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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS

Proposta de implementação uma rede gigabit passive optical network na empresa


EPTI-Soluções, 2022 Bairro Zango 1

Autor: Fábio Bráulio Amorim Saraiva


Orientador: Orlando Sanchéz

Luanda-2021
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS

Proposta de implementação uma rede gigabit passive optical network na empresa


EPTI-Soluções, 2022 Bairro Zango 1

Autor: Fábio Bráulio Amorim Saraiva


Orientador: Orlando Sanchéz

Luanda-2021
Termo de Aprovação

Eu Fábio Bráulio Amorim Saraiva, certifico que este trabalho é original


_____________________________

Proposta de implementação uma rede gigabit passive optical network na empresa


EPTI-Soluções, 2022 Bairro Zango 1

"Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Instituto Superior Politécnico de Ciências e
Tecnologia como parte dos requisitos para
Obtenção do grau acadêmico de Licenciado em
Redes e Telecomunicação"

Esta Monografia foi avaliada e aprovada para a obtenção do grau de licenciado no curso
de Redes e Telecomunicação com nota__________.

______________________________________
Licenciado prof. Orlando Sanchéz.
Orientador

___________________________________
Ph.D., Dr. Carlos Rafael Figueredo Verdecia
Presidente do júri

___________________________________
Licenciado prof.
Arguente

___________________________________
Licenciado prof.
Arguente

Luanda-2021
EPÍGRAFE
"Se quer ir rápido, vai sozinho. Se quer ir longe, vai acompanhado"
Provérbio Africano
DEDICATÓRIA
Este trabalho de fim de curso dedico primeiramente a Dona Virgínia de Nóbrega em
memória, em segundo dedico ao Fábio Saraiva, autor do trabalho.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço á Deus pelo folego da vida, e a aos meus Pais pelo esforço que
deram em prol da minha formação.
Venho também agradecer aos senhores Profº Pedro Manuel Vunge,
RESUMO
O presente trabalho de fim do curso busca abordar sobre a implementação da rede
GPON no INSUTEC, o tema tem uma enorme importância nos dias de hoje, GPON é
um tipo de transmissão que é feita via fibra ótica que traz maior conectividade,
velocidade, pois é a mais usada dentro do serviço de transmissão de dados, a tecnologia
GPON oferece eficiência do protocolo, o que quer dizer que a tecnologia transmite
dados realmente úteis para o dispositivo. Com essa implementação poderemos angariar
melhorias no sistema de transmissão dentro da corporação. O presente trabalho visa
explicar o processo de implementação da rede e explicar funcionamento dos
equipamentos dessa tecnologia, tais como a OLT e a ONT.
Palavras-chaves: Fibra ótica, GPON, OLT, ONU.
ABSTRACT
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELA
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
INTRODUÇÃO
Como temos visto, o avanço tecnológico tende a melhorar a cada dia que passa, isto,
para o desenvolvimento da informação na comunicação, esse avanço tem-se notado em
grande medida com a utilização da fibra ótica, sendo ela um grande condutor elevado de
luz, imagem, isso para o desenvolvimento do processo ou operação nos sistemas que ela
suporta, pois possui um nível de velocidade na comunicação muito elevada, além da sua
confiabilidade e atenuação.

A transmissão de informações por fibras ópticas tem sido cada vez mais utilizada em
redes de telefonia e de dados, ela é muito usada tanto no espaço nacional como no
mundo todo, uma vez que as fibras são superiores aos cabos metálicos e enlaces de
rádio quanto a capacidade, confiabilidade e atenuação.

Também dizer que o crescente desenvolvimento da tecnologia no processo de


fabricação das fibras ópticas, além de reduzir os custos de implementação, as tornou o
único meio de transmissão compatível em banda larga com novos equipamentos e
tecnologias usados em telecomunicações.

Problemática
A empresa EPTI-soluções é uma empresa de direito Angolano prestadora de serviço no
ramo de tecnologia de informação, a referida empresa está comprometida com uma
missão de apresentar serviços de tecnologia de informação de alta qualidade e atrair o
maior número de clientes e usuários, sendo uma empresa que possui uma rede pequena
que por vezes as respostas aos serviços de dados nem sempre são de boa qualidade
levando em que muitos casos deve ser feita repetitivamente alguns serviços prestados
aos seus clientes e com intuito de trazer melhoria nos seus serviços, a utilização da rede
GPON trará uma melhoria muito significativa para empresa.

Problema
Como melhorar o serviço de dados na empresa EPTI-soluções?

Hipóteses
Hipótese 1: com a implementação da rede GPON o serviço de dados terá uma melhoria
muito significativa para empresa.

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Hipótese 2: com a utilização da rede GPON teremos maior capacidade de inserção de
utilizadores.

Objectivo geral

Explicar o processo de implementação da rede GPON na empresa EPTI-soluções.

Objectivos específicos

Diagnosticar as condições técnicas na empresa EPTI-soluções para implementação da


rede.

Explicar o funcionamento dos equipamentos da rede.

Enumerar as vantagens da rede GPON.

Delimitações e limitações

Neste trabalho de conclusão de curso, aborda sobre um sistema de transmissão que é a


Fibra Ótica utilizando um sistema Gpon. O campo de estudo foi feito no ano de 2021 na
empesa EPTI-soluções para que se possa alcançar melhorias na qualidade serviço de
dados para ajudar a gestão da empresa.

