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Anatomia e Fisiologia Humana

ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE


DO ESPÍRITO SANTO

Técnico em Enfermagem

ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

2018

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Anatomia e Fisiologia Humana

SUMÁRIO
AULA 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA .................................................................................... 7
1.1 BREVE HISTÓRICO .................................................................................................................. 7
1.2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7
1.3 DEFINIÇÕES GERAIS ............................................................................................................... 8
1.4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO: ............................................................................................. 9
AULA 2 - CONCEITO DE NORMAL, VARIAÇÃO ANATÔMICA, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE ........ 9
2.1 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA: ................................................................... 10
2.2 TERMOS DE POSIÇÃO E PLANOS: ........................................................................................ 10
2.3 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO:................................................................................ 14
2.3.1 Unidades estruturais .................................................................................................... 14
AULA 3 - A CÉLULA ............................................................................................................................. 16
3.1 ESTRUTURA DA CÉLULA: ..................................................................................................... 16
3.1.1 Membrana celular ou plasmática: ............................................................................... 16
3.1.2 Citoplasma: .................................................................................................................. 16
AULA 4 - DIVISÃO CELULAR:............................................................................................................... 18
4.1.1 Fases da Mitose:........................................................................................................... 18
4.2 FISIOLOGIA DA CÉLULA: ...................................................................................................... 19
4.2.1 Movimento através da membrana celular: ................................................................. 19
4.2.2 Metabolismo energético: ............................................................................................. 19
4.3 SUBSTÂNCIAS INTERCELULARES: ........................................................................................ 20
4.4 LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES:................................................................................. 20
AULA 5 - TECIDOS............................................................................................................................... 20
5.1 TECIDO EPITELIAL: ............................................................................................................... 20
5.2 TECIDO CONJUNTIVO .......................................................................................................... 21
5.2.1 Tipos de tecido conjuntivo mais importantes: ............................................................ 22
5.3 TECIDO MUSCULAR ............................................................................................................. 24
5.4 TECIDO NERVOSO: ............................................................................................................... 24
AULA 6 - A PELE .................................................................................................................................. 24
6.1 FUNÇÕES DA PELE: .............................................................................................................. 24
6.2 CAMADAS DA PELE: ............................................................................................................. 25
6.2.1 Epiderme: ..................................................................................................................... 25
6.2.2 Derme:.......................................................................................................................... 25
6.2.3 Hipoderme ou subcutâneo: ......................................................................................... 25
6.3 ANEXOS DA PELE: ................................................................................................................ 26
AULA 7- SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................................................ 27
7.1 FUNÇÕES DO ESQUELETO: .................................................................................................. 27
7.2 OMPOSIÇÃO DO OSSO: ....................................................................................................... 27
7.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS: ............................................................................................... 28
7.4 MEMBRANAS DO OSSO: ...................................................................................................... 29
7.5 MEDULA ÓSSEA: .................................................................................................................. 29
AULA 8 - DIVISÕES DO ESQUELETO: .................................................................................................. 29
8.1 ESQUELETO AXIAL ............................................................................................................... 30
8.2 ESQUELETO APENDICULAR.................................................................................................. 35
8.3 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES: ................................................................................... 38
AULA 9 - ARTICULAÇÕES .................................................................................................................... 40
9.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES:.................................................................................. 40
9.2 PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES: ................................................................................................ 42
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9.3 PRINCIPAIS MOVIMENTOS ARTICULARES: .......................................................................... 42
AULA 10 - SISTEMA MUSCULAR ......................................................................................................... 44
10.1 TIPOS DE MÚSCULOS: ......................................................................................................... 44
10.1.1 Músculo esquelético: ................................................................................................... 44
10.1.2 Músculo Liso: ............................................................................................................... 44
10.1.3 Músculo cardíaco: ........................................................................................................ 44
10.2 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS: ...................................... 45
10.3 FÁSCIA MUSCULAR: ............................................................................................................. 45
10.4 PROPRIEDADE DOS MÚSCULOS: ......................................................................................... 45
10.5 INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO: ................................................................................................... 46
10.6 REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR:............................................................................. 46
AULA 11 - CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS: ................................................................. 46
11.1 PRINCIPAIS MÚSCULOS: ...................................................................................................... 46
11.1.1 Músculos da cabeça: .................................................................................................... 46
11.1.2 Músculos do Pescoço: .................................................................................................. 48
11.1.3 Músculos do dorso: ...................................................................................................... 48
11.1.4 Músculos do tórax:....................................................................................................... 49
11.1.5 Músculos do abdômen:................................................................................................ 50
11.1.6 Músculos dos membros inferiores: ............................................................................. 50
11.1.7 Músculos dos membros superiores: ............................................................................ 56
AULA 12 - SISTEMA NERVOSO ........................................................................................................... 58
12.1 DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO: ....................................................................................... 59
12.2 TIPOS DE CÉLULAS NERVOSAS: ........................................................................................... 59
12.2.1 Neurônios (células nervosas): ...................................................................................... 59
12.2.2 Neuróglia: ..................................................................................................................... 60
12.3 CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS SEGUNDO A FUNÇÃO: .................................................. 60
AULA 13 - SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):................................................................................. 60
13.1 ENCÉFALO: ........................................................................................................................... 61
13.2 ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO): ................................................................................... 63
13.3 ENCÉFALO POSTERIOR: ....................................................................................................... 63
13.4 VENTRÍCULOS CEREBRAIS: .................................................................................................. 64
13.5 LÍQUIDO CEREBROESPINHAL OU LÍQUIDO CEFALORAQUIDIANO (LCR): ............................ 65
13.6 MENINGES: .......................................................................................................................... 65
AULA 14 - MEDULA ESPINHAL: .......................................................................................................... 65
14.1 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: ......................................................................................... 65
14.1.1 Nervos Espinhais: ......................................................................................................... 66
14.1.2 Nervos Cranianos: ........................................................................................................ 66
AULA 15 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA): .......................................................................... 69
AULA 15 - ÓRGÃOS DOS SENTIDOS ................................................................................................... 71
15.1 VISÃO: .................................................................................................................................. 71
15.1.1 Estruturas Externas do olho: ........................................................................................ 71
15.1.2 Estruturas Internas do olho: ........................................................................................ 72
15.1.3 Fisiologia da Visão: ....................................................................................................... 74
15.2 AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO ....................................................................................................... 74
15.2.1 Estruturas da orelha: .................................................................................................... 74
15.2.2 Fisiologia da Audição: .................................................................................................. 74
15.3 OLFAÇÃO ............................................................................................................................. 75
15.3.1 Fisiologia da Olfação: ................................................................................................... 75
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15.4 GUSTAÇÃO ........................................................................................................................... 75
15.4.1 Fisiologia do Gosto: ...................................................................................................... 76
15.5 TATO .................................................................................................................................... 76
15.5.1 Fisiologia do Tato: ........................................................................................................ 76
AULA 16 - SISTEMA CIRCULATÓRIO ................................................................................................... 77
16.1 SANGUE ............................................................................................................................... 77
16.1.1 Plasma sanguíneo: ....................................................................................................... 77
16.1.2 Células sanguíneas: ...................................................................................................... 77
16.1.3 Hemostasia................................................................................................................... 78
16.1.4 Mecanismo da coagulação ........................................................................................... 79
AULA 17 - GRUPOS SANGUINEOS: ..................................................................................................... 79
17.1 GRUPO ABO ......................................................................................................................... 80
17.2 Fator Rh ............................................................................................................................... 80
AULA 18 - DIVISÕES BÁSICAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO .............................................................. 80
18.1 CORAÇÃO............................................................................................................................. 81
18.1.1 CICLO CARDÍACO .......................................................................................................... 83
18.2 CONTROLE DO CORAÇÃO PELO SISTEMA NERVOSO .......................................................... 84
18.2.1 Efeitos de íons na função cardíaca............................................................................... 85
18.2.2 Batimento cardíaco ...................................................................................................... 85
18.3 DÉBITO CARDÍACO ............................................................................................................... 85
18.4 VASOS SANGUÍNEOS ........................................................................................................... 85
18.4.1 9.7.1. Artérias ............................................................................................................... 85
18.4.2 Veias ............................................................................................................................. 86
18.4.3 Capilares ....................................................................................................................... 86
18.4.4 Inervação dos vasos sanguíneos .................................................................................. 86
18.4.5 As principais artérias do corpo humano são: .............................................................. 87
18.4.6 As principais veias do corpo: ........................................................................................ 87
AULA 19 - SISTEMA LINFÁTICO .......................................................................................................... 99
19.1 COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO ............................................................................ 99
19.2 FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO ...................................................................................... 99
19.3 SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO .......................................................................................... 99
19.4 ÓRGÃOS RELACIONADOS .................................................................................................. 100
19.4.1 Baço ............................................................................................................................ 100
19.4.2 Tonsilas....................................................................................................................... 100
19.4.3 Timo ........................................................................................................................... 101
AULA 20 - SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................................................103
20.1 ESTRUTURAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO........................................................................ 103
20.1.1 Nariz ........................................................................................................................... 103
20.1.2 Cavidade Nasal ........................................................................................................... 103
20.1.3 Seios Paranasais ......................................................................................................... 104
20.1.4 Faringe........................................................................................................................ 104
20.1.5 Laringe ........................................................................................................................ 104
20.1.6 Traquéia ..................................................................................................................... 105
20.1.7 Brônquios e Ramos .................................................................................................... 107
20.1.8 Pulmão ....................................................................................................................... 107
AULA 21 - FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO ........................................................................................... 108
21.1 MECANISMOS DA RESPIRAÇÃO ......................................................................................... 108
21.2 TIPOS DE RESPIRAÇÃO....................................................................................................... 109
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21.3 CONTROLE AUTOMÁTICO DA RESPIRAÇÃO ...................................................................... 109
AULA 22 - SISTEMA DIGESTÓRIO .....................................................................................................110
22.1 CONCEITO .......................................................................................................................... 110
22.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO ........................................................................... 110
22.2.1 Cavidade Bucal ........................................................................................................... 110
22.2.2 Lingua ......................................................................................................................... 110
22.2.3 Dentes ........................................................................................................................ 111
22.2.4 Faringe........................................................................................................................ 112
22.2.5 Esôfago ....................................................................................................................... 113
22.2.6 Estômago.................................................................................................................... 113
22.2.7 Intestino Delgado ....................................................................................................... 114
22.2.8 Intestino Grosso ......................................................................................................... 115
AULA 23 - GLÂNDULAS ANEXAS .......................................................................................................116
23.1.1 Glândulas Salivares .................................................................................................... 116
23.1.2 Pâncreas ..................................................................................................................... 117
23.1.3 Fígado ......................................................................................................................... 117
AULA 24- SISTEMA URINÁRIO ..........................................................................................................118
24.1 RINS ................................................................................................................................... 118
24.2 FISIOLOGIA DA FORMAÇÃO DA URINA ............................................................................. 120
AULA 25 - SISTEMA URINÁRIO - URETERES .....................................................................................121
25.1 BEXIGA URINÁRIA .............................................................................................................. 121
25.2 URETRA .............................................................................................................................. 121
AULA 26- SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................................................................122
26.1 PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO.......................................................... 123
26.1.1 Hipófise ...................................................................................................................... 123
26.1.2 glândula tireoide ........................................................................................................ 125
26.1.3 Glândula paratireoide ................................................................................................ 125
26.1.4 Glândulas supra-renais .............................................................................................. 125
AULA 27 – PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO ......................................................126
27.1.1 Pâncreas ..................................................................................................................... 126
27.1.2 Ovários ....................................................................................................................... 126
27.1.3 Testículos ................................................................................................................... 127
27.1.4 Corpo pineal ............................................................................................................... 127
27.1.5 Timo ........................................................................................................................... 127
AULA 28 - SISTEMA REPRODUTOR ..................................................................................................117
28.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ................................................................................ 117
28.1.1 Órgãos externos: ........................................................................................................ 118
28.1.2 Órgãos internos .......................................................................................................... 120
AULA 29 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.................................................................................121
29.1.1 Órgãos Externos ......................................................................................................... 121
29.1.2 Órgãos Internos.......................................................................................................... 122
29.2 MAMA ............................................................................................................................... 125
AULA 30 - FISIOLOGIA DA OVULAÇÃO E MENSTRUAÇÃO ............................................................... 126
30.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ................................................................................................... 128
30.2.1 CAPÍTULO I- DEFINIÇÕES GERAIS E PLANOS ANATÔMICOS ...................................... 128
30.2.2 CAPÍTULO II E III- CÉLULAS E TECIDOS........................................................................ 128
30.2.3 CAPÍTULO IV- SISTEMA TEGUMENTAR ...................................................................... 129
30.2.4 CAPÍTULO V- SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................ 129
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30.2.5 CAPÍTULO VI- SISTEMA NERVOSO .............................................................................. 130
30.2.6 CAPÍTULO VII- MUSCULAR ......................................................................................... 133
30.2.7 CAPÍTULO VIII- SISTEMA DOS ÓRGÃOS SENSITIVOS .................................................. 135
30.2.8 CAPÍTULO IX- SISTEMA CIRCULATÓRIO...................................................................... 135
30.2.9 CAPÍTULO X- SISTEMA LINFÁTICO .............................................................................. 137
30.2.10 CAPÍTULO XI- SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................. 138
30.2.11 CAPÍTULO XII- SISTEMA DISGESTÓRIO ................................................................... 139
30.2.12 CAPÍTULO XIII- SISTEMA URINÁRIO ........................................................................ 142
30.2.13 CAPÍTULO XIV-SISTEMA ENDÓCRINO ..................................................................... 142
30.2.14 CAPÍTULO XV- SISTEMA REPRODUTOR .................................................................. 142
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................................................144

