.
Anotar sempre as referências bibliográficas, inteiramente, inclusive o
número da página onde se encontra dada informação ou comentário;
todos os dados que merecem uma citação, com o cuidado de copiá-la
rigorosamente da forma como foram escritas. Tais anotações mostrar-se-
ão preciosas no momento da redação do TCC.
O trabalho científico dispensa floreios e exige austeridade. As frases não
devem ser longas, primando pela objetividade. Na dúvida entre um termo
rebuscado e uma expressão clara, a escolha deve repousar sobre a
segunda, sem remorsos. Por outro lado, todo termo técnico deve ser
acompanhado de uma definição, apoiada por uma referência bibliográfica
fidedigna.
Espírito científico, não distorce os fatos e respeita escrupulosamente a
verdade, cultivando a honestidade e evitando o plágio. Aproveitando o
acúmulo de informações e o privilégio de, na condição de pesquisador, ter
acesso a opiniões variadas, o aluno deve abordar a realidade da forma
mais isenta possível. Ele deve construir as suas próprias opiniões e, se
for o caso, afirmá-las na conclusão depois de ter demonstrado os
respectivos fundamentos ao longo do trabalho. Para Cervo e Bravian
(1996 p.17):
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O aluno deve dotar-se de um 'espírito científico', que se traduz no
senso de observação, no gosto pela precisão e pelas ideias
claras, na imaginação ousada, mas regida pela necessidade da
prova, na curiosidade que leva a aprofundar os problemas, na
sagacidade e o poder de discernimento.
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Pela sua característica eminentemente bibliográfica, o pesquisador deverá
assumir uma atitude crítica durante a leitura dos documentos ou livros, buscando
delinear com clareza o referencial teórico a ser adotado, seja na elaboração do plano
de trabalho, seja na seleção dos autores.
Para desenvolver uma pesquisa puramente bibliográfica, você precisa ser um/a
leitor/a atento/a e capaz de identificar as ideias defendidas por um/a autor/a;
estabelecer semelhanças e diferenças entre as ideias de diferentes autores/as sobre
um mesmo tema; ter uma boa capacidade de redação textual.
No entanto, é importante saber que a revisão bibliográfica deve fazer parte de
qualquer trabalho científico para que você desenvolva seu trabalho a partir do que
existe de mais recente na área de conhecimento na qual seu tema de pesquisa se
insere.
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Pode fundamentar-se em qualquer tipo de fonte que registre a presença de
indivíduos ou grupos (monumentos, fotografias, pinturas, arquivos institucionais ou
pessoais, cartas, etc.).
Fonte: http://migre.me/2S2zM
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Barros (1986, p.94) explica de forma mais detalhada os elementos
diferenciadores da pesquisa experimental:
A investigação experimental - conhecida também por
experimentação - adota o critério de manipulação de uma ou mais
variáveis independentes (causas), sob adequado controle, a fim
de observar e interpretar as modificações e reações ocorridas
no objeto de pesquisa (efeito-variável dependente). Assim sendo
na pesquisa experimental o investigador interfere na realidade,
fato ou situação estudada através da manipulação direta das
variáveis. Nos estudos experimentais clássicos era costume
estudar a relação de uma única variável com o objeto enfocado
(causa-efeito). Hoje é frequente estudar a relação de uma ou mais
variáveis nos limites de um único experimento, observando-se as
inter-relações e graus de intensidade, de influência das variáveis
entre si.
2.3.4 Pesquisa-ação
O/a pesquisador/a desempenha papel ativo no equacionamento dos problemas
encontrados, não só faz a investigação, mas procura desencadear ações e avaliá-las
com a participação da população envolvida.
Thiollent (1980, p.10) explica com mais detalhes esta modalidade:
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não exige que os participantes tenham uma ação consciente durante a intervenção ou
que participem das decisões.
Fonte: http://migre.me/2S3aN
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2.4.3 Estudo comparativo
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laboratório que abre inúmeras oportunidades para a pesquisa de campo.
Quando os dados necessários nao se encontram em arquivos, mas devem ser
produzidos, é necessária a elaboração de instrumentos de investigação. Há diversas
formas de coleta de dados, sendo mais comuns as entrevistas, os questionários e
formulários, a história de vida, o depoimento, o relato vida, a observação, etc. (que
veremos logo adiante).
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questões a fim de estimular o informante a responder.
É aconselhável que o questionário não exija muito mais de 10 a 20 minutos para
ser respondido. Um questionário muito extenso é desmotivador e pode condicionar
respostas rápidas e superficiais do informante.
Os questionários remetidos pelo correio devem trazer todas as instruções ao
pesquisador que motivem o informante a expressar-se com clareza e profundidade
demonstrando em si um apelo ao leitor.