Dentre as limitações enfrentadas no presente trabalho de fim de curso a maior da


dificuldade foi o acesso físico de alguns equipamentos óticos passivos para testes
práticos acesso aos aplicativos de configuração dos componentes pois não são grátis.

Justificativa

Visto que o mundo está inclinado para as tecnologias, o tema escolhido envolve um
sistema de transmissão muito poderoso no mundo das tecnologias de informação que é a
fibra ótica, ela possui uma capacidade de transmissão de dados muito maior do que as
outras tecnologias de redes ou serviços de dados, sendo ela o meio mais rápido usada
para transmissão de dados e nos como estudantes de telecomunicações o seu estudo é
bastante interessante do ponto de vista científico, que por sua vez abordarei sobre a
implementação da rede GPON.

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Metodologia de pesquisa

Quanto ao objectivo:

Pesquisa descritiva é a metodologia utilizada para estudar e levantar dados. Pois é


aquela que analisa, observa o registo e correlaciona aspectos.

Quanta abordagem:

Pesquisa qualitativa é uma metodologia de carácter exploratório. Pois estamos presentes


na análise de conceitos de ideias.

Métodos teóricos

Pesquisa empírica, pois busca-se á analise, investigação, verificação e observação.

Estrutura da monografia

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1-REFERENCIAL TEÓRICO

1.1-Fibra Ótica
A fibra ótica é um elemento monofila de estrutura cristalina, condutor de luz, que
transporta a informação na forma de energia luminosa. (CARVALHO, Álvaro &
BADINHA, Luiz,2011).
Desde os fins dos anos setenta que as fibras ópticas se tornaram um dos meios de
transmissões mais importantes para o sistema de telecomunicações de médio e longa
distância, tendo vindo a ganhar alguma relevância na curta distância. (Pires, João.
2006).
Algumas das razões ou vantagens na qual exprimem o enorme sucesso da fibra ótica são
detalhados no seguinte:
 Baixa atenuação
 Largura de Banda mais elevada
 Dimensão e peso reduzido
 Imunidade a interferências eletromagnéticas
 Custo reduzido
Baixa atenuação: as perdas de transmissão introduzidas pelas fibras ópticas são muito
reduzidas, sendo comparadas aos pares simétricos ou cabos coaxiais. (Pires, João.
2006).

Largura de banda: A fibra ótica tem maior capacidade para transmitir sinais de
frequência muito mais elevada do que os outros tipos de sistema de transmissão. A
largura de banda de transmissão disponível também depende do tipo de fibra, sendo a
monomodo a que apresenta maior capacidade. (Pires, João. 2006).

Dimensão e peso reduzido: A fibra ótica é mais leve e tem um diâmetro mais reduzido
do que outros tipos de transmissão. (Pires, João. 2006).

Imunidade a interferências eletromagnéticas: Como o material base das fibras ópticas é


o vidro de silício (SiO2) e este não conduz eletricidade. A fibra ótica é imune a
interferências eletromagnéticas induzidas por fontes exteriores (Ex: cabos de alta
tensão, radiofusão, descargas atmosféricas). Também imune a diafonia originada pelas
outras fibras. (Pires, João. 2006).

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Custo reduzido: O cobre é um recurso muito limitado, enquanto a matéria-prima usada
para o fabrico das fibras de vidro sílico é uma das matérias mais abrangentes na
natureza. Atualmente as fibras ópticas são mais baratas do que os meios de cobre.
(Pires, João. 2006).

Além disso, como a atenuação da fibra, assim como a dispersão, são muito inferiores às
dos meios de cobre, os sistemas de transmissão ótica requerem um número muito menor
de repetidores, conduzindo a uma redução muito significativa do preço total do sistema.
(Pires, João. 2006).

Fundamentalmente, uma fibra ótica é um guia dielétrico cilíndrico constituído por um


núcleo e por uma bainha, sendo o índice de refração do núcleo superior ao índice de
refração da bainha. Temos como: Índice de refração do núcleo (n1) e Refração da
bainha (n2). (Pires, João. 2006).

Principais desvantagens
Como todo meio físico de transmissão, as fibras ópticas também tem desvantagens:
Fragilidade: uma fibra ótica e infinitamente mais frágil do que os cabos convencionais,
não podendo ser manuseada facilmente sem estar revestida. (Maldonado, Edison &
Matos, Dinaldo. 2003).

Dificuldade de conexão: por terem dimensões reduzidas as fibras exigem alta precisão
em seu manuseio e na realização de conexões e junções. (Maldonado, Edison & Matos,
Dinaldo. 2003).

Impossibilidade de alimentação remota de repetidores para alimentar um repetidor no


sistema de fibras ópticas é necessária uma alimentação elétrica independente para cada
repetidor, impossibilitando uma realimentação através do próprio meio de transmissão.
(Maldonado, Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Falta de padrão dos componentes: O fato da tecnologia de transmissão por fibras ópticas
estar em constante avanço não facilita o estabelecimento de padrões para os
componentes de sistemas de transmissão por fibras. (Maldonado, Edison & Matos,
Dinaldo. 2003).

1.1.1-Estrutura de uma Fibra Ótica

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Núcleo: O núcleo é um fino filamento de vidro ou plástico, medido em micrómetros
(10,000001 µm =), por onde passa a luz. Quanto maior o diâmetro do núcleo mais luz
ele pode conduzir. (Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

Casca: Camada que reveste o núcleo. Por possuir índice de refração menor que o núcleo
ela impede que a luz seja refratada, permitindo assim que a luz chegue ao dispositivo
recetor. (Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

Revestimento extremo ou capa: é uma capa que recobre o cabo de fibra ótica. (Tronco,
Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

Fonte: KEISER, (2014).

