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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Poder Judiciário
2ª Vara do Tribunal do Júri do
Foro Central da Comarca da Região
Metropolitana de Curitiba
Autos: 404-61.2013.8.16.0006
Relatório.
“No dia 08 de abril de 2013, por volta das 15 horas, em via pública,
na Rua Bom Jesus de Iguape, bairro Boqueirão, neste município e
Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR,
o denunciado MÁRCIO ALMEIDA, com vontade e consciência,
agindo com inequívoca intenção homicida, iniciou a execução do
crime de homicídio contra DANIEL DOBROWOLSKI, eis que de
posse de uma arma de fogo (não apreendida), desferiu disparos
contra vítima, causando-lhe as lesões descritas no laudo de
exame de lesões corporais (mov. 9.9), quais sejam: cicatriz
hipercrômica hipertrófica larga, disposta verticalmente na linha
média abdominal, desde apêndice xifóide até a região pública com
perda do umbigodo, não consumando o intento delitivo por
circunstância alheia à sua vontade, qual seja, o pronto
atendimento médico prestado à vítima."
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apb
PROJUDI - Processo: 0000404-61.2013.8.16.0006 - Ref. mov. 28.1 - Assinado digitalmente por Daniel Ribeiro Surdi de Avelar:10580
02/03/2021: RECEBIDA A DENÚNCIA/REPRESENTAÇÃO. Arq: Rejeição da Denúncia
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Fundamentação.
Do reconhecimento fotográfico.
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MATIDA, Janaina; NARDELLI, Marcella Mascarenhas. Álbum de suspeitos: uma vez suspeito para sempre
suspeito? In. Consultor Jurídico: Conjur. Disponível em: https://bit.ly/2MtPJP0. Acesso em 22/02/2021.
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HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO DE PESSOA
REALIZADO NA FASE DO INQUÉRITO POLICIAL. INOBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO
ART. 226 DO CPP. PROVA INVÁLIDA COMO FUNDAMENTO PARA A CONDENAÇÃO. RIGOR
PROBATÓRIO. NECESSIDADE PARA EVITAR ERROS JUDICIÁRIOS. PARTICIPAÇÃO DE MENOR
IMPORTÂNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. (...). (STJ, 06ª. Turma, HC
n. 598.886/SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. em 27/10/2020, DJe 18/12/2020).
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Trecho do voto proferido pelo Min. Rogerio Schietti Cruz no HC n. 598.886/SC.
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CECCONELLO, William Weber; STEIN, Lilian Milnitsky Prevenindo injustiças: como a psicologia do
testemunho pode ajudar a compreender e prevenir o falso reconhecimento de suspeitos. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.12804/revistas.urosario.edu.co/apl/a.6471. Acesso em 18/02/2021.
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“O show-up equivale a um teste de verdadeiro ou falso, em que a testemunha deve comparar o rosto do
suspeito com a representação mental do criminoso e responder se ambos são a mesma pessoa (Clark, 2012;
Clark & Godfrey, 2009). Assim, o show-up é um procedimento indutivo pois dadas as limitações da memória
humana descritas na seção de variáveis de estimação, o suspeito inocente pode ser reconhecido
simplesmente por ser semelhante ao criminoso (e.g., ambos são carecas; Agricola, 2009; Eisen, Smith,
Olaguez & Skerritt-Perta, 2017; Dekle, 2006; Fitzgerald & Price, 2015; Yarmey, Yarmey & Yarmey, 1996)”.
(CECCONELLO, William Weber; STEIN, Lilian Milnitsky Prevenindo injustiças... Ob. cit., p. 177).
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FAWCETT, Jonathan M. et al. Of guns and geese: a meta-analytic review of the “weapon focus” literature.
Psychology, Crime & Law, v. 19, n. 1, p. 35-66, 2013. Disponível em: https://bit.ly/2ZIrYWf . Acesso em
21/02/2021. No mesmo sentido: MATIDA, Janaina. O reconhecimento de pessoas não pode ser porta aberta
para à seletividade penal. In. Consultor Jurídico – Conjur, 18 de setembro de 2020, disponível em,
https://bit.ly/3kYzXqh, acesso em 22 de novembro de 2020; ROSA, Alexandre Morais da. Guia do Processo
Penal Conforme a Teoria dos Jogos, 6ª. ed., Florianópolis: EMais, 2020, p. 763.
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ROSA, Alexandre Morais da. Guia do Processo Penal Conforme a Teoria dos Jogos, 6ª. ed., Florianópolis:
EMais, 2020, p. 763.
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PROJUDI - Processo: 0000404-61.2013.8.16.0006 - Ref. mov. 28.1 - Assinado digitalmente por Daniel Ribeiro Surdi de Avelar:10580
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CECCONELLO, William Weber; ÁVILA, Gustavo Noronha de; STEIN, Lilian Milnitsky. A (ir)repetibilidade da
prova penal dependente da memória: uma discussão com base na psicologia do testemunho. In. Revista
Brasileira de Políticas Públicas. Vol. 8, n. 2. Agosto, 2018.
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MELLO, Maria Cecilia Pereira de.; GERVITZ, Luiza Cobra. A influência da imagem sobre a memória e a
reconstrução dos fatos. O desafio do reconhecimento fotográfico. Revista de Direito e Medicina, vol. 04/2019;
out-dez. de 2019.
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PROJUDI - Processo: 0000404-61.2013.8.16.0006 - Ref. mov. 28.1 - Assinado digitalmente por Daniel Ribeiro Surdi de Avelar:10580
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CECCONELLO, William Weber; Et al. A (ir)repetibilidade da prova penal... Ob. cit., p. 1062.
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DI GESU, Cristina Carla. Prova penal e falsas memórias. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) –
Faculdade de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008, p. 255.
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Uma vez que a face do criminoso é codificada uma representação mental de seu rosto é armazenada na
memória. Entretanto, o armazenamento de informações na memória não é estático e a testemunha pode
esquecer parte das informações armazenadas já nas primeiras 24 horas (Payne, Toglia & Anastasi, 1994;
Wetmore et al., 2015). Quanto maior o intervalo decorrido desde o crime menos detalhada torna-se a
representação mental do rosto do criminoso e consequentemente o reconhecimento do suspeito é
prejudicado (Dysart & Lindsay, 2014). (CECCONELLO, William Weber; STEIN, Lilian Milnitsky Prevenindo
injustiças... Ob. cit. Acesso em 18/02/2021.
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P.R.I.
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“(...) o reconhecimento fotográfico, acima de tudo, deve ser evitado pela influência irreversível que pode
causar na memória da vítima ou testemunha, pois, uma vez admitida como verdade a falsa fotografia, nunca
mais se retornará ao status quo ante para que se proceda, de forma genuína, a um novo reconhecimento.
Todas essas cautelas devem ser rigorosamente observadas, principalmente em um cenário que o
reconhecimento vem sendo feito à revelia do seu procedimento orientador (art. 226 do Código de Processo
Penal), o que se constatou ser prática frequente no mundo jurídico”. (MELLO, Maria Cecilia Pereira de.;
GERVITZ, Luiza Cobra. A influência da imagem sobre a memória e a reconstrução dos fatos. O desafio do
reconhecimento fotográfico. Revista de Direito e Medicina, vol. 04/2019; out-dez. de 2019.
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