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ADMINISTRAÇÃO

GERAL E PÚBLICA
Administração Direta

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADRIEL SÁ

Professor de Direito Administrativo, Administra-


ção Geral e Administração Pública em diversos
cursos presenciais e telepresenciais. Servidor
público federal da área administrativa desde
1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú-
blico Federal. Formado em Administração de
Empresas pela Universidade Federal de Santa
Catarina, com especialização em Gestão Públi-
ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É
coautor da obra “Direito Administrativo Facili-
tado” e autor da obra “Administração Geral e
Pública - Teoria Contextualizada em Questões”,
ambas publicadas pela Editora Juspodivm.

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Administração Direta
Prof. Adriel Sá

Administração Direta....................................................................................4
1. Dispositivos Constitucionais.......................................................................4
2. As Formas de Agir na Esfera Administrativa............................................... 32
2.1. Centralização x Desconcentração x Descentralização................................ 32
2.2. Descentralização Administrativa x Descentralização Política....................... 38
2.3. Modalidades de Descentralização Administrativa...................................... 39
3. Conceito e Composição........................................................................... 44
4. Órgãos Públicos..................................................................................... 45
4.1. Conceito............................................................................................ 45
4.2. Criação de Órgãos Públicos................................................................... 47
4.3. Capacidade Processual dos Órgãos Públicos............................................ 48
4.4. Classificação dos Órgãos Públicos.......................................................... 50
4.5. Teorias.............................................................................................. 54
Resumo.................................................................................................... 57
Questões de Concurso................................................................................ 60
Gabarito................................................................................................... 81
Gabarito Comentado.................................................................................. 82

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ADMINISTRAÇÃO DIRETA
1. Dispositivos Constitucionais
Em termos de estrutura do Estado e da Administração Pública, considerando os

temas de editais da disciplina de Administração Pública, a base do estudo deve ser

a Constituição Federal. A leitura atenta dos dispositivos constitucionais é de suma

importância para a resolução das questões de concursos públicos.

Dessa forma, inicialmente vamos reproduzir o texto constitucional e, posterior-

mente, nos aprofundarmos naquilo que for necessário.

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos

Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de

Direito e tem como fundamentos:

I – a soberania;

II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de repre-

sentantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legisla-

tivo, o Executivo e o Judiciário.

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DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil

compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autôno-

mos, nos termos desta Constituição.

§ 1º Brasília é a Capital Federal.

§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em

Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se

para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais,

mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito,

e do Congresso Nacional, por lei complementar.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios,

far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar

Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos

Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apre-

sentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional

n. 15, de 1996)

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependên-

cia ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II – recusar fé aos documentos públicos;

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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DA UNIÃO

Art. 21. Compete à União:

I – manter relações com Estados estrangeiros e participar de organi-

zações internacionais;

II – declarar a guerra e celebrar a paz;

III – assegurar a defesa nacional;

IV – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras

transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

V – decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

VI – autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

VII – emitir moeda;

VIII – administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de na-

tureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como

as de seguros e de previdência privada;

IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território

e de desenvolvimento econômico e social;

X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão,

os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organiza-

ção dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;


(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 8, de 15/08/95:)

XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela

Emenda Constitucional n. 8, de 15/08/95:)

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b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético

dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais

hidroenergéticos;

c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e

fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passa-

geiros;

f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Fe-

deral e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela

Emenda Constitucional n. 69, de 2012)

XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros

militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Fe-

deral para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XV – organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e

cartografia de âmbito nacional;

XVI – exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de

programas de rádio e televisão;


XVII – conceder anistia;

XVIII – planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públi-

cas, especialmente as secas e as inundações;

XIX – instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir

critérios de outorga de direitos de seu uso;

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XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,

saneamento básico e transportes urbanos;

XXI – estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;

XXII – executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e

exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reproces-

samento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados,

atendidos os seguintes princípios e condições:

a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins

pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;

b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização

de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 49, de 2006)

c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e uti-

lização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada

pela Emenda Constitucional n. 49, de 2006)

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de cul-

pa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 49, de 2006)

XXIV – organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;


XXV – estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de ga-

rimpagem, em forma associativa.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aero-

náutico, espacial e do trabalho;

II – desapropriação;

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III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de

guerra;

IV – águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;

V – serviço postal;

VI – sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;

VII – política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

VIII – comércio exterior e interestadual;

IX – diretrizes da política nacional de transportes;

X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroes-

pacial;

XI – trânsito e transporte;

XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;

XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;

XIV – populações indígenas;

XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;

XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de

profissões;

XVII – organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos

Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização adminis-

trativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 69, de 2012)


XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;

XIX – sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;

XX – sistemas de consórcios e sorteios;

XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convo-

cação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;

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XXII – competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária fe-

derais;

XXIII – seguridade social;

XXIV – diretrizes e bases da educação nacional;

XXV – registros públicos;

XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza;

XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,

para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Esta-

dos, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as

empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º,

III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e

mobilização nacional;

XXIX – propaganda comercial.

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre

questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios:

I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e

conservar o patrimônio público;


II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas

portadoras de deficiência;

III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico

e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológi-

cos;

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IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de

outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecno-

logia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 85,

de 2015)

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas for-

mas;

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimen-

tar;

IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condi-

ções habitacionais e de saneamento básico;

X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo

a integração social dos setores desfavorecidos;

XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e

exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a

União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do

desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda


Constitucional n. 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorren-

temente sobre:

I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II – orçamento;

III – juntas comerciais;

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IV – custas dos serviços forenses;

V – produção e consumo;

VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e

dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e

direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desen-

volvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 85, de 2015)

X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI – procedimentos em matéria processual;

XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII – assistência jurídica e Defensoria pública;

XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV – proteção à infância e à juventude;

XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á

a estabelecer normas gerais.

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a

competência suplementar dos Estados.


§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a compe-

tência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da

lei estadual, no que lhe for contrário.

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DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que

adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas

por esta Constituição.

§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os servi-

ços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória

para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 5, de

1995)

§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropo-

litanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de

municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de

funções públicas de interesse comum.

DOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o

interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara

Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constitui-

ção, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)

Art. 30. Compete aos Municípios:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar

suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balance-

tes nos prazos fixados em lei;

IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

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V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,

os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem

caráter essencial;

VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, pro-

gramas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 53, de 2006)

VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, ser-

viços de atendimento à saúde da população;

VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a

legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por

lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada

por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios

estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas

aos Estados e Municípios.

DA INTERVENÇÃO

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

I – manter a integridade nacional;

II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

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IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federa-

ção;

V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecuti-

vos, salvo motivo de força maior;

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constitui-

ção, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,

compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento

do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 29, de 2000)

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios

localizados em Território Federal, exceto quando:

I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos,
a dívida fundada;

II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manuten-

ção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Reda-

ção dada pela Emenda Constitucional n. 29, de 2000)

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IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a ob-

servância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execu-

ção de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:

I – no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Execu-

tivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação

for exercida contra o Poder Judiciário;

II – no caso de desobediência à ordem ou decisão judiciária, de requisição do

Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior

Eleitoral;

III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Pro-

curador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à exe-

cução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

IV – (Revogado pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)

§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as

condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido

à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no

prazo de vinte e quatro horas.

§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legisla-

tiva, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.


§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apre-

ciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limi-

tar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao

restabelecimento da normalidade.

§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus car-

gos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

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DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios

de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao

seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que

preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na

forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia

em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza

e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as

nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-

ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável

uma vez, por igual período;

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele

aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com

prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes

de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de

carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se

apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela

Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

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VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei

específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pesso-

as portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do

art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a

iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mes-

ma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.

19, de 1998)

XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empre-

gos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,

pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, in-

cluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder

o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, apli-

cando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no

Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo,

o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o

subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e

vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros

do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite

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aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não

poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remunera-

tórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada

pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão com-

putados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Reda-

ção dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos

são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts.

39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal n. 19, de 1998)

XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando

houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no in-

ciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.

19, de 1998)

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada

pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com

profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 34, de

2001)

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XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange

autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas

subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de

suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores ad-

ministrativos, na forma da lei;

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a

instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,

cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias

das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qual-

quer delas em empresa privada;

XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, com-

pras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que

assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que es-

tabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta,

nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e

econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal

e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por

servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de

suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento

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de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela

Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos ór-

gãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,

dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção

pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do

ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração

pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 19, de 1998)

I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, assegu-

radas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica,

externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional

n. 19, de 1998)

II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre

atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emen-

da Constitucional n. 19, de 1998)

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de

cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Cons-

titucional n. 19, de 1998)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direi-

tos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarci-

mento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal

cabível.

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§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qual-

quer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as res-

pectivas ações de ressarcimento.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras

de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,

causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos

casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou

emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações

privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades

da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser fir-

mado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação

de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

(Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e

responsabilidade dos dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.”

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de

economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Esta-

dos, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal

ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decor-

rentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou

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função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição,

os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e

exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 1998)

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que tra-

ta o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas

em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado

aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às res-

pectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos

Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e

vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo

Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos

Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Consti-

tucional n. 47, de 2005)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional,

no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado

de seu cargo, emprego ou função;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou fun-

ção, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,

perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remu-

neração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma

do inciso anterior;

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IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato

eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para

promoção por merecimento;

V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores

serão determinados como se no exercício estivesse.

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no

âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os ser-

vidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

(Vide ADIN n. 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão con-

selho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servi-

dores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Consti-

tucional n. 19, de 1998) (Vide ADIN n. 2.135-4)

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sis-

tema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19,

de 1998)

I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos com-

ponentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

II – os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional n.

19, de 1998)

III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19,

de 1998)

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§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para

a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a parti-

cipação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para

isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º,

IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a

lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o

exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Esta-

do e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por

subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,

adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,

obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda

Constitucional n. 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá es-

tabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,

obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda

Constitucional n. 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os

valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído

pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará

a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas

correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimen-

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to de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,

modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob

a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitu-

cional n. 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser

fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegu-

rado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribui-

ção do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,

observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto

neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este

artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixa-

dos na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41,

19.12.2003)

I – por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de

contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou

doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emen-

da Constitucional n. 41, 19.12.2003)

II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,

aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma

de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 88, de 2015)

III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efe-

tivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a

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aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 20, de 15/12/98)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cin-

quenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada

pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mu-

lher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela

Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua conces-

são, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo

em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da

pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua conces-

são, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribui-

ções do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201,

na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão

de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados,

nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 47, de 2005)

I – portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de

2005)

II – que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional n.

47, de 2005)

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III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem

a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de

2005)

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em

cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, “a”, para o professor que comprove

exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucio-

nal n. 20, de 15/12/98)

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na

forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à

conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será

igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite má-

ximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que

trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite,

caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n. 41,

19.12.2003)

II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em

que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do

regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta

por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

(Incluído pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

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§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em ca-

ráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para

efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de dispo-

nibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de

contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de

inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos

públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime ge-

ral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de ina-

tividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo

em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

(Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores pú-

blicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios

fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitu-

cional n. 20, de 15/12/98)

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado

em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou

de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela

Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que ins-

tituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores

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titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões

a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabe-

lecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art.

201. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será insti-

tuído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no

art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas

de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos

participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e

15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a

data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência

complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefí-

cio previsto no § 3º serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela

Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões con-

cedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabe-

lecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art.

201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos

efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências

para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por per-

manecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor

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da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentado-

ria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 41,

19.12.2003)

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência

social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade

gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.

142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as par-

celas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite

máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de

que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for

portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 47, de

2005)

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nome-

ados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação

dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 19, de 1998)

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emen-

da Constitucional n. 19, de 1998)

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defe-

sa; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma

de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucio-

nal n. 19, de 1998)

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§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele

reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de

origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em dispo-

nibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela

Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável

ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço,

até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda

Constitucional n. 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação

especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela

Emenda Constitucional n. 19, de 1998)

2. As Formas de Agir na Esfera Administrativa


2.1. Centralização x Desconcentração x Descentralização

Em relação à via administrativa, pode-se dizer que o Estado age, basicamente,

de duas maneiras: centralizada e descentralizada.

Os conceitos de centralização e descentralização não são desconhecidos, por

serem decorrentes da simples formação das palavras. Pensando na vida real,

sabemos que “pessoas centralizadoras” são aquelas que realizam as tarefas

sem qualquer distribuição de parcela da atribuição a outras pessoas, ao passo

que a descentralização pressupõe a existência de, pelo menos, duas pessoas

distintas.

Depois desse paralelo com o senso comum, temos que, na centralização

administrativa, é o próprio ente federativo quem age (a União, por exemplo).

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No caso, a União poderia agir por meio de um único órgão (centralização-con-

centrada) ou de dois ou mais órgãos (centralização-desconcentrada). No en-

tanto, no campo administrativo, a atuação centralizada por meio de um único

órgão (concentrada) é de aplicação teórica, haja vista as diversas atribuições

constitucionais dos entes políticos.

Questão 1    (INÉDITA/2019) A função administrativa é realizada de forma centra-

lizada quando ela é desempenhada diretamente pela própria entidade estatal, por

meio de seus vários órgãos e agentes públicos.

Certo.

O Estado pode realizar suas funções de forma centralizada ou descentralizada. A

centralização ocorre quando o Estado pratica suas atribuições por meio de seus

órgãos, localizados na Administração Direta ou Central. Já a descentralização pres-

supõe a existência de novas pessoas administrativas, situadas na Administração

Indireta, quando se trate da estrutura formal do Estado.

Por sua vez, na descentralização administrativa, o ente federativo não atua

sozinho, repassando o exercício de parte de suas atribuições a outras pessoas,

físicas ou jurídicas, conforme o caso. Por exemplo: a emissão de moeda compete

constitucionalmente à União. No entanto, no lugar de realizar a atribuição por meio

de seus próprios órgãos (centralização), outorgou a competência à Casa da Moeda

do Brasil (empresa pública, nova pessoa jurídica) (descentralização).

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Assim, na descentralização não há relação de hierarquia ou de subordinação, o

que existe é um laço de vinculação, de controle finalístico ou de supervisão minis-

terial (na maior parte das vezes!).

Questão 2    (INÉDITA/2019) A descentralização se apresenta como um modelo de

gestão destinado a mitigar o exercício da função administrativa, permitindo a um

ente público exercer sua atividade por meio de um órgão público subordinado, des-

de que este tenha uma especialização de caráter público.

Errado.

Nada disso! A descentralização não é a realização por meio de órgão público. Na

descentralização, temos uma alguém especializado realizando a função administra-

tiva, ou seja, entidades que não se acham subordinadas, mas apenas vinculadas à

Administração Central.

Esclarecendo

• A autarquia federal Banco Central encontra-se vinculada ao Ministério da

Fazenda;

• A fundação pública federal FUNASA está vinculada ao Ministério da Saúde;

• A sociedade de economia mista federal Companhia Docas do Estado de São

Paulo é vinculada ao Ministério dos Transportes.

Agora, vejamos o conceito de desconcentração.

Na desconcentração, há repartição de funções dentro da própria pessoa jurí-

dica. Ao contrário da descentralização, existe relação de hierarquia ou de subordi-

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nação. De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro1, a desconcentração deve ser

entendida como “uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribui-

ção de competências dentro da mesma pessoa jurídica”.

A desconcentração, portanto, é uma técnica utilizada interna corporis, ou seja,

ocorrida no interior de uma pessoa jurídica. Com a desconcentração, surgem no-

vas áreas, repartições, todas desprovidas de personalidade jurídica. As tarefas ou

atividades são distribuídas de um centro para setores periféricos ou de escalões

superiores para escalões inferiores, dentro da pessoa jurídica (repartição pública).

Questão 3    (INÉDITA/2019) A desconcentração é técnica administrativa de dis-

tribuição interna de competências, que ocorre dentro da estrutura de uma pessoa

jurídica, como, por exemplo, quando uma autarquia estabelece uma divisão interna

de funções.

Certo.

É isso mesmo! Pode haver desconcentração dentro da descentralização! A des-

concentração é uma técnica ocorrida no interior de um órgão ou de uma pessoa

jurídica. Com a desconcentração, surgem novas áreas, repartições, mas todas des-

providas de personalidade jurídica.

Esclarecendo

O Poder Executivo Federal pode ser desconcentrado em Ministérios (entre ou-

tros órgãos), como da Saúde, do Trabalho e Previdência Social, da Cultura, dos

1
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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Transportes, logo, em diversas áreas temáticas (desconcentração por matéria ou

temática);

Os Tribunais Federais têm órgãos espalhados em Brasília, em Minas Gerais, no

Piauí e no Acre. É a mesma pessoa jurídica, no caso, a União, só que as compe-

tências são realizadas por órgãos em bases geográficas distintas (desconcentração

territorial ou geográfica); e

A Secretaria de Saúde de Divinópolis (Minas Gerais) é órgão subordinado hie-

rarquicamente à Prefeitura; ambos, por sua vez, são órgãos da mesma pessoa

jurídica, no caso do Município. É o que a doutrina denomina desconcentração por

hierarquia ou funcional.

Portanto:

• A descentralização administrativa ocorre quando as competências administra-

tivas são exercidas por pessoas jurídicas distintas e autônomas, criadas pelo

Estado para tal finalidade.

• A desconcentração, por sua vez, é o modo de cumprimento de competências

administrativas onde as atribuições são repartidas entre órgãos públicos per-

tencentes a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.

