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~ 4 ~ a 4 * % s Hews our © Grol os Hew Unveidade Federal de Ubetinds -UFU J) corence ines nase es CEIAR Departente de Miss e Rites Cras DEMAC eben Es da es de Uguagnn Earargfe Mrcns Teoria da Harmonia na Masica Popular tha nin ds ages combat aos acre xo nl Prefiicio se volume é uma publicarSo de minha dissertago de mestrado Loire rh oun angen primeiramente — e de uma determinada maneita em especial — inwodueir, em nossos cursos, ese tipo de conhecimento, Esse experimento de publicagdo visa primeiramentesubsidia, enquanto texto de fundamentagio, uma capacitagio de nivel universtiro de nosso ficenciado e bachatel, nesse campo do offcio musical, Assim, sea sbordagem dos fen8menca da harmonia em uso na misica popul ‘contemporinea, tm aqui cardterreflexivo, investigatério,histérco, exitco, estéice,abrangentee universal, tm também, per euro lads, Ertendides mot Maio. Trample 36: 0 uso seqiencal de “Sub!7 Extenda intrslados com“! Extondidos” modo Menor. Exempla 36 rimo hamsnico de “Sub!7 Estero Exempla 31 uso do “7d como Domnante Seeundira” Extmple_2f: 0 wo do “1714s como Dominant Eton Fxomala3 Exemple 40: 0 ws0 do “Subi7sus4 como Dominante Secundiris”, ‘to do “SubV7sus4 como Dominante Ertendida Oitava Unidade: Meios de Preparaco- Subdominante Exempla $1; o uso do (iim? #7) —+1 xemplo 42: smo harménico do (lfm? #7) a. Fsemplo 43; a Subominante Esti (lim? 7 somplo.£4: dmonstasS0 do uso do aconds “Interpol em seqiénias de 2079 7” si 8 85 o "9 oy 34 95 95 97 98 oe 99 or 01 102 03 04 10s 106, BESS SSFSSEKCE SS SS Oso Ss se sees sssvssavvzvass {im 77} como vnva derivasso do ws seqiencal de (V7) Estndidas Exempla 48: imo harmnico do acorde "Ynterpokado™ Exemglo 46:0 uso do Subl/ em preparagbes ipo (Un? V7} > {Mex7 SubVT}-s1 {Subtim7 V7] [Sublin7 SubV7}-s1 modos Maior e Menor Exemplo 47: 0 uso do Susi em prepara: secundras para dileremtes graus do ‘Campo Hamenico Diatdnico - modos Maior e Menor. Exempla 48; simo harméniso do acorde SubI? enquanto Subdominante Sec Exemplo 49° 0 t80 do Subi/ em prepares extendas para diferentes graus do sna Campo Harménico Dia ‘Exemple 50: imo harménico do Sui! Estendido Exemplo $1: © uso do F7sus4 como Subdominante em preporaydes secundiris - ‘moos Maiore Menor. 20 - modes Maior ¢ Menor. Exempla $2: 0 uso do !7sus4 como Subdominante em preparsyies estendidas = ‘mods Major ¢ Menor, vo sos Exempla $3 0 uso do Sub¥7sus4 com Subdoftnante eth prepares secundiias - ‘motios Maior ¢ Menor. Exempla $4: 0 uso do Subt7eus4 como Subdominante em preparayées estendidas ~ ‘mouios Maior e Menor. Nona Unidade: Empréstime Modal Exemplo_55: demonstragio das opsies de escolha funcional dentre os acordes do ‘Campo Harméniso Maior = gravs Diaténicos + graus de Empréstimo Modal Exempla 56: 0 uso dos acordes de Empréstimo Mods! comonovss regides da tonaidade Maior. sents Exemplo 57: dus stuagbes de emprego de acondes de Empréstimo Modal Exempla $8: 0 uso de acordes de Emprésino Modal de fungio $ enquanto Mio de Prepatagio, ses Exemplo 59: fire combinagio dos graus do conjunto de acordes Maiores do Carnpo Harminico Maior . Exemplo 6: progressdo estabelecida a partir do modelo cadencialc) da Tabela 25... Exempla 61: 0 wo do conjunto de acordes Maiores do Campo Hlamnico Maior com Pedal em T. na us 116 us “19 120 20 2 nm rn Br mm My Exemplo 62: uso do conjunto de acordes Maiores do Campo Harminico Maior com Pedal em D. Exemplo 63:0 uso do conjunto de acordes Maiores do Campo Harménica Maior com sma menor no baixo Exemplo 68:0 emprego do Campo Harmnico de acords ipo X7sust em DB Maior Exemplo 65: combinagio das possibiidades anteriores. be empl 66:0 uso dos acordes de Mediante como novas reps da toalidade Mor. Unidade: Tépicos Especiais, Exeimplo 67: as rlagies de terga Mair ente 0s acerdes Maiores do modo: Maine Esxemplo 68: interpretago funcional de “Giant Stepe” (1959), d John Coltrane Exemplo 69: stuagSes de uso do “Diminuto Awsthar “sobre 01 grau do modo Maior Exerplo Exemplo 11: 0 uso de “177Bives™ para diferentes gras do Carnpo Harmdnico” ) 10:0 uso dos "Diminutce Aunliares” na tonlidade Msior Exempla 72 :0 uso do “#IVm7(b5)" como S principal da tonaidade Maio. Exempla 73:0 modelo matrz para a gencralizagSo da Cadéncia de Engano ~ VP» Vin 1a M5 14s 16 130 131 132 153 134 136 158 160 Indice de Quadros Primeira Unidade: Acordes Baisicos ‘Qundio 1: demonstragio grifica da permutagS0 ds intervalos de tera, ‘Quaito 2: demonstra grifca do process de alteraydo comaiica descendent das des bisa, Quadio 3 comparagio vocabular ent 08 “Acordes Bisicos” e as eonfigurasdes seondais em ws. ots que geram as diferengatipoigicas ere as cinco ‘Segunda Unidade: Fungées Harménicas ‘Quo 4: tstrasio demonstraiva das reaps de “dominio / conteadominio™ entre as fungéce de repouso” “movimento” . sen