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Anatomia e Fisiologia Humana

AULA 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

1.1 BREVE HISTÓRICO

A Anatomia Humana é símbolo de um mistério que, durante toda a história, instigou


questionamentos daqueles que, incessantemente, ansiavam por descobrir o que se esconde sob o
manto o qual chamamos de pele. Embora os primeiros registros de dissecações em seres humanos
sejam de Alexandria, realizadas por Herófilo e Erasístrato no século II a.C., muitos consideram seu
início já em meados do século V a.C. quando, no sul da Itália, Alcméon de Crotona realizou
dissecações em animais, na tentativa de estender suas descobertas à espécie humana. Aristóteles
mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmas, que provavelmente eram
figuras baseadas na dissecação animal.
No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas
descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram
dissecações humanas de modo sistemático.
A partir do ano 150 A.C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e
religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico,
porém só se conhecia através das dissecações em animais.
No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os
resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros foram
inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos. Galeno
desenvolveu assim mesmo a doutrina da "causa final", um sistema teológico que requeria que todos
os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia.
Por volta do século II, quando, por motivos éticos e religiosos, proibiu-se o uso de cadáveres
humanos, predominou a prática da dissecação em animais.
Então, em 1543, foi produzido o primeiro livro Atlas de Anatomia – “De Humani Corporis
Fabrica” – pelo médico belga Andreas Vesalius,
Atualmente a disciplina de Anatomia Humana é de caráter obrigatório para todos cursos da
Área da Saúde, visto que o seu entendimento se faz fundamental para a compreensão da fisiologia
e dos processos patológicos que acometem o Ser Humano. Visando a facilitar e socializar o acesso
a tais informações, desde 2008, a disciplina de Anatomia Humana da UFCSPA organiza, anualmente,
um museu temporário no qual expõe, a todos os públicos, uma pequena amostra do fantástico
Corpo Humano.

1.2 INTRODUÇÃO

O homem, como organismo vivo, pode ser visto como uma organização de pequenas
unidades chamadas células, as quais estão maravilhosamente integradas, tanto estrutural quanto
funcionalmente. As células eventualmente se especializam ou se diferenciam em nível maior ou
menor. Um agregado de células diferenciadas e semelhantes compõe um tecido. Os tecidos formam
sistemas. Pôr fim, os sistemas se combinam de uma maneira complexa para criar um homem
pensante e atuante. Quando se vê o corpo humano dessa maneira, fica-se maravilhado com a
complexidade de sua organização e com o perfeito equilíbrio e interdependência de várias partes.
A anatomia e a fisiologia descrevem esta interdependência de estrutura e função.

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Anatomia e Fisiologia Humana

No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente,
a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American
Association of Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função
e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a
anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta
ciência.
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia
macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento.
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não
recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela
relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para
ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia
(estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação
de órgãos). Anatomia do desenvolvimento, relacionada ao estudo do momento da fertilização até
o nascimento.

1.3 DEFINIÇÕES GERAIS

Anatomia É a ciência da forma e da estrutura do corpo e suas partes. Estuda macro e


humana: microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do organismo do
homem.
Fisiologia É o estudo das funções, ou seja, das reações físicas e químicas que ocorrem
humana: nos organismos humanos.
Citologia: Estudo da estrutura e função de células isoladas.
Histologia: É o estudo da estrutura e função do tecido.
Patologia: É o estudo de estados anormais e de doenças no corpo.
Embriologia: Estuda o desenvolvimento do ovo fertilizado em um organismo adulto.

Existem diversas abordagens para estudar a anatomia:

Anatomia Sistêmica = é o método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema
cardiovascular, sistema respiratório etc.;
Anatomia Regional = é o método de estudo do corpo por regiões, como cabeça, tórax e
abdome;
Anatomia Clínica = é o método que enfatiza a estrutura e a função à medida que se
relacionam com a prática da medicina e outras áreas da saúde;
Anatomia Palpatória = é o método que investiga manualmente a superfície corporal. A
prática das técnicas de contato manual proporciona ao profissional de saúde a habilidade de receber
informações relativas de cada paciente.

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1.4 DIVISÃO DO CORPO HUMANO:

O corpo humano divide-se em:

Cabeça Compreende o crânio e a face;


Pescoço Une a cabeça ao tronco, e sua parte posterior denomina-se nuca;
Tronco: Compreende o tórax, o abdômen e a pelve. No tórax encontra se a cavidade
torácica, que está separada da abdominal através do músculo diafragma. A
cavidade pélvica é o prolongamento inferior da abdominal.
Dois Cada membro possui uma raiz (quadril) e uma parte livre (coxa, perna e pé). Entre
membros a coxa e a perna localiza se o joelho, e entre a perna e o pé, o tornozelo. O pé é
inferiores constituído pela parte plantar e pelo dorso do pé. Os MMII são responsáveis pela
(MMII) locomoção do corpo;
Dois Cada membro possui uma raiz que se liga ao tronco (ombro) e uma parte livre
membros (braço, antebraço e mão). Entre o braço e o antebraço, situa-se o cotovelo, e entre
superiores o braço e a mão, o punho. A mão é constituída pela palma, dorso e dedos (polegar,
(MMSS) indicador, médio, anular e mínimo). As suas funções são: ataque, defesa e
apreensão de objetos.