1.2- Composição do sistema óptico


Um sistema de telecomunicações com fibras ópticas é constituído essencialmente de
três dispositivos: transmissor óptico, cabo de fibra ótica e recetor óptico. (CARVALHO,
Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Figura 11.2 Composição típica de um sistema óptico.

Fonte: (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Um transmissor óptico é composto basicamente de um circuito de polarização e um


dispositivo emissor de luz, responsável pela conversão do sinal elétrico de entrada em

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um sinal óptico. Dois tipos de fontes ópticas compõem a maioria dos sistemas de
transmissão por fibra ótica: o díodo emissor de luz e o díodo laser. (CARVALHO,
Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Os recetores óticos são os dispositivos responsáveis pela transformação do sinal óptico


recebido em um sinal elétrico o mais parecido possível com o original são os
fotodetectores. Seu funcionamento é baseado na fotoionização do material
semicondutor, em que a energia do fóton retira elétrons da banda de valência, levando-
os para a banda de condução. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Nas fibras ópticas, o feixe luminoso parte do transmissor ao recetor, aproveitando-se das
propriedades de reflexão da luz ao incidir nas fronteiras que separam meios com índices
de refração diferentes (núcleo/casca). (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Apesar de possuir alto índice de refração e a luz ao se propagar na fibra, o sinal sofre
atenuação e dispersão. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

1.3-Refraccão
Todo meio material pode ser caracterizado por uma grandeza, que define como a luz se
propaga nesse meio. Essa grandeza recebe o nome de índice de refração, e para um
meio uniforme e representada por um número, n.

Cada material tem um índice de refração diferente, e toda vez que dois materiais são
colocados em contato, temos uma interface de separação entre os dois meios, onde de
um lado temos um material com índice de refração n1, e do outro um com índice de
refração n2.

Essa diferença de índice de refração faz com que ocorra o fenómeno de refração, ou
seja, um raio de luz sofre um desvio toda vez que passa de um meio para outro, quando
a incidência não é normal a interface. (Mendonça, C. R 2015).

1.4-Atenuação
Atenuação, é a perda de potência luminosa que ocorre na passagem da luz nas conexões,
geralmente causada por irregularidades no alinhamento dos conectores e irregularidades
intrínsecas às fibras ópticas. (RAMOS, Sérgio,2017).

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A atenuação total apresentada por uma fibra ótica é dada por:

A(dB) = αl
onde l é o comprimento da fibra (em km)

α é o coeficiente de atenuação, em dB/km. (Pires, João. 2006).

Ao se propagar em um condutor de fibra ótica, a luz sofre atenuação, ou seja, perde


energia. Em um sistema de transmissão por fibra ótica, a análise de atenuação total
introduzida é muito importante, pois determinará a quantidade de repetidores
necessários para regeneração dos sinais transmitidos. (CARVALHO, Álvaro;
BADINHA, Luiz,2011).

E esses repetidores representam parcela substancial no custo total de um sistema; assim,


o investimento final é basicamente controlado pela perda na fibra ótica. (CARVALHO,
Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

A fibra apresenta perdas porque seu processo de fabricação introduz pequenas variações
dimensionais, ocorrendo espalhamento da luz e, de modo geral, afetando a qualidade
das emendas e conexões. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Dispersão
Quando um impulso luminoso viaja ao longo de uma fibra ótica, ele se alarga em função
do comprimento da fibra. Esse alargamento determina a banda passante da fibra e,
consequentemente, a capacidade de transmissão da informação, pois, se houver
alargamento excessivo dos impulsos, eles não poderão mais ser distinguidos no outro
extremo. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Tal fenômeno é causado por dois efeitos principais: dispersão material ou cromática e
dispersão modal. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

A dispersão material ou cromática é originada pela variação da velocidade de


propagação da luz no núcleo, decorrente do espectro de frequência do sinal luminoso.
(CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Pode-se dizer que, se o feixe luminoso possui certa largura espectral (∆λ), ocorrem
diferenças no tempo de propagação, pois o índice de refração do núcleo diminui com o
aumento do comprimento de onda, fazendo com que os diversos componentes do

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espectro luminoso viajem com velocidades diferentes (CARVALHO, Álvaro;
BADINHA, Luiz,2011).

Considerando uma fibra na qual existem vários modos transportando potência, cada um
desses modos percorrerá um caminho de propagação, em um tempo, consequentemente,
proporcional ao percurso (dispersão modal). (CARVALHO, Álvaro; BADINHA,
Luiz,2011).

Modos de propagação no interior da fibra ótica


A frequência normalizada da fibra é dada por:

2π .a
V= ∗AN
λ

em que:

• a é o raio do núcleo da fibra;

• λ, o comprimento de onda da luz;

• AN, a abertura numérica da fibra.

O índice de refração n é dado por:

V2
∗∝
2
V=
∝+ 2

Sabendo que α é um parâmetro que depende do tipo de fibra. (CARVALHO, Álvaro;


BADINHA, Luiz,2011).

