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6.º Teste – 11.

º ano
Proposta de Correção

Grupo I
A.
1. A partir da leitura do poema, podemos caracterizar o sujeito poético como
um observador que deambula pela cidade de Lisboa.
De facto, logo a partir da primeira estrofe, o “eu” apresenta-se como um
transeunte que observa a cidade e fixa no poema essa observação ocasional
marcada pelo visionamento do trabalho dos “calceteiros”, pelo avistamento
das “peixeiras” e pelo movimento de outros “viandantes”. Paralelamente, o
sujeito vai apresentando as suas impressões a partir de reflexões pessoais
sobre o real por onde deambula: “que união sonora”!” Será ainda de realçar o
momento em que o “eu” transfigura o real, imaginando-se no campo: “Não
se ouvem aves; nem choro duma nora!”
Em suma, o “eu” lírico apresenta-se no poema como um observador da
realidade citadina circundante, a partir da qual reflete e se evade para locais
com os quais se identifica.
2. No verso “Com choques rijos, ásperos, cantantes” está presente uma
sinestesia.
O sujeito poético deambula pela cidade de Lisboa e capta através das suas
sensações o que o rodeia. Assim, os ruídos que resultam do trabalho dos
calceteiros fundem-se com as características dos homens e daí resulta uma
adjetivação expressiva, que mistura sensações táteis com auditivas.
Na realidade, o som que resulta do “choque” entre o ferro e a pedra ecoa e
o som é ao mesmo tempo “rijo”, “áspero” e “cantante”.
3. A partir da leitura do poema, é possível verificar a presença de várias
características da poesia de Cesário Verde.
O sujeito demonstra uma simpatia pelas classes trabalhadoras que povoam
Lisboa, transformando-as nos novos heróis da cidade: “Disseminadas, gritam
as peixeiras; / Luzem, aquecem na manhã bonita”. Assim, personagens
inusitadas como os “calceteiros”, as “peixeiras”, ou os “viandantes”
adquirem no poema o papel de protagonistas do real quotidiano observado.
Outra característica da poesia de Cesário Verde evidente neste poema é a
presença da transfiguração a partir de um episódio do real. Deste modo, o
facto de o “eu” fixar o seu olhar nuns “quintalórios” degradados de Lisboa,
fá-lo evadir-se para o campo e demonstrar a sua nostalgia por esse espaço:
“Não se ouvem aves; nem o choro duma nora!”.
Em suma, este excerto do poema “Cristalizações” apresenta as principais
inovações da poesia de Cesário: atitude deambulatória, observação acidental
do real, elogio das classes trabalhadoras e incursão do campo na cidade.
B.
4. Os Lusíadas são uma epopeia escrita no século XVI, por Luís de Camões,
que desenha, logo a partir da Dedicatória, um imaginário épico coletivo.
O nosso poema épico apresenta uma estrutura externa e interna que

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obedece aos moldes clássicos. Trata-se de um poema longo que comemora os
grandes feitos da história do povo português, o qual assume o papel de herói
coletivo. A intervenção dos deuses no assunto principal da ação, a viagem de
Vasco da Gama à Índia, enaltece o serviço prestado à fé e à Pátria e a
excecionalidade dos obstáculos ultrapassados. Em contraste com as epopeias
clássicas e com as contemporâneas a Camões, os acontecimentos históricos
relatados são todos verídicos e excedem, em grandeza e dificuldade, os relatos
mitológicos ou lendários.
Em suma, o registo poético da História de Portugal e, dentro dela, as
Descobertas marítimas são de tal modo gloriosas que dão matéria ao mais
nobre género literário: a epopeia, repositório do imaginário cultural da
Antiguidade clássica revisitado pela cultura renascentista.

Grupo II
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

C A D D B B D “ideais de Sujeito. Oração subordinante – “é


permanência” homem de ação, tão resoluto e
. coerente”;
oração subordinada adverbial
consecutiva – “que se faz
tipógrafo em Paris”;
oração subordinada adverbial
final – “para que o seu
socialismo tivesse a sagração do
trabalho”.

Grupo III

Tópicos sugeridos:

 Apresentação da manifestação artística.


 Aspetos positivos.
 Aspetos negativos.
 Apreciação global.

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