AULA 2 - CONCEITO DE NORMAL, VARIAÇÃO ANATÔMICA, ANOMALIA E MONSTRUOSIDADE

As diferenças morfológicas podem apresentar-se externamente ou


internamente, sem que isto traga prejuízo funcional aos indivíduos. Por
exemplo: um indivíduo de 1,60 m de altura possui equilíbrio para a posição
bípede, da mesma forma que um indivíduo de estatura diferente.
Não se pode atender a todas as diferenças morfológicas em uma
descrição anatômica; por isso, em anatomia, obedece-se a um padrão normal.
O padrão normal é um dado estatístico que corresponde ao que ocorre na
maioria dos casos.
Normal para a anatomia seria o mais comum, o que se encontra na maioria dos casos.
Enquanto que variação anatômica é o que foge do normal sem prejuízo da função. Do contrário, a
fuga da normalidade com prejuízo da função é chamada de anomalia, se essa anomalia for tão
profunda com prejuízo da função, deformando a construção do corpo, sendo, em geral,
imcompatível com a vida, é uma monstruosidade.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Um indivíduo é classificado em três condições diferentes:

Ectomorfia = indívíduo de estatura alta e magro


Mesomorfia = indivíduo de estatura média e
musculatura desenvolvida
Endomorfia = indivíduo de estatura baixa e gordura
corporal elevada

2.1 FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA:

Idade Observam-se diferenças anatômicas nos diversos períodos da vida intra ou extra-
uterina.
Sexo O masculino e o feminino apresentam características especiais.
Grupo étnico Compreende os grupamentos humanos com caracteres físicos (internos e externos)
comuns, fazendo-se distinguir as raças branca, negra, amarela e os mestiços.
Biótipo É o resultado dos caracteres herdados e dos adquiridos por influência do meio
ambiente.
Evolução Com o decorrer do tempo ocorrem diferenças morfológicas.

2.2 TERMOS DE POSIÇÃO E PLANOS:

Posição anatômica: é o corpo em posição ereta, com cabeça, olhos e ponta dos dedos dos
pés dirigidos para frente; os MMSS estendidos ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas
para frente; os MMII estarão unidos. Na descrição das vísceras, pode-se fazê-lo em decúbito dorsal
(deitado de costas).

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Plano mediano: é um plano imaginário vertical de secção que divide


o corpo em metade direita e esquerda.
Plano sagital: é todo plano vertical paralelo ao mediano.
Plano frontal: divide o corpo nas partes ventral (anterior) e dorsal
(posterior).
Plano transversal: divide o corpo nas partes superior e inferior.

Principais termos de posição:

a) Termos de Relação:
* Anterior / Ventral / Frontal: na direção da frente do corpo.
* Posterior / Dorsal: na direção das costas (traseiro).
Exemplo: O osso esterno e as cartilagens costais encontram-se
anteriormente em relação ao coração. Já os grandes vasos e a coluna
vertebral localizam-se posteriormente em relação ao coração.

* Superior / Cranial: na direção da parte superior do corpo.


* Inferior / Caudal: na direção da parte inferior do corpo.
Exemplo: Os grandes vasos localizam-se superiormente ao
coração enquanto que o diafragma localiza-se inferiormente ao coração.
* Medial: mais próximo do plano sagital mediano (linha sagital mediana.
* Lateral: mais afastado do plano sagital mediano (linha sagital mediana).
Exemplo: Os ligamentos colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado
lateralmente enquanto que o ligamento colateral tibial está localizado medialmente, ou seja, mais
próximo à linha sagital mediana.

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Mediano Intermédio Médio


Exatamente sobre o eixo sagital Entre medial e lateral. Estrutura ou órgão interposto
mediano. entre um superior e um inferior
ou entre anterior e posterior.

b) Termos de Comparação:
* Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco.
* Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção.
Exemplo: O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço (distal), pois
está mais próximo da raíz de implantação do membro (cintura escapular).

* Superficial: significa mais perto da superfície do corpo.


* Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo.
Exemplo: A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os ossos que estão
localizados mais profundamente. No sistema venoso é comum utilizarmos esses termos para

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diferenciar o sistema venoso superficial (mais próximo à superfície) do sistema venoso profundo
(passa mais profundamente junto com o sistema arterial).
* Homolateral / Ipsilateral: do mesmo lado do corpo ou de outra
estrutura.
* Contralateral: do lado oposto do corpo ou de outra estrutura.
Exemplo: Se considerarmos a mão direita como referência, o membro
inferior direito é considerado homo/ipsilateral, pois está localizado do mesmo
lado. Já o membro inferior esquerdo é considerado contralateral, pois está
localizado no lado oposto à mão de referência (mão direita).

c) Termos de Movimento:
* Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
* Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo.
* Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal.
* Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal.
* Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano.
* Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano.
* Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e
no ombro.
* Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula
e no ombro.
* Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada
dentária inferior.
* Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-
inferior.
* Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo
inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente.
* Rotação Superior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo
inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente.
* Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros.
* Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros.
* Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-
superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
* Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-
superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica.
* Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de
seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. e no ombro.
* Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de
seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. e no ombro.
* Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está
totalmente invertido, ele também está plantifletido.
* Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está
totalmente evertido, ele também está dorsifletido.
* Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como
acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo.
* Planti-flexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se
fica em pé na ponta dos dedos.

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2.3 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO:

Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são
relevantes para a compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual,
orgânico, sistêmico e organísmico.

Inclui os átomos (menores unidades de matéria que participam de reações


Nível Químico químicas) e as moléculas (dois ou mais átomos ligados entre si).
A união das moléculas formam as células. As células são as unidades básicas,
Nível Celular estruturais e funcionais do corpo humano.
Os tecidos são grupos de células e materiais em torno delas, que trabalham juntos
para realizar uma determinada função celular. Existem quatro tipos básicos de
Nível Tecidual tecidos, em seu corpo: tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
Os órgãos são estruturas compostas por dois ou mais tipos de tecido diferentes.
Nível Orgânico Eles têm funções específicas e, usualmente, têm formas reconhecíveis.
Nível Sistêmico Um sistema consiste em órgãos relacionados que têm a mesma função.
É o maior nível organizacional. O organismo é um indivíduo vivo. Todas as partes
do corpo, funcionando umas com as outras, constituem o organismo total – uma
Nível Organísmico pessoa viva.

2.3.1 Unidades estruturais

São representadas pôr células, tecidos, órgãos e sistemas.

Célula: qualquer organismo vivo é composto de células. O constituinte básico da célula é o


protoplasma, uma solução coloidal aquosa de proteína, lipídeo, carboidrato, e sais inorgânicos
circundados por uma membrana limitante. No protoplasma ocorrem todas as atividades necessárias
para manter a vida, incluindo o metabolismo, a respiração, a digestão, a assimilação, a excreção e a
reprodução. Cada diferente tipo de célula, reunidas em um grupo, constitui um tecido. Os tecidos,
por sua vez, compõem os órgãos, sendo cada órgão formado por vários tecidos diferentes.
Finalmente, os órgãos são agrupados em sistemas de órgãos.

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Tecidos: os tecidos são compostos de células e substância intercelular, ou matriz. Em geral,


os tecidos contêm células semelhantes na aparência, função e origem embrionária. Todos os
diversos tecidos do corpo podem ser agrupados em uma das seguintes categorias: tecido epitelial,
conjuntivo, muscular e nervoso.

Órgãos: um órgão é composto por células integradas em tecidos que executam uma função
comum.

Sistemas: as células estão agrupadas para formar tecidos; os tecidos se combinam para
formar órgãos. Um sistema é um grupo de órgãos. O sistema é a base para o plano estrutural geral
do corpo.

QUADRANTES ABDOMINAIS:

Para tornar mais fácil a localização dos órgãos na grande cavidade abdominopélvica, os
anatomistas dividiram a cavidade abdominopélvica em nove regiões, sendo definidas da seguinte
forma:

Região abdomino pélvica superior: No nível da


nona costela, Região Hipocondríaca Direita, Região
Epigástrica, Região Hipocondríaca Esquerda.
Região abdomino pélvica média: Entre as nonas
costelas e os ossos do quadril, Região Lateral Direita,
Região Umbilical, Região Lateral Esquerda.
Região abdomino pélvica inferior: No nível
superior aos ossos do quadril, Região Inguinal Direita,
Região Púbica (Hipogástrica) Região Inguinal Esquerda

Outro modo mais simples de dividir a cavidade


abdomino pélvica é em Quatro Quadrantes.
Esse método é frequentemente utilizado para
localizar uma dor ou descrever a localização de um
tumor. Os planos sagital, mediano e transversal passam
através do umbigo e dividem a região abdominopélvica
nos quatro quadrantes seguintes: Quadrante superior
direito, quadrante superior esquerdo, quadrante
inferior direito e quadrante inferior esquerdo.

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AULA 3 - A CÉLULA

O corpo humano é composto de células, matriz (material intercelular) e líquidos corporais.


O corpo humano é formado por uma quantidade enorme de células. As células são
consideradas a menor parte dos organismos vivos, sendo, portanto, elementos estruturais e
funcionais.
O corpo humano é pluricelular (várias células). É constituído de 10 trilhões de células que
trabalham de maneira integrada, donde cada uma possui uma função específica, a saber: nutrição,
proteção, produção de energia e reprodução.
O corpo humano desenvolve-se a partir de uma única célula, o ovo fertilizado. Repetidas
divisões do ovo resultam em muitos tipos de células, diferindo uma das outras em composição e
função; contudo, a maioria das suas estruturas básicas são comuns a todas as células.

3.1 ESTRUTURA DA CÉLULA:


A célula pode ser definida estruturalmente como uma massa unitária de protoplasma
organizado, constituída por duas porções complementares: o núcleo, uma porção mais ou menos
central e o citoplasma, a porção circundante. O núcleo é separado do citoplasma circundante por
uma membrana nuclear delicada; o citoplasma é limitado externamente por uma camada
especializada, também muito delicada e delgada, chamada membrana celular ou plasmática.

3.1.1 Membrana celular ou plasmática:


É um envoltório externo que contém a estrutura celular propriamente dita. Através de seus
diminutos poros, seleciona os elementos a serem absorvidos. Suas funções são regular as trocas
entre a célula e o meio ambiente e ser o receptor de sinais do meio ambiente se adaptando
prontamente às alterações necessárias para manter a homeostase da célula e do organismo.