Quadeo $; HustrasS0 conceitual meta-ocabulr das reagGes funciona (Quadio 6: 28 tts "ProgressBes Harmdnicas Beas" Terceira Unidade: Campo Harménico Diaténico - Modo Maior ‘Quadie 7: demonstasio grifca da conciséncia das nots consttutvas e das elagdes © de Viinangas deers ente as ttades na tonsidae de D6 Maioe fiutrasdo demonswativa das rlgfes entre os nveis da “Combincyito de anges” ¢ da *Selego de wm Acorde usd Quarta Unidade: Campo Harménico Diaténico - Modo Menor ‘Suan 2: demonsraSo grifca da coineidéncia das nota consttivase das clases 4 vicnhanga de trea entre a trades da tonafdade de Dé Menor ‘Sexta Unidade: outros acodes sobre 0 V7 grau ‘Quadro 10: demonstrog50 das capacidades de inversio do acorde “Dimmu... ‘Quadro 11: epras de resolosio do “Diminuto™ sobre Iau Quadko 12: demonsteagio dos 3 inicos acordes “Diminuias™ posivis no toa cromitin vs ssn o ‘Quaito 13: demonsiagio das capacidades de resolugo de um tnico. acorde “Dimimuto" em 8 tonsidades efou acodes diferentes 7 ‘Quadra M4: localizao das tensdes disponives paca X7 a partic das notas de sua” tétade bic, 2 2 33 36 44 37 38 39 63 Quadeo 15:0 estabelecimenio do SubV7 a parr da dupia interpetagio dae notas de uy Tritono Quadio 16 + demonstragio da comespondéncia geométsa ene as notas de um V7 & seu respectivo SUV. Sétima Unidade; Meios de Preparagao -Dominante Quadso_17: wansferéncia funcional do cixo de refernsin “TY ma peosresio “SDT, para 0 cixo de referencia “84x na progressio ro 18:0 acorde “Dimimuto como Dominante Secunda”, sua dsivagSo de um (7) Secundiro suas quatro inverse posses, sc Quada_19: seqiéncias de cromatiomo descendente provocadss pelo uso do “Diminuio como Dominante Estendida” (Gusdvo 20: sequéncias de quinta stax elow de cromatiomo descendenteprovocadas elo uso do "SuBV7 como Deminante Extends Oitava Unidade: Meios de Preparagio- Subdominante ‘ado 21: demonstragzo das rlaes de preparagio exten save Décima Unidade: Tépicos Especiais (Quadro 2 etado do Campo Harménico a tonaidede Mor (Quadea 23 + origem e castiasao funcional dos acondes do Campo HarmGnico na tonaidade Maior (Quadro 24: demonstasSo das nots em comurn ene In, TVinaj7e #IVm7(b5) 61 1 9 cy 100 no 130 SIRI SIIP PPPS IPOS ESET RSH TPFF FISD Indice de Tabet Primeira Unidade: Acordes Bésicos Tr! ca 1: “Acorles Bésicos” - designayio dos acordes, defini de sus estatras inervalares¢ ciffagens correspondents Tereeira Unidade: Campo Harménico Diaténico - Modo Maior ‘Tabela2 pologia das tetades Uo Campo Hanmdaico Distnico na Tonabidade” Nair. Tat 3 clasticayio funcional dos acordes do Campo Harménico Distnico do modo Maior. ‘Tabela; demonstragio das reas de abrangéncia funcional de T, $e D na tonalidade Dé Maior.. ‘Quarta Unidade: Campo Harménico Diaténico - Modo Menor Tabet ‘ipologa das tétrades do Campo Harménico Diatinico na Tonalidade Menor. ‘Tabela 6: conjunio de acordes diatinisos em uso no modo Menor. Tabels 7: clasifcaydo funcional dos acordcs do Campo Harmdnico Disténico do ‘modo Menor, Tabela$: demosntragio das areas de abrangZncia funcional de'T,S e D na tonaidade de DS Menor. oe Quinta Unidade: procedimentos cadénciais tipicos ‘Tabela 2 siuagSes de wso do avord calencia de ‘Dominante Quarta e Sexte® ‘Tabela 105 situagdes de so da “Cadtncia Pagar” ‘Sexta Unidade: outros acodes sobre o V7 grau ‘Tabela LI: tensDesdisponiveis para o score de X7 ‘Sétima Unidade: Meios de Preparago - Dominante 1 12 : “Dominantes Secundinas™ do Campo Harmbnico Distinico - modos MBaior e Menor. os ‘Tabela 13: acordes “Diminutor como Dominantes Secundiriasdes graus do Campo Hiarmdnico Diatnico - modos Maior ¢ Menoe 1s 30 3h a 45 od 3 62 80 o Tabela 14: ‘Dommantes Subsbintas Secunstiria” dos graus do Campo Harménico rmodos Maior ¢ Menor. Citava Unidade: Meios de Preparagio- Subdominante ‘Tabela 15: esti de distonismo relaivn & "X" para a escolha do tipo asordal do “10 erm um (2m? FT] > Tabela 16: /1ln” 17-01 do Campo Hasrwinico Disnico - modes Maior e Menor. {ahela 17: combinatvia das preparagies (m7 i ¢ [Sui Sub 7} Tabela 18: as preparagdes tipo /Subllm? ID] flln™ Sub!) 2¥ (Suhilo? SwbE7]-—> ¥ do Campo arminico Diatnica - modos Msior e Menor. Nona Unidade: Empréstimo Modal fimo Modal com funglo de $ corde de Empréstimo Mods! com Fungo de D ‘Tabela 21: acordes de Empréstimo Modal com fungo de T Tabeta2 mpliagSo do vocabubiio de S na Empréstimo Modal ‘ania Plaga” através de acordes de Tabela 23; 0 uso de acordes dsténicos + “Enpréstimo Mods!” + SubIl + VTauct ~ SubV7aust, conio S em preparagdes tipo [mn V7] -»X para os scordes maiores do Campo Hannizo ~ modes Major © Menoe "abela.24: 0 conjunto de aeordes Maiores do Campo Harménico Maior = acordes itinicos + acordes de Empeéstio Modal Tahela 25: a combinagio dos eraus do conjunto de acordes Maiores do Campo Hamdnico Maior segundo 48s modelos eadencisis