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meteorologi nogoes fOr" Rita Yuri Ynoue | Michelle S. Reboita Tércio Ambrizzi | Gyrlene A. M. da Silva CSR iors Copyright © 2017 fcinadeTextos rae aruatieadsconforme Acordo Ortogttico ds Lingua Portugues de 1990, om vigor no ral desde 7000, CConstuio eoconat —Arthus Pinto Chaves; Gyion Goncalves da Sits; Doris C.K. Kowaltowski ‘Jose Galzia Tun iis Enrique Sincher; Paulo Helene; RovelyFecrelra {doe Santo, Teresa Callot Florenzana (cxea tu atin Phos cniric, eeranagio Dz ounas nYAcRAMAGKO.Alexandve Babadobulos Prstanagio verext© Helio Wiel! raha Revisho pe rexto Paula Marcle Sousa Marts Inensstio x Acuna. Pel grits editor ‘Dados internationals de Cetalognséo na Publcagio (CIP) (Cémara Brasleea do Livro, se, Bras) ‘Your, Rita Yu Meteorologi: nooiesbisias/ita Yur) Ynoue. fe al} ~ Sto Faulo: Oficina de Texts, 2017, Outros autores: Michele S eboita,Txcie Ambra, Gyriene A.M ¢@Silve Biliograts ISN 978. 85:7975.061-6 1. Meteorclogie 2 Tp titulo ‘aces para catlogo sistem 1 Tompo :Mateorelagia S515 ‘Taos oe direitos reservados & OneIWA Dr TEHTOS ua Cuba, 798 (CEPO4DI3-002 So Paulo SP Breil, tel 12) 3085 7933, site wworohtextacom br ‘etal stend@ottextacombe Apresentagdo A Meteocologia aparece hoje no centro de um grande conjunto de disciptingslgadas de ‘ym modo geal 29 meio ambiente om que vivemeeo, particalarments, 20 ar que 25pi- ‘amos © 0 lia no qual vealizamnos nosas mais divaessatridades,ejun produtivas, sham de lazer A curlasidade natural nos leve 2 tentar entender as transformacies cue feorrem neste meio, pidas ou lenta, «que pedem lear a fendmencs lindas, como © ‘shu ani om sterorizantes, como 0 furaco. Cada vex que acontecem fendmenoe tre 10s, coma sess prolongadas ou enchants devides a chuvas externas, perguntamo-nos se scrape fol assim ou se tame vivendo mvdangas cimticas numa velocidade munca dante ebeerends, Responder a questées especifias sobre a varabilidade do tempo « do cima requer contiecimento ds processosbisios. preciso ir aos detalhes de como 0 Solnterage com 1 superficie torostre 9 com a a, ome calor ae vedstiba pelo planeta Terra partir ‘as segiges mais quentes, como 08 ocean ¢ 9 atmoeferainterager, Gamo ae formam & ‘huvaleve eas tempestades com veutanlas¢pedras de elo? Como as aividades humanas fterem s composigda quimica da atmosfers e come & posive que essa aerace roau- 28 mudangae ne clin, nas chuves, nos scens, nas tempestades, no dagelo das calotas polares Porque algumas regis fcara mats quentes¢outras mais fins ao longo do ana {camo seo varia ao Inigo de décrder?£, na era teenolipica em que viverns, com rev Judes nas comunieagSase no 202380 &informagéo, ceme prever © que vai ceorrer éom a tempo co cima nos prénimos dias, ano, décndas? se liye, Metrlogia,traz os primiros passos para responder a essus questbes 05 iversos conceitos vio senda introdvzides car 0 vigor aecessio, mas mums lnguagem relativmente simples © com referencaishitéricos ao decenvolvinanto da cézeia que sustentaeconhectnenteatusl, Com abave de Fiaica,Qitniea etatemntica de um ingres- ‘sunte na universidade, possivel acernpantaro desenvolvimento da teria e avangar ne conetrugio de uma imagum global da atmosfera como um sistema altementecomplexo @ heio de sarpreses a cade investigagio mais profunda, De form objctvaecomsimplicde- 4e,o eto val sendo levado a entender processes complesos de forma & poder até algara ‘veracidude de nformagdeseimpliatase maltae esas ertedus que sparecem ns midis nso ‘epecializnéa Olivo snstra os eonicltos béslece de uma forma intemignda,indicando as rlagbes ‘entre os atsuntosshordades noe divartoscapitulos,Apresenta exemplosexpacinces do ‘tempo e do cma no Brae indicendo o fonte onde podem ser obtdae informagbes ats allzadas no ds sd «como interprets, Most também conta o interesade pode 8 _2protundar ou dversifearo conhecimento por nti de porcals expecializadasaainenet. £sesim, um gua importante para professors «eatudantee da atooefra e para aqueles interesandos em entender como agio do homem pode influenciar olin szevisdealte- rage ne comaperigie quimice do ae das mudancas de uso da era. ‘Tate-se de uma nova teleréncia pars oa iniciantes no ested dos rasuntos de tempo ‘eclima e quo proenche uma lneuna noe Rae bisicos de testa et ortuguts, om Enlase ‘os assunios que efetam o reall, sen dexar de abordaraspecios globals do temp e do ‘ima do planeta Tere Prof Maria Ascurgdo Fuse iva Dias Profecore Tala 29 IAG-US? Prefacio A Meteocologla & 8 cltncla que estuda os procestosfiscos,quimicoé dingimicos da ‘stmosfera ea interior desses process crm os sstamasitosfera,hirosfera, roster ce blotera, condo, portant, inarida no conteto das Cifnciae Ambiental. lm wm doterminsdo moments «local, © estado da atmosfera& defini cam tempo ctmosferie, 9 tnpe, como tems chamar agul le & deserto prneipalmente pelas ‘seguinter variveis temperatura do ar, preaedo atmostérca, umidsce, nebulosidade, pre- ito, veflidade e vento, Cbeervanda o tempo mar determinade interval de tempo ‘ronolopic por exempi,siguns meses ou anos -, ¢possfelobter 0 “tempo mécio" ow ‘ima de uma determninada ogi, (© term mieterlogia fot uilizndo pelo 6cafo geago ArisSteles, qu, por volta de $502.6, ens obra inttulada Meterloga, decreves ox primeirs conhecimantos bre ‘empo © clima da épcea, de manera Blos6tea especustiva Naquels época, oles at oervaghes coorridae ma atmostera cram chamedae de mezeoros, que explice 6 termo rietooiagia. Apeiae «partie do edeulo XY, quando surgicam os primeiresinstrumentos reteoralégcas. 8 Me:eeroogie adguiru carder de ciénca natural Desde enti, west vergonds o desenvolvimento de netrumantos de obeervagto de dados metaorlégicos, ‘wansmisso,sndlise previsio, ‘Um dos malores avangos oconreu durante a década de 1950, como suigimente dos ‘omptadores, que vishlizaram a realizagin Ge prevsoes de tempo, Asim, ysssDu a ser possivel chicos, am um corte oxpaco de tempo, um grande mimero de equates que Aescreve o comportaniento da etmosfer, Na década aegulnts, em 1960, com o lange ‘meta do primero stéie meteorolgic, fl possivel dar ato ao regio e transimissio {Ae informagies meteoroligicas om todo globo. Nas ultimas décadasc= modelos cimst- cos wm sendo sprinorados. Oz onstantes vances nese tipo de modelagem, bem, com> no poder computacional. tim possibltado a relizacio de simuleeSes mais dealhadas do procetos fis equinicas que ocorrem ra stmeosfera,Previtces em longo prazo dos ‘feltogimpostes par madangne no meio ambiente também se trneram possive. ‘Aaglicacio da Meterologa é extensa, pois 25 condigdes atmesfrcas influence 8 sirdades humanse ~ por exemple, tipo de morale, vestudrc, agriculture, recursos tics, eteatépias militares, construgio civil sod, cultura, entetensmeste sensaqbes pessoas, entre ores st vo tem como objetivo aprosentar os conceltoa reltves ae fendmence meteo- roligios que ocorrem nas cams mais bixas dx stmosfera~ roposferaeostatoners ‘A ceaposisao e x estrutua da atmostea esto doscitas no Cap. 1. radagBo solar ave Inde sobre Tara fornoce a enevgic para a interagSee entra os sistomeestmosfica, ‘©10 Cop 2serBo abordadoe oe virioe proceseos ¢ineracies entre rediaco,atmosiera © superficie terresre, bem como balanga de enerpia na Tetra, As valves meteoroogiees seraoaprecentadas nos Caps. 326, na seus orden temperatura umidage do a; ets- biiade atmostrie, muses o precipi e preasio ataostéice eventos, Adescrigho d& ‘com eta x observacdo de atmosfera ser dads n0 Cap. 7.0 pacrbo global de ventas, pot sue ve, set apresentado no Cap. 8, Em seguida, no Cep. 9, seraa mostrades 9¢ modelos ‘conoeitais adotades pars explicaro8 sistemas atmouféios relacionados is mudanga 0 tempo, Aindaserdshordada spoligSostvaskriea (Cap. 10 e como € fla a cuslicacio limite Cop 1).Wo Cap. 12 serio wpresentador ob mistades utlizados nessa previsbes, ‘en Cap. 15, por fim, serd0diseutidas as mudangae eimétcns. ‘isa Yur Yr ih. eo, ‘Tino Ambriz e Gyre A.B, da Se 1 Sumario Atmosfera terestre 1 CompDSi ne 12 Bvolucto 413. Estrutura vertical do atmosfea. Radiaedo solar eterrestre eo balanco de energie global 2A Energia e485 Fo aan 22. Mecanismos de rensfrénci de energie, ent 23 Balanco de neti global nsenmnann 2 ‘Temperatura Bi Medias Gate mperattannanen ann vend 32. Fatores que influenciam as vanagaes ca temperabirs 33 Océ dutno da temperatura. UUmidade do ar 42 Umidace. 43. Formas de condense, Estabiidade atmostérica, evens epreciptagio. SA Leldos nsesideais 52. Primelaleidatermodinsmica. 53 Mecanismos de levantamento 608 avenue 5A Estabildade etitea BS NWVER rene 85 Pracptario 57 Medidasde precipacéo, Pressio atmesférca eventos 61 Presséoatmosfishea es oe 62 MO0RD$ mrnnmnnnrn fine 5.3 Forces queinfuenciames ventas. 7 68 64 Ventas cima ds camada-imteplanetiiayvvvomvsusmnnnonnmnne 6 55. Ventos em superficie. 65 Movimento vetca. Dados atmostéricar TA Tipos de DSI iH 15 12 Utlizagi das observagbes ambiente nn 8 8. circutacéo gerl da atmostera 81 Excalasdomovimento atmos ans 2 Grealags0 OBA nm : eee 183 Campos médlos de presséo.e vento observadosnaatmosfera eal. 4 Ventosdecesteemaltos ives nas atltudes meas nc anens BS Grevlagbes local... 86. Crevlagbes com varlagbe ssznais:mongoes.. : 87 Interagio ocesne-k0:F 0 enn 9 Sistemasatmostéricos 8145595 68 ata 82. Frekes ennnrnnnnmnnm 98 Gdlones nnn 94 Antilenas. 25 Tempestades sever. 10 Poluicsoatmosrérice 103 Tipose fontes de poluentes atmosfsies 102 ozdnlonatioposter, 103 Oraniomestiatoterannn. a 104 Fatoras aosfeicos que afetam apoliso. erecta 1055 Pouicio tmosféice€ ambiente bans enn 2D 11 Clacefcagao elimsties 112. Dafne dtampe e clin. ao 112 Fatores ou contolesclinslcas a M13 Modelos de classificagio climatic. 12 Previsiode tempo eclime 528 Greve netorico 12.2 Prinpis da peavsio decempo edie... 123 tapas da previsio de trmpo he enenene 124 Tposdemedelo nn 125 Pravsdodetempa nnn mnnor nnn 126 Prevstode dima cecum a 13 Mudancas ctimaticas 21 Causas naturale das mudangas cimatias pone 182: Causasantropogtnics das udangesclindlees tor tera) enon 382 13 udangasobservadss no Ca nnn 68 "244 Projeedes da cena Futon. 