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CAPÍTULO 2 - Conversão, Dimensionamento e Associação de Reactores Químicos 2021-2
CAPÍTULO 2 - Conversão, Dimensionamento e Associação de Reactores Químicos 2021-2
Capítulo 2
CONVERSÃO, DIMENSIONAMENTO E
ASSOCIAÇÃO DE REACTORES QUÍMICOS.
Capitulo 2. Conversão, Dimensionamento e Associação de Reactores
2.1. Definição de Conversão
2.2. Conversão no Dimensionamento de Reactores
2.3. Dimensionamento de um Reactor
2.4. Comparação de um CSTR com um PFR/PBR
2.5. Reactores em Série
2.6. Reactores em Paralelo
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2.1. Definição de Conversão
A conversão é definida com base em um dos reagentes e é depois relacionada
com as demais espécies envolvidas na reacção.
Consideremos a reacção: a𝐀 + 𝐛𝐁 → 𝐜𝐂 + 𝐝𝐃
Tomemos o composto A como a base do cálculo, assim dividimos todos os
coeficientes estequiométricos pelo de A de modo que o de A seja igual a 1:
𝐛 𝐜 𝐝
𝐀+ 𝐁 → 𝐂+ 𝐃
𝐚 𝐚 𝐚
Ao estudar esta reacção, surgem questões como:
➢ Como quantificar até onde a reacção acima progrediu?
➢ Quantos moles de C são formados por cada mole de A consumido?
➢ Etc. 2
Definição de Conversão
Resposta mais conveniente: definir o parâmetro conversão.
𝐝𝐍𝐀
Assim, o balanço molar para o reagente A num reactor batch é: +𝐫𝐀 . 𝐕 = 𝐝𝐭
Equação de dimensionamento de
um reactor BATCH expressa em
termos de conversão (XA)
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Conversão no Dimensionamento de Reactores
2.2.2. Reactor CSTR
A equação geral do balanço molar sobre o volume reacional de um reactor CSTR é:
Entrada − Saída + Geração = Acumulação, (com Acumulação = 0)
Entrada − Saída + Geração = 0
Equação de dimensionamento
de um reactor CSTR expressa
em termos de conversão (XA)
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Conversão no Dimensionamento de Reactores
𝐕 𝐗𝐀
Então =
𝐂𝐀𝟎 .ʋ𝟎 −𝐫𝐀
𝐕 𝛕 𝐗𝐀 𝐂𝐀𝟎 .𝐗 𝐀 𝐂𝐀𝟎 −𝐂𝐀
Se = τ, então: = ⇒ 𝛕= =
ʋ𝟎 𝐂𝐀𝟎 −𝐫𝐀 −𝐫𝐀 −𝐫𝐀
Rearranjando: 𝐂𝐀𝟎
Ordenada na origem:
𝛕
𝟏
Declive: -
𝛕
Equação de dimensionamento de um
reactor CSTR na forma implícita
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Conversão no Dimensionamento de Reactores
Definições
Tempo espacial: tempo necessário para processar uma quantidade de fluído
correspondente ao volume do reactor com base nas
condições de entrada
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Conversão no Dimensionamento de Reactores
2.2.3. Plug Flow Reactor (PFR)/ Packed Bed Reactor (PBR)
A equação geral do balanço molar sobre um element de volume/massa
diferencial num PFR/PBR é:
Entrada − Saída + Geração = Acumulação, (com Acumulação = 0)
Entrada − Saída + Geração = 0
PFR: PBR:
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Conversão no Dimensionamento de Reactores
O fluxo molar do reagent A à jusante do reactor contínuo (FA ) é dado por FA = FA,0 1 − XA
Substituindo…..
PBR
τ XA dXA
(PFR) = X −r
CA0 A0 A
τ′ XA dXA
(PBR) = X −r′
CA0 A0 A
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2.3. Dimensionamento de um Reactor
Objectivo:
◼ Determinar o tempo/caudal requerido para se obter uma certa conversão num tanque
de um dado tamanho (definindo a máxima taxa de produção anual no tanque);
◼ Achar o tamanho do tanque necessário para se obter uma certa conversão a uma
específica taxa de produção.
Procedimento:
◼ Definir o sistema (para reacções na fase líquida reacção líquida; para reacções na
fase gasosa volume actual do reactor)
◼ Definir a conversão
◼ Construir uma tabela de compostos (estequiométrica) em termos de conversão
◼ Fazer o balanço molar
◼ Definir a velocidade da reacção em termos de conversão
◼ Resolver o problema
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Dimensionamento de um Reactor
Exemplo
A reacção na fase líquida: aA + bB → cC + dD está sendo processada num reactor
batch.
mol A −1.
A velocidade de consumo de A é dada por: −rA = k. CA 3
, com 𝑘 = 0.05𝑚𝑖𝑛
min. m
O reactor é originalmente cheio de uma solução contendo 0.1 molesA/litro e
excesso de B. Determine o tempo requerido para obter-se 95% de conversão de A,
se o volume do líquido fôr 1 m3.
