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AVIAÇÃO CIVIL

ALUNO
PILOTO PRIVADO
CONHECIMENTOS TÉCNICOS
DIRETO AO PONTO | EAD AVIAÇÃO CIVIL

O material deste resumo corresponde as aulas da sua plataforma online, as


aulas descriminadas abaixo estão no módulo de Conhecimentos Técnicos.

Aula 01 - Aeronaves;
Aula 02 - Motores - Generalidades; Motores Térmicos de Combustão Interna;
Aula 03 - Conhecimentos Técnicos em Motores;
Aula 04 - Sistema de Lubrificação;
Aula 05 - Potência e Eficiência; Funcionamento do Motor a 4 Tempos;
Aula 06 - Carburação e Injeção;
Aula 07 - Sistema Elétrico;
Aula 08 - Instrumentos de uma Aeronave;
Aula 09 - Sistema de Proteção Contra Fogo; Hélices;
Aula 10 - Sistema de Ignição;
Aula 11 - Sistema Hidráulico;
Aula 12 - Sistema de Alimentação;
* A lista de aulas estão sujeitas a alterações e atualizações conforme a legislação atual

Este é um material exclusivo para alunos do curso de Teórico de Piloto Privado


da EAD Aviação Civil, este conteúdo serve como material auxiliar das vídeo
aulas da plataforma. Após cada capítulo sugerimos a execução do simulado
proposto pela escola.
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CONHECIMENTOS TÉCNICOS

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qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação à nossa Central de Atendimento, assim
poderemos esclarecer ou solucionar a questão.

Central de Atendimento
e-mail: atendimento@eadaviacao.com.br
site: www.eadaviacao.com.br
PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Aeronave é todo aparelho capaz de se sustentar no ar e navegar por seus próprios meios.
Classificam-se em:
Aeróstatos → Mais leves que o ar, princípio de Arquimedes: balão, dirigível.
Aeródinos → Mais pesados que o ar, 3ª lei de Newton: avião, helicóptero, planador.

O estudo da matéria de conhecimentos técnicos nos fará entender três grandes grupos que
compõe as aeronaves que são: estrutura, grupo motopropulsor e sistemas.

O fundamento básico de qualquer estrutura é resistir a esforços estruturais que existem durante
um voo, estes esforços são:

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Asas → Elemento fundamental na produção da força de sustentação de uma aeronave, são


compostas internamente por longarinas e nervuras, além de poderem ter ainda tirantes,
montantes e suportes.

Longarinas → Elemento principal de uma asa, liga da raiz à ponta da asa e resiste aos esforços
de flexão.

Nervuras → Dão a forma aerodinâmica da asa e transmitem os esforços do revestimento para a


longarina.

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Tirantes → Aços de metal esticados diagonalmente que servem para aumentar a resistência ao
esforço de tração nas asas.

Montantes → Montados junto as nervuras para aumentar a resistência ao esforço de compressão


nas asas.

Suportes / Amarrações / Estais → Membros estruturais que dão resistência adicional às asas.

ANOTAÇÕES...

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Classificação dos aviões quanto às asas.

1 – Posição da Asa

2 – Quantidade de Asas no Plano

3 – Forma em Planta da Asa

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Estrutura → Onde irão se fixar as asas e a empenagem, pode ser dos três tipos:
1 – Tubolar → Tubos de aço soldados entre si.
2 – Monocoque → Cavernas e Revestimento
3 – Semimonocoque → Cavernas, Longarinas ou Reforçadores e Revestimento

Empenagem → Parte dos estabilizadores atrás da aeronave, tem função de gerar estabilização
para o voo. Composta de estabilizador vertical e horizontal.

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Superfícies de Controle → Ailerons, Profundor, Leme de Direção (Primárias)

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PARTE I
AERONAVES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Trem de pouso → Conjunto das partes destinadas a apoiar o avião no solo. Ainda tem como
função amortecer os impactos do pouso, frear o avião e controlar de direção no taxiamento ou
manobras.

Quanto ao meio em que operam os aviões classificam-se em:

Terrestres: aeronaves que operam apenas em superfícies sólidas.


Hidroplanos: aeronaves que operam apenas em superfícies líquidas.
Anfíbios: aeronaves que operam tanto em superfícies sólidas quanto em superfícies líquidas.

Quanto à mobilidade, o trem de pouso poderá ser chamado de fixo, retrátil ou escamoteável.

Pneus → Basicamente semelhante ao dos automóveis. A banda de rodagem é a parte do pneu


que tem contato com o solo.

A pressão do ar é suportada pelo pneu e não pela câmara.

