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JOGOS COMO CONTRIBUIÇÃO NA APRENDIZAGEM DAS

QUATRO OPERAÇÕES MATEMÁTICAS NO ENSINO


FUNDAMENTAL
Marcílio Farias da Silva
Mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutorando em
Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Alcione Aparecida Martins da Silva


Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – Fatea

Rosilaine Cristina de Oliveira


Graduada em Pedagogia pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – Fatea

RESUMO :

O presente artigo relata as experiências obtidas por meio do projeto jogos matemáticos para minimizar as
dificuldades de aprendizagem nesta disciplina e de como os jogos podem contribuir na superação destas
dificuldades na vivência de atividades extraclasse, buscando propiciar aos alunos uma visão da
Matemática ligada ao cotidiano. Partindo da observação realizada no 5° ano do Ensino Fundamental I de
uma escola municipal no interior do Estado de são Paulo, percebemos as dificuldades de alguns alunos na
compreensão das quatro operações, a qual é requisito fundamental esperado de alunos nestes anos da
Educação Básica. A utilização de jogos como estratégia de ensino aprendizagem é um recurso pedagógico
que tem apresentado bons resultados, pois cria situações que permitem ao aluno desenvolver métodos de
resolução de problemas, estimulando a sua criatividade e participação.

PALAVRAS CHAVE : Jogos, Matemática , Ensino Fundamental

ABSTRACT:

This article reports on the experiences gained through mathematical games design to
minimize the difficulties of learning this discipline and how games can help to
overcome these difficulties in the experience of extracurricular activities, attempting to
provide students with a view of mathematics connected to everyday life. Starting from
the observation made in the 5th year of elementary school Go a public school in the
state of São Paulo, we realize the difficulties of some students in the understanding of
the four operations, which is a fundamental requirement expected of students in these
years of basic education. The use of games as learning teaching strategy is an
educational resource that has shown good results as it creates situations that allow
students to develop methods of problem solving, stimulating their creativity and
participation.

1 . INTRODUÇÃO:

Este tema origina-se a partir do problema observado durante o processo de ensino-


aprendizagem em uma escola de Ensino Fundamental I onde observou-se uma série de
fatores que interferem na aprendizagem, de maneira direta e indireta como: processo
educacional, a escola e seu contexto, o professor, a família e o educando e suas relações

O Projeto reforço de matemática através dos jogos surge como eficaz possibilidade
para contribuir na melhoria destes fatores, buscando conhecer as possíveis utilização de
jogos como recurso didático para o ensino e aprendizagem desta disciplina, favorecendo
a pesquisa de jogos matemáticos que permitam a exploração dos conteúdos elencados
como necessários à construção de competências e habilidades afeitos ao 5° ano do
Ensino Fundamenta I.Este trabalho visa à melhoria do raciocínio lógico matemático das
crianças, tornando o aprendizado mais prazeroso por meio de atividades lúdicas
Em relação à utilização dos jogos como recurso pedagógico, os Parâmetros
Curriculares Nacionais considera que o aspecto relevante dos jogos é o desafio genuíno
que eles provocam nos alunos. Destaca, também, que cabe ao professor analisar, avaliar
a potencialidade educativa e o aspecto curricular que se deseja desenvolver na utilização
dos jogos.

A aprendizagem por meio de jogos permite que o educando adquira conhecimentos


matemáticos na vivência de processos alternativos aos padrões tradicionais,
incorporando características lúdicas que potencializam a discussão de idéias. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, p.15) defende que “há urgência em
reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias compatíveis com a
formação que hoje a sociedade reclama”

Busca-se, na verdade, primeiramente, a análise de como o meio sócio-educacional


em que o aluno está inserido pode afetar seu rendimento em sala de aula, dificultando
sua aprendizagem .Buscou-se refletir sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula
com a postura de implementá-las em atividades que auxiliam os alunos em suas
dificuldades em matemática.

