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2 - Anatomia e Fisiologia Humana - 145 Pag
2 - Anatomia e Fisiologia Humana - 145 Pag
Técnico em Enfermagem
2018
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Anatomia e Fisiologia Humana
SUMÁRIO
AULA 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA .................................................................................... 7
1.1 BREVE HISTÓRICO .................................................................................................................. 7
1.2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7
1.3 DEFINIÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 8
1.4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO: ............................................................................................. 9
AULA 2 - CONCEITO DE NORMAL, VARIAÇÃO ANATÔMICA, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE ........ 9
2.1 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA: ................................................................... 10
2.2 TERMOS DE POSIÇÃO E PLANOS: ........................................................................................ 10
2.3 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO:................................................................................ 14
2.3.1 Unidades estruturais .................................................................................................... 14
AULA 3 - A CÉLULA ............................................................................................................................. 16
3.1 ESTRUTURA DA CÉLULA: ..................................................................................................... 16
3.1.1 Membrana celular ou plasmática: ............................................................................... 16
3.1.2 Citoplasma: .................................................................................................................. 16
AULA 4 - DIVISÃO CELULAR:............................................................................................................... 18
4.1.1 Fases da Mitose:........................................................................................................... 18
4.2 FISIOLOGIA DA CÉLULA: ...................................................................................................... 19
4.2.1 Movimento através da membrana celular: ................................................................. 19
4.2.2 Metabolismo energético: ............................................................................................. 19
4.3 SUBSTÂNCIAS INTERCELULARES: ........................................................................................ 20
4.4 LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES:................................................................................. 20
AULA 5 - TECIDOS............................................................................................................................... 20
5.1 TECIDO EPITELIAL: ............................................................................................................... 20
5.2 TECIDO CONJUNTIVO .......................................................................................................... 21
5.2.1 Tipos de tecido conjuntivo mais importantes: ............................................................ 22
5.3 TECIDO MUSCULAR ............................................................................................................. 24
5.4 TECIDO NERVOSO: ............................................................................................................... 24
AULA 6 - A PELE .................................................................................................................................. 24
6.1 FUNÇÕES DA PELE: .............................................................................................................. 24
6.2 CAMADAS DA PELE: ............................................................................................................. 25
6.2.1 Epiderme: ..................................................................................................................... 25
6.2.2 Derme:.......................................................................................................................... 25
6.2.3 Hipoderme ou subcutâneo: ......................................................................................... 25
6.3 ANEXOS DA PELE: ................................................................................................................ 26
AULA 7- SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................................................ 27
7.1 FUNÇÕES DO ESQUELETO: .................................................................................................. 27
7.2 OMPOSIÇÃO DO OSSO: ....................................................................................................... 27
7.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: ............................................................................................... 28
7.4 MEMBRANAS DO OSSO: ...................................................................................................... 29
7.5 MEDULA ÓSSEA: .................................................................................................................. 29
AULA 8 - DIVISÕES DO ESQUELETO: .................................................................................................. 29
8.1 ESQUELETO AXIAL ............................................................................................................... 30
8.2 ESQUELETO APENDICULAR.................................................................................................. 35
8.3 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES: ................................................................................... 38
AULA 9 - ARTICULAÇÕES .................................................................................................................... 40
9.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES:.................................................................................. 40
9.2 PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES: ................................................................................................ 42
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ETESES – Escola Técnica de Saúde do Espírito Santo
Anatomia e Fisiologia Humana
9.3 PRINCIPAIS MOVIMENTOS ARTICULARES: .......................................................................... 42
AULA 10 - SISTEMA MUSCULAR ......................................................................................................... 44
10.1 TIPOS DE MÚSCULOS: ......................................................................................................... 44
10.1.1 Músculo esquelético: ................................................................................................... 44
10.1.2 Músculo Liso: ............................................................................................................... 44
10.1.3 Músculo cardíaco: ........................................................................................................ 44
10.2 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS: ...................................... 45
10.3 FÁSCIA MUSCULAR: ............................................................................................................. 45
10.4 PROPRIEDADE DOS MÚSCULOS: ......................................................................................... 45
10.5 INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO: ................................................................................................... 46
10.6 REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR:............................................................................. 46
AULA 11 - CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS: ................................................................. 46
11.1 PRINCIPAIS MÚSCULOS: ...................................................................................................... 46
11.1.1 Músculos da cabeça: .................................................................................................... 46
11.1.2 Músculos do Pescoço: .................................................................................................. 48
11.1.3 Músculos do dorso: ...................................................................................................... 48
11.1.4 Músculos do tórax:....................................................................................................... 49
11.1.5 Músculos do abdômen:................................................................................................ 50
11.1.6 Músculos dos membros inferiores: ............................................................................. 50
11.1.7 Músculos dos membros superiores: ............................................................................ 56
AULA 12 - SISTEMA NERVOSO ........................................................................................................... 58
12.1 DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO: ....................................................................................... 59
12.2 TIPOS DE CÉLULAS NERVOSAS: ........................................................................................... 59
12.2.1 Neurônios (células nervosas): ...................................................................................... 59
12.2.2 Neuróglia: ..................................................................................................................... 60
12.3 CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS SEGUNDO A FUNÇÃO: .................................................. 60
AULA 13 - SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):................................................................................. 60
13.1 ENCÉFALO: ........................................................................................................................... 61
13.2 ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO): ................................................................................... 63
13.3 ENCÉFALO POSTERIOR: ....................................................................................................... 63
13.4 VENTRÍCULOS CEREBRAIS: .................................................................................................. 64
13.5 LÍQUIDO CEREBROESPINHAL OU LÍQUIDO CEFALORAQUIDIANO (LCR): ............................ 65
13.6 MENINGES: .......................................................................................................................... 65
AULA 14 - MEDULA ESPINHAL: .......................................................................................................... 65
14.1 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: ......................................................................................... 65
14.1.1 Nervos Espinhais: ......................................................................................................... 66
14.1.2 Nervos Cranianos: ........................................................................................................ 66
AULA 15 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA): .......................................................................... 69
AULA 15 - ÓRGÃOS DOS SENTIDOS ................................................................................................... 71
15.1 VISÃO: .................................................................................................................................. 71
15.1.1 Estruturas Externas do olho: ........................................................................................ 71
15.1.2 Estruturas Internas do olho: ........................................................................................ 72
15.1.3 Fisiologia da Visão: ....................................................................................................... 74
15.2 AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO ....................................................................................................... 74
15.2.1 Estruturas da orelha: .................................................................................................... 74
15.2.2 Fisiologia da Audição: .................................................................................................. 74
15.3 OLFAÇÃO ............................................................................................................................. 75
15.3.1 Fisiologia da Olfação: ................................................................................................... 75
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Anatomia e Fisiologia Humana
15.4 GUSTAÇÃO ........................................................................................................................... 75
15.4.1 Fisiologia do Gosto: ...................................................................................................... 76
15.5 TATO .................................................................................................................................... 76
15.5.1 Fisiologia do Tato: ........................................................................................................ 76
AULA 16 - SISTEMA CIRCULATÓRIO ................................................................................................... 77
16.1 SANGUE ............................................................................................................................... 77
16.1.1 Plasma sanguíneo: ....................................................................................................... 77
16.1.2 Células sanguíneas: ...................................................................................................... 77
16.1.3 Hemostasia................................................................................................................... 78
16.1.4 Mecanismo da coagulação ........................................................................................... 79
AULA 17 - GRUPOS SANGUINEOS: ..................................................................................................... 79
17.1 GRUPO ABO ......................................................................................................................... 80
17.2 Fator Rh ............................................................................................................................... 80
AULA 18 - DIVISÕES BÁSICAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO .............................................................. 80
18.1 CORAÇÃO............................................................................................................................. 81
18.1.1 CICLO CARDÍACO .......................................................................................................... 83
18.2 CONTROLE DO CORAÇÃO PELO SISTEMA NERVOSO .......................................................... 84
18.2.1 Efeitos de íons na função cardíaca............................................................................... 85
18.2.2 Batimento cardíaco ...................................................................................................... 85
18.3 DÉBITO CARDÍACO ............................................................................................................... 85
18.4 VASOS SANGUÍNEOS ........................................................................................................... 85
18.4.1 9.7.1. Artérias ............................................................................................................... 85
18.4.2 Veias ............................................................................................................................. 86
18.4.3 Capilares ....................................................................................................................... 86
18.4.4 Inervação dos vasos sanguíneos .................................................................................. 86
18.4.5 As principais artérias do corpo humano são: .............................................................. 87
18.4.6 As principais veias do corpo: ........................................................................................ 87
AULA 19 - SISTEMA LINFÁTICO .......................................................................................................... 99
19.1 COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO ............................................................................ 99
19.2 FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO ...................................................................................... 99
19.3 SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO .......................................................................................... 99
19.4 ÓRGÃOS RELACIONADOS .................................................................................................. 100
19.4.1 Baço ............................................................................................................................ 100
19.4.2 Tonsilas....................................................................................................................... 100
19.4.3 Timo ........................................................................................................................... 101
AULA 20 - SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................................................103
20.1 ESTRUTURAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO........................................................................ 103
20.1.1 Nariz ........................................................................................................................... 103
20.1.2 Cavidade Nasal ........................................................................................................... 103
20.1.3 Seios Paranasais ......................................................................................................... 104
20.1.4 Faringe........................................................................................................................ 104
20.1.5 Laringe ........................................................................................................................ 104
20.1.6 Traquéia ..................................................................................................................... 105
20.1.7 Brônquios e Ramos .................................................................................................... 107
20.1.8 Pulmão ....................................................................................................................... 107
AULA 21 - FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO ........................................................................................... 108
21.1 MECANISMOS DA RESPIRAÇÃO ......................................................................................... 108
21.2 TIPOS DE RESPIRAÇÃO....................................................................................................... 109
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Anatomia e Fisiologia Humana
21.3 CONTROLE AUTOMÁTICO DA RESPIRAÇÃO ...................................................................... 109
AULA 22 - SISTEMA DIGESTÓRIO .....................................................................................................110
22.1 CONCEITO .......................................................................................................................... 110
22.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO ........................................................................... 110
22.2.1 Cavidade Bucal ........................................................................................................... 110
22.2.2 Lingua ......................................................................................................................... 110
22.2.3 Dentes ........................................................................................................................ 111
22.2.4 Faringe........................................................................................................................ 112
22.2.5 Esôfago ....................................................................................................................... 113
22.2.6 Estômago.................................................................................................................... 113
22.2.7 Intestino Delgado ....................................................................................................... 114
22.2.8 Intestino Grosso ......................................................................................................... 115
AULA 23 - GLÂNDULAS ANEXAS .......................................................................................................116
23.1.1 Glândulas Salivares .................................................................................................... 116
23.1.2 Pâncreas ..................................................................................................................... 117
23.1.3 Fígado ......................................................................................................................... 117
AULA 24- SISTEMA URINÁRIO ..........................................................................................................118
24.1 RINS ................................................................................................................................... 118
24.2 FISIOLOGIA DA FORMAÇÃO DA URINA ............................................................................. 120
AULA 25 - SISTEMA URINÁRIO - URETERES .....................................................................................121
25.1 BEXIGA URINÁRIA .............................................................................................................. 121
25.2 URETRA .............................................................................................................................. 121
AULA 26- SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................................................................122
26.1 PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO.......................................................... 123
26.1.1 Hipófise ...................................................................................................................... 123
26.1.2 glândula tireoide ........................................................................................................ 125
26.1.3 Glândula paratireoide ................................................................................................ 125
26.1.4 Glândulas supra-renais .............................................................................................. 125
AULA 27 – PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................126
27.1.1 Pâncreas ..................................................................................................................... 126
27.1.2 Ovários ....................................................................................................................... 126
27.1.3 Testículos ................................................................................................................... 127
27.1.4 Corpo pineal ............................................................................................................... 127
27.1.5 Timo ........................................................................................................................... 127
AULA 28 - SISTEMA REPRODUTOR ..................................................................................................117
28.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ................................................................................ 117
28.1.1 Órgãos externos: ........................................................................................................ 118
28.1.2 Órgãos internos .......................................................................................................... 120
AULA 29 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.................................................................................121
29.1.1 Órgãos Externos ......................................................................................................... 121
29.1.2 Órgãos Internos.......................................................................................................... 122
29.2 MAMA ............................................................................................................................... 125
AULA 30 - FISIOLOGIA DA OVULAÇÃO E MENSTRUAÇÃO ............................................................... 126
30.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ................................................................................................... 128
30.2.1 CAPÍTULO I- DEFINIÇÕES GERAIS E PLANOS ANATÔMICOS ...................................... 128
30.2.2 CAPÍTULO II E III- CÉLULAS E TECIDOS........................................................................ 128
30.2.3 CAPÍTULO IV- SISTEMA TEGUMENTAR ...................................................................... 129
30.2.4 CAPÍTULO V- SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................ 129
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Anatomia e Fisiologia Humana
30.2.5 CAPÍTULO VI- SISTEMA NERVOSO .............................................................................. 130
30.2.6 CAPÍTULO VII- MUSCULAR ......................................................................................... 133
30.2.7 CAPÍTULO VIII- SISTEMA DOS ÓRGÃOS SENSITIVOS .................................................. 135
30.2.8 CAPÍTULO IX- SISTEMA CIRCULATÓRIO...................................................................... 135
30.2.9 CAPÍTULO X- SISTEMA LINFÁTICO .............................................................................. 137
30.2.10 CAPÍTULO XI- SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................. 138
30.2.11 CAPÍTULO XII- SISTEMA DISGESTÓRIO ................................................................... 139
30.2.12 CAPÍTULO XIII- SISTEMA URINÁRIO ........................................................................ 142
30.2.13 CAPÍTULO XIV-SISTEMA ENDÓCRINO ..................................................................... 142
30.2.14 CAPÍTULO XV- SISTEMA REPRODUTOR .................................................................. 142
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................................................144
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Anatomia e Fisiologia Humana
1.2 INTRODUÇÃO
O homem, como organismo vivo, pode ser visto como uma organização de pequenas
unidades chamadas células, as quais estão maravilhosamente integradas, tanto estrutural quanto
funcionalmente. As células eventualmente se especializam ou se diferenciam em nível maior ou
menor. Um agregado de células diferenciadas e semelhantes compõe um tecido. Os tecidos formam
sistemas. Pôr fim, os sistemas se combinam de uma maneira complexa para criar um homem
pensante e atuante. Quando se vê o corpo humano dessa maneira, fica-se maravilhado com a
complexidade de sua organização e com o perfeito equilíbrio e interdependência de várias partes.
