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“Como deve ser distribuída a riqueza para uma

sociedade ser justa?”

O problema filosófico que vamos abordar consiste em saber como deve ser
distribuída a riqueza para que uma sociedade seja justa. Com este trabalho
pretendemos apresentar uma objeção à teoria de J.Rawls.
Este é um assunto importante pois dá-nos as respostas sobre o que fazer
relativamente às desigualdades sociais e económicas.
Para Rawls, o problema da justiça social pode ser facilmente resolvido através
de uma distribuição equitativa das riquezas com o objetivo de minimizar as
desigualdades, favorecendo principalmente os mais necessitados. Para tal, ele usa
três diferentes princípios
Primeiramente, o princípio da igualdade de oportunidades que nos diz que o
estado é responsável, não só, por minimizar as desigualdades proporcionando
bolsas, apoios e subsídios aos mais desfavorecidos, mas também garantir que
todos tenham as mesmas oportunidades de acesso às várias posições e funções na
sociedade, independentemente da sua raça, do seu estado financeiro ou até mesmo
do seu género. Desde que estes possuam capacidades e competências idênticas.
Segundamente, o princípio da diferença favorece uma distribuição equitativa da
riqueza, ou seja, não é dar o mesmo a todos uma vez que umas pessoas têm mais
necessidades que outras. No entanto, se as desigualdades na distribuição da
riqueza acabarem por beneficiar todos, especialmente os mais desfavorecidos,
então justificam-se.
Por último, o princípio da liberdade sobrepõe-se aos outros dois princípios, pois
não há diferença nem oportunidade justa se não houver primeiro liberdade.
Segundo Rawls, este é um princípio fundamental, pois uma sociedade justa é
aquela que assegura aos seus membros direitos e liberdades básicas
fundamentais, por exemplo, o direito à liberdade de consciência, de expressão,
direito ao voto, direito à propriedade privada, etc. Este princípio diz não a tudo que é
discriminatório.
Já Robert Nozick,assinalado pelos traços do individualismo, diz que cada um tem
o que trabalha para ter,ou adquirir de forma legítima. Ou seja, a redistribuição da
riqueza viola os direitos individuais das pessoas e o estado não a deve fazer.
Para Robert Nozick, o respeito pelo último princípio da teoria de Rawls (princípio
da liberdade) invalida qualquer possibilidade da existência dos dois seguintes
(princípio da igualdade de oportunidades e princípio da diferença).Ou seja, defende
uma perspetiva liberalista, sendo que para ele os direitos individuais são soberanos,
fins em si mesmos, não podendo ser ultrapassados em nome da maximização de
qualquer benefício social.Para Rawls é aceite a redistribuição da riqueza de forma
equitativa, isto, segundo Nozick desrespeita o direito à propriedade invalidando
assim o princípio da liberdade que no momento em que o estado se apropria de
parte dos rendimentos do indivíduo sem o seu consentimento apropria-se também
de uma parte das suas horas de trabalho violando, dessa forma, a sua liberdade.
Para tal, defende que a intervenção do estado deve ser a mínima possível, ficando
este com funções muito limitadas, tais como:
- A manutenção da paz (Exército, Marinha, Força Aérea, Polícia, etc).
- A proteção da propriedade privada (Policía e outras forças de intervenção).
- O cumprimento de contratos (tribunais).
Nos casos de falta de oportunidade pode e deve-se apelar à generosidade dos
mais favorecidos, mas não é justo obrigá-los a socorrer os mais necessitados.
Segundo Nozick, se nos tirarem parte das nossas horas de trabalho, então
violam um direito fundamental ou absoluto. O estado tira-nos parte das nossas
horas de trabalho. Logo violam um direito fundamental ou absoluto.
Concluindo, nós concordamos com Nozick pois consideramos que o direito à
liberdade e o direito à propriedade são direitos absolutos e que em nenhuma
circunstância devem ser violados. O estado deve promover a justiça não interferindo
com a vida económica respeitando assim o direito de cada indivíduo de dispor do
que recebeu legitimamente.

Trabalho realizado por: j


- Lucas Mendonça, Nº12j
- Tomás Barros, Nº18 j jj
- Clara Costa, Professora

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