epics... "ahela 26: formalayio dos acordes Maiores Jo modo Mbior em acordes tipo X7sus8 Décima Unidade: Tépicos Especiais Tala 27: os acordes que mantém correspondéncias de texga com oT grat do modo ‘Tabla 28: acordes“Diminutos Ausires” de aproximas3o croms Tabet 29: os aordes dS do modo Maior Taela_30 pot descendents. de combinagdes de graus fincionalmente disponiveis na ‘ooalidade como wn todo » no 1m 136 ns we M3 45 st Lista de Simbolos TYénica Subdomnanie saconies wobre cada grau da an so indicados por algarsmos romans —Jacorde dininato corde menor com sétina menor € quia Gavia lou acorde meiordiminato, facorde de La acorde de Si Jacarde de Dd corde de RE acorde de Mi ee veaercreeeasaesaaana corde de Fa [ncorde de Sol sia menor seima maior ona sumeniads 27x, eae iim primeira Sumeniads décima terceira menor quinta aumentada quina diminsts 1 ie °K" €a Fundamental do scorde ¢“Y" @ a nota que ad no baizo. arses reese indicaeio pot eteno en mali Inicasio por exterso em miieeula INTRODUGAO © estude da Harmenia, entendido onquanto uma abordagem as montagens © configuragées dos acordes, bem como o tratamento das maneiras pelas quais esses ‘scordes 30 conectam se relacionam na Tonalidade, & uma tema maior dentro do ‘universo musical, Esse tema capital, do modo de ser e de se comportar dos acordes centre si, aparece novemente aqui, desta vez formatado em uma dissertagao do mestrads. Frente a grandeza aberta pelos assuntos dessa disciplina, o eonvite & uma oimitagae do problema do pesquisa, a ser sujeito dessa investigarse, se impo. Interossa primeiramente & presente dissortaglo, um direcionamonto as questtes das ‘éenicas envolvides no alo de se fazer Harmonia. mperta a manufatura, 0 artesanato @ © uso elefivo da Harmonia para a realizap4o musical, Neste sentido, estames buscando a5 respostas para um ‘como se fez isso”. Recortando ainda mais, sinalizamos quo, des ainda muito variades detalhos \Gcnicos envelvidos numa realizado pratica da Harmonia, o que especificamente nos ccabe aqui investigar sto quais das maneiras pelas quais os acordes se relacionam, ‘ve pormitem uma normatizeeto sistemice, Fovalizamee a pritica, pole abordamos a ago do se levar a efolte, Como a pratica onvolve sampre procossos de escolha, esta Pesquisa procura localiza a razfo da decisio de quem age. Procura fermalizar, em um Serpe tesrice, aquelas regras e condutas gorais que, no exerccio da prétice harménica, Giigem © processo pelo qual um possivel acorde determinads, preferentemente a outros, @ excolhido e inseride numa combinaglo seqUencial de acordes, Esse [ulzo pratco da opdo, ¢ justamente o que aproxima o tema desta pesquisa 80 Ambito da musica popular. Pois al, a Harmonia Tonal so mantim como técnica, ‘ssidea 6 arto em apo, No corpus da misica popular, a porgunta “qual ecarce pode Ser colocade aqui” @ da rotina, @ necossdria ¢ tem sentido claramente aplicatvo, E ‘uma questte que, 20 ser colocada, eminentemente prétice da escolha Pode ser respondida com ecto carttor ——_— SFFFSEFSEFFEFESESLESESETE RESELL ASIFSSISIIAIza Innotgio 2 essa investigago 8 pritice, resulta uma dissertagao de natureza priortaridmente descritiva pois, 0 quo fazemos aqui, 6 uma exposicSo circunstancioda das relogbes de combinagdo entre os acordes, na perspective do usuario da Harmonia, Tonal. E um relato minudente, que observa @ formaliza o funcionamento destas relagdes, @ partir da pratica exercida por uma consciéncia colativa em um determinado momento epoca ‘Ao procurar descrever o estado da Harmonia em uso na miisica popular, essa Investigagdo toma caractersticas da ser também de natureza sinerénica. Pois, procura tetas aa relagtes entre ws colaas exstantos @ sistmatizar as rlagSes entze tomos quo atuaimente, sto coexistentes. Em detimento de uma pesquisa histbrica, onde © cectudo do fendmene harménico so d pela relago com os fates que o precederam ou © sucederam ae longo das transformap6es do percurso da cultura, este trabalho se preocupa menos com 0 processe polo qual a Harmonia se estabelece © se modifica, ara tentar saber 6 modo como, neste momento, ela funcional Esta aplicagie de uma abordagem sinerénica © descritiva na investigagao de ‘uma pratica da Harmonia, se fundamenta em dois argumentos principals. Primoiro porque de fato, para o individuo que usa a Harmonia como volculo de Comunicagto e de atuagSo profssional, os aspectos diacrOnices, de uma consciéncia histérica da sucesso dos fatos da Harmonia, sto menos urgentes, Uma etimologia que trate das origens dos acordes, ndo the 6 uma preocupago contral no momento da ago. ‘©-que conta, no memento da escolha, ¢ 0 conjunto de acordes e de suas aplicagSes quo © sujeto conhece © domina de pronto, Como a énfaze desto trabalho recal justamento ‘sobre o momento espectico dessa escolha, a abordagem sinerénica ganha pertinéncia por ser