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Apresentação Oral – Apresentação de um livro

Olá, turma. Hoje irei apresentar-vos um livro que li o ano passado, “Antes que o Café
Arrefeça” de Toshikazu Kawaguchi. Este livro foi lançado em abril de 2021 e decidi comprá-lo devido às
suas críticas e a verdade, é que este livro me surpreendeu bastante pela positiva.
Toshikazu Kawaguchi nasceu a 3 de abril de 1971 na cidade de Osaka, no Japão, e é um escritor e
dramaturgo japonês. Foi diretor e produtor do grupo de teatro Somic Snail, para o qual também escreveu.
Como dramaturgo, destacam-se as peças “Family Time” e “Couple”. Para além disso, Kawaguchi ganhou o
10º prémio de melhor filme com “Café Funiculi Funicula”, uma adaptação do livro que vos estou a
apresentar, no Festival de Cinema Internacional de Tóquio.
“Antes que o Café Arrefeça” conta a história de um café no Japão que é bastante conhecido pela
possibilidade de se poder viajar para o passado. O livro é composto por 4 capítulos: “Os amantes”, “Marido
e mulher”, “As irmãs” e “Mãe e filha”, sendo que cada um deles fala da história de uma mulher que, por
motivos distintos das outras, pretende voltar a um determinado momento da sua vida.
Para se conseguirem realizar estas viagens, é preciso sentarmo-nos numa determinada cadeira do
café e é nos servido de seguida um café quente, que temos de beber antes que este arrefeça, daí o título
do livro. Mas quem quiser viajar no tempo terá de estar consciente de que nada do que faça poderá
modificar o presente, regra que vai sendo mencionada diversas vezes ao longo da obra, tal como na página
20. “Olha, quero que me escute com toda a atenção, [...] pode voltar ao passado [...], mas [...] quando o
fizer, por mais que tente, o presente não mudará”. Penso que esta regra imposta pelo café faz o cliente e o
leitor questionarem-se a si próprios o que fariam, diriam e a quem diriam. Mas a verdade é que apenas o
facto de alguém poder voltar a um certo momento da sua vida e reencontrar-se com aqueles que ama e
que possa ter perdido o leva a prosseguir com a sua vida e a estar em paz consigo mesmo, com aquilo que
fez e disse.
E apesar desta história ser algo impossível de ocorrer, faz-nos pensar bastante, porque será o que
somos hoje por aquilo que fizemos? Será que a nossa vida seria diferente se tivéssemos agido de outra
forma? E penso que é esta a magia do livro... E ainda nos transmite a importância do ato de ouvir o outro e
de pensarmos nas nossas atitudes que temos diariamente com quem nos é próximo.
Recomendo vivamente a leitura deste livro, não só pelas razões que já mencionei, mas também
pela simplicidade da sua escrita.
Muito obrigada a todos pelo tempo dispensado. Se houver alguma questão a que eu possa
responder, disponham.

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