Tipos de Fibra ótica

As fibras ópticas costumam ser classificadas de acordo com suas características básicas
de transmissão, ditadas essencialmente pelo perfil de índices de refração da fibra e por
sua habilidade em propagar um ou vários modos. Essas características influenciam
sobretudo a capacidade de transmissão e as facilidades operacionais em termos de
conexões e acoplamentos. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

A propagação dos modos no condutor de fibra ótica depende da forma do perfil de


índices de refração. Dessa maneira, quanto ao perfil do índice de refração, classificam-

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se as fibras ópticas em: Fibras de índice degrau e fibras de índice gradual.
(CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

E outro fator importante nos condutores de fibra ótica refere-se à quantidade de modos
guiados. E esses modos denominam-se por:

Fibra ótica multimodo (MM – multimode fiber optic) ao condutor com vários modos
guiados em seu núcleo. (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Fibra ótica monomodo (SM – single-mode fiber optic), ao condutor em que se propaga
apenas um modo (modo fundamental). (CARVALHO, Álvaro; BADINHA, Luiz,2011).

Segundo essa classificação básica, os tipos de fibra ótica são:

• Multimodo índice degrau

• Multimodo índice gradual

• Monomodo

Fibra Ótica Multimodo

As fibras multimodo possuem o diâmetro do núcleo maior do que as fibras monomodo,


de modo que a luz tenha vários modos de propagação, ou seja, a luz percorre o interior
da fibra ótica por diversos caminhos. As dimensões do núcleo variam de 50 µm a 200
µm e 125 µm a 400 µm para a casca. As fibras multimodo são mais baratas que as
monomodo e são usadas para curta distância (LANs). (Tronco, Tânia., & Luís Fernando
de Avila 2007).

Fonte: (Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

As fibras multimodo são as fibras que possuem vários modos de propagação, ou seja, os
raios de luz podem percorrer o interior da fibra ótica por diversos caminhos.
Dependendo da variação do índice de refração do núcleo à casca pode-se classificar as

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fibras em dois tipos: Fibras Multimodo de Índice Degrau e Fibras Multimodo de Índice
Gradual. (Maldonado, Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Fibras de Índice degrau


Este é o primeiro tipo de fibra inventado e é também o mais simples, porém as fibras de
índice degrau apresentam características muito inferiores aos outros tipos de fibras.
Uma de suas deficiências é sua banda passante que é muito estreita, outra deficiência é
que a atenuação é relativamente alta quando comparada às fibras monomodo. Por isso,
esse tipo de fibra é usado somente na transmissão em distâncias relativamente curtas.
Com a potência luminosa sendo transportada em sua maior parte no núcleo da fibra, e
não na casca, a espessura da casca não afeta a propagação dos modos. Existem fibras
multimodo que possuem cascas compostas de algum tipo de plástico transparente
(silicone, poliestireno, polímeros especiais etc.), que apresentam um índice de refração
superior o da sílica. Já existem fibras que são constituídas totalmente de plástico (núcleo
e casca). (Maldonado, Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Fonte: (Maldonado, Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Fibra de Índice Gradual


Estes tipos de fibras são bem mais utilizados que a anterior. Porém sua fabricação é
mais complexa pois o índice de refração gradual do núcleo somente é conseguido
através de dopagens diferenciadas e isto faz com que o índice de refração diminua
gradualmente do centro do núcleo até a casca. Na prática, este índice gradual faz com
que os raios de luz percorram caminhos diferentes, em velocidade diferentes, fazendo
com que os raios de luz cheguem à outra extremidade da fibra aproximadamente ao
mesmo tempo. Isto faz com que a banda passante aumente, aumentando a capacidade de
transmissão da fibra ótica, pois fenômenos de dispersão do pulso óptico são diminuídos.
Essas fibras são desenvolvidas especialmente para sistemas de telecomunicação para
isso possuem dimensões reduzidas em relação aos outros tipos de fibras. (Maldonado,
Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

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Fonte: (Maldonado, Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Fibra ótica monomodo


As fibras monomodo são adequadas para aplicações que envolvam grandes distâncias,
embora requeiram conectores de maior precisão e dispositivos de alto custo. Nas fibras
monomodo, a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz percorre interior
do núcleo por apenas um caminho. As dimensões do núcleo variam entre 8 µm a 12
µm, e a casca em torno de 125 µm. (Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

As fibras monomodo são fibras que possuem um único modo de propagação, ou seja,
contrariamente às fibras multimodo, os raios de luz percorrem o interior da fibra por um
só caminho, isso diminui ainda mais a dispersão do pulso de luz. Esse tipo de fibra tem
dimensões ainda mais reduzidas, exigindo técnicas de alta precisão para poder realizar
conexões entre segmentos de fibras. Mas sua principal característica é que sua
capacidade de transmissão e muito superior às das fibras multimodo. (Maldonado,
Edison & Matos, Dinaldo. 2003).

Fonte: (Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007).

Conectores Óptico
São dispositivos que possibilitam a conexão ótica, terminando duas fibras ópticas e
quase encaixam em um adaptador óptico. Os conectores óticos são acessórios
compostos de um ferrolho, onde se encontra a terminação da fibra ótica e de uma parte
que é responsável pela fixação do corpo do conector. (Pinheiro, José. 2010).

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Na extremidade do ferrolho é realizado um polimento para que sejam minimizados
problemas relacionados com a reflexão da luz. (Pinheiro, José. 2010).

Assim como nas emendas ópticas, os conectores também contribuem com atenuações
no lance óptico que, basicamente, são conhecidas como perda de inserção e perda de
retorno. (Pinheiro, José. 2010).

