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Caderno de Gestão Pedagógica 2022 - Finalizado SUEB-SUDI
Caderno de Gestão Pedagógica 2022 - Finalizado SUEB-SUDI
Caderno de Gestão
Pedagógica
3
Lucas Albuquerque
Coordenador de Educação Indígena
Joabson Pena
Coordenador de Ensino Fundamental
Capa
Marco Antonio Cardoso Tobias Junior
Sistematização e Organização
Kátia Aparecida da Silva Nunes Miranda e
Gino Francisco Buzato
Sumário
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................8
1 ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DAS UNIDADES ESCOLARES ................................................ 10
1.1 Coordenação Pedagógica .................................................................................................. 10
1.2 Planejamento Pedagógico ................................................................................................. 11
1.3 Semana Pedagógica........................................................................................................... 14
1.4 Acolhimento dos estudantes............................................................................................. 15
1.4 Reunião com a comunidade escolar ................................................................................. 16
2 SISTEMA ESTRUTURADO DE ENSINO................................................................................ 16
3 TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS .................................................................... 18
4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA .................................................. 23
4.1 As atribuições da Equipe Gestora no Avalia MT ............................................................. 25
4.2 As atribuições do Professor no Avalia MT ..................................................................... 26
4.3 Processo Avaliativo – 2022 ........................................................................................... 26
4.4 Alfabetiza MT .............................................................................................................. 27
5 PROGRAMA CERTIFICA MAIS MT ..................................................................................... 30
6 FORMAÇÃO CONTINUADA .............................................................................................. 31
7 PROTAGONISMO ESTUDANTIL ........................................................................................ 32
7.1 Grêmio estudantil.............................................................................................................. 33
8 SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA .................................................................... 33
8.1 Ensino Fundamental .......................................................................................................... 33
8.1.1 Laboratório de Aprendizagem.................................................................................... 33
8.1.2 Materiais de Inglês (Pearson) - O Ensino da Língua Inglesa e os Materiais Didáticos e
Paradidáticos ....................................................................................................................... 35
8.1.3 Educação Socioemocional (Nuvem9Brasil) ................................................................ 36
8.1.4 Consciência Fonológica (Percepsom) ......................................................................... 38
8.1.5 Educação Financeira (BEĨ Educação) .......................................................................... 38
8.2 ENSINO MÉDIO .................................................................................................................. 42
8.2.1 Novo Ensino Médio no Estado de Mato Grosso ........................................................ 43
8.2.2 Eletivas e projeto na prática da sala de aula .............................................................. 46
8.2.3 Especificidades da Organização Curricular nas Escolas-Piloto, nas Escolas Integrais e
nas Escolas que ofertarão Trilha de Aprofundamento em Educação Profissional
Tecnológica – EPT ................................................................................................................ 46
8.2.4 Ações da Coordenadoria de Ensino Médio – COEM 2021/2022 ................................ 49
8.3 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA ......................................................................... 51
5
Paulo Freire
7
APRESENTAÇÃO
A partir das Leis Complementares que regulamentam a Lei nº 9394/96, Mato Grosso
adotou a concepção e instituiu procedimentos pedagógicos e administrativos que tratam todos
os profissionais da Educação Básica, no desenvolvimento das suas atividades educacional-
escolares como educadores. Por conseguinte, são educadores: os professores, os gestores
escolares, os técnicos e os apoios administrativos educacionais nas diversas funções que
ocupam. Nesta perspectiva, todos os ambientes escolares devem ser organizados de modo a
contribuir com a formação integral dos estudantes.
Assim, a atribuição desses educadores deve respeitar a formação inicial e os respectivos
percursos formativos, realizados mediante a formação continuada e qualificação profissional,
de modo a atender e afirmar as especificidades das etapas e modalidades da educação básica,
garantindo a qualidade do trabalho pedagógico e, consequentemente, da educação.
10
Para tanto, tomar como premissa o fato de que a educação atende a uma necessidade
inerente ao ser humano, que é a capacidade reflexiva, leva-nos a crer que refletir é uma ação
ainda mais necessária quando tratamos dos rumos da formação das novas gerações. É com este
enfoque que iniciamos este trabalho, buscando subsídios e referenciais para a inserção do
sistema estruturado de ensino em escolas da rede pública estadual, visando um trabalho efetivo
e de qualidade.
Sendo assim, a seguir, apresentamos um roteiro de atividades que deverá ser instituído
e executado nas escolas durante o ano letivo de 2022:
1
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990. P. 222.
13
Escola
Cidade
Componente(s) Curricular(es)/Área
Ano
Docente
SEMANA PEDAGÓGICA
DIA DA AÇÕES A SEREM REALIZADAS RESPONSÁVEL
SEMANA
01/02/2022 Atribuição de professores DREs e unidades
Acolhimento na unidade escolar escolares
Atividades de organização interna da escola
02/02/2022 Atribuição de professores DREs e unidades
Acolhimento na unidade escolar escolares
Atividades de organização interna da escola
03/02/2022 Avaliação das metas e ações do PPP Secretaria Adjunta de
Revisitar, avaliar a proposta pedagógica de cada unidade Gestão Educacional e
escolar unidades escolares
Estudo do caderno de Gestão Pedagógica
04/02/2022 Período Matutino Seduc
Aula Inaugural – sistema estruturado de ensino – DREs
Presencial nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, Unidades Escolares
com transmissão ao vivo canal SEDUC/ You Tube para
todo o estado de Mato Grosso FGV
Período Vespertino
Oficina para Produção e organização de roteiros de DREs
atividades – Presencial Cuiabá e Várzea Grande
Organização das DREs.
