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Principais Doencas Transmitidas Por Alimentos (DTA's)
Principais Doencas Transmitidas Por Alimentos (DTA's)
Transmitidas por
Alimentos (DTA`s )
Prof:ª
Daniele C. Raimundo
Doenças Transmitidas por
Alimentos (DTA):
Ácidos Biliares
• Microbiota intestinal
Infecção
• INVASIVA: mucosa intestinal; sistêmica;
sistema nervoso central; músculos; fígado
EMERGENTES
MICRORGANISMOS QUE NÃO ERAM RECONHECIDOS COMO
CAUSADORES DE TOXINFECÇÕES ALIMENTARES E QUE
ESTÃO SENDO COMPROVADOS COMO NOVOS AGENTES
ETIOLÓGICOS
REEMERGENTES
MICRORGANISMOS CLÁSSICOS QUE JÁ ESTAVAM
CONTROLADOS E QUE ESTÃO CAUSANDO NOVA INCIDÊNCIA
CLÍNICA, ALGUNS COM MAIOR SEVERIDADE
DTA´s
• Alimento ingerido- doença apresentada
• Varias vezes ao dia nos alimentamos
• Sempre doença aparecerá após alguma refeição
.
Identificação do alimento
• Base no Inquérito Epidemiológico
• Dificuldade no isolamento do agente
• Alimento não disponível
• Impossível caracterização do alimento suspeito
• Limitação da análise
laboratorial
DTA´s- Identificação de Surto
• Identificação de um Surto: Inquérito epidemiológico
• Indivíduos que consumiram e que não consumiram
alimento suspeito
• Apresentaram sintomatologia e não apresentaram
• Exames laboratoriais
• Amostras Clínicas
• Amostras Alimentos
• Todo individuo que ingeriu o alimento contaminado
apresentará sintoma?
• Período de Incubação -idade
• Gravidade - estado nutricional
• Duração - sensibilidade do Individuo
- qtd alimento ingerido
Ocorrência das
DTA´s
• Aumento de modo significativo: MUNDIAL.
• Crescente aumento das populações;
• Grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos;
• Processo de urbanização desordenado e a necessidade
de produção de alimentos em grande escala;
Ocorrência das DTA´s
• Alimentos pronto para o consumo
• Fast-foods
• Consumo de alimentos em vias públicas
• Facilidades atuais de deslocamento da população
Infecções
• Ingestão de micro-organismos patogênicos
• Denominados invasivos
• Capacidade de penetrar e invadir tecidos
• Originando quadro clínico característico como as infecções por
Salmonella spp, Shigella spp, Yersinia enterocolitica e
Campylobacter jejuni.
Toxinfecções
• Micro-organismos toxigênicos
• Quadro clínico por toxinas liberadas quando estes se
multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal.
• Toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da
mucosa do intestino.
• As infecções por Escherichia coli enterotoxigênica, Vibrio
cholerae, Vibrio parahaemolyticus, Clostridium perfringens e
Bacillus cereus (cepa diarreica) são exemplos clássicos.
• Normalmente, a diarreia nestes casos é intensa, sem sangue
ou leucócitos, febre discreta ou ausente, sendo comum a
desidratação
Intoxicações
• Ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa
proliferação do micro-organismo patogênico no alimento.
• Os mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não
estão bem esclarecidos.
• Observações em animais sugerem alterações na
permeabilidade vascular e inibição da absorção de água e
sódio levando às diarreias.
• Os vômitos associados a uma ação das toxinas sobre o sistema
nervoso central.
• Exemplos clássicos deste processo são as intoxicações
causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa
emética) e Clostridium botulinum.