Estrutura de um conector óptico

Fonte: Pinheiro, José. 2010

Tipos de conectores

Conector LC

Fonte: https://silexfiber.com/tipos-conectores-fibra-optica/#
Conector SC

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Fonte: https://silexfiber.com/tipos-conectores-fibra-optica/#
Conector FC

Fonte: https://silexfiber.com/tipos-conectores-fibra-optica/#
Conector ST

Fonte: https://silexfiber.com/tipos-conectores-fibra-optica/#
Polimento dos conectores óticos
Existem vários tipos de Polimento de conectores que são:

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 PC (Physical contact- Contacto físico): Face convexa do ferrolho;
 SPC (Super Physical Contact – Super contacto físico): Face convexa com menor
raio de curvatura que o PC;
 UPC (Ultra Physical Contact – Ultra contacto físico): Face convexa com menor
raio de curvatura que o SPC
 APC (Angled Physical Contact) - Face angular do ferrolho (de 8º);
 FLAT ou Plano (Face Plana do ferrolho);

Diferentes tipos de Polimento

Fonte: (Pinheiro, José. 2010).

Reflectómetro óptico no domínio do tempo(OTDR)


O OTDR (Optical Time Domain Reflectometer) é um instrumento de medida, o qual
deteta luz refletida em juntas ou conectores bem como em pontos de fratura, e luz retro-
reflectida devido ao fenómeno de “Rayleigh scattering”. Assim, localização de eventos
(falhas, juntas e conectores) e medidas de perdas de transmissão a partir de um extremo
da fibra ótica são possíveis de efetuar de modo eficiente. (Keiser, G.2000);

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Um OTDR típico consiste de uma fonte e recetor óticos calibrados, um módulo de
aquisição de dados, um CPU, uma unidade de armazenamento de informação (quer
através de memória interna ou disco externo) e um “display”. (Keiser, G.2000).

Um OTDR contém uma fonte de díodo de laser, um detetor de fotodiodo e um circuito


de temporização altamente preciso (ou base de tempo). O laser emite um pulso de luz
em um comprimento de onda específico e tal pulso de luz viaja ao longo da fibra sendo
testada conforme o pulso se move para baixo, as porções de fibra da luz transmitida são
refletidas/refratadas ou espalhadas pela fibra até o detetor fotográfico no OTDR. A
intensidade dessa luz de retorno e o tempo necessário para que ela chegue de volta ao
detetor nos informam o valor de perda (inserção e reflexão), o tipo e a localização de
um evento no enlace de fibra. (Keiser, G.2000).

Fonte: (Keiser, G.2000).

Medidor de Potência Ótica (Power Meter)


O power meter é um medidor de sinal ótico utilizado pelos provedores de internet para
calcular a potência e a perda relativa em redes de fibra ótica ponto-a-ponto ou ponto-
multiponto. A ferramenta garante alta precisão na medição de potência em pontos chave
da rede para verificar se estão adequados às especificações do projeto, sendo
recomendada para as atividades de instalação, manutenção e reparos de redes óticas.
(Keiser, G.2000).

O equipamento é indispensável na rotina de um provedor de internet que se preocupa


em oferecer uma infraestrutura de rede com mais qualidade e velocidade aos assinantes.

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Isso porque o power meter possibilita medir a potência de OLT, ONT e conversores de
mídia. (Keiser, G.2000).

Existem dois modelos de power meters disponíveis no mercado. A principal diferença


entre eles é que um power meter simples possui somente uma entrada para inserir a
fibra a ser medida. Já o power meter PON possui duas entradas, permitindo realizar
medidas “in-line”. Ou seja, o power meter PON é mais completo e permite realizar
todas as medidas. Esta medição é fundamental para avaliar a potência de uma ONU,
impossibilitada de ser medida por meio de um power meter simples. (Keiser, G.2000).

Fonte: www.seccon.com.br/instruções de uso-medidor-de-potencia

Neste cenário é utilizado um ativo de rede para emitir o sinal ótico, como um conversor
de mídia, por exemplo, e uma bobina de fibra ótica para verificar a atenuação provocada
pela mesma, conforme ilustra imagem acima. (Keiser, G.2000).

Conecte o seu conversor de mídia a um cordão de fibra, ligue o power meter na função
OPM, conectar na outra extremidade do cordão e definir um ponto de referência, o que
chamaremos de ponto zero. Em seguida, insira a bobina de testes com os 500 metros de
fibra entre o conversor de mídia e o power meter, ligue o power meter na função OPM e
cheque a medição. O valor apresentado será a atenuação total inserida pela bobina e
cordões óticos inseridos no link. (Keiser, G.2000).

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Fonte: www.seccon.com.br/INSTRUÇÕES DE USO-medidor-de-potencia.

Neste outro caso, utilizamos uma OLT para emitir o sinal ótico, um splitter 1:16, um
cordão para interligar a OLT ao splitter, uma bobina de testes com 500m de fibra, uma
ONU e mais um cordão para interligar a ONU ao power meter.

Em redes PON, o power meter precisa ser compatível com a tecnologia e estar ligado na
rede entre a OLT e ONU/ONT, conforme ilustra a imagem acima. Para isso, conecte a
fibra que vem da OLT na porta “OLT” do power meter e a fibra que vai para
ONU/ONT na porta “ONT” do power meter. Basta ligar o power meter na função “PON
PM” e o equipamento fará a medição da potência recebida da OLT e da potência
recebida da ONU.

Redes de acesso
Muitos meios de transmissão diferentes podem ser usados em uma rede de acesso.
Incluindo fios trançados de cobre, cabo coaxial, fibra ótica e link de rádio. As redes de
distribuição que não exigem quaisquer componentes optoelectrónicos ativos na região
de acesso oferecem uma série de vantagens de funcionamento sobre os outros meios.
Essa implementação é chamada de rede ópticapassiva (PON- Passive optical Network) e
é base para as instalações para as redes FTT-x. (Noque, Dionisio. 2018).