Os jogos matemáticos desenvolvem o raciocínio lógico das crianças e suas


habilidades; levam-nas a conceberem a matemática como uma disciplina prazerosa e
proporcionam a criação de vínculos positivos na relação do professor com o aluno e dos
alunos entre si. Com os jogos matemáticos, os alunos podem encontrar equilíbrio entre
o real e o imaginário e ampliarem seus conhecimentos e o raciocínio lógico-matemático.
Os jogos, quando idealmente planejados, tornam - se um recurso pedagógico
eficaz para a construção do conhecimento matemático,devem ser usados como
instrumentos facilitadores da aprendizagem, colaborando para trabalhar os bloqueios
que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.
Quanto a isso, Borin J. (1998) afirma que a introdução de jogos nas aulas de matemática
possibilita diminuir bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a matemática
e sentem- se incapacitados par aprendê-las

A pesquisa da qual trata este artigo propôs-se a diagnosticar se a utilização de


jogos matemáticos no Ensino Fundamental I,favorece ao processo de ensino
aprendizagem.
2. REVISÃO DA LITERATURA :

2.1 A EDUCAÇAÕ MATEMÁTICA

A matemática está presente na vida da maioria das pessoas de maneira direta ou


indireta. Em quase todos os momentos do cotidiano, exercita-se os conhecimentos
matemáticos. Apesar de ser utilizada praticamente em todas as áreas do conhecimento,
nem sempre é fácil mostrar aos alunos, aplicações que despertem seu interesse ou que
possam motivá-los por meio de problemas contextualizados. De acordo com as
Diretrizes para o Ensino da Matemática (MEC, 2006), um dos desafios do ensino da
matemática é a abordagem de conteúdos para resolução de problemas.

A matemática enquanto ciência busca desenvolver os saberes científicos e cognitivos


construindo o raciocínio lógico e o pensamento crítico. Desta forma, cada conteúdo tem
ligação direta com os aspectos cotidianos buscando a emancipação de raciocínio e o
estímulo pelo conhecimento.

Souza (2001) ainda afirma que a Matemática é parte substancial de todo o


patrimônio cognitivo da humanidade e está presente em nossa vida de todas as formas e
em todos os momentos .É importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e
indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação
do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a
problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares (BRASIL, 1997, p.29).

Daí a grande importância de seu ensino em nossas escolas, pois, se o currículo


escolar deve levar a uma boa formação humanística, então o ensino de Matemática é
indispensável para que essa formação seja completa.

Conforme os PCNs (1997), a Matemática tem o intuito de formar cidadãos, ou seja,


preparar para o mundo do trabalho, ter uma relação com as outras pessoas que vivem no
seu meio social. A educação matemática deve atender aos objetivos do Ensino
Fundamental explicitados nos Parâmetros Curriculares Nacionais: utilizar a linguagem
matemática como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias e saber utilizar
diferentes recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

A Matemática contribui para que os alunos sejam pessoas de mais conhecimentos em


diversos ramos, para a solução dos mais variados tipos de problemas, estas idéias estão
relacionadas com as de Skovsmose (2004, p. 83), que diz: “as estruturas matemáticas
vêm ter um papel social tão fundamental quanto o das estruturas ideológicas na
organização da realidade”.
O conhecimento matemático é fruto de um processo de que fazem parte a
imaginação, os contra-exemplos, as conjecturas, as críticas, os erros e os acertos. Mas
ele é apresentado de forma descontextualizada, atemporal e geral, porque é preocupação
do matemático comunicar resultados e não o processo pelo qual os produziu. Para tanto,
o ensino de Matemática prestará sua contribuição à medida que forem exploradas
metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a justificativa, a
argumentação, o espírito crítico, e favoreçam a criatividade, o trabalho coletivo, a
iniciativa pessoal e a autonomia advinda do desenvolvimento da confiança na própria
capacidade de conhecer e enfrentar desafios. ( PCNs(1997)

A Matemática contribui para desenvolver e exercitar o raciocínio lógico, sendo


indispensável para toda a vida profissional dos alunos, proporcionando-lhes
desenvolvimento”. (LOPES, 2006, p. 8).

2.1.2 O ENSINO DAS QUATRO OPERAÇÕES :

As quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão, são consideradas a


base da matemática. O aprendizado das operações Matemáticas nas séries iniciais é a
base para a aprendizagem posterior . Os alunos estão chegando às séries mais avançadas
com grandes dificuldades em realizar operações simples.

