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T1-BOCA, LÍNGUA E GLÂNDULAS SALIVARES. FARINGE E ESÓFAGO.

PARTE 1- BOCA E DENTES

BOCA/ CAVIDADE ORAL / CAVIDADE BOCAL: Desde os lábios e bochechas (externamente) até ao
istmo oro-faríngeo (local onde comunica com a oro-faringe. Abre-se na face pela fissura/fenda oral, delimitada pelos lábios.

A boca pode ser dividida pelas arcadas alvéolo-dentárias em 2 compartimentos:

 VESTIBULO: Externamente
relativamente aos dentes;
Comunica com a cavidade oral
propriamente dita quando os
dentes estão em oclusão no
espaço retro-molar; Apresenta
uma Papila Parotídea ao nível
da coroa do 2º dente molar que
corresponde à abertura do
canal parotídeo. As arcadas
estão revestidas por mucosa
formando os fórnices do
vestíbulo (fundos de saco).
Podemos ver também várias pregas e ainda os freios do lábio superior e inferior.

 CAVIDADE ORAL PROPRIAMENTE DITA: Internamente aos dentes

1. LIMITE ANTEROLATERAL: Arcadas Alvéolo-dentárias


2. TETO: Palato que é divisível em 2 porções:
o Palato Duro (2/3 anteriores) Os ¾ anteriores do palato duro são
formados pelas apófises palatinas da maxila e o ¼ posterior é
formado pelas lâminas horizontais do palatino). Apresenta uma Rafe
Palatina (mediana) que na sua extremidade anterior apresenta uma
proeminência, a Papila Incisiva que recobre a fossa incisiva (abertura
anterior dos canais incisivos). Apresenta ainda as Pregas Palatinas Transversas
o Palato Mole (1/3 posterior): Componente anterior (fibroso  aponevrose palatina) e Componente
posterior (músculos do palato)
VASCULARIZAÇÃO DO PALATO:
 Artéria Palatina Maior (Ramo da 3ª parte da artéria maxilar)
 Canal Platino maior  Buraco palatino maior
(extremidade posterior do palato duro)
 Artéria Facial
 Artéria Faríngea Ascendente

DRENAGEM VENOSA DO PALATO:


 Plexo Venoso Pterigoide
 Plexo Venoso Faríngeo
 Veia Facial

DRENAGEM LINFÁTICA:
 Gânglios Cervicais
Profundos

INERVAÇÃO DO PALATO:
 Nervo Palatino Maior
 Nervos Nasopalatinos
(Ramos do Nervo Maxilar)

3. PAVIMENTO: Forma de Ferradura;


Localizado inferiormente à porção
móvel da língua: Formado por um
diafragma muscular constituído pelos
Músculos Milo-Hioideus (Fixações:
Linha milo-hioideia da mandíbula e face
anterior do corpo do hioide) e Genio-
Hioideus (Fixações: Tubérculos genianos
inferiores e Face anterior do corpo do osso
hioide). Ambos os músculos promovem
tanto a elevação como a depressão da
mandíbula.
O músculo milo-hioideu é inervado pelo
ramo milo-hioideu do nervo alveolar
inferior. O músculo genio-hioideu é
inervado pelo 1º nervo espinhal cervical
através do nervo hipoglosso.
É notável o freio da língua que conecta a face inferior da língua ao pavimento da boca. Lateralmente ao freio
é possível observar se os carunculos sub-linguais (local com orifício dos canais sub-mandíbulares). São
também visíveis as pregas sub-linguais lateralmente aos carunculos linguais
4. LIMITE POSTERIOR: Istmo Orofaríngeo
o Limite Superior: Palato Mole
o Limite Inferior: Dorso da língua
o Limites Laterais: Arcos Palatoglossos
(Mucosa a recobrir músculo palatoglosso)

DENTES:
Coroa revestida por Esmalte

Raiz revestida por Cemento

Transição da Coroa para a Raiz encontra se ao nível do colo ou margem cervical

Internamente é constituído por dentina que delimita a cavidade pulpar

Faces dos Dentes:


 Labial/Bocal (Adjacente aos lábios/bochechas)
 Lingual/Palatal no caso dos dentes superiores (adjacente à
língua/palato)
 Mesial
 Distal

Existem 2 dentições:

 Primária/Decídua/De Leite: 20 dentes (5 dentes em cada


quadrante  2 incisivos, 1 canino e 2 molares)  Aos 6 meses
 Secundária/Definitiva: 32 dentes (8 dentes em cada quadrante  2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares e 3
molares)  Aos 6 anos

Articulações Alvéolo-Dentárias: Articulações Fibrosas/ Gonfoses no qual existe o ligamento Periodontal que liga o
Cemento ao Osso Alveolar
VASCULARIZAÇÃO DOS DENTES:
 Artérias Alveolares Superiores Posteriores (ramos da 3ª parte da artéria maxilar) e Anteriores (ramos da artéria
infraorbitária que é ramo da 3ª parte da artéria maxilar)
 Artérias Alveolares Inferiores (ramo da 1ª parte da artéria maxilar)

DRENAGEM VENOSA DOS DENTES:


 Plexo Venoso Pterigoide
 Veia Facial

DRENAGEM LINFÁTICA:
 Gânglios Submandíbulares
 Gânglios Submentonianos (dentes incisivos
inferiores)

INERVAÇÃO DOS DENTES:


 Nervos Alveolares Superiores Posteriores
(Ramos do Nervo Maxilar)
 Nervos Alveolares Superiores Anteriores (Ramos
do nervo infraorbitário que é Ramo do Nervo
Maxilar)
 Nervo Alveolar Inferior
PARTE 2- LÍNGUA:
Estrutura amplamente muscular

Através dos seus músculos fixa-se a um


conjunto de estruturas: Osso Hioide,
Mandíbula, Palato Mole e Apófise Estilóide

1. RAÍZ: Fixa se na Mandíbula e no


Osso Hioide
2. ÁPICE
3. FACE INFERIOR
4. DORSO DA LÍNGUA (em repouso
é convexo): Apresenta um Sulco
Terminal que divide a língua numa
parte oral (2/3 anteriores) e noutra parte faríngea (1/3 posterior). O Sulco Terminal apresenta um Buraco Cego
numa posição mediana e os seus “braços” têm uma orientação antero-lateral

As partes oral e faríngea da língua diferem relativamente à sua origem embriológica e também relativamente à mucosa e
inervação.

PORÇÃO ORAL DA LÍNGUA:


Ápice: Relaciona-se com os dentes incisivos

Bordos antero-laterais: Relaciona-se com os dentes e as gengivas

Face superior/Dorso: Relaciona-se com o Palato. A mucosa tem


projeções, as papilas linguais, que estão limitadas à porção pré-sulcal
da língua. As papilas são de 4 tipos: Filiformes (tamanho reduzido,
forma cónica), Fungiformes (maior tamanho e arredondadas), Valadas
(8 a 12 papilas que se dispõem em forma de V anteriormente ao sulco
terminal) e Foliadas (Nos bordos da língua). Todas elas, com exceção
das filiformes, possuem corpúsculos gustativos.

Face Inferior: Visível o Freio da Língua que a conecta ao pavimento da


boca e lateralmente ao freio encontram se visíveis as veias profundas
da língua. Lateralmente às veias encontram se as Pregas Fimbriadas
que se dirigem para o ápice da língua. É visível ainda a Papila
Sublingual (É local de abertura do ducto SUBMANDIBULAR)
PORÇÃO FARÍNGEA DA LÍNGUA  BASE (Posteriormente aos arcos
Palatoglossos):

 Forma a parede anterior da Orofaringe


 A sua mucosa reflete para a face anterior da epiglote formando a
prega glossoepiglotica mediana e as pregas glossoepiglóticas
laterais que delimitam as valéculas
 Não apresenta papilas, mas apresenta tecido linfoide designado por
AMÍGDALA LINGUAL

A LÍNGUA É DIVIDIDA EM DUAS METADES (DIREITA E ESQUERDA) POR UM SEPTO FIBROSO MEDIANO QUE SE
FIXA NO CORPO DO HIOIDE.

MÚSCULOS DA LÍNGUA:

MÚSCULOS INTRÍNSECOS:
 4 COMPONENTES: Componente Longitudinal
Superior (Inferiormente à mucosa lingual),
Componente Vertical (entre os aspetos
anteriores e posteriores da língua),
Componente Transverso (dirigem se
lateralmente a partir do septo mediano) e
Componente Inferior Longitudinal (entre os
músculos genioglosso e hioglosso).

FUNÇÃO: Alterar a forma da língua.

o Componente Longitudinal Superior e Inferior: Encurta a Língua


o Componente Transverso: Torna a língua mais estreita e mais comprida
o Componente Vertical: Achata a língua e torna-a mais alargada

MÚSCULOS EXTRÍNSECOS:
 Genioglosso (Paralelamente ao plano mediano; Fixam se nos Tubérculos Genianos Superiores; As fibras mais
inferiores fixam se na parte superior da face anterior do hioide. As fibras intermedias fixam se na parte posterior da
língua; As fibras Superiores estendem-se desde a raiz até ao ápice da língua; A fixação nos tubérculos genianos é de
extrema importância pois impede que a língua se projete posteriormente e possa obstruir as vias aéreas) 
Protusão da língua e depressão da parte central
 Palatoglosso (Fixação na face oral da aponevrose palatina e as suas fibras dirigem se anterior inferior e
lateralmente para as laterais da língua; Quando recoberto por
mucosa forma os arcos palatoglossos)  Elevação da raiz da
língua, aproximação dos arcos palatoglossos do plano
mediano e depressão do palato mole.
 Hioglosso (Fixação no corno maior do hioide e corpo e as suas
fibras dirigem se superior e anteriormente para entrar na língua
entre 2 músculos: o estiloglosso e o Músculo longitudinal
inferior)  Depressão da língua; Face superficial tem relações
com o nervo lingual, com o gânglio submandíbular, com o nervo
hipoglosso, glândulas sublinguais, glândulas submandíbulares e
respetivo canal; Face Profunda: tem relação com o Músculo
constritor Médio da faringe (separado deste pela artéria lingual) e
nervo glossofaríngeo
 Estiloglosso (Fixação na face antero-lateral da apófise estiloide e ligamento estilomandíbular; As suas fibras dirigem
se anterior e inferiormente e dividem se em 2 partes: Longitudinal- funde se com o Músculo longitudinal inferior- e
Obliqua que se funde com o hioglosso  Mobilização da língua em sentido superior e posterior
VASCULARIZAÇÃO DA LINGUA:
 Artéria Lingual (Ramo da Carótida Externa)

DRENAGEM VENOSA DA LINGUA:


 Veias Dorsais da Língua
 Veias Profundas da Língua

DRENAGEM LINFÁTICA:
 Parte anterior da língua  Drena para os vasos centrais e marginais  Gânglios Submentonianos
 Parte Posterior da Língua  Drena para os vasos dorsais  Gânglios Submandibulares

Ambos drenam para os Gânglios Cervicais profundos. Língua drena bilateralmente.

INERVAÇÃO DA LINGUA:
 Músculo Milohioideu  Ramo milo-hioideu do nervo alveolar inferior (Divisão Mandibular do Nervo Trigémeo)
 Musculo Geniohioideu  Plexo Cervical – Fibra de C1 que segue no Nervo Hipoglosso
 Músculos: Nervo Hipoglosso exceto o Músculo Palatoglosso  Plexo Faríngeo (Nervo Vago)
 SENSIBILIDADE GERAL dos 2/3 anteriores da língua  Nervo Lingual (Trigémio)
 SENSIBILIDADE GUSTATIVA dos 2/3 anteriores da língua  Corda do Tímpano (Ramo do Nervo Facial)
 SENSIBILIDADE GERAL e SENSIBILIDADE GUSTATIVA do 1/3 posterior da língua  Nervo Glossofaríngeo
 Região das valéculas e epiglote Ramo interno do nervo laríngeo superior
(Nervo Vago)

TRIÂNGULO OROFARINGEO:
 Limite Superior: Constritor Superior da Faringe
 Limite Póstero-inferior: Constritor Médio da Faringe
 Limite Anterior: Milohioideu
PARTE 3- GLÂNDULAS SALIVARES. MASTIGAÇÃO
GLÂNDULAS SALIVARES: Glândulas exócrinas cujos ductos se abrem ao nível da cavidade oral. Produzem Saliva
(Ajuda no Amolecimento os Alimentos e Humedecimento da mucosa da boca), Enzimas Digestivas (amílase salivar) e
Agentes antimicrobianos (Lisozima).

Podem ser divididas em: Contribuições para a saliva EM REPOUSO:

GLÂNDULAS MAJOR (PARES):  Glândulas Submandibulares (65%)


 Glândulas Parótidas (20%)
1. Glândulas Parótidas
 Glândulas Sublinguais e Glândulas
2. Glândulas Submandibulares
Salivar Minor (15%)
3. Glândulas Sublinguais
Contribuições para a saliva AQUANDO DE
GLÂNDULAS MINOR (IMPARES): ESTÍMULO:
4. Glândulas Labiais Contribuição das Glândulas Parótidas
5. Glândulas Bucais aumenta para 50%
6. Glândulas Palatinas

1. GLÂNDULAS PARÓTIDAS
Maior glândula salivar
Forma variável
Localização:

 Inferiormente ao meato acústico externo e à porção posterior do


arco zigomático
 Anteriormente ao Músculo Esternocleidomastoideu
 Posteriormente à Mandíbula;

Projeta-se anteriormente recobrindo a porção posterior do músculo


masséter

Faces:
 Superficial (Relaciona-se com a parte cartilagínea do meato acústico externo e
parte posterior da articulação temporomandibular)
 Anteromedial (Sulcada pelo bordo posterior do ramo da mandíbula; Recobre a
parte posterior do Músculo masséter a parte lateral da articulação
temporomandibular e o ramo da mandíbula. Os ramos do nervo facial
abandonam a substância da glândula por esta face)
 Posteromedial (Moldada pela apófise mastoide, Músculo
Esternocleidomastoideu, ventre posterior do Músculo Digástrico e Artéria
Carótida Externa)
 Superior

Bordos:
 Posterior
 Anterior
 Medial (Surge entre as faces anteromedial e posteromedial; É um bordo que se
projeta profundamente, estando em contacto com a parede lateral da faringe)

O seu ápice dirige-se inferiormente


Estruturas que se encontram na Substância da Glândula Parótida (de superficial para profundo):
 Nervo Facial
 Veia Retromandíbular
 Artéria Carótida Externa (Entra na glândula pela face posteromedial e depois se divide na substancia em artéria
maxilar e artéria temporal superficial)

Pode existir Glândula Parótida Acessória que se localiza entre o canal parotídeo e o
arco zigomático.

CANAL PAROTÍDEO:
5cm de comprimento

Surge na parte superior do bordo anterior da glândula parótida

Dirige-se anteriormente cruzando o músculo masséter, para ao


nível do bordo anterior do masséter perfurar a almofada adiposa
da bochecha e o bucinador, ao nível da coroa do 3º dente molar
superior. O canal parotídeo continua o seu trajeto obliquamente
desde o musculo bucinador até à mucosa oral e abre-se na papila,
ao nível da coroa do 2º molar superior.