185 0 mundo easmudancasclisticas cect Referencias bibiogrtias. speenereeeececeeece Sobre os autores nn Necteprimixo capitulo, cord viste que armeste- 1a terrestre € fortiada por uma camade de gases © como ees evaluiram a0 loge da historia do plane- ta, Tambéi ee vird que concentracdo dos geses na atmosferavasie com a altura, assim como a temape- ratua doar que caractriaaeestrutura vertical da atmestera. Alem disso, acrd mostrade a cameda de atmosera mais importante para o estado tempo edo clima do planets, 14 Composicso. ‘A Toh, 1.1 lustre as concentragées médias de gases numa stmosfera soca, ou ja, aa ustneia de vapor igua © sob condigées normals de temperature ¢ pressio encontredas zo nivel méaio do mex (NR © gs nitrgenio (1) ocupa aproximadamente 75% de vohue atl du tmeaferaeca, « a gs oxiginio (Op, ceree de 21%, Hoses quantidades de nitroginio oxigénio na atmostera ato telatvaménte constan- ts préximo & superficie da Tere, sendo esses gatas enominadas permanenses, aes come 0 arginio (80) 0 neGnio (el, © hilo i} © idrogsnia (ty) @ © xenénio (K) Par outro Iado, 2 concentracées de algune gasea que compéem a armosferanio io cons- ‘ances 20 longo do texzpo ou do aspaca, Gases cm9 0 ‘apr dégua (30) € 0 ozo (0) podem variar sign fasivamente de lagar para ger ou de um dia para utr, sendo, portanto, charnados de gases varies, ‘Como e#rm concentragbes muito pequenas,tarsbém racabarn onore de gas06-7350, ‘Ovapor dégue é um gle de extrema importtnei, ‘sua concentragio esti relaionada com a tempers tra do ar es disponibilidede ce-égue na superficie terrae, possuinds, pestante, competi veritvel ni atmosfere, Em regis topical, conte na orst ‘amaréniee, pote chegara4% do volumetotel dos gates ‘tosférices, mas nas rides diss, como ne Anti ica ea shaixo de 1%, Quando o vapor digun passa ara o escado liquide, num processo denominada condenssgio, formanse pequanas gatas de Agus Atmosfera terrestre ‘Tab. 14. Composiggo da atmostera seca proxima superficie da Terra ee ‘Volume or 260) (6) arocene 0) 7 ‘Guetno(0>) 2034 Destro ia oar Dieneodecatbono (CO) m1 ed Neda apes ale) ‘0008 (riio(O3) 300008 fare Hiroatnio ti) 0000s inant wlios engi ee indies Meta (0 indi Free aaprada de aad) ‘quando muda defae para oestade side, er passer pels fase lguida, nom processo denominsdo essu- ‘mecio 1 daporgto farman-s2pejuenom cristae de el, Tanto a goes de égua quanto os crisis de gelo ‘so vinivels, possolitande a cbeervagio de nuvena © evoetos. A condensapie @a ceposgto so procossos Jmportantes pars 2 converséo de energia na atmo ete | 2 {era iberando cal pars oatnbiente, Jos processor de evaporago guido pare vapor d'gue) e sbi fa ido para vapor gun), por sua ve, sbsorver energin do embiente. © vapor @éguo também & ura Important pis de felt esti, pois absorve pare da rachagio eid pele Ter (0 diécido de carbone (CO,) & Um componente tural da aunosfore, Atusimente, sue concentracio de caea 0.08% ou 300 ppm partes por mall), entretanto, 26 longo da histsia terres, apracan- tou variagdes. fm importante géa de efeice eotute «asim come o vaper digua, absorve parte de adiagdoamitida pela Terra, Outros gasestrago con- sierados come de eeits etufa so o matano (CH), 2 o2dnio(), oexido ntoso (N,0) eos elrotucrear nos (CFCS). ‘Ooxinioéum gis qe pode ser enconteado prt sno & superficie teste, em grandes concentregies fem cidades poluidas, por veaes atingindo 100 ppb [partes por bilo) (o0 01 ppm, oo sinda Q0c001%). ‘como ne regio metrepsltana de Sto Poul. Nesse aio, ate-se de um peluente stmostérico que ita fo olhos © a gacgenta © & prejudicial @ vegetarao. Contide, as mniorse concontragéee de exinie slo sncontredas na camada de o2inio, Lcaisaga entre 20 km e50 kn de ature, aproxinadarente ortento nalts etincefere, noma emg denorined er: tosfera, a cemsda de exinlo Stra a radiagho sole, luspedinds que a radiagio ultraviokta nociva aos sees vues stinj esuparice da Terr. Besa cama seréemndada om mais detalhes nox Cape 2010, ‘lem dos qases, 2 atmosfere também contém partes, como poelra suspensa per erupeaes valk lnict, pelo vento ou pelos veiculs, partculas de sa prowenientes do ocean, mlerorganismos (como bactriasefongs, pen, Fuaca emia po quel madas eu pelos eseepamentos de sttomsves.2ssas pequenas partialas slides ou liguidas suepenaas a atmosfera so denominadas aerosstis ou mte- ‘a partculad edeserapenam papel riporante no lima terest, podendo cbeorver ou reflstir a radia- io moar ou agledo como wieleos de condensacio era’ formerio de gotas de mavens 1.2 Evolugso ‘A evo da atmosfera terrestze est intimuamen- te lguda 4 evalugio do planeta. Hé inicio de que a otmosfra era composts basicamente de hidrogé- ‘le € lla, os dis elementos mais abundantes no ‘universe, am de metano © amon. sea elemen- 1 foram varios pelo vento solar logo no inieio da formapio da Terre, A stmesfert fo ee modificande | medida que & estrutura do planeta fi evoluindo. ‘0s gases emindos pelos vuledes foram se acamu- lando na atmorfers, de tal forms que © nitro, 2 vapor digs e @ désida de ceybone se warnaram seus principals companentes. Conforme o planeta fo} esfrianda, parte do vapor d'igua conseguit eon- ensarae, formande nuvens ¢ chavs « dando orger 08 os, egos e eczanos.Achuva a longo do trp ‘io contri para a cedugao da quantidade de ‘vapor na stmosfors como também “lavon" parte do Aigxido de carbone - visto que este se dissolve na ‘gua - armazenando-0 em grandes quanidades nos coceanos. Com a redusto das concentragies de vapor {Vigua © idxido de cavbono, © stmosfera fol sande cada vez mais enriquecida pelo nitrogino, que € sue gfe pouco reatlva, Cam 0 inicio da vide na Sera, comeson 0 processo de ftcanintee, que pode ser representado de maneira simplifcada pela seguinte ecu: ue (61,0500, 6054494 oa orofia 0 processo de otostntese conelte na tilizagio (Cfy0h) a presenca de gua, lberands exigenio (0). Iniislment, pre do oxiginio liberado nesce proves fol uullzada na oxidase do ferro dseatvido nas iguas dos oceznes. quando comecom a ser ier de para eatmosfers, oi possvel a formacio do uma caniads de oxGnio,e vida pide slr dos oceans para ppovcar os continents. O processo de fotossintese, portant, resitow em semua de oxigen © reducao e didxido de carbono ni atmorfera.& composigso ‘tual dr atmosfera, em termos de gases permanentes, ‘oj atingida na algumas centenas de milhares de ans; ‘com o oxigéni ¢ onitogénio sendo continuamente 2 crlsfers © Inoeera. A evolugdo dt hurnanidade, ho entante, thin modifeede a samporigio doe gaee= -trago na stmosfera,assunto que seré abordado nos cops. 10215. 1.3 Estrutura vertical da atmosfera ‘MG 0 moments fo apresentada ume discussie sobre ‘ romposiga da atmoefers mais préxima a superficie 4 Terra. Entretnto, um per vertical da stmosiera revola que ela apresenta unin estruturs estatior: ‘me Os critros pare 3 divisio das camadas podem ser tds: variagio ds tempereture, compesicéo qui- mica dos gases ou suas propriedaieselétricas. Antes Ge analisar esses criteria, porén é preciso enten- er como a pressioe « dencidade do ar variam com ‘altura Ess duss variveis serio vistas com mis Getalhes no Cap. 6, tendo algune conceitos bésices ‘apresentadce a seguir. ‘A atmosfera estd presa ao planeta em vistude e sua frca de eravidade ou frea peso, defnids da seguinte forme: Peso=massaxaceleriodaqravidade (2) A densidade do sr determinada pela quantidede de matsa num determinade volun, ou aja: Densidede- set oo Come es moléculis de a estiomaie comprimidas préximo & superficie, Gcando cada ver mais expaca- ae & medida que ee eobe em diigo ao eepago, a6 rmatores densidades do ar esto perto da superficie, ‘lminuindo rapidamente com a atura nos primeiros aquilémetos e, depois, mais lentanent= A pressbo € definida come a fer apicada numa dleterminada fre, ou se): i on ‘A presto atesfrca 6 a forga exercida pelo peso do ar sobre uma determinada Stea (Fig. 1.3), Em ‘etgorcloga, ¢ comum usar a unidade hectopascal (Po, dena como aforca de 106000 N exercida em uma superficie de 1m". O valor padrto da pressio tmoalires 20 NMM & de 10125 ha. Tradiciona- mente, entretante,utlizava-se a unidede milbar (mb ‘ou mbar; 1 mb = 1 HPs), que ainda ¢ encontrads em ‘cenros opeacionais e alguns texted rea i Come © nimero de meléculas diminui com = ture, a meamo ceotre come peso exercido por feseae mcléculae numa determineda colina, Assim, © presséo atmosférce, bem come a densidade, sempre fiminai com a altars, cecrescendo repdamente nos Primeiros quilimetros depois mais lentemente, ome pode ser visto na Fig 1.2, s ‘mento oe Fast2_ Varig da denidade da presto atmesfric com sid Fonte: adapade de Aber 209) (perl vertical ds temperatura doar, noentento,é um pouco mais complexo. Ao obtervara Fig 13, ver. fea-se que a temperatura ore diminu, ora aumenta om a altura, Com base nessa varlagto,pode-se avi ira stmoetern em quatro camadas na vertical A primeira comade, mais préxim 8 eupertcie, denominada voposfera (do gregotropen, que signif ca miscura). € mela que os meteorologists relizam Fat (A) Dei de ‘reso atmoyferene (@) sieyigh com Revosfera eet Meteors | ‘maior parte de sous estos e onde se concentra 8 biter. Nests cemads, aconvecsiowea mistura vert- ‘also maispromunciadasem virtude do aquecimento a superficie, que contribu para a instabidade do ar, consequentemente, para a formagso de fend. menos stmoslérios, come nuvens, ehuves, vents, furacées tornados. verperatura na troposfera nor ‘malmente cacresce com a altura sums ta de ceca 44065 °C até aproximadamente 12 kr de altura, ‘quando se atingeolimite dessa camads, chegandose A ropa, tte en) Fig. 13 Comadas da maser efi dears cam a ‘eriagdaerperatr com lar. Saha Yona tea evra da orpertua mia om cada samada ome adapta de Ars (200). [A topopmuse & 2 regiilimite entre 2 topos fera e 3 camada segunts, o etatcefere. Sua sure ro € constane, pois depende da temperatura doar fda latiude. Quanta mater for a conveecto térmica 1 troposers, maior soréo volume de ar mistirado nessa camada, ¢; consequentemente, haverd ume tendncia de que a topopausa seja“empurreda’ para cms, fcando mais eleva. Ou sea, a tropopausa & aie elovads na regio equatorial (16 kr) por causa ‘a mor cisponbilidade de radagio soar e mistaras (movimences verticals observadas na tropostera. 