A anatomia e a fisiologia descrevem esta interdependência de estrutura e função.
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente,
a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American
Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função
e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a
anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta
ciência.
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia
macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não
recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela
relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para
ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia
(estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação
de órgãos). Anatomia do desenvolvimento, relacionada ao estudo do momento da fertilização até
o nascimento.
Anatomia Sistêmica = é o método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema
cardiovascular, sistema respiratório etc.;
Anatomia Regional = é o método de estudo do corpo por regiões, como cabeça, tórax e
abdome;
Anatomia Clínica = é o método que enfatiza a estrutura e a função à medida que se
relacionam com a prática da medicina e outras áreas da saúde;
Anatomia Palpatória = é o método que investiga manualmente a superfície corporal. A
prática das técnicas de contato manual proporciona ao profissional de saúde a habilidade de receber
informações relativas de cada paciente.
Idade Observam-se diferenças anatômicas nos diversos períodos da vida intra ou extra-
uterina.
Sexo O masculino e o feminino apresentam características especiais.
Grupo étnico Compreende os grupamentos humanos com caracteres físicos (internos e externos)
comuns, fazendo-se distinguir as raças branca, negra, amarela e os mestiços.
Biótipo É o resultado dos caracteres herdados e dos adquiridos por influência do meio
ambiente.
Evolução Com o decorrer do tempo ocorrem diferenças morfológicas.
Posição anatômica: é o corpo em posição ereta, com cabeça, olhos e ponta dos dedos dos
pés dirigidos para frente; os MMSS estendidos ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas
para frente; os MMII estarão unidos. Na descrição das vísceras, pode-se fazê-lo em decúbito dorsal
(deitado de costas).
a) Termos de Relação:
* Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo.
* Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro).
Exemplo: O osso esterno e as cartilagens costais encontram-se
anteriormente em relação ao coração. Já os grandes vasos e a coluna
vertebral localizam-se posteriormente em relação ao coração.
b) Termos de Comparação:
* Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco.
* Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
Exemplo: O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço (distal), pois
está mais próximo da raíz de implantação do membro (cintura escapular).
diferenciar o sistema venoso superficial (mais próximo à superfície) do sistema venoso profundo
(passa mais profundamente junto com o sistema arterial).
* Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra
estrutura.
* Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura.
Exemplo: Se considerarmos a mão direita como referência, o membro
inferior direito é considerado homo/ipsilateral, pois está localizado do mesmo
lado. Já o membro inferior esquerdo é considerado contralateral, pois está
localizado no lado oposto à mão de referência (mão direita).
c) Termos de Movimento:
* Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
* Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
* Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal.
* Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
* Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.
* Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano.
* Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e
no ombro.
* Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula
e no ombro.
* Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada
dentária inferior.
* Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-
inferior.
* Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo
inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente.
* Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo
inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente.
* Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros.
* Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros.
* Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-
superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
* Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-
superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
* Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de
seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. e no ombro.
* Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de
seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. e no ombro.
* Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está
totalmente invertido, ele também está plantifletido.
* Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está
totalmente evertido, ele também está dorsifletido.
* Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como
acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo.
* Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se
fica em pé na ponta dos dedos.
Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são
relevantes para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual,
orgânico, sistêmico e organísmico.
Órgãos: um órgão é composto por células integradas em tecidos que executam uma função
comum.
Sistemas: as células estão agrupadas para formar tecidos; os tecidos se combinam para
formar órgãos. Um sistema é um grupo de órgãos. O sistema é a base para o plano estrutural geral
do corpo.
QUADRANTES ABDOMINAIS:
Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os
anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte
forma:
AULA 3 - A CÉLULA
3.1.2 Citoplasma:
Compõe a área de
armazenamento e de trabalho da
célula. É composto por organelas e
inclusões citoplasmáticas. As inclusões
citoplasmáticas são estruturas
temporárias, passivas, tais como
pigmentos, grânulos de secreção,
agregados de glicídeos, lipídeos ou
proteínas armazenadas, que serão
utilizadas pelas células nos seus
processos vitais.
As organelas são estruturas
vivas, ativas e organizadas que convertem energia, e frequentemente possuem uma membrana
limitante. São elas:
Retículo endoplasmático: É uma rede de tubos e canais que atravessa todo o citoplasma.
Pode ser liso ou rugoso. O tipo rugoso é assim chamado devido à presença de numerosos
ribossomos granulares espalhados sobre a sua superfície. Sua função é sintetizar proteínas. O tipo
liso, não tem ribossomos aderidos e é o local de várias transformações químicas.
Ribossomos: São densos agregados de RNA (ácido ribonucléico) e proteína e sua função é
sintetizar proteínas.
Lisossomas: Corresponde, como seu próprio nome diz, de um “corpo” contendo enzimas
digestivas. São responsáveis por um grande número de funções celulares, incluindo as seguintes:
digestão de grandes substâncias trazidas para dentro da célula pela fagocitose (processo no qual
parte da membrana celular forma uma bolsa em torno de uma partícula livre, fusionando-se a seguir
com um lisossoma). Digestão de grandes partículas pelas enzimas lisossomas, após fagocitose,
mostrando a fusão do lisossoma com a vesícula (fagossoma), contendo a partícula, para formar
vacúolo digestório.
Núcleo Celular:
Membrana Nuclear: Este termo não é muito apropriado, pois é formado na verdade por
duas membranas), é uma estrutura que envolve o núcleo das células eucarióticas, responsável por
separar o conteúdo do núcleo celular (em particular o DNA) do citosol.
Nucléolos: são em número variável, sendo que alguns núcleos não os possuem. São locais
para a síntese de RNA (ácido ribonucléico).
A divisão celular se trata da capacidade de uma célula se dividir dando origem a outras
células. Essa capacidade é de suma importância para todos os organismos vivos. Por exemplo, os
organismos pluricelulares, como os humanos, contêm dezenas de milhões de células. Entretanto,
esse complexo organismo foi gerado à partir de uma única célula denominada célula ovo.
A divisão celular não é um processo que ocorre do nada e por acaso. Esse processo é
estimulado, interrompido e controlado por fatores genéticos e pela sinalização química de diversas
substâncias. Isso quer dizer que a frequência, quando e como vai ocorrer depende da espécie que
pertence a célula e, também, de substâncias que desencadearão eventos que culminarão na divisão
celular.
Em relação ao que, de fato, é a divisão celular, é necessário dividirmos as células em dois
grupos. O primeiro se trata das células somáticas (MITOSE). Esse grupo representa a maior parte
das células do corpo e, nos humanos, possuem 23 pares de cromossomos totalizando 46. Elas são
as células que compõem os órgãos, como fígado, pulmão, coração, entre outros. O outro grupo é
denominado de células sexuais (MEIOSE). Esse tipo celular possui vinte e três cromossomos, metade
dos presentes nas células somáticas. Esse grupo celular se trata dos gametas que, em geral, são os
responsáveis pela existência da reprodução sexuada.
Ao saber desses dois grupos de células, somáticas e sexuais, é bastante razoável pensar que
elas não são geradas da mesma forma. E isso, realmente, é o que acontece. As células podem se
dividir de duas formas distintas, pela meiose ou pela mitose. Ambos são eventos complexos em que
uma célula dá origem à outra. Entretanto, existem várias diferenças entre eles.
A fim de manter as diversas atividades vitais e executar uma diversidade de tarefas, as células
devem ter um controle mais preciso sobre as concentrações internas de várias substâncias químicas.
Para regular estas concentrações, as células devem continuamente absorver e expelir substâncias
envolvidas no funcionamento celular. Qualquer troca, é claro, deve ocorrer na superfície da célula,
através da membrana celular. Os mecanismos pelos quais estas trocas ocorrem incluem:
Metabolismo é o termo geralmente usado para descrever todas as reações químicas que
ocorrem na matéria viva. O metabolismo energético, refere-se a degradação química, pela célula,
de nutrientes, para produzir energia necessária à realização de certas funções como o transporte
ativo, a contração muscular e a síntese bioquímica.
A energia liberada pela degradação dos alimentos não é utilizada diretamente pela célula
para a realização de seu trabalho. Ao invés disso, a energia é usada para sintetizar ATP.
AULA 5 - TECIDOS
O corpo humano possui grupos de células diferenciadas com características adaptadas à sua
função, mas de ação interdependentes.
Os tecidos compõem todos os órgãos e, por sua vez, todos os sistemas de órgãos.
A unidade básica do tecido é a célula. As células podem estar firmemente agrupadas, ou
separadas por material intersticial. Os tecidos são subdivididos em quatro categorias principais:
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas
umas às outras através de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. A estreita
união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de
agentes invasores e a perda de líquidos corporais.
O tecido epitelial desempenha funções de: proteção, absorção, secreção e excreção.