É palpável ao nível do bordo anterior do musculo masséter em


contração e faz o seu trajeto ao longo do 1/3 médio da linha entre
o bordo anterior do trago e o angulo da boca.

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA GLÂNDULA PARÓTIDA:


 Artéria Carótida Externa (e os seus ramos)

DRENAGEM VENOSA DA GLÂNDULA PARÓTIDA:


 Veia Jugular Externa

DRENAGEM LINFÁTICA DA GLÂNDULA PARÓTIDA:


 Gânglios Cervicais Profundos Superiores

INERVAÇÃO DA GLÂNDULA PARÓTIDA:


Parassimpático: Fibras provenientes do Núcleo Salivar Inferior  Fibras pré-ganglionares encontram-se no Nervo Pequeno
Petroso (Ramo do Nervo Glossofaríngeo)  Sinaptizam no Gânglio Ótico  Fibras pós ganglionares chegam à glândula
através do Nervo Auriculo-Temporal
2. GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
Forma irregular
Apresentam 2 partes (As duas partes são continuas ao nível do bordo posterior do
musculo milo-hioideu):
 Parte superficial (Maior dimensão)

Encontra-se no triângulo digástrico.

Apresenta 3 faces:

 Inferior (Cruzada pela Veia facial e Ramo cervical do nervo facial)


 Medial
 Lateral (Relação com a fossa submandibular- face interna da
mandíbula- e com a fixação do pterigoideu medial; É sulcada pela
artéria facial)

 Parte Profunda

Entende-se anteriormente até à extremidade posterior da glândula


sublingual.
Localiza-se entre o músculo milo-hioideu (inferiormente) e os músculos
estiloglosso e hioglosso (medialmente).

CANAL SUBMANDIBULAR:
5 cm de comprimento

Inicia-se na parte superficial da glândula submandibular, atravessa a porção profunda e dirige-se anteriormente entre o
milo-hioideu e o hioglosso e mais anteriormente entre a glândula sublingual e o genioglosso. Abre-se ao nível do
pavimento da boca no ápice de cada papila sublingual (de cada um dos lados do freio da língua)

Relações:

 Ao nível do hioglosso: O canal está entre o nervo hipoglosso (inferior) e o nervo lingual (superior)
 Ao nível do bordo anterior do hioglosso: O canal está superior ao nervo lingual
3. GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
Menor das glândulas salivares major

Forma de amêndoa

Localiza-se na fossa sublingual da mandíbula.

Em intima relação com a face superior do músculo milo-hioideu. Posteriormente relaciona-se com a parte profunda da
glândula submandibular. Relaciona-se medialmente com o musculo geniohioideu do qual é separada pelo canal
submandibular e pelo nervo lingual

Recoberta pela mucosa do pavimento da boca  Prega Sublingual


Apresenta 8-20 canais excretores  Drenam na cavidade oral por numerosos canais sublinguais menores,
normalmente no ápice da prega sublingual. A parte anterior da glândula por vezes é drenada pelo canal sublingual
maior (ducto de Bartholin) que abre no mesmo local ou na proximidade da abertura do canal submandibular.

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS:


 Ramos da Artéria Facial
 Ramos da Artéria Lingual

DRENAGEM VENOSA DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS:


 Veia Facial
 Veia Lingual

DRENAGEM LINFÁTICA DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS:


 Gânglios Cervicais Profundos/ Gânglios Submandibulares  Glândulas Submandibulares
 Gânglios Submentonianos  Glândulas Sublinguais

INERVAÇÃO DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS:


Parassimpático: Fibras provenientes do Núcleo Salivar Superior  Fibras pré-ganglionares encontram-se no Nervo Facial 
Nervo Corda do Tímpano  Junta-se ao Nervo Lingual na fossa infra-temporal  Sinaptizam no Gânglio Submandibular 
Fibras pós ganglionares chegam às glândulas

MASTIGAÇÃO
Leva à formação do bolo alimentar após trituração e insalivação dos alimentos.

Os músculos orbicular da boca e bucinador efetuam uma importante ação que consiste em fazer com que qualquer
alimento que vá transitoriamente para o vestíbulo retorne à cavidade oral propriamente dita.
T2 - FARINGE. ESÓFAGO E DEGLUTIÇÃO.

PARTE 1 E 2- FARINGE
FARINGE: Túbulo Musculomembranoso com 12 a 14 cm de
comprimento. É uma via comum dos sistemas respiratório e digestivo.
Apresenta uma forma de Cone invertido.
Localização: Desde a base do crânio até ao bordo inferior da cartilagem
cricoide.
Continua-se inferiormente com o esófago.
A faringe está separada da porção cervical da coluna cervical por tecido
conjuntivo laxo que se encontra no espaço retrofaríngeo.
A faringe tem 3 divisões:

1. NASOFARINGE (BASE DO CRÂNIO ATÉ C1)


Comunica com a cavidade nasal através das aberturas nasais posteriores/coanas.

Apresenta 1 teto, Parede Posterior, 2 Paredes Laterais e Pavimento (Face superior


do palato mole). Enquanto que o pavimento pode ser mobilizado, as paredes são
rígidas.

O Teto e a Parede posterior estão em contínuo e formam uma parede côncava.

 Teto: Mucosa que recobre a parte posterior do corpo do esfenoide, parte


basilar do osso occipital até ao tubérculo faríngeo.
o Amígdala Faríngea/ Adenoide: Massa de tecido linfóide. Maior
dimensão nos primeiros anos de vida
 Parede Posterior: Fáscia Faringobasilar e fibras superiores do constritor
superior da faringe.
 Paredes Laterais: Abertura faríngea da trompa auditiva (delimitada
superiormente pelo Tórus Tubar); Prega Salpingofaríngea (superior e
posteriormente à abertura faríngea da parte cartilaginea da trompa
auditiva; É a mucosa que recobre o músculo Salpingofaríngeo); Prega
Salpingopalatina (Desde a extremidade anterior do Tórus Tubar até ao
palato mole)
o Tórus Elevatório: Inferiormente à abertura faríngea da trompa
auditiva e corresponde à mucosa que recobre o elevador do véu
do paladar
o Amígdala Tubar: Massa de tecido Linfoide localizada
posteriormente à abertura faríngea da trompa auditiva
o Recesso Faríngeo: Depressão localizada entre a parede posterior
da nasofaringe e a prega Salpingofaríngea

TROMPAS AUDITIVAS:
 Colocam em comunicação a cavidade timpânica e a nasofaringe.
 Tem várias funções como a equalização das pressões de ambos os
lados da membrana timpânica.
 Apresentam um comprimento de 36 mm.
 Direção do trajeto: Anterior, inferior e medial.
 Apresenta 2 porções:
o Cartilagínea (2/3): É incompleta inferior e lateralmente, sendo
nesta parte recoberta por tecido fibroso
o Óssea (1/3): Inicia-se ao nível da parede timpânica anterior e estreita-se gradualmente.
 Existem 2 canais na junção das partes petrosa e escamosa do temporal: superior  Contem o Músculo tensor do
tímpano; Inferior  Parte óssea da Trompa Auditiva
 O seu diâmetro é maior na abertura faríngea e menor na junção das partes óssea e cartilagínea (istmo das trompas
auditivas).
 Numa criança as trompas auditivas apresentam metade do comprimento, são mais horizontalizadas, o orifício faríngeo
é muito estreito e não apresenta tórus tubar
Istmo Orofaríngeo ≠ Istmo Faríngeo

Istmo Orofaríngeo: Comunicação entre cavidade oral e orofaringe

2. OROFARINGE (C2-C3) Istmo Faríngeo: Comunicação entre nasofaringe e orofaringe

Comunica com a cavidade oral através do istmo orofaríngeo.

Localização: Desde o bordo inferior do palato mole até ao bordo superior da epiglote.
Ao nível de C2 e parte de C3

 Parede Lateral: Apresenta 2 pregas e entre as pregas a amígdala palatina:


o Arco Palatoglosso: Prega mais anterior; Desde o palato mole até à
língua; Corresponde à mucosa que recobre o músculo palatoglosso
o Arco Palatofaríngeo: Prega mais posterior; Desde o palato mole e
funde-se com a parede lateral da faringe; Mucosa que recobre o
músculo palatofaríngeo.
o Amígdala Palatina: Ao nível da fossa amigdalina; Massa ovoide de
tecido Linfoide; Na parte superior da face medial das amígdalas
encontra-se a Fenda Intramigdalina. A face lateral invade
inferiormente o dorso da língua e superiormente o palato mole. Na
face lateral é recoberta por uma lâmina de tecido fibroso que forma uma cápsula.
Vascularização da Amígdala Palatina: Artéria Amigdalina que é Ramo da artéria facial e perfura o musculo
constritor superior da faringe.

PALATO MOLE: Apresenta uma projeção, a Úvula; A região anterior do palato mole é menos espessa e corresponde
essencialmente à aponevrose palatina, é menos móvel e mais horizontal;

 Aponevrose Palatina: Formada pelos Tendões do músculo tensor do véu do paladar; Fixa-se no bordo posterior e face
inferior do palato duro; É um ponto de fixação de todos os músculos do palato.
 Músculo Tensor do véu do Paladar: Forma aponevrose palatina; Fixa-se ao nível da fossa escafoide e espinha do osso
esfenoide e trompa auditiva. As fibras convergem para um tendão que se curva em torno do hâmulo pterigoideu;
Funções: Atuando em conjunto ambos os músculos fazem tensão do palato mole tornando-o mais firme; Atuando
individualmente fazem tração do palato para o lado ipsilateral; Abertura da abertura faríngea da trompa auditiva
durante a deglutição
 Músculo Elevador do Véu do Paladar: Origem numa porção quadrilátera da face inferior da porção petrosa do osso
temporal e porção cartilagínea da trompa auditiva e fixa se na parte superior da aponevrose palatina. Funções:
Elevação do Palato Mole e tração posterior do palato. Na fase faríngea da deglutição encerra o istmo faríngeo.

O MÚSCULO TENSOR DO VÉU DO PALADAR LOCALIZA-SE LATERALMENTE AO ELEVADOR DO VÉU DO PALADAR.


 Músculo Palatoglosso
 Músculo Palatofaríngeo
 Músculo da Úvula: Origem na espinha nasal posterior e face superior da aponevrose palatina e dirigem se em sentido
posterior fixando se profundamente à mucosa da úvula. Funções: Elevar e fazer retração da úvula

3. LARINGOFARINGE (C3-C6)
Comunica com a laringe através do ádito da laringe.

Localização: Posteriormente a toda a extensão da laringe desde o bordo


superior da epiglote até ao bordo inferior da cartilagem cricoide. A partir deste
limite inferior torna-se continua com o esófago.
MUCOSA: A mucosa da faringe é continua com a que recobre as trompas auditivas, as fossas nasais, a cavidade oral, a
laringe e o esófago.

FASCIAS:
 Fáscia Faringobasilar: A lâmina fibrosa que suporta a mucosa da faringe é espessada superiormente ao musculo
constritor superior da faringe, formando a fáscia faringobasilar. Está entre o músculo constritor superior da faringe e a
base do crânio.
o Rafe da Faringe: Rafe mediana que se estende desde o tubérculo faríngeo (Porção basilar do occipital). Onde
os 3 músculos constritores se fixam.

 Fáscia Bucofaríngea: Menos espessa; Recobrimento da parte externa da parede muscular da faringe. Na localização
do musculo constritor superior da faringe recobre também o rafe pterigomandibular e acaba por se projetar
anteriormente, recobrindo também o musculo bucinador.

MÚSCULOS DA FARINGE:
1. Músculos Com Disposição Circular  CONSTRITORES (Têm todos origem anteriormente e fixam-se
posteriormente no rafe faríngeo)

 Músculo Constritor Superior da Faringe


Dos 3 músculos constritores é o menos espesso. Apresenta 4 porções: pterigofaríngea, bucofaríngea, milofaríngea e
glossofaríngea.

Fixações: Anteriormente no Gancho Pterigoideu, Bordo Posterior do rafe pterigomandibular, Extremidade posterior da linha
milo-hioideia da mandibula e Língua. As fibras cruzam-se posteriormente e fixam-se no rafe faríngeo.

Funções: Constrição da parte superior da faringe

O bordo superior do músculo está separado do crânio por um intervalo que contem um conjunto de estruturas: Trompa
auditiva, Músculo Elevador do Véu do Paladar e Fáscia Faringobasilar.
Rafe Pterigomandibular: Fixa-se ao nível do hâmulo pterigoideu e ao nível da extremidade posterior da linha milo-hioideia. O bucinador
encontra-se no mesmo plano que o constritor superior da faringe, estando separados por este rafe.

 Músculo Constritor Médio da Faringe


Apresenta 2 porções: Condrofaríngea e Ceratofaríngea.

Fixações: Anteriormente no corno menor do osso hioide e bordo posterior do ligamento estilohioideu (Fixações da porção
condrofaríngea), Bordo superior do corno maior do hioide (Fixação da porção ceratofaríngea). Todas as fibras se dirigem
posteriormente (Fibras inferiores têm trajeto inferior; Fibras médias têm trajeto reto; Fibras Superiores têm trajeto superior) e
fixam se no rafe faríngeo.

Funções: Constrição da parte média da faringe

 Músculo Constritor Inferior da Faringe


Dos 3 músculos constritores é o mais espesso. Apresenta 2 porções: Tirofaríngea e Cricofaríngea.

Fixações da Porção Tirofaríngea: Anteriormente na linha obliqua da lâmina da cartilagem tiroide, lâmina posteriormente à
linha, corno inferior da tiroide e fibras de um cordão tendinoso que se encontra sobre o músculo cricotiroideu.

Fixações da Porção Cricofaríngea: Anteriormente na cartilagem cricoide entre o ponto de fixação do musculo cricotiroideu e a
faceta articular para o corno inferior da cartilagem tiroide.

As fibras dirigem-se posteriormente até ao rafe faríngeo. As da porção Tirofaríngea dirigem se superiormente recobrindo o
contritor médio; As fibras da porção cricofaríngea fundem se com as fibras musculares do esófago.
ESTRUTURAS QUE SE INTERPÕEM ENTRE OS MÚSCULOS CONTRITORES:

 Entre o constritor superior e o constritor médio: Músculo Estilofaríngeo e Nervo Glossofaríngeo.


 Entre o constritor médio e o constritor inferior: Ramo interno do nervo laríngeo superior e vasos laríngeos
superiores.

2. Músculos Com Disposição Longitudinal  ELEVADORES

 Músculo Palatofaríngeo
Juntamente com a mucosa que o recobre forma o arco palatofaríngeo.

Ao nível do palato mole é composto por 2 componentes que se fixam na face superior da aponevrose palatina e que estão
separados entre si pelo músculo elevador do véu do paladar. Fixam se também no palato duro.

Ambas as porções unem se entre si, juntando-se também fibras do músculo salpingofaríngeo e dirigem se inferiormente,
posteriormente à amígdala palatina e ao músculo estilofaríngeo, com o qual se une fixando-se no bordo posterior da
cartilagem tiroide.

Funções: Dirigir a faringe em sentido anterior, superior e medial e encurtam a faringe no decurso da deglutição. Aproximam os
arcos palatofaríngeos e fazem com que estes se dirijam em direção anterior.
Crista de Passavant: Formada pelos constritor superior e palatofaríngeo. Na fase faríngea da deglutição, há contração destes músculos,
formando uma crista notável, a crista de Passavant, ao longo do istmo nasofaríngeo. A função deste esfíncter é fechar a nasofaringe
durante a deglutição, assim impedindo a passagem de alimentos provenientes da orofaringe.