8 ‘os pol, ela se encontra mais bai, # apraximads- sente Gm acima do ole [Na estratosfera, a temperatura inicalmente no varia com a altura: € 3 chamada zona isotérmica, ‘cima de 29 km, no entanto, omess ‘roduzindo uma inveredo térinica ~ aumento da te peratura com a altura ~a 50 km, quando seatinge a csatopasa,caracterizads por cura zona isotermica, ‘Alvorao térmica ne eetratoefora ocorre om virtude Ga absorcio de radiagéo ulravoleta proveniente do Sol pelo onto, resultanda em aumento da tempe tua, Como s trata de uma regio estive, hi uma tendéncia de inibigio de movimentos verticals £ por ‘esse motivo que os aviges costumam viajar um povco cima d tropopause "Aci da etratopausa encontra-e a metoufera, conde a temperatura voka a éiminuir com a altura, © ar 6 bastante rarefeltoe a presto atmostérica é menor do que hPa. A queda de temperature ocorre xd a masopausa, a aproximadamente 80 km de tur, quando a temperatura atinge seu menor valor, por votade-#0°C, ‘Acima da mesopausa, a temperatura torna a ‘aumentar com a altura, definingo termafea, Ex levagte da temperatura com a altura ocorte porque, ‘mesmo com poveas moléculas de gates, ha absorcio| 4s radiagio solar, que favorece a aquecimente do ar {A densidade de stmosfera & muito pequens, dial tando oposicionamento de um limite superior pare a stmoafera.Pode-se defini umn topo da termnosfera em apreximadamente S00 km de altura, nde as mokécw las podem se deslocar por vévis qullimetros antes 4e colar com outta molécula Ness regio, denomi ‘nada exesfra as molécuas podem escapar da ata revitacional da Tera, representandoo limite supe or da stmostera ‘outros critéros podem ser utlizados para def rir comadas na stmosfera, Um deles com relagio homogensidade da composigho quimica (Fig. 14 ‘Atmizo da termosfera, a composicio do ar € relat vamente uniforme: 78% de nitrogénio (N) e 21% de ‘ign (3). A ease regio homogénes df-se o nome de Fomasfera. Na termosfera, no entante, as colisbes entre dtomos e moléculas’ sto pouco frequentes, levando 4 formagio de camadas, com ot semen: tos mais pesados (Ne 0) depositando-se em sua base ‘eos elementos mals eves (H¢He) utuando no top. ss rego chamada de hterasfra ‘A dcciGcacho da atmotfera pelas propriedades clétrices dos gnes fornece a ionesfers, East camada possul grande quantidade de ions e eltrons lives. Fig. 14. Comoros da ctmosfere basset na compas as propiiadr otra ome: dapada ce Aven 209) Normaimente, seu limite nferlor est loalizado & 50 km de altura, estendendo-se até o topo da atmee: fera, Assim, jonosfere encontra-e basiemente m8 ‘ermesfera¢ tem um papel importante na propagagio de ondas de rio AM. Fecire“inodugia fester, Sspantel em “wor sarmenta.eng bflonstera n> Mostou-se que a atmostorsterreere posi dif rentescoracteristicas desde a superficie att centenas de quildmenos de alcura. A toposfera ¢ a camads ‘mais importante par 0 estude do tempo edo cima. Como vitios fendimenos que ocerrem na extratoefers ‘émimpacto ne balxeatmosfera essas duascamadas 40 as mais estudadas em Meteorloga Aumosferatereste | Neste copltolo, sent visto que o ol «principal fonte 4 energa para os proessos atmostrios, A ener {do So chegs 4 Terra na forma de raiasio eletemag nitien e vétloe proceszot ocorrem & medide que = radiagdo interage com a stmosfere com & supert- ie tereste. Fuses processor se Impartantes pare cexplicar alguns fendmenos dices que ecortem n= anosteca€ eft estufa,entve outros fenémeues. Neste capitulo também serd abordado o balenco.de cnergia global 2.4 Energia e suas formas ‘Energia 6, por defniio, a cepacidade de umn sistema realizar trabalho og execu um spe. Imagine se bolche so longo de um pequeno percurso, © trabalho realiendo por ela queferd.comm que a bolaeslena plate £ possivel dizer qe, com o trabalho do home, a bls ‘patsousteranergia. Assim, trabelno podeser denice como o result da aio de uma forga cu de consume le energla cue causarédeslocamento de mati 4 viris fornes de enegia, endo 2 princtpas & poton- ial acindtica ea radiante que nest iro secaberd nome genrco de radiate eetromagnétics. ‘Aenerpa potential raviacionel relativa& post: (fo da wt ebjato uo enmpa gravicacional terestre ‘Quanto mais dstante do:centro da Terra, maior 8 ‘energla potencal do objeto. or exemplo, uma parcels ear que eats a 1 kin de shra tem energia poten: ial gravitacional maior do que uma parela deat de ‘mesma massa que exté@ 100m de aura ‘Aenerga cine, por sua vez, écelativa a0 movie ‘menta cour objeto. Assim, quanco msioravelociede eur objet de massa constante, melon sus energia ica. As moléculas e tomas que compen oar, por exemplo, ata em constance movimento, om todas as diregSes ¢ com diferentes volocidadee. A ‘nerpla total das parteulas que compe me pare cols de ar devido a esses movimento aleatris, € chamada de erga mica A meodide da energa cing Radiacao solar e terrestre e o balanco de energia global ‘Hea main doe Gtxioe © malfculae & dssnida como temperatura. Partculas que se movers mais répido tin miior energin cinstice, 0 esis, quanta maior 3 ‘emporavira do ur material, mie pido 2e movera as partcules Energia tmica ¢, ne reaidade, eer ia cintica, ea distingae de nomenclatura devesse 4 tsrala dos objeto oma esto: a energiacindtica ext associada tos corpos mecoscipicos, 8 enexgl t= mies, aoe microzeépices, ‘energie ndo pode 2er clade ou deste, ras pose sr transformada, isto &, pode haverconversio fencesuas diversas formas, como ust na Fig 21, ‘que mostra um exemplo de converste de enerela potencal em energia cintiea uma montunhs rsa ‘Assim, a enargis total de um sistem ¢ conservada, ‘NoBasicostuma-seusara.esesla de temperature ‘au Celsius (C), donominade assim em homenagem ‘9 astrénonio aueco Anders Celaue (1701744, que {oto pimeiro propia, em 1782. ssa escala de term patra possi dois pants importants: o ponte de ‘congelamanto da gus pars, que correspon ao valor -2270, 0 ponte de ebuligko, que equivsle so valr 00, ‘bservadosa uma presstoatrmesfrie padrao ao nivel ‘meédio de mer (NIM), também chamada de prseio wien, Fig. 2. coneraao de eer pte em eri cinta normal. Entretanto, em Ciéncas,uillza-se a escale de temperatura absolut Kevin (ky), designada como tal em homenagem 20 certista inglés Lord Kelvin (0824-1907, Conforme deseritaanteriermente, a par ticulas de uma parcela de arn atmosfers terreste tim movimentoealetiroe, deslocando-ge com dif. ens vlocidades. Gato se resfre uma parcela deer, as veloidades das pariculasdiminuirdo até que em teoria, paardo de se movimentar quando atingiem 8 temperatura de -27335 *, a minima temperatura ‘possvel, denominada zero absalato ou ponte de pat= {ida da escla abeolta Kelvin: K. Essa escala no ‘contem nimeros negativs ea conversio das escales 6 obtida por kcoamiss ew 2.2 Mecanismos de transferéncia de energia ‘A transferéncia de energa térmica de uma reiao de ‘temperatures maiores pora outra de temperatures rmenores& defnide como ca. Na stmosfea, a ener ia térmica pode ser transferida por meio de radiagio, ‘ondugio ou conveceéo,conforme Nustrado ma Fig 22. Na eomfuco, a energie 6 transferida de peticula ra particla, 0 que é mals faclmentecbservével em _séldos liquids, pois a partculs esto mais préxi- ‘mae umes das outras,O ar uma mistara de gases na ‘quala: particule extéo mais ceparadas, os tea, 64m {aco condutor de nergi térmica. Ne atmosfera, 8 ‘onducto ocoresomente mul préximo a superfile, ‘A comepio, por outro lado, & um processo de ‘wancferéncia de encrgia timmica muito importante za atmosfera © aconteceprincipalmente em liguides gases, havende movimento de material aquecio de ‘um luge para outro. Eea dfinigho pode sar entendi= Ga pensando-so no proceste de conveccio que corte femuma panela com dgua sendoaquecida, Nesse ca, = on 9.22 ferentes mecaninns de ans de lor «gus no fundo da panels € aquecia por condo, lexpandindo-s2eficando com menor densidad do cue fqua ao seu rede, e eno forgads a subir Aoi, ‘wansfore calor para a dgua mais fra acim, Processo semelhante ocorre na etmosfer, em que patcelas de ar préximas @ superficie, quando aqueciées, tomar se menos densas do que 26 parcels a0 seu redor e sscendem ou sobem, sen subetitudas por ar mais ni (Fig. 23). Fa 22 Comrie desma pein eo Font ator de Ales (938) ‘A raiglo€ a transferéncia de energia térmica por ‘onda eletromagnéics, Esta forma de transteréacia ‘nfo necesita de matiria paraserrealizeds:no vicuo,2 onda cleromagaétia se propoge a uma veloigade de aproximadamente 300.00 km 5" veloidade da uz -Aradiaczoeletromagnética podeservista como um conjunto de vérias ondas propagando-se no espace. Uma anda oscila em torne de um exo de equlfrio fe pode ser descrca por seu comprimento armpit 2, como mostado na Fig, 24 Ospontos cm maiores istincias acima do eixo sé0 cramados de crstes, 1 08 pontos com maiores distrciasabalxo do ei, fe caundo 0 comprimantn de ends Q)& 2 distineia entre eritae ou cavadon auceesiven, «a amplitude de fonda equivale & intensidade (ow altura de cists © ‘cavados. Ondas com diferentes comprimentos eam. bem oespectro eletromagnétio (Fig 25), ‘rons ca Fig. 24 Elmers qu deserve won ‘Toda matéria que tern temperatura acime de 0K femite raciaglo devide a vibragio dos stores que 1 compe. Astim, of comprinentos de ond dae radiagées que cada objeto emite dependem basca ‘mente de sus temperatura. Quanto maior ela fr, répido vibrato os tomes e, portant, menoresserfo os comprimentas de onda ds racingSesemiidae, ‘Aig 25A ilustra os comprimentes de onda asso ids a dferentestipos de raise, mostrendo que expects eletromagnético vi daragido dat ondas de dio 20s roios game. FadiagSe: de comprimentos de onda menores sie mais energtias do que 28 de comprimentos de onde malores (Fig. 258) Assim, pode-se divi