Clostridium botulinum
• Agente
• Bacilo G+
• Formador de esporos
• Anaeróbio estrito
• Produção de Toxinas:A,B,C1,C2,D,E,F e G
• A,B,E,F: botulismo no homem
• Epidemiologia
• Distribuído na natureza
• Solo
• Ambiente aquático
Clostridium botulinum
• Botulismo
• Clássico: Intoxicação (neurotoxina) contida no
alimento
• Infantil: Ingestão dos esporos
• Lesões: multiplicação e produção toxinas no ferimento
Clostridium botulinum
Características das doença
• Origem alimentar:
• PI: 12-36 horas
• Início: Náuseas, vômitos e diarreia, constipação
• Fadiga e Fraqueza muscular
• Queda das pálpebras, visão dupla e resposta
alterada a luz
• Boca seca, dificuldade de deglutição
• Musculatura que controla a respiração
progressivamente paralisada- Morte 3-5 dias
Clostridium Botulinum
Formas de contaminação e alimentos
associados
• Elaboração inapropriada de alimentos
enlatados e pescados defumados,
fermentações não controladas.
• Alimentos associados: Conservas caseiras
pouco ácidas, pescados empacotados a
vácuo, ovos de pescado fermentados, peixes
e mamíferos marinhos.
Clostridium Botulinum
• Medidas de Controle
• Impedir a formação da neurotoxina
• Nitritos e Nitratos
• Conservadores Químicos
• Tratamento térmico adequado
• Tratamento térmico de 121°C por 3minutos é
suficiente para eliminação do esporo.
• Neurotoxinas termo lábeis (80º/ 30min)
• Processamento térmico apropriado de alimentos
enlatados; salga ou secagem; fermentação ou
acidificação;
Clostridium Perfringens
Agente
• Bacilo G+
• Termófilo
• Anaeróbio
• Esporulado
• Dose infectante 106 a 108 células/g de alimento
• Toxina Termo lábil- 60º-10min
• 5 tipos de cepas: A- E
Epidemiologia
• meio ambiente, no solo
• trato intestinal de pessoas saudáveis e animais (gado, porcos, aves e
peixes).
• Refeições para grandes qts de pessoas servidas muito tempo
depois de preparadas
Clostridium Perfringens
Características da Doença
• 5 cepas A-E / A: Intoxicação Clássica/C: Enterite Necrótica
• A: Dores abdominais agudas, acompanhada de diarreia;
• náusea é comum, mas vômitos e febre geralmente
estão ausentes.
• 8-12 hs após a ingestão
• Duração aprox. 24 horas; em idosos ou enfermos pode
durar até 2 semanas.
• Branda / raras mortes/ ocorrência muito comum
• C: enterite necrótica (dor abdominal aguda, diarreia
sanguinolenta, vômitos, choque e peritonite), com 40% de
letalidade.
Clostridium Perfringens
Mecanismo de Patogenicidade
• Formação da enterotoxina durante a esporulação do MO
• Pode ocorrer no alimento, incomum a intoxicação
• Ingestão de números elevados de cels viváveis nos alimentos-
Esporulação no intestino delgado e produção da toxina.
Tripsina
Ativa
enterotoxina
Surgimento de
poros-
Extravasamento
celular- Diarréia
Clostridium Perfringens
Formas de contaminação e alimentos associados
• Refrigeração deficiente, manipulação inadequada
• preparo de alimentos várias horas antes do consumo
• manutenção de alimentos em temperaturas elevadas
(incubação bacteriana), reaquecimento inadequado de
restos de comida.
• Alimentos associados: Carne cozida de bovino, de ave,
ou de suínos, caldos, molhos e sopas.
Clostridium Perfringens
Medidas de Controle
• Diminuição da resistência térmica dos esporos com o auxilio
da redução de Aw, pH, uso de conservantes; resfriamento;
• redução do tempo entre preparo e consumo;
• manipulação, cocção e estocagem adequados; limpeza e
sanitização.