Nota-se que os alunos possuem dificuldades nos processos aritméticos (adição,


subtração, multiplicação, divisão ) qual é requisito fundamental esperado de alunos
nestes anos da Educação Básica. Os PCNs ressaltam problemas oriundos do ensino
tradicional, procedimentos mecânicos e falta de significado, a valorização da
memorização sem compreensão. Dentro desta perspectiva tem-se a transmissão de
informação, o aluno aprende a reproduzir através da memorização e essa reprodução é a
garantia de que aprendeu.

De acordo com os PCNs (1997) o 1º ciclo das series iniciais tem por característica a
primeira aproximação do aluno com as operações, dos números, das medidas, formas e
espaços, simplesmente pelo estabelecimento de vínculos com os conhecimentos com que ele
chega à escola. O papel do professor é fazer com ele adquira confiança em sua própria
capacidade para aprender matemática e explorar um bom repertório que lhe permita avançar na
sua formação de conceitos

Conforme os PCNs, podemos concluir que as situações problemáticas cumprem um


importante papel no sentido de propiciar as oportunidades para as crianças das series iniciais,
interagirem com os diferentes significados das operações, levando-as a reconhecer que um
mesmo problema pode ser resolvido por diferentes operações, assim como uma mesma
operação pode estar associada a diferentes problemas. O objetivo principal das series iniciais no
trabalho com o cálculo consiste em fazer com que os alunos construam e selecionem
procedimentos adequados à situações problemas apresentadas, aos números e às
operações nela envolvidos e, para isso é necessário que sejam estimulados as
habilidades de compreensão dos diferentes tipos de problemas
Para tanto é necessário sempre levar em conta as experiências e atividades diárias
das crianças, buscando a contextualização do conteúdo a ser ensinado.“Operar
matematicamente é realizar uma transformação reversível. Reversibilidade é a
capacidade de ir e vir do pensamento, ou seja, partir de uma ação realizada e ser capaz
de refazer os passos de volta ao início, desfazendo a ação.” Ramos (2009, p.62)

Ramos (2009) ainda explica com precisão a passagem utilizada pelas crianças na
transformação de situações de contagem para o cálculo das operações: quando uma
criança considera a quantidade que já tem e com base nisso acrescenta a nova
quantidade para encontrar o resultado, está adicionando, ou seja, realizando uma
operação Matemática; quando faz o processo inverso, retirando uma quantidade da que
já tem, sem contar quanto sobrou, ela está subtraindo.

"A matemática é uma linguagem numérica que foi criada para nos auxiliar em
questões que envolvem aspectos quantitativos. Achar soluções numéricas para questões
é algo que não precisa ser visto ou sentido como problema". (RAMOS, Luzia Faraco,
2009, pág 63).

Como os conteúdos de Matemática no ensino fundamental estão baseados


principalmente nas quatro operações fundamentais aritméticas, fica nítido perceber que
a deficiência na assimilação deste conteúdo por parte dos alunos é a principal causa dos
maus rendimentos deles em Matemática. Sendo, portanto, necessárias novas propostas
de melhoria do ensino das operações.

2.2 O JOGO NA APREDIZAGEM MATEMÁTICA

O jogo é considerado uma atividade necessária para que se desenvolva a


aprendizagem. Segundo Piaget (1971), os jogos são essenciais na vida da criança sendo
a atividade lúdica o berço das suas atividades intelectuais, indispensável por isso, à
prática educativa. Os jogos educativos, sobretudo aqueles com fins pedagógicos,
revelam a sua importância em situações de ensino-aprendizagem ao facilitar a
construção do conhecimento, introduzindo propriedades do lúdico, do prazer, da
capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora, possibilitando o acesso da criança a
vários tipos de conhecimentos e habilidades. Para tal, o jogo deve propiciar diversão,
prazer e até mesmo desprazer, quando escolhido voluntariamente, ensinando algo que
complete o indivíduo no seu saber, nos seus conhecimentos e na sua percepção do
mundo.