Os tecidos epiteliais são avasculares (sem vasos sanguíneos). A nutrição e a remoção de
detritos são executadas pela rede de vasos sanguíneos do tecido conjuntivo subjacente.
As células que compõem os tecidos epiteliais são classificadas de acordo com sua forma e
arranjo das camadas celulares.
Na verdade, é um tecido especializado com células que contêm gorduras. Age como um
acondicionamento firme, ainda que elástico, ao redor e entre os órgãos, feixes de fibras musculares
e nervos, dando suporte aos vasos sanguíneos. Funciona como reserva alimentar, sustentação para
órgãos, proteção contra o frio e ações mecânicas.
AULA 6 - A PELE
A pele do adulto recobre em média mais de 7.500 cm2 de área de superfície, pesa
aproximadamente 3 quilogramas e recebe cerca de 1/3 de toda a circulação sanguínea do corpo. É
elástica e possui inúmeras funções.
6.2.1 Epiderme:
É composta por células epiteliais pavimentosas estratificadas. Consiste de cinco camadas, da
superfície para a profundidade, o estrato córneo (células achatadas, mortas, que se assemelham a
escamas, preenchidas com uma proteína chamada queratina); estrato lúcido (não é visualizado em
pele pouco espessa, possui células achatadas mortas ou em degeneração); estrato granuloso
(possuem células achatadas cheias de grânulos); estrato espinhoso (várias fileiras de células
“espinhosas” com forma poliédrica); estrato germinativo (camada mais profunda e mais importante
contém células capazes de sofrer divisão mitótica que dão origem a todas as outras camadas da
epiderme. Nele se localizam os melanócitos que produzem a melanina).
6.2.2 Derme:
Localiza-se abaixo da epiderme, consiste em tecido conjuntivo contendo fibras colágenas e
elásticas, além de vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas.
Entre outras funções, a derme mantém a pele sob constante tensão elástica e nutre a epiderme
através de sua rede de capilares.
O cheiro do seu corpo vem de outro tipo de suor, aquele produzido pelas glândulas
apócrinas, que estão localizadas principalmente nas axilas e na região genital. Esse odor
específico é provocado pelas bactérias que temos pelo corpo. Elas comem a gordura que
eliminamos pelas glândulas apócrinas.
Ossos curtos: possuem uma forma irregular e não são meramente uma versão menor do
osso tipo longo. São exemplos dos ossos curtos, os ossos do carpo e do tarso.
Ossos do Carpo
Ossos planos: consistem em duas camadas finas de tecido compacto envolvendo uma
camada de osso esponjoso. São encontrados nos locais onde há necessidade de proteção das partes
moles do corpo ou necessidade de uma extensa inserção muscular. São exemplos dos ossos planos
as costelas, a escápula e os ossos do crânio.
Ossos irregulares: possuem a mesma estrutura básica dos ossos curtos e planos, porém têm
forma peculiar e diferente, tais como as vértebras e os ossículos do ouvido.
Ossos Pneumáticos: São ossos dotados de cavidades, possui pequenos orifícios que
permitem a passagem do ar chamado forames, como por exemplo os ossos da face.
O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais. A primeira é o esqueleto
axial, que representa o eixo mediano do corpo, sendo formado por ossos da cabeça (crânio e face),
pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro). A segunda
parte é o esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros inferiores e superiores,
junto com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica. No indivíduo adulto, quando em
completo desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206.
A parte axial consiste em crânio (28 ossos, incluindo os da face), o osso hióide, as vértebras
(26 ossos), as costelas (24 ossos) e o esterno. A parte apendicular do esqueleto consiste nos
membros superiores (64 ossos, incluindo a cintura escapular) e nos membros inferiores (62 ossos,
incluindo a cintura pélvica).
Crânio: Os ossos do crânio e da face têm a função de proteger as estruturas cerebrais e dos
órgãos dos sentidos. Os ossos do crânio envolvem e protegem o encéfalo, e são unidos de maneira
imóvel por suturas ou linhas de junção. Durante a infância, estas articulações são formadas por
tecido fibrocartilaginoso que gradualmente se ossificam.
Um frontal: os seios frontais são duas cavidades aéreas separadas por um septo e que se
comunicam com a cavidade nasal. Forma a testa, o teto da cavidade nasal e as órbitas (cavidades
ósseas onde se encaixam os olhos);
Dois parietais: situam-se lateralmente (direita e esquerda), na parte superior do crânio.
Formam os lados e o teto do crânio e são articulados na linha mediana formando a sutura sagital e
a sutura coronal nas suas articulações com o osso frontal;
Dois temporais: constituem as paredes laterais do crânio; na sua cavidade timpânica
localizam-se os três ossos da orelha média (martelo, bigorna e estribo). A saliência óssea atrás da
orelha denomina-se apófise mastóide (em número de duas, direta e esquerda); nela se localizam
cavidades que estão em contato com os órgãos da audição;
Um occipital: situa-se inferior e posteriormente, articula-se com a primeira vértebra cervical
e possui um orifício (forame magnum ou occipital), para a passagem da medula espinhal. Forma a
parte dorsal e a base do crânio, e articula-se com os ossos parietais anteriormente formando a
sutura lambdóide;
Um esfenóide: localiza-se entre os ossos parietais, temporais e occipital. Possui uma
escavação denominada sela túrcica, onde se aloja a hipófise. A parte central é oca, constituindo o
seio esfenoidal, que se abre na parte posterior da cavidade nasal. Forma a porção anterior da base
do crânio. É um osso único, em forma de cuia, que tem um corpo central e duas asas amplas que se
articulam com os ossos temporais de cada lado. Anteriormente articula-se com os ossos etmóide e
frontal e posteriormente com o osso
occipital. Assim, ele serve como
apoio, ligando os ossos cranianos
entre si.
Um etmóide: alguns
consideram um osso facial; é
atravessado pelos ramos do nervo
olfatório. É a principal estrutura de
suporte da cavidade nasal e
contribui para a formação das
órbitas. É o osso mais leve do crânio.
Face: como os do crânio, os ossos da face são unidos de maneira imóvel, por suturas, com
uma única exceção, a mandíbula.
Duas maxilas superiores: o direito e o esquerdo possuem o seio maxilar que se comunica
com a respectiva metade da cavidade nasal. Apresentam cavidades alveolares (em forma de arco)
para sustentar a arcada dentária superior;
Uma mandíbula: é o único osso móvel da face; apresenta cavidades alveolares para a
implantação dos dentes da arcada dentária inferior.
Dois zigomáticos: localizam-se na parte lateral (direita e esquerda) da face. Os dois ossos
que formam a
proeminência das
maçãs do rosto são
também chamados
ossos malares e
localizam-se sobre as
maxilas, articulando-
se com os seus
processos
zigomáticos;
Dois palatinos:
situam-se na parte
posterior da maxila,
formam a parte
posterior do teto da
boca, ou palato duro;
Dois nasais: o
direito e o esquerdo
formam a parte dorsal
do nariz.
Aspecto frontal do crânio.
7 vértebras cervicais;
12 torácicas;
5 lombares;
5 vértebras sacrais as quais se fusionam na vida adulta para formar o sacro;
4 vértebras coccígeas que se unem firmemente para formar o cóccix.
Tem como função dar suporte e movimento ao corpo, assim como proteção da medula
espinhal, a coluna vertebral é constituída de maneira a suportar forças de compressão muitas vezes,
superiores ao peso do corpo. Os discos intervertebrais de cartilagem agem como amortecedores
para reduzir a vibração ou pressão transmitida ao cérebro e reduzir a probabilidade de fraturas das
vértebras.
Tórax: é a porção do tronco constituída pelo esterno, cartilagens costais, costelas e corpos
das vértebras torácicas. Esta caixa óssea encerra e protege os pulmões e outras estruturas da
cavidade torácica. O tórax também fornece suporte para os ossos da cintura escapular e membros
superiores.
Formado pelos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés), ombro,
cintura, pelve, juntas, articulações e ligamentos, o esqueleto apendicular é aquele que se junta ao
esqueleto axial.
Ossos dos Membros Superiores: Estão incluídos os ossos da cintura escapular, braço,
antebraço e mão.
Clavícula- É um osso longo e delgado, localizado na base do pescoço logo abaixo da pele e
anteriormente à primeira costela. Sua extremidade medial articula-se com o manúbrio do esterno
e a extremidade lateral com o acrômio da escápula. A articulação entre a clavícula e o esterno é a
única articulação entre o membro superior e o tórax.
Cintura pélvica (pelve, quadril ou bacia) - Formada por dois ossos ilíacos, suporta o tronco e fornece
ligação com os membros inferiores. O par de ossos ilíacos (ossos pélvicos ou “ossos do quadril”) consiste
originalmente em três ossos separados: o ílio, o ísquio e o púbis. Os dois “ossos do quadril” articulam-se
entre si anteriormente ao nível da sínfise púbica e posteriormente com o sacro.
Ílio- Forma a proeminência superior do quadril. Fornece um suporte
adequado às vísceras abdominais. A sua parte superior denomina-se crista ilíaca. É o
único osso pélvico que se articula com a coluna vertebral, mas praticamente
impossibilitado de se movimentar devido aos ligamentos.
Ísquio- Encontra-se na parte inferior e posterior da pelve; na posição sentada
é o principal ponto de apoio do tronco.
Púbis- É superior e ligeiramente anterior ao ísquio. Apresenta-se ligado ao ílio
e ao ísquio. Os dois ossos púbicos se unem para formar uma articulação chamada sínfise púbica.
No local de união desses três ossos existe uma cavidade revestida por cartilagem denominada
acetábulo, cuja função é alojar a cabeça do fêmur, formando a articulação coxo femural.
Fêmur (coxa) - Considerado o maior osso do corpo humano. Sua extremidade superior forma uma
cabeça arredondada que se projeta para cima e aloja-se no acetábulo. A extremidade inferior do fêmur, que
se articulam com a tíbia.
Patela (“capuz do joelho”) - É um osso pequeno, achatado e um tanto triangular que se localiza
anteriormente à articulação do joelho e está no interior do tendão do músculo quadríceps femoral. A única
articulação é com o fêmur. A patela é móvel e serve para aumentar a ação de alavanca para os músculos que
alinham o joelho.
Tíbia- Maior dos ossos que formam a porção inferior da perna. A extremidade articula com o fêmur.
Também se articula com a fíbula lateralmente tanto na extremidade superior quanto na inferior.
Fíbula- Situa-se lateralmente e paralelamente à tíbia. Sua extremidade superior não alcança a
articulação do joelho e, portanto, não se articula com o fêmur. Sua extremidade inferior se articula com o
pé.
Os ossos do pé mantêm unidos através de fortes ligamentos que lhes permitem sustentar o peso
corporal e funcionar como alavanca durante o ato de andar. Dividem-se em tarso, metatarso e dedos. Os
ossos do tarso consistem em um grupo de sete pequenos ossos que se assemelham com os ossos cárpicos,
do punho, mas são maiores. Os ossos do tarso, são: calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial,
cuneiforme intermédio, cuneiforme lateral. O calcâneo é o maior deles e forma a proeminência do calcanhar.
Metatarso- Constituído por cinco ossos longos denominados metatársicos. O primeiro (do
lado tibial) é maior que o outro devido sua função de suporte de peso. O segundo, terceiro, quarto
e quinto (do lado fibular), têm por função suportar o peso corporal da parte anterior e lateral e
articular-se na parte superior com os ossos do tarso e na parte inferior com os ossos dos dedos.
Os ossos dos dedos do pé são chamados de falanges. Existem duas falanges no hálux e três
em cada um dos quatro dedos menores.