As diferenças fundamentais entre a desconcentração e a descentralização po-

dem assim ser sintetizadas:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Técnica Administrativa Distribuição de competência
Ocorre no interior de uma só pessoa jurídica Existem mais de uma pessoa jurídica ou física

Uma questão que se impõe é saber se o processo de desconcentração é possível

dentro da descentralização. Vejamos.

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É plenamente possível que ocorra a desconcentração em uma entidade descentrali-

zada. A criação de uma autarquia é exemplo de descentralização administrativa, pois

nasce uma nova entidade da Administração Indireta. Ao se criar, no interior dessa au-

tarquia, uma superintendência, uma gerência ou uma diretoria, todas essas unidades

serão órgãos criados na entidade, a qual, portanto, desconcentra a atividade. Logo, é

factível a desconcentração dentro do processo de descentralização.

Resumindo

• O Estado pode realizar suas tarefas de forma centralizada, desconcentrada e

descentralizada;

• A desconcentração ocorre internamente à pessoa jurídica, representando a

criação de órgãos dentro da mesma entidade;

• A desconcentração, por ser interna, gera subordinação hierárquica entre os

órgãos e os agentes;

• A descentralização é um movimento para fora; pressupõe, portanto, a exis-

tência de nova pessoa (jurídica ou física);

• Na descentralização não há subordinação; existe apenas um vínculo.

Questão 4    (INÉDITA/2019) Considere que o Estado de São Paulo criou uma pes-

soa jurídica e a ela transferiu determinado serviço público. Nesse caso, é correto

afirmar que houve desconcentração administrativa.

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Errado.

A desconcentração ocorre no interior de uma só pessoa jurídica. O item diz que foi

criada uma nova pessoa jurídica; logo, não estamos falando de desconcentração,

mas de descentralização.

2.2. Descentralização Administrativa x Descentralização


Política

O Brasil adota como forma de governo a República e, como forma de Estado, o

Federalismo. O Estado Federal é marcado pela multiplicidade de ordens internas;

há uma distribuição interna de poder por diferentes centros políticos, os entes fe-

derativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Sobre o tema, façamos a

leitura do art. 18 da CF/1988:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil com-


preende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição.

Ocorre que essa descentralização é política (chamada de vertical). A criação de

um novo ente integrante da federação não será descentralização administrativa

(conhecida como horizontal), mas sim política, já que a nova unidade é dotada de

autonomia política.

A característica fundamental da descentralização política é que o ente descen-

tralizado exerce suas atribuições por meio de seu corpo legislativo. A capacidade

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legislativa, portanto, é a principal característica de diferenciação da descentraliza-

ção política quando comparada com a administrativa.

Esquematizando

CF/88 e a repartição de competências, partindo-se


Descentralização
da União (ente maior) até os Municípios (entes
POLÍTICA ou VERTICAL menores).

Ente político transfere competências no âmbito


Descentralização
administrativo de mesmo nível, como por exemplo, a
ADMINISTRATIVA ou HORIZONTAL criação de uma autarquia.

2.3. Modalidades de Descentralização Administrativa

Com base na doutrina, são identificados quatro tipos de descentralização admi-

nistrativa: por colaboração, por serviços, territorial e social.

A descentralização por colaboração verifica-se quando a execução de um ser-

viço público é transferida à pessoa jurídica de Direito Privado, ou mesmo à pessoa

física, por meio de contrato ou ato administrativo, conservando o Poder Público a

titularidade do serviço.

É o que ocorre, por exemplo, na concessão ou permissão de serviços públicos

(formas de delegação de serviços públicos), cujo regramento é encontrado na Lei

8.987/1995 (Lei Geral das concessões e permissões de serviços públicos).

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Questão 5    (INÉDITA/2019) A descentralização por colaboração é a figura em que

a Administração Pública cria, por lei, pessoa jurídica de direito privado para a exe-

cução de serviço público, eximindo-se, todavia, do controle das condições de exe-

cução do respectivo serviço público.

Errado.

Na descentralização por colaboração, o Estado não cria nada e ninguém! Ao

contrário, o Estado celebra atos ou contratos com particulares, para a execução de

serviços públicos, mantendo-se titular do serviço.

A descentralização por serviços (outorga), também denominada de descen-

tralização funcional ou técnica, é aquela em que o Poder Público cria uma pessoa

jurídica de Direito Público ou Privado, atribuindo-lhe, além da execução, a titulari-

dade de determinado serviço público.

Por exemplo, a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) é pessoa jurídica de Di-

reito Público (fundação pública), responsável pelo serviço público de saúde; ainda,

a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) é pessoa jurídica de Direito


Privado (empresa pública) e presta serviço público de correios.

No Brasil, a descentralização por serviços dá-se exclusivamente por lei. Por ve-

zes, a lei, diretamente, cria a entidade, correspondendo à figura das autarquias e

das fundações públicas de Direito Público. Por outras, a lei autoriza a instituição,

correspondendo às fundações públicas de direito privado, sociedades de economia

mista e empresas públicas.

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Antes de prosseguirmos, apresentamos um quadro-resumo sobre a distinção


entre a descentralização por serviços e por colaboração:

POR SERVIÇOS (outorga) POR COLABORAÇÃO (delegação)

O Estado, em regra, não cria a entidade que


O Estado cria a entidade.
executa a atividade.

Ocorre a transferência de titularidade e execu- Ocorre a transferência da execução da ativi-


ção da atividade objeto da descentralização. dade, mas não da titularidade da atividade.

Descentralização ocorre mediante contratos ou


Descentralização ocorre mediante lei.
atos administrativos.

Questão 6    (INÉDITA/2019) A outorga é o instrumento de descentralização em

que o Estado cria uma entidade e a ela transfere determinado serviço público, nos

termos de lei específica.

Certo.

Na descentralização por outorga (por serviços, funcional, legal ou técnica) há a

transferência da titularidade e a execução de certa competência de uma entidade

política a uma entidade administrativa (vedada a transferência para pessoa física),

criada para esse fim.

Na descentralização territorial, uma entidade local, geograficamente delimita-

da, é dotada de personalidade jurídica própria, de Direito Público, com capacidade

administrativa ampla. Esse tipo de descentralização administrativa é visto, com fre-

quência, nos Estados unitários impuros (exemplos da França, Portugal e Espanha).

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No Brasil, os territórios federais são incluídos nessa modalidade de descentralização.

São integrantes da União, com a personalidade de Direito Público e capacidade admi-


nistrativa genérica (não gozam de capacidade política). Na atual Constituição Federal,
embora inexistentes, os territórios são mencionados no § 2º do art. 18:

Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação


em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Questão 7    (INÉDITA/2019) No Brasil, a criação de Territórios Federais constitui


hipótese de descentralização geográfica ou territorial.

Certo
De fato, a criação dos Territórios é definida pela doutrina como modalidade de des-
centralização administrativa denominada como territorial ou geográfica. O tema,
como vimos, está disciplinado no art. 18, §2º, da CF/88.

Por fim, uma forma menos comum em concursos públicos: a descentralização social.
O Estado contemporâneo - de natureza gerencial - é caracterizado, essencial-
mente, pela existência de novos mecanismos de associação e parceria entre o Po-
der Público e a iniciativa privada.
Rompe-se com a ideia de que o Estado deve, com os próprios órgãos e en-
tidades, arcar com todas as atribuições públicas constitucionais e legais. Afas-
ta-se, enfim, o pressuposto de que o Poder Público deva ser o executor direto
dos serviços públicos.

Nesse contexto, em razão, sobretudo, da escassez dos recursos públicos, o Po-

der Público busca na iniciativa privada, ora com fins lucrativos, ora sem fins lucra-

tivos, a formalização de parcerias.

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Assim, para os serviços públicos industriais ou econômicos, geradores de renda (lu-

cro), o Estado capta, na iniciativa privada, particulares, os quais assumirão o papel de

concessionárias, permissionárias e autorizatárias (descentralização por colaboração).

Agora, tratando-se de atividades públicas que são, paralelamente, desempe-

nhadas pela iniciativa privada, sem fins lucrativos, como é o caso da saúde, edu-

cação e preservação ambiental, o Estado vem firmando parcerias com o Terceiro

Setor. Nesse caso, as atividades públicas, antes desempenhadas por estruturas

estatais, são repassadas para corpos não estatais (são paraestatais). Destacam-se

os exemplos das Organizações Sociais (OSs) e Organizações da Sociedade Civil do

Interesse Público (OSCIPs), em que o Estado, nessa ordem, formaliza contratos de

gestão e termos de parceria. Com outras palavras, há a distribuição de competên-

cias entre pessoas jurídicas diversas (descentralização) e com o objetivo não lucra-

tivo (de cunho social). Está-se, assim, diante da descentralização social.

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3. Conceito e Composição

De plano, vejamos como o art. 4º do Decreto-lei 200/1967 conceitua Adminis-

tração Direta:

Art. 4º A administração federal compreende:


I – a administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura admi-
nistrativa da Presidência da República e dos Ministérios;

Percebe-se que a Administração Direta, no âmbito federal, restou identificada

com o Poder Executivo. Ocorre que a norma em referência tem de ser lida em com-

paração com a CF/1988, mais precisamente do art. 37:

Art. 37. A Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Observe-se que, pela CF/1988, a Administração Direta se faz presente em

todos os Poderes e, segundo leciona José dos Santos Carvalho Filho2, corres-

ponde ao “conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais

foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das ativi-

dades administrativas do Estado”.

Na realidade, a Administração Direta corresponde a todos os órgãos, desprovi-

dos de personalidade, que sejam ligados à própria pessoa política, a qual, no caso

federal, é a União. Portanto, a Administração Direta é um conjunto de órgãos inter-

nos a cada um dos Poderes políticos da pessoa integrante da federação, ou seja, a

Administração Direta existe em todos os Poderes.

2
CARVALHO FILHO, J. dos S. Manual de Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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Questão 8    (INÉDITA/2019) Na estrutura da administração pública, a União, os

estados, o Distrito Federal, os municípios e as autarquias possuem natureza jurídi-

ca de pessoa jurídica de direito público.

Certo.

De fato, são pessoas jurídicas de direito público interno a União; os Estados, o Dis-

trito Federal e os Territórios; os Municípios; as autarquias, inclusive as associações

públicas; as demais entidades de caráter público criadas por lei (CC/2002).

4. Órgãos Públicos
4.1. Conceito

Em âmbito federal, o conceito de órgão público é encontrado na lei geral de pro-

cesso administrativo (Lei 9.784/1999), no § 2º do art. 1º:

Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração di-

reta e da estrutura da Administração indireta;

Perceba que, em leitura atenta ao dispositivo, os órgãos integram a estrutura da

Administração Direta e Indireta. Isso só faz reforçar que o processo de desconcen-

tração (criação de órgãos) pode ocorrer no processo de descentralização. Enfim, é

possível existir um órgão no interior de uma entidade da Administração Indireta,

como as superintendências de autarquia em dois ou mais Estados da federação.

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Os órgãos públicos podem ser entendidos como um centro de competências

despersonalizado, ou seja, uma “unidade que congrega atribuições exercidas pelos

agentes públicos que o integram, com o objetivo de expressar a vontade do Esta-


do”, na excelente definição de Di Pietro (2014)3.
Por conseguinte, os órgãos atuam em nome do Estado, não tendo personalida-
de jurídica (são despersonalizados), tampouco vontade própria, mas expressam a
vontade da entidade a que pertencem, nas áreas de suas atribuições e nos limites
de sua competência funcional. Todos os órgãos têm, necessariamente, cargos, fun-
ções e agentes, sendo certo que esses elementos podem ser alterados, substituídos
ou retirados, sem que isso importe a extinção do órgão.

Questão 9    (INÉDITA/2019) Para efeito das regras legais de processo administra-
tivo, um órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.

Errado.
O Brasil adota a teoria do órgão, onde o Estado manifesta sua vontade por meio
dos órgãos públicos, que são ocupados pelos agentes públicos. Assim, os atos
praticados pelos órgãos são imputados à pessoa jurídica a que estão ligados
(imputação volitiva). Logo, um órgão é a unidade de atuação desprovida de
personalidade jurídica.

3
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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4.2. Criação de Órgãos Públicos

Pela CF/1988, os órgãos devem ser criados por lei e, por simetria, extintos por

lei (princípio da reserva legal - art. 88 da CF/1988). Tanto isso é verdade que o chefe

do Executivo federal fica impedido de expedir decretos autônomos para a criação e ex-

tinção de órgãos públicos, conforme restrição contida no inc. VI do art. 84 da CF/1988.

Questão 10    (INÉDITA/2019) No caso específico do Poder Público Federal, a com-

petência para criar, modificar a estrutura e extinguir ministérios, secretarias e ór-

gãos da administração pública é do Presidente da República.

Certo.

Conforme previsão do art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88, são de iniciativa privativa do

Presidente da República as leis que disponham sobre criação e extinção de Ministé-

rios e órgãos da administração pública.

Esclareça-se que a lei prevista no art. 88 da CF é de iniciativa reservada do che-

fe do Executivo, tratando-se da criação de órgãos na estrutura do Poder Executivo,

pois, para os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas, a criação de

órgãos em suas estruturas é de iniciativa desses.

A QUEM
COMPETÊNCIA POR MEIO DE PODE SER
DELEGADA?
Criação e extinção de Ministérios e Lei de iniciativa privativa do
órgãos no Poder Executivo federal (art. PR (art. 61, § 1º, II, “e”, da –
88 da CF/1988) CF/1988)

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Lei de iniciativa privativa do


Poder Execu-
PR (art. 61, § 1º, II, “e”, da –
tivo federal
CF/1988)
Poder Legis- Resolução (art. 51, IV, c/c art.
Criação e extinção de –
lativo 52, XIII)
órgãos no
Ministério Lei de iniciativa do MP (§2º do

Público art. 127)
Tribunal de Lei de iniciativa do TC (art. 73

Contas c/c art. 96)
Organização e funcionamento da admi- Decreto autônomo (privativo do Ministros, AGU e
nistração federal (art. 84, inc. VI, “a”) PR – art. 84, VI, “a”) PGR
Legendas:
PR: Presidente da República / AGU: Advogado-Geral da União / PGR: Procurador-Geral da Repú-
blica / MP: Ministério Público / TC: Tribunal de Contas

4.3. Capacidade Processual dos Órgãos Públicos

Os órgãos públicos são unidades administrativas despersonalizadas (desprovi-

das de personalidade jurídica própria). Por conta disso, tais unidades não podem

assumir, em nome próprio, direitos e obrigações, e, consequentemente, não podem

estar em juízo (capacidade processual ou judiciária ou personalidade judiciária).

Portanto, quando um órgão precisa mover uma ação, quem figurará no polo

ativo será a pessoa jurídica da qual ele é unidade integrante. Idêntico raciocínio é

válido para o acionamento dos órgãos (polo passivo), ou seja, será a pessoa jurí-

dica que responderá ao processo. Isso se deve, basicamente, ao art. 7º do Código

de Processo Civil, que diz que toda pessoa que se acha no exercício de seus direitos

tem capacidade para estar em juízo. Órgão não é pessoa, logo, não pode, em regra,

situar-se como parte no processo.

Imagine a seguinte situação: supondo que a Receita Federal se recuse a se

submeter a uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), por entender que

isso implicaria revelar sigilo dos dados fiscais de uma categoria de contribuintes.

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Caberia o processo ser movido pela União? Mas, contra quem? Contra a própria

União? Seria um absurdo jurídico! Em circunstâncias como essas é que faz sentido,

em termos jurídicos, um órgão assumir o polo ativo ou passivo de um processo.

Por outro lado, órgãos de menor estatura (superiores e subalternos) não pre-

cisam de capacidade processual. Conflito entre esses pode ser resolvido no plano

hierárquico, por meio de decisões dos órgãos mais elevados.

Alguns autores usam a expressão “personalidade judiciária” para indicar a ca-


pacidade processual de um órgão. Tenha atenção a isso: personalidade judiciá-
ria (e não jurídica) tem a ver com a possibilidade de alguém figurar como parte
em um processo.

Em todo caso, esclareça-se que a capacidade processual dos órgãos, quando


existente, restringe-se à defesa de suas próprias prerrogativas institucionais, não
podendo avançar na autonomia de outras estruturas da Administração Pública.

Questão 11    (INÉDITA/2019) Embora dotados de personalidade jurídica, os órgãos


públicos não possuem capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas
e competências institucionais.

Errado.
Os órgãos não são dotados de personalidade jurídica, porém, como vimos, alguns
deles possuem a chamada capacidade processual, que se restringe à defesa
de suas próprias prerrogativas institucionais.

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4.4. Classificação dos Órgãos Públicos

Quanto à posição estatal, podem ser:


• Independentes ou primários: são os órgãos que decorrem diretamente
da Constituição, sem que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro.
São os responsáveis por traçarem o destino da nação ou, de certa forma,
contribuírem para tanto, p. ex.: chefia do Executivo (Presidente, Governador
e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de Contas); e Ministério
Público. Para se identificar um órgão independente, basta sentar na cadeira
do chefe e olhar para cima: se não há outro órgão acima, estamos diante de
um órgão independente.

• Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da Administração,

contudo subordinados diretamente aos independentes, com plena autonomia

financeira, técnica e administrativa. Por exemplo: Ministérios, Secretarias es-

taduais e municipais e Advocacia-Geral da União. Mais uma vez, é fácil iden-

tificá-los: sentamos na cadeira do chefe da Casa Civil e, olhando para cima,

quem visualizamos? O Presidente da República, não é mesmo? E acima des-


se? Ninguém! Logo, está-se diante de órgão autônomo, com a existência de

apenas uma cadeia hierárquica.

• Superiores: denominados diretivos, são os órgãos encarregados do controle,

da direção, e de soluções técnicas em geral e, diferentemente dos autônomos

e dos independentes, não gozam de autonomia financeira e administrativa.