Pneus de alta pressão – para pistas pavimentadas ou duras.


Pneus de baixa pressão – para pistas macias como grama ou terra.

ANOTAÇÕES...

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Motor → Aparelho capaz de criar energia mecânica a partir de outros tipos de energia.

Motor a Hélice Motor a Reação


- Pistão - Turbojato
- Turboélice - Turbofan

Princípio de um Motor a Reação

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Motor Turbojato e Turbofan

Características Gerais dos Motores Convencionais

1 – Eficiência Térmica

2 – Leveza → Relação massa/potência do motor.

3 – Leveza → Relação massa/potência do motor. Os motores aeronáuticos precisam ser dotados


de baixa leveza.

4 – Facilidade de Manutenção e Durabilidade


4.1 – Inspeções Periódicas → Inspeções a cada quantidade de horas determinadas pelo
fabricante do motor para verificar a operacionalidade do motor.
4.2 – Revisão Geral (Durabilidade) → Revisão definida pelo fabricante do motor para que sejam
trocadas todas as partes inerentes a esta parte da manutenção.

5 – Economia
5.1 – Consumo Horário → Consumo de volume ou peso por unidade de tempo.
5.2 – Consumo Específico → Consumo que leva em consideração a potência desenvolvida.

6 – Equilíbrio → Ausência de vibrações no motor.

7 – Excesso de Potência na Decolagem → Potência extra disponível para operações críticas


(decolagem e arremetida).

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

8 – Pequena Área Frontal → Para evitar o arrasto, a área frontal do motor deve ser a menor o
possível.

Motores Convencionais → Funcionamento

ANOTAÇÕES...

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Os motores convencionais são motores movidos à pistão e equipam praticamente todas as


aeronaves de pequeno porte e instrução. Trata-se de um motor que trabalha em ciclos realizando
um conjunto de fases dentro de algumas etapas chamadas tempo.

Pontos Mortos → Pontos mais extremos do pistão em seu caminho dentro do cilindro. Existe o
Ponto Morto Alto (PMA) e o Ponto Morto Baixo (PMB). A distância entre um ponto morto e outro é
chamada de curso.

Um motor convencional funciona em ciclos, ao longo de quatro tempos. No primeiro tempo,


acontece a primeira fase (admissão).

O pistão desce do PMA para o PMB e a válvula de admissão se abre aspirando mistura ar-
combustível para dentro do motor. Quando atinge o PMB, a válvula de admissão se fecha e o
pistão começa a subir iniciando o segundo tempo e a segunda fase (compressão) acontece.

Com o ar completamente comprimido na câmara de combustão, inicia-se o terceiro tempo (Tempo


Motor), a vela solta uma faísca (fase de ignição), após isso a mistura se inflama (fase de
combustão) e os gases se expandem (fase de expansão) empurrando o pistão com tudo para o
ponto morto baixo e gerando força mecânica para o motor. Ao atingir mais uma vez o ponto morto
baixo, a válvula de escapamento se abre, pois agora o quarto tempo (escapamento) irá começar.

O pistão sobe empurrando os gases queimados para fora do motor pelo tubo de escapamento
executando a sexta e última fase (escapamento).

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Motores Convencionais → Componentes Principais

Carter → Base da estrutura do motor onde se fixam os cilindros, eixo de manivelas e acessórios.
A fixação do motor à aeronave é feita através do cárter.

Eixo de Manivelas → Transforma o movimento linear do pistão em rotativo para conduzia a


energia do motor para hélice. As suas partes principais são o moente e o braço da manivela.

Mancais → Peças que apoiam e permitem o movimento das partes móveis com o mínimo de
atrito o possível.

Biela → Responsável por transmitir a força de expansão dos gases do pistão para o eixo de
manivelas. Geralmente são constituídas de aço em forma de I ou H.

Pistão → Peça cilíndrica que desliza no interior do cilindro. Faz a parte principal de toda a função
de um motor convencional. Geralmente feito de liga de alumínio. Possui em sua saia, os anéis de
segmento.

Cilindro → Parte do motor onde a carga ar-combustível é admitida, comprimida e queimada. Feito
de material resistente. Leve e bom condutor de calor. É dividido em cabeça e corpo.

Válvulas de Admissão e Escapamento → Tem a função de abrir e fechar a entrada da mistura


combustível e saída dos gases de escapamento.

Câmara de Combustão → Espaço interior onde a mistura é queimada.

Motores Convencionais → Performance

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Momento ou Torque

Capacidade de produzir rotação/torção. Momento = Força x Braço

ANOTAÇÕES...

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Potência → Trabalho por unidade de tempo. 1HP = 76kgf/m/s.