 Músculo Salpingofaríngeo
Fixações: Parte inferior da porção cartilagínea da trompa auditiva. Dirige-se inferiormente formando a Prega
Salpingofaríngea. Funde-se com o Músculo Palatofaríngeo.

Funções: Eleva a faringe e auxilia o músculo tensor do véu do paladar a abrir a extremidade faríngea da porção cartilagínea da
trompa auditiva durante a deglutição.

 Músculo Estilofaríngeo
Fixações: Apófise Estiloide (lado medial da base). Dirige-se inferiormente passando entre os constritores superior e médio da
faringe, para se fundir com a face profunda da parede da faringe. Algumas das suas fibras fundem se com as dos músculos
constritores. Outras fundem se com as fibras do músculo palatofaríngeo e fundem se no bordo posterior da cartilagem tiroide.

O nervo glossofaríngeo cruza o músculo estilofaríngeo.

Funções: Eleva a faringe


VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DA FARINGE

 Ramos da Artéria Carótida Externa (Artéria Faríngea Ascendente, Artéria Maxilar e Artéria Facial)

DRENAGEM VENOSA DA FARINGE

 Plexo Venoso da Faringe  Plexo Pterigoideu  Veias Facial e Jugular Interna

DRENAGEM LINFÁTICA DA FARINGE

 Gânglios Retrofaríngeos, Paratraqueias ou Infrahioideus  Gânglios Cervicais Profundos


ANEL LINFÓIDE DA FARINGE (DE WALDEYER)
Anel cincunfaríngeo que está associado à mucosa.

É formado anterior e inferiormente pela amígdala lingual, lateralmente pelas amígdalas palatinas e tubar e superior e
posteriormente pelas amígdalas faríngeas.

INERVAÇÃO DA FARINGE  NERVO VAGO:

 Plexo Faríngeo (Ramos Faríngeos do Nervo Glossofaríngeo e Nervo Vago e contribuições do Gânglio Cervical Superior
do SNSimpático)
 Ramo faríngeo do Nervo Vago inerva todos os Músculos Da Faringe exceto o Músculo Estilofaringeo que é inervado
pelo Nervo Glossofaríngeo.
 Ramo faríngeo do Nervo Vago inerva todos os Músculos do Palato Mole exceto o Músculo Tensor do Véu do Paladar
que é inervado pela Divisão mandibular do Nervo Trigémio.
 Cada uma das divisões da faringe tem uma inervação sensitiva diferente:
o Nasofaringe: Ramo faríngeo da Divisão Maxilar do Trigémeo
o Orofaringe: Nervo Glossofaríngeo
o Laringofaringe: Nervo Vago
PARTE 3- ESÓFAGO E DEGLUTIÇÃO
ESÓFAGO: Tubo muscular com 25 cm no adulto e coloca a em comunicação a
faringe e o estomago.

Localização: Desde o bordo inferior da cartilagem cricoide e dirige-se inferiormente


através do mediastino superior e mediastino posterior, passando através do diafragma
ao nível da 10ª vertebra torácica pelo hiato esofágico do diafragma (delimitado por
fibras do pilar direito) e terminando ao nível do orifício cárdico do estomago, ao nível
da T11.

Segue as curvaturas cervicotorácicas da coluna vertebral.

Inicia-se no plano mediano; Inclina-se para a esquerda até ao nível da raiz do pescoço
e gradualmente volta ao plano mediano ao nível de T5; Ao nível de T7 volta a
inclinar-se para a esquerda para perfurar o diafragma.

Apresenta 3 porções:

1. PORÇÃO CERVICAL

Relação Anterior: Relações Posteriores: Relações Laterais:


 Traqueia  Coluna Vertebral  Nervos Laríngeos Recorrentes
 Musculo Longo do Pescoço  Artérias Carótidas Comuns
 Lâmina Pré Vertebral da Fáscia  Parte Posterior da Glândula Tiroide
Cervical Profunda  Canal Torácico (apenas à esquerda)
2. PORÇÃO TORÁCICA

Relações Anteriores: Relação Posterior: Relações Laterais:


 Traqueia
 Pericárdio que recobre a Aurícula Esquerda  Coluna Vertebral  Nervo Laríngeo Recorrente ESQUERDO
(no mediastino posterior)  Crossa da Aorta e Aorta Torácica (à
 Brônquio Principal Esquerdo esquerda superiormente, mas mais
 Artéria Pulmonar Direita perto do diafragma o esófago localiza-
O facto de o Pericárdio que se anteriormente à aorta)
recobre a AE se localizar
anteriormente à porção do
esófago que se encontra no
mediastino posterior
permite que na Ecografia
Transesofágica seja possível
obter uma boa imagem das
cavidades adjacentes

3. PORÇÃO ABDOMINAL

Muito curta (1-2,5 cm)

Localiza-se à esquerda do plano mediano.

Trajeto: Inferior, para a esquerda e posteriormente, acabando ao nível da junção gastroesofágica (à


esquerda do plano mediano, posteriormente à 7ª cartilagem costal esquerda, ao nível de T11  Este
nível costuma ser mais inferior no sexo feminino relativamente ao sexo masculino. E costuma ser mais
superior nos indivíduos obesos).

Relações Anteriores: Relações Posteriores:


 Lobo esquerdo do Fígado  Pilar esquerdo do Diafragma
 Pilar esquerdo do diafragma  Tronco Vagal Posterior
 Troco Vagal Anterior
O esófago para além das suas fibras circulares possui uma camada muscular longitudinal em toda a sua extensão exceto na
parte superior da face posterior. Nesta localização as fibras divergem para anteriormente terminando num tendão ao nível
da crista mediana da lâmina da cricoide.

O músculo constritor inferior da faringe apresenta 2 porções: tirofaríngea e cricofaríngea. A porção cricofaríngea encontra-
se dividida em 2 partes: obliqua (superior, superficial e obliqua) e fundiforme (inferior, profunda e transversa). A parte
superior fixa-se no rafe mediano, mas a parte inferior não apresenta rafe, formando uma barra circular.

Por causa destas variações musculares formam se 2 áreas


triangulares:

 Triângulo de Killian  Entre as duas porções da parte


cricofaríngea do musculo constritor inferior
 Triângulo de Laimer  Por causa da divergência do músculo
longitudinal do esófago. Nessa área apenas se encontram fibras
circulares do esófago a formar a parede

Estes triângulos correspondem a áreas de fraqueza da parede onde


se podem formar divertículos.

ESTREITAMENTOS DO ESÓFAGO:
 Junção da faringe com o esófago (a 15 cm dos dentes incisivos)
 Onde o esófago é cruzado pela crossa da aorta (a 23 cm dos dentes
incisivos)
 Onde o esófago é cruzado pelo brônquio principal esquerdo (a 28 cm dos
dentes incisivos)
 Passagem pelo diafragma (a 40 cm dos dentes incisivos)

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ESÓFAGO


 Artérias Tiroideias Inferiores  Porção Cervical
 Ramos das Artérias Brônquicas e Ramos Esofágicos da Aorta Torácica (anastomosam se superiormente com ramos
esofágicos das artérias tiroideias inferiores e inferiormente anastomosa se com ramos ascendentes das artérias
gástrica esquerda e artérias frénicas inferiores esquerdas) Porção Torácica
 Ramos esofágicos da Artéria Gástrica Esquerda  Porção abdominal (Posteriormente esta porção é irrigada por
ramos das artérias gástricas curtas e ramos terminais dos ramos esofágicos da aorta descendente)
DRENAGEM VENOSA DO ESÓFAGO
 Veias Tiroideias Inferiores  Porção Cervical
 Veias Ázigos, Hemiázigos, Veias Brônquicas e Intercostais Posteriores Porção Torácica
 Veia Gástrica Esquerda e Veias Gástricas Curtas mais superiores e Veias Ázigos e Hemiázigos ao nível do tórax =
ANASTOMOSES PORTA-CAVA Porção abdominal

DRENAGEM LINFÁTICA DO ESÓFAGO


 Gânglios Cervicais Profundos (Diretamente ou através de gânglios para-traqueais)  Porção Cervical
 Gânglios Mediastínicos Posteriores Porção Torácica
 Gânglios Gástricos Esquerdos e Gânglios Para-Cardinais esquerdos Porção abdominal

Alguns vasos linfáticos do esófago podem passar diretamente para o canal torácico.

INERVAÇÃO DO ESÓFAGO  VAGO


Ramos dos Nervos Laríngeos Recorrentes e fibras pós-ganglionares simpáticas que correm nas artérias Tiroideias Inferiores 
Porções Cervical e Parte Superior da Torácica

Plexo Esofágico (fibras parassimpáticas e simpáticas) Porção Inferior da Torácica

Plexo Esofágico (parassimpático), Troncos Vagais e Inervação Simpática (Nervos Grande Esplâncnico, Pequeno Esplâncnico e
Plexo Celíaco)  Porção Abdominal

DEGLUTIÇÃO
Comportamento Motor Programado

 Fase Oral Preparatória (Voluntária; Mastigação é essencial para esta fase)


 Fase de Trânsito Oral/ Transferência (Voluntária)
 Fase Faríngea (Involuntária e a mais Crítica; Elevação do palato mole e da laringe, Fecho do Istmo Faríngeo e
Formação da Crista de Passavant)
 Fase Esofágica (Involuntária)
T3- ESTOMÂGO. INTESTINO DELGADO. INTESTINO GROSSO.
O abdómen pode ser dividido em 9 regiões tendo em conta várias linhas e planos que têm por base estruturas esqueléticas:

 Linhas Medio-Claviculares (desde o ponto médio da clavícula até ao ponto


médio entre a espinha ilíaca anterossuperior e a sínfise púbica
 Plano Subcostal (ao nível do ponto mais inferior do rebordo costal  ao nível
da 10ª Cartilagem Costal)
 Plano Transtubercular (ao nível dos tubérculos das cristas ilíacas/próximo do
bordo superior do corpo da 5ª vértebra lombar)

Para esta divisão em 9 partes pode ser tomado o Plano Transpilórico (ao nível do
ponto médio entre a incisura jugular e o bordo superior da sínfise púbica  ao nível da
metade inferior do corpo de L1 ou disco intervertebral entre L1 e L2 ou metade
superior do corpo de L2) como o plano mais superior (invés do subcostal)

9 Regiões:

 Epigastro  Umbilical  Hipogastro


 Hipocôndrio Direito  Lombar Direita  Fossa Ilíaca Direita
 Hipocôndrio Esquerdo  Lombar Esquerda  Fossa Ilíaca Esquerda
Regiões acima do plano subcostal Regiões abaixo do plano subcostal e acima do transtubercular Regiões abaixo do plano transtubercular

O abdómem ainda pode ser dividido em 4 quadrantes (invés de em 9 regiões). Esta divisão em quadrantes tem por base o
plano mediano e o plano que passa ao nível do umbigo.

PARTE 1- ESTOMÂGO (porção mais alargada do tubo digestivo)


O estômago continua-se superiormente com o esófago ao nível do Orifício Cárdico Do Estômago (T11)
O estômago continua-se inferiormente com o duodeno.

Localiza-se no Hipocôndrio Esquerdo, Epigastro e Região Umbilical. A localização do estômago é


influenciada por vários fatores:

 Nível de distensão
O Estômago é dividido em 3 partes:  Posição das visceral adjacentes
 Postura
1. FUNDO DO ESTÔMAGO  Constituição dos indivíduos

Localiza-se superiormente à linha horizontal que é traçada ao nível da Incisura


Cárdica.

2. CORPO DO ESTÔMAGO
Desde a linha horizontal que é traçada ao nível da incisura cárdica
até ao nível de uma linha que é traçada entre a Incisura Angular
(ponto inferior da curvatura menor) e uma Indentação Inconstante
na Curvatura Maior.

3. PORÇÃO PILÓRICA DO ESTÔMAGO


 ANTRO PILÓRICO: Desde o limite inferior do corpo
até ao Sulco Intermédio
 CANAL PILÓRICO: Desde o Sulco Intermédio até ao
Orifício Pilórico; 1/2 cm
O Estômago apresenta 2 curvaturas:
1. CURVATURA MENOR: Entre os Orifícios Cárdico e Pilórico  Dirige-se inferiormente e para a direita; A curvatura
menor no seu limite inferior apresenta a incisura angular; É na Curvatura menor que se fixa o Pequeno Epíploon ou
Omento Menor
2. CURVATURA MAIOR (extensão 2 a 3 vezes maior que a curvatura menor) : Desde a Incisura Cárdica até ao Piloro
(no plano transpilórico)  Dirige-se superiormente, posteriormente e para a Esquerda (desde a incisura cárdica até
ao ponto superior)  Dirige-se Anteriormente e Inferiormente (na sua porção mais verticalizada)  Dirige-se
inferior e Medialmente; É na Curvatura Maior que se fixa o Grande Epíploon ou Omento Maior

O Estômago apresenta 2 faces:


1. FACE ANTERIOR
2. FACE POSTERIOR

Quando o Estômago se encontra vazio, as faces


dirigem se superiormente e inferiormente; Quando o
Estômago se encontra distendido, as faces dirigem se
anteriormente e posteriormente
A face anterior é na sua totalidade recoberta por peritoneu.
A face posterior é recoberta por peritoneu com exceção de
uma área triangular próxima do orifício cárdico.

RELAÇÕES:
FACE ANTERIOR: FACE POSTERIOR (estruturas separadas da face posterior do
estômago pelo pequeno saco)
 Rebordo Costal Esquerdo (Parte Lateral)
 Diafragma (Parte Lateral)  Pilar esquerdo do Diafragma
 Lobo Esquerdo do Fígado (Parede Medial)  Vasos Frénicos inferiores esquerdos
 Parede Abdominal Anterior (Parede Medial)  Glândula Suprarrenal Esquerda + Polo Superior do Rim
Esquerdo
 Face Anterior do Pâncreas
 Artéria Esplénica
 Folheto Superior do Mesocólon Transverso
 Face Visceral do Baço (está em contacto na parte superior e
esquerda da face posterior do estômago)
O Estômago encontra-se localizado entre 2 orifícios:
1. ORIFÍCIO CÁRDICO (Junção Esófago- Estômago)
Existem um conjunto de fatores major e minor que previnem o refluxo gastro-esofágico:

Fatores Major: Fatores Minor:


 Contração de Fibras Musculares Lisas Circulares  Pregas Mucosas da Mucosa Gástrica na junção gastro
 Contração de Fibras do Pilar Direito do Diafragma esofágica
 Angulação do Orifício Cárdico
 Comprimento da porção abdominal do Esófago
 Presença de almofadas de tecido adiposo quer ao nível, quer
inferiormente ao orifício Cárdico

2. ORIFÍCIO PILÓRICO (Junção Estômago- Duodeno)  Em decúbito Dorsal e com o estômago vazio este orifício
encontra-se à direita do plano mediano e no plano transpilórico; O Esfíncter Pilórico é formado por um
espessamento circunferencial de músculo circular entrelaçado com fibras de tecido conjuntivo e fibras musculares
longitudinais e é uma porção mais espeça que as partes adjacentes do estômago e que o duodeno. O esfíncter
pilórico é muitas vezes marcado na superfície externa do estômago com a veia pré pilórica.