São exemplos: as inspetorias, os gabinetes e as divisões.

• Subalternos: também chamados de subordinados, são os órgãos encarre-

gados dos serviços rotineiros, com pouco ou nenhum poder decisório, por

exemplo: portarias, seções de expediente e protocolos.

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Questão 12    (INÉDITA/2019) São órgãos que se encontram na categoria de

independentes: Ministérios, Secretarias de Estado e de Município e Advocacia-

-Geral da União.

Errado.

O item apresenta um rol de órgãos autônomos, e não independentes. Órgãos

autônomos são órgãos localizados no ápice da Administração, mas subordinados

diretamente aos independentes, apesar de possuírem plena autonomia financeira,

técnica e administrativa. O órgão autônomo possui, acima dele, apenas um nível de

cadeia hierárquica; por isso, ele é autônomo, e não independente.

Quanto à estrutura, os órgãos são divididos em:

• Simples: são também chamados de unitários, porque não há outros órgãos

abaixo deles, quer dizer, não há desconcentração do órgão em outros órgãos.

Hipoteticamente: a Presidência é órgão composto, porque desconcentrada

em Ministérios, os quais, por sua vez, são igualmente compostos porque des-

concentrados em gabinetes e em departamentos; já o serviço de protocolo,

localizado no departamento de pessoal do Ministério, é órgão unitário porque

é o último da cadeia de desconcentração, não havendo outro órgão a seguir.

Síntese: são órgãos em que não há mais divisões. Não confundir o fato de o

órgão ser unitário com o número de agentes. No nosso exemplo, o protocolo,

apesar de unitário, pode contar com vários servidores lotados.

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• Compostos: um exemplo bastante citado é o de uma Secretaria de Edu-

cação, a qual tem sua função principal desempenhada por outras unida-

des escolares. Perceba que estamos diante do processo de desconcentra-

ção, sendo, portanto, o traço característico da classificação dos órgãos

em compostos.

Questão 13    (INÉDITA/2019) No concernente à estrutura, podem ser classificados


os órgãos públicos em simples e compostos.

Certo
Quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples ou unitários (constituídos por um
único centro de atribuições, sem subdivisões internas) e compostos (constituídos
por vários outros órgãos).

Quanto à atuação funcional, podem ser:


• Singulares: reconhecidos como unipessoais porque a decisão do órgão (a
manifestação de vontade) parte de um único agente, como é o caso da Pre-
sidência da República. São órgãos organizados, em regra, verticalmente; daí
serem chamados por alguns de órgãos burocráticos.
• Colegiados: também chamados pluripessoais ou coletivos, nesses órgãos o
que vale é o quórum, não sendo suficiente a decisão isolada do chefe ou de um
dos agentes. São órgãos deliberativos, organizados horizontalmente (as pesso-
as estão em um mesmo plano, sem hierarquia, verticalidade) em que prevalece

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a decisão da maioria para a formação de um único ato (diga-se de passagem,


simples, por decorrer da vontade de um único órgão). São exemplos: Conselho
Nacional de Justiça, Tribunais de Contas, Conselho de Contribuintes.

Questão 14    (INÉDITA/2019) Quanto à atuação funcional, a Câmara Municipal de

Valinhos é exemplo de órgão colegiado.

Certo.

De fato, a CM de Valinhos é exemplo de órgão colegiado, pois suas decisões são


tomadas por um conjunto de agentes públicos.

Quanto às funções exercidas, temos:


• Órgãos ativos: são os que produzem ações, os atos necessários para o
cumprimento dos fins da pessoa jurídica da qual fazem parte. Os Ministérios
e Secretarias são exemplos desses órgãos ativos.
• Órgãos de consulta: produzem os pareceres e as opiniões necessárias para
a tomada de decisão por parte dos órgãos ativos. Exemplo de órgãos consul-
tivos: as assessorias jurídicas integrantes das estruturas dos Ministérios.
• Órgãos de controle: são aqueles responsáveis por acompanhar e fiscalizar
outros órgãos, a exemplo do TCU, que é órgão essencialmente de controle.

Quanto à esfera de ação, podem ser:


• Centrais: são aqueles que exercem atribuições em todo o território nacional,
estadual ou municipal. São exemplos: as Casas Legislativas, os Ministérios,
as Secretarias de Estado e as de Município.

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• Locais: atuam apenas sobre uma parte do território, como as delegacias re-
gionais da Receita Federal, as delegacias de polícia, os postos de saúde.

Questão 15    (INÉDITA/2019) Quanto à esfera de ação, classificam-se em centrais


(que exercem atribuições em todo o território nacional, estadual ou municipal) e
locais (que atuam sobre uma parte do território).

Certo.

Quanto à esfera de ação, os órgãos são classificados em centrais (que exercem

atribuições em todo o território nacional, estadual ou municipal) e locais (que atu-

am sobre urna parte do território).

4.5. Teorias

Os agentes públicos são verdadeiros veículos da expressão do Estado. Toda

a conduta dos agentes é imputada ao órgão, o qual, por sua vez, encontra-se

ligado à entidade possuidora de personalidade jurídica, quem, ao fim, acaba

respondendo a eventuais questionamentos jurídicos. Essa é uma síntese do de-

nominado princípio da imputação volitiva, fundamental para a compreensão da

denominada “teoria do órgão”.

Pela teoria do órgão, as pessoas jurídicas expressam sua vontade por inter-

médio de órgãos, os quais são titularizados por agentes. Por essa teoria, os órgãos

são partes componentes da entidade, com as expressões de vontade daqueles sen-

do entendidas como destas (imputação volitiva).

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A principal característica dessa teoria consiste no princípio da imputação voliti-

va, que determina que a vontade do órgão público é atribuída à pessoa jurídica da

qual faz parte da estrutura.

A teoria tem sua aplicação mais importante na conhecida função de fato: “Des-

de que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido

exercida por um agente que não tenha investidura legítima. Bastam a aparência da

investidura e o exercício da atividade pelo órgão” (José dos Santos Carvalho Filho).

Atualmente, a teoria do órgão é a mais apropriada para expressar a relação en-

tre os agentes e o Estado.

Registra-se, ainda, que essa teoria foi construída pelo jurista alemão Otto Gierke,

sendo universalmente aceita pela doutrina. Seu papel foi o de substituir as teorias

do mandato, da representação e da identidade, as quais pretendiam explicar a atu-

ação do Estado por intermédio de seus agentes.

Questão 16    (INÉDITA/2019) Pela teoria do órgão, a pessoa jurídica atua por meio

de seus órgãos e agentes, cuja conduta, nada obstante, deve ser atribuída, na ver-

dade, ao ente que integram.

Certo.

Pela teoria do órgão, o Estado (pessoa jurídica) manifesta suas vontades por meio

dos órgãos que integram a sua estrutura administrativa. Com efeito, quando os

agentes que atuam nesses órgãos manifestam a sua vontade, é como se o próprio

Estado se manifestasse.

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Vamos analisar essas outras teorias?

Pela teoria do mandato, o agente atuaria como mandatário da pessoa jurí-

dica à qual estaria ligado. No entanto, essa teoria é afastada quando se faz uma

pergunta simples: quem outorga o mandato? A própria pessoa jurídica? Como, se

esta não tem existência concreta? Ainda que reais no mundo jurídico, as pessoas

jurídicas são abstrações, não agindo de per si. E mais: se válida a teoria do man-

dato, o agente público, ao agir ilicitamente, enfim, fora dos limites da procuração,

não acarretaria qualquer responsabilidade para o Estado. Porém, isso não ocorre,

nos termos do § 6º do art. 37 da CF/1988.

De acordo com a teoria da representação, o agente público faria a represen-

tação da entidade, funcionando como uma espécie de “tutor” desta. Esta teoria

também é falha, diante da seguinte situação: a representação, como aquela feita

por tutores, diz respeito a incapazes. Então o Estado pode ser chamado mesmo de

incapaz? Se positiva a resposta, como poderia um incapaz outorgar ou validar sua

representação?

Por fim, pela teoria da identidade ou subjetiva, os órgãos e os agentes for-

mariam uma unidade única e inseparável, ou seja, o órgão se confundiria com a

pessoa do próprio agente público, de forma que o desaparecimento do funcionário

importaria a extinção do órgão público. Não há necessidade de avançarmos nos

equívocos desta teoria, pois é notório que o órgão não deixa de existir com o de-

saparecimento do agente.

Em razão das lacunas conceituais na formulação dessas teorias, foi formulada

a teoria do órgão, que, atualmente, é a mais apropriada para expressar a relação

entre os agentes e o Estado.

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RESUMO

• Administração Direta (AD): conjunto de órgãos internos a cada um dos


Poderes políticos da pessoa integrante da federação.
• Centralização: o próprio ente federativo é quem age, por meio de um único
órgão (centralização concentrada) ou de dois ou mais órgãos (centralização
desconcentrada). No campo administrativo, a atuação centralizada por meio
de um único órgão é de aplicação teórica, haja vista as diversas atribuições
constitucionais dos entes políticos.
• Desconcentração: distribuição interna de competências dentro da mesma
pessoa jurídica. As tarefas ou atividades são distribuídas de um centro para
setores periféricos ou de escalões superiores para escalões inferiores. É uma
técnica administrativa.
• Descentralização: é o deslocamento, distribuição ou transferência da pres-
tação do serviço para a Administração Indireta ou para um particular. Nesse
caso, não há relação de hierarquia ou de subordinação, existindo apenas a
vinculação, o controle de finalidade ou a supervisão ministerial.
– Descentralização por colaboração: ocorre quando a execução de um
serviço público é transferida à pessoa jurídica de direito privado, ou mesmo
à pessoa física, por meio de contrato ou ato administrativo, conservando
o Poder Público a titularidade do serviço. Ex.: concessão ou permissão de
serviços públicos.
– Descentralização por serviços: também denominada de descentraliza-
ção funcional ou técnica, é aquela em que o Poder Público cria uma pessoa

jurídica de direito público ou privado, atribuindo-lhe, além da execução, a

titularidade de determinado serviço público. Exemplo da FUNASA e da ECT.

No Brasil, dá-se exclusivamente por lei.

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− Descentralização territorial: ocorre quando uma entidade local, geogra-

ficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito

público, com capacidade administrativa ampla. Exemplo dos extintos terri-

tórios federais.

− Descentralização social: consiste em retirar do Estado a execução direta

ou indireta de atividade de relevância coletiva que possam ser cometidas

a unidades sociais já existentes, personalizadas ou não, mediante simples

incremento de autoridade e institucionalização jurídica adequada, de modo

a que possam promover, elas próprias, sua execução.

• Órgãos públicos: centros de competências despersonalizados, integrante da

estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (IDECAN/CM ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2016) O

estado exerce a função administrativa por meio de órgãos, pessoas jurídicas e

seus respectivos agentes. A administração pública adota duas formas básicas de

organização e atuação administrativas: centralização e descentralização. Diante do

exposto, acerca da descentralização, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Pode ser feita mediante outorga.

b) Pode ser feita mediante delegação.

c) Por contrato se formaliza por prazo indeterminado.

d) Por outorga fundamenta-se no princípio da especialização.

Questão 2    (IDECAN/CM ARACRUZ/PROCURADOR LEGISLATIVO/2016) Nos ter-

mos da doutrina do Direito Administrativo, quanto aos fenômenos da desconcen-

tração e da descentralização, assinale a afirmativa correta.

a) A delegação de serviços ao particular tanto ocorre por desconcentração quando

por descentralização, a depender do modelo de gestão adotado pelo Poder Público.

b) O processo de descentralização por meio de outorga sempre pressupõe a exis-

tência de lei, seja para criar, seja para autorizar a criação de entidades da adminis-

tração indireta.

c) A desconcentração afasta o poder de autotutela da Administração, fazendo com

que as entidades passem a sujeitar-se apenas ao controle finalístico da Adminis-

tração Direta.

d) Desde a Constituição Federal de 1988 o termo “desconcentração” a que fazia

alusão o Decreto-lei n. 200/1967 deixou de existir, tendo sido substituído pelos

atuais modelos de “descentralização”.

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Questão 3    (IDECAN/CM NATIVIDADE/TÉCNICO LEGISLATIVO/2017) Quando o

Estado cria pessoas jurídicas transferindo a responsabilidade pelo exercício de ati-

vidades administrativas que lhe são pertinentes, tem-se o fenômeno da:

a) Atividade gerencial.

b) Centralização administrativa.

c) Descentralização administrativa.

d) Desconcentração administrativa.

Questão 4    (VUNESP/TJ-SP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/2018/) A promulgação

de uma lei que estabelece a criação de uma autarquia com transferência de parte

da competência da União para a pessoa jurídica criada envolve

a) desconcentração do poder.

b) reunião de competências.

c) descentralização do poder.

d) unificação de competências.

Questão 5    (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) A respeito da organização da Ad-

ministração Pública, analise as afirmativas a seguir.

I – Na descentralização existe vínculo hierárquico e na desconcentração há o

controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo

hierárquico.

II – Na desconcentração, uma entidade da administração indireta distribui com-

petências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, a  fim de tornar

mais ágil e eficiente a prestação de serviços.

III – Na centralização, o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio

dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura

funcional.

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Está correto o que se afirma em

a) II, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) I e III apenas.

e) II e III, apenas.

Questão 6    (FUNDATEC/DPE-SC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) Assinale a

alternativa INCORRETA.

a) Chama-se de “descentralização” o ato de criar um novo órgão público na estru-

tura da Administração Pública.

b) Autarquia é uma entidade que pertence à Administração Pública indireta e é

pessoa jurídica de direito público.

c) Empresa pública é uma entidade que pertence à Administração Pública indireta

e é pessoa jurídica de direito privado.

d) A Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina é considerada um órgão do

Estado de Santa Catarina com autonomia funcional e administrativa.

e) A Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina pertence à Administração

Pública direta estadual.

Questão 7    (VUNESP/CM INDAIATUBA/CONTROLADOR INTERNO/2018) Os ser-

viços públicos poderão ser prestados por

a) descentralização, na qual a prestação dos serviços públicos se dá de forma dire-

ta, acumulando o Estado, portanto, as situações de titular e prestador do serviço.

b) delegação, que constitui transferência da execução de atividade estatal a deter-

minada pessoa, integrante ou não da Administração.

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c) concessão ou permissão de serviços públicos, que são instrumentos de direito

público pelos quais a Administração procede à desconcentração.

d) delegação, que é um processo eminentemente interno, pelo qual há a substi-

tuição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar a prestação do

serviço.

e) desconcentração, na qual o Estado transfere os encargos da prestação a ou-

tras pessoas, abdicando do controle do serviço e deixando de ter responsabilidade

por ele.

Questão 8    (FUNRIO/CGE-RO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO/2018) Bru-

na, advogada, recebe consulta sobre a complexa organização do Estado e verifica

que a mesma permite um grande número de classificações. Ao  elaborar parecer

sobre o tema aponta que, no concernente à estrutura, podem ser classificados os

órgãos públicos em:

a) autônomos e principais.

b) políticos e pessoais.

c) vagos e estruturais.

d) simples e compostos.

e) especiais e subalternos.

Questão 9    (VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018) O conjunto de

órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência

para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado

denomina-se

a) Administração Indireta.

b) Administração Direta.

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c) Fundação Pública.

d) Sociedade de Economia Mista.

e) Empresa Pública.

Questão 10    (COMPERVE UFRN/MPE-RN/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUAL DO RN ADMINISTRATIVA/2017) A organização da Administração Pú-

blica permite que seja realizada a desconcentração e a descentralização, sendo

correto afirmar que

a) a desconcentração pressupõe a existência de pessoas jurídicas diversas, atuan-

do o Estado de maneira indireta.

b) a descentralização pressupõe a distribuição de competência entre os diversos

órgãos da Administração Pública.

c) a desconcentração é a distribuição interna de competência administrativa e pode

ocorrer de acordo com a matéria, a hierarquia ou o território.

d) a descentralização é instituto que se refere a uma só pessoa, mantendo-se o

liame unificador da hierarquia.

Questão 11    (VUNESP/CM SUMARÉ/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A Adminis-

tração deve sempre ter por objetivo adotar a melhor forma de organização de suas

atividades, com vistas a otimizar o acesso dos administrados às utilidades forneci-

das pelo Estado.

A respeito das diversas formas de organização administrativa, assinale a alternati-

va correta.

a) A desconcentração administrativa resulta na criação de uma pessoa jurídica pró-

pria para o exercício de determinada competência e pode ocorrer tanto no âmbito

da Administração Direta como na Administração Indireta.

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b) A descentralização administrativa pode ocorrer por contrato ou por lei e a partir

dela é constituída uma relação de hierarquia entre a entidade delegante da ativida-

de e a entidade a quem foi delegada a sua execução.

c) A descentralização pode ser realizada por delegação, situação em que a Admi-

nistração transfere o exercício de determinada atividade, por tempo determinado,

a um outro sujeito por meio de um contrato.

d) A desconcentração administrativa consiste em mecanismo de distribuição inter-

na de competências, normalmente atribuídas a órgãos públicos, que, em razão de

sua autonomia, passam a se sujeitar a um controle finalístico ou de supervisão.

e) Os conceitos de desconcentração e descentralização administrativa são utiliza-

dos, pela doutrina, como sinônimos, uma vez que refletem um mesmo modo de

organização da burocracia estatal.

Questão 12    (FGV/SEPOG-RO/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-

TÃO GOVERNAMENTAL/2017) Quando o Estado recorre à edição de uma lei, no

intuito de criar uma entidade e transferir determinado serviço público para esta

entidade, ocorrerá

a) descentralização por delegação.

b) descentralização por outorga.

c) desconcentração.

d) controle finalístico.

e) divergência administrativa.