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Dimensionamento de um Reactor
Resolução
1. Definir o sistema: Estado Líquido: sistema no qual a reacção tem lugar
2. Definir a conversão de A
3. Tabela estequiométrica
Composto Inicialmente, t=0 Formação Final, t=t
A NA0 −NA0 . X A NA0 1 − XA
B NB0 = θB . NA0 b b
− NA0 . X A NA0 θB − XA
a a
C 0 c c
NA0 . X A NA0 XA
a a
D 0 d d
N .X NA0 XA
a A0 A a
Inertes NI0 = θI . NA,0 0 θI. NA,0 13
Dimensionamento de um Reactor
Uma vez que esta é uma reacção em fase líquida num sistema altamente diluído,
o volume de reacção pode ser assumido como sendo constante (i.e. Vt=t = Vt=0).
Assim, a concentração de cada componente pode ser obtida em termos da
concentração inicial.
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Dimensionamento de um Reactor
4. Fazer o balanço molar
A equação geral de balanço molar para o reactor batch é:
15
Dimensionamento de um Reactor
dXA
Substituindo na equação de balanço molar: −rA . V = NA,0 .
dt
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Dimensionamento de um Reactor
6. Resolução do problema
A equação de velocidade em termos de conversão, deve ser substituída na equação do
dX
balanço molar: −rA . V = NA,0 . dtA
NA,0 dXA dXA
ou seja, −rA = . dt = CA,0 . , sendo −rA = kCA,0 . 1 − X A
V dt
dXA
kCA,0 . 1 − X A = CA,0 . dt
dXA
simplificando, k. 1 − X A =
dt
dXA
Separando as variáveis: k. dt =
1−XA
Integrando dentro dos limites apropriados:
t X dXA
k. 0 dt = 0 A ⇒ k. t = −ln 1 − X A
1−XA
VCSTR/FA,0
1/-rA
1/-rA
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XA XA
Comparação de um CSTR com um PFR/PBR
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Avaliação Numérica de Integrais
X1 h
Método de trapézios: X f X dX = f(X0 ) + 2. f(X1 ) + 2. f(X2 ) + ⋯ + f(Xn )
0 2
com: h = X1 − X0
X2 h
Método de Simpson: X f X dX = f(X0 ) + 4. f(X1 ) + f(X2 )
0 3
X2−X0
Com: h =
2
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Custos Custos totais
O CSTR tem baixo rendimento por unidade de volume, por isso normalmente
usa-se associação (bateria, série ou cascada) de CSTR’s.
Ao se aumentar o nº de CSTR’s,
Custos diminui o volume total dos reactores (diminuem
de equipamento
os custos de equipamento),entretanto,
No de reactores aumentam os custos de operação.
Existe, contudo, um ponto óptimo (ponto de compromisso):
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Reactores CSTR em Série
2.5.1. DOIS CSTR’S EM SÉRIE
Balanço molar para o composto A
FA,0 no primeiro CSTR:
FA,2=FA,0*(1-XA,2)
22
Reactores CSTR em Série
ou
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Reactores CSTR em Série
Se (−𝐫𝐀 )𝐢= 𝐟(𝐂𝐀𝐢) fôr complexa, a solução do sistema acima é complicada.
O método gráfico permite resolver esses casos:
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Reactores CSTR em Série
Procedimento:
I. Traçar a curva (−𝐫𝐀 )𝐢 = 𝐟(𝐂𝐀𝐢 )
II. Determinar o ponto 𝐂𝐀𝟎 no eixo das abcissas
𝟏
III. Determinar 𝛕𝐢 a partir de 𝐕𝐢 e 𝐯𝐟, por exemplo, e traçar o primeiro declive − .
𝛕𝟏
𝟏 ∆ −𝐫𝐀𝐢
Note que − 𝛕 = ∆𝐂𝐢
𝟏
IV. A partir do ponto de intersecção entre o declive e a curva, traçar uma linha
vertical que até a sua intersecção com o eixo das abcissas, onde encontrará 𝐂𝐀𝟏
V. Proceder similarmente para determinar sucessivamente 𝐂𝐀𝟐 e 𝐂𝐀𝟑 , etc.
𝟏
Nota: Se 𝑽𝟏 =𝑽𝟐 = … = 𝑽𝒏 então os declives − são iguais.
𝛕𝟏
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Reactores CSTR em Série
Analisemos agora a questão 2 (sobre a combinação óptima dos CSTR’s):
Hipótese 1 Hipótese 2
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1/(-rA) = f(XA) 1/(-rA) = f(XA)
1/(-rA)
1/(-rA)
Reactores CSTR em Série
Area livre
Area
Oslivreseguintes gráficos ilustram as hipóteses discutidas:
VCSTR 2
VCSTR 1
VCSTR 2
FA0 XA FA0 FA0 XA
XA0 XA1 XA2 XA0 XA1 XA2
VCSTR 1
FA0
A melhor combinação é aquela minimiza o volume total (a área V/FA0), quer dizer
aquela que maximiza a área livre.