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ESTÔMAGO  Aula 5

DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO


 Veia Porta

DRENAGEM LINFÁTICA DO ESTÔMAGO


Os Linfáticos que drenam o estômago vão coincidir com o trajeto das artérias que irrigam o estômago. A rede de linfáticos do
estômago é contínua com a do esófago e com a do duodeno.

INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO
 Simpática: Tem origem nos segmentos T5-T12 e é distribuída via Nervos Grande Esplâncnico, Pequeno Esplâncnico e
Plexo Celíaco
 Parassimpática: Nervos Vago
 Troncos Vagais Anterior: Divide-se nas proximidades da junção gastro esofágica em ramos gástricos,
pilóricos e hepáticos
 Tronco Vagal Posterior: Divide-se nas proximidades da junção gastro esofágica em ramos gástricos e
Celíacos
PARTE 2- INTESTINO DELGADO
O intestino Delgado estende-se desde o orifício pilórico até
à junção ileo-cólica
Comprimento médio: 5 metros

O Intestino Delgado é dividido em 3 partes:

1. DUODENO (parte mais curta e mais larga)


Desde o Estômago até à Junção Duodeno-jejunal.
Comprimento: 25 cm
Apresenta uma forma de “C” e encontra-se entre os níveis
vertebrais L1-L3
Parte inicial do duodeno (primeiros 2,5 cm) são
intraperitoneais e o restante comprimento é
retroperitoneal.

O Duodeno apresenta 4 porções:

 1ª porção  SUPERIOR
5 cm de comprimento

Porção mais móvel do duodeno

Dirige-se Superiormente, Posteriormente e Lateralmente


(para a direita), curvando-se inferiormente ao nível do
Ângulo Superior do Duodeno, tornando-se continua com a
2ª porção do duodeno. Esta transição entre a 1ª e 2ª
porções do duodeno localiza-se posteriormente ao colo da
vesícula biliar.

Relações Posteriores da 1ª porção do Duodeno:


• Cabeça e colo do pâncreas
• Canal Biliar Comum
• Veia Porta
• Artéria Gastroduodenal

 2ª porção  DESCENDENTE
8 cm de comprimento. À direita do plano mediano.

Desde o Ângulo Superior do Duodeno até ao nível do bordo inferior do corpo de L3. Neste nível curva-se medialmente,
formando o Ângulo Inferior do Duodeno. Este Ângulo forma a transição entre as 2ª e 3ª porções do duodeno.

Relações Anteriores da 2ª porção do Duodeno: Relações Posteriores da 2ª porção do Duodeno:

 Vesícula Biliar  Rim Direito


 Lobo Direito do Fígado  Vasos Renais Direitos
 Cólon Transverso

Relações Mediais da 2ª porção do Duodeno:

 Cabeça e colo do pâncreas


 Canal Biliar Comum

No Lúmen da 2ª porção do duodeno:

 Papila Maior do Duodeno (Na parede postero-medial- a 8/10 cm do piloro)


 Papila Menor do Duodeno ( 2 cm superiormente à papila maior do duodeno)
 3ª porção: HORIZONTAL
10 cm de comprimento, ao nível de L3.

Inicio ao nível do Ângulo Inferior do Duodeno. Dirige-se superiormente e para a Esquerda. Imediatamente à esquerda da
Aorta Abdominal continua-se com a 4ª porção do duodeno.

É cruzada anteriormente pela Raiz do Mesentério e pelos Vasos Mesentéricos Superiores. Superiormente à 3ª porção do
duodeno encontra-se a cabeça do pâncreas.

A 3ª porção do duodeno encontra-se situada entre a Artéria Mesentérica Superior e a Artéria Aorta Abdominal, formando
uma pinça que pode levar à obstrução.

 4ª porção: ASCENDENTE
2,5 cm de comprimento

Inicia-se imediatamente à esquerda da aorta abdominal e dirige-se superior e para a esquerda até ao bordo superior do
corpo de L2. Depois curva-se de forma marcada em sentido anterior e inferior, formando o Ângulo Duodenojejunal para se
continuar com o jejuno.

Relações Posteriores da 4ª Porção do Duodeno: Relações Superiores da 2ª porção do Duodeno:

 Psoas Maior Esquerdo  Corpo do Pâncreas


 Rim e Ureter Esquerdo (postero-lateral)

2. JEJUNO
2/5 iniciais do comprimento após o duodeno

Localiza-se maioritariamente no Quadrante Superior Esquerdo e no Compartimento Infra-Cólico Superior Esquerdo


estendendo-se para a região Umbilical.

3. ÍLEO
Divertículo de Meckel/ Divertículo Íleal
3/5 finais do comprimento (2/3% da população)

Localiza-se no Quadrante Inferior Direito, ou seja, na Região Hipogástrica e na É um remanescente da porção inicial do canal
Fossa Ilíaca Direita. vitelino. Projeta-se a partir do bordo anti-
mesentérico da parte terminal do íleo.
Junta-se com o intestino grosso ao nível da face postero-medial do intestino A 50/90 cm da junção ileo-cecal.
Normalmente, o seu bordo é livre, mas pode
grosso na junção do Cego com o Cólon Ascendente (Junção Íleo-Cecal/ Ileo-
ocasionalmente ligar-se à região próxima do
Cólica, ao nível da Fossa Ilíaca Direita). umbigo por uma banda fibrosa.

O Íleo Terminal localiza-se na pelve e a partir desta localização dirige-se


superiormente para se continuar com o cego na junção Íleo-Cecal na fossa Ilíaca Direita.

Não existe um limite claro entre jejuno e íleo. O que existe é uma transição gradual da morfologia desde a parte inicial do jejuno até à parte
final do Íleo:

1. Diâmetros Interno e Externo do Jejuno: 3 cm e 4 cm


Diâmetros Interno e Externo do Íleo: 2,5 cm e 3 cm

O jejuno tem uma parede mais espessa que a do íleo.

2. Pregas Circulares são mais pronunciadas e mais numerosas no Jejuno. Começam a aparecer ao nível do duodeno (a 2,5/5 cm do piloro)
3. As Placas de Peyer (folículos linfoides agregados) existem em maior dimensão e maior quantidade no íleo e em menor no jejuno e são
inexistente no duodeno.
4. A parede do Jejuno é mais densamente vascularizada pelas arcadas artérias anastomóticas, apesar de estas serem mais numerosas no
Íleo.
DUODENO JEJUNO ÍLEO

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO INTESTINO DELGADO  Aula 5

DRENAGEM VENOSA DO INTESTINO DELGADO


 Duodeno: Veia Porta
 Jejuno e Íleo: Veia Mesentérica Superior

DRENAGEM LINFÁTICA DO INTESTINO DELGADO


 Duodeno: Gânglios Pancreático-Duodenais Superiores e Inferiores
 Jejuno e Íleo: Gânglios Mesentéricos Superiores

INERVAÇÃO DO INTESTINO DELGADO


 Duodeno
 Simpático: Origem nos segmentos T5-T12 das Colunas Intermédio-Laterais  Nervos Grande Esplâncnico e
Pequeno Esplâncnico  Gânglios Celíacos e Mesentéricos Superior  Fibras Pós Ganglionares que veiculam
em plexos peri-arteriais em torno do Tronco Celíaco e Artéria Mesentérica Superior
 Parassimpático: Nervo Vago

 Jejuno e Íleo
 Simpático e Parassimpático: Plexo Mesentérico Superior
PARTE 2- INTESTINO GROSSO
Desde a Junção Íleo Cólica até ao Ânus.

1 metro de comprimento. O calibre é maior ao nível do cego diminui até ao


Cólon Sigmoide e volta a aumentar no Reto.

O Intestino Grosso é dividido em 3 partes:

1. CEGO
O íleo junta-se com o intestino grosso ao nível da parede postero-medial do
intestino grosso  Esta junção Íleo-Cecal ocorre na transição do Cego para o
Cólon e é vista no lúmen do cego como papila Ileal/ Válvula Ileo-Cecal.

Válvula Ileo-Cecal: Apresenta um Lábio Superior (entre o Íleo e o Cólon


Ascendente) e um Lábio Inferior (Entre o Íleo e o Cego). Estes lábios
lateralmente fundem-se, formando freios.

O Cego localiza-se abaixo da Válvula Íleo-Cecal. E é continuo superiormente


com o Cólon Ascendente.

Apêndice Vermiforme: Surge da parede Postero-Medial do Cego, 2 cm


inferiormente à parte terminal do Íleo. Tem um comprimento variável (6-10
cm). Localiza-se ao nível da fossa ilíaca direita, no entanto pode ocupar várias
posições. A base deste apêndice localiza-se no Ponto de McBurney (2/3 da
distância entre o umbigo e espinha ilíaca anterossuperior). A posição é
afetada pela postura e distensão do cego.

É retroperitoneal.

Relações Anteriores do Cego:

 Ansas do Intestino Delgado


 Parede Abdominal Anterior

Relações Posteriores do Cego:

 Psoas Maior Direito


 Nervo Femoral
 Músculo Ilíaco
 Nervo Cutâneo Lateral da Coxa
2. CÓLON ASCENDENTE
15-20 cm de comprimento

Dirige-se superiormente até à face inferior do lobo direito do fígado, curvando-se anteriormente e para a esquerda,
formando o Ângulo Hepático do Cólon.

É uma estrutura Retroperitoneal  Sendo recoberta por peritoneu anterior e lateralmente.

Relações posteriores do Cólon Ascendente: Relações Anteriores do Cólon Ascendente:


 Fáscia Ilíaca  Ansas do Intestino Delgado
 Ligamento Iliolombar  Grande Omento
 Musculo Quadrado Lombar  Parede Abdominal Anterior
 Aponevrose no Transverso Abdominal
 Nervo Cutâneo Lateral da Coxa
 Nervo Iliohipogástrico
 Nervo Ilioinguinal

3. CÓLON TRANSVERSO
É intraperitoneal.

Está ligado à parede abdominal posterior por uma prega peritoneal, o Mesocólon Transverso.

Desde o Ângulo Hepático do Cólon até ao Ângulo Esplénico do Cólon (Ângulo que marca a transição entre o Cólon
Transverso e o Cólon Descendente).

Quer o comprimento, quer a posição desta porção do Cólon são muito variáveis: Comprimento 50 cm; Descreve um arco,
cuja concavidade se dirige superior e posteriormente.

Relações posteriores do Cólon Transverso: Relações Anteriores do Cólon Transverso:


 2ª porção do duodeno  Grande Omento
 Cabeça e Colo do Pâncreas  Parede Abdominal Anterior

Relações Superiores do Cólon Transverso:

 Fígado
 Grande Curvatura do Estômago
 Baço
 Vesícula Biliar

4. CÓLON DESCENDENTE
25/30 cm de comprimento.

Inicia-se no Ângulo Esplénico e dirige-se inferiormente e curva-se medialmente anteriormente ao Músculo Ilíaco para se
continuar como Cólon Sigmoide.

É retroperitoneal.
Apresenta um calibre menor que o Cólon ascendente e localiza-se numa posição mais profunda que o ascendente.

Relações posteriores do Cólon Descendente: Relações Anteriores do Cólon Descendente:


 Bordo Lateral do Rim Esquerdo  Ansas do Intestino Delgado
 Fáscia Ilíaca  Grande Omento
 Ligamento Iliolombar  Parede Abdominal Anterior
 Musculo Quadrado Lombar
 Músculo Psoas Maior Esquerdo
 Aponevrose no Transverso
Ângulo Direito/ Hepático do Cólon  Entre o Cólon Ascendente e o Cólon Transverso;
Abdominal
Ângulo menos agudo
 Nervo Cutâneo Lateral da Coxa
 Nervo Iliohipogástrico Relações do Ângulo Cólico Direito:

 Nervo Ilioinguinal  Lobo Direito do Fígado- Superiormente


 Crista Ilíaca  Rim Direito- Posteriormente
 Vasos Gonádicos
Ângulo Esquerdo/ Esplénico do Cólon  Entre o Cólon Transverso e o Cólon Descendente;
Ângulo mais Agudo; É mais superior e posterior

Relações do Ângulo Cólico Esquerdo:

 Baço- Superiormente
 Rim Esquerdo- Posteriormente

5. CÓLON SIGMOIDE
Comprimento, forma e posições muito variáveis.

É intraperitoneal e encontra-se ligado à parede abdominal posterior pelo Mesocólon Sigmoide

Tem uma posição mais fixa nas suas junções com o cólon descendente e com o reto, mas a porção entre esses dois pontos é
bastante móvel.

Relações posteriores do Cólon Sigmoide: Relações Anteriores do Cólon Sigmoide:


 Artérias e Veias Ilíaca Internas e Externas Esquerdas  Sexo Feminino: Bexiga e Útero
 Vasos Gonádicos Esquerdos  Sexo Masculino: Bexiga
 Ureter Esquerdo
 Musculo Piriforme
 Plexo Sagrado

6. RETO
Continuo com o cólon sigmoide ao nível de S3.

O Terço superior é revestido por peritoneu nas suas faces anteriores e laterais; O terço médio é revestido por peritoneu
nas suas faces anteriores; O terço inferior é subperitoneal.

O diâmetro do reto na sua parte superior é semelhante ao do cólon sigmoide, mas na sua parte mais inferior torna-se mais
dilatado, ao nível da Ampola Retal.

Não apresenta Apêndices Epiploicos, Haustras nem Ténias.

O reto dirige-se inferiormente acompanhando a concavidade sacro-coccígea  Formando o Ângulo Sagrado do Reto

Inicialmente dirige-se Inferior e posteriormente e depois anterior e inferiormente.

Ângulo Perineal do Reto  Na junção com o Canal Anal

Os músculos pubo-retais são importantes para manter a angulação entre a parte inferior do reto que se dirige
anteriormente e o canal anal que se dirige posteriormente.
O reto apresenta 3 Pregas Transversas:

 Superior
 Média (a mais proeminente): Na parede Anterior Direita; Localiza-se superiormente à Ampola Retal
 Inferior: Na parede Esquerda

Relações posteriores do Reto: Relações Anteriores do Reto:

 S3-S5  Sexo Feminino: Bexiga, Vagina e Útero


 Cóccix  Sexo Masculino: Bexiga, Ureter, Próstata e
 Artéria Sagrada Mediana Vesicula Seminal
 Vasos Retais Superiores

7. CANAL ANAL
2-5 cm de comprimento

A parede anterior é mais curta que a posterior.

Inicia-se na junção Ano-retal e dirige-se posteriormente.

É rodeado posterior e lateralmente por tecido adiposo.

Na parte média do canal anal encontram-se umas pregas mucosas, as Colunas Anais que nas suas extremidades inferiores
formam as Valvas Anais.

Músculos do Canal Anal:


 Esfíncter Interno do Ânus: Parte terminal espessada da musculatura circular interna do intestino grosso; Anel de
Fibras Musculares Lisas orientadas obliquamente; Desde a junção ano-retal até ao Sulco Esfincteriano
Inervado pelos Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático.
 Esfíncter Externo do Ânus: Maior parte do complexo esfincteriano anal; Túbulo Oval de musculo Estriado com 3
partes:
 Parte Profunda
 Parte Superficial
 Parte Subcutânea

Inervado pelos nervos retais inferiores e plexo sagrado.