O jogo favorece ao desenvolvimento da linguagem, criatividade e o raciocínio


dedutivo. Vários pesquisadores da área de Educação Matemática têm desenvolvido
estudos sobre as potencialidades do jogo no processo ensino aprendizagem da
Matemática e argumentam sobre a importância deste recurso metodológico em sala de
aula. Este parece justificar-se ao introduzir uma linguagem matemática que pouco a
pouco será incorporada aos conceitos matemáticos formais, ao desenvolver a
capacidade de lidar com informações e ao criar significados culturais para os conceitos
matemáticos e o estudo de novos conteúdos. Segundo Kamii e Joseph (1992) os jogos
podem ser usados na Educação Matemática por estimular e desenvolver a habilidade da
criança pensar de forma independente, contribuindo para o seu processo de construção
de conhecimento lógico matemático.

Um dos motivos para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a


possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a
matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la (Souza, 2006).
Conforme os PCNs(1997), a Matemática tem o intuito de formar cidadãos, ou seja,
preparar para o mundo do trabalho, ter uma relação com as outras pessoas que vivem no
seu meio social. A educação matemática deve atender aos objetivos do Ensino
Fundamental explicitados nos Parâmetros Curriculares Nacionais: utilizar a linguagem
matemática como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias e saber utilizar
diferentes recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos As atividades
com jogos, segundo os PCN (Brasil, 1998) representam um importante recurso
metodológico em sala de aula, pois é uma forma interessante de propor problemas
devido a ser atrativo para o aluno e também por favorecer a criatividade na elaboração
de estratégias durante o jogo.
Quando pensamos no ensino com a utilização de jogos precisamos ter ciência de que é
fundamental que a atividade que envolve o jogo não se resuma simplesmente ao ato de
jogar. Pelo contrário, a exploração do jogo deve desencadear o tratamento de diferentes
idéias matemáticas que permitam ao aluno fazer questionamentos, buscando estratégias
diferentes, analisando procedimentos e desenvolvendo habilidades e comportamentos
no aluno.
Ao observar-se o comportamento de uma criança em situações de brincadeiras e/ou
jogo, percebe-se o quanto ela desenvolve sua capacidade de fazer perguntas, buscar
diferentes soluções, repensar situações avaliar atitudes, encontrar e reestruturar novas
relações, ou seja, resolver problemas. (GRANDO, 2000, p. 19)

Ainda é possível resolver o problema ou vencer o jogo, se forem mudadas as regras


Gandro, R.C (2000) ressalta que o jogo propicia o desenvolvimento de estratégias de
resolução de problemas na medida em que possibilita a investigação, ou seja, a
exploração do conceito através da estrutura matemática subjacente ao jogo e que pode
ser vivenciada, pelo aluno, quando ele joga, elaborando estratégias e testando-as a fim
de vencer o jogo.
A utilização dos jogos ajuda, ainda, na concentração, na perseverança e na
socialização dos alunos.Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de
atitudes, a enfrentar desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica,
da intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado
não é satisfatório, necessários para utilizar a linguagem matemática como meio para
produzir, expressar e comunicar suas idéias e saber utilizar diferentes recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.
“Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de atitudes − enfrentar
desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição, da
criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não é
satisfatório − necessárias para aprendizagem da Matemática.” Parâmetros Curriculares
Nacionais, Matemática. [Brasil, pg. 47]
Os Jogos Matemáticos podem ser classificados como: jogos quebra Os Jogos Matemáticos
podem ser classificados como: jogos quebra-cabeças, jogos combinatórios, jogos abstratos,
jogos aritméticos e por jogos geométricos. Cada um tem uma função específica e pode ser
aproveitado para vários conteúdos da Matemática. LOPES (2008 p. 62) coloca que “A
utilização desta metodologia permite ao aluno a construção de noções e conceitos
matemáticos como ferramentas para resolver problemas.