Cilindrada → Volume deslocado pelo pistão durante o seu curso, ou seja, entre os pontos mortos.
Importante não confundir com volume do cilindro.

Eficiência ou Rendimento → Parcela de energia calorífica convertida em energia mecânica,


varia entre 25% a 30%.

ANOTAÇÕES...

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PARTE II
MOTORES PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Taxa Ou Razão de Compressão → Relação entre o volume do cilindro e volume da câmara de


combustão.

Limitações de Rotação da Hélice → Os motores aeronáuticos são geralmente de baixa rotação


e alto torque, isso é conseguido com altas cilindradas.

Potências (TIETA):
Potência Teórica → Liberada pela queima do combustível.
Potência Indicada → Medida na cabeça do pistão.
Potência Efetiva → Medida no eixo da hélice.
Potência Tratora (Útil) → Produzida pela hélice e gera tração para a aeronave.
Potência de Atrito → Perda de potência para as partes internas do motor.

ANOTAÇÕES...

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PARTE III
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Funções:
Principal: Evitar o atrito entre as partes internas do motor.
Secundárias: Auxiliar no resfriamento do motor / Auxiliar na limpeza e manutenção.

Agente do Sistema: Óleo Lubrificante

ANOTAÇÕES...

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PARTE III
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Características Principais:
1 – Boa Viscosidade;
2 – Baixo Ponto de Congelamento;
3 – Alto Ponto de Fulgor.

Determinação da Viscosidade → Viscosímetro de Saybolt, Classificação SAE.

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PARTE III
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Sistemas de Lubrificação:
1 – Por Salpique
2 – Por Pressão
3 – Mista

Componentes do Sistema de Lubrificação:

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PARTE III
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Instrumentos do Sistema de Lubrificação:


1 – Manômetro de Óleo → Indica a pressão do óleo, é de absoluta importância para a operação
do motor e deverá ser monitorado constantemente. Após a partida é o primeiro instrumento a se
observar no painel da aeronave.

2 – Termômetro de Óleo → Indica a temperatura do óleo. Importante instrumento que deverá ser
monitorado durante todo o voo.

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PARTE IV
CARBURAÇÃO, INJEÇÃO E ALIMENTAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Carburador → Unidade de formação de mistura mais simples, sendo responsável pelas fases
operacionais do motor.

ANOTAÇÕES...

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PARTE IV
CARBURAÇÃO, INJEÇÃO E ALIMENTAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Princípio de funcionamento do Carburador → O elemento básico é o tubo de Venturi. Quando


o piloto acelera, uma alavanca abre a borboleta e permite passagem de mais ar que passa por
estreitamente e cria uma sucção do combustível através do pulverizador vindo da cuba. A
gasolina é pulverizada no tubo de admissão e um orifício calibrado (giglê) faz a dosagem de
combustível.

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PARTE IV
CARBURAÇÃO, INJEÇÃO E ALIMENTAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Formação de Gelo No Carburador → O gelo pode se formar no carburador e isso pode


ocasionar:
-Queda de rotação.
-Queda de pressão de admissão.
-Funcionamento irregular do motor ou retorno de chama (sendo este último devido a gasolina
voltar ao estado liquido dentro do tubo de admissão).

Nota: Devido a gasolina ser fria o vapor de água contido no ar pode se congelar no carburador
mesmo em temperaturas a 15°C. Para eliminação de gelo é necessário aquecer o ar de
admissão. Retorno de chama também elimina o gelo. O desgelo do carburador é acionado por
uma alavanca no painel e aquecendo o ar de admissão.

Um sistema melhor do que a carburação são as injeções que calculam eletronicamente a


quantidade de gasolina que deverá ser injetada para formação de mistura, aumentando a precisão
e evitando erros.

Injeção Direta → Mistura é feita dentro do cilindro.


Injeção Indireta → Mistura é feita no tubo de admissão, pouco antes da válvula.

Sistema de Alimentação → Tem função de fornecer mistura ar-combustível para o motor na


temperatura e pressão ideais e livres de impurezas. Composto de três subsistemas:
1 – Indução
2 – Superalimentação

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PARTE IV
CARBURAÇÃO, INJEÇÃO E ALIMENTAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

3 – Formação de Mistura (Carburadores ou Injeção)

Sistema de Indução → Tem função de admitir, filtrar, aquecer e distribuir o ar pelos cilindros.
Composto por bocal de admissão, filtro de ar, aquecedor de ar, válvula de ar quente e coletor de
admissão.