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Administração Direta
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Questão 13    (FGV/SEPOG-RO/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-

TÃO GOVERNAMENTAL/2017) A respeito da organização administrativa, assinale

a opção correta.

a) Enquanto na descentralização existe vínculo hierárquico, na desconcentração

há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem

vínculo hierárquico.

b) Na desconcentração o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante

delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica.

c) Na centralização o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos

inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional.

d) Na descentralização uma entidade da administração indireta distribui compe-

tências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente sua

organização administrativa e a prestação de serviços.

e) Na descentralização o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da

delegação de atividades a outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura in-

terna da pessoa jurídica descentralizadora.

Questão 14    (FUNRIO/PM-GO/SOLDADO/2017) Na noção de Administração Públi-

ca direta, incluem-se as/os

a) autarquias.

b) empresas públicas.

c) sociedades de economia mista.

d) fundações públicas, tanto de direito público quanto de direito privado.

e) órgãos e secretarias vinculados à chefia do Poder Executivo.

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Questão 15    (FUNRIO/PM-GO/CADETE/2017) [...] são centros de competên-

cias instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes,

cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.


MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2009.

Essa afirmação se refere ao conceito de

a) função pública.

b) pessoa de direito público.

c) agente público.

d) serviço público.

e) órgão público.

Questão 16    (IBFC/SEDUC-MT/APOIO ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL/2017)

Assinale a alternativa correta sobre como é designado o conjunto de órgãos que

integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exer-

cício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado.

a) Administração indireta

b) Autarquias

c) Administração direta

d) Empresas públicas

e) Sociedades de economia mista

Questão 17    (COSEAC UFF/UFF/AUXILIAR ADMINISTRAÇÃO/2017) O Ministério

da Educação (MEC) é um órgão da:

a) Presidência da República.

b) administração federal direta.

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c) administração federal indireta.

d) Câmara de Deputados.

e) Câmara Federal de Educação.

Questão 18    (CONSULPLAN/TJ-MG/ESTAGIÁRIO DIREITO/2016) Sobre a Admi-

nistração Pública Direta e Indireta, analise as afirmativas a seguir.

I – Pela descentralização o ente federativo procede a uma divisão interna de

competências ou tarefas.

II – Descentralização e desconcentração são conceitos distintos.

III – Na desconcentração não se fala em hierarquia, mas em controle e fiscalização.

IV – A descentralização por outorga, se dá mediante lei.

Estão corretas as afirmativas

a) I, II, III e IV.

b) I e II, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) III e IV, apenas.

Questão 19    (FGV/PAULÍNIA/AGENTE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) A Ad-

ministração Pública brasileira apresenta uma estrutura que permite a distribuição

de responsabilidade entre as autoridades sem que haja subordinação direta de no-

vas entidades ao Estado.

Assinale a opção que apresenta o conceito que caracteriza essa distribuição de res-

ponsabilidades.

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a) Descentralização

b) Desconcentração

c) Delegação

d) Discriminação

e) Desoneração

Questão 20    (FUNCAB/SEJAP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO/2016) Em relação à

organização administrativa, assinale a opção correta.

a) A relação de hierarquia ocorre na descentralização.

b) Por meio da desconcentração criam-se órgãos públicos dotados de personalida-

de jurídica.

c) Se há uma distribuição interna de competência da mesma pessoa jurídica, ocor-

re uma desconcentração.

d) Quando é feita a transferência da execução da tarefa a uma pessoa diversa,

trata-se de desconcentração.

e) A desconcentração ocorre mediante a criação de uma nova pessoa jurídica.

Questão 21    (IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/2016)

No que se refere à organização administrativa e aos institutos da centralização, da

descentralização e da desconcentração, assinale a alternativa correta.

a) A desconcentração administrativa efetua-se quando uma entidade administrati-

va transfere a outra pessoa jurídica a execução de um serviço público.

b) A descentralização administrativa acontece quando a Administração Pública re-

parte internamente os respectivos órgãos em órgãos menores, de modo a levar o

serviço público a todos que dele precisam.

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c) O serviço público prestado por concessionárias ou permissionárias é considerado

centralizado.

d) A desconcentração ocorre no âmbito de uma única pessoa jurídica.

e) A descentralização envolve apenas uma pessoa jurídica.

Questão 22    (VUNESP/CM REGISTRO/CONTROLADOR INTERNO/2016) O serviço

público que é executado pela Administração Direta distribuído, porém, entre os vá-

rios órgãos da mesma pessoa jurídica, para facilitar sua execução e obtenção pelos

usuários, é uma forma de prestação de serviço

a) concedido.

b) centralizado.

c) descentralizado.

d) desconcentrado.

e) outorgado.

Questão 23    (VUNESP/CM-POÁ/PROCURADOR JURÍDICO/2016) No que concer-

ne às formas de prestação de serviço público, é correto afirmar que:

a) Desconcentração é o contrato administrativo que traduz a transferência da exe-

cução de atividade estatal a determinada pessoa, não integrante da Administração.

b) Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução

de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da Administração.

c) Desconcentração é o processo interno e externo que objetiva substituir um ór-

gão por dois ou mais, não integrantes da Administração, com a finalidade de pres-

tação de serviço.

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d) Descentralização é processo eminentemente interno; significa apenas a substi-

tuição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar e acelerar a pres-

tação de serviço.

e) Desconcentração é o fato administrativo que traduz a transferência da execução

de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da Administração.

Questão 24    (CEV UECE/DER-CE/PROCURADOR AUTÁRQUICO JURÍDI-

CA/2016) A criação de uma autarquia na estrutura da Administração Pública con-

siste no instituto jurídico da

a) descentralização.

b) desconcentração.

c) concentração.

d) centralização.

Questão 25    (BIO-RIO/MANGARATIBA/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO AMBIEN-

TAL/2016) Em relação à Administração Pública Direta, avalie se as afirmativas a

seguir são falsas (F) ou verdadeiras (V):

I – É também chamada de Administração Pública Centralizada.

II – Existe em todos os níveis de todas as esferas de governo e no Poder Execu-

tivo, mas não no Legislativo, nem no Judiciário.

III – Atua diretamente por meio de seus Órgãos, que possuem personalidade

jurídica própria e são, portanto, capazes de contrair obrigações por si

próprios.

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As afirmativas são respectivamente:

a) V, V e V.

b) F, F e F.

c) V, F e V.

d) F, V e F.

e) F, F e V.

Questão 26    (UFMT/TJ-MT/DISTRIBUIDOR, CONTADOR E PARTIDOR/2016) De

acordo com a “teoria do órgão”, entende-se que a vontade da pessoa jurídica ma-

nifesta-se por meio dos agentes que compõem os órgãos de sua estrutura. Le-

vando-se em conta essa teoria, a vinculação da vontade do órgão e agente se dá

mediante

a) Imputação.

b) Representação.

c) Mandato.

d) Delegação.

Questão 27    (VUNESP/IPREF/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2016) Consideran-

do que os órgãos públicos são centros de competência do Estado, reunidos sob o

critério da hierarquia, assinale a alternativa que apresenta um exemplo correto de

órgão público.

a) Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

b) Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM.

c) Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos – SAAE.

d) Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS.

e) Ministério da Saúde.

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Questão 28    (FAURGS/TJ-RS/CONTADOR/2016) A Administração Direta compreende

a) as autarquias.

b) as empresas públicas.

c) as sociedades de economia mista.

d) as fundações públicas.

e) a presidência da república e os ministérios.

Questão 29    (IADES/CRESS-6/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2016) Em relação

ao conceito de órgão público, assinale a alternativa correta.

a) Órgão público se confunde com pessoa jurídica.

b) Com base na teoria do órgão, pode-se definir órgão público como uma unidade

que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram, com o

objetivo de expressar a vontade do Estado.

c) Órgão público se confunde com a pessoa física denominada agente público, por-

que congrega funções que ela vai exercer.

d) O órgão público tem personalidade jurídica própria, já que integra a estrutura

da Administração direta.

e) Os órgãos públicos não podem ser dotados de capacidade processual.

Questão 30    (VUNESP/PREF GRU/PROMOÇÃO DE SERVIDORES ESTATUTÁRIOS

AGENTE PÚBLICO NÍVEL I E NÍVEL SUPERIOR/2016) No Brasil, as pessoas jurí-

dicas de direito público interno que possuem como principal característica a capa-

cidade de auto-organização e de editar sua própria legislação são

a) as entidades físico-administrativas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

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b) as entidades políticas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

c) as entidades administrativas, quais sejam, as autarquias, as fundações, as em-

presas públicas e as sociedades de economia mista.

d) as entidades políticas, quais sejam, as autarquias, as fundações, as empresas

públicas e as sociedades de economia mista.

e) as entidades jurídico-associativas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

Questão 31    (QUADRIX/CONRERP 2/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019) Em


relação à administração direta e indireta, julgue o item.
Os órgãos da Administração Pública direta podem ser pessoas jurídicas de direito
público ou privado.

Questão 32    (IBFC/CGE-RN/ANALISTA CONTÁBIL/2019) No que se refere aos


temas da centralização, descentralização, concentração e desconcentração, como
tais integrantes da doutrina do Direito Administrativo, é correto afirmar que:
a) para que o Estado possa realizar sua função administrativa, que consiste em
atender às necessidades e anseios sociais, o ordenamento jurídico autoriza sua
organização administrativa do modo e da forma que melhor lhe aprouver, sem ne-
cessidade de se sujeitar às limitações e diretrizes constitucionais
b) a função administrativa é realizada de forma centralizada quando ela é desem-
penhada diretamente pela própria entidade estatal, por meio de seus vários órgãos
e agentes públicos
c) a descentralização se apresenta como um modelo de gestão destinado a miti-
gar o exercício da função administrativa, permitindo a um ente público exercer sua

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atividade por meio de um órgão público subordinado, desde que este tenha uma
especialização de caráter público
d) na descentralização se verifica uma divisão interna de competências ou funções,
no interior do próprio Estado ou dos órgãos ou repartições administrativas criadas
pelo próprio poder estatal

Questão 33    (IADES/CAU-AC/ANALISTA DE FISCALIZAÇÃO ARQUITETO E UR-


BANISTA/2019) No que concerne à organização administrativa e aos conceitos de
centralização, desconcentração e descentralização, assinale a alternativa correta.
a) A descentralização acontece quando o Estado executa as respectivas tarefas
diretamente, por meio de órgãos e agentes integrantes da administração direta.

b) A centralização administrativa dá-se quando o Estado desempenha algumas das

próprias atribuições por meio de outras pessoas jurídicas e não pela administração

direta, como ocorre quando se cria uma autarquia para execução de determinadas

atividades.

c) A desconcentração é técnica administrativa de distribuição interna de competên-

cias, que ocorre dentro da estrutura de uma pessoa jurídica, como, por exemplo,

quando uma autarquia estabelece uma divisão interna de funções.

d) A descentralização é técnica administrativa de distribuição interna de competên-

cias, que se efetua dentro da estrutura de uma pessoa jurídica, como, por exemplo,

quando determinada autarquia estabelece uma divisão interna de funções.

e) A desconcentração ocorre quando o Estado desempenha algumas das próprias

atribuições por meio de outras pessoas jurídicas e não pela administração direta,

como verifica-se quando é criada uma autarquia para execução de determinadas

atividades.

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Questão 34    (VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO/2019) Considere

que o Estado de São Paulo criou uma pessoa jurídica e a ela transferiu determinado

serviço público.

Nesse caso, é correto afirmar que houve

a) centralização administrativa.

b) terceirização administrativa.

c) descentralização administrativa.

d) avocação administrativa.

e) desconcentração administrativa.

Questão 35    (NC-UFPR/FPMA/ADVOGADO/2019) A respeito das modalidades de

organização administrativa do Estado, assinale a alternativa correta.

a) As formas de descentralização administrativa não cabem aos regimes orgâni-

cos municipais, tendo em vista os ditames fixados a partir da Constituição Federal

de 1988.

b) A descentralização administrativa por serviços, também denominada por des-

centralização funcional ou técnica, ocorre pela criação de autarquias, fundações

e empresas públicas. As sociedades de economia mista encontram-se fora desse

modelo, tendo em vista serem parcialmente compostas por recursos oriundos da

iniciativa privada.

c) A entidade descentralizada possui personalidade jurídica e patrimônio próprios,

capacidade de autoadministração, motivo pelo qual não se sujeita a nenhuma for-

ma de controle ou tutela por parte do ente instituidor.

d) Descentralização é a divisão de competência para pessoa diversa da pessoa

central; desconcentração é distribuição de competências dentro da mesma pessoa

jurídica.

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e) A descentralização por colaboração é a figura em que a Administração Pública cria,

por lei, pessoa jurídica de direito privado para a execução de serviço público, eximin-

do-se, todavia, do controle das condições de execução do respectivo serviço público.

Questão 36    (NC-UFPR/ITAIPU/PROFISSIONAL NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR CI-

ÊNCIAS CONTÁBEIS/2019) Na descentralização, o Estado distribui algumas de

suas atribuições para outras pessoas, físicas ou jurídicas. A descentralização ad-

ministrativa pode ocorrer por serviços ou por colaboração. A respeito da delegação

por colaboração, é correto afirmar:

a) Transfere a titularidade e execução do serviço por prazo indeterminado e possui


controle finalístico.

b) O controle é rígido e amplo e transfere a titularidade e execução do serviço.

c) Transfere a titularidade e execução do serviço por lei e por prazo indeterminado.

d) Transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo determinado e

por ato unilateral por tempo indeterminado.

e) O controle se dá por tutela ou supervisão e transfere apenas a execução do ser-

viço por contrato por tempo indeterminado.

Questão 37    (NC-UFPR/TJ-PR/NOTÁRIO E REGISTRADOR/2019) O Estado pode

transferir o exercício de certas atividades que lhe são próprias por meio da descen-

tralização administrativa. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

a) A descentralização é um instrumento vedado para Estados e Municípios, consi-

derando que sua previsão legal é apenas para a União.

b) A transferência de atividades por meio da descentralização implica a criação de

um ente com personalidade jurídica.

c) A descentralização destina-se à criação de empresas estatais.

d) A descentralização pode ser denominada de desconcentração.

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e) A descentralização implica a delegação de serviços públicos no interior das pró-

prias entidades administrativas.

Questão 38    (INAZ DO PARÁ/CORE-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019)

Os serviços públicos podem ser oferecidos, portanto, executados, sob duas moda-

lidades, entre elas:

a) Sob a forma direta, quando a execução do serviço partir de determinação de

algum órgão da Administração Pública e não através de alguma solicitação forma-

lizada por usuário.

b) De forma isenta, quando a Administração Pública promover um serviço para o

qual não houve necessidade de se realizar um processo licitatório.

c) De forma centralizada, quando a atividade é realizada por meio dos órgãos que

a compõe, em seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade.

d) Sob a forma desconcentrada, quando o serviço for prestado de maneira a aten-

der uma área populacional específica, de acordo com as necessidades devidamente

comprovadas.

e) Financiada, será a forma como um serviço será prestado, caso a Administração

Pública não possua recursos suficientes para realizar o mesmo e procure recursos

financeiros em terceiros.

Questão 39    (VUNESP/CM SERRANA/PROCURADOR JURÍDICO/2019) A respeito

da desconcentração, é correto afirmar que

a) é sinônimo de descentralização, porém ocorre na Administração Indireta.

b) consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do

serviço para a Administração Indireta.

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c) foi vedada em recente decisão do Supremo Tribunal Federal com repercussão

geral.

d) consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do

serviço para o particular.

e) se trata de forma de repartição interna da competência atribuída à entidade es-

tatal e dela decorre a criação de órgãos públicos.

Questão 40    (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2019) O fe-

nômeno jurídico que dá origem aos órgãos administrativos é denominado descon-

centração administrativa. Quanto a desconcentração que pode ocorrer na Adminis-

tração Direta do distrito federal, que nome deve ser dado ao órgão?

a) Ministério.

b) Autarquia.

c) Empresa Mista.

d) Fundação.

e) Secretaria.

Questão 41    (VUNESP/UNIFAI/CONTROLADOR INTERNO/2019) A Administração

Pública pode exercer as suas funções de maneiras diversas, definidas de acordo

com as especificidades de cada atribuição conferida ao Estado. A respeito do tema,

assinale a alternativa correta.

a) A atividade administrativa pode ser exercida mediante descentralização, que

ocorre quando a própria entidade pública, por meio dos seus órgãos e agentes,

desempenha as suas atribuições.

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b) A descentralização administrativa pode ocorrer mediante delegação ou colabo-

ração, hipótese em que se transfere a titularidade da competência administrativa

para entidade pública criada por lei.

c) Na descentralização administrativa, em função do princípio do interesse público,

forma-se uma relação de hierarquia entre a autoridade delegante e a autoridade a

quem é delegada a competência administrativa.

d) Ocorre a desconcentração administrativa quando uma entidade pública distribui

as suas atribuições no âmbito da sua própria estrutura, com o objetivo de tornar

mais eficiente a execução da função pública.

e) Os conceitos de desconcentração e descentralização administrativa são tratados

pela doutrina como sinônimos, referindo-se ambos a situação em que a Administra-

ção cria uma entidade específica para desempenhar funções públicas.

Questão 42    (IAUPE/PREF PETROLINA/ANALISTA PLANEJAMENTO E ADMINIS-

TRAÇÃO/2019) A atividade administrativa, que é exercida pelo próprio ente fe-

derado, como o município, ou através dos órgãos que compõem a sua estrutura

interna, chamamos de administração direta e é exercida de forma

a) concentrada.

b) descentralizada.

c) multivariada.

d) centralizada.

e) inversa.