METODOLOGIA :

O trabalho foi desenvolvido com alunos 5° ano do ensino fundamental I, em uma


Escola do município no interior do Estado de SP. Desta Escola foi utilizado a sala onde
acontece as aulas de reforço. Nesta se encontra a mesa da Professora , as carteiras
agrupadas, quadro branco ,ventiladores. . A turma foi dividida em dois grupos, e
enquanto um estava na sala de reforço, o outro estava na sala com a professora. O
conteúdo matemático por trás deste jogo consiste nas quatro operações. O jogo utilizado
como ferramenta na pesquisa foi o da ASMD ( + )( - )(×)(÷). O procedimento
realizado com os grupos foi explicar as regras, objetivos , observando o comportamento
dos alunos frente ao jogo. Após a exploração do jogo, foi entregue o questionário .
As dificuldades foram crescendo à medida que dados foram lançados e eles teriam
que mentalmente fazer as operações até chegar ao resultado proposto . Este jogo
possibilita aos alunos fazer mentalmente as diversas operações envolvendo: adição,
subtração, multiplicação e divisão. As maiores dificuldades encontradas pelos sujeitosa
foram em desenvolver operações com multiplicação e divisão. Como estas tinham um
pouco de dificuldades de começarem a resolver tais operações, procuramos trabalhar
contas que pra elas eram de fácil compreensão pelo fato delas já trabalharem bastante
com adição e subtração. As crianças se esforçaram ao efetuarem as operações, Além dos
vários recursos positivos obtidos com a aplicação do jogo como: motivação, interação.
Pudemos concordar com os Parâmetros Curriculares Nacionais, quando afirmam que os
mesmos desempenham uma proposta o qual os alunos aprendem brincando, mesmo
precisando respeitar algumas regras predeterminadas.

OBJETIVOS DO JOGO (ASMD)


Em geral, os jogos matemáticos têm como finalidade fazer com que a criança
construa novos conhecimentos na área e que, por meio do lúdico, ela modifique
algumas concepções sobre a disciplina, de que é complexa e impossível de aprender e o
que é pior, pensar que a Matemática não pode ser encontrada nem utilizada no
cotidiano.
Sendo assim, no presente jogo, listamos alguns objetivos, com os quais sujeitos da
pesquisa ao jogarem podem alcançar: Incentivar o cálculo mental e o raciocínio lógico;
Resolver cálculos matemáticos a partir das quatro operações; Resolver situações-
problema;

COMPOSÇÃO DO JOGO :
O jogo é formado por um tabuleiro de cartolina ou madeira , 1 garrafa pet de 250 ml,5
tampinhas de cores diferentes e 3 dados.

REGRAS DO JOGO:
Posicionar as tampinhas que até cinco jogadores possam fazer parte do jogo. Uma
tampinha para cada jogador .O primeiro participante deve pegar a garrafinha que
contem os 3 dados e sortear ,com esses 3 números sorteados , ele deve tentar fazer
uma operação matemática com esses 3 resultados para que de 1. Ele pode conseguir
ou não , se não conseguir , passa a vez para o próximo jogador. Exemplo :Se os
resultados sorteados forem 5 , 1 e 4 Então ele pode fazer (5 - 4 =1) e ( 1. 1=1), então
ele já pode iniciar a partida . Ele utilizou uma multiplicação e uma subtração. Então é a
vez do segundo jogador.Vence o jogo quem chegar primeiro na casa10. E esse sai do
jogo e a competição continua com os outros jogadores.

Contribuições que o jogo trouxe para os alunos com relação ao ensino aprendizagem
das quatro operações: - Desenvolvimento do raciocínio lógico-dedutivo - Interação do
aluno com o professor e com os colegas - Motivação para aprendizagem - Possíveis
dificuldades encontradas pelos educandos .

O instrumento de coleta de dados neste trabalho foi : O Questionário geral que é


composto por perguntas relacionadas aos dados dos participantes, da utilização do jogo,
da avaliação do jogo e de sua relação com as quatro operações

A População de estudo constitui de 12 alunos do 5° ano do Ensino Fundamental I


da própria instituição, sendo os alunos do reforço isto é indicado pela Professora, com
idade entre 9 e11 anos.