3.1.2 Citoplasma:

Compõe a área de
armazenamento e de trabalho da
célula. É composto por organelas e
inclusões citoplasmáticas. As inclusões
citoplasmáticas são estruturas
temporárias, passivas, tais como
pigmentos, grânulos de secreção,
agregados de glicídeos, lipídeos ou
proteínas armazenadas, que serão
utilizadas pelas células nos seus
processos vitais.
As organelas são estruturas
vivas, ativas e organizadas que convertem energia, e frequentemente possuem uma membrana
limitante. São elas:

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Retículo endoplasmático: É uma rede de tubos e canais que atravessa todo o citoplasma.
Pode ser liso ou rugoso. O tipo rugoso é assim chamado devido à presença de numerosos
ribossomos granulares espalhados sobre a sua superfície. Sua função é sintetizar proteínas. O tipo
liso, não tem ribossomos aderidos e é o local de várias transformações químicas.

Ribossomos: São densos agregados de RNA (ácido ribonucléico) e proteína e sua função é
sintetizar proteínas.

Aparelho de Golgi: São estruturas


vacuolares, cuja função está relacionada aos
estágios finais da produção e armazenamento
de proteínas secretadas ou guardadas nos
lisossomas.

Mitocôndrias: São estruturas que


contém as enzimas oxidativas para a quebra
completa de ácidos graxos e para a fase final da
quebra da glicose. Além disso, elas contêm o
sistema enzimático responsável pela produção
da maioria do ATP na célula. O ATP (adenosina trifosfato) é a molécula transportadora de energia
primária da célula.

Lisossomas: Corresponde, como seu próprio nome diz, de um “corpo” contendo enzimas
digestivas. São responsáveis por um grande número de funções celulares, incluindo as seguintes:
digestão de grandes substâncias trazidas para dentro da célula pela fagocitose (processo no qual
parte da membrana celular forma uma bolsa em torno de uma partícula livre, fusionando-se a seguir
com um lisossoma). Digestão de grandes partículas pelas enzimas lisossomas, após fagocitose,
mostrando a fusão do lisossoma com a vesícula (fagossoma), contendo a partícula, para formar
vacúolo digestório.

Centríolos: É um par de pequenas estruturas cilíndricas, ocas, geralmente orientadas em


ângulo reto entre si e localizadas fora do núcleo ou próximo a ele. São vistos durante a divisão
celular. Sua função é participar na divisão celular.

Núcleo Celular:

É uma estrutura esférica especializada de protoplasma, localizada em geral, no centro da


célula. É formado pela membrana nuclear que envolve o suco nuclear, cromossomas e nucléolo.

Membrana Nuclear: Este termo não é muito apropriado, pois é formado na verdade por
duas membranas), é uma estrutura que envolve o núcleo das células eucarióticas, responsável por
separar o conteúdo do núcleo celular (em particular o DNA) do citosol.

Cromossomos: Substância genética, o ácido desoxirribonucléico (DNA). Cada espécie tem


um número constante de cromossomas, e, no ser humano, eles são 46 em cada célula. Exceto no
espermatozóide e no óvulo, que contêm a metade desse número. Os genes, são as unidades
hereditárias que representam e transmitem determinados caracteres (por exemplo: a cor dos
olhos).

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Nucléolos: são em número variável, sendo que alguns núcleos não os possuem. São locais
para a síntese de RNA (ácido ribonucléico).

AULA 4 - DIVISÃO CELULAR:

A divisão celular se trata da capacidade de uma célula se dividir dando origem a outras
células. Essa capacidade é de suma importância para todos os organismos vivos. Por exemplo, os
organismos pluricelulares, como os humanos, contêm dezenas de milhões de células. Entretanto,
esse complexo organismo foi gerado à partir de uma única célula denominada célula ovo.
A divisão celular não é um processo que ocorre do nada e por acaso. Esse processo é
estimulado, interrompido e controlado por fatores genéticos e pela sinalização química de diversas
substâncias. Isso quer dizer que a frequência, quando e como vai ocorrer depende da espécie que
pertence a célula e, também, de substâncias que desencadearão eventos que culminarão na divisão
celular.
Em relação ao que, de fato, é a divisão celular, é necessário dividirmos as células em dois
grupos. O primeiro se trata das células somáticas (MITOSE). Esse grupo representa a maior parte
das células do corpo e, nos humanos, possuem 23 pares de cromossomos totalizando 46. Elas são
as células que compõem os órgãos, como fígado, pulmão, coração, entre outros. O outro grupo é
denominado de células sexuais (MEIOSE). Esse tipo celular possui vinte e três cromossomos, metade
dos presentes nas células somáticas. Esse grupo celular se trata dos gametas que, em geral, são os
responsáveis pela existência da reprodução sexuada.
Ao saber desses dois grupos de células, somáticas e sexuais, é bastante razoável pensar que
elas não são geradas da mesma forma. E isso, realmente, é o que acontece. As células podem se
dividir de duas formas distintas, pela meiose ou pela mitose. Ambos são eventos complexos em que
uma célula dá origem à outra. Entretanto, existem várias diferenças entre eles.

4.1.1 Fases da Mitose:


Prófase
Nesta fase, as células começam a se preparar para a divisão. É neste momento que ocorrerá
a duplicação do DNA e centríolos. Com o DNA condensado e os centríolos em movimento, inicia-se
o processo da divisão mitótica.
Metáfase
Aqui começa o alinhamento entre os pares formados na fase anterior. Nesta etapa, o DNA
alinha-se no eixo central enquanto os centríolos iniciam sua conexão com ele. Dois fios do
cromossomo se ligam na parte central do centrômero.
Anáfase
A divisão começa com os cromossomos migrando para lados opostos da célula, metade vai
para um lado e a outra metade vai para o outro.
Telófase
Esta é a última fase da mitose. Nesta etapa a membrana celular se divide em duas partes,
formando, assim, duas novas células. Cada uma delas ficará com metade do DNA original.
Interfase
Este é o estado “normal” da célula, ou seja, aqui ela não se encontra em divisão. Nesta fase,
ela mantém o equilíbrio de todas as suas funções através da absorção dos nutrientes necessários à
sua manutenção. Ela permanecerá neste estágio até estar preparada para uma nova divisão, que
ocorrerá a partir da duplicação dos ácidos nucléicos. A partir de então, o ciclo se reinicia.

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4.2 FISIOLOGIA DA CÉLULA:


O corpo humano é composto por cerca de um trilhão de células dispostas em tecidos para
desempenhar funções bastante especializadas, tais como o suporte esquelético, a contração
muscular e a condução de impulsos elétricos. Além dessas funções especializadas, a maioria
desempenha funções vitais comuns. Entre outras, são funções da célula: o movimento de
substâncias através das membranas celulares, o metabolismo energético e a ação enzimática.

4.2.1 Movimento através da membrana celular:

A fim de manter as diversas atividades vitais e executar uma diversidade de tarefas, as células
devem ter um controle mais preciso sobre as concentrações internas de várias substâncias químicas.
Para regular estas concentrações, as células devem continuamente absorver e expelir substâncias
envolvidas no funcionamento celular. Qualquer troca, é claro, deve ocorrer na superfície da célula,
através da membrana celular. Os mecanismos pelos quais estas trocas ocorrem incluem:

difusão: transporte de partículas de uma região na qual estão mais concentradas-


hipertônica para outra onde elas estão menos concentradas - hipotônicas.
osmose: forma especial de difusão, onde ocorre transferência de água da solução diluída
menos concentrada - hipotônica, para a solução mais concentrada - hipertônica.
transporte ativo: a célula utiliza energia para transportar substâncias contra um gradiente
de concentração, isto é, de uma região menos concentrada - hipotônica, para outra mais
concentrada - hipertônica.

4.2.2 Metabolismo energético:

Metabolismo é o termo geralmente usado para descrever todas as reações químicas que
ocorrem na matéria viva. O metabolismo energético, refere-se a degradação química, pela célula,

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de nutrientes, para produzir energia necessária à realização de certas funções como o transporte
ativo, a contração muscular e a síntese bioquímica.
A energia liberada pela degradação dos alimentos não é utilizada diretamente pela célula
para a realização de seu trabalho. Ao invés disso, a energia é usada para sintetizar ATP.

4.3 SUBSTÂNCIAS INTERCELULARES:


Essas substâncias são produzidas pelas células, localizam-se entre elas para constituir o seu
arcabouço orgânico de sustentação. Apresentam-se sob a forma de:

Fibras: são colágenas, elásticas ou reticulares e possuem função de sustentação;


Material amorfo: semelhante à geléia, funciona como meio de difusão para as substâncias
(alimentos, gases e excretas, etc.) caminharem dos capilares às células e vice-versa.

As substâncias intercelulares conferem propriedades particulares aos tecidos, como por


exemplo, a dureza dos ossos.

4.4 LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES:


A água constitui mais ou menos 60% do peso corporal, sendo distribuída:
 dentro da célula: formando o líquido intracelular;
 fora da célula: nos espaços que rodeiam as células, compreendendo a parte líquida
do sangue (plasma) e o líquido que se encontra nos espaços entre as células (líquido
intersticial). O plasma e o líquido intersticial formam o líquido extracelular.

A membrana celular participa ativamente das constantes trocas entre os componentes do


líquido extracelular e intracelular. O sangue rico em oxigênio e em nutrientes, chega às células
através dos capilares (vasos finíssimos), promovendo:
 a nutrição e oxigenação das células;
 transporte das excretas das células aos órgãos excretores correspondentes;
 a manutenção de uma temperatura constante no meio ambiente celular, que é um
fator importante para o funcionamento das células.

AULA 5 - TECIDOS

O corpo humano possui grupos de células diferenciadas com características adaptadas à sua
função, mas de ação interdependentes.
Os tecidos compõem todos os órgãos e, por sua vez, todos os sistemas de órgãos.
A unidade básica do tecido é a célula. As células podem estar firmemente agrupadas, ou
separadas por material intersticial. Os tecidos são subdivididos em quatro categorias principais:
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.

5.1 TECIDO EPITELIAL:

O tecido epitelial é formado por células justapostas, ou seja, que estão intimamente unidas
umas às outras através de junções intercelulares ou proteínas integrais da membrana. A estreita

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união entre as suas células fazem do tecido epitelial uma barreira eficiente contra a entrada de
agentes invasores e a perda de líquidos corporais.
O tecido epitelial desempenha funções de: proteção, absorção, secreção e excreção.
Os tecidos epiteliais são avasculares (sem vasos sanguíneos). A nutrição e a remoção de
detritos são executadas pela rede de vasos sanguíneos do tecido conjuntivo subjacente.
As células que compõem os tecidos epiteliais são classificadas de acordo com sua forma e
arranjo das camadas celulares.