Nelas o pesquisador deve esclarecer o que é a pesquisa, seus objetivos e
destino final. Ela deve ser breve, porém conter todas as instruções necessárias para o
preenchimento do questionário, garantindo o anonimato. A linguagem utilizada no
questionário deve ser simples e direta para que o respondente compreenda com
clareza o que está sendo perguntado.
Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário por causa
das características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, grupos de usuários de
drogas, por exemplo).
Todo questionário deve passar por uma etapa de pré-teste, num universo
reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de formulação.
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É um instrumento muito útil para certas pesquisas em que se
procuram informações de pessoas que estão geograficamente
muito dispersas. [...] Por exemplo, posso distribuir questionários,
de uma só vez, para todos os elementos que participam de uma
reunião num congresso ou numa sala de aula (BARROS, 1998, p.
50 e 51).
Múltipla escolha:
Exemplo: Renda familiar:
( ) menos de 1 salário mínimo
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 4 a 6 salários mínimos
( ) 7 a 11 salários mínimos
( ) mais de 11 salários mínimos
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c) Vantagens no uso do questionário:
De acordo com Barros (1986, p.109 e 110), existem várias vantagens no uso do
questionário:
o questionário possibilita ao pesquisador abranger um maior número de
pessoas e de informações em espaço de tempo mais curto do que outras
técnicas de pesquisa;
facilita a tabulação e tratamento dos dados obtidos, principalmente se o
questionário for elaborado com maior número de perguntas fechadas e de
múltipla escolha;
o pesquisado tem o tempo suficiente para refletir sobre as questões e
respondê-las mais adequadamente;
pode garantir o anonimato, consequentemente maior liberdade nas
respostas, com menor risco de influência do pesquisador sobre as
mesmas;
economiza tempo e recursos tanto financeiros como humanos na sua
aplicação.
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2.5.2 Entrevista
A entrevista é uma técnica que permite o relacionamento estreito entre
entrevistado e entrevistador.
As entrevistas, segundo sua forma de operacionalização, podem ser
classificadas em estruturadas e não-estruturadas.
São estruturadas quando possuem as questões previamente formuladas, isto é,
o entrevistador estabelece um roteiro prévio de perguntas, não há liberdade de
alteração dos tópicos ou para fazer inclusão de
questões frente às situações.
Nas entrevistas não estruturadas, o
pesquisador busca conseguir, através da
conversação, dados que possam ser utilizados em
análise qualitativa, ou seja, os aspectos
considerados mais relevantes de um problema de
pesquisa.
Fonte: http://migre.me/2S5ju
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manifestar as suas opiniões (do entrevistador). Nao apressar o entrevistado
dando- lhe tempo para expor suas conclusões.
Assegurar as condições favoráveis ao bom desenvolvimento da pesquisa.
Procurar evitar desencontros e perda de tempo.
Recomendações importantes:
Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento
necessário para satisfazer suas necessidades de informação.
Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma crítica
de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.
Prepare com antecedência as perguntas a serem feitas e a ordem em que
elas devem acontecer (estruturada) ou faça um pequeno roteiro das
informações essenciais a serem obtidas (não-estruturada).
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Não demonstre insegurança ou admiração excessiva diante do/a
entrevistado/a para que isso não venha a prejudicar a relação entre
entrevistador/a e entrevistado/a.
Deixe que as questões surjam mais naturalmente, mesmo que você
possua um roteiro, evitando que a entrevista assuma um caráter de uma
inquisição ou de um interrogatório policial, ou ainda que a entrevista se torne
um “questionário oral”.
Seja objetivo, já que entrevistas muito longas podem tornar-se cansativas.
Procure incentivar o/a entrevistado/a para as respostas, evitando que
ele/a se sinta falando sozinho/a.
Vá anotando tópicos centrais da fala do/a entrevistado/a evitando que
ele/a fique esperando sua próxima indagação.
Caso use o gravador ou a filmadora, não deixe de pedir permissão para
tal. Às vezes, o uso do gravador ou da filmadora pode inibir o/a depoente e
frustrar o/a entrevistador/a. Recomenda-se que esses equipamentos sejam
utilizados após os primeiros encontros quando já deve ter sido estabelecida
uma cumplicidade entre pesquisador/a e pesquisados/as.
Relatório da entrevista
Mesmo tendo gravado, procure fazer o relatório o mais cedo possível. Anote as
respostas e as reações que você conseguiu observar durante a entrevista. É essencial
a utilização de uma caderno/diário de campo.
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prepare adequadamente com cuidados especiais para cada
estudo realizado.[...] A maior vantagem do uso da observação em
pesquisa está relacionada com a possibilidade de se obter a
informação na ocorrência espontânea do fato. A observação é
uma técnica que pode ser usada por todo o pesquisador, além de
que, existem certos fenômenos que não poderiam ser estudados
de outra maneira.
