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9637 Manual Formação
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Índice
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OBJETIVOS GERAIS DO MANUAL
MODALIDADE DE FORMAÇÃO
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Formação em sala
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Os Modelos Pedagógicos
O ser humano é educado durante toda a vida e é a educação que garante a transmissão de experiências de
uma geração à outra. Para além disso, a educação pretende integrar o indivíduo segundo os padrões
sociais, económicos, políticos de uma sociedade. Por fim, é através da educação que o sujeito adquire uma
visão crítica da realidade, sendo capaz de atuar de forma eficaz e eficiente nessa realidade.
Existem diferentes modelos pedagógicos que orientam as práticas dos educadores, iremos apresentar
brevemente algumas delas.
O Movimento Educação Nova é um dos modelos que valoriza os conhecimentos que a criança traz e
pretende estimular alunos diferentes e que necessitam de estímulos diferentes. Por isso, orienta-se por
três princípios: individualização, liberdade e espontaneidade. Este modelo vê-se o educador como um
facilitador da aprendizagem, que auxilia o desenvolvimento espontâneo da criança. Ele não deve ensinar,
mas criar situações para que os alunos aprendam. A criança é o centro da aprendizagem, é um ser ativo no
processo de aprender.
A Pedagogia Construtivista propõe que o aluno participe ativamente da própria aprendizagem, mediante a
experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros
procedimentos. O método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim
na rota da aprendizagem.
O Movimento Escola Moderna baseia-se na importância da democracia. Por isso, os alunos colaboram no
planeamento das atividades curriculares, entre ajudam-se nas aprendizagens que decorrem de projetos de
estudo, de investigação e de intervenção; e participam na sua avaliação.
Só através da ação, da experimentação, da execução, da participação efetiva e da descoberta é que se
desenvolve verdadeiramente a aprendizagem. Só através desta metodologia é possível munir os indivíduos
das ferramentas que necessitam para operar mudanças, comunicar melhor com os outros, cooperar na vida
social da qual fazem parte, desenvolvendo assim a sua personalidade e aumentando a sua autonomia.
Atualmente o processo de aprendizagem pressupõe interação entre o educador e a criança e, não apenas,
ser o educador a fonte do conhecimento e a criança, um mero recetor ilimitado do mesmo (visão
tradicional).
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Regulamento Interno
O regulamento interno é um conjunto de regras que regulam o funcionamento de uma
organização. Em linhas gerais, o Regulamento Interno de Funcionamento da instituição é um
documento orientador que visa:
Promover o respeito pelos direitos das crianças e demais interessados;
Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento da Instituição;
Promover a participação ativa das crianças e dos seus familiares e/ou representantes legais
ao nível da gestão desta resposta social.
PLANIFICAÇÃO
Formas de Planificação
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Elementos a considerar para uma planificação diária
Rotinas
A forma como se realizam as atividades planeadas nos planos depende das rotinas de cada instituição e da
faixa etária. Uma vez que a rotina varia de acordo com a idade das crianças. No entanto, é necessário tem
em consideração os seguintes momentos:
Fase de receção e acolhimento das crianças;
Prestação de cuidados pessoais: higiene, refeições e descanso;
Dinamização de atividades espontâneas e/ou planificadas;
Fase de preparação para entrega às famílias.
Espaços
A sala é um espaço fundamental de trabalho, que deve ser modificado de acordo com as necessidades e
evolução do grupo. Para além disso, este espaço deve ser personalizado e conter trabalhos que lhe digam
algo.
O espaço exterior é também indispensável para o desenvolvimento da criança. Isto porque é um espaço em
que as crianças têm oportunidade de desenvolver atividades físicas e explorar elementos que não
encontram no interior.
O espaço educativo inclui ainda os espaços comuns da instituição (hall, corredores, biblioteca, refeitórios,
salas polivalentes, etc.) que deve ser utilizado tendo em conta as decisões tomadas por toda a equipa
educativa do estabelecimento educativo.
Por fim, devemos recorrer a espaços da comunidade para que as crianças possam adquirir novas
competências e conhecer novas realidades.
É importante referir que todos os espaços devem respeitar as regras de segurança.
Materiais
As crianças utilizam os materiais de diferentes maneiras, por vezes imprevistas e criativas, e de forma cada
vez mais complexa. A escolha de materiais deverá atender a critérios de qualidade e variedade, baseados
na funcionalidade, versatilidade, durabilidade, segurança e valor estético.