De acordo com a forma as células


epiteliais podem ser classificadas em:

Pavimentosas: são células de


revestimento, achatadas.
Cúbicas: se assemelham a pequenos
cubos.
Cilíndricas: são altas e comumente
retangulares.

Em relação aos arranjos das camadas


celulares:
Tipos de tecido epitelial. Classificados de acordo
Epitélio simples: tem a espessura de uma célula, com a forma e o arranjo das camadas de células
ou seja, apenas uma camada.
Epitélio Estratificado: tem múltiplas camadas.
Epitélio pseudoestratificado: parece ter várias camadas de células, mas é na realidade uma
única camada com todas as células mal arrumadas.

5.2 TECIDO CONJUNTIVO


Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão. Composto de grande quantidade de matriz
extracelular, células e fibras. Suas principais funções são fornecer sustentação e preencher espaços
entre os tecidos, além de nutri-los. Existem tipos especiais de tecido conjuntivo, cada um com
função específica. Isso varia, principalmente, de acordo com a composição da matriz e do tipo de
células presentes.

Funções do Tecido Conjuntivo:


 sustentação de outros tecidos e órgãos e do corpo como um todo
 preenchimento de espaços entre outros tecidos e estruturas e adesão entre tecidos para a
estruturação dos órgãos
 meio de passagem de vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Exerce um papel
importante na nutrição de células de outros tecidos facilitando a difusão de gases, nutrientes e
metabólitos entre o sangue e os tecidos
 reserva energética nas células adiposas
 defesa do organismo através dos órgãos linfóides, das células linfóides e do sistema
mononuclear fagocitário, todas estas células pertencentes ao tecido conjuntivo
 defesa do organismo pela participação de suas células na resposta inflamatória e por ser
sede da maioria das respostas inflamatórias produção de células sanguíneas pela medula
hematopoiética.

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Neste tecido, existe uma abundância


de substância intercelular chamada matriz,
variável em tipo e quantidade, sendo esta,
uma das principais diferenças entre os tipos
de tecido conjuntivo. São altamente
vascularizados do tecido conjuntivo varia
consideravelmente, sendo alguns altamente
vascularizados, como por exemplo, os
tecidos conjuntivos frouxos e outros
avasculares como as cartilagens.

A matriz do tecido conjuntivo consiste de proporções variadas de três tipos de fibras:


colágena, elástica e reticular. Estas fibras estão mergulhadas na substância funcional amorfa
composta principalmente de mucopolissacarídeos.

Fibras colágenas: altamente inelásticas e responsáveis pela enorme força de tensão de


tecidos, tais como os tendões.
Fibras elásticas: são bastante resistentes. São especialmente importantes em estruturas que
devam se expandir e contrair para funcionar normalmente, tais como a parede das grandes artérias.
Fibras reticulares: são constituídas por vários tipos de moléculas de colágeno, porém estão
arranjadas em redes finas e delicadas.

5.2.1 Tipos de tecido conjuntivo mais importantes:

5.2.1.1 Tecido adiposo:

Na verdade, é um tecido especializado com células que contêm gorduras. Age como um
acondicionamento firme, ainda que elástico, ao redor e entre os órgãos, feixes de fibras musculares
e nervos, dando suporte aos vasos sanguíneos. Funciona como reserva alimentar, sustentação para
órgãos, proteção contra o frio e ações mecânicas.

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5.2.1.2 Tecido cartilaginoso:


A cartilagem possui uma matriz firme. As células da
cartilagem chamadas condrócitos são grandes e
arredondadas. As fibras colágenas e elásticas estão
embebidas na matriz, aumentando as propriedades de
elasticidade e resistência desse tecido. Os três tipos de
cartilagem são hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem hialina
possui a matriz clara com numerosas fibras colágenas. Em
muitas partes do corpo é gradualmente substituída por osso,
através de um processo conhecido como ossificação;
contudo, algumas permanecem como revestimento das
superfícies articulares. É encontrada na traquéia, nos
brônquios e no nariz.
A cartilagem fibrosa contém densas massas de fibras
colágenas, sendo menos flexível e elástica que a cartilagem
hialina. É altamente resistente ao estiramento. Encontra-se
na sínfise púbica e nos discos intervertebrais.
Na cartilagem elástica há predominância de fibras
elásticas. É encontrada no pavilhão auricular, na tuba
auditiva, na epiglote.

5.2.1.3 Tecido ósseo


Constituído pelos osteócitos, é um tecido firme, formado pela impregnação de substância
intercelular com sais orgânicos. É um tecido vivo com suprimento de vasos sanguíneos e nervos. Os
dois tipos mais comuns são: o compacto (externo) e o esponjoso, que forma o tecido interno mais
leve. A dentina e o cemento dos dentes são tecidos ósseos modificados.
5.2.1.4 Tecido hematopoiético
É responsável pela produção dos elementos sólidos do sangue. Encontra-se na forma de:
tecido mielóide (localizado na medula óssea, produz hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos
(glóbulos brancos) e as plaquetas e o tecido linfóide (produz leucócitos do tipo linfócito, é
encontrado nos linfonodos, timo,baço).

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5.3 TECIDO MUSCULAR

O tecido muscular é responsável pelos movimentos do organismo, com propriedades de se


contrair ou de se estender.
As células musculares, alongadas, são
conhecidas como fibras musculares. Apresentam
diferenças de estrutura e de funcionamento. Dessa
forma, classifica-se a musculatura em três tipos:
Músculo liso: não possui fibras estriadas, sua
contração é involuntária. É controlado pelo sistema
nervoso autônomo. Encontra-se nas vísceras e nas
paredes dos vasos sanguíneos.
Músculo estriado: composto por fibras
estriadas transversas, é de ação voluntária. Constitui
principalmente os músculos esqueléticos.
Músculo cardíaco: apresenta fibras estriadas, mas é de ação involuntária. Encontra-se na
musculatura do coração.

5.4 TECIDO NERVOSO:

É o tecido mais altamente organizado no corpo, iniciando, controlando e coordenando a


capacidade do corpo de adaptar-se ao meio ambiente. É constituído por duas estruturas: as células
nervosas (neurônios) e os elementos de sustentação (neuróglia).
Sem esse tecido seria impossível o funcionamento dos órgãos do sentido, a aprendizagem,
o pensamento, a memória, a produção de secreções pelas glândulas, a contração muscular e tantas
outras funções essenciais para o funcionamento adequado do corpo.

AULA 6 - A PELE

A pele do adulto recobre em média mais de 7.500 cm2 de área de superfície, pesa
aproximadamente 3 quilogramas e recebe cerca de 1/3 de toda a circulação sanguínea do corpo. É
elástica e possui inúmeras funções.

6.1 FUNÇÕES DA PELE:

 Recobrir a superfície do corpo como um envoltório protetor: é um revestimento


elástico e resistente que impede a passagem de agentes químicos e físicos nocivos e
inibe a perda excessiva de água e eletrólitos;
 Participar do equilíbrio térmico através de sua rede de capilares e da excreção de
suor: a medida que o corpo necessita dissipar calor, os vasos sanguíneos da pele
dilatam-se, permitindo que maior quantidade de sangue chegue à superfície com
uma resultante perda de calor;
 Proteger o organismo contra as agressões térmicas e a penetração de
microorganismos: o manto ácido da pele ajuda a proteger sua superfície de agentes
irritantes e bactérias;

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 Ser responsável pela sensibilidade superficial do corpo através das terminações


nervosas para o tato, a temperatura e a pressão: com a estimulação de um receptor,
um impulso nervoso é enviado ao córtex cerebral, onde é interpretado. O cérebro
deve discernir entre graus de estimulação e combinações de estímulos, resultando
estas em sensações tais como queima, cócegas e prurido;
 Eliminar substâncias tóxicas e residuais através do suor e do sebo;
 Armazenar gordura e outros componentes do metabolismo;
 Sintetizar a vitamina D pela utilização dos raios ultravioletas do sol.

6.2 CAMADAS DA PELE:

6.2.1 Epiderme:
É composta por células epiteliais pavimentosas estratificadas. Consiste de cinco camadas, da
superfície para a profundidade, o estrato córneo (células achatadas, mortas, que se assemelham a
escamas, preenchidas com uma proteína chamada queratina); estrato lúcido (não é visualizado em
pele pouco espessa, possui células achatadas mortas ou em degeneração); estrato granuloso
(possuem células achatadas cheias de grânulos); estrato espinhoso (várias fileiras de células
“espinhosas” com forma poliédrica); estrato germinativo (camada mais profunda e mais importante
contém células capazes de sofrer divisão mitótica que dão origem a todas as outras camadas da
epiderme. Nele se localizam os melanócitos que produzem a melanina).

6.2.2 Derme:
Localiza-se abaixo da epiderme, consiste em tecido conjuntivo contendo fibras colágenas e
elásticas, além de vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas.
Entre outras funções, a derme mantém a pele sob constante tensão elástica e nutre a epiderme
através de sua rede de capilares.

6.2.3 Hipoderme ou subcutâneo:


É formada por tecido
conjuntivo frouxo, vasos
sanguíneos e linfáticos, nervos e
tecido adiposo. Liga a derme às
estruturas subjacentes. O tecido
adiposo distribui-se por toda a
superfície do corpo variando de
acordo com a idade, sexo, estado
nutricional e taxa de hormônio.
Funciona como uma reserva
alimentar e de proteção contra as
ações mecânicas e o frio.

Sua pele perde 50 mil células por minuto

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6.3 ANEXOS DA PELE:

Unhas: São estruturas achatadas,


elásticas, de textura córnea, aplicadas
sobre a superfície dorsal das falanges
distais. Cada unha está implantada por
uma porção chamada raiz em um sulco da
pele; a porção exposta é denominada
corpo e a extremidade distal, borda livre.