uma observacdo que respeita a qualidade principal dessa ago, que nfo 6 a Preccupapdo coma fillogia da Harmonia, e sim, a effciéncia no dominio @ atualzago de um repertério de procecimentos harménicos. * Em um sentido contro « complemertar a6 qua astimos proponde nessa discanago, ua éica historca sebve a Teoria da Harmonia nos é ofrecia pox La Mote. no apresentagie 0 cou ts ‘esezeve que “La importancia de est i reside undammertaimente en su vison hecrica, 0 seuss Betcore as tancformagies que a Harmenia vem soften a0 longo dor times quavocentos anos em lum reer que vai de "Lasso y Palestina hata Messiaen, pzeando pov Bachy Moca Beethoven, Wagner, Debussy y Schoonberg” LA MOTTE, D. Armania Batesiona, Labor, 1°98, p VE | ‘Segundo porque, a presente conceprdo fundamenta-se na nope de que o sistema harménico tonal 6 arbitario. As rolagSes enlve accides, seus usos © capacidades expressivas, justamonto por sorom da ordem da convene, estio continuamante sondo afetadas pelas contingéncias do tir historico, estéica, estilistco € técnico que se processa ao longa do tempo. Fessem essas relagses de kei natural, ¢ no attics e construldas, a arte da Harmonia teria como resistir a ago transformadora da historia. No ontanto, as relagées entre 08 acordes s8o radicalmenta incapazes de so defender dos fatores que deslocam, a0 longo do uso, suas configuragées, suas pettinéncias © seus valores expressives. Porque sto atbirtrias e convoncionais, as relapSes entre os acordes esto fotalmento sujeltas & cultura. Assim, ‘quando tentamce estabelecer uma logica para as relagSes acordais, doparame-nos com © fato do que elas nfo so fheam, antes, confrontam-so em estades diferentes, Enifo, se desejamos normatizar sistemas conolavels e estivels para as FelagSes entre os acotdes, somos obrigados @ trazar um corte que, por assim dizer, ‘brequo em alum momento a historia da Harmonia, € exatamente por ser uma entidade eminentemente histérica, que uma descrifo da pritica da Harmonia exige Priortariamente (mas nto exclusivamente) uma abordagem a - histérica, Isto 6: sincrénica?. A questo de pesquisa e seus termos Posio as dolimitagSes desta investigagto a questo da pesquisa que se coloca & essa frente, pode ser assim formulada: Na Harmonie Tone’, em uso na mitsica Popular, quais as relagdes de combinacdo entre acordes que sdo passivels de definigio? {lentes ro entarto que, entandemos que 0 descrtvatinerinica @@ NsticoNiacinico no £40 Rottagens exxiudertes do ponto de sta do nosso objet de estico, repebnce,w ati! plan do Tonal ne misica populr, Sto apenas. toes de cperaqies dstiias exectndae, polo Exsivisacor Oeste mode, no os poupamos em infedure conakeragtes hstiicolaacrnicay na (Biiets to estado da Harmonia, quand estas so importantes para 3 funcamertacso de agua eat maniZs atuais, Mas, que no se espere encontar agul uma namaiva da hstsia da Harmonia da ca popular, Estamos considerando endo que, a deseo vincrinca do estado das relagoes do {Sminagoes ente os acordes, nfo # radicalmente esta, Pois nelacoevstem relacoes antsas que ‘mantém,reiaeSes atu, relates que vao caindo em deruno reacties em ectado nascent FIFYIIVFPPPIYIVFIVIFPYIIVIVH HY PYI VIPS iodaeso 4 "Nesta questio, enttondemos por “definigdo", a descri¢to conceptual das relagses, do cambinsgao entre os acordes que podem ser normatizadas por uma regra geral de uso @, 2 demonstragtio de quais dessas relagdes, podem ser racionalmente controladas ‘© explcades frente @ uma lei? Sobre 0 termo “relagdes de combinayo", existe na disciplina Harmonia, um ‘cuplo entondimento possivel, © ambes principals. Por um lado, quando um acorde ‘antacede ou sucede um outro, entre as notas constitutivas de ambos se estabelecom conexbes e enlaces. Este é um entendimento que se poderia ter do terme “relates de combinacSo". Seria 0 que, no jargto técnico da disciplina, 6 chamado comumento do “conduge de vazes", ou seja: aquale dominio da Harmonia que trata das éenicas de lencadeaments dos acordes no que tange aos movimentos melécicos (lineares) que as ‘notes constiutives desses acondes executam quando se combinant Salientamos de ante mae que, para os efeitos da presonte investigartio, nfo 6 esse 0 entendimento que ‘S0 tem do termo “relacdas de combinago”, Em nossa questio de pesquisa, por outo lado, 0 quo esté se entendendo per “relacées de combinagéo" entre acordes, so as caracteristicas transitvas existentes na Passagem do um acorde (observado como um bleco, como uma unidade hanénica minima @ inctvisive) para um outro acorde, Atontos aos ensinamentos de Schoenberg, datados jf de 1920, de que *..um tratado de harmonia deve falar s6 de sucessdes harmenicas © ndo de condupao de vozes..