especzoelatromragnético em rploes com propriedades cractristcas. A regio dos rics X tem comprimento de onda caratristca em torno de 10" m. A radacho dessa regio muito mais energh. tice do que aquela da regiso dae ondas de rédio, que tem comprimento de onda carstrstca da ordem de 100 m. A radiacéo utravicleta (Uv) concentra na faira de comprimentos de onda em torno de 107 m. ‘A repo da radio visiel - hi ¢ parteularmen te imeressante, pois € nesse pequena fixe que o€ ones humanos detectam as cores. Q sz ttn cm primento de ond menor, apresimadamente O4 gm (@ um = 10" m), eo vermelho, comprimeto de onda mor, ceea de 0,7 um. radioeintavermelha pode ‘ser perebida por suas propriedades de aquecimerto. Comprinens wai ede cmp ala US caieeteenaes sae nds de TWN oe oat nt Se 9.25 (A) Exec sletomogdtin suas Aeneas £ (8) wars da enna com ocomprinente decode Fonte pad de rela (ed) 2.2.1 Radiacdo solar e terrestre ‘A principal fone de energla do sisters Terres: fera 2 radlaio eletromagnétice proveniente do Sol, ‘4 sea, araiagdo solar. O Sol emit radia ccma tum corpo negro ~ corpo iealizado que absorve toda 8 radisgio incidente sobre si, em todas os compr: ments de onda e de qualquer directo. Se um objeto _absorve mals energia do que emite, fea mais quente evido ao aumento de ava energia interna (ecma dae ‘nergiss térmica e petencab, Se emite mais €o que absorve, ele estla. Um corpo negro ae encontra em ‘equilibria termodinémico e 0 ux de radiagio que entra deve sr exatament gusl so que ei. Por eso, & ‘onsideradowm absorreder eemissr perfeito, fle nio precisa necessariamente ser da cor preta, mas deve absorver emiira méximaradiagSe posse, Como a Terra e0 Sal absorvem eemitem com quate 100% de ficitncia, si Classifeados como corpesnegros. Josef ‘Stefan (16351853) Ludwig Boltemann (aBt4-2906) deriveram, om 1879, uma relagko deno ataglosalare terest, sminada ede Stfan-Boltzmann,na qual consttaram ‘qe todos os corpos com temperatura acim do 22r0 bsohto emitern ragiacio 2 uma taxa proporcional& ‘quarts poténcis de sua temperatura abso Bort en em que Fa radlgio emitida, « & a constante de Stfes-Boltzmann (567 «10° Wm K}eT éatempe ratura absolut do corp, zen emis varla para éiferentes comprimen tos de onda. A distribuigio eepoctral de energia emitida de corpos negros com diferentes temperatu as pode ser vsualzada na Fig. 26 a] nigga ce erases! SF 1) coat. caved radar de cere nese Be ithe srteceetces Bool (Reso SQ" retinas bel BD coe, SelM Po MBE Pio SS eeut i baa aw neinoedeet Fig.26 Diego especial engined compos gro com Arent peratures et adept de sen 2009) A let de deslocamento de Wion, propecta por ‘wel Wien (868-1928) em 1853, osiraque com: primento de onda de maxima intensidade de emissio ‘um corpo negro ¢inversamenteproporcional sua temperature ebsoluta ea fmm que 0 comprimento de onda méximo Oa) & ‘expresso em un, ea temperatura, em K. Not-ee qe en a rang mii Qa M9 ‘comprimentos de onda menores para corpot com tam petaturas maiores. Um corpo a 6000 K, como 0 Sol, fem emissio mixima no comprimento de enéa de sproximadamante Sun, repo do espectrosletcmag, tea corespondente&rediagio vise, ao passe quo, param corpo 3300, como. Terr, esse comprimento enda 6 de cerca de 10 um, regio do infravermetho =m resuma, todos os corpo emitem radlagbes. A “Terra, porte nts tempera menor, mite # maior parte de sua adingio em comprimentos de onda rela Lvamente longs cu na faixa do intravermelho, entre jm © 25 jm} Sal, com uma temperatura maior, mite radagio principalmente nos compeimentos de ‘onda menores do que? um. Por essa rezdoa radio terestre chamada de radiagio de onda longa (ROL), 2 radiagto solr, de radagio de onda carta (ROC). A tadiag solar visja entre o Soleo topo da atmostora terteste praticamente sem interferéncia. A quanti dade de radiagio que incide de modo perpendicular no topo da stmosfer éprticamente constantee, por ‘ese motivo, ¢ denominada constante solar, equiva lente 1.367 Wm, Forém, fatores como as estacbes do ano, oe pariodoe do dia ea Intitude inluenciam 2 ‘quantidade que atinge a superficie. Cacesfatores serio abordados nos Caps. 1 ‘Quando a taxa de energia emitida € exstamente ‘gual & taxa absorvda, a temperatura do corpo per- smanece constante, lingindo um estado de equilfbrio radiata, A Tera, 20 agir como ux corpo negro, femitee também sbsorve radiagio, essa forma, sua ‘temperatura de equilitrioradiativo, sem considerar 2 atmoster,é de 255K (48°C). Essa tempersture, ene ‘tanto, @ muito menor do que a temperatura média cbearvada da superficie dx Tera, de 288K (15 °C) ssa dlferenga de mals de 30K ocerre porqueastmos- fera terrestre nio fi considerada nescebalango. Hla ssorve raiagdes de alguns comprimentos de onda, ‘mas nio de outros, ou sea, 6 um absorvedor sletivo, ‘Aventrar na atmosfersterrestre, a radiagdo solar pode sofrer varias interaes em virtude dos proces ton da abaorga eexpalhamente, que podem explcar ‘alguns fenémencs dicasabserved nm atmosfers. A ig 27 mostraas ixas em que os gases éxidonitros, coxigénio, oxinio, vapor d'agua e diéxido de carbo no absorvem rediagio. Nota-ce que a stmosfra no absorve todos os comprimentos de onds do eapecto, , quana hi absorco, ela pode ser maior em algu tas faixas, como na regio do infavermelho, mula emoutas, como na fuiza do visivel. Io significa que 8 radia solar na faixa do vsivel interage pouco rom a atmosfera. ao passo que 2 rafieco intraver tmelhs emia pels superficie da Terra é sbsorvida or eaves gaseo. ‘Um determinde gis, 20 ebsorver radiario, squece, umentando sua energa cinetica e prove- ando mais colisee com mléculae viinhas, que fnéo necesseriamente nbsorverem radiagho. Gscas colisdes, por sus vez, aumentam a energia cinética 8 temperatura do ar Mas aqucida, a stmosfera também emit mals raiagioinfavermelha. Dessa forma, parte da enargie emitide pela superficie da ‘Terre fica presa na atmosfer, fazendo com que 8 temperatura que acima da temperatura de equiltrio "adiativo sem atmosfera, A essa abeorgo da radingio terreste pelos gases vapor d'igua edd de carbo ‘no, prnclpalmente,dé-se0 nome de eo esuf alli J UNI um iedaotiveme eons Fg.2.7 Absrgo de rain ds amcsfora east pla ses ia its (¥,0), cng (03, ero 9, ‘iio de carbon (0, evapo gua 0) ¢ soma deta gamer ta parenagen dea Foe: dapads de Ligon Tobick C010) Esse nome fl preposto em alislo a0 que se con siderava ocorter dentro de uma estufa de vidro, 0 ‘ual permite que a radiacio solr entre na estufs, ‘mas impede a passagem de paite da. radiagdo infavermelha para fora. Entetant, 0 aquecimento do ar dentro da estuta deve-se nis a poues circu lagio de ar do que 20 “aprisionamento” de radiagso infravermelha, como o que acontex na Terr, Oefeita ‘stula € um efeito natural, mas tem sido agravade nas altimas décedas com a emissio antropogénica de gases de feito estufa, Os problemas de peluicSo e de mudanges cimaticas associadas a esses emisabes serto abordados nos Caps. 10 12. Por meio da Fig 27 ainda 6 poosvel perceber que ‘entee 8 pm © 12 pm existe uma regido dein como Janela etmosférica, que ¢ uma regito transparent, ‘com excecio da banda de 96 ym, onde hs abeorgio dessa raiagio pelo cabnio. Ax radingdesulravileta slo absorvidas na estratosfera basicamente pelo ot nloe pelo o2énio. Par obter mae afermacier sobre a adagio travolta, aesser ste catia pte ioe, Lijol> ee segs ne aba inarmagies, ce ‘se encontra 3 esquerd da, clear em O gure ‘edge vie Redapso UV esaise Além da absorgio seletiva dos poses atmos- féricos, a radiagdo solar também pode softer espalhamento, que ¢responsével pela maior parte da Juz poreobida palo otho hurnano © que explica alguns fenémenos éticos vistes na atmosfera. Esse proces: ‘50 ocorre quando a energiaineidante em linha ret & esviada da arlentacio original. Molculae,partculas {e aerossole nuvens contend gotasecistais de gelo podem causaroespathamento da radlaco. (© processo de espalhamento pode ter dividido fem duat partes: reflex © transmissio, A reflexio correspond & energia que retorna 20 mesmne hems: feeio de origem (recto dianteirs), ao passo que 8 transmissao ocerre quando a energiaincidente 4 deeviada para o hemisfrio de destino (Giecio trasera). Dé-se © nome de albedo & relagdo entre a (quantidade de radiagia solar vsivel reetida pela superficie de um objeto e a total de raging vieivel Incidente sobre ele, O albedo depende das caracte ristcas da superficie, como cor, texturae umidade, © do angule de incidéncia solar. Superficioe com cores mais claras poeeuem mator albedo, « supesticies com cores mais escuras, menor albedo (Tab. 2), AD ‘mesmo tempo, quanto mals perpendicuis a éngulo entre rio solar a superficie, maior a tendéncia de a radingfn ner rain shanrvidn cme ver que © poder de rellexdo da superficie & diminuldo~ e, portanto, menor © albedo. Desse modo, no periodo de sol a pina, o albedo é menor. Ae amanhecer ou entardecer, (quando o Angulo de incidéncia solar com a superficie pequeno eo poder de reflexio da superficie ¢ eleva 4p, o albedo maior. eeortaia | ab. 2.1 Valores dos albedos para diversas superfiies ae ar is 8 taeses 00 ei o1s-0a8 edie SaeeeecnnanenenestIpnaaaa Cater aprcas 08 “und owas fess Suen tien “gua sentalpeqiens 003-00 sve angulozentalgrarde new aman a, ele gaces For adept de Aves GOO 2.3 Balanco de energia global O tempo eo elim sio determinados pela quantidade e distribuigie da raingioecar que atinge a Terra, balengo de energin considers as quantidades e ener- sia que entram ¢ que uem do sistema Terr, defnido reste lire como & supetice trresre ea atmosfe ra, Para um lima em aquilibio energa que st do slstama Terra deve ser necessaamente igual ques, ‘que entra, Caso contritio, ele pode reafra, se a quan tidade de energla que entra for menor do que a que sal, 0 aquecet, oe quantdade de energia que entra for maior do que ques, Para realizar obalanco de energie plobal fo consideradas 185 repides limites topo da atnceers, a stmoafera ea superficie. 