Vale salientar que a Semana Pedagógica é um evento que demanda bastante esforço de
toda a escola, mas é uma prática fundamental para que a escola alcance seus objetivos e
permaneça em constante desenvolvimento.
15
Ações de acolhimento são uma prática comum no início do ano letivo. Mas elas não
servem apenas como um referencial para o primeiro dia de aula, podendo inclusive ocorrer
durante todo o ano, à medida que a escola admite novos estudantes. O acolhimento é uma ação
pedagógica que fortalece os vínculos dos alunos com a escola, e ela tem autonomia para planejar
e desenvolver essa ação. No entanto, toda acolhida precisa ser pautada em três princípios
básicos: escuta ativa, cuidado e equidade. O acolhimento tem como objetivo:
Via Carreira
https://viacarreira.com/dinamicas-para-sala-de-aula/
SEDUC – SP
https://inova.educacao.sp.gov.br/wp-ontent/uploads/2019/12/Apostila_Acolhimento_Alunos.pdf
16
Para o bom acompanhamento dos estudantes, as famílias devem ter acesso a todas as
informações necessárias, tais como: formas e períodos de avaliações, eventos, conteúdos
bimestrais, horário de aulas e horário de atendimento pela equipe gestora.
Temas de natureza diversa e de relevância social passam então a ser articulados com os
demais conteúdos dos componentes curriculares de forma contextualizada e dentro das áreas
do conhecimento, de modo a fomentar a participação e o engajamento dos sujeitos nas questões
sociais.
Os Temas Contemporâneos Transversais contidos na BNCC e no DRC-MT fazem parte
do currículo e estão diretamente relacionados a uma proposta de educação que concebe o
conteúdo escolar fundamentalmente associado com à realidade vivida no dia-a-dia dos
estudantes, o que fará com que os objetos do conhecimento se transformem em aprendizagens
significativas. Nessa direção, a escola tem o papel de fomentar a realização de projetos
interdisciplinares e transdisciplinares e promover a inserção desses temas no currículo, a fim de
possibilitar que as habilidades e competências elencadas nessas normativas dialoguem com os
conhecimentos oriundos do cotidiano desses sujeitos, facilitando assim a aprendizagem.
Todavia, a realização dessa desafiadora tarefa requer extrema dedicação e compromisso
de toda a comunidade escolar que deverá se apropriar do Projeto Político Pedagógico (PPP)
para intervir democraticamente nas ações e contribuir com as demandas da instituição, visando
o bem coletivo. Incentivar e promover essa participação é de fundamental importância, pois
desperta o senso de pertencimento de todos os envolvidos e fortalece o vínculo família e escola.
Em suma, o Planejamento Pedagógico, o PPP e a Formação Docente compõem a tríade
basilar para que a educação atinja seus objetivos e finalidades; para tanto o Planejamento e o
PPP devem estar alinhados aos Temas Contemporâneos Transversais, conforme prevê a BNCC,
o DRC-MT e todos os marcos legais descritos nos Quadros 1 e 2.
Temas
Contemporâneos Marcos Legais – Âmbito Nacional
Transversais
Ciência e Leis Nº 9.394/1996 (2ª edição, atualizada em 2018. Art. 32, Inciso II e Art.
Tecnologia 39), Parecer CNE/CEB Nº 11/2010, Resolução CNE/CEB Nº 7/2010.
CF/88, Art. 23 e 24, Resolução CNE/CP Nº 02/2017 (Art. 8, § 1º) e
Resolução CNE/CEB Nº 03/2018 (Art. 11, § 6º - Ensino Médio).
Direitos da Criança Leis Nº 9.394/1996 (2ª edição, atualizada em 2018. Art. 32, § 5º) e Nº
e do Adolescente 8.069/1990. Parecer CNE/CEB Nº 11/2010, Resolução CNE/CEB Nº
07/2010 (Art. 16 - Ensino Fundamental), e Resolução CNE/CEB Nº 03/2018
(Art. 11, § 6º - Ensino Médio).
Diversidade Lei Nº 9.394/1996 (2ª edição, atualizada em 2018. Art. 26, § 4º e Art. 33),
Cultural Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB Nº 7/2010.
20
Temas
Contemporâneos Marcos Legais – Âmbito Estadual
Transversais
Geral Lei Ordinária - 10111/2014 - Dispõe sobre a revisão e alteração do Plano
Estadual de Educação.
Ciência e Lei Ordinária - 8948/2008 - Institui a Semana Estadual de Ciência e
Tecnologia Tecnologia no âmbito do Estado de Mato Grosso.
Direitos da Lei Ordinária - 8991/2008- Institui o Dia Estadual do Estatuto da Criança
Criança e do e do Adolescente - ECA.
Adolescente Lei Ordinária - 9775/2012 - Cria a política de saúde do adolescente e dá
outras providências.
Lei Ordinária - 10474/2016 - dispõe sobre a obrigatoriedade de
comunicação, pelos estabelecimentos de tratamento de saúde, públicos e
privados do estado de mato grosso, aos órgãos de proteção à criança e ao
adolescente, dos atendimentos envolvendo embriaguez ou consumo de
drogas por crianças e adolescentes.
Lei Ordinária - 10509/2017 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de as escolas
públicas e particulares do estado de mato grosso que ofertam a educação
básica informar aos pais e/ou responsáveis sobre a ausência de discentes
em sala de aula imediatamente após constatação.