AULA 9 - ARTICULAÇÕES
Uma articulação é um lugar de união entre dois ou mais ossos independentes do grau de
movimento permitido por essa junção.
de um hormônio (relaxina) que determina a diminuição da consistência do tecido fibroso, que então
se relaxa.
O terceiro tipo de articulação inclui as mais complexas, que são as móveis, tecnicamente
denominadas diartroses. Para se ter exemplos dos movimentos que essas articulações permitem,
basta pensar nos que são executados pelos membros superiores e inferiores: andar, agachar, sentar,
manipular e carregar objetos. Sem as articulações dos joelhos, cotovelos, pés, mãos e dedos,
nenhum desses movimentos seria possível.
Cartilagem articular:
reveste as superfícies articulares
dos dois ossos vizinhos.
Ligamentos: reforçam a
função da membrana fibrosa, impedindo o deslocamento das superfícies articulares.
Líquido sinovial ou sinóvia: é um líquido oleoso existente na cavidade articular, secretado
pela membrana sinovial. Tem por finalidade nutrir a cartilagem articular e permitir o deslizamento
das superfícies cartilaginosas articulares.
Os músculos constituem 40% a 50% do peso do corpo. Quando eles se contraem afetam o
movimento do corpo como um todo, portanto quando se refere à sistema muscular as duas palavras
chaves são, contração e movimento.
A fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, protegendo-
o, evitando o atrito e coordenando seus movimentos. Trata-se de uma lâmina muito espessa, que
pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto.
Outra função desempenhada pela fáscia é permitir que os músculos deslizem entre si com
facilidade.
Os seres humanos nascem com todas as fibras musculares que sempre terão
São responsáveis pelos traços do rosto e pela mímica; atuam na movimentação da cabeça e
da coluna vertebral e participam do processo de mastigação.
Masseter e temporal: músculos da mastigação elevam a mandíbula, fechado a boca.
Bucinador: comprime as
bochechas para a trituração dos
alimentos.
Frontal: puxa o couro cabeludo
para frente, eleva os supercílios e enruga
a pele da fronte.
Orbicular do olhos: fecha as
pálpebras.
Orbicular da boca: fecha os
lábios.
Elevador do lábio superior:
eleva o lábio superior.
Zigomática maior: puxa o
ângulo da boca, para cima e para trás,
para o riso.
Zigomático menor: puxa o
lábios superior para cima e para fora.
Os músculos do pescoço tem como função principal mover a cabeça e o osso hióide. Os que
se encontram por detrás da coluna vertebral são chamados músculos da nuca e os demais são ditos
músculos do pescoço propriamente dito.
- Levantador da escápula: Eleva a escápula. Pode agir com o trapézio elevando o ombro, e
com os rombóides, na adução e fixação da escápula.
Existe um outro grupo muscular que se insere na coluna vertebral e nas costelas e tem
ação no equilíbrio e dinâmico do tórax.
Formam uma parede para proteção dos órgãos abdominais, influem no equilíbrio estático e
dinâmico das vísceras abdominais e atuam no movimento do tronco.
Os músculos da perna possuem longos tendões que podem atingir os dedos dos pés.
Participam dos movimentos do pé e da perna e têm função importante na deambulação.
Músculo fibular
curto
do que na externa, por que e peso corporal apoio-se na extremidade interna; - um camada grossa
de tendões ( aponeurose plantar) que recobre os seus músculos a fim de proporcionar uma maior
firmeza na sua arcada interna;- uma camada adiposa especial entre a pele e a aponeurose plantar,
principalmente na região do calcanhar, para funcionar como um amortecedor.
Porções Longas
- Bíceps braquial: situa-se na parte anterior; é considerado o músculo flexor mais importante
do braço.
- Braquial: flexiona o antebraço.
- Tríceps braquial: situa-se na parte posterior do braço. Estende o antebraço.
A ação muscular conjunta dos músculos da mão e do antebraço permite que a execute as
seguintes funções: - ser um órgão de preensão, principalmente o polegar; - executar os movimentos
articulares simples; - realizar simultaneamente uma combinação de movimentos; por exemplo: ao
escrevermos, o dedo flexiona-se na articulação proximal e estica-se nas articulações distais.
É dividido em duas partes: sistema nervoso central e o periférico. O sistema nervoso central
inclui o encéfalo e a medula espinhal. O sistema nervoso periférico inclui doze pares de nervos
cranianos com os seus ramos e trinta e um pares de nervos espinhais com os seus ramos.
Conduzem os impulsos elétricos de uma parte do corpo para outra. Consiste em um corpo
celular, contendo um núcleo e processos que transmitem os impulsos para o corpo celular
(dendritos) ou que saem dele levando os impulsos (axônios).
Os dendritos são processos que levam um impulso na direção do corpo celular. São
numerosos, curtos, ramificados e não têm bainha.
Os axônios levam os impulsos nervosos para
longe do corpo celular. Têm diâmetro constante,
contorno liso e bainha.
O termo fibra nervosa refere-se a qualquer
processo neuronal longo, como o axônio. Todas as
fibras nervosas possuem um envoltório por fora da
membrana celular, formado por células de Schwann.
Nas fibras maiores, os envoltórios são repetidos e
formam a bainha de mielina. Essa bainha se interrompe
a intervalos regulares, formando nós ou nodos de
Ranvier. Ainda, envolvendo mais externamente a bainha de mielina está o neurilema ou bainha de
Schwann.
12.2.2 Neuróglia:
Esse complexo “excitação-resposta” realizado pelas vias sensitivas e motoras e pelos centros
nervosos, constitui o arco reflexo que é o substrato anatomo funcional do sistema nervoso.
A condução dos impulsos nervosos ocorre somente em uma direção, efetua-se através de
sinapses, que é o ligamento do axônio de um neurônio aos dendritos de outro neurônio, permitindo
dessa forma que o sistema nervoso forme um agregado de neurônios interligados, necessário à
transmissão de impulsos de um neurônio para outro.
O encéfalo é constituído na sua parte central pôr substância branca e externamente por
substância cinzenta.
Na medula espinhal, uma região central em forma de H, de substância cinzenta é circundada
por substância branca.
13.1 ENCÉFALO:
Cérebro ou telencéfalo:
uma camada central (medular) composta por substância branca e uma camada periférica (córtex)
composta por substância cinzenta.
Os hemisférios são divididos em lobos que recebem o nome dos ossos do crânio situados
acima dele, compreendendo os lobos frontal, parietal, temporal e occipital, que estão delimitados
por sulcos.
Apesar de ser considerado a sede da inteligência suas funções são inúmeras e interligadas.
Diencéfalo:
O tálamo são duas grandes massas de substância cinzenta localizadas abaixo do corpo
caloso. Ele é o centro de ligação para todas as espécies de impulsos sensitivos, exceto para os
impulsos olfatórios. Esses impulsos são integrados pelo tálamo que os retransmite ao córtex
cerebral. Algumas sensações mais rudes (pressão, dor intensa, calor extremo) são analisadas a nível
do tálamo.
O hipotálamo situa-se sob o tálamo; é o local onde se aloja a hipófise. Suas principais funções
estão relacionadas com a regulação das descargas do sistema nervoso autônomo que acompanham
a expressão emocional e de comportamento, regulam a água e as concentrações de eletrólitos do
corpo, produz hormônios da neuro-hipófise.
Ventrículos do encéfalo
13.6 MENINGES:
As três meninges fornecem proteção para o
encéfalo e a medula espinhal. Da parte externa para a
interna são elas: a dura-máter, a aracnóide e a pia-
máter.
A dura-máter é a mais externa e espessa,
constituída de tecido fibroso denso.
A aracnóide é uma membrana serosa
delicada localizada entre a dura e a pia-máter.
A pia-máter é a mais interna, uma membrana vascular que consiste num plexo de
delicados vasos sanguíneos ligados entre si por tecido conjuntivo.
O espaço entre a dura-máter e a aracnóide denomina-se espaço subdural e entre a aracnóide
e a pia-máter, espaço subaracnóide, neste espaço, circula o líquido cefalo-raquidiano.
AULA 14 - MEDULA ESPINHAL:
O ser humano possui cinco órgãos dos sentidos e está em contato com o meio ambiente
através do tato, olfato, gustação, visão e audição. Os órgãos dos sentidos levam informações do
meio para o sistema nervoso e, dessa forma, contribuem para a manutenção do perfeito
funcionamento do organismo. Em cada órgão do sentido há três elementos nervosos: Receptor
externo: recebe a impressão sensitiva na periferia do organismo; Transmissor: transporta essas
impressões através de fibras nervosas; Receptor interno: Recebe do transmissor as impressões
colhidas e as transforma em sensações.
15.1 VISÃO:
Cavidade orbitária: é uma região óssea em forma de cone, na parte frontal da caixa craniana,
revestida de tecido gorduroso para acomodar o bulbo ocular.
Músculos extrínsecos do olho: são seis músculos que ligam o bulbo ocular à cavidade
orbitária e provêm o movimento de rotação e o suporte.
Pálpebras: são duas cortinas móveis, localizadas na parte anterior do bulbo ocular, protegem
o olho da poeira, da luz intensa e de qualquer impacto.
Membrana conjuntival: é uma fina camada de membrana mucosa que cobre a superfície
exposta do bulbo ocular. Funciona como uma cobertura protetora.
Aparelho lacrimal: o olho é lavado e lubrificado pelo aparelho lacrimal, que consiste de uma
glândula lacrimal, a qual secreta um líquido conhecido como lágrima, e seus ductos excretores,
através dos quais o líquido irriga a superfície do olho e o canalículo lacrimal, o saco lacrimal e o
ducto naso-lacrimal, através dos quais o líquido é drenado para a cavidade nasal.
Camadas do bulbo ocular: a parede do bulbo ocular é composta de três camadas. A parte
externa consiste da esclera, uma cobertura protetora fibrosa, e da córnea, um tecido transparente
funcionando como superfície refratora. A média é composta pela coróide que é uma camada
pigmentada e vascularizada, o corpo ciliar e a íris. A interna é a retina, uma camada contendo as
células receptoras visuais.
Humores do olho: O humor aquoso enche a cavidade anterior do olho (a porção do olho que
está situada na frente da lente), a qual é subdividida em câmara anterior (em frente à lente e à íris)
e camada posterior (entre a lente e a íris).
Visão de perto: aumenta a capacidade de refração dos raios devido a forma esférica do
cristalino provocada pela contração do músculo ciliar (existente no corpo ciliar) e relaxamento dos
ligamentos suspensores da lente;
15.3 OLFAÇÃO
Os receptores para o cheiro estão no epitélio olfatório, localizado no teto da cavidade nasal.
O epitélio olfatório contém dois tipos de células: células de suporte e células olfatórias. As células
olfatórias são neurônios com seus corpos celulares na camada epitelial da mucosa. A superfície
mucosa, eles se dividem em muitos processos finos ou cílios, os quais estão descobertos exceto por
uma fina camada de muco; em nenhum outro local do corpo existem terminações nervosas tão
expostas.
15.4 GUSTAÇÃO
As estruturas especializadas para a recepção do gosto são os botões gustativos. Os botões
gustativos têm receptores em forma de cebola com um pequeno poro abrindo a superfície da língua.
São encontrados em numerosas projeções pequenas (papilas) na língua. As maiores que formam
uma linha em V sobre a porção posterior da língua são as papilas valadas. As papilas fungiformes,
mais numerosas e menores, estão localizadas principalmente no ápice e nos lados da língua.
15.5 TATO
O tato é um dos cinco sentidos e é através dele que podemos perceber texturas,
temperaturas e sensações de dor. Diferentemente dos outros sentidos, que estão concentrados em
uma única parte do corpo, o tato pode ser percebido em todo o corpo humano, visto que o seu
órgão principal é a pele. As sensações permitidas pelo tato estão majoritariamente associadas ao
toque com as mãos, mas na realidade elas podem ser percebidas sempre que há contato da pele,
independentemente da parte do corpo que ela reveste, com um corpo físico.