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PARTE IV
CARBURAÇÃO, INJEÇÃO E ALIMENTAÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Superalimentação → Num motor aspirado, o pistão aspira o ar através da rarefação criada


durante a admissão. Portanto a pressão no tubo sempre será menor que a atmosférica. Isso gera
uma perda de potência ao se subir na atmosfera que pode ser reduzida com instalação de
superalimentadores.

Formação de Mistura → Parte do sistema de alimentação volta a misturar o ar e o combustível


em proporções corretas, vaporizando a gasolina e injetando-a no local correto. Existem três tipos
básicos: carburação, injeção indireta e injeção direta.

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PARTE V
ELÉTRICA E IGNIÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Sistema Elétrico → Tem a função básica de manter acionados os dispositivos elétricos para o
funcionamento de uma aeronave, tais como painéis, rádios, iluminação, etc.

Geradores → Dispositivos que criam energia elétrica a partir de outros tipos de energia.

O sistema elétrico de uma aeronave cria eletricidade a partir do princípio de indução


eletromagnética e da presença de um gerador (alternador). O alternador é um gerador de
corrente alternada que é composto por um imã que gira alternadamente dentro de um campo
magnético induzindo eletricidade. O movimento provém do próprio movimento do motor.

Ainda podemos destacar outros importantes componentes do sistema elétrico. Resumiremos


abaixo:

Dínamo → Gerador de corrente contínua.


Diodo → Retificador, permite passagem de corrente em um único sentido.
Retificadores → Componentes que transformam corrente alternada (AC) em contínua (DC).
Inversores → Componentes que transformam corrente contínua (DC) em alternada (AC).
Transformador → Dispositivo capaz de transformar (aumentar ou diminuir) corrente alternada.
Bateria → Dispositivo de acumulação de energia elétrica. Uma organização de acumuladores
ligados em série para fornecer a tensão necessária para um componente. Existem baterias de
chumbo (ácidas) ou de níquel-cadmio (alcalinas).
Disjuntor de Corrente Reversa → Impede que a corrente passe da bateria para o gerador,
causando sua queima.
Starter → Motor de partida das aeronaves. É um motor elétrico.

ANOTAÇÕES...

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PARTE V
ELÉTRICA E IGNIÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Dispositivos de proteção → Para evitar superaquecimento/incêndio são utilizados Circuit


Breakers (disjuntores) e fusíveis.

Sistema de Ignição → Produzir a centelha no interior do cilindro para provocar a combustão.


→ Esta centelha é produzida por magnetos, velas, chave e cabos de ignição
→ Sistema Independente do sistema elétrico

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PARTE V
ELÉTRICA E IGNIÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Cheque de Magnetos → Cheque realizado antes dos voos para testar integridade e
funcionamento dos magnetos. Existem três situações possíveis. O piloto eleva a rotação do motor
para um parâmetro de referência determinado pelo fabricante do motor e troca o magneto da
posição BOTH (ambos) para o esquerdo e direito, em sequência. Com isso há três possibilidades:

1 – Pequena queda de rotação → Condição normal.


2 – Queda acentuada na rotação → Anomalia no magneto testado.
3 – Nenhuma queda na rotação → Possível anomalia no outro magneto, ou falha de indicação
dos instrumentos.

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PARTE V
ELÉTRICA E IGNIÇÃO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Velas → São a cereja do sistema de ignição pois são os componentes com função de soltar a
centelha. Podem ser classificadas como quentes, normais ou frias e ainda serem do tipo blindadas
ou não blindadas.

ANOTAÇÕES...

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Os instrumentos são parte essencial das aeronaves e tem função de indicar sobre os sistemas e
componentes da mesma. Vamos classificar em grandes grupos:

1 – Instrumentos de Navegação → Auxiliam na orientação do voo quanto a navegação: Bússola,


Cronômetro, Giro Direcional, Horizonte Artificial, ADI, HSI, Inclinômetro.

2 – Instrumentos do Motor → Indicam parâmetros do motor para monitoramento: Manômetro de


óleo, Termômetro de óleo, Termômetro da cabeça do cilindro (CHT), Tacômetro, Fluxômetro,
Torquímetro.

3 – Instrumentos do Avião/Helicóptero → Indicam parâmetros dos sistemas: Liquidômetro,


Amperímetro.

4 – Instrumentos de Voo → Indicam parâmetros de voo: Velocímetro, Altímetro, Climb,


Machímetro.

Sistema de Pitot-Estático → Composto pelo Tubo de Pitot + Tomada Estática, tem a função de
captar pressão para os instrumentos básicos (altímetro, velocímetro, climb).

ANOTAÇÕES...

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Manômetro de Pressão Absoluta → Mede pressão em relação ao vácuo. Cápsula aneroide.