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Quadro 3 – Classificação da observação
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a) História de vida
A história de vida é uma técnica de coleta de dados utilizada na história oral
quando o/a depoente é o informante fidedigno de um determinado momento histórico,
de um grupo social, de uma instituição ou quando sua vida, de alguma forma, merece
ser recontada para fazer parte da memória coletiva.
E importante que o/a pesquisador/a tenha clareza de que a memória muda pelo
esquecimento de detalhes, pela diferente leitura de um mesmo acontecimento de
acordo com as influências do contexto, pela presença do/a pesquisador/a e a
percepção do lugar social e da ideologia que representa.
Portanto, a história de vida não é indicada para investigar fenômenos porque
reflete a visão muito particular de uma pessoa, não cabendo ao/a pesquisador/a
interferir ou corrigir o relato. Fundamenta-se na fala de um/a só informante.
b) Depoimento Oral
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sobrevivência, religiosas, etc.), sobre processos, sobre injustiça social, para ter
parâmetros de análise (sem julgar como certo ou errado).
É importante que a cada depoimento o/a pesquisador/a tenha clareza: De quem
fala? De onde fala? Do que fala?
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Importante: Quando você optar pela História Oral deve seguir alguns passos
metodológicos ao transcrever o que ouviu (e gravou, quando obteve permissão para
isto). As anotações devem ser organizadas e constantes (nossa memória é muito
seletiva e corremos o risco de esquecer ou desconsiderar falas importantes). Para
tanto, é importante que sejam utilizados:
Diário de campo: onde serão registradas as falas, as observações, os
detalhes. Anotar risos, choros, silêncios, má interpretação da pergunta,
vacilações, expressões corporais, etc. Também deve conter as percepções e
sentimentos do/a pesquisador/a: nojos, indignações, conflitos, desânimo,
esperança, alegria, etc.
Ficha do informante: onde constarão todos os dados necessários para
identificá-lo no grupo social e frente ao fenômeno investigado (lembre-se que é
bastante significativo você saber: quem fala? de onde fala? do que fala?)
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ter construído de uma maneira o seu relato.
Exercício 2
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II. É sempre melhor aplicar um questionário do que uma entrevista.
III. As técnicas de pesquisa mais utilizadas são: questionário, formulário, entrevista,
observação, história oral.
a) Apenas os enunciados II e III estão corretos.
b) Apenas o enunciado I está correto.
c) Apenas o enunciado II está correto.
d) Apenas o enunciado III está correto.
e) Nenhum enunciado está correto.
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UNIDADE 3 - PROJETO DE PESQUISA
3.1 Conceito
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3.2 Escolha do tema
Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o
trabalho de pesquisa:
Fatores internos: afetividade em relação a um tema ou alto grau de
interesse pessoal; tempo disponível para a realização do trabalho de
pesquisa; o limite das capacidades do/a pesquisador/a em relação ao
tema pretendido.
Fatores externos: o significado do tema escolhido, sua novidade, sua
oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais; o limite de tempo
disponível para a conclusão do trabalho; material de consulta e dados
necessários ao/a pesquisador/a.
Segundo Leite (1997, p.82), a escolha do tema “reveste-se de grande
importância e merece uma reflexão séria”, pois o prazer de pesquisar e a qualidade da
pesquisa a ser realizada são determinados pela escolha do tema. Por isso, segundo o
autor, deve-se levar em consideração:
A vocação: “cada pessoa, no decorrer dos estudos, já demonstra
inclinação especial por uma determinada área do conhecimento” (LEITE,
1977, p.83). A preferência pessoal se revela como expressão concreta da
vocação.
Qualificação: “a real apreciação da competência pessoal ou da
qualificação intelectual [...] é bom ajuizar-se das reais aptidões e limites dos
conhecimentos básicos e complementares exigidos em tarefa de tal
envergadura” (LEITE, 1977, p. 83).
Objetivo Profissional: “o objetivo primordial é a aquisição de
experiência, de domínio sobre a área escolhida [...] A vantagem é dupla, e
as possibilidades de desenvolver o processo cognitivo, absolutas”. (LEITE,
1977, p.85).
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necessárias para que você não encontre nenhuma dificuldade na produção textual.
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Veja a seguir um modelo de localização dos elementos necessários para a
constituição da Folha de Rosto:
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1. Titulo (o que pesquisar?): apresenta a área de interesse a ser pesquisada, já
delimitada em alguns aspectos: assunto, população, instituição, período, etc. Pode ter
uma conotação criativa e singular. Aparece na capa e folha de rosto sem constar a
palavra “título”.