16.1 SANGUE
Apesar da aparência homogênea, o sangue é constituído de uma parte líquida e outra sólida.
Em um adulto de 60 a 70 quilos, o volume sanguíneo varia de 4,8 à 5,4 litros; 44% desse volume
corresponde à parte sólida que consiste em eritrócitos, que estão relacionados com o transporte de
gases respiratórios; leucócitos, que combatem a infecção; e plaquetas que tem um papel essencial
na coagulação sanguínea. O restante é um líquido denominado plasma.
Leucócitos
Dois tipos gerais de glóbulos brancos ou leucócitos são encontrados no sangue: granulócitos
(basófilos, eosinófilos e neutrófilos) e agranulócitos (linfócitos e monócitos).
Os neutrófilos, os mais numerosos dos granulócitos são fagocíticos, funcionando na
destruição de microorganismos patogênicos e outras substâncias estranhas. Os eosinófilos e os
basófilos, também, estão relacionados com a defesa do organismo contra infecções. Os linfócitos
são importantes no processo de imunidade, produzindo anticorpos e outros agentes envolvidos no
processo imune. Os monócitos funcionam como fagócitos e participam no combate às infecções
crônicas. Tornam-se macrófagos, após invadirem locais com infecção.
O seu valor normal varia de 6.000 a 9.000/ml de sangue e, segundo alguns autores, de 5.000
a 10.000/ml de sangue.
Plaquetas
De cor amarelada, o plasma leva água e nutrientes para o resto do corpo. Detalhe: ele é 91%
constituído de água.
16.1.3 Hemostasia
Três mecanismos distintos estão envolvidos na hemostasia: agrupamento plaquetário ou
aglutinação, contração dos vasos sanguíneos e formação de coágulo de fibrina.
Quando um vaso mais volumoso do que um capilar é cortado ou lesado, as plaquetas
rapidamente se acumulam no local da lesão e se aderem à parede vascular. O agregado de plaquetas
forma um tampão temporário (trombo branco) capaz de fazer cessar a hemorragia nas pequenas
artérias e veias, simultaneamente, com a aglutinação das plaquetas, ocorre a constrição dos vasos
sanguíneos. Esse é o resultado da liberação de serotonina pelas plaquetas.
A partir do momento em que ocorre lesão de um tecido com sangramento, o vaso sanguíneo
se contrai (vasocontrição) e as plaquetas se aglomeram no local lesado, formando um tampão
denominado trombo branco. As células dos tecidos lesados e as plaquetas sofrem a ação dos fatores
da coagulação e formam a tromboplastina ou tromboquinase sanguínea, ou seja, o fator III. A
tromboplastina e alguns fatores da coagulação atuam sobre a protombina, transformando-a em
uma enzima denominada trombina. Esta, ao atuar sobre o fibrinogênio, transforma-o em fibrina,
que é uma rede de filamentos onde serão presos as plaquetas, eritrócitos e leucócitos; a partir do
momento em que é eliminado um líquido amarelo transparente incoagulável (soro), está formado
o trombo vermelho ou coágulo.
Existem fatores inibidores da coagulação, que impedem que a coagulação ocorra dentro dos
vasos sanguíneos, em condições normais. Consideram-se fatores inibidores:
Os grupos sanguíneos são denominados pelos antígenos contidos nos eritrócitos. Em cada
caso, o sangue possui anticorpos (também chamados aglutininas) contra antígenos não presentes
no sangue, assim como células imunológicas que podem produzir mais desses anticorpos.
Assim, o sangue do tipo A tem aglutininas anti-B; o tipo B tem aglutininas anti-A; o tipo O,
ambas e o tipo AB, nenhuma. Aparentemente, em caso de transfusões, o sangue que contém
antígenos não presentes no sangue do receptor não pode ser doado. Tal sangue é estranho ao
receptor, cujo sangue contém anticorpos que
causarão aglutinação e hemólise nas hemáceas do
doador. Assim, indivíduos com sangue do tipo A não
aceita transfusão dos tipos B ou AB; indivíduo do
tipo B não aceitam os tipos A ou AB e indivíduos do
tipo O não aceitam sangue dos tipos A, B ou AB,
indivíduo com sangue AB, que contém ambos
antígenos, são receptores universais. Indivíduos do
tipo O, cujo sangue não contém nenhum dos
antígenos são doadores universais.
17.2 Fator Rh
O fator Rh, assim denominado por que ele foi encontrado pela primeira vez no sangue do
macaco Rhesus, é um sistema que consiste em doze antígenos. Destes o “D” é o mais antigênico; o
termo Rh positivo, como é geralmente chamado, refere-se à presença do aglutinogênio “D”.
Os indivíduos Rh negativos não possuem antígeno “D” e consequentemente, formam
anticorpos anti-D quando recebem injeção de células positivas “D”. As aglutininas anti-D não
ocorrem naturalmente no sangue, assim a transfusão inicial do sangue Rh positivo no indivíduo Rh
negativo, pode meramente sensibilizar o receptor e causar o desenvolvimento de aglutininas, sem
a ocorrência de sintomas graves; contudo, uma vez sensibilizado, o receptor provavelmente
experimentará uma reação grave com infusão subsequente do sangue Rh positivo. A mesma reação
pode ocorrer quando a mãe Rh negativa tem um bebê Rh positivo. Se na hora do parto, um pouco
de sangue da criança alcançar a corrente sanguínea da mãe, esta pode ser sensibilizada. Isso poderia
causar problema com um feto subsequente Rh positivo. Os anticorpos produzidos como resultado
da sensibilização inicial podem alcançar a circulação do feto e causar aglutinação e hemólise. Esta
condição chama-se eritroblastose fetal. A criança nesta condição pode nascer morta ou com anemia
hemolítica.
Isto pode ser evitado pela administração à mãe de doses de anticorpos Rh a partir de 24 a
72 horas após o nascimento de uma criança Rh positivo. Esse tratamento evita o desenvolvimento
de anticorpos pelo sistema imunológico da mãe.
As divisões do sistema circulatório são o coração, uma bomba muscular consistindo de duas
câmaras receptoras (átrios) e duas câmaras bombeadoras (ventrículos) e dois circuitos fechados, o
circuito pulmonar (pequena circulação), e o circuito sistêmico (grande circulação).
18.1 CORAÇÃO
É uma câmara oca com quatro cavidades. Um órgão muscular entre os pulmões, no
mediastino, tem a forma de um cone invertido com o seu ápice voltado para baixo.
As estruturas do coração incluem o pericárdio (o saco que envolve as câmaras), as valvas e
as artérias, as quais suprem o músculo cardíaco.
A parede do coração consiste de três camadas distintas: o miocárdio (camada externa), o
epicárdio (camada média muscular) e o endocárdio (camada interna).
O coração é dividido em duas metades: esquerda e direita, cada uma delas subdividida em
duas câmaras. As câmaras superiores (átrios), estão separadas pelo septo atrial e as câmaras
inferiores (ventrículos), estão separadas pelo septo interventricular. Os átrios funcionam como
câmaras receptoras do sangue e os ventrículos funcionam como câmaras bombeadoras.
O átrio direito constitui a porção superior direita do coração. É uma câmara de parede fina
que recebe sangue de todos os tecidos, exceto dos pulmões. Três veias desembocam no átrio
direito: as veias cavas superior e inferior, que trazem o sangue das porções superiores e inferiores
do corpo; e o seio coronário que drena o sangue venoso do próprio coração. O sangue flui do átrio
para o ventrículo direito.
O ventrículo direito constitui a porção inferior direita do coração. A artéria pulmonar que
leva o sangue para os pulmões sai dele.
O átrio esquerdo constitui a porção superior esquerda do coração. Ele é ligeiramente menor
do que o átrio direito, com uma parede mais espessa. Recebe as quatro veias pulmonares que
drenam o sangue oxigenado dos pulmões. O sangue flui do átrio para ventrículo esquerdo.
As valvas do coração são dois tipos: valvas atrioventriculares, localizadas entre os átrios e os
ventrículos (tricúspide no lado direito e bicúspide ou mitral no lado esquerdo) e as valvas
semilunares (pulmonar e aórtica) localizadas entre o ventrículo e a artéria pulmonar (lado direito) e
aorta (lado esquerdo).
As valvas são compostas de cúspides, folhetos irregulares de tecido fibroso e cobertas por
endocárdio. Suas bordas são presas por cordões, chamados de cordas tendíneas aos músculos
papilares no interior dos ventrículos.
As valvas atrioventriculares (tricúspide e bicúspide) quando abertas, permitem a passagem
de sangue dos átrios para os ventrículos e, quando fechadas, impedem o refluxo sanguíneo dos
ventrículos para os átrios. As valvas semilunares (pulmonar e aórtica) quando abertas, permitem a
saída de sangue dos ventrículos para as artérias e, quando fechadas impedem o seu refluxo.
Em repouso, uma pessoa tem o sangue bombeado pelo coração, por todo corpo, em
aproximadamente 50 segundos.
18.4.2 Veias
As veias funcionam para conduzir o sangue do tecido periférico para o coração. As veias,
como as artérias, têm três camadas. A túnica íntima é fina e geralmente, não tem uma lâmina
elástica interna distinta. A túnica média contém muito menos músculo e bem menos fibras elásticas
do que a das artérias. A adventícia é a mais desenvolvida das três camadas. É composta
principalmente de tecido conjuntivo.
A pressão sanguínea nesses vasos é extremamente baixa, comparada à pressão no sistema
arterial, e o sangue sai, mesmo a pressão mais baixa, criando a necessidade de um mecanismo
especial pelo qual ele é levado ao coração. Para realizar esse processo, as veias possuem um sistema
único de válvas, que se abrem em direção ao coração. Elas servem para dirigir o fluxo de sangue
para o coração, particularmente numa direção ascendente, impedindo o refluxo, quando fechadas.
As veias tendem a seguir um curso paralelo àquele das artérias, mas estão presentes em
maior número. Sua luz é maior do que a das artérias e as paredes mais finas.
18.4.3 Capilares
Os capilares sanguíneos, ou vasos capilares, são vasos sanguíneos do sistema
circulatório com forma de tubos de pequeníssimo calibre. Constituem a rede de distribuição e
recolhimento do sangue nas células. Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com
ramificações originárias das artérias e, por outro, com as veias de menor dimensão.
Os capilares existem em grande quantidade no nosso corpo. Podem deformar-se com muita
facilidade e impedir a passagem de glóbulos vermelhos. A parede dos capilares é constituída por
uma única camada de células que é a túnica íntima (ou interna) das artérias. É nas paredes dos
capilares que ocorrem as trocas dos gases. Suas paredes são de tecido conjuntivo. Esses microvasos
têm diâmetro entre 5 e 10 μm e conectam arteríolas e vênulas, possibilitam a troca
de água, oxigênio, dióxido de carbono, vários outros nutrientes e resíduos químicos entre o sangue
e tecidos ao seu redor.
O sangue flui do coração às artérias, que se ramificam e estreitam-se até
formarem arteríolas, que se estreitam ainda mais e formam os capilares. Após o tecido ter
sido perfundido, os capilares se unem e se espessam até formarem vênulas, que continuam se
unindo e se espessando até formarem as veias, que levam o sangue de volta ao coração.
O "leito capilar" é a rede de capilares que alimenta um órgão. Quanto menor
o metabolismo das células, maior a quantidade de capilares necessários para fornecer nutrientes e
recolher os resíduos de alta tensao.