Aplicação: altímetro, velocímetro, climb.

Manômetro de Pressão Relativa→ Fornece indicações a partir da pressão ambiente. Tubo de


Bourdon. Aplicação: Pressão do óleo, combustível, oxigênio.

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Termômetros → Utilizados para medir temperatura, são diferentes tipos de termômetros para
diferentes locais de medição. O termômetro elétrico é ideal para temperaturas externas, o
termômetro pressão de vapor é ideal para medir a temperatura do óleo e o termômetro par
termoelétrico para medir a temperatura da cabeça do cilindro

Giroscópio → Dispositivo girante que mantém sempre a mesma direção de movimento opondo-
se a qualquer tentativa de mudar sua direção original. Isso faz com que ele sirva como um
verificador de direções. Possui duas propriedades:
A – Rigidez Giroscópica: Quando o rotor é posto parar girar ele mantém a posição inicialmente
fixada, independente dos movimentos externos
B – Precessão: Ao aplicar uma força perpendicular ao eixo do rotor do giroscópio ele irá rotacionar

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Instrumentos que utilizam do princípio de giroscópio:

Tacômetro
Medidor de RPM, pode ser mecânico ou elétrico.

Liquidômetro
Indicador de quantidade de combustível
nos tanques

ANOTAÇÕES...

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Fluxômetro → Indica o fluxo de combustível pelo motor (consumo). Geralmente em galão/hora ou


litros/hora.

Radioaltímetro (RADAR Altímetro) → Indica a altitude absoluta (altura) da aeronave. Funciona


baseado na emissão de ondas eletromagnéticas e o eco vindo da superfície.

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PARTE VI
INSTRUMENTOS PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Bússola → É o instrumento que indica a proa magnética, (direção entre o norte magnético da
terra e o eixo longitudinal do avião).

Instrumento básico de navegação e orientação presente em qualquer aeronave, a bússola


magnética é um dos instrumentos de navegação mais antigos, cuja finalidade é a indicação de
direções magnéticas na superfície terrestre.

Faixas de utilização → Servem para indicar as condições de funcionamento normal ou anormal


do sistema. Á casos que o instrumento não possui indicação numérica, mas apenas as cores
convencionais, que são:
Verde – Funcionamento normal
Amarelo – Alerta ou tolerável por pouco tempo
Vermelho– Alerta, não tolerável

CADC → Computador que aciona eletricamente todos os instrumentos e dispositivos baseados no


sistema Pitot-estático, como o velocímetro, altímetro, variômetro, machímetro, piloto automático,
etc. Usado em aviões complexos e de grande porte.

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PARTE VII
PROTEÇÃO CONTRA FOGO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

O sistema de proteção contra fogo tem função básica de detectar e extinguir eventual fogo nos
sistemas da aeronave.

Esse sistema subdivide-se em:


1 – Sistema de Detecção de Superaquecimento e Fogo
2 – Sistema de Extinção de Fogo

Para que ocorra a combustão é preciso que exista o triângulo do fogo. O triângulo do fogo é
formado por três elementos, que são o combustível, o calor e o oxigênio.

O fogo resulta da combustão, que consiste em uma reação química elementar. O combustível é o
responsável pelo fornecimento da energia para a queima, o comburente compreende a substância
que realiza a reação química com o combustível. E por fim, temos o calor, que é fundamental para
o começo da reação entre o combustível e o comburente.

Ponto de Fulgor é a temperatura que o combustível começa a emitir vapores inflamáveis


suficientes para combustão. Esse valor serve pra indicar relativa segurança no manuseio do
inflamável. A gasolina, gira em torno de -43ºC, a querosene de aviação em torno de 60ºC.
Ponto de Auto Inflamação é a menor temperatura em que ocorre uma ignição independente de
fonte externa de calor.

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PARTE VII
PROTEÇÃO CONTRA FOGO PILOTO PRIVADO - DIRETO AO PONTO

Princípio de combate ao fogo → Para extinguir o fogo, basta eliminar um dos componentes
básicos de sua formação ou seja: combustível, calor ou o oxigênio. Os processos de extinção se
dão por abafamento ou resfriamento.

Classificação de incêndios:
Classe A → Combustíveis sólidos que geral cinza ou brasa (papel, lenha)
Classe B → Combustíveis líquidos inflamáveis (gasolina)
Classe C → Equipamento Elétrico (fios elétricos)
Classe D → Metais (magnésio, titânio)

Agentes extintores:
Água → Classe A
Espuma → Classe B
Pó Químico → Classes B e C
CO2 → Classe C
Pó Seco → Classe D

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