Bacillus cereus
Agente
• Bastonete G+
• Mesófilo
• Aeróbio
• Esporulado
• Intensa atividade metabólica- difícil identificação
• Multiplicação entre 10º e 48ºC
• pH 4,9-9,3
Epidemiologia
• Solo
• Vegetais, cereais e grãos
• *Arroz
Bacillus cereus
Características da Doença
• CEPA DIARREICA
• PI: 8 a 16 horas
• Diarreia intensa, dores abdominais
• Náuseas e vômitos esporádicos
• Alimentos associados: vegetais crus e cozidos, produtos
cárneos, pescado, massas, leite, sorvete, pudim a base de
amido.
Bacillus cereus
Características da Doença
• CEPA EMÉTICA
• PI: 1-5 hs
• Náuseas e vômitos predominantemente
• cólicas e diarréia, ocasionalmente
• ausência de febre
• Alimentos associados: farináceos , contendo cereais,
principalmente arroz
• E. coli no alimento
• Enterobacteria
• TGI animais de sangue quente
• Linhagens patogênicas
Escherichia coli
• 5 Classes de linhagens patogênicas
• Patogenia da doença
• Internalização pelo enterócito
• multiplicação e invasão cél a cel
Escherichia coli
• ETEC- Enterotoxigênica
• Produtoras de enterotoxinas
• Diarreia aquosa
• Febre baixa
• Dores abdominais e náuseas
• PI: 8-44h (26h)
• Diarreia do viajante
• Autolimitada
• Países subdesenvolvidos
• Saneamento precário
• Todas as faixas etárias
• Patogenia da Doença
• Aderência a mucosa e produção de toxina
Escherichia coli
EHEC- Entero-hemorrágica
• Colite hemorrágica
• Dores abdominais severas
• Diarreia sanguinolenta aguda
• Grande qtd de sangue nas fezes
• Ausência de febre
• PI: 3-9 d
• Evolução: Síndrome Urêmica Hemolítica
• Produção de citotoxinas
• Reservatório: gado
• Patogenia da Doença
• Produção de verotoxinas (citotoxinas)
Escherichia coli
EAggEC-Enteroagregativa
• Diarréia aquosa persistente
• Casos crônicos de diarréia
• Principalmente em crianças, durante mais de 14 dias
• Patogenia da Doença
• Adesão mucosa intestinal
• Alinhamento em fileiras, tanto nos tecidos celulares,
quanto em lâminas
• Produção de enterotoxina
Salmonella SPP.
• G-
• Não formador de esporos
• Anaeróbios facultativo
• família Enterobacteriaceae.
• pH 7,0
• Tº 35-37ºC
• Há apenas duas espécies de Salmonellas
• S. entérica
• S. bongori
• divididas em oito grupos.
Salmonella
Doença
a) Febre tifoide (Salmonella typhi)
• Só acomete o homem;
• Transmitida por água e alimentos contaminados com material
fecal humano;
b) Febre entérica (Salmonella paratyphy)
• é semelhante à febre tifoide com sintomas mais brandos;
c) Enterocolites
• causada pelas demais salmonelas.
• Patogenicidade de doença
• Passagem pelo lúmen e penetração de células de
Salmonella no epitélio do ID
• Multiplicação e invasão –Resposta inflamatória.
Outras Salmonellas
• infecção gastrointestinal
• dores abdominais,
• diarreia,
• febre baixa e vômito,
• raros os casos fatais.
• Mas pode ser fatal em crianças, idosos ou
imunocomprometidos
• Sintomas aparecem em 12 a 36 horas, podem durar 72 horas.
• resolução em dois a três dias, não necessitando de tratamento
com antibióticos.
• Alimentos: carne bovina, aves, suíno e ovos crus.
•
Salmonella
Alimentos Envolvidos
• Carne bovina, suína, aves e seus produtos, produtos a base de
ovos crus, outros alimentos contaminados.
Medidas de Controle
• Higiene dos manipuladores;
• Evitar contaminação cruzada (entre equipamentos);
• conhecer a procedência do produto ;
• cozinhar os alimentos a temperaturas > 65°C;
• manter os alimentos refrigerados
Campylobacter spp.