Lei Ordinária - 10907/2019 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de os
estabelecimentos estaduais e particulares de ensino comunicarem aos
órgãos de proteção à criança e ao adolescente casos de automutilação que
surgirem em suas dependências escolares e dá outras providências.
Educação Lei Ordinária - 10157/2014 - Institui a semana estadual de segurança
Alimentar e alimentar e nutricional.
Nutricional Lei Ordinária - 10688/2018 - Dispõe sobre a instituição do programa
banco alimentar contra a fome e dá outras providências.
Educação Lei Ordinária - 9960/2013 - Institui o “Dia Estadual da Educação
Ambiental Ambiental”.
Lei Ordinária - 10903/2019 - dispõe sobre a política estadual de educação
ambiental e revoga a lei nº 7.888, de 09 de janeiro de 2003.
Educação em Lei Ordinária - 10473/2016 - Institui a política de prevenção à violência
Direitos contra profissionais da educação da rede de ensino do estado de mato
Humanos grosso.
22
Figura 1 – AvaliaMT
O professor é o responsável pela análise dos resultados em cada turma, de acordo com
a organização planejada junto ao Coordenador Pedagógico, colocando-se à disposição para
contribuir, de acordo com sua jornada de trabalho. Ainda lhe cabe:
Contemplar ações interventivas inseridas e articuladas ao Plano de Intervenção Pedagógica
para os estudantes que apresentarem dificuldades de aprendizagem ou necessidade de
potencializar as aprendizagens.
Elaborar ações interventivas pedagógicas com atividades individuais ou para grupos
específicos de estudantes com vistas à melhoria da aprendizagem.
Avaliações Externas
Avaliações Internas
A equipe gestora de cada unidade escolar deverá orientar o corpo docente quanto à
necessidade de contemplar, no planejamento, os mecanismos de avaliação para as
aprendizagens, que deverão estar articulados ao Projeto Político Pedagógico e aos resultados
das avaliações externas ocorridas na rede estadual. Para tanto, o corpo docente contará com a
estrutura de um banco de itens e avaliações disponibilizadas na plataforma do sistema
estruturado adotado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso.
O processo avaliativo (externo e interno), desencadeado na rede estadual de ensino,
requer ações de planejamento e replanejamento contínuo com o viés pedagógico de racionalizar
os resultados das avaliações articuladas pela Seduc-MT no “fazer pedagógico” dos professores.
E, ainda, o engajamento nos processos avaliativos para que todos os estudantes realizem as
avaliações, potencializando a cultura avaliativa para as aprendizagens no estado de Mato
Grosso.
4.4 Alfabetiza MT
Prêmio para as escolas com bons resultados de desempenho na aprendizagem dos estudantes
2
Divulgação prevista para 16 de fevereiro de 2022.
30
6 FORMAÇÃO CONTINUADA
As ações de formação continuada ofertadas pela Seduc/MT, para o ano de 2022, por
meio da Secretaria Adjunta de Gestão Educacional/Coordenação de Formação Continuada, têm
como finalidade promover o bom desempenho docente para atender às necessidades de
melhoria de aprendizagens dos estudantes das redes municipal e estadual, identificadas a partir
da análise diagnóstica dos resultados das avaliações internas e externas e no desempenho
estudantil na rotina escolar. Essas ações se organizam estrategicamente em três eixos:
Ao longo do percurso letivo podem surgir situações que não foram previstas no início
do ano. Essas situações necessitam de atenção especial, pois podem interferir ou significar
novas possibilidades à prática do professor e aprendizagem dos estudantes. Devido à
diversidade existente em Mato Grosso, diferentes regionais podem apresentar novas e
específicas situações que necessitam ser refletidas de forma sistemática para serem
incorporadas à rotina docente. Desse modo, constituem em potenciais temas para formação
continuada, podendo ser trabalhados separadamente ou vinculados às ações de formação do
Eixo I e Eixo II.
7 PROTAGONISMO ESTUDANTIL
A Seduc/MT reconhece que a participação dos estudantes pode gerar mudanças nos
aspectos: social, ambiental, cultural e político em que estão inseridos. Desse modo, a Secretaria
de Educação empenha esforços de participação nos diversos processos escolares, visando,
através do desenvolvimento do estudante na solução de problemas reais, desenvolver o
potencial criativo.
33
8.1.1 Laboratório de
Aprendizagem
O que é? O Laboratório de
Aprendizagem se constitui em um
ambiente de intervenção
pedagógica de suma importância
para a escola que oferta as etapas
da Educação Básica. Por meio do
Laboratório de Aprendizagem,
estudantes com defasagens de
aprendizagem elaboram,
organizam, constroem e produzem, individual e coletivamente, diversos conhecimentos sobre
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a leitura, escrita e matemática. Assim como no ano letivo 2020/2021, as ações realizadas pelo
Laboratório no ano de 2022 possuem a finalidade de assegurar aos estudantes o direto de
alfabetização, de letramento e de resgate das aprendizagens afetadas pela pandemia.
Cada professor articulador terá uma carga horária de 30 horas, sendo que 20 horas
correspondem à regência e as outras 10 a horas-atividade, em que, dentro da sua jornada de
trabalho, poderá realizar atividades extraclasse, tais como: planejamento, organização e
avaliação das atividades pedagógicas etc., de modo a atender todos os turnos de funcionamento.
