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UEMATSU eau ee SOYA Rel ey y a! () DISCURSO NAS UT aCe LG TPL T tay AOR) OM CLUS CeO CL A Loe U0 (Oss VU Ase Rogério Modesto | Romulo Osthues 4 Todos os direitos desta edicado reservados a Pontes Editores Ltda. Proibida a reproducao total ou parcial em qualquer midia, sem a autorizagao escrita da Editora. Os infratores estdo sujeitos as penas da lei A Editora nao se responsabiliza pelas opinides emitidas nesta publicacao. Dados Internacionais de Catalogacéo na Publicagao (CIP) ‘Adorno, Guilherme./ Modesto, Rogério,/ Ferraca, Mirielly,/ Benayon, Flavio/ Anjos, Lilane/ Osthues, Romulo (Orgs) © discurso nas fronteiras do social: uma homenagem a Suzy Lagazzi - volume 1/ Guilherme Adorno, Rogério Modesto Mirielly Ferraca/ Flavio Benayon/ Liliane Anjos/ Romulo Osthues (Orgs) - Campinas, SP: Pontes Editores, 2019 Bibliografia ISBN: 978-85-217-0203-0 1. Anilise do discurso - Suzy Lagazzi 2. Estudos sobre linguagem 3, Linguistica. Titulo indices para catalogo sistemitico: 1L Anilise do discurso - 410 2, Estudos sobre linguagem - 410 4, Linguistica - 410 Sumario Um pouco de Suzy em nés... Apresentacaio Parte 1 Asecretaria: um obstaculo ao exercicio dos Direitos Humanos? Cotidiano e burocracia Puccinelli Orlandi - Unicamp ‘acdes sobre o funcionamento do juridico da Rocha Benayon - Unicamp lismo ¢ o desafio de dizer diferente e Leda Gallo - Unisul o-autor nos laudos de comprovacaio ‘icacdes ou uma coreografia discurso nas fronteiras abordagem discursiva Alcala - Unicamp denacao de manifestantes nos protestos de 2013: 21 39 63 85 5 133 Parte 2 Na delicadeza e poténcia da pratica tedrica e analitica de Suzy Lagazzi: um recorte 145 Claudia Castellanos Pfeiffer - Unicamp Um decalque da cena prototipica: corpo, panela e nariz de palhago (re)tragados na memoria 159 Romulo Santana Osthues - Unicamp Um (per)curso en(tre)lagado entre diferentes materialidades significantes 185 Emanuel Angelo Nascimento - Unicamp Na anilise de discurso os discursos em anilise: indo além do mais além 209 Luciana Ledo Brasil - Unicamp Parte 3 O olh(o)ar (d)a imagem-quadro: o semblante (de) Marielle — 227 Renata Marcelle Lara - UEM Por um meétodo de anilise de obras artisticas: uma proposta na perspectiva discursiva a partir do RSI 253 Luiz Carlos Martins de Souza - UFAM O desafio de dizer eu 293 Carolina Padilha Fedatto - PUC-Minas Sobre os organizadores 315 Sobre os autores 317 7 & Of oe Da evidéncia do espaco a evidéncia da Nore percepcao sensivel: uma abordagem discur: Carolina Rodriguez-Alcala 1. Apresentacio Diversos sao os objetos abordados por Suzy, com rigor, | sensibilidade e — sua invejavel capacidade de sintese me evoca esta imagem — “precisdo ciruirgica’, no percurso por ela trilhado na Anilise do Discurso (AD). Um dos aspectos que me toca particularmente no conjunto de sua reflexdo é sua abordagem do politico, sua insisténcia em compreendé-lo a partir da con- tradigao, do equivoco, sem fazer concessées as falsas simetrias, as dicotomias estabilizadoras caracteristicas da logica da inver- so estratégica de que fala Michel P€cheux (1990) em sua cri- tica aos discursos revolucionarios contemporaneos. Do desafio cotidiano de dizer no aos modos artisticos de formulagéo das diferentes materialidades significantes imbricadas no discurso filmico, passando pelos processos de identificag&o subjetivos ‘fa cidade no confronto com suas fronteiras, Suzy nos faz ver em todas suas elaboracées tedricas e suas andlises que, con- as estratégias imobilizadoras que ela menciona, o exercicio poder, por ser afetado pelo simbélico, traz necessariamente 133 Q DISCURSO. NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZI VOLUME | consigo, sempre, a possibilidade de deslocamentos, de trans- formacées, de resisténcia. Esse €é, em meu entender, o ponto crucial que esta na base da prépria constituigéo da AD, aqui- lo que suscitou o interesse de um intelectual marxista como Pécheux pelo funcionamento da lingua — matéria simbodli- ca — para compreender o politico e construir uma ciéncia da historia, evitando, desse modo, certas derivas mecanicistas do marxismo. Neste texto que escrevo para homenagear a colega e ami- ga querida, optei por compartilhar algumas breves reflexdes sobre um objeto em que nossos interesses se cruzaram, a sa- ber, a abordagem discursiva do espago, as quais me levaram a explorar o dispositivo tedrico da AD nessa tentativa de contri- buir para uma compreensao histérica e materialista do espaco de vida, objetivo da area saber urbano e linguagem. 