A utilização de material reutilizável (caixas de diferentes tamanhos, bocados de canos, interior de
embalagens, bocados de tecidos, pedaços de madeira, fios, etc.), bem como material natural (pedras,
folhas, sementes, paus) podem proporcionar inúmeras aprendizagens e incentivar a criatividade.
Tempos
O tempo educativo tem uma distribuição flexível, embora corresponda a momentos que são repetitivos.
As manhãs e as tardes têm um determinado ritmo, existindo, deste modo, uma rotina que é pedagógica
porque é intencionalmente planeada e é conhecida pelas crianças, que sabem o que podem fazer nos
vários momentos e prever o que vem a seguir, tendo a liberdade de propor modificações.
Um tempo que contemple de forma equilibrada diversos ritmos e tipos de atividade, em diferentes
situações — individual, com outra criança, com um pequeno grupo, com todo o grupo — e permita
oportunidades de aprendizagem diversificadas.
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Recursos Humanos
Os recursos humanos são indispensáveis para que se cumpra a missão da organização, pois são os
profissionais que realizam as tarefas para que a criança esteja bem e a crescer saudavelmente. O educador
não tem o papel principal, é necessário perceber que todos contribuem para o bem estar da criança. Desde
da cozinheira, às auxiliares, ao porteiro, entre outras. Não esquecer, que mesmo os pais e a comunidade
envolvente podem apoiar algumas atividades e, por isso, também são um recurso.
Flexibilidade da planificação
O planeamento e avaliação na prática educativa implica o envolvimento ativo dos diferentes participantes:
educadores, crianças, pais/famílias e outros profissionais. A participação de todos pode levar a que,
durante o caminho, seja necessário reajustar o plano. É importante esta flexibilidade, pois, por vezes há
novas condições, que nos levam a mudar a estratégia, garantindo sempre o bem estar da criança.
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Registo e Avaliação
A importância dos registos
Observar o que as crianças fazem, dizem e como interagem e aprendem constitui uma estratégia
fundamental de recolha de informação. É importante esta flexibilidade, pois, por vezes há novas condições,
que nos levam a mudar a estratégia, garantindo sempre o bem estar da criança.
Para observar, registar e documentar o que a criança sabe e compreende, como pensa e aprende, o que é
capaz de fazer, quais são os seus interesses, é indispensável que o/a educador/a selecione e utilize
estratégias diversificadas.
Do registo à planificação
O registo é importante para analisar o estado de desenvolvimento das crianças e cumprir as fases
de planificação de acordo com esse estado e dinamizar atividades para estimular para novas
aprendizagens ajustadas ao seu ritmo.
Fases para a Planificação
Da planificação à ação
Planear permite, não só antecipar o que é importante desenvolver para alargar as aprendizagens das
crianças, como também agir, considerando o que foi planeado, mas estar preparado para acolher as
sugestões das crianças e integrar situações imprevistas que possam ser potenciadoras de aprendizagem.
Após desenvolver a atividade planeada, o educador deve refletir sobre o que as crianças experienciaram e
aprenderam, se o que foi planeado correspondeu ao pretendido e o que pode ser melhorado, sendo esta a
etapa de avaliação.
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Jogos e Atividades
Seguem-se os jogos e atividades planificadas e dinamizadas em contexto de formação.
Nome DOMINÓ
Objetivos Promover a concentração
Duração 15 minutos
Material Tabuleiro e 28 peças
O jogo tem entre 2 ou 4 participantes que formam duas duplas devendo sentar
em posições alternadas as peças são embaralhadas na mesa e cada jogador pega
em 7 peças para jogar. O jogador que começa a partida é o que tiver a peça com
os dois lados o número 6. Ele inicia a partida, colocando a peça no centro da
mesa.
A partir daí, joga-se no sentido anti-horário. Cada jogador deve tentar encaixar,
Instruções
alguma peça sua nas peças que estão na extremidade do jogo, uma por vez.
Quando um jogador consegue encaixar uma peça, a vez é passada para o próximo
jogador. Caso o jogador não tenha nenhuma peça que encaixe em qualquer lado,
ele deve passar a vez, sem jogar peça nenhuma. A partida pode terminar em duas
circunstâncias: quando um jogador consegue bater o jogo, ou quando o jogo fica
trancado.