00 ‘haga ao topods stmosferaterrestrearadiasio solar pode ser espalhada ou refietda plas nuvens earos: sts ou ainda ser absorvida pela stmosfera Aradlacto transmitida (ov een, aquela que consegue atraves sar» atmosfera) pode ser, ertio, ou absorvids, ou refletida pela superficie da Terr ‘Aradiagio solar sbsorvia pela supertile 6 assim, Aitibuids em calor senvl, calor latent onside rando o diferentes fases da igua) econdugio de calor no ola A superficie da Tera aquecida também emite sediagio. © balango de energin pode ser entendido da seguinte forma: se cem usidades de energia solar stinger o topo da stmosfera tereste (Fig. 28), 2pro- ximaderente 90% desea radiacfo volta pars oespago ‘como radiagho de onda curt (lbedo planet) 6% epalhada pela stmosfera, 20% reletda pelas mavens 4% tefltida pela euperfice da Terrs. A stmosfer2 shsorve 19% da radiacio soar, restando 51% dessa radiagio para ser absorvida pela superficie ereste, fu seja, 51% da radingio solr fo ranemitida através da atmosfera, conseguindoatingir a superficie mice, | “shat 9.2.8 nro da etrfra eda superfe eres cam rod sla Forte adept de Aves 2008). Na Fig 29, observasse que, dessas 5t unidedes de radiagio solar tansmitdes que atingem a superficie, 2isdcutliandaena evsporacioda4gua{tansformacio Aleenergi solar ex lor latente), 7, no proceso de conducio e conwecco,Sobrriam, ento, 21 unidades pra serem anmarenadas na superficie eemiiéas na forma de raging infravermslha Enretant, 2 super fice tertesceemite 17 wnidades. zo corte porgue, lem ea radia solar que recebe durante o dia & Superfcie recebe contnusmente radiagbo inraver: rmelha da stmoefera, tanto de dia quanto de noite. Da ‘energia emiida pela superficie de Terra, a atmesfera permite que apenas sis unidades a stravessem, Amaior parte, 11 unidades,é sbsorda princi palmente pelos gases de efeitoextufa e pel nuvens. Desss abeoreo, 96 unidades so reemitidas pare & superficie efeito esufs,completando as 147 unids Ges absorvidas (61 da radiogio solar © 96 da radingso fembida pela atmosfera). Assim, a6 47 unidades de cenergiaemitida pela superficie da Terra fam balan ‘cease plas 147 unidades de energiasbscrvis, ‘Apesar de o Sol emitir quase constantemente & ‘mesma quantidade de energia,observam-s vaingbe= de temperatura tanto a0 longo de um als quanto 20 Tongo de um sna. No prime cepitulo ses vito como ‘0s mavimentor de transagio ¢ de roagio da Terra eso astociados a essas variagbes na temperatura. Também seri mottade que 2 temperatura em um determina local depende de diferente stores, como titucde,alitude eproximidade com corpos agua, Fig.2.9 lange deena mea sper da Fon: agapado de Avent (2009 adogiosoleretereste. | NoCap 2 fo visto que s quantidede de energa emi. ‘ida pelo Sol praticamente nfo se alters, Entretanto, varlagBes na temperatura do ar ocorrem tanto ao Tonge de um dia quanto ao longo de um ano Tais vyariagbes esto assocadas 20s movimentos de tran Iago erotago da Terra, mas outros fatore também Infiuenciam a temperature de wn determinado local, ‘omoalattude a altitude, «proximidade com corpos a'igua e a5 cireulagdes oceinicat @ atmosfirieae, como veremos nest cpitlo, 3.1 Medidas da temperatura [A medigio da temperatura doar & feta com termé- 1matroscomuns, de merciio ole}, ou por meio de Aispstivoseltricos, come os ermopares. 0 principio de fnlonsmenta dos texmametro baseia-e ne po predade dos materiais de expandiece ou contrsinse om atemperatra, Quando adquirem calor aumenter e temperatura, dilatam-se e aumentam de volume, porém, quando perdem clo, ozorreo contro (05 trmémeteos normalmente fornecem o valor instantineo de temperatura. A leitura deve ser realizada conforme mostrado na Fig. 3A. Para o termémetro de mercirio, a diragéo do olhar deve coinedir com a linha tangente a parte superior do ‘enisco, uma vez que este &convexo (Fg. 316, lado esquerde) ji para otermémetr de slcoo, a diregio do ola deve coincide com a linha tangente 8 parte s =e Temperatura inferior do menisco endo em vista que este écSnce- ‘vo (Fig. 2.8, lado diet, Os metorologstas utlizam termimetot de méxima e de minima para medir as variagdes tem: porais das temperaturas atingides pelo ar em um eterminado dia, a mais elevada e a mais babes, respectvamente 0 termmetra de méxima é um ter smémetzo de mercirio que possi, prime eo bulbo, ‘um estrangulamento que permitea passagem do mer. rio quando este se expande em vite do aumento da temperature, mas impede seu retorno quando a temperatura diminu. Assim, atemperaturalldenesse Fg 34. Let dostarmine tt de meretroe de Sa ante apd de Mei ay. termémetro refere-se& tempertara maxima desde & ‘lima ieitura, apée a quale termameto deve ser ag tado de modo a frgar que o moreno vole oo bulbe © cermémetro de minima é um termémetro de cool fem quest imerea uma pequens pecachamada indice, ‘que tem forma de umn halter ese mexe com 9 mene. co quando acokuna de coo secontrai em dreco a Yulbo, ou seia. quando a temreratura din, mas fairs Alecel passar quando sete se expande, des- prendendo-te do menisco. Deese mode, aletura deve se realizada com a parte do haker mais dstante do bulbo,Apos a letura o termémetto deve ser inelinado de tal manera que o indice deine novamente até 9 menisco, Ambos os temémetieedever 2 clocados soma, a 15m de altura do slo e dentro do abrigo meteoric, que deve ser pintado de branco, como cexibido na Fig 32. © abrigo fiz parte das ertagoas meteocoigicas convencionais em superficie Mais etalnes sobre esas estagbes si dados no Gap 7. ‘Avariag dae tempersturee maximas e minima Aidrine pode ser observada por meio de grétices, assim ‘como a temperatura média do dia, que corcesponde & _médisenteas temperatures mazimaeminima(g. 3. ‘A variacéo temporal de temperatura também pode ser registrada continuamente par um terms: f7afo. O mals comumentswtileado tem eomposicho Iecinico e & chamado de termégrafo bimetlico (ig 39). Seu sensor é uma lémina constcuda pels Jungle de duas placas de metas com diferentes coe fcientes de ilatagio, Ess Iimina tem auacurvetura skereda quando uma diferenca de cemperaturaleva 2 tierentes expansoesicontragées das pcas de metal ‘Acoplando-ihe um sister de alavaneas, uma eaneta fe um tambor rotativ, a variagdo da tempersture der ser repistada nos termograras ‘A temperatura sentida pelos organsmos vivos pode ser diferente daquels medida no ambient. sso corte devide ao efeito da sensagio térmica, que varit ‘om bage nak caracteristeas de isolamento térmico {vertiment},AeolSgcas (stvidedos, dade sat « atmoafrics fexposicio & radlagéo solar, umidade relative vento) A umidade relative & ums medida ‘a quantidade de vapor agua na atmosfera, 20 73850 queaventoé 0 arem movimento. Quando ar estéimido,@ eraperacéo do svor fa limita, mas quando est Seco ocarve 0 contario,0 Fig.32 (a) Abr terest (8) mone rena peri) rina rer Font: covei da Eto Metvrlgi db IAG Tengen ml ina) Temosrea to x00 Fia,33 risen dastmpe- tpt de 2012, ce sce de bos ral denier (here, nando Mion de Saran (Sioa ~O-Tenpestramiine Fig 3.4. Ted Linea ue pecmite um ripidoresfriamento ds pele, Ventos fortes contiouer pare um maior processo de ev2 Poracio eo organism tende a ce refrian. Ha vise formas de caleularofndice de conforto humane, Para regidestropicais,onde o vento mais frac, hd indice de descontorto (0) (Them; Hosen, 1989, queconsidera apenas os efeitos da temperatura e da umidade 4(F, 1.) +48 faeledoem’c] oan ‘om que Tye Ty eo, reepectivamente, a8 temperstiras de bubo seco (temperatura do ar) e Bulb dia ter eratura medida quando obulbo de termémetro ests fenvolto numa gaze umedecica) A diferenga entre T Ty ect elacionada & umidedereatva do ar ~ quanto menor adiferenga, maior umidaderelativa Essa cussto sere mais bem abordada no Cap. 4 De acordo com ess indice, valores de ID abaixo de 21°C enti astociados a uma sensagio deber-star, para ID entre 21 °C @ 29 °C, uma parte erescente da populaciosentedesconforto:e para ID acima de 29°C, todos sentem um forte deseonferto. 16 outros indices {que levar em conta a vlaciade do vento, como © conforta tice. ‘A seguir ord veto como alguns fatotesinlue iam a temperatura do ar no expago © no tempo, "Entre eles, as esacbes do ano, a latitude, eakitud, 9 ofeito ds continentslidade, ae conrentesccednicae, 0s padrdes de creulago stmosfrica ea varagio ds radiagio 20 longo do dia 3.2 Fatores que influenciam as variacoes da temperatura 3.2.1 Estagbes do ano ‘ATorra di uma volta o redor do Sel - movimento de translagéo da Terra go redor do Sot ~ er 36525 dias © plano definide por essa tajtéria é conhecido como Plano da ecliptics. As estas do ano existem em vir ‘tude desca translagio e porque o eixo de rotagio da ‘Terra est inclinado cerca de 235° em relaho a ver ‘ical do plano da ecipiea,& todo inetane ua parte do planeta ett mais exports aoe rae do Sol do que outta, fo que depende tanto do giro da Terra emt {orno de seu eixo ~ movimento de retagto - quanto Go giro 20 reéor do Sal~ movimento de trensiagio, 0 movimento da Terra m torno de seu exe imaging ode rotagtoflxo que passe peles polos Norte Sul) 6 responsavel pela sucessao de di © notes e pelos ‘movimentae apatentes do Sole dae ertelss. Dizse que Sol ens extolas nascem ese pSem, como sees se movimentessem ao redr da Tera, mas, na elias de, ¢ Terra que gira, e esse gro ocorre de onste pars leste (Fig, 35). Se um cbservador estiver no e=pag0 sideralem cima do pole Nore, veré.artsgho da Terra no sentido aniFhordria fe estivernoespaco sideral, ‘em cima de pol Sl, vers rotagio na setige hors, Fla.35 Rotated Tera 2 eda ese masini de rego Foe: depads de Omeunera.2002, ‘0 movimento aparente do Sot pode ser exempt cado pela Fig. 6. Um observador posicionado sobre ‘superficie ds Torra e que tem onorte sua fente © o sul as sues costs vera o Sal deslocarse da dieta (reelo lest) para zesquerd (epi ost} J que a ‘Terra gin de oete para laste ‘A altar do Sol ~ Angulo entre 0: raios cores © © plane do horizonte~influenci a variagio da tem= Deratura Logo apés o nascer do Sol, os vais solares Incidem ma superficie de forma bastante inclina ou sej, @ altura do Sol & pequena. Neste period, 4 