A unha é firmemente aderente ao


cório e exatamente moldada sobre a
superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que
a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas
apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é esbranquiçada e chamada lúnula
devido a sua forma.

Pêlos: Recobrem grande parte da pele.


Sua coloração varia de acordo com a quantidade
de pigmento existente. A raiz do pêlo aloja-se em
um tubo situado na derme ou na hipoderme,
denominado folículo piloso, que possui uma
camada germinativa responsável pelo seu
crescimento. Entre a superfície da pele e o
folículo piloso encontra-se o músculo eretor do
pêlo (“pele arrepiada”).

Glândulas sebáceas: geralmente surgem


das paredes dos folículos pilosos e produzem o
sebo, uma substância oleosa cuja função é manter a elasticidade e a oleosidade dos pêlos e da pele;

Glândulas sudoríparas: encontra-se em toda a superfície do corpo, principalmente na palma


das mãos e planta dos pés. Secretam o suor, que é um líquido composto por água e sais minerais. O
suor propriamente dito é praticamente inodoro, o odor é produzido pela ação de bactérias no suor.
A quantidade de suor a ser eliminada irá depender das necessidades do organismo para manter o
equilíbrio térmico através da evaporação da água, regular o metabolismo hídrico e inorgânico,
proteger a pele contra as agressões microbianas, juntamente com o sebo.

O cheiro do seu corpo vem de outro tipo de suor, aquele produzido pelas glândulas
apócrinas, que estão localizadas principalmente nas axilas e na região genital. Esse odor
específico é provocado pelas bactérias que temos pelo corpo. Elas comem a gordura que
eliminamos pelas glândulas apócrinas.

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AULA 7- SISTEMA ESQUELÉTICO

A estrutura de suporte do corpo é uma armação de ossos articulados chamada esqueleto.


Ele permite ao homem manter-se ereto.
O homem, adulto, possui 206 ossos, cuja variedade de forma, tamanho e estrutura interna
é decorrente de sua função. Cinco funções gerais são atribuídas ao esqueleto como um todo.

7.1 FUNÇÕES DO ESQUELETO:


 Suporta os tecidos circunjacentes;
 Protege os órgãos vitais e outros tecidos moles do corpo;
 Auxilia no movimento do corpo, fornecendo inserção dos músculos e funcionando
como alavanca;
 Produz células sanguíneas (medula vermelha dos ossos);
 Fornece uma área de armazenamento para sais minerais, especialmente fósforo e
cálcio, que suprem as necessidades do corpo.

7.2 OMPOSIÇÃO DO OSSO:

O osso é um tipo de tecido conjuntivo e, como tal,


consiste em células e de uma matriz de fibras e substância
fundamental (calcificada, portanto, rígida).
Quando jovens, as células ósseas são chamadas de
osteoblastos e apresentam longas projeções citoplasmáticas,
que tocam os osteoblastos vizinhos. Quando a célula óssea se
torna madura, transforma-se em osteócito. Além dos
osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células
importantes no tecido ósseo: os osteoclástos. Essas células são
especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou
envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do
tecido pelos osteoblastos. Os cientistas acreditam que os ossos
estejam em contínua remodelação, pela atividade conjunta de
destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente,
pelos osteoclastos e osteoblastos.
O tecido ósseo, por sua vez, pode ser compacto
(externo) denso e forte e esponjoso ou poroso (interno) cheio
de espaços chamados trabéculos.

No corpo humano, o esqueleto feminino é diferente do esqueleto masculino. Nos homens,


os ombros são mais largos e o tórax é maior, a pelve é mais estreita e o comprimento das pernas
representa 56% da altura, ao passo que nas mulheres representa 50%. Além disso, enquanto o
esqueleto adulto é formado geralmente por 206 ossos, um recém-nascido pode possuir 300, que
serão fundidos até os 22 anos.

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7.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS:


Os ossos do esqueleto são divididos de acordo com a forma em cinco tipos:
Ossos longos: consistem de uma haste, ou diáfise, e duas extremidades, chamadas epífises.
No crescimento ósseo, as epífises e as diáfises são separadas por um disco epifisário cartilaginoso
ou zona de crescimento, onde ocorre o crescimento longitudinal. São exemplos de ossos longos o
úmero, o rádio, a tíbia e a fíbula.

Fêmur- Exemplo de Osso Longo

Ossos curtos: possuem uma forma irregular e não são meramente uma versão menor do
osso tipo longo. São exemplos dos ossos curtos, os ossos do carpo e do tarso.

Ossos do Carpo

Ossos planos: consistem em duas camadas finas de tecido compacto envolvendo uma
camada de osso esponjoso. São encontrados nos locais onde há necessidade de proteção das partes
moles do corpo ou necessidade de uma extensa inserção muscular. São exemplos dos ossos planos
as costelas, a escápula e os ossos do crânio.

Ossos irregulares: possuem a mesma estrutura básica dos ossos curtos e planos, porém têm
forma peculiar e diferente, tais como as vértebras e os ossículos do ouvido.

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Ossos sessamóides: são pequenos e arredondados, estão inclusos em tendão e para


funcionar aumentam a função de alavanca dos músculos. O exemplo é a patela.

Ossos Pneumáticos: São ossos dotados de cavidades, possui pequenos orifícios que
permitem a passagem do ar chamado forames, como por exemplo os ossos da face.

7.4 MEMBRANAS DO OSSO:


O periósteo é uma bainha de tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso,
exceto das superfícies articulares (que são revestidas com cartilagem hialina). O endósteo é uma
membrana fina e delicada que reveste as cavidades ósseas internas e possui capacidade
hematopoiética e osteogênica.

7.5 MEDULA ÓSSEA:


Os espaços existentes nos ossos esponjosos das costelas,
vértebras, esterno e pelve são, em adultos normais, preenchidos
com medula óssea vermelha. Esta medula é ricamente suprida com
sangue. Sua principal função, referida como hematopoiese, é a
formação de eritrócitos, leucócitos e megacariócitos cujos
fragmentos formam as plaquetas.

A medula amarela é um tecido conjuntivo que consiste


principalmente de células adiposas e é encontrada principalmente
nas diáfises dos ossos longos.

AULA 8 - DIVISÕES DO ESQUELETO:

O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais. A primeira é o esqueleto
axial, que representa o eixo mediano do corpo, sendo formado por ossos da cabeça (crânio e face),
pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro). A segunda
parte é o esqueleto apendicular, que representa os ossos dos membros inferiores e superiores,
junto com os ossos que formam a cintura escapular e pélvica. No indivíduo adulto, quando em
completo desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206.
A parte axial consiste em crânio (28 ossos, incluindo os da face), o osso hióide, as vértebras
(26 ossos), as costelas (24 ossos) e o esterno. A parte apendicular do esqueleto consiste nos

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membros superiores (64 ossos, incluindo a cintura escapular) e nos membros inferiores (62 ossos,
incluindo a cintura pélvica).

8.1 ESQUELETO AXIAL


Formado pelo crânio e face (caixa craniana), a caixa torácica (tórax) e a coluna vertebral, o
esqueleto axial é a parte central do corpo humano.

Crânio: Os ossos do crânio e da face têm a função de proteger as estruturas cerebrais e dos
órgãos dos sentidos. Os ossos do crânio envolvem e protegem o encéfalo, e são unidos de maneira
imóvel por suturas ou linhas de junção. Durante a infância, estas articulações são formadas por
tecido fibrocartilaginoso que gradualmente se ossificam.

É composto pelos seguintes ossos:

Um frontal: os seios frontais são duas cavidades aéreas separadas por um septo e que se
comunicam com a cavidade nasal. Forma a testa, o teto da cavidade nasal e as órbitas (cavidades
ósseas onde se encaixam os olhos);
Dois parietais: situam-se lateralmente (direita e esquerda), na parte superior do crânio.
Formam os lados e o teto do crânio e são articulados na linha mediana formando a sutura sagital e
a sutura coronal nas suas articulações com o osso frontal;
Dois temporais: constituem as paredes laterais do crânio; na sua cavidade timpânica
localizam-se os três ossos da orelha média (martelo, bigorna e estribo). A saliência óssea atrás da
orelha denomina-se apófise mastóide (em número de duas, direta e esquerda); nela se localizam
cavidades que estão em contato com os órgãos da audição;
Um occipital: situa-se inferior e posteriormente, articula-se com a primeira vértebra cervical
e possui um orifício (forame magnum ou occipital), para a passagem da medula espinhal. Forma a
parte dorsal e a base do crânio, e articula-se com os ossos parietais anteriormente formando a
sutura lambdóide;
Um esfenóide: localiza-se entre os ossos parietais, temporais e occipital. Possui uma
escavação denominada sela túrcica, onde se aloja a hipófise. A parte central é oca, constituindo o
seio esfenoidal, que se abre na parte posterior da cavidade nasal. Forma a porção anterior da base
do crânio. É um osso único, em forma de cuia, que tem um corpo central e duas asas amplas que se
articulam com os ossos temporais de cada lado. Anteriormente articula-se com os ossos etmóide e
frontal e posteriormente com o osso
occipital. Assim, ele serve como
apoio, ligando os ossos cranianos
entre si.
Um etmóide: alguns
consideram um osso facial; é
atravessado pelos ramos do nervo
olfatório. É a principal estrutura de
suporte da cavidade nasal e
contribui para a formação das
órbitas. É o osso mais leve do crânio.

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Face: como os do crânio, os ossos da face são unidos de maneira imóvel, por suturas, com
uma única exceção, a mandíbula.