Os vasos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático, que possui ação vasoconstritora
(diminui o calibre dos vasos) e pelo nervo parassimpático, que é vasodilatador (aumenta o calibre
dos vasos). A ação conjunta desses dois feixes nervosos mantém o diâmetro e a tonicidade
muscular, que são fatores primordiais na distribuição sanguínea. Em condições normais, existe uma
comunicação (anastomose) entre ramos de artérias ou de veias entre si, mas com pouca passagem
de sangue. Quando ocorrem deficiências ou obstruções do vaso principal, o sangue passa a circular
ativamente por essas anastomoses, a fim de favorecer a distribuição sanguínea e derivar trânsito
sanguíneo por essa circulação colateral.
Coronária: irriga o músculo cardíaco; origina-se na porção inicial da aorta ascendente, próximo
à valva aórtica. Divide-se em:
Coronária direita: irriga o nó sinusal, o átrio direito, o ventrículo direito e o nódulo
atrioventricular;
Coronária esquerda: irriga o ventrículo esquerdo, parte do ventrículo direito e o septo
interventricular.
Aorta ascendente: origina as artérias coronárias direita e esquerda.
Arco da aorta, ou crossa da aorta – composto pelas artérias:
Braquiocefálica, que se bifurca em carótida comum (irriga o pescoço e a cabeça) e subclávia
direita (irriga o membro superior esquerdo);
Carótida esquerda que, em conjunto com a carótida comum, irriga o pescoço e a cabeça;
Subclávia esquerda, irriga o membro superior esquerdo. De cada subclávia originam-se alguns
ramos arteriais, destacando-se a artéria mamária (ou torácica interna). A continuação da artéria
subclávia é axilar, que no braço passa a chamar-se braquial. Na altura do cotovelo, essa artéria
bifurca em radial e ulnar.
Aorta torácica: irriga as paredes e o conteúdo da cavidade torácica.
Aorta abdominal – origina as artérias:
Tronco celíaco, que se ramifica em gástrica esquerda (irriga o estômago e o esôfago), hepática
comum (irriga o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas e parte do estômago) e esplênica (irriga o
baço e parte do estômago);
Mesentérica superior: irriga o intestino delgado e parte do intestino grosso;
Mesentérica inferior: irriga o intestino grosso a partir do cólon transverso;
Renais direita e esquerda: irrigam o rim correspondente.
Ilíacas comuns: a aorta bifurcar-se em ilíaca comum direita e esquerda, que irrigam o peritônio.
Cada ilíaca comum se bifurca em ilíaca interna e externa.
Ilíaca interna – irriga as paredes e o conteúdo da cavidade pélvica.
Ilíaca externa – é outra ramificação da ilíaca comum; na altura da região inguinal, passa a
chamar-se femoral.
Femoral – irriga a região inguinal, parte da genital e a coxa. Na altura do joelho, passa a
denominar-se poplítea, que se bifurca em tibial anterior e posterior. A região dorsal do pé, e a
região plantar, pelas artérias plantares medial e lateral.
dos membros superiores: as veias basílicas, mediana e cefálica unem-se às veias braquiais,
tornando-se em veia axilar que formará a veia subclávia;
da cabeça e do pescoço, através das veias jugulares internas e externas;
da parede e dos órgãos do tórax, através da veia ázigo.
A reunião das veias ilíaca externa e interna forma a veia ilíaca comum; a união das veias
ilíacas comuns direita e esquerda originará a veia cava inferior que, antes de desembocar no átrio
direito, recebe sangue venoso das veias renais e supra-hepáticas.
O sangue venoso é levado para o fígado através da veia aorta, em cujo interior se capilariza,
formando uma rede capilar intra-hepática; dessa rede originam-se as veias hepáticas ou supra-
hepáticas, que desembocam na veia cava inferior. Existem anastomoses entre o sistema porta e
cava, destacando-se as veias do esôfago com os ramos venosos do sistema ázigo.
Veias cardíacas:
Levam o sangue venoso da musculatura cardíaca para o átrio direito: existem algumas veias
muito pequenas que se originam nas paredes do coração e lançam o sangue venoso diretamente
no interior do átrio direito.
Veia tibial
anterior
Drenagem.
Drenar o excesso de líquido intersticial (líquido onde as células ficam mergulhadas e de onde
elas retiram seus nutrientes e eliminam substâncias residuais de seu metabolismo) afim de devolvê-
lo ao sangue.
19.4.1 Baço
É um corpo oval mole, vascularizado, localizado na parte superior esquerda do abdome sob
o diafragma e por trás das costelas inferiores.
O baço tem várias funções, dentre elas: destruição dos eritrócitos velhos, função
imunológica, armazenamento de sangue.
19.4.2 Tonsilas
Vários grupos de tonsilas (palatinas ou amídalas, faríngeas ou adenóides e linguais) formam
um anel de tecido linfóide e guardam a entrada dos tratos alimentar e respiratório contra a invasão
por microorganismos.
19.4.3 Timo
É um órgão achatado, de um rosa-cinzento, com dois lobos, situado na parte antero-superior
da cavidade torácica, na frente da aorta e atrás do esterno.
Esse órgão desempenha um papel importante no desenvolvimento de parte do sistema
imunológico. Ele é relativamente grande em relação ao tamanho do corpo durante a vida fetal e nos
primeiros dois anos após o nascimento. Aumenta em tamanho até a puberdade e, então começa a
atrofiar.
O termo respiração é definido como a união do oxigênio com alimento nas células, e a
liberação subsequente de energia para o trabalho, o calor e a liberação de gás carbônico e água.
20.1.1 Nariz
Inclui a parte do condutor respiratório superior que faz saliência na face e a cavidade nasal.
A cavidade nasal é composta de duas cavidades em forma de cunha separadas por um septo
formado em grande parte pela lâmina perpendicular do osso etmóide, o osso vômer e a cartilagem
septal.
O septo nasal foi removido, mostrando-se o aspecto lateral da cavidade nasal com as conchas
nasais
A cavidade nasal na realidade são duas cavidades paralelas que se estendem das narinas até
à faringe e estão separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa. Em seu interior existem
dobras chamadas conchas nasais, que têm a função de fazer o ar rotacionar. No teto das fossas
nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.
São espaços que contêm ar e que se comunicam com a cavidade nasal sendo revestidos com
uma membrana mucosa. Incluem os seios maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal. A principal função
do seio paranasal é manter os ossos do crânio mais leves, além de fornecer muco para a cavidade
nasal e agir como câmara de ressonância para produção de som.
20.1.4 Faringe
Há quatro aberturas na nasofaringe, duas para as tubas auditivas (eustaquianas) e duas para
o nariz, as coanas. A orofaringe tem uma única abertura a qual se comunica com a boca. A
laringofaringe abre-se na laringe e no esôfago.
A tonsila faríngea (adenóide) localiza-se perto das coanas. A tonsilas palatinas estão
localizadas entre a comunicação da boca e a orofaringe. São conhecidas como amídalas.
20.1.5 Laringe
Liga a faringe com a traquéia. Sua abertura está na base da língua. Consiste em nove
cartilagens unidas por músculos.
A cartilagem tireoide é a maior cartilagem da laringe. Possui nos proeminência conhecida
como “pomo de Adão”, que é maior nos homens do que nas mulheres. Outra cartilagem é a epiglote
que tem a forma de uma folha e age como uma dobradiça de porta, na entrada da laringe. Durante
a deglutição, ela age como uma tampa para prevenir a aspiração do alimento na traquéia. A
cartilagem cricóide é mais inferior das nove cartilagem da laringe.
Na laringe situam-se as cordas vocais, que são duas dobras longitudinais que se projejam
para a luz da laringe; denomina-se glote a fenda entre as duas cordas vocais.
As funções da laringe são: umedecer, aquecer o ar e reter as partículas das substâncias
estranhas através do muco secretado por sua mucosa; impedir a penetração de corpos estranhos
pela ação da epiglote a ser responsável pela fonação, através da vibração das cordas vocais e da
atuação dos músculos da laringe.
20.1.6 Traquéia
A laringe vista de cima (A), de lado(B) e em relação com cabeça e o pescoço (C), de trás (D)
e de frente (E).
20.1.8 Pulmão
Os pulmões são órgãos em forma de cone, estendendo-se do diafragma até
aproximadamente uma altura de 13 cm acima da clavícula (esta parte do pulmão é chamada de
cúpula). Os brônquios principais e as artérias pulmonares entram de cada lado do pulmão numa
fenda chamada hilo.
Os pulmões estão divididos por fissuras em lobos superior, médio e inferior (pulmão direito)
e superior e inferior (pulmão esquerdo).
O pulmão do adulto é uma massa esponjosa, frequentemente com uma cor cinza-azulada
por causa da poeira inalada e da fuligem nos linfáticos respiratórios. Em contraste, o pulmão da
criança é róseo, porque não entrou ainda nenhum material estranho.
Os alvéolos dos pulmões são cobertos com uma substância ativa em superfície ou
surfactante (uma lipoproteína na qual os componentes ativos são fosfolipídios), que diminui a
tensão superficial pulmonar, resultante da contração da fina camada de água que umedece as
superfícies alveolares.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa chamada pleura. Uma camada dessa
membrana, chamada pleura visceral reveste a superfície do pulmão. A outra camada, chamada de
pleura parietal, está em contato direito com o diafragma e a borda interna do tórax. Entre a pleura
e visceral, está a cavidade pleural, que contém um líquido para lubrificação, que permite que a
respiração se faça com um mínimo de atrito. Nessa cavidade pleural não deve existir ar ou outro
líquido, para não interferir na pressão negativa, que é um fator importante na mecânica respiratória.
Distribuição dentro dos pulmões. A parte aumentada mostra detalhes de ductos alveolares
abrindo-se em grupos de alvéolos, cada um chamado saco alveolar.
o esterno para fora, aumentando o diâmetro antero – posterior do tórax. A medida em que o tórax
se alarga, o colabamento das pleuras viscerais e parietal causa expansão de ambas as camadas,
alargando assim os pulmões e reduzindo a pressão dentro deles. A redução na pressão
intrapulmonar causa a entrada de ar nos pulmões.
Expiração: a expiração durante uma respiração em repouso é um processo passivo,
ocorrendo à medida que o diafragma e os músculos intercostais externos relaxam. A cavidade
torácica retorna ao seu tamanho de repouso e os pulmões retraem-se.
Relação dos pulmões com tórax anteriormente (A) e posteriormente (B). As linhas tracejadas
indicam as fissuras e os lobos dos pulmões.
O nariz filtra o ar através de quatro fases distintas. Quando você respirar pela boca, você
ignorar essas etapas. O resultado é mais doença, como dor de garganta e infecções de ouvido.
22.1 CONCEITO
O sistema digestório consiste em um longo tubo muscular que começa nos lábios e termina
no ânus, incluindo boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso e algumas
glândulas localizadas fora do tubo digestório, incluindo as glândulas salivares, fígado e pâncreas. As
funções principais do sistema digestório são: digestão e absorção do alimento ingerido e eliminação
de produtos sólidos do catabolismo.
22.2.2 Lingua
É um órgão muscular que possui as funções de empurrar o bolo alimentar entre os dentes,
misturando-o com a saliva; impulsionar o bolo alimentar durante a deglutição; participar na
articulação dos sons; ser um órgão gustativo através das suas papilas gustativas e participar na
defesa contra infecções por meio das células linfáticas localizadas na sua superfície ventral.