Com o intuito de garantir espaço físico para atendimento do Articulador de
Aprendizagem, as escolas deverão disponibilizar:
I. 01 (uma) sala, se possui apenas estudantes de anos iniciais;
II. 01 (uma) sala, se possui apenas estudantes de anos finais e/ou Ensino Médio;
III. 02 (duas) salas, se possui estudantes de anos iniciais, anos finais e/ou Ensino Médio.
Para estudantes do Ensino Fundamental - Anos Finais e Ensino Médio, serão ofertadas
semanalmente em cada grupo: 02 (duas) horas de atividades em Língua Portuguesa e 02 (duas)
horas de atividades em matemática, totalizando 04h semanais.
Para os estudantes dos anos iniciais, serão desenvolvidas 01 (uma) hora de atividades
em Língua Portuguesa e 01 (uma) hora de atividades em matemática, totalizando 2h horas
semanais para cada grupo.
Caso a unidade escolar não disponha de espaço físico para o atendimento no Laboratório
de Aprendizagem, propomos que realizem as atividades pedagógicas com os estudantes de
forma online no contraturno, ou atendimento presencial, utilizando os horários após o término
das aulas regulares, como exemplo:
Matutino - das 11h às 12h; Vespertino - das 17h às 18h.
35
O que é?
A partir de 2022, a língua inglesa passará a ser ofertada também nos anos iniciais do
ensino fundamental (1º ao 5º). Além disso, os estudantes e professores da rede pública de ensino
do estado de Mato Grosso terão à sua disposição uma série de materiais didáticos, paradidáticos
e pedagógicos da Pearson English, que vão contribuir para um aprendizado efetivo, resultando
em aulas proveitosas e estimulantes de inglês no ensino fundamental e ensino médio.
diferentes finalidades, as leituras podem ser usadas de forma complementar para auxiliar no
aprendizado da língua inglesa, bem como da nossa própria língua materna, o português. Na
leitura extensiva, os estudantes leem por diversão, sem o foco no vocabulário desconhecido ou
na estrutura gramatical das frases e parágrafos. Quanto mais histórias forem lidas, melhor para
a fluência geral da leitura no segundo idioma, no caso, a língua inglesa.
Já na leitura intensiva, é hora de prestar atenção nos detalhes, concentrar-se nas palavras
desconhecidas e na estrutura do texto. Além disso, é nesse momento que entram as tarefas
complementares para ajudar na compreensão, na interpretação de texto e no desenvolvimento
das habilidades de linguagem, principalmente da leitura. É possível, inclusive, pensar em
projetos de leitura conjuntos de língua portuguesa, inglesa e espanhola
Professores: Visando a compreensão das possibilidades metodológicas de uso do
material didático, paradidático e da plataforma digital, os professores da língua inglesa terão
acesso à formação continuada para compreensão das possibilidades metodológicas de uso dos
materiais de inglês. Vale destacar que a metodologia de ensino será definida pelos professores,
os quais terão autonomia para trabalhar com os estudantes de forma individual ou coletiva.
É um programa de
atividades lúdicas para
estimulação da consciência
fonológica nomeado como PercepSom. Com o programa PercepSom, os estudantes terão a
oportunidade de conhecer uma série de atividades lúdicas, com jogos e brincadeiras, para
estimular a consciência fonológica. No material do estudante são abordadas as habilidades de
rima, aliteração, consciência de palavras, de sílabas, e consciência fonêmica. A consciência
fonológica não é um método de alfabetização, e sim um “facilitador” da aprendizagem da leitura
e da escrita, sendo importante antes, durante e depois da Alfabetização.
O que é?
ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. A proposta pedagógica deste projeto
consiste em potencializar o processo ensino-aprendizagem para proporcionar conscientização
financeira e, ao mesmo tempo, contribuir com a construção do conhecimento matemático e com
o exercício da cidadania.
O projeto será conduzido através da Coleção “Aprendendo a Lidar com Dinheiro”, que
tem uma sequência didática estruturada e está vinculada à área de conhecimento da Matemática.
Assim como no ano letivo de 2021, em 2022 o Projeto fornecerá formação para os
professores de Matemática através de um conteúdo orientador e metodológico para
compreensão, planejamento e execução do projeto nas escolas.
3
Para orientação e organização do Ensino Médio, na rede pública de ensino de Mato Grosso foi elaborado, e já
homologado, o Documento de Referência Curricular – DRC/MT, etapa Ensino Médio, disponível para consulta
em: https://sites.google.com/view/novo-ensino-medio-mt/vers%C3%A3o-preliminar-drc-mt-em.
43
A ampliação da carga horária nas unidades escolares que ofertam Ensino Médio para as
turmas de 1º ano significa que os estudantes terão o acréscimo de 1h/aula na sua carga horária
}
de estudos por dia. Já na organização curricular, além das 13 disciplinas – Formação Geral
Básica/FGB - que já fazem parte do currículo do Ensino Médio, os estudantes terão a
oportunidade de cursar o Itinerário Formativo, com os componentes curriculares Eletivas,
Projeto de Vida e Trilhas de Aprofundamento.
44
Figura 2 – Estrutura da Organização Curricular para o Novo Ensino Médio, SEDUC-MT, 2021.
escolas adotarão a chamada Matriz de Transição para a maioria das escolas da rede. Assim, a
organização curricular na parte do Itinerário Formativo para o 1º ano do Ensino Médio terá os
componentes de Projeto de Vida e Eletivas, conforme detalhamento na Figura Matriz de
Transição nas Escolas de Tempo Parcial.
Figura 5: Distribuição da Carga Horária das Aulas Semanais das Eletivas, SEDUC, 2021.
46
O professor atribuído em Eletivas, no ano letivo de 2022, terá como material didático
para as vivências pedagógicas com os estudantes as Eletivas elaboradas pela Coordenadoria do
Ensino Médio, contemplando as 4 áreas do conhecimento.