𝐕𝟏 𝐕𝟐
A minimização de + ou seja de 𝐕𝟏 + 𝐕𝟐 é, pois, função de XA1.
𝐅𝐀𝟎 𝐅𝐀𝟎 28
Reactores CSTR em Série
Solução Analítica
A solução analítica consiste pois em minimizar volume total em função de X A1
FA,0 XA1 −XA0 FA,0 XA2−XA1
i. Vtotal = V1 + V2 = +
−rA 1 −rA 2
dVtotal
ii. =0
dXA1
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Reactores CSTR em Série
1/(-rA) 1/(-rA) = f(XA)
2
Solução Gráfica
Area livre
A solução gráfica consiste na determinação tentativa do valor óptimo de X A1 .
Este valor corresponde graficamente àquele que produz uma tangente da curva
1 1
− r = f X A que seja paralela à linha que une os vertices 1-2.
CSTR 2
A
CSTR 1
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Reactores CSTR em Série
2.5.2. N CSTR’S DE IGUAL TAMANHO EM SÉRIE
Balanço molar do composto A no n-esimo CSTR: FA,n−1 − FA,n + rA,n . V = 0
V XA,n −XA,n−1
Volume do n-esimo reactor: =
FA,0 −rA,n
Nota:
1. A velocidade da reacção difere de
reactor para reactor
1/-rA 2. As áreas de todos os CSTR’s (V/FA,0)
são idênticas (volumes iguais)
3. nCSTR’s aproximam-se do
comportamento de um PFR, se n→
XA 31
Reactores CSTR em Série
2.5.3. DOIS PFR’S EM SÉRIE
FA,1=FA,0*(1-XA,1) FA,2=FA,0*(1-XA,2)
FA,0
𝑉1 𝑋𝐴1 dXA
Balanço molar para o componente A sobre o 1º PFR: = 0 −r
FA0 A
V2 XA2 dXA
Balanço molar para o componente A sobre o 2º PFR: = XA1 −r
FA0 A
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Reactores CSTR em Série
O volume total V do reactor é dado por:
1/-rA
Nota: Colocar dois PFR’s em série não
traz nenhum ganho em termos de volume
de reactor! O tamanho necessário para
obter uma certa conversão é idêntico!
XA
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Reactores CSTR em Série
Comparação de PFR vs. CSTR e PFR vs. nCSTR’s
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Reactores CSTR em Série
◼ Para uma ordem de reacção positiva, o volume de um CSTR é sempre maior que o de
um PFR, para todos os graus de conversão.
◼ Para uma dada conversão, quanto maior a ordem da reacção envolvida, maior a razão
de volumes entre o CSTR e o PFR.
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2.6. Reactores em Paralelo
Nunca existe uma boa razão para se colocarem reactores operando em condições
isotérmicas em paralelo, a menos que tal seja necessário sob o ponto de vista mecânico.
𝐕 𝐗𝐀
Por exemplo, para um CSTR único de volume V: =
𝐅𝐀,𝟎 −𝐫𝐀
Ter dois CSTR’s em paralelo implica que devemos bifurcar o caudal para alimentar os dois
reactores. Se por exemplo um CSTR único é substituído por dois CSTR’s de igual volume
(V½) operando em paralelo, a alimentação para cada reactor deverá ser metade.
𝐕𝟏/𝟐 𝟎.𝟓𝐕 𝐕 𝐗𝐀
Assim, o balanço molar para cada reactor torna-se: = = =
𝐅𝐀,𝟎 𝟎.𝟓𝐅𝐀,𝟎 𝐅𝐀,𝟎 −𝐫𝐀
A mesma argumentação pode ser aplicada para o caso de PFR’s em paralelo.
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Exemplos de Cálculo
Exemplo de cálculo 2.1 (in Fogler, 5th Edition)
(a) Calcule o volume de um CSTR necessário para se alcançar uma conversão de 80%.
(b) Calcule o volume de um PFR necessário para se alcançar uma conversão de 80%.
(c) Se se usarem dois CSTR em série sendo a conversão à saída do primeiro reactor 40%, calcule o
volume total necessário para se alcançar uma conversáo final de 80%.
(d) Se se usarem dois PFR em série sendo a conversão à saída do primeiro reactor 40%, calcule o
volume total necessário para se alcançar uma conversão final de 80%. 37
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Exemplos de Cálculo
Exemplo de cálculo 2.2 (Problema P2.4B, in Fogler, 5th Edition)
A reacção exotérmica foi processada adiabaticamente e os seguintes dados experimentais foram recolhidos:
X 0 0.2 0.4 0.45 0.5 0.6 0.8 0.9
-rA, mol/dm3.min 1.0 1.67 5.0 5.0 5.0 5.0 1.25 0.91
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