temperatura ¢relativamente mis baixa, porque a Meteors | 9.246 Movinenoaparents do Sd aor: aapdode aires.) cenergia solar s2eepalha por ims dren maior ivea A da Fig. 26).Ao%eie-dia, ainehnacio dos rice slares ‘com relago ao zénite ~ponto no céu bem acmma da cabeca do observador~@a mener, ou sj 0 Sol atinge fun méxima stra e a radiglo incide sobre uma ‘superficie menor (ies 8). A temperature ce meis ‘levada, port esse periodo ainda no € 0 com maior querimento dito (ver sez80 23. Ao ocaso ou por o Sol, oF rage solaes novancente incidem de forma blue © a superficie luminada volta a ser maior (évea C), Nesse estigi, a temperatura vota a dimi- ir, Durante s noite, na ausincia de radacio solar, ce juntamente com a perda de norga da Torra pars © espace, atemperatu diminalgradusmente ‘tempo que Tra leva pa dar ums lea com. Dieta 90 reor de seu eo de tao, E06, eu Derioco de rotagia, ¢ de 234 56 min 4s, que ‘stremautas arenes d quee di sla cue ee Bihar, Ota sla 0 periodo ene dis “meos-dis ols eo se, quando oSolatinge ws altura maxima no ‘tu a0 longo do dia. © dia solar ¢diviido em 24 horas. (0 tempo de rotacso da Tera é ligeramente menor, endo de 23 S6rmin4.s. Acxpiagio paraiso 6quea “Terra nio¢ ive, e sim taladade a redor do Sol {Fig 3 ajuda acompreendero conceto dedi solar. Enquato yi eo or de seu in, «Test cut tins seu deslocamento a0 rdor do Sol no masmo endo, Pore ool valtara tere mesinaposigio nocéu pa uma retagio completa da Terra (25 56 min serio nacessirios mais 3 min 56s, Portanto, 9 dia colar € ligeremente mais longo do que 0 periode de rocagto da Terre, cmueaeoe fumes eee ae = _ 5) Fe.27 Perso Se ioiod eae cdi sdar | Ft aterato de Mies (4). £ possivel observar em tempo rel o efeito do movimento de rotagio de Terra por meio de imagens esate ‘Vite 0 recut em cw fourmlabetiesiny Earth eseenocine 0 periodo de tanslagio de Terra redor do $0} 6 de 265 dias € 6 hors, Pr isso, a cada quatto anes, Ingo ane bissento (1 hores=74 horas =1 dia solar), ‘nae movimento de trantlagSodéce num plano ima ‘lndsio denominado ecliptica. A étbita ou trajetéria {a Terra em torno do Sol € uma elipse muito pouco fchatada, sando que © Sol ocupa um dot focos da cipse, como most, de forma um pouco exagareda, 8 Fig 38, Desta fora, a distinc Terra-sol varia longo do aba, Terra atinge seu ponto mais pd -ximo 20 Sol, 0 perio (147000.000 km), em toxn0 do ‘ia 4 de janeiro, e seu porto mais distant, o aflio (052000000 kin, por volta do dia 4 de Julbo. Ente- tanto, no & esta varing na distineia Trra‘Sl que ceplica ap estagBes do ano. Se fosse assim, tanto © hemistéio Norte quanto o hemisério Sul vivencla- tam a mesma estaco so mesmo tempe, © que nio corr, qve, quando é verbo no hemisfério Norte, inverno no hemisfro Sul, [Nab Figs, 38 39 € possvel observer que a incl- ago Uo win te ogy da Tetta em todo © 560 percureo a redor do Sel é constants. Assim, durante seis meses, o hemisfrio Nore recebe mais energa Solar do que hemistrio Sule durante os outros ses ‘meres, o hemisfrio Sul reabe mais energia do que o Iermisfrio Nort, expicando as estagSes do ano noe iferentes heris cas, A primavera do hemistrio Sl inicia-se om 22 ou 23 de setembno, no dia do equinécio de primavera 4 equinécio do outono boreal, pols marca © inicio ds estagio co outono no hemisfrio Nore). No ‘quinéelo,o dia tom # mesms duragio de note, ou 52, cada um tem duragio de 12 horas em todos 08 locals do planeta. Além disso, para uma pessoa que pine a0 meto-ai, Para otras loelidades, © Sal, 20 reio-da,terd uma inclinegio com relagio 20 zéite fexatamente (gual & sun latitude. Com 0 passer doe dia, indo do equindcio de primavera para o sletiio overdo, ohemistérie Sul val ecebendo mais energia do que o hemisféro Norte ea duracio ds das torn st malor do que 2 duracdo das cites. (O verio do hemistrio Sul comega em 21 ot 22 de de nto, no solatcio de veréo astral (ousolsticio de {nvernaboreal, inicio do inverno no hemisferio Nort). > - 79.3.8 Moines de ansaid Tera or Sl perdi eoafie Fonte adopts de Movinana..(2013} Nesse di aradiagio scar ange porpendicuarmentea latitude de 2355, sj, otrpco de Caprice. sso quer dizer que, para uma pessoa que estver ness para eo, o Sa stad 2 pin so meic-in, Para quem extiver ‘ratitudes msicres do qu 6655 (ical Petar Anti tice, Sol estas acima do borizante nas 28 horas do dia (Golda mei-ncite) Em compensago para quer estver latitudes maiores do que 655° N (Ciculo Plar Arico, noite draré 26 horas, (© outon austal (quinéeio de outono austral/ equinéeio de primavera boreal) nicia-ae te meses dopoic, em 20 0u21 de marge. Os as io cendo cada ‘vet mais cutos no hemisério Su, culminando no soltcio de nverno, em 20 04 21 de juno, quando a radiasio solar atinge perpendicularmente sIntitde 0235, use), otrépico de CAncer, quando se ern noite mais longa do ano no hemiséro Su ‘Com base na explicago anterior, pode-se concur ‘que movimento sparente do Sol osotreexatarnente 1 Ponto curdea leste, 20 nascer, © exatamente no onto cardeal oete, a oceea, apenas nos equindeos eprimaverae decutano.Somente nesses diss durs: ‘odo perodo cura gual & do periodo noturno. um ebservedor veri que a altura do Sol, num ‘mesmo ori, mda de wm dia para o outro: mai alturas préximo 20 coleticio de verde ¢ menores alu 12s préximo o solsticio de inverno.O mesmo ocore ‘coma posigloe hora da nascere do pr do Sl: ps ‘-equindcio de outono Sol nasceré cada ver mais @ suderta a mais cedo, pe 0 equindcio de primave 13,cada vez mais anordestee mais tarde (Fig. 320 Fig.39- Movimento de soredor de Se eas ne eda de Dis ea Faunce de Fg. 210 Mevinantoanulapared ope ua pessoa heii Sa| A varigio espacial da temperatura no globo & ormalmente mostrada por melo de isterms, que ‘lo linhas que conectam pentos de temperaturas Sigua. Fig 211 moctra diexibuido global de tem- eratura mda entre os an fe 1980¢ 2010, Cada cor fest associa a uma soterma, De manera gral. hi menor variegie de temperatara em tora do equacar ‘emniorem direglo aos pole, Além disco, as tempera tures diminuem do equador prs os pols es8o mais ‘levadas no hemisteria de verso - porque a quantiea de de radiagio incidente & mor @ mais baixas no hemisiévie deinverno. eee ig. 211 Temperatra nad rem sapere re 1980€ 2010 (A) aa deere a fever () jn ages, ois ional bd ee, ont: daptade de NOAA (adc, 8d). guna ftore geogrétcos podem ser cemmbinados ‘de forma & expliesr outros padrbes de temperatura observados nessa pura, como latitude, altiude, padrées de cxulacio atmostrica, continental, comrentes ocednicas«condigdes loess 3.2.2 Latitude de totagie da Tera cm rlagdo eo plano da dita so ‘dor do Sol infuencia a quantdade de energie solar fque chega a cadsIstitde a0 longo do ano, Eate 0 equador eos trépicos,sfopequense a varagdes nessa ‘quantdade de energi dsponivel ena durago do dis claro.0 aumentodalatitude implica mairesveriacbes 4 altura do Sol ao longo do sn, prinepalmente no vero‘ no inverno. sso seta a duraciododia, oust, CGurante o vero os clas fornam-se mals ongos, eas ‘oites, mals curtas,20passo quene invernoastuario 4 opost, Na regi cquataril e topical, os diss eas noltes possuem aproximadamente @ mesma duracio 0 longo do ano, Quanto mais radacao soar est dis- ponfvel mares abo a chances de ocorrinia deltas temperatures mum determinado lca (Fg, 3.1). ‘Aig. 22 mostra um exemplo da médla da term peratura do ar em diferentes loaldades do Bras Em Nota (RN), a aproximadamente&*S, a tempers- om eq fo ‘ura no varia muito 20 longo do sno, atingindo 27 *C fm fevereco ~ as meiores temperaturas médias co Jongodo ano-e745°Cem Julho a8 menores médias anvats, Vitiria (ES, 2 20" S, tem ums veriacso um ‘pouco maior: 259°C em Fevereiro € 717°C em julho. {temperatura miédia em So Foul ($2), 235° 5, & de 22 Cem Fevereiro 158 °C em julho. A maior ‘varagio entre a capitis brasieiras ocorze em Porto Alegre (RS), © 30° S, com temperaturas mécis de 247 °Cem fevercio ¢ 14 °Cem junho, No vero em Porto Alegre RS) aradiast selarincidena superice ‘commaiorinclinagio do que em Sto Poul (SP), entre tanto a duragio do din claro ¢ maior, fazendo coin gue as temperaturas seam mals elevadas. Outros ftores ‘também infuenciam a ocorréneis deste fenémeno, camo o efeto da abitude, 2 continenaldade © os padres de crculagto atmostrie 3.2.3altitude Altitude €a altura de um determinado local com rele ‘0 0 nivel médio do mar (MNO, No Cap. 1, fl visto (quea temperatura na troposfea diminuicom a altura ‘que uma das causas disso & a reducio da densidade 4a atmarfera menor nimero de moléculas ds grees — com altura, Assim, quanto maior aalitude, menor temperatura, Também se sbordow quea taxa de so da temperatura com a altura de uma atmosfere Dadréo € de sproximadamente -65°C/km, ‘Aig. 313 mostra a variaclo mengal da tempers tra do ar em Bras (atnude de 158° Se alsude de 1.1597) em Culaba (MT) (atitde de 15,5" Se altitude ‘40151 my cidadeslocaizadas em latitudes mito pri- ‘mas Aatiude de Basa é quase 1 km maicr do que @ {de Cubs ov sj adferencade temperatura experada entre as cidades,consderando apenas a taxa de vata io vertical da temperature, serin de 65 °C. Enetanto, 4 temperatura média anual de Brasilia ¢ de 212°C, fenguanto a de Calabé € de 256 °C, uma diferenga de 44°C. Em grande parte essa diferancaéexpicada pla Alispaidede dealers, mas também hi outros fatores {que afetam a temperatura, prncipalmente os padebes de circulago atmosferies crculagtes mais locas Tes end da In i z Ly i 3 i 5,4 Mirage orp ea a GecrORENom a seni te Siete Too totelege Tom mine Forte apnoea (4) + ehenpeaatelas, i+ i a ba fx hee smo a Siete ote: dapat de ct (-), Temperatura | tear. | 3.2.4 Efeito da continentalidade [infuéncia des oceanos econtinentes na distibuicio ‘spacial da temperatura pode ier entendida por meio 4a Fig. 221, Noe maces de inverno, of continents sie mais frioe do que cceunos 2uma mesma latitude, fe, nos meres de verfo, 8 continents s8o mals quen- tes eso pode ser explicad pel fo de 8 stmosfora ser equecide » pertr dao conades de ar prximac 2 superficie do planeta, isto, de baixo