2. A nogao de espaco no dispositivo tedrico-conceitual da AD Abordar a realidade humana a partir de uma perspectiva historica significa, fundamentalmente, questionar toda expli- cacao teolégica ou natural de sua constituigao. E a isso que, em nossa leitura, se refere Pecheux em seu texto O discurso: estru- tura ou acontecimento (1990), quando discute a necessidade de superar © paradigma da escolastica e do (neo)positivismo para construir uma ciéncia da histéria (Rodriguez, 1998). Tomar Deus ou a Natureza como principios explicativos da ordem humana so as duas estratégias por exceléncia, nao necessariamente excludentes, para desviar o olhar da histdria. Isto é, para des- conhecer que a realidade (desigualdade) social nao responde a designios divinos ou a leis naturais inexoraveis, independentes 34 ODISCURSO NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZ1 VOLUME | e fora do alcance e da responsabilidade dos sujeitos, mas a de- cis6es politicas, nao conscientes, inscritas em condi¢des histo- ricas particulares (Rodriguez, 1998). E contra o (neo)positivismo, enquanto forma atual predominante de apagamento do politico, que a AD se institui, participando assim de um gesto de desnaturalizagao da ordem do humano, pelo reconhecimento do papel ativo que o simbélico tem em sua constituigao. E esse o ponto que une as obras fundadoras da trilogia Marx/Freud/Saussure e que direcionouareleitura desses autores realizada, respectivamente, por Althusser, Lacan e Pécheux. Podemos dizer, trocando em mitdos, que, dessa perspectiva, os sujeitos nao sao um reflexo direto de sua realidade natural (a biologia), a linguagem nao é um cédigo transparente que permite “etiquetar” as coisas do mundo e 0 mundo, enquanto espago de vida humano, nao se confunde com o espaco fisico, de objetos naturais, pré-so- ciais e pré-histéricos, para retomar as expressdes de Pécheux ([1975] 1988, p. 132), aos quais as palavras fariam referéncia (Rodriguez-Alcala, 2005; 2013b). E esse gesto que leva Pécheux a desenvolver, na teoria que propée, as duas evidéncias fundamentais enunciadas por Althusser, a saber, a evidéncia do sujeito, como causa de si, e a evidéncia da linguagem, da transparéncia dos sentidos, que apagam o fato, como sintetiza Eni Orlandi, de que sujeitos e sentidos resultam de um mesmo processo simbélico e politi- co que se opera na histéria. Podemos visualizar esse gesto no grafico a seguir, que retomamos, com algumas retificacdes, de Rodriguez-Alcala (2011, p. 245): 35 © DISCURSO NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZI VOLUME | ORDEM DA NATUREZA | ORDEM D0 HUMANS augte || toogom | y[ ein indvidws betsico |! cadgo wansparente |! | espace fico 4 as ue evidencia do sujeito: | ‘evidéncia da linguagem a Salts lswertes ¢ sentdos se constiuem num mesmo process simbélice e politico, que se opera na historia Figura 1 — Grafico Ordem da Natureza * Ordem do Humano' E nesse quadro que propomos uma terceira evidéncia, que chamamos de evidéncia do espaco (e que num primeiro mo- mento chamavamos de “evidéncia do mundo”) (Rodriguez- Alcala, 2011; 2018), para dar nome a essa ilusao subjetiva pela qual o espago de vida humano se apresenta como um ce- nario neutro, exterior e anterior a constituigdo dos sujeitos e dos sentidos. Se as ideologias, como diz Pécheux, retomando Althusser, nao sao “ideias’, mas “forgas materiais que consti- tuem os individuos em sujeitos” (Pécheux, [1975] 1988, p. 129), devemos concluir que elas constituem, no mesmo movimento histdrico, 0 espaco fisico em espago de vida humana (Rodriguez- Alcala, 2003; 2011; 2013). Isso nos leva a “completar” o grafico anterior conforme se observa a seguir: 1 Rodriguez-Alcalé (2011, p. 245). 136 O DISCURSO NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZI VOLUME | ‘ORDEM DA NATUREZA ‘ORDEM D0 HUMANO sujeito linguggem esegco individue biolégico |" | cédige transparente espace fisico evidence do sete | sujetos, sentidoseexpaco se consttuem num mesmo process smbticoe police, { { ‘que oe opera na hatoria Figura 2 — Grafico Ordem da Natureza = Ordem do Humano (formulacao da evidéncia do espaco)* 3. Os sujeitos, a percepcao sensivel e a memoria espaco-temporal Formular a evidéncia do espaco traduz, conceitualmente, uma questado que esta posta, mas nao diretamente enunciada enquanto tal no quadro da AD, que é a extensdo, ao espaco de vida humano, do mesmo gesto epistemolégico realizado em re- lagao aos sujeitos e a linguagem. Pécheux afirma que o “essencial da tese materialista é colo- car a independéncia do mundo exterior [...] em relagao ao sujeito e simultaneamente a dependéncia do sujeito com respeito ao mundo exterior” ([1975] 1988, p. 76). O que esta em jogo numa visdo discursiva materialista, portanto, 6 o mundo nao enquanto espaco fisico em si, independente do sujeito, mas enquanto es- pago apreendido e significado por ele, do qual ele é dependen- te. Isso nos conduz inexoravelmente 4 questao da percepcaéo 2 Modificagao referente a Rodriguez-Alcala (2011, p. 245). 