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GABARITO
1. c 15. e 29. b

2. b 16. c 30. b

3. c 17. b 31. E

4. c 18. c 32. b

5. e 19. a 33. c

6. a 20. c 34. c

7. b 21. d 35. d

8. d 22. d 36. d

9. b 23. b 37. b

10. c 24. a 38. c

11. c 25. Anulada 39. e

12. b 26. a 40. e

13. c 27. e 41. d

14. e 28. e 42. d

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GABARITO COMENTADO

Questão 1    (IDECAN/CM ARACRUZ/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2016) O

estado exerce a função administrativa por meio de órgãos, pessoas jurídicas e

seus respectivos agentes. A administração pública adota duas formas básicas de

organização e atuação administrativas: centralização e descentralização. Diante do

exposto, acerca da descentralização, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Pode ser feita mediante outorga.

b) Pode ser feita mediante delegação.

c) Por contrato se formaliza por prazo indeterminado.

d) Por outorga fundamenta-se no princípio da especialização.

Letra c.

Vamos relembrar!

Tanto a centralização quanto a descentralização referem-se à forma como a ati-

vidade administrativa é desempenhada para a população. Por meio dos insti-

tutos, verifica-se que a atividade administrativa pode ser desempenhada tanto por

meio de órgão da administração direta, quanto através de entidades da adminis-

tração indireta.

A centralização ocorre quando a atividade administrativa é totalmente de-

sempenhada por órgãos e agentes de um único ente federativo. Em tal

situação, o Estado executa as tarefas que a ele são atribuídas pela Constituição

Federal de forma direta, ou seja, por intermédio dos agentes e dos órgãos públicos

componentes da administração direta.

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A descentralização, por sua vez, ocorre quando qualquer um dos entes

federativos exerce suas atribuições por intermédio de outras pessoas jurí-

dicas. Em tais situações, ao contrário do que ocorre quando da criação dos órgãos

públicos, não teremos hierarquia ou subordinação, mas sim, mera vinculação entre

a pessoa jurídica criada e o ente federativo que a criou.

A descentralização pode ser feita de duas formas, sendo elas a descentralização

por outorga (também conhecida como descentralização por serviços ou legal) e a

descentralização por delegação (negocial ou por colaboração).

A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto

a titularidade quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização

é feita por meio de lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da

administração indireta são criadas. Quatro são as entidades, conforme veremos em

momento posterior, sendo elas as autarquias, as fundações públicas, as em-

presas públicas e as sociedades de economia mista. No caso das autarquias,

a criação se dará diretamente por meio de lei. Nas demais entidades, a lei apenas

autorizará a respectiva criação.

A descentralização por delegação ocorre quando apenas o exercício da com-

petência é transferido à outra entidade, ficando a titularidade com o ente original-

mente competente. Através dela, as concessionárias e permissionárias assumem o

exercício de algumas atividades administrativas.

Assim, analisando as alternativas, temos:

a)Correta. A descentralização pode ser feita tanto por outorga quanto por de-

legação.

b) Correta. Na descentralização por delegação, apenas o exercício da atividade

administrativa é transferido às delegatárias de serviço público.

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c) Errada. Na descentralização por delegação, as concessionárias ou permissio-

nárias assumirão o exercício por prazo certo, sendo que teremos a realização de

licitação prévia e a formalização de um contrato administrativo.

d) Correta. Na descentralização por outorga, são criadas entidades da adminis-

tração indireta que irão desempenhar, apenas, as atividades para as quais foram

instituídas. Logo, tais pessoas jurídicas (autarquias, empresas públicas, sociedades

de economia mista e fundações) se tornarão especialistas naquilo que fazem.

Questão 2    (IDECAN/CM ARACRUZ/PROCURADOR LEGISLATIVO/2016) Nos ter-

mos da doutrina do Direito Administrativo, quanto aos fenômenos da desconcen-

tração e da descentralização, assinale a afirmativa correta.

a) A delegação de serviços ao particular tanto ocorre por desconcentração

quando por descentralização, a depender do modelo de gestão adotado pelo

Poder Público.

b) O processo de descentralização por meio de outorga sempre pressupõe a exis-

tência de lei, seja para criar, seja para autorizar a criação de entidades da adminis-

tração indireta.

c) A desconcentração afasta o poder de autotutela da Administração, fazendo com

que as entidades passem a sujeitar-se apenas ao controle finalístico da Adminis-

tração Direta.

d) Desde a Constituição Federal de 1988 o termo “desconcentração” a que fazia

alusão o Decreto-lei n. 200/1967 deixou de existir, tendo sido substituído pelos

atuais modelos de “descentralização”.

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Letra b.

A descentralização por outorga ocorre quando o ente federativo transfere tanto a

titularidade quanto o exercício de determinada competência. Tal descentralização

é feita por meio de lei, sendo por intermédio de tal instituto que as entidades da

Administração Indireta são diretamente criadas (no caso das autarquias) ou auto-

rizadas (para as demais entidades).

a) Errada. A delegação dos serviços públicos aos particulares ocorre apenas por

intermédio da descentralização, e não da desconcentração.

Neste sentido, a descentralização por delegação ocorre quando apenas o exer-

cício da competência é transferido à outra entidade, ficando a titularidade com o

ente originalmente competente. Através dela, as concessionárias, permissioná-

rias e autorizatárias assumem o exercício de algumas atividades administrativas.

A desconcentração, em sentido diverso, trata-se de uma técnica de repartição in-

terna de competências, dando ensejo ao surgimento dos órgãos públicos.

c) Errada. Uma vez realizada a desconcentração, teremos o surgimento de órgãos

públicos. Os órgãos, por sua vez, são, ao contrário do que acontece com as enti-

dades da administração indireta, subordinados hierarquicamente à pessoa jurídica

que os instituiu.

A vinculação trata-se de instituto ligado às entidades da administração indireta,

que, ainda que não sejam subordinadas, devem respeitar as finalidades para as

quais foram instituídas.

d) Errada. A desconcentração ainda existe nos dias atuais, tratando-se de uma

técnica administrativa de repartição interna de competências. Com a desconcentra-

ção, temos a criação dos órgãos públicos.

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Questão 3    (IDECAN/CM NATIVIDADE/TÉCNICO LEGISLATIVO/2017) Quando o

Estado cria pessoas jurídicas transferindo a responsabilidade pelo exercício de ati-

vidades administrativas que lhe são pertinentes, tem-se o fenômeno da:

a) Atividade gerencial.

b) Centralização administrativa.

c) Descentralização administrativa.

d) Desconcentração administrativa.

Letra c.

A descentralização administrativa ocorre quando as competências administrativas

são exercidas por pessoas jurídicas distintas e autônomas, criadas pelo Es-

tado para tal finalidade.

Questão 4    (VUNESP/TJ-SP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/2018/) A promulgação

de uma lei que estabelece a criação de uma autarquia com transferência de parte

da competência da União para a pessoa jurídica criada envolve

a) desconcentração do poder.

b) reunião de competências.

c) descentralização do poder.

d) unificação de competências.

Letra c.

A descentralização administrativa ocorre quando as competências administrati-

vas são exercidas por pessoas jurídicas distintas e autônomas, criadas pelo Estado

para tal finalidade.

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A desconcentração, por sua vez, é o modo de cumprimento de competências ad-

ministrativas onde as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes

a uma única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.

Para você lembrar de maneira rápida na prova, basta se ligar nisto aqui:

DescOncentração = Órgãos públicos


DescEntralização = Entidades públicas

A questão fala que foi promulgada uma lei que cria uma autarquia, ENTIDADE que faz

parte da administração indireta. Na criação de Entidade, temos a descEntralização.

Questão 5    (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) A respeito da organização da Ad-

ministração Pública, analise as afirmativas a seguir.

I – Na descentralização existe vínculo hierárquico e na desconcentração há o controle

entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico.

II – Na desconcentração, uma entidade da administração indireta distribui com-

petências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, a  fim de tornar

mais ágil e eficiente a prestação de serviços.

III – Na centralização, o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio

dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura

funcional.

Está correto o que se afirma em

a) II, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) I e III apenas.

e) II e III, apenas.

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Letra e.

Está certo o que se afirma em II e III, apenas.

O serviço público, quando distribuído entre os vários órgãos da mesma pessoa ju-

rídica, para facilitar sua execução e obtenção pelos usuários, é uma forma de pres-

tação de serviço desconcentrado.

Por sua vez, a prestação descentralizada é quando uma pessoa diferente do ente

federado a quem a Constituição atribui a titularidade do serviço executa-o.

Diante dessas informações, vamos analisar as afirmativas:

I – Na descentralização existe vínculo hierárquico e na desconcentração há

o controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem

vínculo hierárquico.

Errada. Pelo contrário, na descentralização existe vinculação e não subordinação;

não há vínculo hierárquico, portanto. Por sua vez, na desconcentração, os órgãos

criados pela pessoa jurídica são subordinados ao ente central, com vínculo hierár-

quico.

II – Na desconcentração, uma entidade da administração indireta distribui

competências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, a fim de tor-

nar mais ágil e eficiente a prestação de serviços.

Correta. Na desconcentração, a distribuição de competências é interna, dentro da

mesma pessoa jurídica, sem a criação de outros entes, dentro do conceito de admi-

nistração indireta, ou delegação para pessoas jurídicas estranhas à administração

pública.

III – Na centralização, o Estado executa suas tarefas diretamente, por

intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem

sua estrutura funcional.

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Correta. A centralização pressupõe uma única entidade exercendo as atividades,

podendo estas serem distribuídas entre os órgãos e os agentes administrativos da

sua composição.

Portanto, estão certos os itens II e III.

Questão 6    (FUNDATEC/DPE-SC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) Assinale a

alternativa INCORRETA.

a) Chama-se de “descentralização” o ato de criar um novo órgão público na estru-

tura da Administração Pública.

b) Autarquia é uma entidade que pertence à Administração Pública indireta e é

pessoa jurídica de direito público.

c) Empresa pública é uma entidade que pertence à Administração Pública indireta

e é pessoa jurídica de direito privado.

d) A Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina é considerada um órgão do

Estado de Santa Catarina com autonomia funcional e administrativa.

e) A Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina pertence à Administração

Pública direta estadual.

Letra a.

a) Chama-se de “descentralização” o ato de criar um novo órgão público

na estrutura da Administração Pública.

Errada. A assertiva descreve a desconcentração. Assim, temos que o serviço distri-

buído entre os vários órgãos da mesma pessoa jurídica, para facilitar sua execução

e obtenção pelos usuários, é uma forma de prestação de serviço desconcentrado.

Já a prestação descentralizada é quando uma pessoa diferente do ente federado a

que a Constituição atribui a titularidade do serviço executa-o.

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b) Autarquia é uma entidade que pertence à Administração Pública indire-

ta e é pessoa jurídica de direito público.

Correta. A autarquia tem natureza jurídica de direito público e seus bens e recei-

tas não se confundem com os da administração direta, uma vez que as autarquias

gozam de patrimônio próprio, o qual o gere, como pessoa jurídica de direito público

autônoma.

c) Empresa pública é uma entidade que pertence à Administração Pública

indireta e é pessoa jurídica de direito privado.

C
 orreta. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes

da administração indireta, instituídas pelo poder público, mediante autorização de lei

específica, sob qualquer forma jurídica e com capital exclusivamente público, para a

exploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços públicos.

d) A Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina é considerada um

órgão do Estado de Santa Catarina com autonomia funcional e administra-

tiva.

Correta. É órgão do governo estadual e, por força constitucional, possui autono-

mia funcional e administrativa.

e) A Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina pertence à Admi-

nistração Pública direta estadual.

Correta. A Secretaria da Fazenda é um órgão autônomo, pertencendo à admi-

nistração pública direta, situando-se hierarquicamente imediatamente abaixo dos

órgãos independentes.

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Questão 7    (VUNESP/CM INDAIATUBA/CONTROLADOR INTERNO/2018) Os ser-


viços públicos poderão ser prestados por
a) descentralização, na qual a prestação dos serviços públicos se dá de forma dire-
ta, acumulando o Estado, portanto, as situações de titular e prestador do serviço.
b) delegação, que constitui transferência da execução de atividade estatal a deter-
minada pessoa, integrante ou não da Administração.
c) concessão ou permissão de serviços públicos, que são instrumentos de direito
público pelos quais a Administração procede à desconcentração.
d) delegação, que é um processo eminentemente interno, pelo qual há a substi-
tuição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar a prestação do
serviço.
e) desconcentração, na qual o Estado transfere os encargos da prestação a ou-
tras pessoas, abdicando do controle do serviço e deixando de ter responsabilidade
por ele.

Letra b.
a) descentralização, na qual a prestação dos serviços públicos se dá de
forma direta, acumulando o Estado, portanto, as situações de titular e
prestador do serviço.
Errada. Com a descentralização, o serviço será prestado de forma indireta, pela
qual o Estado transfere a titularidade e a execução dos serviços (no caso das au-
tarquias) ou somente a execução (no caso das demais formas de descentralização)
b) delegação, que constitui transferência da execução de atividade estatal
a determinada pessoa, integrante ou não da Administração.
Correta. A delegação é conhecida como a descentralização por colaboração e po-
derá ser concedida à pessoa estranha à Administração ou à pessoa jurídica inte-
grante da administração indireta.

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c) concessão ou permissão de serviços públicos, que são instrumentos de

direito público pelos quais a Administração procede à desconcentração.

Errada. Quando o Poder Público institui concessão ou permissão, mediante contra-

to, está delegando o serviço público a pessoas estranhas à Administração, configu-

rando, assim, a descentralização.

d) delegação, que é um processo eminentemente interno, pelo qual há a

substituição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar a

prestação do serviço.

Errada. A alternativa descreve a desconcentração, que é o processo interno que

cria setores de competências despersonalizados dentro de sua própria estrutura

para a execução de serviços públicos denominados órgãos.

e) desconcentração, na qual o Estado transfere os encargos da prestação

a outras pessoas, abdicando do controle do serviço e deixando de ter res-

ponsabilidade por ele.

Errada. Não se trata de desconcentração, conforme vimos na assertiva anterior.

Ademais, mesmo transferindo a execução da atividade a outras pessoas, com ex-

ceção da descentralização por serviços às autarquias, o Poder Público mantém a

titularidade do serviço controlando-o e responsabilizando-se por este.

Questão 8    (FUNRIO/CGE-RO/ASSISTENTE DE CONTROLE INTERNO/2018) Bru-

na, advogada, recebe consulta sobre a complexa organização do Estado e verifica

que a mesma permite um grande número de classificações. Ao  elaborar parecer

sobre o tema aponta que, no concernente à estrutura, podem ser classificados os

órgãos públicos em:

a) autônomos e principais.

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b) políticos e pessoais.

c) vagos e estruturais.

d) simples e compostos.

e) especiais e subalternos.

Letra d.

A presente questão aborda o tema concernente a uma das muitas classificações

dos órgãos públicos, qual seja, a que leva em conta a estrutura dos órgãos. E, sob

este ângulo, a doutrina os subdivide em órgãos simples e compostos:

Quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples ou unitários (constituídos

por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como ocorre com

as seções integradas em órgãos maiores) e compostos (constituídos por vários

outros órgãos, como acontece com os Ministérios, as secretarias de Estado, que

compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em que não existem

mais divisões).

Questão 9    (VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018) O conjunto de

órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência

para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado

denomina-se

a) Administração Indireta.

b) Administração Direta.

c) Fundação Pública.

d) Sociedade de Economia Mista.

e) Empresa Pública.

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Letra b.

Administração direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do

Estado (União, estados, Distrito Federal e municípios), às quais foi atribuída a com-

petência para o exercício, de forma centralizada, de atividades administrativas.

Questão 10    (COMPERVE UFRN/MPE-RN/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUAL DO RN ADMINISTRATIVA/2017) A organização da Administração Pú-

blica permite que seja realizada a desconcentração e a descentralização, sendo

correto afirmar que

a) a desconcentração pressupõe a existência de pessoas jurídicas diversas, atuan-

do o Estado de maneira indireta.

b) a descentralização pressupõe a distribuição de competência entre os diversos

órgãos da Administração Pública.

c) a desconcentração é a distribuição interna de competência administrativa e pode

ocorrer de acordo com a matéria, a hierarquia ou o território.

d) a descentralização é instituto que se refere a uma só pessoa, mantendo-se o

liame unificador da hierarquia.

Letra c.

a) a desconcentração pressupõe a existência de pessoas jurídicas diver-

sas, atuando o Estado de maneira indireta.

Errada. Como visto, a desconcentração é distribuição de competências para ór-

gãos, ou seja, dentro de uma mesma pessoa jurídica.

b) a descentralização pressupõe a distribuição de competência entre os

diversos órgãos da Administração Pública.

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Errada. Falou em descentralização, lembramos de entidade! Quando a alternati-

va fala em distribuição de competência em diversos órgãos, ela nos remete à ideia

de desconcentração, e não descentralização.

c) a desconcentração é a distribuição interna de competência administra-

tiva e pode ocorrer de acordo com a matéria, a hierarquia ou o território.

Correta. Perfeito! Quando você ver distribuição interna, marque desconcen-

tração, porque a questão quer dizer dentro de uma mesma pessoa jurídica.

d
 ) a descentralização é instituto que se refere a uma só pessoa, mantendo-se

o liame unificador da hierarquia.

Errada. Na descentralização, saímos de uma pessoa jurídica e vamos para outra.

Além disso, não existe hierarquia entre duas pessoas distintas.

Questão 11    (VUNESP/CM SUMARÉ/PROCURADOR JURÍDICO/2017) A Adminis-

tração deve sempre ter por objetivo adotar a melhor forma de organização de suas

atividades, com vistas a otimizar o acesso dos administrados às utilidades forneci-

das pelo Estado.

A respeito das diversas formas de organização administrativa, assinale a alternativa

correta.

a) A desconcentração administrativa resulta na criação de uma pessoa jurídica pró-

pria para o exercício de determinada competência e pode ocorrer tanto no âmbito

da Administração Direta como na Administração Indireta.

b) A descentralização administrativa pode ocorrer por contrato ou por lei e a partir

dela é constituída uma relação de hierarquia entre a entidade delegante da ativida-

de e a entidade a quem foi delegada a sua execução.