Duas maxilas superiores: o direito e o esquerdo possuem o seio maxilar que se comunica
com a respectiva metade da cavidade nasal. Apresentam cavidades alveolares (em forma de arco)
para sustentar a arcada dentária superior;
Uma mandíbula: é o único osso móvel da face; apresenta cavidades alveolares para a
implantação dos dentes da arcada dentária inferior.
Dois zigomáticos: localizam-se na parte lateral (direita e esquerda) da face. Os dois ossos
que formam a
proeminência das
maçãs do rosto são
também chamados
ossos malares e
localizam-se sobre as
maxilas, articulando-
se com os seus
processos
zigomáticos;
Dois palatinos:
situam-se na parte
posterior da maxila,
formam a parte
posterior do teto da
boca, ou palato duro;
Dois nasais: o
direito e o esquerdo
formam a parte dorsal
do nariz.
Aspecto frontal do crânio.

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Tronco: As vértebras, o esterno e as costelas constituem a porção truncal do esqueleto axial.


A coluna vertebral é rígida o bastante para fornecer o suporte adequado para o corpo,
contudo os discos entre as vértebras permite alto grau de flexibilidade. É formada por uma série de
26 vértebras separadas e acolchoadas, pelos discos intervertebrais. O canal interno é formado por
sucessivos forames de vértebras individuais e pelos ligamentos e discos que os conectam.

O nome e o número das vértebras são classificados das seguintes formas:

 7 vértebras cervicais;
 12 torácicas;
 5 lombares;
 5 vértebras sacrais as quais se fusionam na vida adulta para formar o sacro;
 4 vértebras coccígeas que se unem firmemente para formar o cóccix.

Tem como função dar suporte e movimento ao corpo, assim como proteção da medula
espinhal, a coluna vertebral é constituída de maneira a suportar forças de compressão muitas vezes,
superiores ao peso do corpo. Os discos intervertebrais de cartilagem agem como amortecedores
para reduzir a vibração ou pressão transmitida ao cérebro e reduzir a probabilidade de fraturas das
vértebras.

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Tórax: é a porção do tronco constituída pelo esterno, cartilagens costais, costelas e corpos
das vértebras torácicas. Esta caixa óssea encerra e protege os pulmões e outras estruturas da
cavidade torácica. O tórax também fornece suporte para os ossos da cintura escapular e membros
superiores.

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Osso esterno (osso do peito): É um osso achatado que se


articula com as cartilagens costais direita e esquerda e com a
clavícula. Compõem-se pelo manúbrio (parte superior), corpo
(parte mediana) e processo ou apêndice xifóide (parte inferior).

Costelas: São em número de doze pares, sendo que os


sete pares superiores articulam-se diretamente com o esterno e
são chamadas costelas verdadeiras. Os três pares inferiores
articulam-se com o esterno apenas indiretamente e são
chamadas costelas falsas. Completamente desligadas das
costelas anteriores, a décima primeira e a décima segunda são
chamadas de costelas flutuantes.

O espaço existente entre duas costelas chama-se espaço


intercostal. O esterno e as costelas são estruturas importantes no
mecanismo da respiração, pois aumentam (na inspiração) ou
diminuem (na expiração) o diâmetro da caixa torácica.

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8.2 ESQUELETO APENDICULAR

Formado pelos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés), ombro,
cintura, pelve, juntas, articulações e ligamentos, o esqueleto apendicular é aquele que se junta ao
esqueleto axial.

Ossos dos Membros Superiores: Estão incluídos os ossos da cintura escapular, braço,
antebraço e mão.
Clavícula- É um osso longo e delgado, localizado na base do pescoço logo abaixo da pele e
anteriormente à primeira costela. Sua extremidade medial articula-se com o manúbrio do esterno
e a extremidade lateral com o acrômio da escápula. A articulação entre a clavícula e o esterno é a
única articulação entre o membro superior e o tórax.

Escápula- É um osso grande, achatado, triangular, localizado na porção dorsal do tórax,


cobrindo a área da segunda até a sétima costela.
Úmero- É o osso longo do membro superior. Sua cabeça é arredondada e articula-se com a
escápula; sua extremidade inferior é achatada e articula-se com o rádio e a ulna.
Ulna- É o osso medial mais longo do antebraço. Apresenta sua extremidade superior mais
volumosa do que a inferior. O olécrano é um processo proeminente formando a parte mais elevada
da ulna (ponta do cotovelo).

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Relações do úmero, escápula e clavícula com a caixa torácica.

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Rádio- Encontra-se em direção ao polegar, articula-se superiormente com o úmero,


medialmente com a ulna e inferiormente (em conjunto com a ulna) com o carpo, formando a
articulação do pulso.
Ossos do punho (carpo)- São chamados cárpicos e estão situados em duas fileiras;
interligados através de articulações semimóveis. Cada fileira tem quatro ossos. Na fileira proximal,
de dentro para fora, encontra-se o pisiforme, o piramidal, o semilunar e o escafóide. Na fileira distal,
de dentro para fora, localiza-se o hamato, o capitato, o trapezóide e o trapézio.
Ossos Metacarpianos- A palma da mão consiste em cinco ossos metacarpianos, cada um
com uma base, um eixo e uma cabeça. Os metacarpos não se dispõem paralelamente mas, em vez
disso, radiam-se do punho como raios de uma roda e articulam-se com as falanges proximais dos
quatro dedos e do polegar. Cada dedo possui três falanges, uma proximal, uma média e uma
terminal ou distal. O polegar possui apenas duas falanges.

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8.3 OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES:

Cintura pélvica (pelve, quadril ou bacia) - Formada por dois ossos ilíacos, suporta o tronco e fornece
ligação com os membros inferiores. O par de ossos ilíacos (ossos pélvicos ou “ossos do quadril”) consiste
originalmente em três ossos separados: o ílio, o ísquio e o púbis. Os dois “ossos do quadril” articulam-se
entre si anteriormente ao nível da sínfise púbica e posteriormente com o sacro.
Ílio- Forma a proeminência superior do quadril. Fornece um suporte
adequado às vísceras abdominais. A sua parte superior denomina-se crista ilíaca. É o
único osso pélvico que se articula com a coluna vertebral, mas praticamente
impossibilitado de se movimentar devido aos ligamentos.
Ísquio- Encontra-se na parte inferior e posterior da pelve; na posição sentada
é o principal ponto de apoio do tronco.
Púbis- É superior e ligeiramente anterior ao ísquio. Apresenta-se ligado ao ílio
e ao ísquio. Os dois ossos púbicos se unem para formar uma articulação chamada sínfise púbica.

No local de união desses três ossos existe uma cavidade revestida por cartilagem denominada
acetábulo, cuja função é alojar a cabeça do fêmur, formando a articulação coxo femural.
Fêmur (coxa) - Considerado o maior osso do corpo humano. Sua extremidade superior forma uma
cabeça arredondada que se projeta para cima e aloja-se no acetábulo. A extremidade inferior do fêmur, que
se articulam com a tíbia.
Patela (“capuz do joelho”) - É um osso pequeno, achatado e um tanto triangular que se localiza
anteriormente à articulação do joelho e está no interior do tendão do músculo quadríceps femoral. A única
articulação é com o fêmur. A patela é móvel e serve para aumentar a ação de alavanca para os músculos que
alinham o joelho.
Tíbia- Maior dos ossos que formam a porção inferior da perna. A extremidade articula com o fêmur.
Também se articula com a fíbula lateralmente tanto na extremidade superior quanto na inferior.
Fíbula- Situa-se lateralmente e paralelamente à tíbia. Sua extremidade superior não alcança a
articulação do joelho e, portanto, não se articula com o fêmur. Sua extremidade inferior se articula com o
pé.
Os ossos do pé mantêm unidos através de fortes ligamentos que lhes permitem sustentar o peso
corporal e funcionar como alavanca durante o ato de andar. Dividem-se em tarso, metatarso e dedos. Os
ossos do tarso consistem em um grupo de sete pequenos ossos que se assemelham com os ossos cárpicos,
do punho, mas são maiores. Os ossos do tarso, são: calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial,
cuneiforme intermédio, cuneiforme lateral. O calcâneo é o maior deles e forma a proeminência do calcanhar.

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Vista anterior e posterior dos ossos da perna direita e do pé.

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Metatarso- Constituído por cinco ossos longos denominados metatársicos. O primeiro (do
lado tibial) é maior que o outro devido sua função de suporte de peso. O segundo, terceiro, quarto
e quinto (do lado fibular), têm por função suportar o peso corporal da parte anterior e lateral e
articular-se na parte superior com os ossos do tarso e na parte inferior com os ossos dos dedos.

Três vistas dos ossos do pé direito.

Os ossos dos dedos do pé são chamados de falanges. Existem duas falanges no hálux e três
em cada um dos quatro dedos menores.

AULA 9 - ARTICULAÇÕES
Uma articulação é um lugar de união entre dois ou mais ossos independentes do grau de
movimento permitido por essa junção.

9.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES:


São três os grupos de acordo com o grau de movimento que elas permitem: sinartroses
(imóveis), anfiartroses (ligeiramente móveis) e diartroses ou sinoviais (movimentos livres).
As sinartroses pode-se dizer que é só uma sutura que une um osso a outro. Por isso, essas
articulações recebem o nome de sinartrose, exemplos são os ossos do crânio. Nesse tipo de junção,
as duas superfícies ósseas tornam-se quase contínuas, uma diante da outra.
Mas existem articulações que possuem apenas uma relativa mobilidade, sendo consideradas
semimóveis: são as anfiartroses. O tecido que une os dois ossos é fibrocartilaginoso e constitui a
articulação. Bom exemplo desse tipo de ligação é a que existe entre os dois ossos púbis – a chamada
sínfise pubiana -, de particular importância no esqueleto feminino. A gestação provoca a secreção

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de um hormônio (relaxina) que determina a diminuição da consistência do tecido fibroso, que então
se relaxa.

O terceiro tipo de articulação inclui as mais complexas, que são as móveis, tecnicamente
denominadas diartroses. Para se ter exemplos dos movimentos que essas articulações permitem,
basta pensar nos que são executados pelos membros superiores e inferiores: andar, agachar, sentar,
manipular e carregar objetos. Sem as articulações dos joelhos, cotovelos, pés, mãos e dedos,
nenhum desses movimentos seria possível.