Figura 1 - O Jogo da ASMD


Figura 2 - Aplicação do Jogo

A pesquisa foi realizada em três etapas, como mostra o cronograma (Tabela 1) a seguir

Cronograma da Pesquisa de Campo

04/05/215 Apresentação da Escola

06/05/2015 Início do Projeto, Pesquisa Bibliográfica

10/09/2015 Aplicação do Jogo e do Questionário

Figura 3 – Cronograma da Pesquisa de Campo

A primeira etapa iniciou-se com a apresentação da escola junto com a Diretora a


Coordenadora Pedagógica Ensino Fundamental I, a professora do 5º ano e as pesquisadoras
para explicar a finalidade do Projeto.
Na segunda etapa foi realizado o início do Projeto e pesquisa bibliográfica para a
elaboração do referencial teórico.
A terceira etapa aconteceu na sala de reforço , com aplicação do jogo educativo
(ASMD). O jogo foi construído em material reciclável, contendo regras e objetivos e a
aplicação do questionário geral. O questionário foi preenchido com o auxílio das
pesquisadoras, fazendo o acompanhamento dos alunos quando necessário.
Figura 4 - Aplicação do Questionário

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO :
Realizamos uma análise quantitativa, pois quantifica opiniões e dados nas formas
de coleta de informações não empregando dados estatísticos como centro do processo de
análise, como o comportamento dos alunos da pesquisa e do resultado dos
procedimentos executados para avaliar o desempenho do Jogo educativo como
ferramenta de auxílio nas aulas de Matemática. Os resultados da pesquisa serão
descritos a seguir.

Você já brincou com Jogos Matemáticos

9
10

8 Sim
6 Não
3
4

0
Alunos

Figura 5 Análise das respostas da questão 1 do Questionário geral

Analisando a questão 1 ( figura 5 ) do questionário geral , podemos verificar que a


maioria dos sujeitos da Pesquisa já conhecem ou já brincaram com Jogos matemáticos.
Sendo assim, segundo Fonseca (1997) e Dante (2003), os objetivos matemáticos podem
ser explorados com a utilização de jogos, tornando o aluno participativo, as aulas mais
dinâmicas e motivadoras, próximas da realidade deles, auxiliando o processo de ensino-
aprendizagem.

O que você achou do Jogo


Matemático ADMS
7
7
òtimo
6
5 4 Bom
4 Ruim
3
2 1
1
0
Alunos

Figura 6 – Análise das respostas da questão 2 do Questionário geral

Analisando a questão 2 ( figura 6 ) do questionário geral , podemos verificar que os

sujeitos da pesquisa gostaram muito da experiência com o Jogo da ADMS,mesmo

tendo dificuldades com algumas operações.

O que foi mais fácil de fazer no


Jogo ADMS
5
Subtração
5 4
4 Adição
3 2
Divisão
2 1
1 Multiplicação
0
Alunos

Figura 7- Análise das respostas da questão 3 do Questionário geral


Analisando a questão 3 (Figura 7) do questionário geral, percebemos que os
sujeitos da pesquisa encontram mais facilidade em efetuar as operações de subtração e
adição.E encontraram dificuldade na divisão e mais na multiplicação.

Qual conta foi mais difícil fazer no


Jogo
4
Contas Grandes
4
3 Divisão
3
2 Multiplicação
2
1 1 1 Subtração
1 Adição

0 Tudo
Alunos

Figura 8 - Análise das respostas da questão 4 do Questionário geral

Analisando a questão 4 (Figura 8) do questionário geral, podemos verificar, em


relação às quatro operações, que os sujeitos da pesquisa preferem as operações de
adição e subtração justificando serem menos complicada de fazer.E que encontram
mais dificuldades nas contas grandes que envolvem a divisão e a multiplicação.

Você gostaria de utilizar Jogos na aula


de Matemática

10%

Sim
Não

90%

Figura 9 - Análise das respostas da questão 5 do Questionário geral


Analisando a questão 5 do questionário geral (Figura 9) do questionário geral
podemos verificar que a maioria dos sujeitos da pesquisa gostaria de utilizar jogos nas
aulas de matemática.

Opinião dos alunos sobre o Jogo

Reprovado
20%

Aprovado
Aprovado
Reprovado
80%

Figura 10 - Análise das respostas da questão 6 do Questionário geral

Analisando a questão 6 do questionário geral (Figura 10) podemos concluir que o


Jogo da ADMS foi aprovado pela maioria do sujeitos da Pesquisa.