 Musculo Longitudinal: Continuação da Camada Longitudinal Externa do Reto e com contribuições do Músculo
Pubo-Anal
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO INTESTINO GROSSO  Aula 5

DRENAGEM VENOSA DO INTESTINO GROSSO  Aula 5

DRENAGEM LINFÁTICA DO INTESTINO GROSSO


Segue o trajeto das artérias

 Cego, Cólon Ascendente e Cólon Transverso: Gânglios relacionados com a Artéria Mesentérica Superior
 Cólon Transverso, Cólon Descendente, Cólon Sigmoide e Reto: Gânglios relacionados com a Artéria Mesentérica
Inferior
 Reto e Canal Anal: Gânglios Para-retais (parte superior do reto) Gânglios Ilíacos Internos (parte inferior do reto) e
Gânglios Inguinais Superficiais (parte inferior do canal anal)

INERVAÇÃO DO INTESTINO GROSSO


Intestino Médio:
 Simpático: Origem nos segmentos T5-T12 das Colunas Intermédio-Laterais
 Parassimpático: Nervo Vago
 Sistema Nervo Entérico

Intestino Posterior:
 Simpático: Origem nos segmentos L1-L2 das Colunas Intermédio-Laterais
 Parassimpático: Nervos Esplâncnicos Pélvicos
 Sistema Nervo Entérico
Apêndices Epiploicos: Projeções Adiposas recobertas por peritoneu
Estão ausentes ao nível do Cego, Apêndice Vermiforme e Reto. São mais comuns na parte mais terminal do Cólon e colon
sigmoide. No caso de indivíduos obesos, estes apêndices podem ter proporções mais aumentadas.

Haustras: Espécie de Saculações na parede de Cólon


Ténias Cólicas: Na camada Muscular Externa as fibras longitudinais dispõem-se em 3 bandas, as Ténias. As Ténias têm uma
localização mais ou menos constante, com exceção do Cólon transverso. Localização normal:

 Ténia Anterior  Ténia Livre


 Ténia Postero-Lateral  Ténia Epiploica
 Ténia Postero-Medialmente  Ténia Mesocólica

Localização no Cólon Transverso:


 Ténia Livre  Inferior
 Ténia Epiploica  Superior
 Ténia Mesocólica  Posterior

As ténias vão alargar para ocuparem uma maior área ao nível da porção terminal do Cólon sigmoide e ao nível da junção do Cólon
sigmoide com o reto vão formar duas bandas distintas, uma anterior e uma posterior, formando um recobrimento muscular
completo para o reto.
T4- FÍGADO. VIAS BILIARES.
PARTE 1- FÍGADO Biopsia Hepática
Peso: 1,5 Kg (2% do peso corporal) Picar no 10º Espaço Intercostal em
20% do débito cardíaco expiração máxima

LOCALIZAÇÃO:
Encontra-se no hipocôndrio direito e Epigastro (e, em algumas situações, o
hipocôndrio esquerdo). No período fetal, o fígado ocupa a maior parte do
abdómen.

Em anatomia de superfície, o fígado localiza-se entre 3 pontos:

 Linha Médio-Clavicular à Direita ao nível da 5ª costela ou 5º


espaço intercostal
 Linha Médio-Clavicular à Esquerda ao nível da 6ª costela ou 5º
espaço intercostal
 Linha Médio-Axilar à Direita ao nível da 10ª costela

O bordo superior do fígado cruza o plano mediano posteriormente à


articulação xifo-esternal.

O bordo inferior do fígado cruza o plano mediano ao nível do plano


transpilórico.

RELAÇÕES:
Relações superiores do Fígado:

 Diafragma
 (Cavidades Pleurais, Parênquima
Pulmonar, Pericárdio e Coração)

Relações Posteriores do Fígado:

 Diafragma e pilar direito


 Rim Direito + Suprarrenal
 Ângulo Hepático do Cólon
 1ª porção do Duodeno
 Piloro
 Vesícula Biliar
 Veia Cava Inferior
 Esófago
 Fundo do Estômago
 Artéria Frénica Inferior direita (lobo
caudado do fígado)

Relações Anteriores do Fígado:

 Diafragma
 Grades Costais Direita e Esquerda
 Pleuras
 Bordos Inferiores dos Pulmões
 Apófise Xifoide
 Parede Abdominal anterior no Ângulo Subcostal
MORFOLOGIA:

FACES:
 Face Anterior FACE
 Face Superior DIAFRAGMÁTICA
 Face Direita
 Face Esquerda
 Face Posterior
FACE VISCERAL
 Face Inferior

A face posterior encontra-se em intima relação com a


face inferior. Em conjunto formam uma angulação, na qual a face inferior se projeta mais anteriormente. A transição
da face posterior para a face inferior localiza-se inferiormente à porta hepática.

BORDOS  São todos muito arredondados, pelo que só se identifica um bordo:


 Bordo Inferior (Apresenta Incisura para Vesícula Biliar)

LIGAMENTOS PERITONEAIS:
 Ligamento Falciforme (apresenta folhetos direito e esquerdo): Dupla Membrana de Peritoneu
supraumbilical e que se dirige posteriormente e para a direita, fixando-se na face anterior e superior do fígado
e na face posterior do diafragma. Este ligamento tem um bordo inferior livre  Entre os 2 folhetos de
peritoneu neste bordo corre o Ligamento Redondo do Fígado (correspondia no feto à veia umbilical
esquerda)  Forma na face inferior a Fissura para o Ligamento Redondo do Fígado.

 Ligamento Coronário: Imediatamente anteriormente à região em que o fígado está em contacto com o
diafragma forma-se este ligamento. Este ligamento forma-se pois o peritoneu que cobre a face anterior e
superior do diafragma não consegue ultrapassar a área em que o fígado contacta diretamente com o
diafragma, acabando por se verificar uma reflexão do peritoneu para a face inferior do diafragma  Folheto
Superior.
O mesmo acontece na face inferior do fígado: O peritoneu reveste a face inferior, no entanto chegado à área
em que o fígado está em contacto direto com o rim direito e glândula suprarrenal direita tem que refletir
inferiormente, recobrindo anteriormente o rim e a suprarrenal  Folheto Inferior.
A maioria do Fígado é recoberto pelo peritoneu. No entanto, existe uma porção na face posterior que não se
encontra recoberta por peritoneu, estando em contacto diretamente com o diafragma  Área Nua do Fígado. Esta
área localiza-se entre os 2 folhetos do ligamento coronário. É uma área triangular, que afunila nas laterais, pois são
áreas que já conseguem ser recobertas por peritoneu, a essas áreas chamam-se Ligamentos Triangulares Direito e
Esquerdo.

O folheto Direito do Ligamento Falciforme continua-se com o Folheto Superior do Ligamento Coronário. O folheto
Esquerdo do Ligamento Falciforme continua-se com o Folheto Anterior do Ligamento Triangular Esquerdo (Este é
continuo com o folheto posterior, sendo este continuo com o Pequeno Omento.

A veia Cava Inferior localiza-se na Área Nua do Fígado, sendo Retroperitoneal. O Lobo Caudado é revestido por
peritoneu.

 Pequeno Omento: Tem origem na pequena curvatura do Estômago e do bordo superior da 1ª porção do
duodeno e divide-se em 2 partes: Porção Hepato-Gástrica e Porção Hepato-Duodenal e tem fixação no fígado
numa zona em L. A porção horizontal do L fixa-se na porta Hepática e a porção Vertical ao fixar-se forma a
Fissura para o Ligamento Venoso (O ligamento Venoso no feto correspondia ao ducto venoso).
FISSURAS HEPÁTICAS MINOR:
 Fissura Umbilical: Fixação do ligamento falciforme nas faces anterior e superior do fígado + Fissura para o
Ligamento Redondo do Fígado
 Fissura para o Ligamento Venoso
 Fissura de Gans: Dirige-se para a direita a partir da fossa para a vesícula biliar
Estas fissuras são relevantes para a divisão do fígado em 4 lobos:

 Lobo Esquerdo  Separado do Lobo direito pela fissura Umbilical


 Lobo Direito Separado do Lobo esquerdo pela fissura Umbilical

 Lobo Caudado  Entre a fissura para o ligamento venoso e o sulco da veia cava inferior INCLUÍDOS NO

 Lobo Quadrado  Entre a Fissura para o ligamento redondo do Fígado e a fossa para a vesícula Biliar LOBO DIREITO

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO FÍGADO  Aula 5

DRENAGEM VENOSA DO FÍGADO  Aula 5

FATORES QUE SUPORTAM O FÍGADO  Mantêm o Fígado na sua posição normal:


Fatores Primários:

 Veia Cava Inferior


 Veias Hepáticas
 Ligamento Coronário + Ligamentos Triangulares

Fatores Secundários:

 Rim Direito
 Duodeno
 Pâncreas
 Ângulo Hepático do Cólon

Fatores Terciários:

 Ligamentos Falciformes
DIVISÕES FUNCIONAIS DO FÍGADO CIRURGICAMENTE  Supridas por um único pedículo da Tríade
Porta  Cada divisão denomina-se SEGMENTO (funcionalmente independentes)

As divisões funcionais do Fígado são


A VEIA PORTA apresenta a sua divisão de 1ª ordem  Define os distintas das divisões anatómicas. Por
HEMIFÍGADOS OU LOBOS FUNCIONAIS: exemplo, o Segmento 4
anatomicamente pertence ao Lobo
 Ramo Esquerdo  Hemifígado/Lobo Funcional Esquerdo Direito do Fígado, mas funcionalmente
 Ramo Direito  Hemifígado/Lobo Funcional Direito pertence ao Hemifígado Esquerdo.

Divisões de 2ª ordem  Definem SETORES:

 Hemifígado/Lobo Funcional Esquerdo divide-se em Setor Posterior e Setor anterior


 Hemifígado/Lobo Funcional Direito divide-se em Setor Posterior e Setor anterior

Divisões de 3ª ordem  Definem SEGMENTOS:

Numerados de I a VIII no sentido dos ponteiros do relógio.

 Segmento I: Independente dos restantes; Não pertence nem ao Lobo Funcional Esquerdo, nem ao Lobo
Funcional Direito pois recebe ramos tanto do ramo direito como do ramo esquerdo da veia porta e da artéria
hepática.

Esta divisão funcional do Fígado segundo a


distribuição dos ramos da Veia Porta é também
coincidente com a distribuição das VEIAS
HEPÁTICAS. A distribuição das veias hepáticas
direita, esquerda e médica são INTERSETORIASIS.
Estas Veias Hepáticas correm nas Fissuras Portais
que são fissuras portais major mas não visíveis à
superfície.

A Veia Hepática Média encontra-se na Fissura


Portal Principal (entre o ponto médio da fossa
para a Vesícula biliar e o ponto médio da veia
cava inferior) que divide o Fígado nos 2 lobos
Funcionais.

Ainda são identificáveis as Fissuras Portais Direita


E Esquerda.

Mais uma vez, o Segmento I/Lobo Caudado é


independente e portanto não drena para
nenhuma das veias hepáticas, mas sim para
ramos das veia cava inferior.

O Lobo Caudado recebe vascularização dupla


dos dois ramos da veia porta e da artéria
hepática e dado que drena diretamente para a
veia cava inferior, acaba por escapar à
hipertensão portal, é um shunt natural.

Em caso de cirrose ou trombose de veias


hepáticas, o lobo caudado ao contrário dos
restantes que atrofiam, este hipertrofia.
FÍGADO  ÚNICO ORGÃO COM CAPACIDADE REGENERATIVA
Em casos de quistos ou uma parte do Fígado com Doença crónica pode proceder-se a uma Embolização Seletiva da
Veia Porta. Assim sendo, um ramo é embolizado (o ramo cujo tecido hepático esta disfuncional), fazendo com que o
sangue inicialmente alocado a esse ramo fosse redirecionado para o ramo contralateral, o que provoca um
crescimento do outro lobo funcional do fígado.

Em casos de carcinoma ainda se pode proceder à Quimioembolização Transarterial  Limita-se o fluxo das Artérias
hepáticas (pois o tumor precisa de uma grande vascularização para crescer) e nos vasos injeta-se um fármaco, o que
faz com que se consiga uma quimioterapia muito dirigida.

DRENAGEM LINFÁTICA DO FÍGADO


 Sistema de Drenagem Profundo  Gânglios da Porta Hepática
 Sistema de Drenagem Superficial  Gânglios da Porta Hepática; Gânglios Celíacos (face direita); Gânglios
paracárdicos (lobo esquerdo); Gânglios Paracavais (face posterior + Lobo Caudado)

INERVAÇÃO DO FÍGADO
 Sistema Nervoso Autónomo: Plexo Hepático com fibras do Parassimpático (Tronco Vagal Anterior) e
Simpático (Plexo Celíaco) Inerva Parênquima Hepático
 Inervação Somática: Nervos Intercostais mais Inferiores  Cápsula que reveste o Fígado
PARTE 2- VIAS BILIARES E PÂNCREAS
VIAS BILIARES
 Vias Biliares Intrahepáticas

Os hepatócitos produzem bílis que é direcionada para


uns canalículos no interior do fígado, estes canalículos
confluem para o ducto biliar que é constituinte da
tríade porta. Os ductos Biliares unem se e formam
ductos maiores que acabam por se distribuir de uma
forma semelhante à veia porta, drenando segmentos
específicos. Depois, estes unem se em Ductos
Hepáticos sucessivamente maiores que drenam
setores. A união dos ductos dos vários setores em
Ductos Hepáticos Direito e Esquerdo (sendo o
esquerdo maior que o direito).

À semelhança da irrigação e drenagem venosa, o


segmento I pode drenar tanto para o Canal Hepático
Direito, como para o Esquerdo.

 Vias Biliares Extrahepáticas

Ainda se verifica a continuação dos Ductos Hepáticos


Direito e Esquerdo fora do Fígado (têm uma porção intra e
outra extrahepática) que depois se unem, formando o
Ducto Hepático Comum que recebe o Ducto Cístico (faz a
drenagem de toda a Vesícula Biliar) e formam o Ducto Biliar
Comum/Colédoco.

A mucosa do Canal Cístico está organizada em variadas


pregas em espiral  Válvula Espiral: Serve para manter
patente o Canal Cístico dado que é importante que a bílis
possa fluir livremente para a Vesícula biliar para
armazenamento quando não é necessária a secreção de bílis
no duodeno.

VESÍCULA BILIAR: Encontra-se localizado na fossa para a Vesícula biliar na face inferior do fígado, entre os
segmentos IV e V do fígado. Costuma estar revestida pelo peritoneu que cobre a face visceral do fígado. Apresenta 3
partes:

 Colo
 Corpo
 Fundo

Localização: O fundo da Vesícula Biliar encontra-se ao nível do Plano Transpilórico, ao nível de L1 e projeta-se
inferiormente ao bordo inferior do fígado. Em anatomia de superfície, corresponde à junção da linha semilunar com a
9ª cartilagem costal.