% , © que aqui ests sande focado 6 aquilo que 2 © term “defini” esta sando entencido como um principio ganéico, uma tetatna de precisa © {eclrar objetvamente quai as principals maneias de se conectat os acordes, € uma opinsg sob ‘somo’, “quando” “porque” as mais Hequenies equinciae de acordes acontecem, & na eteminada compteensio deste fenemene Uma expictacio formal do unt fe paral de ensameni, que se tem sobre esse assunte. A "defingdo" & um madslo de slag que perme ‘rzetgar © que pode acontacer no wacionamento ene os acotdes, Procura inicar sis Goss relsgées podem ser tatadas como simplieartes ou wealzagaes das mumerss possiinindee oe combinardo esters no fo musical Eana li goal, esses males de eer¥na, £30 cbdos nose leva ao lente as caractarstieas de uso prepias dos acer, como se pltende demonanat 30 longo osie tabalo, A "dengsio"& uma artecipadera, uma feramanta de preva € na eleiness aoe 08 ui @ escolher © aplicar deteminata progessio de acotdes, 8 luz das pregressées j2 Cepermentadas 4 Neste dominio ort includes as tematicas de ‘posisSo", Uspoaipiot Tnverséot auceriento “Wotramento, “tincia ent as voces’, Tmovinenlos pamicin, drets, cbiquas © conus’ ‘proper 6 esclvgso de detwrninades ols” “rola einres, "Wssondncias’ "unkes 6 otaras araioias*e outos conceits similares, ormatizados plas reqras de esciuta sa Harmona tora 1 SCHOENBERG, A. Traago de Armonia. Madd: Real Musical, 1920. reaps dap. 129 Se, om seu “Tratado.", Schoenberg ndo consegue ser taimente fel 20. seu pope ken naan ee osteroménte, em SCHOENDERS, A Funchones Estucturies de La Armonia Bateson: Late, 1900, as quesiées de cc idugdo de vozas eto racicalmente exclulsan 3 1o jargto da disciplina comumente se chama de “progress4o harmOnica"® Iso &: © que hes cabe aqui investigar, s8o apenas os tipos de rolacionamentos que padem se processar, quando se deseja combinar seqlencialmente os acordes.na musica popular. Embora seja possivel polemizar sobro os limites © as validades do term “musica ‘popular’, no ha intencZo alguma do abrir ossa discussfo nesse trabalho? . Sabedores das dficuldades que um termo assim pode causar a um trabalho académico, coremos ‘no entanto 0 r'sco de pedir a devida licenga para uso, também aqui, daquele sentido ccoloquial que comumente fazemos do termo “miisica popular”. Peis, acreditames que ‘esse entendimento (malgrado ser um tanto imprecise, genético, 0 se mostre sempre enite limites tenues @ ambiguos) & bastante sufciente para as intengSes de um trabalho {ue sborda no 2 "mdsica popular” em si, e sim, as relagSes de combinagto entre acordes na Harmonia Tonal que se processam na pritica da “mésice popular”. Ent8o, ‘quaisquer entendimentos que se tenha sobre “misica popular” (ditamos até do termo “misica’) que resguarde © haménico, 0 fonal, e em especial, a possibilidade da Intervengao pessoal na escothe des harmonias, é compativel as abrangéncias dosta issertagdo, Em nossa questo da pesquisa 0 termo “em uso" procura sinaizar 2 validade {Pecal do corte que pretendemos om nossa invesigagto, Nesse sontido, o “em tiso", Proterde dalimitar © contemportneo, ou seja, pretande dar conta des empregos que se ‘a2 dos procedimentos da Harmonia Tonal na misica popular de nossa época . Desca forma, se fossemes delimitar 0 espago de épeca, do lugar @ do suieitos agentos, que ‘Ou de “eoneatenago hatménica’, ou de “seqitncia de aconest 1.2 nat em foco aqui no #2 questo de ce eater o ue & misca popu €0 que nto & Ese § {ialho sobre 0 como 6 que se lax Harmonia, © que new intresea ha miske precog ao popula’, ® sim, o que ela tern de fora, do harmicco eetiude, danueie espaco de opeio #nterencto que 3 "misice poplar hos dd pars eso ok neue sobre um fazer sequeneiae de acodes, que pode set maniseade, gende's adineede ea, 1 AEames ae etabelcer om eto alo de contempacaneldade para ease “em uot bar censigo Shcaade de ave, por mais que se ectabelocam valores cbjevo, 6 eoiade de Nhenene Teese STEE sinplesmenteestio a» podem se: vsadas. Muto wmbor,recaia nda abies larne eo user Sari nissS0 de, a um 3d tempo, dlineat nessa pesquisa o “quando ta lea" 0 onde sé cea oo satya" gostaforos de, se possive, manter aqu também. @ sigifcado ecloqal ceste wie, ienamde apenas © essencial para a concetiacao especiiea desta expressao ne cecunscrts & ems us 5 bar uae especies desa express 4 -ewwenvenvevesveeeaeneeeeeewwer"eneren eo Inecsheso ‘ pretendemos mais especiicamente fecalizar nesta pesquisa, poderlamos indicar, a rosso modo, tras gigantescos fondmenos artistices © culturais que, em linhas gorais, ‘meldam a presente concapeao da Harmonia da misica popular contempordnea: Brine, 2 Harmonia centro-europtia, notadamente dos poves nérdicos, ‘Sormaniees ¢ estaves,caractrisicamento urbana, do fundo cléssice-tomantico, que nos Primeirs vinto ou tinta anos do nesso seculo, ditibul a erudita radio tonal eucpia ‘em um conjunto de procedimentos haménices que agora, esto totalmente dispeniveis, Para © wulgo, Eases misicos “mestios" do