2. Justificativa (por que pesquisar?): É o momento do/a pesquisador/a
convencer de que o projeto é importante, que possui relevância científica, que vai
trazer contribuições. É o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental e
deve ser efetivado, de que o tema/título escolhido é de suma importância, para a
sociedade ou para algum grupo específico de indivíduos. Devemos tomar cuidado, na
elaboração da justificativa, de não justificar a hipótese levantada, ou seja: tentar
responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. Não tentar
antecipar os resultados da pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser
estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
Também, nessa etapa, devem ser colocadas as motivações pessoais que levaram o/a
pesquisador/a a escolher o tema. Pode ser colocada, resumidamente e de forma
objetiva, a trajetória de vida do/a pesquisador/a que o/a qualifica para o trabalho de
pesquisa.
Sobre a justificativa num projeto de pesquisa, afirma Bittar (2000,p.14), que se
trata de “convencer sobre a relevância científica do problema; contextualizá-lo
historicamente; explicar quais os motivos que levaram a pesquisar o tema e qual a
contribuição que tal estudo trará para a sociedade”.
3. Definição do problema (quais as perguntas/dúvidas que quero responder
com essa pesquisa?): Recorte na realidade, delimitação do tema. Nos primeiros
projetos é mais fácil formular de forma interrogativa, pois facilita a redação e
compreensão. Se não há problema, se não há dívida, não há motivo para realizar a
pesquisa.
Severino (1996, p.75) dá uma dica muito importante para compreender este
passo do projeto: “[...] antes da elaboração do trabalho, é preciso ter ideia clara do
problema a ser resolvido. Exige-se consciência da problemática específica relacionada
com o tema abordado de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo e o
método de pesquisa e de reflexão a serem utilizados no decorrer do trabalho”.
De acordo com Barral (2003, p. 68), “não basta delimitar o tema, mas deve-se
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identificar um problema específico que será analisado no trabalho. [...] A
problematização se relaciona com o foco do trabalho, no que se refere àquele tema. É
a pergunta que pretende ser respondida ao final do trabalho científico”.
Alguns exemplos de problemas/questões de pesquisa:
O alcoolista em tratamento tem o comportamento de mentir compulsivo?
Quais as características/estilo de vida das crianças obesas?
Quais os elementos da ansiedade?
Existe relação entre pressão familiar e iniciação esportiva precoce?
Partindo de um projeto de pesquisa concreto, vejamos a formulação do
problema.
Qual o tratamento que a Constituição Federal e as normas
infraconstitucionais vêm dando aos trabalhadores considerados
escravos? Quais os principais direitos dos trabalhadores em
condições análogas à de escravo? Quais os deveres dos
empregadores que mantêm trabalhadores escravos em seus
estabelecimentos? As decisões judiciais atuais estão em
consonância com a Constituição Federal, a CLT e o Código Penal?
(PIROSKI, 2009).
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conceituar, categorizar, desenvolver, dimensionar, enumerar,
formular, listar, organizar, operacionalizar, propor, relacionar,
selecionar, verificar (MARQUES; MANFROI; CASTILHO; NOAL,
2009, p.100).
Objetivos Específicos:
a) Dimensionar as principais características do trabalho escravo
no Brasil, pós-promulgação da Constituição Cidadã.
b) Identificar os direitos e deveres dos empregadores e
empregados na relação configuradora do trabalho escravo.
(PIORSCKI, 2009)
1
Extraídos do projeto de TCC de Carlos Alberto Ricci Piorscki, cujo tema era: O trabalho escravo no Brasil após
1988, e as consequências jurídicas aos empregados e empregadores. 2009. Este projeto está no portal
UCDB/MARCATO, Curso Direito do Trabalho 2009B.
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irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição) levantada.
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categorias que serão utilizados na pesquisa buscando, num percurso teórico rápido,
compreender como três ou quatro autores, reconhecidos na área da pesquisa,
conceituam a questão. Devemos ser sintéticos e objetivos, estabelecendo um diálogo
entre a teoria e o problema a ser investigado. É a etapa em que o/a pesquisador/a
demonstra em quais pressupostos está fundamentado/a para realizar a pesquisa.
De acordo com Bittar (2000,p.14), a função do referencial teórico é “explicar
qual a base teórico-metodológica que embasa o problema; qual a perspectiva filosófica
e ideológica do pesquisador; citar autores que já estudaram sobre o mesmo tema”.
Vejamos no exemplo que estamos acompanhando, como o autor do projeto
iniciou a sua descrição do referencial teórico para a pesquisa:
É inconteste a proporcionalidade entre a incidência de
empregadores que se utilizam da mão de obra escrava, a
legislação pertinente e as medidas judiciais para proteger o
empregado que presta trabalho na condição de escravo e punir o
empregador que pratica o crime previsto no artigo 149 do Código
Penal.