Relações Posteriores da Vesícula Biliar:


Quando existem cálculos biliares na vesícula biliar
 Ângulo Duodenal Superior (colo da Vesícula) estes podem causar inflamação intensa da vesícula,
fazendo com que esta, por vezes, adira ao duodeno
 Porção Descendente do Duodeno e Cólon Transverso
ou ao cólon transverso, o que pode causar fistulas
(Corpo da Vesícula Biliar)
que provocam a passagem de conteúdo biliar para
 Extremidade Direita do Cólon Transverso (Fundo da o trato gastro-intestinal, podendo também passar
Vesícula Biliar) os cálculos, que podem causar obstrução.
ORGANIZAÇÃO DAS VIAS BILIARES E ESTRUTURAS VASCULARES EXTRAHEPÁTICAS:
Na Porta Hepática (de anterior para posterior):

 Ductos Hepáticos Direito e Esquerdo (O percurso Extra-hepático do Ducto Hepático Esquerdo é mas longo
relativamente ao direito)
 Artéria Hepática Direita e Esquerda
 Veia Porta Direita e Esquerda

Mais distalmente as estruturas alteram a sua organização. No bordo direito livre do pequeno Omento  No
ligamento Hepato-duodenal:

 Veia Porta (Posteriormente)


 Ducto Biliar Comum (à direita)
 Artéria Hepática Própria (à esquerda) (A artéria hepática Própria dirige-se superiormente e posteriormente ao
canal Hepático Comum, dividindo-se em artéria Hepática Direita e Esquerda. A Artéria Hepática Esquerda
ramifica-se na Artéria Cística (ramos principal da Vesícula Biliar)

TRAJETO DO CANAL BILIAR COMUM (é dividido em 3 porções):


 Porção supraduodenal  Porção que corre no ligamento Hepato-Duodenal. Superiormente à 1ª porção do
Duodeno
 Porção Retroduodenal  Posteriormente à 1ª porção do Duodeno. É acompanhado à esquerda pela Artéria
Gatroduodenal
 Porção Pancreática  Posteriormente à cabeça do pâncreas ou embebido no tecido pancreático. Localiza-se
medialmente à porção descendente do duodeno.

O Canal Biliar Comum une-se ao Canal Pancreático Principal formando um canal conjunto, a Ampola Hepato-
Pancreática (é rodeada por um conjunto de fibras musculares circulares que formam um esfíncter, o esfíncter de Oddi
 Impedindo o refluxo duodenal para as vias biliares e pancreáticas) que penetra na parede posteromedial da 2ª
porção do duodeno, drenando as secreções pancreáticas pela Papila Duodenal Maior.

DRENAGEM LINFÁTICA DAS VIAS BILIARES:


 Vesícula Biliar + Vias Biliares  Gânglio Cístico  Gânglios Celíacos
 Parte final do Ducto Bilar Comum  Gânglios Celíacos

INERVAÇÃO DAS VIAS BILIARES:


Sistema Nervosos Autónomo:

 Parassimpático: Nervo Vago  Troncos Vagais  Plexo Celíaco


 Simpático: Plexo Hepático (Fibras com origem em T7-T9 e que continuam o seu trajeto pelos Nervos
Esplâncnicos  Plexo Celíaco  Plexo Hepático)
PÂNCREAS:
15 cm de comprimento
É secundariamente retroperitoneal. No entanto, parte da sua cauda é intraperitoneal.

É dividido em 5 porções:

 CABEÇA
Parte mais larga/espessa; Ao nível de L2;
Ligeiramente à direita do plano mediano.

 COLO
2 cm de comprimento; Aproximadamente
ao nível do plano mediano; Estrutura mais
anterior do pâncreas por causa da
convexidade das estruturas vertebrais.

 CORPO
Porção mais longa; Com um perfil Triangular: Bordos anterior, superior (onde correm as artérias esplénica e hepática
comum) e inferior (na sua extremidade medial emerge a artéria mesentérica Superior, esta passa anteriormente à
apófise unciforme do pâncreas) e Faces Anterossuperior, Anteroinferior e Posterior.

 CAUDA
Porção mais estreita do pâncreas

 APÓFISE UNCIFORME
Projeção Inferior e medial à cabeça do pâncreas

RELAÇÕES:
Relações Posteriores do Pâncreas:

 Cabeça: Canal Biliar Comum, Pilar Direito do Diafragma, Veia Gonadal Direita, Hilo Renal Direito, Veia Porta,
VCI e L2 (a cabeça está ligeiramente à direita
de L2)
 Colo e Apófise Unciforme: Junção da Veia
Esplénica com a veia mesentérica superior,
para formar a veia porta
 Corpo: Aorta, Pilar Esquerdo do Diafragma,
Polo Superior do Rim Esquerdo, Glândula
Supra-Renal Esquerda, Veia renal Esquerda e
Veia Esplénica
 Cauda: Rim esquerdo.

Relações Anteriores do Pâncreas:

 Estômago e Saco Menor (Separa-o Do


Estômago)
 Omento Menor e Fígado
 Fixação do Mesocólon Transverso na Cabeça
e na Margem Inferior do Pescoço e Corpo
 Cabeça do Pâncreas: D1 Duodeno
 Colo: Piloro
 Apófise Unciforme: Vasos Mesentéricos Superiores
 Cauda: Ângulo Esplénico do Cólon
Relações Superiores do Pâncreas:

 Origem Do Tronco Celíaco


 Artéria Hepática Comum (Dirige-Se Para A Direita Na Margem Superior Da Cabeça E Pescoço)
 Artéria Esplênica (Dirige-Se Para A Esquerda Na Margem Superior Do Corpo)

ORIGEM EMBRIOLÓGICA:
O Pâncreas tem origem em vários divertículos na parte distal do divertículo anterior e também num pequeno
divertículo posterior. Com a rotação do Estômago e Duodeno, o pâncreas fica justaposto na curvatura do duodeno.

Os ductos dos divertículos ventral e dorsal inicialmente são distintos, acabando por se fundir ao longo do
desenvolvimento, formando o Canal Pancreático Principal.

Pâncreas Divisum: Patologia caracterizada pela não fusão dos ductos dos divertículos pancreáticos ventral e
dorsal, continuando-se, ao longo do desenvolvimento, como 2 ductos distintos.

VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO PÂNCREAS  Aula 5

DRENAGEM VENOSA DO PÂNCREAS  Aula 5

DRENAGEM LINFÁTICA DO PÂNCREAS


 Corpo e Cauda: Gânglios que rodeiam a artéria Esplénica
 Cabeça e Apófise unciforme: Gânglios que rodeiam a artéria mesentérica superior e tronco celíaco

A maior parte dos Gânglios termina nos Gânglios Pré-Aorticos

INERVAÇÃO DO PÂNCREAS
 Simpática: Tem origem nos segmentos T6-T12 e é distribuída via Nervos Grande Esplâncnico, Pequeno
Esplâncnico  Plexo Celíaco e Mesentérico Superior (Os aferentes nociceptivos seguem com os nervos do
simpático)
 Parassimpática: Nervos Vago
T5- IRRIGAÇÃO ARTERIAL DAS VÍSCERAS ABDOMINAIS. SISTEMA PORTA-HEPÁTICO.
PARTE 1- IRRIGAÇÃO ARTERIAL DAS VISCERAS ABDOMINAIS
AORTA ABDOMINAL:
Ramos Anteriores  Vísceras:

 Tronco Celíaco (origem imediatamente inferior ao hiato aórtico do


diafragma)
 Artéria Mesentérica Superior (origem 1/2 cm inferior à origem do
tronco celíaco)
 Artéria Mesentérica Inferior (origem 3/4 cm superior à bifurcação
nos ramos terminais na parede anterolateral esquerda, em L3)

Ramos Laterais

Ramos Posteriores Parede Corporal, Coluna Vertebral e Canal


Vertebral:

 Artéria Sagrada Mediana (Artéria com origem na face posterior da


aorta abdominal ligeiramente superiormente à sua bifurcação.
Dirige-se inferiormente, anteriormente a L4 e L5 ao sacro e coccix.
Contribui para a irrigação do reto e do canal anal)

Ramos Terminais:

 Artérias Ilíacas Comuns Direita e Esquerda

O desenvolvimento fetal é muito importante e tem uma


grande correlação com as áreas de distribuição arterial:

1. TRONCO CELÍACO  INTESTINO ANTERIOR (Desde a


porção final do esófago até a meio da 2ª poção do duodeno + fígado
+ vias biliares + parte do pâncreas)
2. ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR  INTESTINO
MÉDIO (Desde meio da 2ª porção do duodeno até à junção dos
2/3 direitos com o 1/3 esquerdo do cólon transverso + parte do
pâncreas)
3. ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR  INTESTINO
POSTERIOR (Desde a junção dos 2/3 direitos com o 1/3 esquerdo
do cólon transverso até à porção superior do canal anal)

Existem inúmeras ANASTOMOSES entre estes territórios:

 Anastomose na cabeça do pâncreas (Tronco Celíaco + Artéria


Mesentérica Superior)
 Artéria Marginal do Cólon (Artéria Mesentérica Superior + Artéria
Mesentérica Inferior)
1. TRONCO CELÍACO

É o 1º ramo anterior da aorta abdominal,


ao nível de T12.

Entre 1 e 3 cm de comprimento.

Após a sua origem imediatamente inferior


ao hiato aórtico, o tronco celíaco dirige-se
inferiormente e ligeiramente para a
direita. Superiormente ao corpo do
pâncreas o tronco celíaco trifurca-se.

Ramos do Tronco Celíaco:

A. Artéria Gástrica Esquerda


B. Artéria Esplénica
C. Artéria Hepática
Relações do Direitas Tronco Celíaco:

 Lobo Caudado do Fígado (à


direita)
 Gânglio Celíaco Direito (à direita)
 Pilar Direito do Diafragma (à direita)

Relações Esquerdas do Tronco Celíaco:

 Gânglio Celíaco Esquerdo (à esquerda)


 Pilar Esquerdo do Diafragma (à esquerda)
 Região Cárdica do Estômago

Plexo Celíaco (a rodear o Tronco Celíaco)

A. Artéria Gástrica Esquerda


Ramo de menor calibre do Tronco Celíaco.

Dirige-se para a esquerda, em direção à junção


gastroesofágica e depois curva-se
inferiormente e para a direita entre os dois
folhetos do pequeno omento,
anastomosando-se na incisura angular com a
artéria gástrica direita.

 Ramos Esofágicos (ponto mais


superior do trajeto)
 Ramos para a Face Anterior e
Posterior do Estômago (Ao longo da
curvatura menor do Estômago)
B. Artéria Esplénica
Ramo de maior calibre do Tronco Celíaco. Apresenta um trajeto marcadamente tortuoso.

A partir da sua origem no tronco celíaco, a artéria esplénica dirige-se ligeiramente inferiormente e curva-se para a esquerda,
correndo posteriormente ao estômago e em intima relação com o bordo superior do pâncreas.

Desloca-se entre os dois folhetos do Ligamento Esplenorrenal (entre o baço e a parede abdominal posterior na proximidade
do rim esquerdo).

Esta artéria divide-se em 2 ou em 3 ramos antes de entrar no hilo do baço.

 Ramos Pancreáticos
 Artérias Gástricas Curtas
Número variável: entre 5-7 artérias. Correm entre os dois folhetos do Ligamento Gastro-Esplénico (entre a curvatura maior
do estômago e o hilo do baço). Irrigam o fundo do estômago e o Orifício Cárdico.

 Artéria Gástrica Posterior


Irriga a parte superior da parede posterior do corpo do Estômago.

 Artéria Gastroepiploica Esquerda


Maior dos ramos da Artéria Esplénica.

Tem origem na proximidade do hilo do baço e o seu trajeto é efetuado em intima relação com a curvatura maior do
estômago. Frequentemente anastomosa-se com a artéria gastroepiploica direita.

Dá origem a Ramos Gástricos e a Ramos Omentais/Epiploicos (irrigam o grande omento)

C. Artéria Hepática
Calibre intermédio entre as Artérias Gástrica Esquerda e Esplénica, mas na vida fetal e inicial pós natal é o maior dos ramos
do tronco celíaco.

 Artéria Hepática Comum (Desde a origem no Tronco Celíaco até à origem da Artéria Gastroduodenal)
 Artéria Gastroduodenal (Ramo da Artéria Hepática Comum)  Tem origem Posteriormente ou
superiormente à 1ª porção do duodeno. Dirige-se inferiormente, posteriormente à 1ª porção do duodeno
e ao nível do seu bordo inferior dá origem aos seus ramos: Artérias Gastroepiploica Direita (desloca-se na
curvatura maior do estômago e dá origem a ramos gástricos posteriores e anteriores) e Artéria
Pancreaticoduodenal Anterior Superior (anastomosa-se com a Artéria Pancreaticoduodenal Anterior
Inferior). Ainda dá outros ramos nas proximidades da sua origem como a Artéria Supraduodenal e
Artéria Pancreaticoduodenal Posterior Superior (Ramo paralelo à Artéria Gastroduodenal que
inferiormente ao nível do bordo inferior da 1ª porção do duodeno se anastomosa com a Artéria
Pancreaticoduodenal Posterior Inferior)
 Artéria Hepática Própria (Desde este ponto até à sua bifurcação)
A artéria dirige-se superiormente, anteriormente à veia porta e medialmente ao Ducto Biliar Comum, ao nível do Bordo
Direito Livre Do Pequeno Epíploon (entre a curvatura menor do estômago e 1ª porção do duodeno e o fígado). Esta
artéria divide-se num ramo direito e esquerdo inferiormente à porta hepática. O ramo direito da Artéria Hepática Própria
cruza posteriormente o Ducto Hepático Comum.

 Artéria Gástrica Direita (Ramo da Artéria Hepática Própria)  Dirige- se no omento menor ao longo da
curvatura menor do estômago dando origem a múltiplos ramos para as faces anterior e posterior do
estômago. Anastomosa-se na Incisura Angular com a Artéria Gástrica Esquerda.
 Artéria Cística (Ramo do Ramo direito da Artéria Hepática Própria)  Dirige-se para o Colo da Vesicula
Biliar e na face superior do colo divide se em ramos superficial (desloca-se na face superior da vesicula
biliar) e profundo (desloca-se entre a vesicula biliar e a fossa para a vesicula biliar no fígado)
2. ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR
Tem origem 1/2 cm inferiormente ao
Tronco Celíaco, ao nível de L1. Na sua
origem forma um ângulo agudo(45o) com
a aorta abdominal  Pinça sobre a Veia
Renal Esquerda e 3ª porção do duodeno.
Estas, em condições normais não são
comprimidas dado que existe tecido
adiposo e linfáticos a rodear a Artéria
mesentérica Superior, aumentando o
ângulo entre esta e a aorta e prevenindo a
compressão.

Dirige-se anterior e inferiormente até penetrar na raiz do mesentério. Ao longo do seu trajeto o seu calibre vai diminuindo.