• C. Jejuni
• C. Coli
• C. jejuni - maioria dos surtos
• seguido pelo C. coli
• Agente
• Bacilos curtos e espiralados G-
• microaerofilos
• Mesófilos á termófilos
• Epidemiologia
• aves domésticas, gado, suínos, ovinos, roedores
• água contaminada, leite e carne.
• Frangos são as maiores fontes
• preparações inadequadas ou consumo de produtos de
aves.
Campylobacter spp
• Características da doença
• semelhante a gripe
• dores abdominais, febre, e diarreia frequentemente, com
sangue.
• PI: 2 a 10 dias
• auto limitante
• Secreção do MO nas fezes várias semanas após os sintomas
terem cessado
• Mecanismos de Patogenicidade
• Multifatorial
• Adesão á mucosa
• Produção de enterotoxinas
Campylobacter spp
• Síndrome de Guillain-Barré, causando paralisia flácida.
• distúrbio auto-imune do sistema nervoso periférico
caracterizada por fraqueza, usualmente simétricos.
• processo ligado á resposta imune
• Levando reação cruzada com componentes do nervo
periférico
• Medidas de controle
• Evitar a contaminação cruzada
Vírus
• Parasitas intracelulares obrigatórios
• Multiplicação intracelular
• Poucas estatísticas
• Dose infectante geralmente é baixa
Rotavírus
• família Reoviridae
• Brasil : entre maio e setembro
• Crianças entre os 6 e 24 meses de idade
• principal causa de diarreia grave em crianças
• 600.000 mortes por ano em todo o mundo provocadas pelo
rotavírus
• um trilhão de partículas virais de rotavírus em 1 mililitro nas
fezes: dez partículas viáveis a dose necessária para infectar
uma pessoa, evidenciando a facilidade das epidemias
• Transmissão: água, alimentos, contato pessoa a pessoa,
objetos, provavelmente, por secreções respiratórias
• Até os cinco anos, todas as crianças terão pelo menos um episódio de
infecção
Norwalk- Norovirus
• família Caliviridae
• Gastroenterites semelhantes a Rotavírus
• diarréia líquida, vômitos, anorexia, dor abdominal e febre
• Curta duração- 12-18hs
• Adultos e crianças
• Água, vegetais crus e pescado
Fungos
• Toxinas são produzidas em armazenamento
• Condições tropicais
• Sintomas: crônico
• Principalmente grãos
• Sintomas inespecíficos e depois de longo tempo de ingestão.
Micotoxinas
• Turkey x disease
• 1960- Reino Unido
• Surto de mortes inexplicáveis em aves
• Ração de Amendoim importado da África e do Brasil
• Subst. fluorescente produzida pelo fungo Aspergillus flavus
• flavus toxin : AFLATOXINA
*aflatoxina B1 (AFB1) é considerada o agente natural mais carcinogênico que se conhece
Micotoxinas
• Efeito Crônico
• Normalmente Termoestáveis – Importância Prevenção
• OGM
• Colheita
• Estocagem
• Controle de Tº e Umidade
• Tempo de Estocagem
• Irradiação dos grãos
Micotoxinas
• Homem
• Consumo alimentos in natura e processados
• Carne , leite e ovos de animais alimentados com ração
contaminada
Micotoxinas
• Legislação Brasil
• Resolução RDC 274
(ANVISA)
• IN 13 (MAPA) : dispõe
que se houver algum
lote de mercadoria
devolvida por
importadores, ou por
resultado de inspeção
ou fiscalização, este
poderá ser liberado
para o consumo
humano ou animal se o
resultado da primeira
análise for igual ou
menor que o limite de
30 e 50 ng/kg
Micotoxinas
• *Penicilina é uma micotoxina
• *Cefalosporinas também