ofiio harménico, se entranharam na indéstia Cultural emergente (disco, rio © cinema) distibuindo © extaquizando este gosto ‘musical @ esto saber atamento elaborado, para todo @ novo mundo, onde justamento, © conceito contampordneo de musica popular vem nascere se astabelecer Segundo, a Harmonia norte americana, noladament daquela parcola da Populagdo ligada a0 Jazz, a0 Gospel, 20 Blues, ao Rock @ a0 Pop. Também Ccaracteristicamente urbana, essa convulsto técnica, artstica e cultural manteve durante ‘esse eéculo ativas relagtes com aquele fazer harménico eentro-eurcpeu, ¢ estabeleceu uma pratica harmonica prépria e singular. Terese, a Harmonia da miisica popular feita no Brasil, nctadamente daquela Parcela da populagdo ligada a seresta, a marchinha, ao choro, & valsa, ao saniba, a bossa, e do uma forma geral, & musica popular brasileira. Mais uma vez, também ‘caractoristeamente urbana, a inteigancia tonal @ harménica que aqui se desenvolvou 20 longo de steulo XX, soube dialogar com autonomia com a tradigte harmbnica europtia © com a paraela pritica harménica norteamericana, © alcangou, por sua vez, notiveis ‘ualidades musicais om suas proprias realzagées. De uma mansira simples direta, mas no falsa, podetiamos entto sinttizar ‘ue: @ validade epocal do tormo “em uso", presente em nossa questo de pesquisa, ‘engloba aqueles misicos que atiam ofou atiaram a0 longo deste nosso século, no vetho € no nove mundo, 50 dedicam e/ou se dedicaram a aplicago da Harmonia Tonal '@ miisica popular , numa vise de quem pensa essa prtica a patti da segunda motade dda década de otonta | | ! + [eet | Definir © termo “Hermonia Tonal" 6 to simples quanto complicado, 80 desnecessério quanto fundamental, Simples 0 desnecessArio porque, esse terme indica tum detorminado tipe do fazar musical que ¢ conhecido e ublizado por todos. Nesse ‘sentido cemum, tanto para os milsicos quanto para os nfo msieos, 0 termo “Harmonia Tonal se confunde até mesmo com © proprio terme “misica"?. N&o fesse © problema {da metonimia, ecorrents em praticaments todas as definigSes sobre esse tetmo (que é © habito que se tem de falar da “Harmonia Tonal’, atavés das “dataslugates" lou através dos “nomes das pessoas/misicos") esse sentido que usamos no dia a dia, por ser to simples © comum, seria aqui também, tetaImente suffcionle. No ontanto, 6 exatamento por esse habito de definir os sons por “simbolos", “rlagdes", “datas” & ‘nomes dos "homens", que & t8o complicado e fundamental tonar, mais uma ver aqui, efinir © termo “Harmonia Toner. Especiaimonte aqui porque, para a presente coneepgto, a "dade" da “Harmonia Tonal, no 6 aquela comumente delimitada pelos scrtes sobre a materia, Estamos discordando das principais bareias delimitadoras, simbolizadas pelos nomes dos musicos maiores que “fzeram* a “Harmonia Tonal” (por ‘exempl “Monteverdi -+ Debussy“; ou "Bach -> Wagner. Sendo assim, um pequeno, ‘mas fundamentaimente importante, esclarecimento sobre o ambito da validade histérica, ‘enica ¢ esttica do termo, ainda tem que ser feito aqui Considera-se que © periods historico onde a ‘Harmonia Tonat pode ser ‘entendia como uma pratica comum e portanto, « perlodo para o qual este conceito & ‘lide, 6 a época quo abrange des inicios do Barroco até os finais do século passado (/u inleios do nosso séculol . Essa opinio sobre a idade tonal marca todo o cfscurso ‘modemo sobre a miisica. Para os modernos a "Harmonia Tonal & uma etapa historica ‘encida @ superada. Como reflete Vattimo, a aguda conscidncia dos modemos do {Ligie 2 ovas inincae, qu escapam 2 cologuainerte celia plo hace plo tna " Sempre termos, complementores @ expicatwor Tas coma mises “anige “reas Aemreenbee “ston, dodecatonca’, “sea, “elnto-actshoat aletona, "oonaes, “meneeal to 8 Conerecia na Jullan em CAGE, J. De segunch 8 um ano, So Paulo: Hustee. 1985. p se modi sua Nentava de eesumit uma dfriedo geal de trait” Wienk coca que a NES"? G2 Wrsaidade “emonta em seas pimelias confgaacces a0 seeulo XV. fi eatseanasse at ca, {ane fm que Rameau publica sua obra teen # bach o Claro bom tenperaso ) @ eo wegieatamerto 8 dazoiuese vemos processar ae plo ska XE. ash 9 comega Seta: WISN L [0.52 dos Conosrios:» Maca em tomo do Semana de 22 Sto Pass buss Cuaces p 15S) a analsta La Re araca una delmitacso mals peciae chega actor as dots da oraldage TED SIS TBED em LA RUE, J ative del Estie Musical Barcelona Later, 1380 p40) POSPEVEBFLT EPP PELE EPEDEDIORPE HORE EPID SE Indio 8 “consumar-se" das linguiagens e "do impossiblidade de dizor ainda algo em estruturas '80 carrégadas do histéria"! (como 0 6 a gramética harmBnica da tonalidade quo hherdamos da tradige) marcou em demasia 0 pensamento sobre a “Harmonia Tonal” om rosso séeulo. A tal ponto que, hoje esta arto 6 até considerada como um tipo de ‘manufatura sonora muito importante