Relações anteriores da Artéria Mesentérica Superior:

 Corpo do Pâncreas
 Veia Esplénica

Relações Posteriores da Artéria Mesentérica Superior:

 Apófise Unciforme do Pâncreas


 3ª porção do Duodeno
 Veia Cava Inferior
 Ureter Direito
 Psoas Maior Direito
 Veia Renal Esquerda

O seu ramo terminal anastomosa-se com a Artéria Ileocólica


Ramos da Artéria Mesentérica Superior:

A. ARTÉRIA
PANCREATICODUODENAL
INFERIOR
Surge no Bordo Superior da 3ª porção do
duodeno. Cruza posteriormente a Veia
Mesentérica Superior e divide-se:

 Ramo Anterior  Ascende para se


anastomosar com a Artéria
Pancreaticoduodenal Superior Anterior
 Ramo Posterior  Ascende para se
anastomosar com a Artéria
Pancreaticoduodenal Superior
Posterior

B. ARTÉRIA CÓLICA MÉDIA


Normalmente tem origem num tronco comum com a Artéria
Cólica Direita. Dirige-se anterior e superiormente e divide-
se:

 Ramo Direito  Anastomosa-se com o Ramo


Ascendente da Artéria Cólica Direita
 Ramo Esquerdo  Anastomosa-se com um Ramo da
Artéria Cólica Esquerda

C. ARTÉRIA CÓLICA DIREITA


Normalmente tem origem num tronco comum com a artéria
Cólica média. Dirige-se para o Colón Ascendente e divide-se:

 Ramo Ascendente  Dirige-se para o Ângulo


Hepático do Cólon para se anastomosar com a
Artéria Cólica Média
 Ramo Descendente  Dirige-se inferiormente para
se anastomosar com o ramo superior da Artéria
Ileocólica

D. ARTÉRIA ILEOCÓLICA
Divide-se em:

 Ramo Superior  Ascende ao longo do Cólon


Ascendente, anastomosando-se com a Artéria Cólica
Direita
 Ramo Inferior  Dirige-se inferiormente para a junção
ileocólica e divide-se num conjunto de artérias: Artérias
Cecais, Apendicular e Ramo Ileal.
E. RAMOS JEJUNAIS
Têm origem na porção superior esquerda da Artéria Mesentérica Superior.

4-6 ramos

F. RAMOS ILEAIS
Têm origem na porção inferior esquerda da Artéria Mesentérica Superior.

8-12 ramos; Calibre menor relativamente aos jejunais.

Os Ramos Jejunais e Ileais da Artéria Mesentérica Superior formam umas arcadas


das quais se originam as Artérias Retas que se distribuem às paredes do jejuno e
do íleo. O número de arcadas arteriais anastomóticas é menor no jejuno (1-3) e
maior no íleo (2-6)

3. ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR


Tem origem na face esquerda da aorta abdominal, ao nível de L3, 3/4 cm superiormente à bifurcação da aorta. Inicialmente
no seu trajeto localiza-se anteriormente à aorta abdominal, mas na sua porção mais inferior já se localiza à esquerda da
aorta abdominal. Dirige-se para o rebordo pélvico. Cruza a Artéria Ilíaca Comum Esquerda anteriormente e medialmente ao
ureter (veia mesentérica inferior encontra-se entre o ureter e a artéria mesentérica inferior.
Ramos da Artéria Mesentérica Inferior:

A. ARTÉRIA CÓLICA ESQUERDA


Surge logo após a origem da Artéria Mesentérica Inferior. Cruza anteriormente o ureter esquerdo e os vasos gonádicos
esquerdos. Dirige-se superiormente, anteriormente ao musculo Psoas Maior Esquerdo e divide-se:

 Ramo Ascendente  Cruza anteriormente o rim esquerdo e anastomosa-se com o ramo esquerdo da Artéria
Cólica Média.
 Ramo Descendente  Dirige-se inferior e lateralmente em direção ao cólon descendente e anastomosa-se com a
mais superior das artérias sigmoideias.

B. ARTÉRIAS SIGMOIDEIAS
Entre 2-5 Artérias. Dirigem se inferior e obliquamente no Mesocólon Sigmoide, anteriormente ao Psoas Maior Esquerdo,
Ureter Esquerdo e Vasos Gonádicos Esquerdos. Irrigam a parte inferior do Cólon Descendente e o Cólon Sigmoide.
Anastomosam-se superiormente com a Artéria Cólica Esquerda e inferiormente com a Artéria Retal Superior.

C. ARTÉRIA RETAL SUPERIOR (Ramo Terminal)


Dirige-se inferiormente na cavidade pélvica e ao nível de S3 divide-se em 2 ramos que inicialmente se localizam numa
posição posterolateral e mais inferiormente localizam-se em posições laterais ao reto. Anastomosam-se com artérias retais
médias e inferiores.

O INTESTINO GROSSO É MAIORITARIAMENTE IRRIGADO POR RAMOS DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR E


INFERIOR (Artérias Ileocólica, Cólica Direita, Cólica Média, Cólica Esquerda) QUE FORMAM UM VASO
ANASTOMÓTICO  ARTÉRIA MARGINAL DO CÓLON
Ao nível do Ângulo Esplénico, a Artéria Marginal do
Cólon costuma ser menos desenvolvida ou sem
significado funcional.

Por vezes no território do Ângulo Esplénico do Cólon


surge o ARCADA DE RIOLAN, medialmente à Artéria
Marginal do Cólon, e tem como objetivo efetuar a
comunicação entre os territórios de irrigação da artéria
mesentérica superior e inferior (anastomose entre
artéria cólica média e esquerda). Este Arco surge
maioritariamente em caso de oclusão de uma das
artérias Mesentéricas.

Aorta Abdominal  Artérias Ilíacas Comuns  Bifurcação em artérias Ilíacas Interna e Externa (Disco Lumbossagrado) 
Artérias Ilíacas Internas (Dirigem se para o bordo superior do buraco isquiático maior)  Dividem se num tronco anterior e
num tronco posterior  Tronco Anterior:

ARTÉRIA RETAL MÉDIA: Tem origem diretamente no Tronco anterior da Artéria Ilíaca Interna ou na Artéria Vesical
Inferior. Irriga o 1/3 médio do reto

ARTÉRIA RETAL INFERIOR: São ramos das Artérias Pudendas Internas (São o ramo terminal do tronco anterior da
Artéria Ilíaca Interna). As artérias retais inferiores atravessam as fossas isquiorretais. Irrigam os esfíncteres interno e externo,
o canal anal, a pele perianal e o 1/3 inferior do reto.

ESQUEMATIZAÇÃO DA IRRIGAÇÃO ARTERIAL POR ORGÃO: LEGENDA:

ESTÔMAGO:  ANASTOMOSE

 Artéria Gástrica Esquerda


 Artéria Gástrica Direita
 Artérias Gástricas Curtas
 Artéria Gástrica Posterior
 Artéria Gastroepiploica Esquerda
 Artéria Gastroepiploica Direita

DUODENO:
 Artérias Pancreaticoduodenais Superiores (Anterior e Posterior; Ramos da Artéria Gastroduodenal)
 Artéria Pancreaticoduodenal Inferior (Ramos Anterior e Posterior; Tem origem na Artéria Mesentérica Superior)
 Artéria Gástrica Direita
 Artéria Gastroepiploica Direita
 Ramos jejunais da Artéria Mesentérica Superior

PÂNCREAS:
 Artérias Pancreaticoduodenais Superiores (Anterior e Posterior; Ramos da Artéria Gastroduodenal)  Cabeça
 Artéria Pancreaticoduodenal Inferior (Ramos Anterior e Posterior; Tem origem na Artéria Mesentérica Superior) 
Cabeça
 Artéria Esplénica  Corpo
 Ramos jejunais da Artéria Mesentérica Superior  Corpo
JEJUNO E ÍLEO:
 Ramos jejunais e Ileais da Artéria Mesentérica Superior
 Artéria Ileocólica

INTESTINO GROSSO: Especificamente:

 Artéria Marginal do Cólon Cego, Apêndice Vermiforme, Cólon Ascendente, 2/3 direitos do Colon
 Artéria Retal Superior Transverso  Artérias Ileocólica, Cólica Direita e Cólica Média
 Artéria Retal Média
1/3 esquerdo do Cólon Transverso, Colon Descendente, Colon Sigmoide, Reto
 Artéria Retal Inferior
e porção superior do Canal Anal  Artéria Cólica Esquerda, Sigmoideias e
 Artéria Sagrada Mediana
Retal Superior

VASCULARIZAÇÃO DO PERITONEU:
 Peritoneu Parietal  Irrigado e drenado linfaticamente por Vasos Somáticos: Vasos das paredes abdominais e
pélvicas
 Peritoneu Visceral  Irrigado e drenado linfaticamente por Vasos Viscerais das vísceras a que estão associados
PARTE 2- SISTEMA PORTA-HEPÁTICO
Sistema para o qual o sangue das vísceras digestivas (desde o esófago
terminal até à porção inferior do reto) é drenado.
(Exceção do Canal Anal que é drenado pelas veias retais inferiores que drenam para as veias ilíacas)

SISTEMA PORTA: Sistema onde existem dois conjuntos de


capilares em sequência:

ARTÉRIAS  CAPILARES  VEIA PORTA CAPILARES 


VEIAS HEPÁTICAS  VEIA CAVA INFERIOR

VEIA PORTA
Formada pela junção da VEIA ESPLÉNICA (que recebe a VEIA
MESENTÉRICA INFERIOR) com a VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR
(posteriormente ao colo do Pâncreas, ao nível de L2). A Veia Porta
ascende para a direita e entra no Fígado pela Porta Hepática (local de
entrada e saída de estruturas do Fígado).

Antes de entrar pela Porta Hepática divide-se:

Ramo Direito da Veia Porta: Transporta sangue venoso para os


segmentos V, VI, VII, VIII

Ramo Esquerdo da Veia Porta: Transporta sangue venoso


para os segmentos I, II, III, IV

Os Ramos Direito e Esquerdo da Veia Porta vão se dividindo


em Ramos Segmentares e depois ramos cada vez mais
pequenos que depois terminam nuns Espaços/Capilares
Sinusoidais onde este sangue é filtrado. Este sangue é
captado pelas Veias Centrais que drenam para as Veias
Hepáticas e estas drenam para a Veia Cava Inferior.

Nos capilares sinusoides há remoção dos produtos tóxicos


do metabolismo, reações metabólicas lipídicas, etc.

O ramo esquerdo da veia porta à medida que se desloca


para a esquerda no fígado, recebe o ligamento venoso, o
ligamento redondo do fígado e as veias para-umbilicais.

Relações Anteriores da Veia Porta:

 Colo do Pâncreas
 1ª porção do duodeno
 Ducto Biliar Comum
 Artéria Gastroduodenal

À medida que ascende entra no pequeno omento e


corre entre os seus 2 folhetos, sendo anterior ao
Buraco Epiploico e à Veia Cava Inferior. No pequeno
omento (mais especificamente no ligamento
hepatoduodenal) encontra-se posteriormente ao
Ducto Biliar Comum e à Artéria Hepática Própria.
Principais Tributárias da Veia Porta:
 Veia Gástrica Esquerda
 Veia Gástrica Direita
 Veia Pancreaticoduodenal Posterior Superior
 Veia Cística (Ramo direito da Veia porta)

VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR


Inicia-se com Tributárias do íleo terminal, cego e apêndice vermiforme. Dirige-se superiormente à direita da Artéria
Mesentérica Superior. Recebe ainda as Veias Cólica Direita, Média, Ramos Jejunais, Ileais, Veia Gastroepiploica Direita e
Veia Pancreaticoduodenal Anterior Superior.

No seu trajeto cruza o Ureter Direito, a Veia Cava Inferior, a 3ª Porção do Duodeno, a Apófise Unciforme.

Termina juntando-se à Veia Esplénica posteriormente ao colo do Pâncreas.

VEIA MESENTÉRICA INFERIOR


Responsável pela drenagem do Reto, Cólon Sigmoide,
Cólon Descendente e 1/3 esquerdo do Cólon
Transverso.

Inicia-se no Plexo Submucoso do Reto que drena para


a Veia Retal Superior( corre posteriormente ao reto,
cruzando o estreito da pelve, transformando-se em
Veia Mesentérica Inferior)

Ao cruzar o rebordo pélvico, a Artéria Mesentérica


Inferior cruza também os Vasos Ilíacos. No abdómen a
Veia Mesentérica Inferior desloca-se à esquerda da
Artéria Mesentérica Superior, terminando na Veia
Esplénica.

A Artéria Mesentérica Inferior cruza o Ureter


esquerdo, passa anteriormente ao Psoas Maior e
passa posteriormente ou ligeiramente à esquerda da
4ª porção do duodeno.

Ao longo do seu trajeto recebe as Veias Cólica


Esquerda e Veias Sigmoideias.

VEIA ESPLÉNICA
Inicia-se em tributárias que drenam o baço. É formada no
ligamento esplenorrenal, ao nível da cauda do Pâncreas.

Dirige-se para a direita até à junção com a Veia Mesentérica


Superior (posteriormente ao colo do pâncreas, ao nível do bordo
superior de L2). O seu percurso até lá é efetuado
posteriormente ao pâncreas e inferiormente à Artéria Esplénica.

Ao longo do seu trajeto cruza anteriormente o Rim Esquerdo, o


Pilar Esquerdo do Diafragma, a Cadeia Esquerda do Simpático e
a Aorta.

Ao longo do seu trajeto recebe Tributárias do Baço, Veias


Gástricas Curtas, Veia Gastroepiploica Esquerda, Tributárias do
Pâncreas e a Veia Mesentérica Inferior.
VEIAS HEPÁTICAS
Existem 3 Veias Hepáticas Maiores (situam-se nas fissuras hepáticas do fígado) e algumas Menores.
As Veias Hepáticas maiores drenam para a Região Supra-hepática da Veia Cava Inferior
O segmento I drena através de uma das Veias Hepáticas menores diretamente para a veia cava inferior.
A Veia Hepática Direita termina independentemente na Veia Cava Inferior. No entanto, as Veias Hepáticas Média e
Esquerda terminam ambas na Veias cava Inferior através de um Tronco Comum.
_____________________________________________________________________________________________________

ESQUEMATIZAÇÃO DA DRENAGEM VENOSA:


• Veias Gástricas Curtas Veia Esplénica

• Veia Gastroepiploica Esquerda Veia Esplénica

• Veia Gastroepiploica Direita Veia Mesentérica Superior

• Veia Gástrica Esquerda Veia Porta

• Veia Gástrica Direita  Veia Porta

• Veias Gástricas Posteriores Veia Esplénica

• Cego, Apêndice Vermiforme, Cólon Ascendente e 2/3 proximais do cólon transverso Veia Mesentérica Superior

• 1/3 distal do cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, 1/3 superior do reto  Veia Mesentérica
Inferior

• 1/3 médio do reto  Veia Retal Média  Veias Iliacas Internas

• 1/3 inferior do reto  Veia Retal Inferior  Veias Pudendas Internas

_____________________________________________________________________________________________________

DOR REFERIDA
• Estômago  Epigastro

• Duodeno  Epigastro

• Íleo e Jejuno  Região Periumbilical


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HIPERTENSÃO PORTAL  Aumento da Pressão Venosa do Sistema Porta


Situação mais comum de Hipertensão Arterial: Cirrose Hepática
Nestes casos o organismo, consegue aliviar a pressão do sistema porta através de Anastomoses Porta-Cava, desviando o
sangue venoso para a circulação sistémica.