Nome COSTURA
Objetivos Promover a concentração e a motricidade.
Duração 2 horas
Material Agulhas, linhas, tesoura, botões, tecidos, dedal, alfinetes, fita métrica
Corta-se o tecido para decorar os objetos ao gosto.
O que se elaborou:
Bolsa para telemóveis
Instruções Porta lápis
Almofada para alfinetes
Almofada em forma de coração
Porta moedas
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Nome JOGO DO STOP
Objetivos Promover a concentração e a aprendizagem das letras.
Duração 20 minutos
Material Papel e Caneta
É um jogo em que um dos oponentes diz a Primeira letra do abdcedario, e o
restante em voz baixa, e outro oponente diz Stop.
A letra que calhar é selecionada e tem de se escrever um nome, uma cor, uma
fruta, e um animal, que comece com essa primeira letra. Quem acabar primeiro
diz Stop.
Instruções
Quem tiver respostas diferentes, ganha 10
pontos por cada parcela; se for igual a outro
oponente, apenas ganha 5 pontos. No fim soma
se os pontos de todas as rondas, quem tiver
mais ganha o jogo!
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Nome XADREZ
Objetivos Promover a concentração.
Duração 30 minutos
Material Tabuleiro e 16 peças para cada jogador
O xadrez é um jogo para duas pessoas com um tabuleiro com 64 casas, cada
Instruções jogador dispõe de um conjunto igual de 16 peças, o objetivo é dar xeque-mate.
Nome QUEIMA
Objetivos Promover a concentração.
Duração 30 minutos
Material Cartas
Cada jogador tem 4 cartas, o objetivo é ir ao baralho até ter as 4 cartas iguais, o
Instruções primeiro a faze-lo ganha o jogo.
Nome BRIGADEIROS
Objetivos Promover o trabalho em equipa.
Duração 30 minutos
Leite condensado, manteiga, chocolate em pó, bolacha maria, coco, granulado de
Material chocolate e forminhas de papel.
Juntar uma lata de leite condensado
com a 1 colher de sopa de manteiga
e 6 colheres de sopa de chocolate
em pó e aquecer numa panela ou
micro-ondas, até endurecer.
Depois juntar a bolacha maria
Instruções ralada e mexer até ficar bem
distribuído. Fazer as bolas de
chocolate.
Passá-las em coco ou granulado de
chocolate e colocá-las nas
forminhas de papel.
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Nome DANÇA DAS CADEIRAS
Objetivos Promover o exercício físico e a concentração
Duração 30 minutos
Material Música e cadeiras
Andar à volta das cadeiras, que estão em círculo e menos uma do que o número
de participantes. Quando a música parar têm de se sentar numa cadeira.
Instruções
Quem ficou em pé, fica de fora. Ganha o que se sentar sempre na cadeira.
Nome ANDEBOL
Objetivos Promover o exercício físico.
Duração 30 minutos
Material Bola
Formar duas equipas e cada equipa tem de lançar a bola com a mão até chegar à
Instruções baliza da equipa adversária e marcar golo. Ganha a equipa que marcar mais golos.
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Nome QUANDO CHEGA O OUTONO
Objetivos Promover a motricidade, gosto pelos instrumentos e canto.
Duração 30 minutos
Material Instrumentos musicais feitos com material reciclado e música.
Instruções Tocar e cantar a música “Quando chega o Outono”.
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Bibliografia
AA VV., Gestão do Currículo na Educação Pré-Escolar - Contributos para a sua
Operacionalização, Circular nº/ 17/DSDC/DEPEB/2007, Ministério da Educação e Ciência.
AA VV., Creche: Manual de Processos-Chave, Ed. Segurança Social, 2010 – 2ª Edição.
AA VV., Pensar formação – Formação de pessoal não-docente (animadores e auxiliares/
assistentes de acção educativa), Ministério de Educação: Departamento de Educação Básica, 2003.
Marques, Ramiro, Modelos pedagógicos actuais, Ed. Plátano, 1999.
Silva, Isabel (coord.), Orientações curriculares para a educação pré-escolar, Ed. Ministério da
Educação e Ciência, 2016.
Spodek, B., Manual de investigação em educação de infância, Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2002.
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