Figura 6: Eletivas que serão desenvolvidas pelas escolas em 2022, SEDUC-MT, 2021.
curricular a proposta do Novo Ensino Médio, como podemos verificar nas figuras 5 e 6 que
apresentam a Arquitetura Curricular.4
4
As escolas-piloto vivenciam, desde 2019, a flexibilização curricular para a implementação do Novo Ensino
Médio. Já as Escolas de Tempo Integral, instituídas na rede pública do estado de Mato Grosso pela Portaria nº
1.145/2016/MEC, no ano de 2017, sendo, atualmente, 38 escolas estaduais da rede (26 escolas que atendem o
Ensino Médio e o Ensino Fundamental, 05 ofertam exclusivamente o Ensino Fundamental e 07 ofertam
exclusivamente o Ensino Médio). A organização curricular do modelo pedagógico dessas escolas já contempla os
componentes de Eletivas e Projeto de Vida, o que possibilita e referência no estado a implementação do Novo
Ensino Médio, já no ano letivo de 2022.
48
oferta da Trilha de Aprofundamento em EPT. 5 Assim, a matriz para essas unidades escolares
está arquitetada para oferta de cursos técnicos profissionalizantes, conforme Figura 7 e 8,
considerando os turnos diurno e noturno. Sendo, no mínimo, dois (2) cursos profissionalizantes
por unidade escolar, para proporcionar aos estudantes a possibilidade de escolha, de acordo
com a demanda de atendimento da instituição, em parceria com a Seduc/MT.
Figura 7: Arquitetura Curricular para as Escolas de Tempo Parcial com Educação Profissional
Tecnológica – Turno Diurno, SEDUC/MT, 2021.
Figura 8: Arquitetura Curricular para as Escolas de Tempo Parcial com Educação Profissional
Tecnológica – Turno Noturno, SEDUC/MT, 2021.
5
A escolha das escolas que ofertarão a Trilha de Aprofundamento em Educação Profissional Tecnológica foi
definida por critérios como o histórico pedagógico da unidade que já ofertou o Ensino Médio Profissionalizante
e as possibilidades de parceria com instituições que atuam nos municípios em que estão localizadas as unidades
escolares.
49
Figura 10: Ações da Coordenadoria para Implementação do Novo Ensino Médio no estado de Mato
Grosso em 2021, SEDUC-MT, 2022.
50
Vale lembrar que em 2022, para a maioria das escolas da rede, haverá o Itinerário
Formativo, o Projeto de Vida e as Eletivas. Como podemos observar na Figura 4, Matriz de
Transição nas Escolas de Tempo Parcial, o referido material de apoio contempla a proposição
das eletivas que serão desenvolvidas pelos professores atribuídos em 2022. A partir de 2023, as
escolas poderão organizar suas propostas de Eletivas.
O curso “Conhecendo o Novo Ensino Médio” está disponível para a Turma 1, na
plataforma COS/Seduc, no link: http://ead.seduc.mt.gov.br/login/index.php.
Para o ano letivo de 2022, a abertura da turma 2 está prevista para o mês de fevereiro.
Em ação conjunta de trabalho com DREs, as ações da Coordenadoria de Ensino Médio,
previstas para o ano de 2022, envolvendo todas as escolas que ofertam Ensino Médio,
Figura 11: Macro ações da Coordenadoria de Ensino Médio em parceria com as DREs,
SEDUC/MT, 2022
51
Concurso de Redação,
No âmbito da Coordenadoria
de Educação de jovens e Adultos
(COEJA) se desenvolve a
coordenação da oferta da EJA
Urbana, da EJA para os espaços de
privação de liberdade, Educação para
o Sistema Socioeducativo, Programa
de Alfabetização Mais MT
MUXIRUM e a Educação para
Imigrante.
unidade escolar que ofertar a EJA deve elaborar o seu Projeto Político Pedagógico em
conformidade com o art. 13 da Resolução Normativa n° 003/2019- CEE/MT.
Pela organização e oferta dos Cursos de EJA, Ensino Fundamental e Ensino Médio, na
forma da Carga Horária Etapa-Proficiência, o estudante tem a obrigação e o compromisso de
cumprir as horas estabelecidas legalmente para o respectivo curso, de acordo com a carga
horária prevista na Matriz Curricular – sem relação direta com dias letivos. Com efeito, garante-
se a flexibilidade no atendimento, de maneira que o estudante cursa e conclui o Componente
ou Componentes curriculares que lhe são necessários, independentemente do Ano Letivo.
Essa oferta mensura a carga horária cursada, ou seja, a situação Retenção por falta não
se aplica, pois, a perspectiva desse formato de atendimento é garantir o nível de proficiência
dos estudantes.
Os lançamentos escolares dos estudantes privados de liberdade deverão ser feitos com
o máximo de rigor e atualizados periodicamente, pois os estudos conferirão ao estudante o
direito à remição de pena, ou seja, o direito de abreviar parte do tempo de execução de sua pena,
conforme o art. 126 da Lei N° 7.210/1984 (Lei de Execução Penal).
Sobre as matrículas
A solicitação das matrículas das pessoas privadas de liberdade deverá ser feita pela
Unidade Prisional em que a pessoa privada de liberdade se encontra custodiada. A Unidade
Prisional deverá preencher a ficha de matrícula com informações pessoais e de escolaridade do
estudante e encaminhar para a Unidade Escolar responsável pela oferta da EJA.