22.2.3 Dentes
Os dentes são construídos no seguinte plano básico: cada um é dividido em duas partes
principais: a coroa, que é a parte exposta e a raiz (ou raízes) que constitui a porção embutida no
alvéolos (cavidade óssea) da maxila ou mandíbula. A região de junção entre a coroa e a raiz é
denominada colo. A parte do dente é composta de dentina, uma substância semelhante ao osso em
sua composição, porém mais dura e mais compacta. A dentina da coroa é coberta por esmalte, a
substância mais dura do corpo, composta principalmente de fosfato de cálcio. O cemento, que é um
tecido semelhante ao osso, cobre a dentina da raiz. A gengiva é uma membrana mucosa que
circunda o colo e a parte inferior da coroa do dente como um colar.
Duas dentições surgem durante a vida do indivíduo, a decidual ou temporária (de leite) e a
permanente. Ambas as dentições começam o seu desenvolvimento no útero; os dentes deciduais
começam a se desenvolver aproximadamente na sétima semana fetal, e os dentes permanentes
aproximadamente no quarto mês. A decidual consiste de 20 dentes, cinco em cada quadrante; dois
incisivos, um canino e dois molares. Esses dentes nascem em média dos seis aos 24 meses após o
nascimento e, geralmente caem entre os seis e 12 anos de idade. Existem 32 dentes permanentes
numa dentição completa, oito em cada quadrante: dois incisivos, um canino, dois pré-molares e três
molares. Os incisivos, os caninos e pré-molares substituem os dentes deciduais (os pré-molares
sucedem aos molares deciduais), e os molares ocupam novas posições na mandíbula, aumentada
do adulto. A erupção dos terceiros molares, ou dentes do ciso é atrasada até após os 18 anos, sendo
que um ou mais se encontram ausentes em alguns indivíduos.
O palato, ou teto da boca, consiste em duas partes: uma porção anterior ou palato duro,
formada pelos ossos maxila e palatino; e uma porção posterior, palato mole, composta de músculos
que terminam numa projeção livre chamada úvula. A faringe localiza-se atrás da úvula.
22.2.4 Faringe
É a porção do trato digestório que serve como via tanto para o sistema respiratório quando
para o digestório. Ela permite ao indivíduo respirar através da boca mesmo se as cavidades nasais
estiverem obstruídas. A faringe possui as camadas musculares longitudinal e circular do tipo
estriado.
22.2.5 Esôfago
O esôfago é um tubo longo, reto que se comunica diretamente com o estômago. A passagem
do alimento é facilitada por forças ravitacionais comuns, assim como pelo tipo de arranjo dos
músculos no próprio tubo. O esôfago estende-se da faringe ao estômago por uma distância de cerca
de 25 cm. Está situada posteriormente á traquéia e possibilitando uma melhor absorção na parede
intestinal.
A atividade gástrica automática, sendo o simpático inibidor da contração da musculatura e
da secreção do suco gástrico e o parassimpático tem ação inversa.
22.2.6 Estômago
O estômago é a porção mais dilatada do tubo digestório, localiza-se inferiormente ao
diafragma, logo abaixo da borda costal do abdome superior. Serve principalmente como local de
armazenamento e câmara de mistura para o alimento antes que ele passe ao duodeno (a primeira
porção do intestino delgado), mas ocorre aí alguma digestão, e a comida, parcialmente digerida e
misturada é conduzida a uma massa semilíquida.
O estômago consiste de três partes, o fundo, uma porção superior deslocada para a
esquerda; o corpo, a porção central e a porção pilórica (antro), uma porção ligeiramente estreitada
na região termina antes da entrada no duodeno.
A cárdia é a abertura entre o esôfago e o estômago. O piloro é a abertura entre o estômago
e o duodeno e possui uma camada muscular circular espessa, formando o esfíncter pilórico.
A mucosa gástrica tem numerosas pregas proeminentes chamadas rugas, que se tornam lisas
quando o estômago está cheio. A mucosa gástrica secreta 1,5 a 2,5 litros de suco gástrico por dia,
de forma automática, através de:
O suco gástrico é composto por água, ácido clorídrico, muco gástrico, enzimas e fator
intrínseco. O ácido clorídrico interfere na formação das enzimas pepsina e catepsina; fornece um
meio ácido para que estes enzimas possam agir sobre as proteínas e impede o desenvolvimento e
a ativação da fermentação, da decomposição bacteriana e a proliferação de agentes patogênicos. O
muco gástrico, formado principalmente na região pilórica, envolve a mucosa gástrica como uma
camada protetora contra a agressão do ácido clorídrico. O fator intrínseco é uma proteína que atua
sobre a vitamina B 12.
Durante uma vida, o sistema digestivo agüenta 50 toneladas de comida. ... Os roncos no
estomago são resultado de movimentos peristálticos do estomago e do intestino, ou seja, são
normais da digestão. Quando o aparelho está vazio os roncos são mais altos porque não há nada
para abafar o som.
São representadas pelas glândulas salivares, pelo fígado e vesícula biliar e pelos pâncreas.
23.1.2 Pâncreas
O pâncreas é dividido em cabeça, corpo e cauda. É uma glândula grande e lobulada que
possui funções exócrina e endócrina, secretando externamente através de um ducto e
internamente para o sangue ou a linfa respectivamente. O suco pancreático, um suco digestório, é
o produto da função exócrina do pâncreas. Esse suco é composto por enzima:
A secreção do suco pancreático é controlado pelo sistema nervoso, sendo o simpático o
inibidor e o parassimpático o estimulador. Após a chegada do bolo alimentar ao duodeno, as células
entéricas enviam para a circulação sanguínea os hormônios secretina ou pancreozimina, que irão
estimular a secreção do suco pancreático. Esse suco sai dos pâncreas através do canal pancreático
(Wirsung), em direção ao duodeno.
23.1.3 Fígado
O fígado é um órgão anexo ao sistema digestório. Divide-se em lobo direito e esquerdo e,
por meio do hilo hepático, penetram a artéria hepática, a veia porta, os vasos linfáticos e os nervos;
do hilo saem o ducto hepático direito e esquerdo, que se unem para formar o ducto hepático, que
por sua vez se transforma em ducto cístico antes de penetrar na vesícula biliar.
O sistema urinário é uma das quatro vias excretores do corpo. As outras são intestino grosso,
a pele e os pulmões. Consiste em dois rins, que produzem urina para a bexiga; e a uretra, que
descarrega a urina da bexiga. A regulação da concentração de substâncias excretadas na urina
permite que o corpo controle a concentração de substâncias no sangue de modo a aumentar a
homeostase dos líquidos corporais.
24.1 RINS
São os órgãos com formato de feijões, situados atrás do peritônio parietal, contra os
músculos da parede abdominal posterior, um pouco acima da linha da cintura.
Pelo fato de estarem, na sua parte superior, em contato com o diafragma, eles se movem
ligeiramente junto a essa estrutura durante a respiração. O rim direito é ligeiramente mais baixo
que o esquerdo, possivelmente por causa do seu estreito relacionamento com o fígado.
Num corte transversal, o rim apresenta uma área central escurecida, que é a medula, e uma
área pálida, que é o córtex. A medula consiste em oito a doze pirâmides renais, cujos ápices
convergem nas projeções conhecidas como papilas, as quais, por sua vez, são recebidas por
cavidade (cálices) da pelve. O córtex consiste numa camada periférica que vai da cápsula para a base
das pirâmides e em colunas renais que cruzam a área entre as pirâmides. Está dividido em lóbulos.
Cada rim tem borda lateral convexa e uma borda medial côncava. Na superfície medial, a
artéria , a veia, os nervos renais, os vasos linfáticos e a pelve renal, entram na superfície côncava,
numa reentrância chamada hilo. Uma cavidade localizada nessa borda medial, contém uma porção
coletora em forma de saco chamada pelve, que representa a porção superior expandida do ureter.
A unidade funcional do rim é chamada néfron. Cada rim contém cerca de um milhão de
néfrons, cada um dos quais consistindo de um glomérulo, (novelo de capilares derivados da arteríola
aferente), que está contido numa depressão do túbulo em forma de taça, chamada cápsula
glomerular (cápsula de Bowman). Estendendo-se da cápsula glomerular há um longo túbulo coletor.
A urina é eliminada no ápice da pirâmide medular, nos cálices da pelve e, então, desce para o ureter.
Vistas global e sagital mediana mostrando a relação dos cálices com o rim como um todo.
são continuamente reguladas, a fim de manterem suas concentrações normais nos líquidos
corporais.
Secreção e reabsorção tubular: A composição final da urina é determinada muito mais pela
reabsorção tubular do que pela secreção. A secreção é, contudo, o determinante principal da
concentração de íons potássio na urina.
Clearance: É a eficiência com que o rim excreta qualquer substância, é frequentemente
expressa como sua clearance. A clearance representa o volume de plasma depurado de uma dada
substância a cada minuto.
Alteração da concentração e volume da urina: A regulação da concentração de urina é
realizada pelo hormônio antidiurético (ADH), secretado pela neuro-hipofise. Este hormônio é
sintetizado no hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise. Quando ocorre uma perda excessiva de
líquidos, os osmorreceptores no hipotálamo estimulam a liberação de ADH pela neuro-hipófise. O
ADH aumenta muitíssimo a permeabilidade dos túbulos coletores e distais, à água.
Os rins produzem aproximadamente 2 litros de urina por dia e fazem-no atuando como um
filtro natural do corpo humano, já que filtram mais de 200 litros de sangue por dia.
São dois tubos, um de cada rim, que funcionam no transporte de urina dos rins para a bexiga.
Cada um deles começa na pelve renal e vai até a região posterior da bexiga urinária. É dotado de
peristaltismo com ondas que começam na pelve renal e terminam na bexiga.
25.2 URETRA
É um canal que conduz a urina da bexiga para o meio exterior. Na sua porção inicial, existe
o esfíncter interno da uretra, de contração involuntária, impedindo a saída de urina da bexiga.
Abaixo do esfíncter interno há o esfíncter externo, que é de contração voluntária, por ser
um músculo estriado. A uretra termina em um orifício denominado meato urinário, por meio do
qual a urina é eliminada por meio exterior.
Portanto, para ocorrer a micção, é necessário a ação estimulante do parassimpático, que
promove a contração dos músculos da bexiga e o relaxamento do esfíncter interno. Até um certo
ponto, a micção pode ser reprimida voluntariamente, pela contração do esfíncter externo.
26.1.1 Hipófise
É uma massa de tecido com cerca de 1 cm de diâmetro, pesando aproximadamente 0,8 g,
no adulto. Consiste em duas divisões básicas: a adeno-hipófise ou glândula hipófise anterior, e a
neuro-hipófise ou glândula hipófise posterior (ligada ao hipotálamo).
Neuro-hipófise:
Adeno-hipófise
A tireoide humana é composta de dois lobos que se dispõem de cada lado da traquéia e são
conectadas na linha média por um delgado istma, que se estende sobre a superfície anterior da
traquéia. No adulto, a tireoide pesa de 20 a 30 g.
Está sob controle do hormônio hipofisário TSH e, ao secretar os hormônios tiroxina e
triiodotironina, utiliza proteínas e iodo. O TSH promove a captação de iodo em todas as etapas na
síntese e liberação dos hormônios da tireoide. Seguindo suas secreções, T3 (triiodotironina) e o T4
(tireoxina) são transportados no sangue, em sua maioria ligados às proteínas.
Os hormônios tireoidianos promovem o crescimento e a diferenciação, aumentando a
síntese em quase todos os tecidos do corpo. Ou seja, agem em todos os processos metabólicos e
aceleram a queima de hidratos de carbono, proteínas e lipídios.
Córtex da supra-renal: Está sob o controle do ACTH hipofisário e suas principais hormônios
são os mineralocorticóides (aldosterona), os glicocorticóides (cortisol ou hidrocortisona) e os
hormônios sexuais (androgênios e poucos estrogênio).