para cima ‘Assim, 0 tipo de superficie fetara 2 temperature o at. Os continentse poseuen capucidade temic menor do que # da égua. Considerando a radiag solar incdente numa mesa tude, os continentes ‘qucce-tee restriam-se mas rapidamente do que os oceanos.A gua tem ale epectico -quantidode fe calor necessria para eleverem 1 °C wma massa fle 1 g de subsea - muito maior do que 2 terra. or essa razio, ac varingSes de temperatura na Agu 30 menores do que nos eontinentes. AXém do mais, 2 agua € relatwamemte tansparente, permtind ‘que a radacio solar atinjaprfundidades consderi+ vei, a0 paseo que a terra &opaca, ea radiacio solar € sbsorvida apenas nos prineiros centimetros ds superficie, Ouro motivo é que, sobre uma superficie 4 gua, part do calor fornecido pode ser utlizado na evaporagée, Quanto maiora quantidede de vapor ‘ha atmosfera, menos energie escapa para fora da aninostereterestre e ha menor reduc de tempera- ture, Outro proceso a ser considerado & que « igus também é um Muidoe pode se: misturada tanto hori = z mie % ay 6 Pog faith eee t 9.3.4 Pring orarn nance a rede de gla Fare apt de Ctdon 2913). ‘2ontalmente quanto verticalmente, podendo levar ‘energia de uma rede para cute. Tad isco exphica 4 varlagio da temperatre doar, que é mir sobre uma superficie de tera e menor sobre uma superficie ae igus 3.2.5 Correntes ocednicas [As corres oceiniens sin mavimentes qusse hor ontais do vista de iteulago das Aguas do ocean produsidos por ago dos ventos ns superficie do mar. Sto semelhantes sos ventos na atmosfer, pols ans ferem quantidedes sgnicatva de calor das areas ‘squtoriais para os ple, e, portent, desernpenharn tam papel importante no elim global, mais diret- mente nas epides costeiras, Além dso, a8 corenies cednices infuenciam citculagio stmostrica vicewers), interferindo not elementos cimétcos, ‘ais como temperatura, nebulsidadee precpitagio. ‘transporte ce cir pathos pos relizado plas correntes ocednicas quantes compensa 6 ganho de radingdo cm brinas nitudes eo efit em alts lati> tudes. Eseas correntes normelmente se movers em iregi aos polos no sete oeste des oceanos, alee dos continentes. As correntes quentes contribuem pare o aumento da evaporasdo da agua do mar, & ‘qual é principal forte de umidade para a atmosfera, Ege caso da cortete do Brasil, no aceano Atntico (Wig. 914). Por outro Indo, o¢eovrentesfras normal ‘mente se movem em dregzo ao equador no stot este dos aceanos, 4 margem oeste dos continertes, como é 0 caso de corrente do Peru, também conheclda como corrente de Humboldt, € da corrente dx California, no oceane Pacico (Fg. 3.4) Essaa correntes conte ‘buer pare a formagdode muvens mais baxas, do tipo stratus, a quai podem se deslocar para o tole se ‘ransformar em nevoeire, Alm disso gues costeras frias tendem a redusir a preciiteqio. ‘Um exerplo do pape das correntesocednicas na temperatura do ar pode ser observedo na Fig. 3.5. ApesardeLima, no Peru, eMacelé (Al) esterom qusse ‘ns mesma ltitide, a capital peruane apresenta tem peraturas menores do que as da cidade brasileira, Isso se deve 4 infuéncia da alutude ~ Lima esté = 150 m, e Mace, 0 NM corrente do Per, que transporta gus fies pare reldo do oceano Paci- fico tropical este. ‘A sirculagio ocefnics € composts tambésn de uma clrculagio maie lente do que as correntes superfciais, porém no menos importante. Essa cireulagge, gerada por diferencas na temperatura da gua do mar en ealinidade, & denominada ci culagdo termohaling, chega ao fund do mar e é, rmultas vezes,referida como @ crcularlo do eceano profundo oa abistal ou ainda como a Circulagfo ds Revelvimento Meridiona Em algumas dreas do oceano geralmente durante o inverno, o retriamento ou a evaporacta fz 2 Agua a superficie do mar tarnarse mais densa, osufciente para afundar. A agua de outro local deve substitu & gua da supeficle que afunda, 0 afundamento de ‘gua fia corre nas regis polares,principalmente ‘ Atlintea Norte @ préximo & Antértica (Fig 316) ‘osas massas de égua densas eapalham-se por todo © oceano e gradialmenteretornam & superficie pars substtuiradgua que afundou, frmando um grandee Temeertics Tix Fer won Abr od wag On t= Meets 0 Ure lento cinturde de eransporte e mistara das aguas dos oceanes, 0 que configura 4 creulacko termohalina [Neste processo ela transporta caer, infuenciando os padiSes climéticos regionals (Observa-senaFig 316 qveo restriamento€0con sequente afundamento da Sgua do mar ocorrem em las attudes, NeseasregiGes, a atmosfera tender & ‘ser muito fia, entetanto, camo oceano libera calor ara ela a tomperatura do a e torna msisamena, 3.2.6 Padrbes de crculacéo atmosférica ‘iu-se que, nos tropicos, a superficie terestre recebe ais radiagao solar do que perde.}é nor poles a quan. ‘dade da radiagio reebida é menor do que aqvela perdida, Fara que as regides na faixa equatorial neo setornem cada ver mais quentes,o calor ness locals precisa cer transportado para oe poles, Da mesma forma, part 0s polos nio se tornarem cada ver mais fis, oer fro dessa regio precisa ser transportado para. equeder.O aquecimentedesigual da superticie terzestre, em virtude das diferengas de temperatura entre os polos e o equador, e entre a terra © 0 ma, ‘origina movimentos doar quelevam a padres de ci culagéo atmesférica. Conforme serd visto no Cap. 8, ‘existem padiées de crculagdo em larga excals ou glo als, de vento presse atmestériea, ao long de todo © ano, portm com varacées sazonais. Sao eles que {efinem os padréesclimtices. Préxime & repide equatorial, por exemple, hé a ‘Zona de Convergéneis Interropcal, caracterizada pela perssténcia de fsixas de nebulosidede duran. te 0 ane todo, Eepessus camadss de nebulosidade ‘mpedem a passagem de rediagdo solar, diminuindo temperatura do ar. Entretant, sho efcintesabsor vedoras de radiagio terrestre, impedindo que o a. 3.38Tempeatra isin merslem Mace (AL) ome: dpa de Wester. Tempera | Fig. 346 Grea termchan Fart: aapads de Thermohaie.2054 resfriamenta sofa muito intenso. Jas latitudes de 30% apreximadamente, em cata hemisfério,cendem 1 cer regies de céu mais limpo. Assim, 98 msiores temperaturas na superticle da Tera tender 2 ocar ‘er néono equador, mas proximo aos subtpieos, nas egies deoértices. Nao latituces médias, entre 45° e 60" em cada hemisfrio, hé um continuo movimen to de massas de ar quente sendo substituidas por mastas de a fia viee-verse,acompanhadas peas frontesfriase quentas.O¢ mevimentosactocios & ‘entrada de massa dear tambén provocam diferentes padroes de nebulosidade, o que gra um eflto ind reto na temperatura A entroéa de uma massa de ar frio emumarepio pode fazer som que temperatura ‘iminva bruscamente,e essa queda na temperatura pode sr intensifieada se nae hower nebulosidade, ‘como costuma ocorrer no interno ae regiéee Sul, Sistemas de ventos locas, ais como a bisa ter reste, maritima, de vale © de montanhs, cavsam rmudangas de temperatura em perfodos male curtos {do ques padrées globas. Todos esses padres decir clagio © moditieages de temperaturas associadas sore explorades no Cap. 8 dou ccnte > jou tra —> 3.3 O ciclo diumo da temperatura CO ciclo dime de temperstura esti assocado & varia: ‘eo da radia ao longo das 24 horas do dis, ApOs 0 Br do Sol, nam da ser nuvensecom pouco vento, a temperatura vt diminuinde, oorzendo resframen: to radiative da superficie terreste. A temperatara ‘iminut 0 longo da madrugada e s minima ccorre préximo a9 nascer do Sol (Fig 37} Com 0 aque mento slay, @ temperatura volta a aumentar Ao ‘melo-ia solar 0 Sol atinge sum stra més no cu a supertcieecebe a maior quantidade de energia solar possivel deece dia. Enteetanto, a temperatura ‘méxima do ar ocorre algumas horas apis o melo: a solar, Para entender essa defasopem, obseve-se Fig. 317. A temperatura do ar responde 4 radiacio liquide eferenc entre as radiogSes solar etrcestre eno & radagio solo. Enguanto ease diferenca é (que a radiagio terreste emitida ~entze,sproximada- smente,onascer do Sole 55h, temperatura dost ‘aumenta. A partir domomento em quea diferenca se torna negativa, on sea, 2 radiagio terest emitida maior do que a radingie ool incident, a tompe satura diminu ise 1 imbine Ns = Sie a | Retox solar inente Fg 347 Rant gia evra Os processes que causam a variagto de tempera- ‘ura ao longo das estagées do ano também interfere noel iurno da temperatura Rosé, ocele dir & ‘muito mais curto de que o ciclo anal. Pr esee motivo, «amplitude térmica ~ diferengaencre as tempera ‘as maxima e minima ~ alumna pode eer grande em lgumas rides. A amplitude trmica do cielo duno depende da variagio ds altura do So. ssa varlago de temperatura 20 long do dia pode ser maior em nti fee baat © menor em ales, ou se, oa tedpios, 8 Aiferenca de temperature entre da © noite € normal: ‘mente maior do que contrasts entre invernae vert. © feito de continentalidade também contibui para amplitude diurna da temperatura, que & menor sobre os ozeanos do que sobre o continents A caracte- tisticaseletiva da absorgio atmesférica, dscutida no (Cop 2. tende a aterar@ cielo diurno da tomperstara. ‘As puvens diminvem a amplitude da veriagéo,uina vez que de dig, refetem radiacto solar para oexpaco, Aiminnindn a aheorgin pela superficie, , 2 noite beorver e (rradiam grande quantidade de radia" ‘lo terrestre, ciminuindoo restiamentoda superficie. Sona temperature doar See MON ste edapnd de Sovey- fae) Outros motivos dizem vespeito velocidade do ‘vento © & umidade relativa do ar. Dias com ventos calmos preduzem maior amplitude térmica, poraue 1h mencs troca de calor entre as camadas de a. ‘elagio @ umidace, quanto mais seco estiver © ar, maior serd a quantidade de radiagdoinfavermelha da superficie que atravessard a atmosferade volta perao espaco, zumentando, assim, a amplitude térmica, ‘ute efetoextremamente importante tipo de cobertura condutiva da superficie, Areas cobertas por vegetacopossuem balxacondutividade térmica alo albedoe,geralments, midade relativa maior.) re uurbanas, que aprecentam superficie impermesveis, so boas condutoras de