Todavia, o número de trabalhadores escravos tende a aumentar,
pois segundo Abreu e Zimmerman a forma escravagista de
trabalho subsiste ainda nos dias atuais como efeito da ignorância,
da má distribuição de renda, da concentração fundiária nas mãos
de poucos e do desrespeito à legislação trabalhista, sendo que
este ocorre tanto na zona rural quanto urbana.
Não se pode olvidar que são muitos os esforços no sentido de
erradicar com problema tão sério na sociedade contemporânea – o
trabalho escravo, que nos dias atuais não pode ser mais ignorado.
Sendo assim, várias são as normas protetivas, tanto no âmbito
nacional quanto internacional, aos trabalhadores que se encontram
na condição análoga a de escravo.
Em conformidade com dados da Organização Internacional do
Trabalho – OIT, as Convenções nºs. 29 e 105 são, dentre os
instrumentos fundamentais, os que mais obtiveram ratificações
pelos Estados-membros, pois somente dez países deixaram de
ratificar referidas Convenções.
Com o objetivo de atribuir um tratamento diferenciado e eficaz à
questão do trabalho escravo no Brasil, a Lei nº 10.803/2003 alterou
o sentido de trabalho escravo, indicando as hipóteses em que se
configura condição análoga à de escravo, sendo esta o gênero e
dentre suas espécies estão o trabalho forçado e o trabalho
degradante, conforme entendimentos doutrinários sedimentados
Ademais, o aludido texto veio corroborar com o disposto na
Convenção n° 29 da OIT, que preconi za em seu artigo 2º que o
trabalho forçado é o "trabalho ou serviço exigido de um indivíduo
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sob a ameaça de alguma punição e para o qual o dito indivíduo não
se apresentou voluntariamente”.
De acordo com a doutrina de Delmanto “para a tipificação não se
exige que haja verdadeira escravidão nos moldes antigos.
Contenta-se a lei com a completa submissão do ofendido ao
agente”.
Baseando-se neste contexto e visando apresentar um estudo sobre
a supressão da liberdade individual do trabalhador e a garantia da
sua dignidade, optou-se pelo tema o trabalho escravo no Brasil pós
1998 e as consequências jurídicas aos empregadores e
empregados (PIORSKI, 2009).
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Vejamos como o projeto de pesquisa que estamos acompanhando descreveu a
proposta metodológica:
A presente pesquisa tem a característica de demonstrar no regime
jurídico pátrio da proteção ao trabalho, identificando os direitos e
deveres dos trabalhadores e empregadores envolvidos nas
relações do trabalho escravo.
Registre-se que sua abordagem é qualitativa porque pretende
analisar as conquistas jurídicas dos trabalhadores em condições
análogas à de escravo e avaliar a efetivação das normas
reguladoras e de combate ao trabalho degradante e forçado.
Do ponto de vista do método a pesquisa proposta seguirá a lógica
dedutiva, pois fará deduções a partir da evolução das legislações
protetivas ao trabalho e trabalhadores para identificar as reais
consequências jurídicas dos trabalhadores escravos.
No que concerne à revisão bibliográfica a pesquisa não tem uma
área específica, todavia, demonstrará que os Estados do Maranhão
e Pará são os principais mantenedores do trabalho escravo.
Considera alvo da pesquisa os trabalhadores e empregadores que
estejam envolvidos com o trabalho escravo, especialmente nos
Estados do Maranhão e Pará, bem como dos operadores do Direito
em geral e das Varas Trabalhistas.
A pesquisa será executada exclusivamente pelos acadêmicos
proponentes da presente pesquisa. (PIORSKI, 2009).
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2011
ATIVIDADES
FevMarAbrMaiJunJulAgo SetOutNovDez
Elaboração do projeto X X
Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X
Estudos exploratórios X X
Elaboração dos instrumentos de
coleta de dados X X
Pré-teste dos instrumentos de coleta
de dados X X
Coleta de dados X X X X X X
Organização, tabulação, análise e
interpretação dos dados X X X X X X X
Redação preliminar X X
Qualificação X
Redação final X X X
Defesa X
Versão final X
A elaboração do Cronograma de Execução visa apresentar um mapeamento
operacional e cronológico. Tal procedimento corresponde à necessidade de
estabelecer prazos para as distintas fases da pesquisa. No entanto, o Cronograma não
deve funcionar como uma “camisa de força”, mas tão somente um referencial temporal,
para que ele saiba coordenar o tempo disponível e cumprir as atividades sem maiores
traumas (MARQUES et al. 2009, p.103).