Esses dois hormônios são importantes no metabolismo dos hidratos de carbono e aumentam
a taxa de glicose no sangue. Nas emergências, ocorre um aumento imediato desses hormônios
devido à estimulação do simpático.
27.1.1 Pâncreas
Insulina: formada nas células beta das ilhotas e seus efeitos são o aumento na utilização e
diminuição da produção de glicose, além de aumentar a reserva e diminuir a mobilização dos ácidos
graxos e aumentar a formação das proteínas. Para manter a taxa de glicose em níveis normais, o
pâncreas diminui a secreção de insulina quando o nível de glicose no sangue estiver baixo, e vice-
versa.
Glucagon: formado nas células alfa das ilhotas, sua função é aumentar a taxa de glicose no
sangue, por estimular o fígado a liberar glicose para a corrente sanguínea.
27.1.2 Ovários
Progesterona é secretada pelo corpo amarelo, pelo córtex da supra-renal e pela placenta.
Sua principal função é preparar o organismo para a gestação através de:
27.1.3 Testículos
Esta glândula está sob controle dos hormônios da hipófise FHS e LH e secretam também,
mas em pequena quantidade, o hormônio estrógeno.
Encontra-se entre os hemisférios cerebrais; não se conhece o seu hormônio, mas calcula-se
que inibe a precocidade sexual.
27.1.5 Timo
Situa-se no mediastino; regride com o início da maturidade sexual e não se conhece o seu
hormônio. É de função desconhecida, mas calcula-se que interfere no controle do crescimento e da
maturação sexual, na defesa contra as infecções, na formação dos anticorpos e no sistema linfático.
Hormônios do Crescimento Todo o organismo Acelera o crescimento, aumentando o tamanho de todos os órgãos e
(Somatotrófico) promovendo o crescimento ósseo (antes do fechamento das epífises).
Pâncreas Insulina Aumenta a utilização de glicose pelas células e diminui a glicose no sangue.
Glucagon Aumenta a taxa de glicose sanguínea, por estimular o fígado a liberar glicose no
sangue.
Paratireóides Paratormônio Mantêm o equilíbrio de cálcio no organismo.
Os órgãos genitais masculinos são divididos de acordo com suas estruturas anatômicas e
funcionais em órgãos externos (escroto e pênis) e órgãos internos (testículos, epidídimos, ductos
deferentes, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais).
Escroto: é uma bolsa que se localiza posteriormente ao pênis sustentada pelo púbis. É
dividido por um septo em dois sacos, cada um com um testículo e seu epidídimo.
Pênis: é o órgão
masculino da cópula. É uma
estrutura flácida quando
não estimulada. É composto
de três colunas longitudinais
de tecido erétil (capaz de
aumentar
consideravelmente quando
repleto de sangue)
circundado por tecido
subcutâneo não adiposo e
coberto por pele.
Internamente é constituído
pelos corpos cavernosos
(formam a maior parte do
pênis e localizam-se na
parte dorsal) e pelo corpo
esponjoso (localizado
ventralmente e atravessado pela uretra). Em sua terminação distal, o corpo esponjoso expande-se
subitamente para formar a glande do pênis, sobre a qual fica situada o óstio da uretra. Na porção
mais distal, a pele dobra-se interna e dorsalmente sobre si mesma projetando-se sobre a glande do
pênis e formando o prepúcio.
Prepúcio
Testículos: são em número de dois; apresentam-se envolvidos pela bolsa escrotal e, após a
puberdade, produzem os espermatozóides e o hormônio testosterona.
Internamente, os testículos são compostos por septos fibrosos dividindo-os em cerca de 250
lóbulos. Cada lóbulo contém de um a três estreitos túbulos enovelados conhecidos com túbulos
seminíferos. As células reprodutoras masculinas são encontradas no interior desses lóbulos em
diferentes estágios de desenvolvimento.
Ductos Eferentes
- Vesículas seminais: existem duas vesículas seminais, bolsas membranas que se localizam
posteriormente à bexiga, próximo à base, constituindo cada uma de uma de um único tubo
enovelado sobre si mesmo. As vesículas seminais secretam um líquido espesso, contendo
nutrientes, que estimulam a movimentação dos espermatozóides.
- Ductos ejaculatórios: formados pela junção do ducto das vesículas seminais. Os ductos
ejaculatórios direito e esquerdo desembocam na uretra, localizada no interior da próstata.
Composto por órgãos externos (vulva) e órgãos internos (dois ovários, duas tubas uterinas,
útero e vagina) tem como função secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar e fornecer condições
para o desenvolvimento do novo ser vivo.
Vulva: inclui o monte púbico, os lábios menores, os lábios maiores, o clitóris, as glândulas
vestibulares e o hímen.
Lábios maiores: são duas pregas arredondadas de tecido adiposo recoberto de pele;
Vestíbulo da vagina: é uma fenda entre os lábios menores. Situado no interior da fenda
estão o hímen, o óstio (orifício) vaginal, o óstio (orifício) externo da uretra e as aberturas das
glândulas vestibulares (glândulas de Bartholin).
Clitóris: é uma projeção com a forma de uma ervilha, de tecido erétil, com nervos e vasos
sanguíneos que ocupa a porção apical do vestíbulo anteriormente à vagina. É uma estrutura
extremamente sensível, ligada á excitação sexual feminina;
Hímen: é uma delgada prega de membrana mucosa vascularizada que separa a vagina do
vestíbulo;
Ovários: são duas estruturas ovaladas com cerca de 4 cm de comprimento. Estão localizadas
na porção superior da cavidade pélvica, um de cada lado do útero. Apresentam-se presos aos
ligamentos do útero. Diminutos folículos vesiculares em vários estágios de desenvolvimento estão
presentes no interior de cada ovário. O óvulo desenvolve-se dentro desses folículos. As duas
principais funções dos ovários são o desenvolvimento e a expulsão do óvulo e a elaboração de
hormônios sexuais femininos.
A mulher já nasce com todos os óvulos que irá ovular durante a vida toda.
Istmo
Órgãos femininos da reprodução. “A”, Útero, vista posterior. “B”, útero, seccionado para
mostrar as estruturas externas. “C”, posição no corpo. “D” e “E“, forma da cérvix antes e depois do
parto. “F”, sagital – mediana direita.
29.2 MAMA
As mamas são dois órgãos localizados na porção anterior e superior do tórax. Nas mamas
são encontradas glândulas responsáveis pela lactação, portanto, são órgãos intimamente
relacionados com a reprodução. Cada mama é revestida por uma pele lisa e na região central é
possível observar a aréola e a papila.
A aréola possui aspecto circular e coloração diferente do restante da mama. Essa coloração
pode variar durante alguns momentos da vida da mulher, sendo mais escura durante a gravidez, por
exemplo. No centro da aréola é possível observar uma protuberância que recebe o nome de papila.
São nas papilas que desembocam os ductos lactíferos. A mama é formada por tecido epitelial
glandular, tecido conjuntivo e tecido adiposo. O tecido glandular é formado por 15 a 20 lobos,
constituído por um conjunto de lóbulos, que por sua vez é um conjunto de ácinos. O leite é
produzido nos ácinos e é captado em cada lobo pelos ductos lactíferos, que se desembocam na
papila.
As mamas possuem tamanhos variáveis e estão relacionadas também à fase de vida da
mulher; uma vez que são pequenas na infância e se tornam maiores na puberdade, em razão da
ação dos hormônios femininos.
Durante a gestação as mamas podem aumentar de tamanho e, após o parto, podem atingir
até o dobro do tamanho antes da gestação. É importante lembrar que na mesma mulher as mamas
podem ter tamanho desigual.
Mulheres jovens possuem mamas mais firmes que mulheres após a menopausa. Isso
acontece em virtude da atrofia das glândulas mamárias.
A mulher, ao nascer, possui nos seus dois ovários mais ou menos 400.000 folículos, mas
somente 300 a 400 deles irão amadurecer desde a menarca (1ª menstruação) até a menopausa
(última menstruação).
A partir da puberdade (11 a 13 anos), a cada mês um folículo (óvulo imaturo) de um dos
ovários se transforma em uma bolha cheia de líquido (folículo de Graff) que migra para a superfície
do ovário. Esse folículo produz grande quantidade de hormônio estrógeno, que estimula a hipófise
a secretar o hormônio luteinizante que acelera a maturação final do folículo. O folículo maduro se
rompe, expulsando o óvulo para a cavidade abdominal (ovulação). Esse período dura
aproximadamente 14 dias, no ciclo menstrual de 28 dias, e é denominado fase proliferativa ou
estrogênica (1ª fase).
Na 2ª fase, fase proliferativa, o estrogênio promove um espessamento do endométrio,
devido ao crescimento dos vasos sanguíneos.
As células do folículo rompido passam a apresentar uma coloração amarelada e, por isso,
são chamadas de corpo amarelo ou lúteo.
O corpo lúteo secreta principalmente os hormônios estrógeno e progesterona, sob o
controle do hormônio luteotrófico secretado pela hipófise. Devido principalmente à estimulação da
progesterona, a mucosa uterina tornar-se mais solta, aumenta a irrigação sanguínea e o
armazenamento de nutrientes. Esta fase é denominada secretora ou progestacional, e sua duração
não varia de acordo com o ciclo menstrual (geralmente 14 dias).
Na ovulação, o óvulo, lançado na cavidade abdominal, é captado pelas fímbrias e levado,
através dos movimentos peristálticos e ciliares, da tuba uterina para o útero. Se não ocorrer a
fecundação, o corpo amarelo regride, deixando uma cicatriz no ovário, inicia-se a fase de
descamação do endométrio com a eliminação sanguínea através da vagina. Esse fenômeno é
conhecido como menstruação e dura de três a seis dias.
Reinicia-se o ciclo com o início da maturação do óvulo de outro ovário, sendo normalmente
de 28 a 30 dias o intervalo entre uma menstruação e outra.
Conceitue músculos.
Qual a função dos músculos?
Defina músculos superficiais.
Diferencie músculos longos, curtos e largos.
Cite e caracterize os tipos de músculos.
Qual a diferença entre ventre muscular e tendão?
O que é aponeurose?
Explique: contração concêntrica e excêntrica. Qual a principal diferença, desses dois tipos de
contrações, da isométrica?
Cite dois músculos do couro cabeludo.
Cite os 3 músculos do nariz.
Cite os 3 músculos da orelha.
Cite 5 músculos da boca.
Cite dois componentes do tecido conjuntivo.
Cite os músculos mastigatórios.
Cite 2 músculos que realizam oclusão da mandíbula.
Qual dos músculos supra-hióideos se insere no processo mastóide?
Cite 3 músculos que elevam o osso hióide.
Cite os 4 músculos infra-hióideos.
Cite 4 músculos que se inserem no osso temporal.
Qual a função completa do esternocleidomastóideo?
Cite 4 músculos que realizam a extensão da coluna cervical.
Cite três músculos flexores de pescoço.
Cite 3 músculos que se inserem no osso occipital.
Cite os músculos da região ântero-lateral do pescoço.
Cite 4 músculos que inclinam lateralmente a coluna cervical.
Cite os músculos da região pré-vertebral.
Cite 5 músculo que elevam as costelas.
Cite os músculos da região ântero-lateral do tórax.
Cite 4 músculos inspiratórios.
Cite 3 músculos expiratórios.
57- O ducto colédoco e o ducto pancreático drenam os seus produtos para qual porção do
duodeno?
Porção ascendente
Porção descendente
Porção horizontal
Porção superior
Nenhuma das anteriores
60- Qual é o esfíncter que impede o alimento de passar precocemente do estômago para o intestino
delgado?
Válvula cárdia
Válvula iliocecal
Válvula pilórica
Esfincter anal
Nenhuma das anteriores
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