No caso de documentação incompleta, a matrícula não poderá ser negada, entretanto a
expedição de Histórico Escolar e Certificado está condicionada à entrega dos documentos
pessoais.
Matrícula
O CASE deve encaminhar à secretaria da unidade escolar responsável pela sala anexa –
utilizando-se dos meios eletrônicos, a ficha própria individual do adolescente, para que o
57
1) Em uma delas a unidade escolar poderia organizar seus horários de forma unificada,
tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio da EJA, cujo cumprimento com
os estudantes em sala de aula seria de 20h semanais, e as horas adicionais seriam previstas para
que o professor estivesse à disposição do estudante para orientação, plantão tira-dúvidas ou
atividades orientadas, tendo em vista o aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem.
2) A outra opção seria a unidade escolar manter as aulas presenciais no modo como havia
disposto em 2021 e organizar as horas adicionais, a fim de atender os estudantes através de
atividades pedagógicas em outros espaços e tempos que não a sala de aula – sempre com
orientação docente.
Em um cenário ou outro, a unidade escolar poderá desenvolver essa flexibilização,
amparada na previsão do Art. 17 da Resolução Normativa n° 003/2019 – que estabelece uma
Carga Horária mínima de 50% para a mediação presencial dos conhecimentos, conteúdos e
experiências significativas; e 50% para execução de atividades pedagógicas em outros espaços
e tempos– sempre sob a orientação docente. Importante frisar que os registros de ambas as
formas deverão ser caracterizados na Agenda do Estudante e se destinam ao controle,
acompanhamento e avaliação do seu desempenho.
Em suma, valendo-se do dispositivo anterior, as horas adicionais - ou parte delas -
poderão ser cumpridas em outros espaços pedagógicos da unidade escolar e possibilitam:
agendar plantões tira-dúvidas, aplicar e corrigir atividades extracurriculares, estruturar oficinas
e eventos voltados às temáticas relacionadas às habilidades dos componentes curriculares e/ou
áreas de conhecimento e antecipar o atendimento individual e/ou coletivo de estudantes que
estão com a Carga Horária Cursada-CHC em proximidade com a Carga Horária Prevista-CHP
59
disposta na matriz curricular. Entretanto, cabe salientar que a unidade escolar que optar pela
flexibilização deverá assegurar essa previsão na proposta pedagógica, ou seja, ela deverá
constar no Projeto Político Pedagógico (PPP).
quilombolas etc. – são trabalhadores e vivenciam os diversos espaços da vida social, do que
decorre a necessidade do desenvolvimento da consciência da singular importância dos seus
protagonismos para o processo econômico-social. Assim, o programa tem um currículo
contextualizado que se desenvolve por atividades e procedimentos teórico-metodológicos que
valorizam a realidade dos jovens e adultos e suas experiências de vida6.
Instituído pela SEDUC/MT em 2017, o programa tornou-se política de Estado através do
Decreto Nº. 1.107, de 15 de setembro de 2021 e vem sendo desenvolvido em parceria com os
municípios, igrejas, sindicatos, clubes de serviços e outras organizações da sociedade mato-
grossense. Para participar do Programa Mais MT MUXIRUM, o Município deve assinar o
Termo de Adesão.
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Este tópico não se aplica à oferta de EJA no Sistema Penitenciário e de Educação Básica para adolescentes e
Jovens no Sistema Socioeducativo, pois cada uma dessas ofertas possui matrizes específicas.
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9 SUPERINTENDÊNCIA DE DIVERSIDADES
EDUCAÇÃO ESPECIAL
A educação é um
direito humano
inalienável, irrenunciável e
inviolável. Ela não apenas
se caracteriza como um
direito da pessoa, mas
fundamentalmente é seu
elemento constitutivo,
cabendo ao Governo do
Estado de Mato Grosso,
por meio da Secretaria de
Estado de Educação, a
fomentação de práticas
pedagógicas que garantam
o acesso, a permanência, o
desenvolvimento e o
sucesso escolar.
Nessa perspectiva,
propõe-se uma educação
baseada em direitos
humanos, em que os
princípios de igualdade de
oportunidade e valorização
da diferença são
combinados para que todos
os estudantes possam estar
incluídos no sistema educacional, aprendendo e participando, sem qualquer tipo de
discriminação.
Para tanto, o direito de acesso à escola deve estar garantido, inclusive com consideração
às diferenças e singularidades dos alunos no processo de desenvolvimento e escolarização.
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escolarização dos alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com
altas habilidades ou superdotação.
Assim sendo, a SEDUC/MT apresenta o orientativo da Educação Especial,
posicionando-se sobre a oferta dos serviços dessa modalidade, com o compromisso de subsidiar
as escolas da rede estadual na edificação de um sistema público de ensino inclusivo.
II- Alunos com transtornos globais de desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de
alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo;
III- Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado
e grande envolvimento com as áreas de conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
III - Produzir, bem como orientar a produção de materiais, tais como textos transcritos,
materiais didático-pedagógicos adequados, textos ampliados, gravados, como também poderá
indicar a utilização de softwares e outros recursos tecnológicos disponíveis (MEC/SEESP,
2010);
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VII - Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação
e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, os recursos
ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de
orientação e mobilidade (MEC/SEESP, 2009);
VIII - Estabelecer canal de diálogo permanente com os professores da sala de aula comum,
visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das
estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares;
XII - Articular, juntamente com a Equipe Gestora, ações sincronizadas com a Saúde,
Assistência Social, Esporte, Cultura e demais segmentos, sem perder o foco do AEE, na medida
em que a participação de outros atores amplia o caráter interdisciplinar do serviço.
b) Fazer registro de todas as intervenções pedagógicas realizadas com os alunos, isto facilitará
a elaboração do portfólio no sistema SIGEDUCA;
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XIV - Colaborar, juntamente com os outros profissionais da unidade escolar, para que as
demandas da Educação Especial sejam incorporadas ao PPP da escola.