9. Orçamento (com que recursos): Planilha de custos. É muito importante
quando se trata de pesquisas ligadas a instituições ou órgãos de apoio. Quando será
custeada pelo/a próprio/a autor/a do trabalho, o orçamento inicial possibilita planejar os
gastos e decidir sobre a extensão da pesquisa e a utilização ou não, da coleta de
dados de questionários, entrevistas, fotos, filmagens, etc.
Exemplo:
DESCRIÇÃO QUANTIDADE PREÇO TOTAL
Livros 3 R$ 30,00 R$ 90,00
CD 10 R$ 2,00 R$ 20,00
Impressão 200 R$ 0,15 R$ 30,00
TOTAL R$140,00
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A previsão serve também para saber das reais possibilidades de se levar avante
a pesquisa proposta. Em outros termos, é fazer previsão de recursos materiais e
financeiros.
Ávila (1996, p. 24) destaca que:
[...] recursos são todos os meios que tornam possível a
concretização do com quê, genericamente descrito em relação a
cada procedimento [...]. Detalhar recursos, aqui significa, portanto,
especificar, em listagem com discriminação própria [...] todos os
suportes logísticos ou com quê, senão todos pelo menos os
essencialmente básicos, necessários à ativação de todos e de
cada procedimento previstos para a demonstração da hipótese,
para a conquista do objetivo ou para o seguro norteamento do
processo de pesquisa, de acordo com a questão norteadora.
Fonte: http://migre.me/2XBMP
Exercício 3
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II. Esclarecer para o próprio investigador os rumos do estudo.
III. Comunicar seus propósitos para a comunidade científica.
IV. Facilitar o processo de produção do conhecimento.
a) Apenas o enunciado II está correto.
b) Apenas os enunciados I e III estão corretos.
c) Apenas os enunciados I e II estão corretos.
d) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos.
e) Todos os enunciados estão corretos.
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III. Ter um compromisso consigo mesmo e com o orientador.
IV. Não pular etapas.
a) Apenas o enunciado II está correto.
b) Apenas os enunciados I e III estão corretos.
c) Apenas os enunciados I e II estão corretos.
d) Apenas os enunciados I, II e IV estão corretos.
e) Todos os enunciados estão corretos.
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UNIDADE 4 – ORIENTAÇÕES E NORMATIZAÇÕES PARA REDAÇÃO DE TEXTOS
CIENTÍFICOS.
Fonte: http://migre.me/2XDDB
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Um novo parágrafo no final da página deve ter, no mínimo, duas linhas. Se a
página não comportar, iniciar o parágrafo na página seguinte.
As citações ou transcrições de texto com mais de três linhas, de acordo com a
ABNT, NBR 10520/2002 “[...] devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem
esquerda do texto, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas” . Deve ser
separada do texto que os precede ou que os sucede por espaçamento 1,5 .
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Quadro 4 – Formatação do Trabalho Científico
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subtítulo em letra maiúscula sem negrito; outros subtítulos em letra minúscula, em
negrito e itálico. É o princípio da uniformidade na estruturação do trabalho científico.
Exemplo de página padrão:
2cm
3 cm livres
MARGEM SUPERIOR
2 cm
3 cm
livres
livres
MARGEM
MARGEM DIREITA
ESQUERDA
2cm
MARGEM
DE INÍCIO
DO
PARÁ- 4cm
GRAFO
MARGEM
DE
CITAÇÃO
LONGA
MARGEM INFERIOR
2 cm livres
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4.2 As normas da ABNT
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4.2.2 Algumas orientações básicas
a) Quando é feita uma citado direta, o texto do autor deve ser copiado ao pé da
letra e colocado entre aspas quando contém
até três linhas. No caso de citações longas,
com mais de três linhas, não usar aspas,
separando do texto por dois espaços duplos,
recuo de 4 cm da margem esquerda e letra
tamanho 10 ou 11.
Fonte: http://migre.me/2XEZl
b) Caso haja no texto algum tipo de erro de português ou alguma ideia
estranha, não podemos modificar. Nestes casos, coloca-se logo em seguida da
palavra um (sic), entre parênteses, para indicar que estava assim mesmo no texto
original e não foi erro nosso de digitação.
c) Quando não é necessário colocar todo o texto podemos usar supressões: [...]