ANASTOMOSES PORTA- CAVA:

SISTEMA PORTA HEPÁTICO


T6- PERITONEU

PERITONEU PARIETAL  Recobre as paredes


abdominopélvicas

PERITONEU VISCERAL  Recobre os órgãos destacados das


paredes abdominopélvicas

ORGÃOS RETROPERITONEAIS  Que se encontram


posteriormente ao peritoneu

ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS  Recobertos por peritoneu


visceral

ORGÃOS RETROPERITONEAIS SECUNDÁRIOS Órgãos que já foram intraperitoneais numa fase do


desenvolvimento fetal, mas que com o desenvolvimento recuaram para a parede abdominal posterior tornando-se
retroperitoneais. No caso destes órgãos, como já foram intraperitoneais encontram-se naturalmente revestidos por
peritoneu visceral. Com o seu deslocamento posterior, o peritoneu visceral é reabsorvido formando uma fáscia de fusão
e apenas a face anterior do órgão fica coberta por peritoneu parietal da parede abdominal posterior, formando órgãos
secundariamente peritoneais.

TRATO DIGESTIVO:
Órgãos Intraperitoneais: Esófago Abdominal,
Estômago, Parte inicial da 1ª porção do
Duodeno, Fígado, Íleo, Jejuno, Cego, Apêndice
Vermiforme, Cólon Transverso e Cólon
Sigmoide.

Órgãos Secundariamente
Retroperitoneais: Duodeno, Pâncreas, Cólon
Ascendente e Cólon Descendente.

Órgãos Retroperitoneais: Esófago Torácico e


Reto.
COMPARTIMENTO SUPRAMESOCÓLICO
NOÇÕES BÁSICAS DE EMBRIOLOGIA:
Inicialmente o trato digestivo estava unido à parede abdominal posterior pelo Mesogástrio Dorsal e também à parede
abdominal anterior pelo Mesogástrio Ventral.

Como há vísceras que se começam a desenvolver a meio de cada mesogástrio estes depois podem ser divididos em
várias partes:

 Ligamento Falciforme  Desde a Parede Abdominal Anterior até ao Fígado


 Pequeno Omento  Desde o Fígado até ao Estômago Derivados do
 Ligamentos Triangulares Mesogástrio Ventral
 Ligamento Coronário
 Ligamento Gastroesplénico  Desde o Estômago até ao Baço
 Ligamento Esplenorrenal  Desde o baço até à parede abdominal posterior
 Grande Omento (como a grande curvatura vai crescendo, o grande omento Derivados do
acompanha o crescimento acabando por se dobrar sobre si próprio, sendo a única Mesogástrio Dorsal
região em que encontramos 4 lâminas de peritoneu sobrepostas)
 Ligamento Gastrofrénico
1. LIGAMENTO FALCIFORME
Duas lâminas de peritoneu que se estendem desde a parede abdominal anterior até à face anterior, superior e inferior
do fígado, recobrindo-nas. Apresenta um bordo inferior livre, onde corre o Ligamento Redondo do Fígado

Há uma região na face superior do Fígado, na qual o Fígado está em contacto direto com o diafragma. Anteriormente a
esta região, como o peritoneu não consegue revestir essa parte do fígado reflete superiormente recobrindo a superfície
inferior do diafragma  Folheto Superior do Ligamento Coronário

O mesmo acontece na face inferior do fígado: O peritoneu reveste a face inferior, no entanto chegado à área em que o
fígado está em contacto direto com o rim direito e glândula suprarrenal direita tem que refletir inferiormente,
recobrindo anteriormente o rim e a suprarrenal  Folheto Inferior do Ligamento Coronário.

Assim sendo, cria-se a Área Nua do Fígado (área não recoberta por peritoneu) que nas laterais é estreitada, formando
os Ligamentos Triangulares Direito e Esquerdo. A região mais ampla da área Nua é à direita e, portanto, o folheto
esquerdo do ligamento falciforme é continuo diretamente com o ligamento triangular esquerdo, mas o folheto
direito do ligamento falciforme é continuo com o folheto superior do ligamento coronário e só mais lateralmente
com o ligamento triangular direito.
2. PEQUENO OMENTO
Já na face posterior o Ligamento Falciforme é continuo com o Pequeno Omento ao nível da fissura venosa e da porta
hepática. O Pequeno Omento que se fixa na Porta Hepática constitui a Porção Hepatoduodenal do Pequeno Omento, já
a porção que se fixa na fissura venosa é a Porção Hepatogastrica do Pequeno Omento. O Pequeno Omento tem fixação
nestes locais do Fígado e também na pequena curvatura do Estômago e 1ª porção do duodeno. Chegado à pequena
curvatura do estômago, o folheto anterior reveste a face anterior do estômago, o folheto posterior reveste a face
posterior do estômago e chegando à grande curvatura gástrica passa a falar-se de derivados do mesogástrio Dorsal.
3. LIGAMENTO GASTROFRÉNICO
Peritoneu que liga a Grande curvatura do estômago à porção posterior do diafragma, superiormente ao baço.

4. LIGAMENTO GASTROESPLÉNICO
O folheto anterior do Grande Omento continua-se com o Folheto anterior do Ligamento Gastroesplénico que recobre o
baço. O folheto posterior do Grande Omento continua-se com o Folheto posterior do Ligamento Gastroesplénico.

5. LIGAMENTO ESPLENORRENAL
O folheto anterior do ligamento gastroesplénico continua-se com o folheto posterior do ligamento esplenorrenal. O
folheto posterior do ligamento gastroesplénico continua-se com o curto folheto anterior do ligamento esplenorrenal.

Quando este ligamento chega à parede abdominal posterior converte-se em peritoneu parietal, fazendo a conexão
com o ligamento falciforme.

6. GRANDE OMENTO
Continua com as lâminas anterior e posterior do pequeno omento que
recobrem o estômago, verifica-se o Folheto Descendente ou Anterior do
Grande Omento que é continuo com o Folheto Posterior ou Ascendente
do Grande Omento.

Estas 4 Lâminas de Grande Omento costumam estar fundidas total ou


parcialmente.

Existe continuidade entre a Lâmina Anterior do Folheto Descendente do


Grande Omento com a Lâmina Posterior do Folheto Ascendente do
Grande Omento. Existe continuidade entre a Lâmina Posterior do Folheto
Descendente do Grande Omento com a Lâmina Anterior do Folheto
Ascendente do Grande Omento.

A Lâmina Anterior do Folheto Ascendente do Grande Omento depois


reflete-se para a parede abdominal posterior, convertendo-se em peritoneu parietal
A Lâmina Posterior do Folheto Ascendente do Grande Omento vai refletir-se
inferiormente para formar os mesentérios intestinais.

As 4 lâminas do Grande Omento costumam também estar fundidas com o


Cólon Transverso e Mesocólon Transverso. Há uma pequena porção do
Grande Omento que fica entre a Grande Curvatura Gástrica e a fusão de todos
estes folhetos que se chama Ligamento Gastrocólico.

PEQUENO SACO:
Limites:
 Anteriormente: Lâmina Posterior do Pequeno Omento, Folheto Peritoneal que recobre a face Posterior do
Estômago e Lâmina Posterior do Folheto Descendente do Grande Omento.
 Posteriormente: Lâmina Anterior do Folheto Ascendente do Grande Omento, Peritoneu Parietal que recobre
parte do Pâncreas, parte do polo superior do Rim Esquerdo, Pilar Esquerdo do Diafragma, Tronco Celíaco e seus
ramos.
 Inferior: Linha de Fusão entre os 2 folhetos do Grande Omento
 Superior: Entre o bordo direito do esófago e a parte superior da fissura para o ligamento venoso do fígado
 Esquerdos: Folhetos internos do Ligamento Gastroesplénico, Esplenorrenal e Gastrofrénico
 Direito:Reflexão do peritoneu para o fígado, cabeça e colo do pâncreas e ainda D1

 A nível superior: Reflexão do peritoneu parietal para o lobo caudado do fígado


 Ao nível do buraco epiploico: Existe continuidade com o Grande Saco
 A nível mais inferior: Reflexão do peritoneu parietal que recobre a cabeça e colo do pâncreas para a face
posterior da 1ª porção do duodeno
RECESSOS DO PEQUENO SACO:
 Superior
 Inferior
 Esplénico
BURACO EPIPLOICO:
Limites:
 Posterior: Peritoneu que recobre a Veia Cava Inferior na sua porção Infra-hepática
 Anterior: Lâmina Posterior do Ligamento Hepatoduodenal
 Superior: Reflexão do Peritoneu do Ligamento Hepatoduodenal que recobre o lobo caudado do fígado
 Inferior: Reflexão do peritoneu que recobre o duodeno para a parede abdominal posterior
COMPARTIMENTO INFRAMESOCÓLICO
MESOCÓLON TRANSVERSO
A Lâmina Posterior do Folheto Ascendente do Grande Omento reflete
inferiormente revestindo o Cólon Transverso. Apresenta uma Lâmina
Superior que é continua com a Lâmina Posterior do Folheto Ascendente
do Grande Omento e uma Lâmina Inferior que depois reflete
inferiormente para revestir a parede abdominal posterior. O Mesocólon
Transverso reveste o Cólon Transverso, sendo este Intraperitoneal.

Raiz do Mesocólon Transverso: Está fixa à parede abdominal posterior


numa linha obliqua: Inicia-se na 2ª porção do duodeno, passa na cabeça e
colo do pâncreas, passa superiormente ao Ângulo Duodenojejunal, passa
anteriormente ao polo superior do rim esquerdo e termina no Ângulo
Esplénico do Cólon.

É comum existir uma extensão deste Mesocólon Transverso ao nível do


Ângulo Esplénico do Cólon, prolongando-se para a esquerda, unindo o
Ângulo Esplénico do Cólon ao Diafragma (ao nível da 10ª Costela) 
Ligamento Frénicocólico
CONTEÚDO ARTERIAL ENTRE OS DOIS FOLHETOS DO
MESOCÓLON TRANSVERSO:
 Ramos Direito e Esquerdo da Artéria Cólica Média
 Ramos Ascendentes da Artéria Cólica Direita e Esquerda
 Arcada de Riolan

MESENTÉRIO DO INTESTINO DELGADO


Mesentério da 2ª ansa intraperitoneal de intestino.

Raiz do Mesentério do Intestino Delgado (15 cm): Desde o Ângulo


Duodenojejunal até à articulação sacroilíaca direita. Cruza a 3ª Porção do
Duodeno, a Aorta, Veia Cava Inferior, Ureter Direito e o Psoas Maior Direito.

Apesar da raiz ser relativamente curta, o mesentério em si é muito longo e


curva-se entre si para acomodar os quase 6 metros de intestino delgado.

CONTEÚDO ARTERIAL ENTRE OS DOIS FOLHETOS DO MESOCÓLON DO INTESTINO DELGADO:


 Vasos Mesentéricos Superiores (Na Raiz)
 Ramos jejunais e Ileais (derivam da artéria Mesentérica Superior)

MESOCÓLON SIGMOIDE:
Tem dois folhetos: anteromedial (continuo com o peritoneu parietal da parede abdominal posterior) e o posterolateral
(continuo com o peritoneu parietal da parede abdominal lateral)

Raiz: Em “V” invertido, no qual o ápice está localizado na bifurcação da artéria ilíaca comum esquerda. Uma das
extremidades acompanha a Artéria Ilíaca Externa para o Cólon Sigmoide, a outra extremidade cruza o inlet pélvico e
dirige-se até S3.

CONTEÚDO ARTERIAL ENTRE OS DOIS FOLHETOS DO MESOCÓLON SIGMOIDE:


 Artéria Mesentérica Inferior
 Artérias Sigmoideias

MESOAPÊNDICE:
Prega triangular de peritoneu que passa entre a superfície
posterior do mesentério do íleo terminal próximo à junção íleo-
cecal e o apêndice vermiforme.
VASCULARIZAÇÃO DAS VÍSCERAS:
Os vasos, linfáticos e nervos necessários para irrigar, inervar e drenar as vísceras intraperitoneais têm que circular entre
dois folhetos de peritoneu, dado que não existe outra forma de atingir um dado órgão:
 Pequeno Omento  Artéria Hepática Própria, Veia Porta, Ducto Biliar e Nervos Hepáticos Autónomos
 Grande Omento  Vasos Gastroepiploicos esquerdos e direitos
 Ligamento Gastroesplénico  Artéria Gastroepiploica Esquerda e Artérias Gástricas Curtas e veias correspondentes
 Ligamento Esplenorrenal  Artéria e Veia Esplénicas
 Ligamento Gastrofrénico  Artéria Gástrica Esquerda
 Mesoapêndice  Nada de relevante
 Mesocólon Transverso  Artéria e Veia Cólica Média
 Mesentério do Intestino Delgado  Ramos jejunais e ileais da Artéria Mesentérica Superior
 Mesocólon Sigmoide  Artérias e Veias Sigmoideias e Retais Superiores
PERITONEU PÉLVICO NA DEPENDÊNCIA DO RETO:
 No 1/3 superior do reto existe peritoneu nas suas faces anterior e lateral (retroperitoneal)
 No 1/3 médio do reto só existe peritoneu na face anterior do reto (retroperitoneal)
 No 1/3 inferior do reto, o reto está inferiormente ao peritoneu, sendo uma estrutura subperitoneal

O peritoneu abdominal é continuo com o peritoneu pélvico.

Pregas Retouterinas (Sexo Feminino) e Pregas Sacrogenitais (Sexo Masculino) que delimitam as Fossas Pararretais, que
se encontram lateralmente ao reto.

Anteriormente é identificável o Fundo de Saco Retouterino (no sexo feminino) e um Fundo de Saco Retovesical (no
sexo masculino), delimitados pelas Pregas Retovaginal e Retovesical, respetivamente. A prega retovaginal atinge um
ponto mais inferior que a prega retovesical.

Cavidade Pélvica é
aberta na mulher

O ovário não é
revestido por
peritoneu 
encontra-se
realmente na
cavidade peritoneal
 intraperitoneal

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO PERITONEU:


 Peritoneu Visceral: Inervado e Irrigado pelos vasos e nervos que fazem a irrigação e inervação das vísceras
adjacentes; Vasos viscerais e Nervos do SNA
 Peritoneu Parietal: Inervação e Irrigação Somáticas
 Irrigação: Artérias Intercostais, Artérias Lombares, Artérias Epigástricas, Artéria Ilíaca Interna, etc.
 Inervação: Com origem em segmentos medulares de T7-L1, Nervos Intercostais, Nervos Subcostais,
Nervos Iliohipogastricos, Nervos Ilioinguinais, Nervo Obturador, Nervo Frénico
FLUIDO INTRAPERITONEAL:
Tende a ascender da pelve para a região subdiafragmática pelas goteiras para-cólicas, fruto de alguns fatores como:

 Pressão intra-torácica negativa


 Movimentos do Diafragma
 Movimentos Peristálticos

As goteiras para-cólicas laterais são muito mais relevantes relativamente às mediais. A goteira para-cólica lateral direita
é mais profunda que a esquerda. A goteira para-cólica lateral esquerda apresenta um entrave à circulação de fluido
entre os espaços supra-mesocólico esquerdo e infra-mesocólico esquerdo, dado que apresenta o ligamento
Frenicocólico que impede a passagem de fluido entre estes dois compartimentos.

PORÇÃO MAIS DEPENDENTE  AQUELA QUE É MAIS DEPENDENTE DA AÇÃO DA GRAVIDADE


 EM ORTOSTATISMO É A MAIS INFERIOR
 EM DECUBITO É A MAIS POSTERIOR

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