5- CONCLUSÃO :

Durante a realização deste trabalho que uniu pesquisa bibliográfica e experimental,


foi possível constatar a grande aceitação que os jogos têm junto aos alunos do 5° ano do
Ensino Fundamental I e também a credibilidade perante os docentes, que acreditam que
os mesmos podem contribuir para a melhoria da aprendizagem de seus alunos. Os
mesmos podem contribuir para a melhoria da aprendizagem de seus alunos. Os objetivos
propostos foram alcançados na medida que os alunos mostraram-se interessados e
Participativos ,questionando sobre a atividade.

A utilização dos jogos no ensino da Matemática contribui e, muitas vezes, facilita a


aprendizagem do aluno, uma vez que potencializam habilidades, tais como analisar,
levantar hipóteses. Consideramos que a nossa proposta é de incentivar , facilitar o ensino
da Matemática, colaborar para que os alunos gostem da Matemática,contribuir para uma
melhor interação entre os alunos.

Os alunos puderam desenvolver pensamento reflexivo e aprimorar a sua


capacidade conforme realizavam a atividade em conjunto com os colegas e de uma
maneira diferente da tradicional.
A partir do momento em que o jogo matemático foi aplicado notou-se que os
alunos passaram a desenvolver sua capacidade, não só de resolver problemas, mas de
também encontrar várias maneiras de resolvê-los. E que mesmo o aluno sendo
derrotado no jogo o mesmo estabelece seus limites de conhecimento e raciocínio, e
avalia como e o que trabalhar, e desenvolve novas estratégias para não ter novas
derrotas. Na pesquisa realizada verificou-se que os jogos contribuíram no ensino das
quatro operações como instrumentos motivadores, num processo onde operações foram
efetuadas diretamente, além de atuarem como facilitadores como propõe Grando (2004),
também contribuíram no desenvolvimento da linguagem, criatividade e raciocínio
dedutivo, exigidos na escolha de uma jogada e na argumentação necessária durante a
troca de informação assim como corrobora Borin (2004).
A importância de trazer algo novo, diferente, para o aluno pensar, raciocinar, chegar ao seu
próprio conhecimento, é fundamental no processo ensino aprendizagem para os alunos que
estão se iniciando na vida escolar.

Conclui-se que os jogos matemáticos são produtivos aos professores e aos alunos, ou
seja, facilitam na aprendizagem dos conteúdos matemáticos com ou sem estruturas de
difícil assimilação, faz com que os alunos desenvolvem a capacidade de pensar, refletir,
compreender tais conceitos com maior precisão.

REFERÊNCIAS :

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série) – Matemática . Volume: 3
Secretaria de Educação. Educação Fundamental Brasília: MEC/SEF ,1997.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação.


Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Básica da Disciplina de Matemática. Secretaria da Educação, 2008.
BEZERRA, Maria da Conceição Alves. As quatro operações básicas: uma compreensão dos
procedimentos algorítmicos. 2008. 138 f. Dissertação (Pós Graduação em Ensino de Ciências
Naturais e Matemática) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, 2008

BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de


matemática. 3.ed.São Paulo:IME /USP,1998.

D'AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à prática.


Campinas, São Paulo: Papirus CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do
ensino da Matemática. São Paulo: Cortez, 1990.

FONSECA, Solange. Metodologia de Ensino: Matemática. Belo Horizonte, MG: Ed


Lê: Fundação Helena Antipoff, 1997 GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no
contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.
GRANDO, R. C. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo:
Paulus, 2004.

MEDEIROS, Cleide Farias de. Por uma Educação Matemática como intersubjetividade.
In: BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. (Org.) Educação Matemática. São Paulo:
Editora Moraes, [198-].

MOURA, P.C; VIAMONTE, A.J. Jogos matemáticos como recursos didáticos.


Universidade Portucalense. Acesso em:
http://www.apm.pt/files/_CO_Moura_Viamonte_4a4de07e84113.pdf

RAMOS, Luzia Faraco. Conversas sobre números, ações e operações: uma proposta
criativa para o ensino da Matemática nos primeiros anos. São Paulo: Editora Ática,
2009

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