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c) A descentralização pode ser realizada por delegação, situação em que a Admi-


nistração transfere o exercício de determinada atividade, por tempo determinado,
a um outro sujeito por meio de um contrato.
d) A desconcentração administrativa consiste em mecanismo de distribuição inter-
na de competências, normalmente atribuídas a órgãos públicos, que, em razão de
sua autonomia, passam a se sujeitar a um controle finalístico ou de supervisão.
e) Os conceitos de desconcentração e descentralização administrativa são utiliza-
dos, pela doutrina, como sinônimos, uma vez que refletem um mesmo modo de
organização da burocracia estatal.

Letra c.
Há algumas formas de descentralização administrativa. Uma delas é a “por cola-
boração”. Nesse caso, o Estado mantém-se titular dos serviços e repassa apenas a
execução da atividade. É o caso do contrato administrativo de concessão de servi-
ços públicos.
As demais alternativas estão erradas. Abaixo:
a) Errada. A desconcentração é a criação de novos órgãos, unidades administrati-
vas desprovidas de personalidade jurídica.
b) Errada. A descentralização por colaboração pode ocorrer por ato ou contrato.
A que se dá por lei é a descentralização técnica ou funcional. E entre a adminis-
tração central e a descentralizada, não há hierarquia. Há controle, mas por tutela
administrativa.
d) Errada. Está quase perfeito. O controle finalístico ou supervisão é para as en-
tidades integrantes da administração indireta. Os órgãos acham-se sujeitos à hie-
rarquia e subordinação.
e) Errada. Não são expressões sinônimas. A desconcentração é interna, criação de

órgãos. A descentralização é externa e pressupõe a existência de pessoas jurídicas.

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Questão 12    (FGV/SEPOG-RO/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO


GOVERNAMENTAL/2017) Quando o Estado recorre à edição de uma lei, no intuito de
criar uma entidade e transferir determinado serviço público para esta entidade, ocor-
rerá
a) descentralização por delegação.
b) descentralização por outorga.
c) desconcentração.
d) controle finalístico.
e) divergência administrativa.

Letra b.
Há quatro formas de descentralização administrativa: por colaboração, territorial,
social e por serviços.
Dessas, é a por serviços, técnica ou funcional em que o Estado cria uma pessoa
jurídica ou mesmo autoriza sua criação. No caso, além da execução, o Estado ou-
torga a titularidade.
A doutrina costuma diferenciar a descentralização em delegação negocial e delega-
ção legal. Na delegação negocial, o Estado mantém-se titular, é a chamada descen-
tralização por delegação, em seu sentido estrito. Já na delegação legal, o Estado,
por lei, repassa titularidade e execução, sendo chamado tecnicamente de descen-
tralização por OUTORGA.

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Questão 13    (FGV/SEPOG-RO/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-


TÃO GOVERNAMENTAL/2017) A respeito da organização administrativa, assinale a
opção correta.
a) Enquanto na descentralização existe vínculo hierárquico, na desconcentração
há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem
vínculo hierárquico.

b) Na desconcentração o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante

delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica.

c) Na centralização o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos

inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional.

d) Na descentralização uma entidade da administração indireta distribui compe-

tências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente sua

organização administrativa e a prestação de serviços.

e) Na descentralização o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da

delegação de atividades a outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura in-

terna da pessoa jurídica descentralizadora.

Letra c.

A centralização é o processo inverso da descentralização. Com a centralização,

a Administração exerce suas atividades por intermédio de seus próprios órgãos,

unidades administrativas desprovidas de personalidade jurídica.

Os demais itens estão ERRADOS. Abaixo:

a) Enquanto na descentralização existe vínculo hierárquico, na desconcen-

tração há o mero controle entre a administração central e o órgão descon-

centrado, sem vínculo hierárquico.

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A descentralização é externa corporis. O que isso quer dizer? Que o Estado cria

novas pessoas jurídicas. No lugar de exercer suas atividades por meio dos órgãos

da administração direta, as atividades são efetuadas pela indireta, por intermédio

de pessoas jurídicas, sejam de direito público (autarquias, por exemplo), sejam de

direito privado (exemplo das estatais).

E entre a administração central e indireta não há subordinação e hierarquia, o que

existe é vinculação finalística.

b) Na desconcentração o Estado executa suas atividades indiretamente,

mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica.

Esse é o conceito para descentralização. No caso, foram citadas a descentralização

por colaboração (que se dá por ato ou contrato), com entrega só da execução, e a

descentralização por serviços, técnica ou funcional, em que o Estado cria uma nova

pessoa jurídica, transferindo-se titularidade e execução.

d) Na descentralização uma entidade da administração indireta distribui

competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e

eficiente sua organização administrativa e a prestação de serviços.

Esse é o conceito para desconcentração. Refere-se a uma técnica administrativa,

com a criação de unidades desprovidas de personalidade jurídica dentro da própria

repartição.

e) Na descentralização o Estado executa suas tarefas indiretamente, por

meio da delegação de atividades a outros órgãos despersonalizados den-

tro da estrutura interna da pessoa jurídica descentralizadora.

Na verdade, na descentralização, há como pressuposto a existência de novas pes-

soas jurídicas, e não órgãos despersonalizados.

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Questão 14    (FUNRIO/PM-GO/SOLDADO/2017) Na noção de Administração Públi-

ca direta, incluem-se as/os

a) autarquias.

b) empresas públicas.

c) sociedades de economia mista.

d) fundações públicas, tanto de direito público quanto de direito privado.

e) órgãos e secretarias vinculados à chefia do Poder Executivo.


Letra e.
Vimos que a administração direta é composta pelas denominadas entidades políti-
cas, ou seja, pelos entes federativos. Em nosso ordenamento, eles são quatro:
União, estados, Distrito Federal e municípios. Tais entidades estão expressas na
Constituição Federal, mais precisamente em seu artigo 18, que assim dispõe:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil com-


preende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,
nos termos desta Constituição.

Todos os entes que compõem a administração direta são considerados pessoas jurídicas
de direito público, estando sujeitos ao regime jurídico administrativo e sendo dotadas
de autonomia. Temos administração direta, dessa forma, em todas as esferas políticas.
No âmbito federal, podemos citar como exemplos de órgãos que compõem a ad-
ministração direta: a Presidência da República e seus respectivos ministros de Es-
tado, o Senado Federal, a Câmara de Deputados, o Congresso Nacional, o Supremo
Tribunal Federal e respectivos tribunais federais, os juízes federais e cada uma das
coordenadorias, secretarias e repartições dos respectivos órgãos.
Na esfera estadual, a situação é semelhante, com as devidas adaptações. Assim,
fazem parte da administração direta dos Estados: o governador e respectivos se-
cretários estaduais, os deputados estaduais, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de

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Justiça, o Ministério Público estadual, os juízes estaduais e cada uma das reparti-
ções internas dos mencionados órgãos.
No âmbito municipal, por sua vez, a  relação não oferece maiores dificuldades,
com a ressalva de que não temos, em nosso ordenamento, a presença de Poder
Judiciário exclusivamente municipal (as causas são processadas pelos órgãos es-
taduais). Ainda assim, são exemplos de órgãos da administração direta municipal:
prefeito e respectivos secretários municipais, vereadores, Câmara de Vereadores e
procurador do município.

Claramente percebemos, pelo exposto, que a alternativa correta é a letra e.

As autarquias (letra a), empresas públicas (letra b) e sociedades de economia

mista (letra c) fazem parte da administração pública indireta, ao qual também

pertencem as fundações públicas de direito público (letra d). As fundações pú-

blicas de direito privado, em sentido diverso, são reguladas pelo direito civil, não

integrando a administração pública.

Questão 15    (FUNRIO/PM-GO/CADETE/2017) [...] são centros de competên-

cias instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes,

cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.

MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2009.

Essa afirmação se refere ao conceito de

a) função pública.

b) pessoa de direito público.

c) agente público.

d) serviço público

e) órgão público.

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Letra e.

De acordo com a teoria do órgão, também conhecida como teoria da imputação,

o agente público, ao exercer suas atribuições, atua em nome do Estado e do órgão

no qual exerce suas atribuições. Assim, se houver qualquer tipo de prejuízo ou le-

são na atuação do agente, o órgão – e não o agente – é que será responsabilizado

por tal atuação. Esta teoria é a atualmente aceita por praticamente todos os auto-

res brasileiros, sendo, por isso mesmo, a utilizada em nosso ordenamento jurídico.
Podemos relacionar as seguintes características para os órgãos públicos:

• Surgem por meio da técnica da desconcentração administrativa;


• São considerados repartições internas de competência;
• São entes despersonalizados, ou seja, não possuem personalidade jurídica, uma vez
que apenas são uma parte da pessoa jurídica que os criou;
• Podem estar presentes tanto da administração direta (entes federativos) quanto nas
entidades da administração indireta; e
• Como regra, não possuem capacidade processual.

Assim, o conceito apresentado pelo ilustre professor Hely Lopes Meirelles é o de


órgão público (letra e).
Os agentes públicos (letra c) são as pessoas que desempenham atividades em ór-
gão ou entidades da Administração Pública (composta, dentre outras, por pessoas
jurídicas de direito público – letra b).
O desempenho destas atividades pode ocorrer por meio de cargo, emprego ou fun-
ção pública (letra a).
Em diversas oportunidades, as atribuições desempenhadas estão relacionadas com
a prestação de um serviço público (letra d), que pode ser conceituado como ativi-
dades positivas ofertadas pelo Poder Público à coletividade.

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Questão 16    (IBFC/SEDUC-MT/APOIO ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL/2017)


Assinale a alternativa correta sobre como é designado o conjunto de órgãos que
integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exer-
cício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado.
a) Administração indireta
b) Autarquias
c) Administração direta
d) Empresas públicas
e) Sociedades de economia mista

Letra c.

A questão fala de exercício de atividades administrativas de forma centralizada.

Se você ver na prova a palavra CENTRALIZADA, já terá que se ligar que ela quer

falar sobre administração pública DIRETA.

Se você ver a palavra DESCENTRALIZADA, terá que fazer a ligação para a admi-

nistração pública INDIRETA.

Sabendo disso, já eliminamos todas as outras alternativas, pois todas são en-

tidades da administração indireta (b, d, e) ou é a própria administração

indireta (a).

Questão 17    (COSEAC UFF/UFF/AUXILIAR ADMINISTRAÇÃO/2017) O Ministério

da Educação (MEC) é um órgão da:

a) Presidência da República.

b) administração federal direta.

c) administração federal indireta.

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d) Câmara de Deputados.

e) Câmara Federal de Educação.

Letra b.

Vejamos a definição de órgão público nas palavras de Hely Lopes Meirelles (Direito

Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016, p. 71):

São centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através


de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.

Com efeito, o Ministério da Educação é um órgão da Administração Direta Federal

e, além disso, é um órgão autônomo, pois situa-se, hierarquicamente, imediata-

mente abaixo do órgão independente: Presidência da República, com ampla auto-

nomia administrativa, financeira e técnica, definindo-se como órgãos diretivos, ou

seja, com poder de decisão.

Questão 18    (CONSULPLAN/TJ-MG/ESTAGIÁRIO DIREITO/2016) Sobre a Admi-

nistração Pública Direta e Indireta, analise as afirmativas a seguir.

I – Pela descentralização o ente federativo procede a uma divisão interna de

competências ou tarefas.

II – Descentralização e desconcentração são conceitos distintos.

III – Na desconcentração não se fala em hierarquia, mas em controle e fiscalização.

IV – A descentralização por outorga, se dá mediante lei.

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Estão corretas as afirmativas

a) I, II, III e IV.

b) I e II, apenas.

c) II e IV, apenas.

d) III e IV, apenas.

Letra c.

I – Errada. A divisão interna de competências ocorre por meio da desconcentra-

ção. Com isso, são criados os órgãos públicos, que podem ser conceituados como

repartições internas de competências ou atividades.

II – Correta. Como anteriormente explanado, os conceitos são distintos. Na des-

concentração, a administração pública reparte, internamente, suas atividades, que

são desempenhadas pelos órgãos públicos. Na descentralização, a administração

pública transfere, a depender da modalidade, a titularidade ou a execução dos

serviços públicos, criando, com isso, as entidades da administração indireta ou as

concessionárias e permissionárias de serviço público.

III – Errada. Na desconcentração, não temos a criação de uma nova pessoa jurí-

dica. Logo, as atividades continuam sendo desempenhadas pela mesma entidade.

Como a execução opera-se de forma interna (por intermédio dos órgãos públicos),

a hierarquia sempre estará presente. Apenas não teremos hierarquia quando esti-

vermos diante da descentralização.

IV – Correta. Na descentralização por outorga, temos a criação das entidades da

administração pública indireta que, em nosso ordenamento jurídico, são quatro:

autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Para

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criação destas entidades, faz-se necessária a edição de uma lei (que cria direta-

mente as autarquias e autoriza a criação das demais entidades).

Assim, estão certas as afirmativas II e IV, apenas.

Questão 19    (FGV/PAULÍNIA/AGENTE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) A Ad-

ministração Pública brasileira apresenta uma estrutura que permite a distribuição

de responsabilidade entre as autoridades sem que haja subordinação direta de no-

vas entidades ao Estado.

Assinale a opção que apresenta o conceito que caracteriza essa distribuição de res-

ponsabilidades.

a) Descentralização

b) Desconcentração

c) Delegação

d) Discriminação

e) Desoneração

Letra a.

A questão trata de uma das principais diferenças entre os conceitos de desconcen-

tração e descentralização.

A desconcentração (letra b) é uma técnica utilizada interna corporis, ou seja,

ocorrida no interior de uma pessoa jurídica. Com a desconcentração, surgem novas

áreas, repartições, todas desprovidas de personalidade jurídica. Fácil constatar que

os órgãos não são pessoas jurídicas, ao contrário disso, são partes de uma pessoa,

tal como os órgãos do corpo humano. Por isso, temos a presença da subordina-

ção na desconcentração.

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Por sua vez, na descentralização (letra a), o ente federativo não atua sozinho,

repassando o exercício de parte de suas atribuições a outras pessoas, físicas ou

jurídicas, conforme o caso. Por exemplo: a emissão de moeda compete constitucio-

nalmente à União. No entanto, no lugar de realizar a atribuição por meio de seus

próprios órgãos (centralização), outorgou a competência à Casa da Moeda do Brasil

(empresa pública, nova pessoa jurídica) (descentralização). Logo, temos a presen-

ça da vinculação, mas não da subordinação.

Na desconcentração, há repartição de funções dentro da própria pessoa jurídica, ou

seja, temos a presença da subordinação. Ao contrário da desconcentração, não há

na descentralização relação de hierarquia ou de subordinação, o que existe é um

laço de vinculação, de controle finalístico ou de supervisão ministerial (na maior

parte das vezes!).

Portanto, a distribuição de responsabilidade entre as autoridades sem que haja

subordinação direta de novas entidades ao Estado está relacionada ao conceito de

DESCENTRALIZAÇÃO.

Por fim, também relacionada ao contexto da questão, está a delegação (letra

c). A delegação é uma modalidade de descentralização, e ocorre quando temos a

transferência da execução da atividade, mas não da titularidade da atividade.

As letras d e e não se relacionam ao contexto da questão!

Questão 20    (FUNCAB/SEJAP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO/2016) Em relação à

organização administrativa, assinale a opção correta.

a) A relação de hierarquia ocorre na descentralização.

b) Por meio da desconcentração criam-se órgãos públicos dotados de personalida-

de jurídica.

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c) Se há uma distribuição interna de competência da mesma pessoa jurídica, ocor-

re uma desconcentração.

d) Quando é feita a transferência da execução da tarefa a uma pessoa diversa,

trata-se de desconcentração.

e) A desconcentração ocorre mediante a criação de uma nova pessoa jurídica.

Letra c.

a) A relação de hierarquia ocorre na descentralização.

Errada. O fenômeno da descentralização cria entidades da administração indireta.

Entre a entidade criadora e a entidade criada, não existe relação de subordinação

(hierarquia), mas, sim, relação de vinculação, que fundamenta o exercício do con-

trole finalístico ou tutela.

b) Por meio da desconcentração criam-se órgãos públicos dotados de per-

sonalidade jurídica.

Errada. Os órgãos não possuem personalidade jurídica.

c) Se há uma distribuição interna de competência da mesma pessoa jurídi-

ca, ocorre uma desconcentração.

Correta. A distribuição interna de competência, conforme vimos, revela a descon-

centração administrativa.

d) Quando é feita a transferência da execução da tarefa a uma pessoa di-

versa, trata-se de desconcentração.

E
 rrada. Quando se cria uma entidade ou quando se delega serviços a entidades

privadas, temos a descentralização por colaboração e por serviços, respectivamente.

e) A desconcentração ocorre mediante a criação de uma nova pessoa

jurídica.

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Errada. A desconcentração envolve apenas uma pessoa jurídica. É a distribuição

interna de competências para órgãos sem personalidade. Quando há a criação de

uma nova pessoa jurídica, falamos em descentralização.

Questão 21    (IADES/PC-DF/PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/2016)

No que se refere à organização administrativa e aos institutos da centralização, da

descentralização e da desconcentração, assinale a alternativa correta.

a) A desconcentração administrativa efetua-se quando uma entidade administrati-

va transfere a outra pessoa jurídica a execução de um serviço público.

b) A descentralização administrativa acontece quando a Administração Pública re-

parte internamente os respectivos órgãos em órgãos menores, de modo a levar o

serviço público a todos que dele precisam.

c) O serviço público prestado por concessionárias ou permissionárias é considerado

centralizado.

d) A desconcentração ocorre no âmbito de uma única pessoa jurídica.

e) A descentralização envolve apenas uma pessoa jurídica.