Ex.: Segundo Pereira de Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma 'arte de
conversação' que abrange tão extensa e significativa parte de nossa existência
cotidiana” (ABNT, NBR 10520, 2002, p. 2).
d) Quando ocorrem interpolações, acréscimos ou comentários, também
utilizamos colchetes: [ ] (ABNT, NBR 10520,2002, p.2).
e) Quando queremos destacar ou dar ênfase para alguma passagem de uma
citação literal, costuma-se grifá-la, sublinhá-la ou utilizar o itálico, colocando a seguir,
entre parênteses, no próprio texto, a expressão (grifo nosso). Exemplo: [...] para que
não tenha lugar a produção de degenerados, quer physicos (SIC) quer Moraes (SIC),
misérias, verdadeiras ameaças à sociedade (SOUTO, 1916, p.46, grifo nosso).
f) Se o destaque for do autor, usa-se, após os dados de identificação da
citação, grifo do autor. Exemplo: (CANDIDO, 1993, v.2, p.12, grifo do autor).
g) Quando a citação for direta, é essencial citar, após a data, o número da
página precedido por uma vírgula e a letra “p” seguida de ponto (PEREIRA, 1999, p.
21). O número da página possibilita ao leitor uma consulta mais rápida e precisa. As
citações indiretas dispensam a indicação da/s página/s. Quando houver coincidência
de sobrenomes de autores, acrescentar as iniciais de seus prenomes. Ex.: Carvalho,
C. (1985, p.27) e Carvalho, B. (1985, p.34). Se, mesmo assim houver coincidência,
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colocar os prenomes por extenso. Ex.: Carvalho, Carlos (1965) e Carvalho, Cláudio
(1965).
h) Quando se tratar de vários trabalhos de um/a mesmo/a autor/a, escritos
em datas diferentes, cita-se o sobrenome do autor, seguido das datas entre
parênteses. Ex.: Farias (1978, p.23); Farias (1985, p.56); Farias (1990, p.67).
i) Para a citação de vários trabalhos de um/a mesmo/a autor/a, com a mesma
data, usam-se letras minúsculas acompanhando a data. Exemplo: Silva (1975a, p.45);
Silva (1975b, p.47); Silva (1975c, p34).
j) Documentos sem data, citar a expressão s.d., entre parênteses. Exemplo: AS
(s.d.).
4.2.2 Tipos de Citações
a) Citação direta/textual curta: (com menos de 3 linhas) deve ser feita na
continuidade do texto, entre aspas, sem itálico.
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b) Citação direta/textual longa: (com mais de 3 linhas)
Utilizar espaço simples e tamanho de letra 10 ou 11. Lembre que o texto é
digitado em espaçamento 1,5 e letra tamanho 12. A citação deve ser
precedida de dois pontos (:) e aparecerem em bioco, recuadas a 4 cm da
margem esquerda. Não utilizar aspas duplas neste caso.
Terminada a citação, tanto incluída no parágrafo ou fora deste, coloca-se
o nome do autor, ano de publicação da obra e o número da página e cita-
se a obra nas Referências. Outra opção é utilizar o número de chamada,
indicativo da nota de referência do rodapé.
O número de chamada virá após os sinais de pontuação, acima da
metade da linha. Os números de chamada seguem ordem crescente. No
entanto, há uma forte tendência de colocarmos as citações no corpo do
trabalho, deixando as notas de rodapé para outras explicações (de termos
com possibilidade de dupla interpretação, breve histórico de uma
instituição ou caracterização de um determinado fenômeno).
A citação direta longa não deve fechar um item temático. Após a citação, o autor
do trabalho deve fazer-se presente, continuando ou fechando o raciocínio em debate.
c) Citação de citação:
É a citado que já foi utilizada por outro pesquisador. Segundo Santos
(2000, p. 50), só devemos recorrer a esta forma quando não existe a
possibilidade de consultarmos os originais de documentos citados em outras
fontes, reproduzimos a informação coletada utilizando-se do seguinte recurso:
No texto, citar o sobrenome do autor do documento não
consultado, seguido das expressões citado por, conforme ou
segundo, e o sobrenome do autor do documento efetivamente
consultado, seguido da data. Em nota de rodapé, mencionaremos
os dados do documento original.
Na listagem bibliográfica, devem-se incluir os dados completos
do documento efetivamente consultado.
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Você também poderá encontrar a expressão latina, “apud”
(citado por).
d) Citação indireta/livre
Ao fazer uma síntese das ideias, a transcrição é livre desde que citada a
fonte e mantido o sentido do texto original.
Nestes casos utiliza-se a expressão Cf. que significa confira. Exemplo: Cf.
Silva, Pedro A. A descoberta científica, p. 15.
Também podemos citar o nome do/a autor/a e explicar, com nossas
palavras o que afirma. Exemplo: Ponce (1994) leva-nos a compreender o
exato alcance das ideias pedagógicas de Lutero, ressaltando que não
devemos perder de vista dados anteriores. Afirma ainda que a instrução
elementar era o primeiro dever da caridade, e que, mesmo no fanatismo
de Lutero, se não sobrasse muito lugar para o saber profano,
aconselhava os pais que enviassem seus filhos à escola.