Redes PON
O aprimoramento da fibra ao longo dos anos levou ao aumento considerado da banda de
transmissão, assim em 1986, no laboratório da Bristish Telecom (BT) na Inglaterra, com
o trabalho pioneiro de Keith Oakley e Chris Todd iniciou-se o desenvolvimento do
conceito Passive Optical Network (PON). (Silva, Marco.2018).

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O desenvolvimento das redes PON iniciou-se na Inglaterra através de estudos realizados
nos laboratórios da BT e as primeiras patentes foram divulgadas no início dos anos 90.
Porém, foi no ano de 1995 que as grandes operadoras do mundo e seus fornecedores
desenvolveram a primeira especificação e definiram um sistema de comunicação capaz
de suportar uma vasta gama de serviços. (Silva, Marco.2018).

Essa iniciativa, conhecida como Full Services Access Network (FSAN), especificou o
sistema APON (ATM PON) utilizando Asynchronous Transfer Mode (ATM) como
protocolo da camada Media Access Control (MAC). (Silva, Marco.2018).

Os primeiros experimentos PON ocorreram na década de 1980, quando algumas das


maiores companhias aéreas ao redor do mundo trabalharam em conjunto para apresentar
soluções de acesso ótico em suas redes. (SILVA, Eron.,2012).

A Rede Ótica Passiva é uma rede de acesso ótico que utiliza dispositivos passivos, ou
seja, sem equipamentos elétricos para transportar a informação entre o transmissor e o
recetor. (SILVA, Eron.,2012).

Redes óticas passivas ou simplesmente PON são redes de distribuição ótica que não
necessitam de equipamentos ativos em sua região de acesso o que facilita em muito a
sua implementação, pois não é necessária alimentação elétrica a qualquer elemento ao
longo da rede de acesso e podendo ser facilmente distribuída na região a ser atendida. É
utilizado somente equipamentos passivos para orientar os sinais óticos transmitidos
simultaneamente entre o escritório central e os terminais de usuários. (Keiser .2014).

As Redes PON, são redes de alta velocidade e ótimo desempenho. Com elas, consegue-
se atingir grandes distâncias devido ao uso da fibra ótica e os componentes passivos
existentes por todo o enlace. Esta tecnologia permite usar somente uma fibra para
transmitir dados e vídeo. Por essas e outras características, esta é a tecnologia ideal para
criação de novas redes de internet banda larga. Elas podem ser divididas entre Ethernet
Passive Optical Network (EPON) e Gigabit passive optical network (GPON). (Araújo,
Francisco.2019).

CARACTERÍSTICAS DAS REDES PON

19
Dois principais tipos de arquitetura que utilizam fibras óticas são: configuração ponto-a-
ponto (point-to-point) e configuração ponto-multiponto (point-to-multipoint). (PICIN;
GIMENEZ, 2015).

Redes Passive Optical Network (PON) são redes com topologias ponto-multiponto,
empregadas em arquitetura de redes, consideradas última milha. (PEREIRA, 2013).

Uma rede PON é uma rede ótica ponto-multiponto que viabiliza o compartilhamento de
uma única fibra ótica entre diversos pontos finais (usuários). Não existem elementos
ativos entre o equipamento do provedor de acesso (OLT) e o Customer Premises
Equipment (CPE) instalado junto ao equipamento de aplicação do usuário. (SANCHEZ,
2004).

Desta forma, esta solução provê uma clara economia nos custos de operação,
manutenção e implementação. Também a solução PON pode ser implementada por uma
fração dos custos das redes óticas ponto-a-ponto tradicionais. (SANCHEZ, 2004).

As redes óticas passivas são compostas por fibras óticas e diversos dispositivos óticos e
sistemas. Em resumo, uma rede PON é constituída de uma OLT (Optical Line
Terminal), uma ODN (Optical Distribution Network) contendo os divisores óticos
(splitters) e diversas ONUs (Optical Network Unit). (Keiser .2014).

Arquitetura típica de uma rede PON

Fonte: Filgueiras; Pessoa (2015).

Componentes das redes pon

20
Uma rede ótica passiva é composta por três elementos principais:

 OLT;
 ONU;
 Splitter ou Divisor passivo;

O Optical Line Terminator, ou Terminador de Linha Ótica (OLT) é o equipamento


localizado na central da empresa de telecomunicações (CO). (SILVA, Eron.2012).

Já a Optical Network Unit (ONU ou ONT), é o equipamento instalado próximo de onde


o serviço será utilizado, e o Splitter é o elemento passivo que é inserido na rede de
acesso ótico, entre a OLT e ONT e que permite que mais de um usuário utilize a rede de
distribuição primária de forma compartilhada. (SILVA, Eron.2012).

Optical Line Terminal (OLT)


É o ponto de conexão entre a rede de acesso e o núcleo (core) da rede, faz a conversão
do sinal elétrico-ótico e ótico-elétrico. A OLT controla e administra a transmissão das
ONUs, tendo a função de concentrar e administrar todo o tráfego da rede, disponibilizar
serviços para usuários finais, controlar a qualidade de serviço (em inglês, Quality of
Service - QoS), entre outras tarefas. (Silva, Marco.2018).

Figura 1-Aparelho eletrônico OLT.

Fonte: LALUKKA/RAATIKAINEN (2006).