Letra d.

Com a desconcentração, temos a repartição interna de competências, dando ense-

jo à criação dos órgãos públicos. Logo, trata-se de técnica que se opera dentro de

uma mesma pessoa jurídica.

a) Errada. Com a desconcentração, temos a repartição interna das atividades me-

diante a criação de órgãos públicos. É a descentralização que pode transferir a exe-

cução (ou até mesmo a titularidade, em algumas situações) de um serviço público.

b) Errada. A repartição interna ocorre com a desconcentração.

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c) Errada. A prestação de serviços públicos, por intermédio das concessionárias

e permissionárias, é decorrência da descentralização, sendo considerado, por isso

mesmo, descentralizado.

e) Errada. A descentralização independente da modalidade envolve mais do que

uma pessoa jurídica, uma vez que, com tal medida, teremos a transferência da

execução ou, em algumas situações, da titularidade de um serviço público.

Questão 22    (VUNESP/CM REGISTRO/CONTROLADOR INTERNO/2016) O serviço

público que é executado pela Administração Direta distribuído, porém, entre os vá-

rios órgãos da mesma pessoa jurídica, para facilitar sua execução e obtenção pelos

usuários, é uma forma de prestação de serviço

a) concedido.

b) centralizado.

c) descentralizado.

d) desconcentrado.

e) outorgado.

Letra d.

A questão versa sobre as formas de distribuição da execução dos serviços públicos.

Nesse contexto, temos que o serviço distribuído entre os vários órgãos da mesma

pessoa jurídica, para facilitar sua execução e obtenção pelos usuários, é uma forma

de prestação de serviço desconcentrado.

Vejamos as demais alternativas e seus respectivos conceitos:

a) Errado. O serviço público concedido é aquele feito por meio de concessão, na

qual a administração pública transfere a execução de um determinado serviço para

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um particular, sendo, em verdade, uma espécie de descentralização por colabora-

ção.

b) Errado. O serviço público executado de forma centralizada ocorre quando a

administração, ela mesma, executa o serviço público sem interferência ou transfe-

rência de nenhuma outra pessoa jurídica.

c) Errado. A prestação descentralizada é quando uma pessoa diferente do ente

federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço executa-o.

e) Errado. O serviço outorgado é uma espécie de descentralização, também co-

nhecida como descentralização por serviços.

Questão 23    (VUNESP/CM-POÁ/PROCURADOR JURÍDICO/2016) No que concer-

ne às formas de prestação de serviço público, é correto afirmar que:

a) Desconcentração é o contrato administrativo que traduz a transferência da exe-

cução de atividade estatal a determinada pessoa, não integrante da Administração.

b) Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução

de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da Administração.

c) Desconcentração é o processo interno e externo que objetiva substituir um ór-

gão por dois ou mais, não integrantes da Administração, com a finalidade de pres-

tação de serviço.

d) Descentralização é processo eminentemente interno; significa apenas a substi-

tuição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar e acelerar a pres-

tação de serviço.

e) Desconcentração é o fato administrativo que traduz a transferência da execução

de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da Administração.

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Letra b.

a) Desconcentração é o contrato administrativo que traduz a transferência

da execução de atividade estatal a determinada pessoa, não integrante da

Administração.

Errada. A desconcentração não provoca criação de novas pessoas jurídicas. A divi-

são é interna, por meio de órgãos públicos. A assertiva descreve a descentralização

por colaboração (quando o serviço público é atribuído a particulares).

b) Descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da

execução de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da

Administração.

Correta. Conceito genérico de descentralização, que poderá ser por outorga (ou

por serviços), quando da criação de nova pessoa jurídica, ou por colaboração, com

a delegação de serviços públicos a determinada pessoa não integrante da adminis-

tração.

c) Desconcentração é o processo interno e externo que objetiva substituir

um órgão por dois ou mais, não integrantes da Administração, com a fina-

lidade de prestação de serviço.

Errada. A desconcentração é a divisão de determinada pessoa jurídica em órgãos

integrantes da administração (uma vez que integram a pessoa jurídica), sendo um

processo eminentemente INTERNO.

d) Descentralização é processo eminentemente interno; significa apenas

a substituição de um órgão por dois ou mais com o objetivo de melhorar e

acelerar a prestação de serviço.

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Errada. Descentralização (tanto por serviços quanto por colaboração) é um pro-

cesso EXTERNO, posto que transfere a execução e, em alguns casos, a titularidade

(autarquias) do serviço público.

e) Desconcentração é o fato administrativo que traduz a transferência da

execução de atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da

Administração.

Errada. Essa definição, como exaustivamente explanado, refere-se à Descentralização.

Questão 24    (CEV UECE/DER-CE/PROCURADOR AUTÁRQUICO JURÍDICA/2016)

A criação de uma autarquia na estrutura da Administração Pública consiste no ins-

tituto jurídico da

a) descentralização.

b) desconcentração.

c) concentração.

d) centralização.

Letra a.

A prestação descentralizada de um serviço ocorre quando uma pessoa diferente do

ente federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço executa-o.

Desse modo, podemos afirmar que a criação de uma autarquia na estrutura da

administração pública consiste no instituto jurídico da descentralização, mais espe-

cificamente na descentralização por serviços.

Questão 25    (BIO-RIO/MANGARATIBA/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO AMBIEN-

TAL/2016) Em relação à Administração Pública Direta, avalie se as afirmativas a

seguir são falsas (F) ou verdadeiras (V):

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I – É também chamada de Administração Pública Centralizada.

II – Existe em todos os níveis de todas as esferas de governo e no Poder Execu-

tivo, mas não no Legislativo, nem no Judiciário.

III – Atua diretamente por meio de seus Órgãos, que possuem personalidade ju-

rídica própria e são, portanto, capazes de contrair obrigações por si próprios.

As afirmativas são respectivamente:

a) V, V e V.

b) F, F e F.

c) V, F e V.

d) F, V e F.

e) F, F e V.

Anulada.

Façamos a análise das afirmativas.

I – É também chamada de Administração Pública Centralizada.

Correta. Não há qualquer erro no quesito. A administração direta é também co-

nhecida como centralizada. A periferia da administração é a descentralização, tam-

bém conhecida como indireta. Na direta, há os órgãos, unidades desprovidas de

personalidade jurídica.

II – Existe em todos os níveis de todas as esferas de governo e no Poder

Executivo, mas não no Legislativo, nem no Judiciário.

Errada. A administração direta existe em todos os poderes. O que pode ou não

existir nos poderes constituídos é a administração indireta. Esta existe, ordinaria-

mente, no Poder Executivo.

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III – Atua diretamente por meio de seus Órgãos, que possuem personali-

dade jurídica própria e são, portanto, capazes de contrair obrigações por

si próprios.

Errada. Os órgãos são unidades desprovidas de personalidade jurídica. Perceba

que não há opção que contemple V, F e F. Daí a anulação.

Questão 26    (UFMT/TJ-MT/DISTRIBUIDOR, CONTADOR E PARTIDOR/2016) De

acordo com a “teoria do órgão”, entende-se que a vontade da pessoa jurídica ma-

nifesta-se por meio dos agentes que compõem os órgãos de sua estrutura. Le-

vando-se em conta essa teoria, a vinculação da vontade do órgão e agente se dá

mediante

a) Imputação.

b) Representação.

c) Mandato.

d) Delegação.

Letra a.

Os agentes públicos são verdadeiros veículos da expressão do Estado. Toda

a conduta dos agentes é imputada ao órgão, o qual, por sua vez, encontra-

-se ligado à entidade possuidora de personalidade jurídica, quem, ao  fim, acaba

respondendo a eventuais questionamentos jurídicos. Essa é uma síntese do deno-

minado princípio da imputação volitiva, fundamental para a compreensão da

denominada “teoria do órgão”.

Pela teoria do órgão, as pessoas jurídicas expressam sua vontade por inter-

médio de órgãos, os quais são titularizados por agentes. Por essa teoria, os ór-

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gãos são partes componentes da entidade, com as expressões de vontade

daqueles sendo entendidas como destas (imputação volitiva).

Registra-se, ainda, que essa teoria foi construída pelo jurista alemão OTTO GIERKE,

sendo universalmente aceita pela doutrina. Teve o papel de substituir as teorias

do mandato e da representação, as quais, igualmente, pretendiam explicar a

atuação do Estado por intermédio de seus agentes.

Questão 27    (VUNESP/IPREF/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO/2016) Consideran-

do que os órgãos públicos são centros de competência do Estado, reunidos sob o

critério da hierarquia, assinale a alternativa que apresenta um exemplo correto de

órgão público.

a) Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

b) Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM.

c) Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos – SAAE.

d) Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS.

e) Ministério da Saúde.

Letra e.

A Administração Direta se faz presente em todos os Poderes e, segundo José dos

Santos Carvalho Filho1, corresponde ao

Conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a


competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas
do Estado.

1
CARVALHO FILHO, J. dos S. Manual de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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A administração direta corresponde a todos os órgãos, desprovidos de personalida-

de, que sejam ligados à própria pessoa política, seja ela federal, estadual, distrital,

municipal.

Assim, os órgãos públicos pertencem a pessoas jurídicas, mas não são pes-

soas jurídicas. São divisões internas, partes de uma pessoa governamental, daí

receberem também o nome de repartições públicas.

O Ministério da Saúde é um exemplo de órgão autônomo, situado imediata-

mente abaixo dos órgãos independentes, gozando de ampla autonomia administra-

tiva, financeira e técnica, e dotados de competências de planejamento, supervisão

e controle sobre outros órgãos.

As demais alternativas apresentam exemplos de integrantes da administração

indireta.

O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) é uma autarquia federal.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é uma empresa de

economia mista do governo do estado de São Paulo.

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos (SAAE) é uma autar-

quia municipal do município de Guarulhos/SP.

O Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) é uma sociedade de economia mista

federal.

Questão 28    (FAURGS/TJ-RS/CONTADOR/2016) A Administração Direta compreen-

de

a) as autarquias.

b) as empresas públicas.

c) as sociedades de economia mista.

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d) as fundações públicas.

e) a presidência da república e os ministérios.

Letra e.

Dentre as alternativas, somente a Presidência da República e os ministérios são

órgãos públicos. Todas as demais são entidades da administração indireta.

Questão 29    (IADES/CRESS-6/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2016) Em relação

ao conceito de órgão público, assinale a alternativa correta.

a) Órgão público se confunde com pessoa jurídica.

b) Com base na teoria do órgão, pode-se definir órgão público como uma unidade

que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram, com o

objetivo de expressar a vontade do Estado.

c) Órgão público se confunde com a pessoa física denominada agente público, por-

que congrega funções que ela vai exercer.

d) O órgão público tem personalidade jurídica própria, já que integra a estrutura

da Administração direta.

e) Os órgãos públicos não podem ser dotados de capacidade processual.

Letra e.

a) Órgão público se confunde com pessoa jurídica.

Errada. O órgão público é a parte, enquanto a pessoa jurídica é o todo, conforme

apregoa Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas,

2014, p. 590):

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Na realidade, o órgão não se confunde com a pessoa jurídica, embora seja uma de suas
partes integrantes; a pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parcelas inte-
grantes do todo

b) Com base na teoria do órgão, pode-se definir órgão público como uma

unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o

integram, com o objetivo de expressar a vontade do Estado.

Correta. Trecho extraído da doutrina de Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administra-

tivo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 590):

Com base na teoria do órgão, pode-se definir o órgão público como uma unidade que
congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de
expressar a vontade do Estado.

c) Órgão público se confunde com a pessoa física denominada agente pú-

blico, porque congrega funções que ela vai exercer.

Errada. Órgão público não se confunde com pessoa física, “[...] porque congrega

funções que este vai exercer.” (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas,

2014, p. 590).

d) O órgão público tem personalidade jurídica própria, já que integra a es-

trutura da Administração direta.

Errada. Não têm personalidade jurídica, como explicado acima. São entes desper-

sonalizados, partes de um todo.

e) Os órgãos públicos não podem ser dotados de capacidade processual.

Errada. Os órgãos não possuem personalidade jurídica, mas é pacífico que os ór-

gãos autônomos e independentes possuem capacidade processual, isto é, a capa-

cidade de atuar em juízo por si próprio. Neste sentido, confira Hely Lopes Meirelles

(Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016, p. 73):

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Essa capacidade processual, entretanto, só a têm os órgãos independentes e os autôno-


mos, visto que os demais – superiores e subalternos –, em razão de sua hierarquização,
não podem demandar judicialmente outros órgãos, uma vez que seus conflitos de atri-
buições serão resolvidos administrativamente pelas chefias a que estão subordinados.

Questão 30    (VUNESP/PREF GRU/PROMOÇÃO DE SERVIDORES ESTATURÁRIOS

AGENTE PÚBLICO NÍVEL I E NÍVEL SUPERIOR/2016) No Brasil, as pessoas jurí-

dicas de direito público interno que possuem como principal característica a capa-

cidade de auto-organização e de editar sua própria legislação são

a) as entidades físico-administrativas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

b) as entidades políticas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios.

c) as entidades administrativas, quais sejam, as autarquias, as fundações, as em-

presas públicas e as sociedades de economia mista.

d) as entidades políticas, quais sejam, as autarquias, as fundações, as empresas

públicas e as sociedades de economia mista.

e) as entidades jurídico-associativas, quais sejam, a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

Letra b.

A capacidade de auto-organização e de editar sua própria legislação é atribuída, no

Brasil, às entidades políticas, quais sejam, União, estados, DF e municípios.

Questão 31    (QUADRIX/CONRERP 2/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019) Em rela-


ção à administração direta e indireta, julgue o item.
Os órgãos da Administração Pública direta podem ser pessoas jurídicas de direito
público ou privado.

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Errado.
Os órgãos públicos não configuram entidades concretas, mas sim, abstrações
do mundo jurídico, às quais se atribui titularidade de algumas competências. Os ór-
gãos são reais, uma vez que possuem existência jurídica; contudo, são abstratos.
Os órgãos públicos podem ser entendidos como um centro de competências des-
personalizado, ou seja, uma “unidade que congrega atribuições exercidas pelos
agentes públicos que o integram, com o objetivo de expressar a vontade do Esta-
do”, na excelente definição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
Por conseguinte, os órgãos atuam em nome do Estado, não tendo personalidade
jurídica (são despersonalizados), tampouco vontade própria, mas expressam a
vontade da entidade a que pertencem, nas áreas de suas atribuições e nos limites
de sua competência funcional. Todos os órgãos têm, necessariamente, cargos, fun-
ções e agentes, sendo certo que esses elementos podem ser alterados, substituídos
ou retirados, sem que isso importe a extinção do órgão.

Questão 32    (IBFC/CGE-RN/ANALISTA CONTÁBIL/2019) No que se refere aos


temas da centralização, descentralização, concentração e desconcentração, como
tais integrantes da doutrina do Direito Administrativo, é correto afirmar que:
a) para que o Estado possa realizar sua função administrativa, que consiste em
atender às necessidades e anseios sociais, o ordenamento jurídico autoriza sua
organização administrativa do modo e da forma que melhor lhe aprouver, sem ne-
cessidade de se sujeitar às limitações e diretrizes constitucionais

b) a função administrativa é realizada de forma centralizada quando ela é desem-

penhada diretamente pela própria entidade estatal, por meio de seus vários órgãos

e agentes públicos

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c) a descentralização se apresenta como um modelo de gestão destinado a miti-

gar o exercício da função administrativa, permitindo a um ente público exercer sua

atividade por meio de um órgão público subordinado, desde que este tenha uma

especialização de caráter público

d) na descentralização se verifica uma divisão interna de competências ou funções,

no interior do próprio Estado ou dos órgãos ou repartições administrativas criadas

pelo próprio poder estatal

Letra b.

O Estado tanto pode realizar suas funções de forma centralizada como descentrali-

zada. A centralização é quando o Estado pratica suas atribuições por meio de seus

órgãos, localizados, como o nome já denuncia, na administração direta ou central.

Já a descentralização pressupõe a existência de novas pessoas administrativas,

situadas na administração indireta, quando se trata da estrutura formal do Estado.

A seguir, os erros nas demais alternativas:

a) Errada. O  erro está na parte final. O  direito administrativo é muito constitu-

cionalizado. Suas regras matrizes são de extração constitucional. Veja o exemplo

do atendimento aos princípios da administração. Veja o exemplo da realização de

concurso público, licitação e outras regras mais. O administrador público, além das

regras infraconstitucionais, deve, sim, atendimento aos preceitos constitucionais.

A CF é o ponto de partida, que irradia suas diretrizes a todo o ordenamento jurídico.
c) Errada. A descentralização não é a realização por meio de órgão público. Esse
instituto é a desconcentração. Na descentralização, há uma maior especialização,
isso é certo. Porém, por meio de entidades, as quais, inclusive, não se acham su-
bordinadas, mas sim, vinculadas à Administração Central.

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d) Errada. Esse é o conceito para desconcentração. Acrescento que a desconcen-


tração pode ser por matéria. Temos, por exemplo, Ministério da Saúde, da Trans-
parência e da Justiça.