calor e possuem baxo albedo «, geralmente,baixa umidade velatva,Ragiges den- samente orestadas podem ter uma diminigio na radiagbo incident na superficie, levande a temper turas mais amenas durante dia. Ao mesmo tempo, como hi considerivel evapotranspiragéo das plen- te, temperatures durante 0 elie ¢« medraged tendem a ser meisaltas do que aquelas encontrades era regides com poucas érveres. Temperatura | Neste capitulo, sert visto que a uid do ar esta relacionada & quantidade de vapor dégva na atmos fera. Como abordado no Cop. 1,2 vapor agua é um os principals gases do efeitoestufae, portanto est relacionado temperatura do er, tendo como prind pil fonte as superficias doe oceanot. Também oe sbordada a importéncia do vapor d'gua na dstibui- so global de dgua (ilo hidrobogico)e a8 diferentes estmatvas e medicoes da umidade doar. 4A Agua A gua & imprescindivel para a vida na Terra, Ba obre mais de 70% da superficie do planeta ea Snica tubstineia que existe nas fases gusoss, liquids © sélida dentro des temperaturas e presides observadas na Terra. Cada molécula de gu ¢ composta de dois stomos de hiévogénio @ um étomo de oxigen, etru- trades como exbido na Fig. 4. + + H H Fg. 41 elena de ague Fone soap des ut. 8), (Quando duas moléculas de égua ce sproximam, © Jado positive de uma é ara pele lado negativa da foutrs, gerando Uma interacio quimica denominada pont de hdreginio (Fig 42, ou sj, 0 tomo de oxi ffnio de uma molécula de agua se liga a0 tomo de ‘ldrogénio da outa, Umidade do ar Fig. 42 ome de hibegéns ene dua maior gue Pte: aaapadn Pon). ssn interagdo & responsével pela ata capecidade térmics, pela testo superficial e pela ait porto 4e ebuligo da gua. A ligaio por ponte de hidrog ‘no também explies por que 0 glo tus na égua. A ‘medida queelaérefriadeaoseupontodesaliifcagio, 4 presonga das lghcbes de ponte de hidrogénto leva & veteccetai | formacho de estrutura cristalina hexagonal do geo. ssa estruturaeeicular faz com que ele tena va ‘densidade menor do que a da igus, eu sea, 0 geo se ‘expande ao congelar,enquantoquase todas as outras ‘substncias se contraem na solilifcard. 4.14 Fases da Sgue ‘deus pode ser encontrada na stoners emseus es tests fies 00 Jase: e805, liuidoe slide ig 4.3) Ha & denomineda geo om erstl quando esta ne fase lida (Pig.4.34, gua cu dgua liquide quandoesté na fase liquide (Fig 4.38) € vapor C'iqua quando esté na fase gesona (Fig. 4 20), Noestadegteoso, a moléculas ‘se mover liverente em tedasas dresses eas subs: tincias ao tm forma defnida. No estado iuldo, a8 ‘moiscuias esto mals péximesumas das outras, mas ainda oe movem ums em rela & outas, isto ‘Possuers movimento de transgio. No estado slo, ‘28 moléculas se organizam num padebo mals igido fem que ainda vibram, mas néo apresentam mais ‘movimento de tranelago, tendo uma forma geomé trie definida. © ia. Fates do sua: (4s; 0) ua) eases Fonte adopad des ust. ‘A fate da dgua, bom como de qualquer subetinci, 6 determineda pela presfo e pel temperatura em ‘que ela se enconta Porexemple,proximo superficie, fem condigSes ambientes normais co Brasil, a agua & cencontrada em seus estados iui egesoo; entretan ta, caso se diminua a temperatura, ela poderd passar ‘ers estado aide, pesogcrn de um catad pa ‘outro denorinada muda for, Esae macanas ‘podem ser eslizadasvariando ae temperatura ou 8 presto erecebem as seguintesdenominardes: "+ Fusi: madanga do estaco sido para. liquid. + vapriaago mudanga do estado liquide para o stoso. Exstem tds tps de vaporizapic: “+ bvaporagc: a8 molécelae da supertiie do | ligudo garam calor e tornam-se gis @ temperaturas abaiso do panto de ebul lo, senda esse ponto 8 temperatura na utd a pressio de vapor (concelto que seré shordsdo adiante) da substincla que esté } fm estado guide igual & pressio stmor- férica, A eraporacio & um fendmano de superficie em que algumas motéculas tem erp cintticesufciente para escapar da tens superici | + but: © liquide esté ne temperatura de bullcgo © fice borbulhando, recebendo coe etornando-se gis. ) + calefapce 0 liquide reeebe uma grande (quantldade de calor em um curto periodo etornase gis rapidamente + condensgie: madanga do estado gesoco para liquide invero a vaporzacie). 1+ Sola: mudanca do estado liquide para a ‘ido (nvers da sia) + Sublimago: mudangs drets do ettado eiido para ogasose ‘+ -Resutimaeo ox depose: mudance deta do ‘estado gasona pare o eid, podendo também ser chamada de sublimacéo, ‘Aig 44 mostra as mudancas de fase da gua 20 ce manter a presto constantee variando-se ater peratura Aareactempee Pa uu def ene cant 4.41.2 Saturagio ‘Uni importante conceit em Meteoroogia & a satu 1agio do ar com relagzo xo vapor d'igua. tule de lexemplo, considere-se um copo com égus, camo o ‘Mustrado na Fig, 450. Ae moléculne de gua liquide tém diferentes velocidedes, algumas mais lena ‘utras mais répidas. Na superficie, as moléculas com 1maloresvelocidadeeedirecionadse para fora podem ‘evcupar para o ar. Eesas moléculas que escaparam pera o ar sofrem uma mudanca de estado, passa- am do estado liquide pea estado gasoso, on se), sofreram evsporagée. Da mesma forma que algumas rmoleculasestao evaporando,algumas meleculas de ‘vapor colidem na supeice do liquide e se junta sofrendo condensacie. Chama-se de taxa de cogporagie 0 nimero de meléeslas que evapocem ‘num determinado periodoe de axa de condencasio 0 ‘mero de moléculas que condensam nesse mesmo periodo, Numa atmosfea com poueo vapor igus, a taxa de evaporagio normalmente € maior do que a tara de condensacdo, Entretanto, 8 medida que a quuntaée de vapor agua muments, taxa de con: densagio também ae elev, Eventualiente, pode se ‘chegar 8 stuacho da Fig 458, em que a taxa de eva: Doracio ¢ igual & de condensacéo. Esse estado de ‘quilbrio & denominade satura ‘Ao se insert mnie vapor d'gua no ar saturado, essas moléculas “em excesso" se condensario, Na atmostera, no entanto, 0 estado de sturagio é atin ido normatmente com a dimiauigio da temperatura, 4.1. Cielo da 6qua ‘5 4gua esté em movimento contin sbaixo do sale, tore a superficie trrestre © na atmosfera. A cese ‘movimento dé-se onomede ida da gua ou cl hiro ligieiustrado na Fig, 45. or se tratar de um cic, ro hi um ponte inical, mas um bom lugar para comecar #0 06 cceanos, ¢ @energia que impulsiona ‘ciclo ds Agua vem do Sol a raciagto solar atinge superficie dos eceanos, aquecendo 3 4gua. As mole cculae ds eupertici da égua que ten energi sufciente para quebrar a teaséo superficial evaporam para oat CComrentes de ar transportam 0 vapor tanto na dre ie horizontal quanto na draco vertical correntes scendenteslevam o vapor para cima na etmosfea, onde terperaras mais balsas fazem com que ele se condense em gots de nuvens ou ressublime em crs: sais de gelo Dentro das mavens, as paticulas de gua colder, agregam-se, crescem até atingiem tamaaho suicien” te para cai, e caem do edu como pracipitagio, que pode cerna forma de chuvafégua iquida), neve (rs tals de glo)ou granizo(pedagosde geo), Grande parte a precplagto ocorre sobre os oceanos; entretanto, parte do vapor e das nuvens é levada peloe ventoe pera cima dos continentes. A precipita coma neve pode se acurlar como camadasdegoloegelelras ein Toeais mais trios. Essa neve frequentemente derrete ‘quando chega a primavers ea gua derzetidaescorre sobre a terra (escoamento superficial), Parte da precipitaio como chuva também escorre sobre terra, acurmulando-se em Lagos u juntando, 0 ca ros, eventualmente retornando aos oceans « reiniciando o ciclo Pare da preipitacdo também pode ser interceptada pela vegetacto ou sind infil trade nas profunderas do solo (qua eubterrines}, enchendo os aquiferos, os quais armazenam grande quantidade de agua doce por longor periodos de tempo, Sobre as continents, has evaporacio da gua os rio, lagos e da prépriasupertcie terrctre, bem como a transpesclo das plantas e anima, Aa, 42 mostra estmativa da dstibuicto global de égua em seus diverss reservatrio. 4.2 Umidade Umidae é 2 quantidade de vapor d'gua na stmosfors, « existem viniae maneires de expresaéla Para come: ‘at hd aumiade abso, que édefnida como amassa 4e vapor e'égua contda em certo volume de a lem Fig. AS (A) Condewacioe ‘spore de ue (0 satarecio ome: adapta de) Precis tation fd) (8) UCSR fe) ridade doar | ‘Gunonmoses Fig.A6 Ocide de gua Pa aapedo de USGS (ed) ee ‘asacranee ‘Tab. 4.1 Distribuigio global de. Volare reentagem Estimativa da distribuldoslobaldedgva Vel, gua total Porcentagen de gue Fresca “Devanon mare baie 1.330.000 955 cobtas 20a ‘Aavasuberénes Au siberian Fresca ava sbeernea stne Triage oslo “alo terresteecapericie pemarentenes anges eu esca stones favs Rese Eroe pepe fa COOL “Rasa enseres es “Forerototado de e950, brando que o a & compost de wiros gases, entre 08 ausis,o vapor a'équ: oy entender athr eso defi 3 eau Uma porate dere una peauenabethaeneapslacs Unidad abslutn= si2deven0r dio10 ‘umalaoeastea masini ceossa constr ‘oumede ar tere volume grande osficente para contr um numero mut elevaco de molar mse pequee com 9 vnidade: gramnas de vapor dégua per metro cubice dear (gm). naobsetante pra que a proedadeednamicas ‘texmodnamcas dentro date salam uorres Por exemple, cbserve-se a Tab. 4.2. A bole 1 tera 1m de ar e contém 20 g de vapor cigua, entdo a lumidade abeclutaé de 20 gramat por metro cibico (20 gm") Jéna bolha 2, a umidade absolute diminut Dara 0 gm”, pois, embora a massa sejaa mesma da bona 1 20g, seu volume & maior (2m). Como esa Aefnigéo est atrlada 20 volume de ar, toda vez que nouver expansio ou contracio dessa parcela de 5, @-umidade absoluta itt diminuir ou aumentar, ‘mesmo que a quantidede de vapor agua continue ‘4 mesme, Como ser visto, ais processos so coms ng atmosfera , portanto, a umidade absoluta nfo & sormalmenteutlizads. Tab.4.2 Conceto de umidade absoluta “Fonte aapeedo de ens BOTH, xis outra forma de quantifcar a wmidade do a, mai interessante para a Meterologia, Trata-se da unidade especie (@),definida como a massa de vapor

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