enquanto decumento cutural @histbrice; enquanto Produto de uma época passada em um ‘cutro lugar”, mas que em si mosma, esqotou-se. Revsalvamos que, a concepeSo da validade histrica, técnica, estolica e erativa a"Hamonia Tonal’, presente nessa dissertaglo, conironta.se abertamente com esse Ponto de vista acima dolineado: acreditames que, para aqueles que mantém abertos ‘seus ouvides para a masica popular, a épeca historica da “Harmonia Tone”, ainda nto ‘abou, Aqui, nossos ouvides do apés a modernidade, podem se manter atentos para musica que se faz hoje e faciImente constatar que a "Harmonia Tonal" se ecloca logitimamente como arte para oliic, como prética artesanal viva 6 atualizada. Como um fato técnico, profissional, mercadolégico @ cultural; © como objeto estético instigante, Vili ¢ relevant Pesto esta ressalva (para nés fundamental) podemos enfim, tentar dfinir otormo “Harmonia Tonal". Estamos usado 0 terme “Harmonia Tonal" com aquele mesmo significado que todo mundo usa. Cu soja, estames falando da formagio © do ‘encadeamento dos acordes dentro do Sistema Tonal: ito "Harmonia", porque trata da dispesi¢o bem erdenada das partes de um todo, Trata do estabelecimento de retagdes dispostas fnalistieamente, e portanto aticuladas em “progressic" e no amontoadas em "sucesso". “Harmonia™ Porque, as relagSes ontre os acomdes, slow aquolas constitutivas intemas 20s accrdes, cbedecem a ciitérios ético-hierarquices de uma estética fundada no ~ axdoma de quo: 0 belo 6 a ordem e a ordem 6 a bolezalé; 1: VATTMO,G. Métodos ercos @ nermendutesfloséfica p 2 (uaduo er fase de ea ‘ret: Or. Reais Ouprat wlzado em suas alas na iscipina “Ethos, Alloa © Ponca UNeP SS, semeste de 1994), 1 "ima sucess60 no tem wm propésito fi, uma progressio pretende um objeto deinide* SCHOENBERG, A Funciones Esburtiales de La Armonia p 2 “Ou, coms eszieveu Schoenberg, sto parse mitenoxow am Cvida 06 que sa fag algo porque a necessiade nos obriga 9 dal, sem que o qusessemes, supa o belay e vce-wra que ae eae o {ersacdo de fazor algo belo 9 este a0 mesira tempo satslaga copiosamente uma necesecae™ SCHOENGERG, A Tratado de Armonis 55) | ; : | | f dito “Sistema”, para indicar uma ordem, efou um modo de diseurco, que constitu seu todo apenas quando suas partes constiuivas exercem infuéncia reciproca entre si. “Sistema”, pois trata-so de um conjunto constitulde de elementos, olou ticulago, acontuagao, dinamica, rtm, timbre, ote), que implicam-so e doixam-se alforar uns pelos outros. A *Hermonia® Pardmotros musicais (forma, melodia, pettence 20 “Sistema, € como que um sub-sistema, pis seu efeito ¢ impacto ‘expressive plene, & resuttante dependonte de uma série de mituas rolag60s para com os demais parametios do Sistema’, no caso, o“Tonar. dito “Tonal” porque, esses elementos elou parametos musicals 36 se ligam ‘onite si, 6 se harmonizam e S6 se tomam um “Sietema* - ou seja, um todo completo nas suas partes © perfeito na sua etdem - posto a condicso de que, todes esses parametrs so remetam a um tnice principio, que aparece como fundamento tonico do *Sistoma’. *Tonat’ porque todos 0s dados musicals se organizam 2 volta de um tnico cent, culturalmente simbolizado polo terme “Tonalidade". De (tonal + i + dado|®. Onde oF & uma letra que, “ha légica formal eristotdica 6 usada como simbelo da propesigo particular afimativa™™. E ‘onde 0 |i + dade}, formam "dade", tormo que diz respoito 8 validade tomporal, em que um determinado eixo tnico [tonal], ou seja de apoio, vigor, acento e releroncia, exerce poder de atragto sobre todes os membios do "Sistema". Poder “Tonal” este que ¢ finito e delimitado, pots possui ua “idade", quo perdura até ue se mude de tom (¢ so estabelega uma outra “idade para um outro cixo *enico) ou até que 2 pega musical, que € universa de vigencia do “tonos* (© forga) de um Tom, termine, A hipotese a veriar Cabe indicar entto, a hipétese que sera objeto de verificago a0 longo dessa ‘ssortagao, A saber: na Harmonia Tonal, 6 possivel o estabelecimento do uma ‘efinigio, onde as relocées de combinacio entre os acordes, so normatizades fi Wettete Tonsidade” erm Al enter, 1900, ‘Novo Dice da Lingua Poraigueea. Rio de Jans Nova " Verte een ABAGHANO,N.Dictondrio de Floto Sp Paulo Mestie Jou, 1082 SPSSSSSFSTCPC GCs sTC sts etsse ses sesesesestetTazaase independentemente das questées de conducio de vozes. Essa & a hipétese central desta pesquisa pois, antes de mais nada, © que se exporimenta aqui 6 uma radical 28, 1 Una referencia tcica que ajuda a sustontar essa conjectua, 8a analog’ postive ene os termes de nossa oposicdo bindiia para com aquela ectomia prebesta pels Inglcies de Stee ‘ssseclamos 9‘endurio de vases" ao caneno de "Patol, 32 Stas "erties de conten ag ne “Langue” As “reiagies de combinagio (= LangueLngua) atam de una feaidace abetans tornas Fer sgriteados (= funedes) @ imagens acistoas (= c= acordesljavs que postin secur eevee forgoes): A “condurdo de vere” (* Parte ala) extabelee uma fala ere, sate ans tealaaglo (= autiveis) de fotos acusicos. Ndo abstane & distneto dectimes fore nee Sempre hnterepencincia desses dow consttuntes da Inguagen ©" eases acts sees ee, ‘scrocameneigacos@ se mplcam mutuamenta a Langue © teligoes ease seater ye ness am soe a Paci (“conduc doves) sea inegivel ¢paduea bios os seus theioe in a Parole (= “eondugdo do vatos), @ necessaia para quo a Langue (= “elapies aate serie sa Srhbnesa. O aur ainda avers, "hisorisarrte ofa da Pace cond ee wses) von serge artes! pos & fala Pare = "condurdo de vores} que faz evlu angus (2 Langues eure (0 aeordes), As tas “reaptes ene acordes"s30\a um $6 tempo "wetuverio eset ae ‘Eprwueto de azes" SAUSSURE agud CARVALHO, C. Para compreender Sassatne forse once Rio p 61/83, P.carando oso de deta ross hodtese demasiadanenteontasad no ieio estukraita que ¢ um fala, embora nos pretncamos perém. nfo ser mute radeaie”” poicianen ovarente pot analog, vinta nossa tinaiedade ao que Chomsky e Gremas dewgueny soe ‘mado de enstncia"("ielapo ente acoree’ @ modo de manlesigke (2 corde Jarglo da Inguisicafala-se também em “forma do corte ‘ptessdo" (= “conduc de vates), Falase ainda em un “nel marerte ou de ganicca pontee “iordo onto acoraes) aue ce dstngue de un nivel aparente ou gamdica de sopetce ts ‘Gerd de ozes) CHOMSKY E GREIMAS apud SILVA, |.A Esrunuagso ae unwerse mpaeoes, Sie Paulo: Cute, 1972 p28. Je que: uma atunngen expositva onde as “progressdes do acordes* cejam ‘stucladas independentemente das “regras tradicionais de escrite” pode beneticiar em ceficiéncia 0 programa de ensino da disciplina Harmonia, A intengSo & observar se essa dissoclagto titica, seré capaz de ofetecer uma visto globalizanto @ uma linha mesta geral sobre o comportamento do fenémeno tonal harménico. Esse experimente de dissociagto, fundamenta-se ho entendimento que se tem do que: A tematica da "eondupto de vores" trata daquilo que em Harmonia, consideraramos como a parte *méveF™ desta arte: Nossa definigdo das ‘relagdes de Combinagte entra os acordes", trata daquilo que consideramos como a parte “Toa? desta arte: + tata dos elementos de | trata dos elementos de unidade, Civersidade, da ofimizaglio de um de otimizagéo de uma competéncia ‘desempenho e de uma realizacto: © de uma instiuiéo; trate do trata do ocasional, do variével e do permanente, do constante e do ‘momentineo. duracouro, + A "conduete de vozes” trata da concretuce de um esti, & conjunturel, tocalizade @ datada. ‘Seus assunios abordam os niveis 20 eparécia (= auxtiveis) do fata harménico. + Nossa ‘definicto das relacses de combinagéo entre as acordes na hharmonia tonal” trata da abstracéo de um sistema, & ectutural, supra. focal @ otravessa as épocas. Sous assuntos aboram os niveis da cesséncia (= sob a esenitura) do fat harménico. Quo fique claro de antomto que, evidentemente © experimento de um programa ‘Positive baseade nessa hipStese, nto se pretende como "substitute, ou “tenovador", SY Sines “atualizader" dos atvais métodes de ensino da Harmonia. Qualquer misico Sato quo precios do domino des varios sspectos da aro, e que, em isolado, nem Lim dees 6 sufciente para © fazer musical. © que tomes aqui 6 mais uma opinido, que Prelonde ser cuidadosa e vit ase alar ao dilogo académico em tomo desta discptina 48, de fato possui um imenso e requintado detalhamento dé Pormenores, mas que Bodo também (se a deesa dessa hipotese de pesquisa so confma) sr obsenada pela “ticaredutiva de um sistema macro, << memes vt @ ho" alo empegados aqui com agile rend elaberado por FOUND, E Abe ‘BMeraura Sto Paulo, Curae 1855 188 voy EPH SF VED EO EOOEKDEPED ERO OH REFER PES eso ” Objetives Enquanto ebjetivo geral, essa dissortagto pratende formalizar um modelo expositivo teérico, que permita, no Ambito da pratica atual da misica popular de feitura harmonica e tonal, 0 estabelecimento de um controle efetivo, no exercicio das relagées de combinagio entre os acordes. Atelavancia desse to de objetivo, diferente da uma grandicsa, revoluciondria © ‘nova feeria da Harmonia, toma importaneia por sua capacidade de favorecer a uma tlstrbuigdo mediana do conhecimento nesta area, Se o supostes @ a hipétese desta ‘suest2o ostiverom corretos © os resultados desta investigagto lorem positives, poderto Vir & contribuir para uma desmitiicagl © para uma libertagto da uma parcela do \esconhecido que, ainda hoje, ronda o ambiente do ensino e da aprendizagern musical, Prone Uae: Actes seas B 1. ACORDES BASICOS 1.1. Tétrade como acorde ba: De uma mancita geral, 0 termo “acorde* & definido em Musica como um “conjumto de sons que so executa simultaneamente” Monos genericamento 0

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