Questão 33    (IADES/CAU-AC/ANALISTA DE FISCALIZAÇÃO ARQUITETO E UR-


BANISTA/2019) No que concerne à organização administrativa e aos conceitos de
centralização, desconcentração e descentralização, assinale a alternativa correta.
a) A descentralização acontece quando o Estado executa as respectivas tarefas
diretamente, por meio de órgãos e agentes integrantes da administração direta.
b) A centralização administrativa dá-se quando o Estado desempenha algumas das
próprias atribuições por meio de outras pessoas jurídicas e não pela administração
direta, como ocorre quando se cria uma autarquia para execução de determinadas
atividades.
c) A desconcentração é técnica administrativa de distribuição interna de competên-
cias, que ocorre dentro da estrutura de uma pessoa jurídica, como, por exemplo,
quando uma autarquia estabelece uma divisão interna de funções.
d) A descentralização é técnica administrativa de distribuição interna de competên-
cias, que se efetua dentro da estrutura de uma pessoa jurídica, como, por exemplo,
quando determinada autarquia estabelece uma divisão interna de funções.
e) A desconcentração ocorre quando o Estado desempenha algumas das próprias
atribuições por meio de outras pessoas jurídicas e não pela administração direta,
como verifica-se quando é criada uma autarquia para execução de determinadas
atividades.

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Letra c.

Na descentralização administrativa, o ente federativo não atua sozinho, repas-

sando o exercício de parte de suas atribuições a outras pessoas, físicas ou jurídicas,

conforme o caso. Por exemplo: a emissão de moeda compete constitucionalmente

à União. No entanto, no lugar de realizar a atribuição por meio de seus próprios

órgãos (centralização), outorgou a competência ao Banco Central do Brasil (autar-

quia, nova pessoa jurídica) (descentralização).

Na atividade centralizada há órgãos públicos, os quais, ao fim, darão conta das ta-

refas de incumbência do Estado. A essa técnica administrativa tem se denominado

desconcentração, a qual, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, deve ser entendi-

da como “uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de

competências dentro da mesma pessoa jurídica”.

A desconcentração, portanto, é uma técnica utilizada interna corporis, ou seja,

ocorrida no interior de uma pessoa jurídica. Com a desconcentração, surgem novas

áreas, repartições, todas desprovidas de personalidade jurídica.

Então, podemos ter a desconcentração na descentralização? É o tema da questão.

Sim, podemos. Uma autarquia, como o INSS, é só fixada no RJ, há INSS em Re-

cife, em Palmas, e Macapá? Sim, existe. Nova autarquia? Não, né. São órgãos da

pessoa INSS.

As diferenças fundamentais entre a desconcentração e a descentralização podem

assim ser sintetizadas:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
– Técnica administrativa – Distribuição de competência
– Ocorre no interior de uma só pessoa – Existe mais de uma pessoa jurídica ou
jurídica física

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A seguir, os erros da demais alternativas:

a) Errada. Esse é o conceito para desconcentração.

b) Errada. Por meio de outras pessoas, é chamado de descentralização.

d) Errada. Esse é o conceito para desconcentração.

e) Errada. Se há outras pessoas, o processo é descentralização.

Questão 34    (VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO/2019) Considere

que o Estado de São Paulo criou uma pessoa jurídica e a ela transferiu determinado

serviço público.
Nesse caso, é correto afirmar que houve
a) centralização administrativa.
b) terceirização administrativa.
c) descentralização administrativa.
d) avocação administrativa.
e) desconcentração administrativa.

Letra c.
Vejamos nosso quadro resumo básico:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
– Técnica administrativa – Distribuição de competência
– Ocorre no interior de uma só pessoa – Existe mais de uma pessoa jurídica ou
jurídica física

Então, na questão, houve a criação de órgão ou pessoa jurídica? Se sim, estamos


falando de descentralização.

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Questão 35    (NC-UFPR/FPMA/ADVOGADO/2019) A respeito das modalidades de


organização administrativa do Estado, assinale a alternativa correta.
a) As formas de descentralização administrativa não cabem aos regimes orgâni-
cos municipais, tendo em vista os ditames fixados a partir da Constituição Federal
de 1988.
b) A descentralização administrativa por serviços, também denominada por des-
centralização funcional ou técnica, ocorre pela criação de autarquias, fundações
e empresas públicas. As sociedades de economia mista encontram-se fora desse
modelo, tendo em vista serem parcialmente compostas por recursos oriundos da
iniciativa privada.

c) A entidade descentralizada possui personalidade jurídica e patrimônio próprios,

capacidade de autoadministração, motivo pelo qual não se sujeita a nenhuma for-

ma de controle ou tutela por parte do ente instituidor.

d) Descentralização é a divisão de competência para pessoa diversa da pessoa

central; desconcentração é distribuição de competências dentro da mesma pessoa

jurídica.

e) A descentralização por colaboração é a figura em que a Administração Pública

cria, por lei, pessoa jurídica de direito privado para a execução de serviço público,

eximindo-se, todavia, do controle das condições de execução do respectivo serviço

público.

Letra d.

Na descentralização administrativa, o ente federativo não atua sozinho, repas-

sando o exercício de parte de suas atribuições a outras pessoas, físicas ou jurídicas,

conforme o caso. Por exemplo: a emissão de moeda compete constitucionalmente

à União. No entanto, no lugar de realizar a atribuição por meio de seus próprios

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órgãos (centralização), outorgou a competência ao Banco Central do Brasil (autar-

quia, nova pessoa jurídica, descentralização).

Na atividade centralizada há órgãos públicos, os quais, ao fim, darão conta das ta-

refas de incumbência do Estado. A essa técnica administrativa tem se denominado

desconcentração, a qual, para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, deve ser entendi-

da como “uma distribuição interna de competências, ou seja, uma distribuição de

competências dentro da mesma pessoa jurídica”.

A desconcentração, portanto, é uma técnica utilizada interna corporis, ou seja,

ocorrida no interior de uma pessoa jurídica. Com a desconcentração, surgem novas

áreas, repartições, todas desprovidas de personalidade jurídica.

A seguir, os erros das demais alternativas:

a) Errada. Todas as entidades políticas, incluindo os municípios, podem ter admi-

nistração indireta. Portanto, podemos ter autarquias municipais, ou seja, pessoas

de direito público integrantes da administração descentralizada.

b) Errada. Pela doutrina majoritária, apesar de o processo de descentralização

funcional ter surgido com as autarquias, foram criadas empresas estatais prestado-

ras de serviços públicos, como sociedades de economia mista e empresas públicas.

c) Errada. A administração direta controla a indireta por meio de tutela adminis-

trativa. E há controle também externo, promovido, por exemplo, pelo Tribunal de

Contas.

e) Errada. Na descentralização por colaboração, o Estado não cria ninguém,

ao contrário, celebra atos ou contratos com particulares, para a execução de servi-

ços públicos, mantendo-se titular do serviço.

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Questão 36    (NC-UFPR/ITAIPU/PROFISSIONAL NÍVEL UNIVERSITÁRIO JR CI-

ÊNCIAS CONTÁBEIS/2019) Na descentralização, o Estado distribui algumas de

suas atribuições para outras pessoas, físicas ou jurídicas. A descentralização ad-

ministrativa pode ocorrer por serviços ou por colaboração. A respeito da delegação

por colaboração, é correto afirmar:

a) Transfere a titularidade e execução do serviço por prazo indeterminado e possui

controle finalístico.

b) O controle é rígido e amplo e transfere a titularidade e execução do serviço.

c) Transfere a titularidade e execução do serviço por lei e por prazo indeterminado.

d) Transfere apenas a execução do serviço por contrato por tempo determinado e

por ato unilateral por tempo indeterminado.

e) O controle se dá por tutela ou supervisão e transfere apenas a execução do serviço

por contrato por tempo indeterminado.

Letra d.

Há quatro formas de descentralização: territorial (hoje inexistente), por serviços

(também chamada de técnica ou funcional), por colaboração (em que o Estado

repassa execução a particulares, mantendo-se titular) e a social (exemplo das Or-

ganizações Sociais).

A questão trabalha o conceito de colaboração. Nesse caso, o Estado mantém sua

titularidade e delega a execução a particulares, seja por atos ou contratos. Surgem

os instrumentos como autorização, permissão e concessão. É chamado de delega-

ção negocial, contraponto da delegação legal ou outorga.

No caso de autorização, não há prazo determinado, podendo o ato ser revogado a

qualquer tempo. Já nas permissões e concessões, que são contratos administra-

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tivos, o Estado prevê um prazo determinado. Sendo que, no caso da permissão,

o fato de termos o prazo determinado não afasta que o contrato possa, a qualquer

instante, achar-se sujeito à revogação (a lei usa, de forma não técnica, o termo

revogável).

As demais alternativas estão erradas:

a) Errada. Essa é a característica da descentralização por serviços, como é o caso

da criação de autarquias.

b) Errada. Não há transferência de titularidade. E não se pode chamar de controle

rígido e amplo, afinal, deve ser feito nos limites do instrumento contratual.

c) Errada. Conceito para descentralização técnica ou por serviços.

e) Errada. A tutela ou supervisão recai sobre os entes que integram a administra-

ção indireta. E, nesse caso, além da execução, recebem a titularidade.

Questão 37    (NC-UFPR/TJ-PR/NOTÁRIO E REGISTRADOR/2019) O Estado pode

transferir o exercício de certas atividades que lhe são próprias por meio da descen-

tralização administrativa. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

a) A descentralização é um instrumento vedado para Estados e Municípios, consi-

derando que sua previsão legal é apenas para a União.

b) A transferência de atividades por meio da descentralização implica a criação de

um ente com personalidade jurídica.

c) A descentralização destina-se à criação de empresas estatais.

d) A descentralização pode ser denominada de desconcentração.

e) A descentralização implica a delegação de serviços públicos no interior das pró-

prias entidades administrativas.

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Letra b.

Na desconcentração, temos a criação de órgãos. E estes são destituídos de perso-

nalidade jurídica, exemplo dos ministérios. Agora, na descentralização, a regra é

que tenhamos novas pessoas jurídicas, como é o caso da descentralização funcio-

nal ou por serviços (autarquias, por exemplo). Só gostaria de trazer uma crítica à

formulação. É que, na descentralização por colaboração, nem sempre teremos uma

pessoa jurídica, podemos ter pessoas naturais na formalização de autorizações e

permissões, e consórcio de empresas no caso de concessões.

As demais alternativas estão erradas:

a) Errada. Todos os entes políticos podem contar, por exemplo, com a administra-

ção indireta. E esta é resultado do processo de descentralização.

c) Errada. Na verdade, não só empresas estatais. A descentralização pode ser

criação de autarquias e fundações. E há outras formas de descentralização, como

a por colaboração, que é viabilizada com empresas privadas, estruturas estranhas

à administração.

d) Errada. Não são expressões sinônimas.

e) Errada. O processo de descentralização é externa corporis, ou seja, realiza-se

para o lado de fora da entidade. Dentro da própria estrutura, temos o processo de

desconcentração.

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Questão 38    (INAZ DO PARÁ/CORE-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2019)

Os serviços públicos podem ser oferecidos, portanto, executados, sob duas moda-

lidades, entre elas:

a) Sob a forma direta, quando a execução do serviço partir de determinação de

algum órgão da Administração Pública e não através de alguma solicitação forma-

lizada por usuário.

b) De forma isenta, quando a Administração Pública promover um serviço para o

qual não houve necessidade de se realizar um processo licitatório.

c) De forma centralizada, quando a atividade é realizada por meio dos órgãos que

a compõe, em seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade.

d) Sob a forma desconcentrada, quando o serviço for prestado de maneira a aten-

der uma área populacional específica, de acordo com as necessidades devidamente

comprovadas.

e) Financiada, será a forma como um serviço será prestado, caso a Administração

Pública não possua recursos suficientes para realizar o mesmo e procure recursos

financeiros em terceiros.

Letra c.

O serviço descentralizado não se confunde, igualmente, com o serviço desconcen-

trado. Na desconcentração, os serviços são prestados por uma única pessoa (repar-

tição pública), porém as atribuições são distribuídas entre dois ou mais órgãos da

pessoa jurídica. Está-se diante de verdadeira técnica administrativa, por simplificar

a prestação dos serviços, o que, inclusive, diferencia-a da descentralização, esta

pautada no princípio da especialização, em que os serviços são retirados do centro

e transferidos para outras pessoas, garantindo-se maior eficiência.

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Já os serviços centralizados, descentralizados e desconcentrados podem ser execu-

tados direta ou indiretamente. Enquanto na execução direta os serviços são pres-

tados aos usuários pela pessoa competente com os próprios instrumentos (equipa-

mentos e funcionários), na execução indireta, o responsável pela prestação contrata

com terceiros a execução de serviços delegáveis, exemplo das obras contratadas

por autarquias, sob a modalidade de empreitada global.

A seguir, os erros nas demais alternativas:

a) Errada. Os serviços podem ser prestados, também, diretamente por órgãos,

e por solicitação dos usuários.

b) Errada. De forma isenta? Isenção é neutralidade. Ou seja, o serviço é prestado

indistintamente aos usuários, como aplicação do princípio da universalidade.

d) Errada. Desconcentrada é ser prestada por órgãos distintos.

e) Errada. Não há esse conceito “financiada”. Quando há insuficiência de recursos,

podemos ter concessão patrocinada, conforme o caso.

Questão 39    (VUNESP/CM SERRANA/PROCURADOR JURÍDICO/2019) A respeito

da desconcentração, é correto afirmar que

a) é sinônimo de descentralização, porém ocorre na Administração Indireta.

b) consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do

serviço para a Administração Indireta.

c) foi vedada em recente decisão do Supremo Tribunal Federal com repercussão

geral.

d) consiste na Administração Direta deslocar, distribuir ou transferir a prestação do

serviço para o particular.

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e) se trata de forma de repartição interna da competência atribuída à entidade es-

tatal e dela decorre a criação de órgãos públicos

Letra e.

Mais uma vez, vejamos nosso quadro resumo sobre desconcentração e descentra-

lização:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
– Técnica administrativa – Distribuição de competência
– Ocorre no interior de uma só pessoa – Existe mais de uma pessoa jurídica ou
jurídica física

Portanto, trata-se de repartição interna das competências.

As demais alternativas estão erradas:

a) Errada. Não são expressões sinônimas.

b) Errada. A administração indireta é a descentralizada, ou seja, criação de novas

pessoas jurídicas. Na desconcentração há órgãos, unidades desprovidas de perso-

nalidade jurídica.

c) Errada. Vedar a desconcentração? Vedar a criação de órgãos? Impossível. E o

STF não se manifestaria sobre isso.

d) Errada. O particular pode receber a atribuição para executar serviços e, nesse

caso, teremos uma forma de descentralização por colaboração ou a social, confor-

me o caso.

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Questão 40    (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2019) O fe-

nômeno jurídico que dá origem aos órgãos administrativos é denominado descon-

centração administrativa. Quanto a desconcentração que pode ocorrer na Adminis-

tração Direta do distrito federal, que nome deve ser dado ao órgão?

a) Ministério.

b) Autarquia.

c) Empresa Mista.

d) Fundação.

e) Secretaria.

Letra e.

Vimos que a desconcentração é interna, e a descentralização é processo exter-

na corporis. Nos itens, temos dois órgãos: ministérios e secretarias. No entanto

o enunciado nos requer órgão do DF. Ocorre que ministérios são órgãos federais, e,

assim, confirmamos a correção da letra “e”.

As demais são entidades que integram a administração indireta ou descentralizada

do Estado.

Questão 41    (VUNESP/UNIFAI/CONTROLADOR INTERNO/2019) A Administração

Pública pode exercer as suas funções de maneiras diversas, definidas de acordo

com as especificidades de cada atribuição conferida ao Estado. A respeito do tema,

assinale a alternativa correta.

a) A atividade administrativa pode ser exercida mediante descentralização, que

ocorre quando a própria entidade pública, por meio dos seus órgãos e agentes,

desempenha as suas atribuições.

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b) A descentralização administrativa pode ocorrer mediante delegação ou colabo-

ração, hipótese em que se transfere a titularidade da competência administrativa

para entidade pública criada por lei.

c) Na descentralização administrativa, em função do princípio do interesse público,

forma-se uma relação de hierarquia entre a autoridade delegante e a autoridade a

quem é delegada a competência administrativa.

d) Ocorre a desconcentração administrativa quando uma entidade pública distribui

as suas atribuições no âmbito da sua própria estrutura, com o objetivo de tornar

mais eficiente a execução da função pública.

e) Os conceitos de desconcentração e descentralização administrativa são tratados

pela doutrina como sinônimos, referindo-se ambos a situação em que a Administra-

ção cria uma entidade específica para desempenhar funções públicas.

Letra d.

A distinção entre desconcentração e descentralização é questão líquida e certa em

provas.

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
– Técnica administrativa – Distribuição de competência
– Ocorre no interior de uma só pessoa – Existe mais de uma pessoa jurídica ou
jurídica física

As demais alternativas estão erradas:

a) Errada.

b) Errada. Na verdade, quando da descentralização por colaboração, temos a per-

manência da titularidade com o Estado. Repassa-se apenas a execução das tarefas.

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c) Errada. A hierarquia existe no processo de desconcentração. Na descentraliza-

ção, se for o caso, há apenas uma vinculação.

e) Errada. Não são sinônimos, como bem vimos.

Questão 42    (IAUPE/PREF PETROLINA/ANALISTA PLANEJAMENTO E ADMINIS-

TRAÇÃO/2019) A atividade administrativa, que é exercida pelo próprio ente fe-

derado, como o município, ou através dos órgãos que compõem a sua estrutura

interna, chamamos de administração direta e é exercida de forma

a) concentrada.

b) descentralizada.

c) multivariada.

d) centralizada.

e) inversa.

Letra d.

O Estado pode exercer suas atividades de forma CENTRALIZADA, ou seja, por meio

de órgãos, unidades desprovidas de personalidade jurídica, e de forma DESCEN-

TRALIZADA, ou seja, por meio de novas pessoas jurídicas.

E aí, qual é a resposta? Veja, pelo enunciado, temos a criação de órgãos dentro

da administração direta que, por acaso, recebe o sinônimo de administração CEN-

TRALIZADA.

Acrescento que, na descentralizada, há pessoas jurídicas, de direito público ou di-

reito privado, como autarquias e empresas estatais.

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