XVII - Efetivar a interlocução (visita in lócus) com os professores do Ensino Regular em que
o aluno esteja incluído, conforme cronograma de atendimento, numa periodicidade, no mínimo
quinzenal.
XVIII - Realizar avaliação diagnóstica inicial e final, descrevendo o processo mediante o qual
o estudante constrói seus conhecimentos, habilidades, atitudes, valores, analisando a inter-
relação biopsicossocial com o contexto escolar e familiar.
Nas unidades escolares que têm alunos surdos inclusos nas turmas regulares poderá ser
garantido o intérprete de libras, comprovada a necessidade do estudante, analisada pela
Coordenadoria de Educação Especial e desde que tenha disponibilidade deste profissional no
município.
O profissional Intérprete é aquele que tem a fluência na Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) e na Língua Portuguesa, capaz de fazer interpretação simultânea e consecutiva da
LIBRAS para a Língua Portuguesa ou vice-versa.
As unidades educacionais comuns que tenham alunos surdos matriculados terão direito
a profissionais Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a Instrutores
ou Professores Surdos.
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XIV - Realizar todas as atividades de sua responsabilidade dentro da ética que a profissão exige;
XV - Interagir com os alunos em sala de aula, sem interferir na autonomia do professor regente;
XVI - Traduzir e interpretar comportando-se sem preconceito de origem, raça, credo religioso,
idade, sexo ou orientação sexual ou gênero, de forma imparcial e fiel ao conteúdo.
Nas unidades escolares que têm alunos surdos inclusos nas turmas regulares, poderá ser
garantido o apoio do profissional instrutor surdo ou professor surdo, comprovada a demanda,
analisada pela Coordenadoria de Educação Especial e a disponibilidade deste profissional no
município.
II - Contribuir com o professor da Sala Recursos Multifuncional e com os professores das salas
comuns nos momentos de planejamento;
III - Contribuir para a inclusão dos alunos com surdez na rede regular de ensino;
a) com jornada de 30h, sendo 20 horas com alunos e 10 horas atividade na referida unidade
escolar, se professor efetivo, prioritariamente.
b) com jornada de 20h, sendo 14 horas com alunos e 06 horas atividade na referida unidade
escolar, se professor com contrato temporário.
b) Registros de todas as intervenções pedagógicas realizadas com os alunos, pois isto facilitará
a elaboração do portfólio;
I - Estar apto para trabalhar com a diversidade humana e diferentes vivências culturais,
identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a
escola, definindo e implantando estratégias de flexibilização e adaptação curriculares.
Para as unidades escolares que atendem alunos com deficiência com graves transtornos
neuro-motores (crianças que em decorrência da deficiência apresentem mobilidade reduzida ao
ponto de comprometer sua autonomia de ir ao banheiro e se alimentar, sendo, portanto,
dependente de apoio externo) e alunos com autismo (comprovada a necessidade) inclusos nas
turmas regulares, será garantido 01 (um) Cuidador, de modo a auxiliar na promoção da
autonomia ao aluno.
A disponibilidade ou contratação de Cuidador, com regime de trabalho de 30 (trinta)
horas semanais, apenas se justifica quando comprovada a necessidade através de laudo médico
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a) Desempenhar atividades de ensino dos conteúdos escolares, sendo esta uma atividade
exclusiva do professor regente;
b) Ministrar medicamentos de espécie nenhuma.
I - Alunos com ou sem deficiência que apresentam crises convulsivas, mas não apresentem
necessidades ligadas à higiene, locomoção e alimentação;
V - Alunos com deficiência física que não apresentam dependências na locomoção, alimentação
e cuidados pessoais;
II - Atuar junto ao aluno auxiliando-o nas atividades de vida autônoma (refeições, higienização,
locomoção, troca de vestuário, entre outros), visando a autonomia desses, atendendo à várias
turmas quando houver demanda;
75
da inclusão escolar das pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, com foco no atendimento e apoio pedagógico aos professores e
alunos e orientação às famílias, bem como garantir suporte técnico e pedagógico aos sistemas
de ensino. O CASIES está à disposição das escolas para orientações, sugestões, informações e
suporte para incluir o público-alvo da Educação Especial na escola comum.
Nos casos em que a escola necessite de mais de uma função de professor AEE para
atribuição em Sala de Recursos Multifuncional, a solicitação se dará também a partir de
processo via e-mail, sustentado nas justificativas, consoante orientações abaixo:
- Deficiências do aluno;
- Cronograma de atendimento: contendo o nome completo dos estudantes e ano em que está
matriculado na sala regular;
- CI de solicitação;
- Laudo médico.
A escola poderá enviar em um único processo (via e-mail) com a identificação de todos os
alunos matriculados que necessitam desse atendimento.
- Laudo/avaliação.
Em caso de:
Solicitação - SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
E-mail- recursos.multifuncionais@educacao.mt.gov.br
E- mail- educacao.especial@educacao.mt.gov.br
Darcy Ribeiro
bem como garantir, dentro do processo educacional, o respeito e a valorização dos sujeitos que
frequentam as Modalidades Especializadas.