OLT esse equipamento possui as funções de efetuar a conexão dos usuários das redes de
acesso à rede de transporte, transmitir os dados no sentido operadora-usuário, para todos
os usuários conectados na rede, gerenciar a comunicação de dados no sentido usuários-
central, controlar a largura de banda alocada para cada usuário e caso seja necessário,
controlar a alocação dinâmica de largura de banda. (SILVA, Eron;2012).

Além disso, é responsável por processar os sinais GPON, realizar a sincronia entre as
ONUs, e realizar as verificações de segurança.18 Possui interfaces para comunicação

21
com switches em direcção ao core da rede, e interfaces óticas GPON para comunicação
com os assinantes. (SILVA, Eron;2012).

Optical Network Unit (ONU)

Este equipamento é simples e converte o sinal ótico das OLT em sinal elétrico para ser
utilizado por dispositivos eletrônicos através de portas Ethernet convencionais,
localizado na terminação da rede (cliente). (Silva, Marco.2018).

Figura 2- Equipamento de conexão a rede (OLT.).

Fonte: Fonte: LALUKKA, Sami & RAATIKAINEN,


Pertti, (2006).

ONU - Optical Network Unit A ONU – É o


equipamento que é instalado próximo ao usuário, e fornece a conexão efectiva à rede de
dados. (Silva, Marco.2018).

As suas principais funções são:

 Processar os dados recebidos viabilizando a aplicação de algoritmos de


priorização de Quality of Service (QoS);
 Disponibilizar interfaces para serviços de comunicação de dados Time Division
Multiplex (TDM), telefonia POTS (Serviço de telefonia), Televisão Rádio
frequência (TV RF), conforme a configuração fornecida pelo fabricante.

Para que isso ocorra, ela deve ter a velocidade de comunicação de dados equivalente a
velocidade do OLT, mas disponibilizando ao usuário apenas a fração da velocidade
alocada a ele. (Silva, Marco.2018).

ONU é a sigla de Optical Network Unit ou, em português, Unidade de Rede Ótica.
Basicamente, ela serve para converter o sinal ótico em sinal elétrico e é utilizada em
topologias do tipo ponto-multiponto EPON ou GPON. (Silva, Marco.2018).

A ONU transforma o sinal enviado pela Super Fibra da Rappid em internet de alta


qualidade e ainda distribui o sinal pelo ambiente. (Silva, Marco.2018).

No entanto, tais experiências não passaram de apenas aplicações de ensaio, devido ao


elevado custo e procura relativamente baixa no momento.
22
A ONU é utilizada apenas para uma habitação, no entanto, pode-se referir ou utilizar um
ONU como se referisse ao ONT, tendo como objectivo abranger vários utilizadores,
sendo comum à sua instalação para cobrir um número de apartamentos no mesmo
prédio.

Splitter ou divisor passivo


São dispositivos passivos, não requerem alimentação elétrica. O sinal ótico é
transmitido pelo OLT por uma única fibra, os divisores possuem múltiplas saídas e tem
a função de dividir o sinal ótico, em múltiplas saídas para as fibras que serão conectadas
a cada ONU (no sentido downstream). Também são capazes de recombinar o sinal no
sentido upstream. Sua configuração de entrada/saída varia comumente entre 1:2, 1:4,
1:8, 1:16, 1:32, 1:64, possuem tamanho reduzido e baixo custo. (Silva, Marco.2018).

O elemento passivo a ser inserido em uma rede PON é o Splitter. Sua principal função é
efetuar a divisão do sinal ótico recebido do OLT para todos os equipamentos de
usuários alocados na rede, as ONU´s. (SILVA, Eron;2012).

Figura 3- Equipamamento para divisão do sinal ótico.

Fonte: LALUKKA, Sami & RAATIKAINEN, Pertti, (2006)

Downstream
Upstream

Arquiteturas das redes pon

23
As arquiteturas de redes PON mais utilizadas são:

Fiber to the Curb (FTTC): O cabo ótico é levado até um armário na calçada ou na rua –
outdoor – e partir dali a rede segue com cabos metálicos até o usuário final. (SILVA,
Eron.2012).

Fiber to the Building (FTTB): A fibra ótica chega até a sala de telecomunicações de um
edifício, equipada com uma ONU, e a saída metálica da ONU é ligada a um switch. As
ligações da rede até os apartamentos ou escritórios do edifício são então feitas com
cabeamento estruturado metálico. (SILVA, Eron.2012).

Fiber to the Home (FTTH): O ponto de terminação da fibra ótica é uma ONU no
interior da casa do assinante. (SILVA, Eron.2012).

Fiber to the Apartment (FTTCab): O ponto de terminação da fibra ótica é a ONU dentro
do apartamento do assinante. Esta arquitetura e tratada separadamente da arquitetura
FTTH, devido a nuances do projecto físico, mas o objectivo final é o mesmo, ou seja,
ter o ponto de terminação da rede na ONU dentro da residência do assinante. (SILVA,
Eron.2012).

Na figura abaixo é possível verificar como é a topologia de uma rede ótica passiva, onde
os posicionamentos dos equipamentos estão demonstrados e os diversos tipos de
localidades atendidas são descritas. (SILVA, Eron.2012).

TOPOLOGIAS DE REDES PON

As redes óticas passivas podem ser implementadas por três topologias físicas: em anel,
barramento ou árvore.