.
2
PONCE, Anibal. Educação e luta de classes. São Paulo: Cortez, 1980, apud SILVA, John. Classes
sociais e cultura no Brasil. São Paulo: SIARTE, 1982.
SILVA, John. Classes sociais e cultura no Brasil. São Paulo: SIARTE, 1982. “É evidente, em primeiro
lugar, que a mais estreita relação de parentesco é aquela que também admite a mais generalizada forma
de reciprocidade.” (SERVICE apud SEVERINO, 1998, p.94)
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e) Dados obtidos por informação oral
Quando se tratar de dados obtidos por informação oral (palestras, debates,
comunicações, etc.), indicar entre parênteses a expressão 'informação verbal',
mencionando-se os dados disponíveis, somente em nota de rodapé.
Exemplo:
Tricart constatou que na bacia do Resende, no Vale do Paraíba, há indícios de
cones de dejeção (informação verbal). (ABNT, NBR 10520, 2002, p.3)
54
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c) Outros autores preferem colocar todos os dados do livro como consta na
bibliografia seguido do número da página onde está localizado o texto citado. Autores
como Severino (1998, p. 94) optam por fazer a entrada da nota pelo nome e não pelo
sobrenome do autor, separando por vírgula os vários elementos. Quando várias notas
de rodapé se referem a uma mesma obra de um mesmo autor, variando-se apenas a
página, usa-se a expressão latina: ibid.
Veja os exemplos na nota de rodapé3;4:
No entanto, se outro autor for citado entre uma citação e outra, do mesmo autor,
a citação deve ser completa, da mesma forma se cair em outra página:
3
GOLDMANN, Lucien. Ciências humanas e filosofia. São Paulo: Cortez, 1999, p. 10.
4
Ibid. p. 16.
55
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Quadro 5 - Configuração textual
56
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Capítulo de livro do mesmo autor. Exemplo:
PILATI, José Isaac. Direitos autorais e internet. In: ROVER, Aires José (org.). Direito,
sociedade e informática: limites e perspectivas da vida digital. Florianópolis:
Fundação Voiteux, 2000. p. 127-134.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2000. Florianópolis: TRE, v.2, n.1, nov. de 2001. 635 p.
Edição Especial.
Suplemento de periódico:
Artigo de revista:
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Anais de Congressos:
Resumos de encontros/eventos:
Constituições:
Emendas Constitucionais:
Medidas Provisórias:
Decretos:
Consolidação de leis:
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BRASIL. Consolidação da legislação previdenciária: regulamento e legislação
complementar. Organizador Aristeu de Oliveira. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
Jurisprudências:
Súmulas:
BAEZ, Narciso Leandro Xavier. Execução de quantia certa contra a fazenda pública
a partir da Constituição Federal de 1988. 58 f. Monografia (Especialização) - Curso
de Direito Processual Civil, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Chapecó, 2002.
59
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CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, 6., 1999. Rio de
Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro, 1999. Disponível em:
<http://www.abed.org.br>. Acesso em: 15 dez. 1999.
60
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PEIXOTO, Luiz. A pena de morte: depoimento (jan.1977) Entrevistadores: Julio Matos
e André Castro. Florianópolis: Comitê de Direitos Humanos, 1977. 1 fita cassete (60
min.), estéreo. Entrevista concedida ao Comitê de Direitos Humanos.
Exercício 4
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Dados de referência:
Título: Metodologia do trabalho científico
Autoras: Eva Maria Lakatos e Marina de Andrade Marconi
Editora: Atlas Local/Cidade: São Paulo Ano: 1994 Edição: 4ª Revista e Ampliada
a) ALMEIDA, Milton José de. A liturgia olímpica. In: Corpo e história de Carmen
Lúcia Soares. (org.) Campinas: Autores Associados, 2001, p.79-109.
b) ALMEIDA, Milton José de. A liturgia olímpica. In: SOARES, Carmen Lúcia (org.)
Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001, p. 79-108.
c) Almeida, Milton José de. A liturgia Olímpica. In: Carmen Lúcia Soares (org.) Corpo e
história. Campinas: Autores Associados, 2001.
d) SOARES, Carmen Lúcia de (Org.) Corpo e história. In: ALMEIDA, Milton José de. A
liturgia olímpica. Campinas: Autores Associados, 2001.
e) ALMEIDA, Milton José de. A LITURGIA OLÍMPICA. In: SOARES, Carmen Lúcia
(org.). Corpo e história. Campinas: Autores Associados. 2001, p. 79-1008.
62
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica. 6. ed. Piracicaba: Editora
UNIMEP. 1996.
LUCHESI, Cipriano et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 10. ed.
São Paulo: Cortez, 1998.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira,
1998.
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