A Modalidade Educação Escolar Indígena é normatizada pela Resolução N° 04/2019 -
CEE/MT, fundamentada nos princípios da igualdade social, da diferença, da especificidade, do
bilinguismo, do multilinguísmo e da interculturalidade. Ela é caracterizada pela afirmação das
identidades étnicas, pela recuperação das memórias históricas, pela valorização das línguas e
conhecimentos dos povos indígenas.
A atividade docente na Escola Indígena deve ser exercida prioritariamente por
professores indígenas, de preferência bilíngues, oriundos das respectivas etnias. A Escola
Indígena deve considerar a participação efetiva da comunidade na definição da forma, da
organização e da gestão de sua proposta pedagógica, das diferentes etapas e modalidades da
Educação Básica, levando em consideração:
I. as estruturas sociais de cada povo;
V. a construção e adequação da estrutura física das escolas, de maneira a atender aos interesses
das comunidades indígenas;
Calendário Escolar
É importante ressaltar que as escolas indígenas gozam de prerrogativas especiais na
organização de suas atividades escolares com calendários próprios, independentes do ano civil,
que respeitem as atividades econômicas, sociais, culturais e religiosas de cada comunidade e a
especificidade étnico-cultural de cada povo. Conforme a Resolução N° 04/2019 CEE/MT e a
Resolução N° 05/2012 CEB/CNE, entende-se que essas atividades poderão ser consideradas
letivas e de caráter presencial quando incluídas no PPP, e também inseridas no sistema
SigEduca, módulo GPE - calendário.
Avaliação
As avaliações devem considerar, além dos conhecimentos escolares, os saberes e
conhecimentos tradicionais, processos próprios de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação
busca valorizar as habilidades cognitivas, socioculturais e socioemocionais, tais como a
oralidade, as habilidades práticas, os valores culturais e de sustentabilidade, bem como o
envolvimento e o desempenho qualitativo nos diferentes ambientes educativos.
A unidade escolar deve prever em seu Regimento e no PPP os critérios utilizados na
avaliação, dando conhecimento à comunidade. Os Espaços e Tempos Pedagógicos devem ser
potencializados através da cultura do povo para que favoreçam a aprendizagem dos estudantes.
Diversificar as atividades pedagógicas requer mudanças nas práticas tradicionais de ensino e
muitas vezes reorganização dos espaços e horários. A Coordenação Pedagógica precisa ser o
agente articulador das ações e práticas desenvolvidas nos espaços da escola. Os Conselhos de
Classe são momentos para suscitar decisões a respeito do processo de ensino-aprendizagem;
estabelecer as necessidades e as propostas de intervenção pedagógica, com ações capazes de
garantir a proficiência do estudante.
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A língua indígena neste componente curricular deverá ser a língua de instrução oral do
currículo. Chama-se de “língua de instrução” a língua utilizada na sala de aula para introduzir
conceitos, dar esclarecimentos e explicações. A língua indígena será, nesse caso, a língua
através da qual os docentes e os estudantes discutem os componentes curriculares. Esse tipo de
procedimento permite que os estudantes que têm pouco domínio do português possam aprender
melhor e mais rapidamente os novos conhecimentos (BRASIL, 1998).
Em 2022, inicia-se a Década Internacional das Línguas Indígenas (IDIL 2022-2032),
proclamada pela Unesco. A escola estadual indígena deverá promover através da hora-atividade
dos profissionais da educação discussões acerca da situação do ensino de língua materna.
Nestes encontros, a escola poderá elencar ações necessárias para melhoria do ensino e
aprendizagem da língua indígena, e que podem ser colocadas em prática no componente
curricular.
III - Elaborar intervenções pedagógicas a partir dos resultados das avaliações e fluxo escolar;
Agropec 4.0
O objetivo do projeto é implementar e implantar 15 Escolas Estaduais do Campo
Agropec 4.0, uma por polo de Diretoria Regional Educacional e fortalecer as atividades
econômicas predominantes de cada região que corresponda às escolas do campo.
Nucleação
O processo de nucleação escolar, ou criação de escolas-polo, consiste num
reordenamento de turmas em salas anexas dispersas e o redirecionamento dos estudantes e
professores para escolas maiores do próprio meio rural em outras comunidades, através da
adoção do método unisseriado de organização das turmas.
Os objetivos do projeto consistem em oferecer condições mais propícias a uma prática
pedagógica, na qual favoreça o intercâmbio, as interações de experiências e os conhecimentos
dos estudantes, bem como a garantia do acesso e a permanência deles em turmas
unisseriadas/anos.
Laboratório de Aprendizagem
O Laboratório de Aprendizagem, implantado nas Unidades Escolares da Rede Estadual
de ensino, visa contribuir com o avanço no processo de aprendizagem do estudante,
assegurando às crianças e adolescentes a oportunidade de efetivarem seus estudos com êxito.
Assim, é parte integrante da comunidade escolar, não sendo caracterizado como uma
“sala de reforço”, mas um espaço para alcançar significativas transformações na ação
pedagógica e no efetivo aprendizado do estudante. Constitui-se em um local singular que
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proporciona aos estudantes distintas possibilidades para desenvolver atividades que envolvam
o processo de alfabetização.
Todos os anos é publicada a portaria para a efetivação do Laboratório de Aprendizagem
no Diário Oficial, pontuando os documentos e os processos necessários para que a escola tenha
o Laboratório e o Articulador de Aprendizagem nas escolas do campo e quilombola.
Contato: educampo@educacao.mt.gov.br
E-mail: educampo@educacao.mt.gov.br
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10 REFERÊNCIAS