137 (© DISCURSO. NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZ1 VOLUME! sensivel, a uma definicgdo do papel da linguagem na constituigéo histérica da relacao entre sujeito e objeto, entre a matéria sen- sivel do corpo (sua capacidade sensorial) e do espaco (a quali- dade dos objetos). J4 Marx, em seus Manuscritos Econémicos e Filos6ficos, como nos lembra Esteves (2011), dizia que “a forma- Gao dos cinco sentidos representa o trabalho de toda a historia do mundo até hoje". Sustentamos, nesse sentido, que a apreensao sensorial do espago, dos objetos que o sujeito vé, cheira, toca... nao deve ser entendida como um ato individual, resultado direto de estimulos neurofisiolégicos, pois essa apreensdo esta afetada (mediada) pelas significagdes anteriores atribuidas a esses objetos na histo- tia, sedimentadas numa memé6ria perceptiva e espago-temporal de natureza social e politica na qual o sujeito — seu corpo — se inscreve em condigées de producao especificas para perceber —e significar (Rodriguez-Alcala, 2013a; 2014; 2018). Essa é uma questao tangenciada por Pécheux desde suas primeiras refle- x6es, como lemos na critica que faz 4 fenomenologia em sua Andlise Automatica do Discurso (1969), a qual retornara em outras ocasides: Por oposicao a tese ‘fenomenoldgica que colocaria a apreensdo perceptiva do refe- rente, do outro e de si mesmo como con- digaéo pré-discursiva do discurso, supomos que a percepcao é sempre atravessada pelo ‘fa ouvido' e o {ja dito, através dos quais se 3 Esteves, em sua pesquisa sobre 0 imaginario da alimentacio no Brasil do século XIX a0 XX construido nas enciclopédias, propde abordar precisamente um dos sentidos, 0 paladar, o “gosto” que os ingredientes provocam no corpo, analisando criticanente ana~ turalizacao operada nos discursos sobre a alimentacio no periodo recortado pelo autor (Esteves, 2011; 2018). 1238 © DISCURSO NAS FRONTEIRAS DO SOCIAL - UMA HOMENAGEM A SUZY LAGAZZI VOLUME | constitui a substancia das formacées ima- ginarias enunciadas (Gadet; Hak, 1990, p. 85-86). E essa relagéo material entre sujeito e espaco, através de uma abordagem histérica, simbélica e politica, da percepcio sensivel, uma das questdes que temos buscado formular em Nossas pesquisas e que quisemos trazer aqui, como forma de ilustrar um dos caminhos possiveis de serem explorados na area saber urbano e linguagem. Ao trazer o espaco para refletir sobre a linguagem e a sociedade, as pesquisas nessa area reafirmam 0 papel da AD como cavalo de Tréia (Henry), como disciplina de entremeio (Orlandi) entre a linguistica, a filosofia e as ciéncias sociais. Referéncias ESTEVES, Phellipe Marcel. Rumo a uma Nogdo de Formacgao Cultural na AD. Anais do V SEAD. O Acontecimento do Discurso. Filiagdes e Rupturas, 2011 s/p. Disponivel em: . Acesso em: 20 de maio de 2019. . Discurso sobre alimentacdo nas enciclopédias no Brasil: Império e Primeira Reptblica. Rio de Janeiro: EDUFF, 2018. HENRY, Paul. Os Fundamentos Te6ricos da “Analise Automatica do Discurso” de Michel Pécheux (1969). 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Discurso e Cidade: A Linguagem e a Construgdo da “Evidéncia do Mundo” In: RODRIGUES, Eduardo Alves; SANTOS, Gabriel Leopoldino dos; CASTELLO BRANCO, Luiza Katia (orgs.), Andlise de Discurso: pensando o impensado sempre. Uma homenagem a Eni Orlandi. Campinas: RG, 2011b, p. 243-258. . Em torno de “Observagées sobre uma Teoria Geral das Ideologias’, de Thomas Herbert. Estudos da Linguagem, 1, Vitéria da Conquista, 2005, p. 15-21. . Entre o Espaco e seus Habitantes. Notas sobre a Construgao de um Glossario Discursivo da Cidade. In: ORLANDI, Eni Puccinelli (org.). Para uma Enciclopédia Discursiva da Cidade. Campinas: Nudecri-UNICAMP/Pontes/CNPq, 2003, p. 65-83. RODRIGUEZ, Carolina. Sentido, Interpretagdo e Histéria. In: ORLANDI, Eni Puccinelli (org.). A Leitura e os Leitores. Campinas: Pontes, 1998, p. 47-58. THIBAUD, Jean-Paul. Lhorizon des ambiances urbaines. Communications, n. 73, 2002, p. 185-201. 142

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