Topologia em Barramento

Nesta topologia em barramento, apresentada na Figura 8, as interconexões em fibra


ótica entre a OLT e as ONUs utilizam vários divisores óticos de potência (splitters) com
a razão de divisão de 1:2, sendo uma conexão com a ONU e a outra como canal até o
próximo splitter, existindo várias outras ONUs entre a OLT e última ONU. Ao contrário
da topologia em árvore é mais utilizada nas redes de acesso PON (PEREIRA, 2013).
Figura 8. Topologia em barramento.

24
Fonte: Sanchez (2004).

Topologia em Anel

A topologia em Anel as ONUs se interligam de forma serial, formando um barramento


ótico, as ONUs das extremidades são interligadas ao OLT. Onde cada ONU funciona
como um derivador ótico ativo. A grande vantagem desta topologia é a questão da
redundância. (SILVA, 2009).

A OLT interconecta as ONUs, através de um link ótico, que cria uma segmentação de
redes ONUs, na forma de barramento, até a OLT novamente, dando a ideia de um anel
ótico, onde as ONUs funcionam como um divisor ótico ativo (PEREIRA, 2013). As
grandes vantagens desta topologia (Figura 9) são: a redundância da rede e a
possibilidade de configuração do custo métrico de tráfego, onde é possível indicar a
direção mais rápida para o tráfego, seja ela no sentido leste ou oeste (SANCHEZ, 2004).

Figura 9. Topologia em anel.

Fonte: Sanchez (2004).

Topologia Árvore ou Estrela

25
Nesta topologia as ONUs são conectadas a uma OLT por um único derivador, e o fator
de derivação do derivador cria o número de subsegmentos na fibra. Esta topologia é
empregada quando as ONUs estão distantes da OLT ou estão agrupadas em uma mesma
região (SILVA, 2009). Na topologia em árvore um único segmento com origem no OLT
interconecta diversas ONUs, onde são utilizados divisores óticos de potência passiva
(splitters), para ligação com fibra desde a origem OLT até o usuário final na ONU
(PEREIRA, 2013).

Na topologia árvore ou estrela, as ONU’s são conectadas por um único elemento PON,
e através de um splitter o sinal é dividido para todas ONU’s e deve possuir uma divisão
de segmento superior a 1:2, esse tipo de topologia é mais utilizado para FTTCab
(SILVA., 2013).

Figura 10. Topologia em árvore ou estrela

Fonte: Sanchez (2004)

Evolução da rede PON

26
GPON (Gigabit Passive Ótica Network) O GPON é uma tecnologia de acesso de grande
largura de banda partilhada, que é utilizada em todo o mundo, para FTTH sendo
considerada como a sucessora do BPON. Esta tecnologia serviços aos clientes como
complemento dos seus serviços de redes HFC. (GONÇALVES, Claudio,2008/2009).

Figura 4-Arquitetura da rede GPON.

Fonte: LALUKKA, Sami & RAATIKAINEN, Pertti, (2006)

27
2 - REDE GIGABIT PASSIVE OPTICAL NETWORKS NA EMPRESA EPTI-
SOLUÇÕES
Neste capítulo teremos como abordagem sobre a implementação de uma rede GPON na
empresa EPTI-soluções, juntamente falar dos componentes que fazem parte da estrutura
completa da rede que vai da CO (Central office) que é a empresa provedora até ao
cliente, e apresentar uma simulação da rede da empresa EPTI-soluções sem a
implementação da rede GPON.

Este trabalho mostra detalhadamente sobre os 3 principais elementos ativos da rede que
são a OLT, ONU e o SPLITTER ou Divisor passivo, a fim de melhora o sistema da
rede.

Empresa Produtora de Tecnologia de Informação

EPTI-Soluções-prestação de serviços, (SU), LDA, empresa de direito angolano


prestadora de serviço, no ramo dos serviços de tecnologia de informação, comércio de
produto informáticos e eletrónicos, comércio de software, programação e informática.
Registada com sede em Luanda, município de Luanda, Quarteirão 8, casa número 30,
com certidão sob número 149-21. A referida empresa dispõe no momento de um
escritório com num espaço inferior a quinze metros quadrado, comprometida com uma
missão de apresentar serviços de tecnologia de informação de qualidade e atrair o maior
28
número de clientes e usuários tanto a nível nacional e internacional, com valores bem
assentes, baseados em acreditar que a valorização e respeito são estímulos fundamentais
para dar continuidade ao nosso trabalho, acima de tudo primamos sempre pelo amor ao
próximo.

CONCLUSÃO

29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araújo, Francisco. (2019). < Projeto de uma Rede Gpon Ftth Implantada Na Cidade De
Santana do Acaraú >. SOBRAL.
CARVALHO, Álvaro Gomes & BADINHAN, Luiz Fernando da Costa- São Paulo:
Fundação Padre Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrónica, volume
5.
FILGUEIRAS, Gustavo Mariani Gomes Daniel; PESSOA, Cláudio Roberto Magalhães.
FTTH em redes ópticas passivas. Revista Engenharias On-line, v. 1, n. 2, 2015.
Gonçalves, Cláudio Marcelo: Dissertação descreve um estudo da tecnologia GPON -
Gigabit Passive Optical Network - nas instalações da EMACOM, Telecomunicações da
Madeira, Unipessoal, (2008/2009).
Keiser, G. 2014, Comunicações Por Fibras Ópticas. 4. Ed. Porto Alegre: McGraw Hill
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segundo ano grau >. Consultado em 26 de novembro de.

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30
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Graduação em Informática Aplicada (PUCPR). Curitiba, 2013. 73p.

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Tronco, Tânia., & Luís Fernando de Avila 2007. Fundamentos de comunicações ópticas
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31

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