Nas ligações móveis ( Diartroses) encontramos as seguintes estruturas:

Cartilagem articular:
reveste as superfícies articulares
dos dois ossos vizinhos.

Cápsula articular: liga as


extremidades dos ossos
prendendo-se acima da
superfície cartilaginosa dos
ossos. É formada internamente
por uma membrana delgada
chamada membrana sinovial e,
externamente, por um tecido
conjuntivo fibroso resistente.

Ligamentos: reforçam a
função da membrana fibrosa, impedindo o deslocamento das superfícies articulares.
Líquido sinovial ou sinóvia: é um líquido oleoso existente na cavidade articular, secretado
pela membrana sinovial. Tem por finalidade nutrir a cartilagem articular e permitir o deslizamento
das superfícies cartilaginosas articulares.

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9.2 PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES:

Articulação têmporo- O osso temporal articula-se com a mandíbula, permitindo a mastigação;


mandibular:
Processo articular É a articulação entre as vértebras;
vertebral:
Articulação sacro-ilíaca:As vértebras sacrais ligam-se ao osso ílio da pelve;
Articulação coxo-A cabeça do fêmur articula-se com uma região da pelve denominada
femoral: acetábulo;
Articulação do joelho: Como a superfície articular do fêmur não se adapta perfeitamente à
superfície articular da tíbia, há um disco cartilaginoso em forma de meia-
lua inserido nas extremidades interna e externas de cada osso. Essa
estrutura denomina-se menisco, cuja função é aumentar tanto a
superfície articular como a resistência elástica a choques. Como essa
articulação é a maior do corpo humano, e de uma complexidade e
importância muito grande, além dos dois ossos e do menisco, participam
também vários ligamentos e a patela;
Articulação do Os ossos do tarso articulam-se com a tíbia e a fíbula;
calcanhar:
Articulação do ombro: A cintura escapular articula-se com o úmero;
Articulação do cotovelo: Composta por três articulações isoladas (úmero com a ulna, úmero com
o rádio e rádio com a ulna), mas envoltas por uma cápsula comum;
Articulação do pulso: Os ossos do antebraço articulam-se com os ossos do carpo. Os
movimentos articulares do braço e da mão devem ser sincrônicos, para
que a mão possa atuar como órgão de apreensão.

9.3 PRINCIPAIS MOVIMENTOS ARTICULARES:

A articulação pode se movimentar em uma direção (exemplo: a articulação dos dedos) ou


em várias direções (exemplo: a articulação do ombro).

Os principais movimentos articulares são:


Flexão: Ocorre a aproximação das extremidades mais distantes dos dois ossos
ligados por uma articulação;
Extensão: Ocorre o afastamento das extremidades mais distantes dos dois ossos
ligados por uma articulação;
Abdução: É o deslocamento do membro da sua posição anatômica, provocando o
afastamento da linha média do corpo;
Adução: O membro se move em direção à linha média do corpo;
Rotação: O membro é girado para dentro ou para fora, de acordo com o seu eixo
longitudinal.

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Tipos de movimentos permitidos pelas articulações sinoviais.

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AULA 10 - SISTEMA MUSCULAR

Os músculos constituem 40% a 50% do peso do corpo. Quando eles se contraem afetam o
movimento do corpo como um todo, portanto quando se refere à sistema muscular as duas palavras
chaves são, contração e movimento.

10.1 TIPOS DE MÚSCULOS:

Os três tipos de músculo são esquelético,


liso e cardíaco.

10.1.1 Músculo esquelético:


O músculo esquelético, como o próprio nome diz, está normalmente associado ao sistema
esquelético. É estriado devido à presença de bandas claras e escuras ao longo de suas fibras. É
voluntário.
Composto por células musculares longas e delgadas chamadas fibras. As fibras musculares
são inervadas por fibras nervosas. Cada fibra nervosa inerva em média, 150 fibras musculares.
Chamamos a esta reunião de unidade motora, porque as fibras musculares da unidade são sempre
excitadas simultaneamente e se contraem sincronicamente.
As fibras musculares possuem a propriedade de serem excitáveis. Qualquer força que afete
esta excitabilidade é chamada de impulso elétrico transmitido de uma fibra nervosa para a fibra
através da liberação da acetilcolina. A acetilcolina atua sobre a membrana da fibra muscular,
fazendo com que esta, gere seu próprio impulso, que percorrem ao longo da fibra muscular em
ambas as direções.

10.1.2 Músculo Liso:


O músculo liso é encontrado nos tratos digestório, respiratório e outras estruturas ocas, tais
como a bexiga urinária e os vasos sanguíneos. Sua contração é involuntária.Composto por células
musculares lisas, também chamadas de fibras.As fibras musculares lisas não apresentam estrias. Sua
inervação é feita pelo sistema nervoso autônomo e sua contração ocorre numa forma similar à
contração do músculo esquelético.

10.1.3 Músculo cardíaco:


Possui a aparência estriada do músculo voluntário, porém sua contração é involuntária.É
inervado pelo sistema nervoso autônomo.

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10.2 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS:

Ventre muscular: Corresponde à porção média do músculo,


de coloração vermelha, onde predominam as fibras musculares. É a
parte ativa do músculo, onde se dá a contração.
Tendões e aponeuroses: são constituídos de tecido
conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Apresentam-se
esbranquiçados e brilhantes. Não possuem contração e são muito
resistentes. Quando apresentam forma cilindróide, denomina-se
tendões, quando são laminares, recebem o nome de aponeuroses.
Tanto tendões quanto aponeuroses têm como função fixar o
músculo ao esqueleto ou à derme.

Os músculos agem como sistema de alavancas, em relação


aos ossos. Eles se prendem através dos tendões em, pelo menos,
dois ossos e cruzam as articulações. Ao receber o estímulo (impulso),
o ventre muscular se contrai e há um encurtamento no
comprimento do músculo e seqüente movimento da peça
esquelética.A potência (força) do músculo depende do grau de seu
encurtamento.

10.3 FÁSCIA MUSCULAR:

A fáscia muscular é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, protegendo-
o, evitando o atrito e coordenando seus movimentos. Trata-se de uma lâmina muito espessa, que
pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto.
Outra função desempenhada pela fáscia é permitir que os músculos deslizem entre si com
facilidade.

Os seres humanos nascem com todas as fibras musculares que sempre terão

10.4 PROPRIEDADE DOS MÚSCULOS:

Excitabilidade: é a capacidade que o músculo possui de responder ao estímulo nervoso,


contraindo-se.
Condutibilidade: o impulso nervoso atinge o músculo e se espalha por todas as fibras
musculares.
Contratilidade: é a propriedade pela qual o músculo, uma vez excitado por um impulso
nervoso, diminui em comprimento e aumenta em espessura.
Elasticidade: é a propriedade que permite ao músculo se alterar e retornar sua forma e
dimensão primitivas. Ou seja, dentro de certos limites, o músculos deixa-se deformar, mas volta às
suas dimensões primitivas, quando a causa da deformação deixa de atuar.

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Tonicidade: É o estado de ligeira tensão, normal, em que se encontram os músculos. Ela


contribui para a postura do indivíduo.

10.5 INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO:


A atividade muscular é controlada pelo sistema nervoso central. O músculo que deixa
executar seu trabalho mecânico, entra em atrofia, alterando o funcionamento do aparelho
locomotor.
A nutrição dos músculos, os quais necessitam de considerável quantidade de energia, dá-se
através de uma ou mais artérias que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um
extenso leito capilar.
Os nervos e artérias penetram sempre pela face profunda dos músculos, pois assim estão
melhor protegidos.

10.6 REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR:

O tecido muscular praticamente não tem capacidade de regeneração. Grandes perdas de


tecido muscular são reparadas por células do tecido conjuntivo, que prolifera, formando uma
cicatriz.
O tecido muscular, geralmente reage a estímulos (massagens, exercícios), através de um
processo de crescimento das suas fibras (hipertrofia).
O desuso dos músculos por perda dos estímulos nervosos (paralisia, acidentes) leva a uma
atrofia rápida, e até certo ponto reversível, do tecido muscular.

A língua é o músculo mais forte no corpo

AULA 11 - CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DOS MÚSCULOS:

Agonista: quando é o agente principal na execução


de um movimento, ou seja, é o músculo que realiza o
movimento desejado.
Antagonista: quando é o agente que se opõe ao
trabalho de um agonista, para regular a potência de ação
deste músculo.

Um músculo pode ser agonista ou antagonista,


dependendo do tipo de movimento realizado.

11.1 PRINCIPAIS MÚSCULOS:

11.1.1 Músculos da cabeça:

São responsáveis pelos traços do rosto e pela mímica; atuam na movimentação da cabeça e
da coluna vertebral e participam do processo de mastigação.
Masseter e temporal: músculos da mastigação elevam a mandíbula, fechado a boca.

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Bucinador: comprime as
bochechas para a trituração dos
alimentos.
Frontal: puxa o couro cabeludo
para frente, eleva os supercílios e enruga
a pele da fronte.
Orbicular do olhos: fecha as
pálpebras.
Orbicular da boca: fecha os
lábios.
Elevador do lábio superior:
eleva o lábio superior.
Zigomática maior: puxa o
ângulo da boca, para cima e para trás,
para o riso.
Zigomático menor: puxa o
lábios superior para cima e para fora.

Músculos da face, camada profunda

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11.1.2 Músculos do Pescoço:

Os músculos do pescoço tem como função principal mover a cabeça e o osso hióide. Os que
se encontram por detrás da coluna vertebral são chamados músculos da nuca e os demais são ditos
músculos do pescoço propriamente dito.

- Esternocleidomastóideo: participa na movimentação da cabeça com o pescoço.

 Hióideos: é um conjunto de músculos situado entre os ossos hióide e maxilar inferior.


Participa no processo deglutição e abertura da boca.
 Escaleno: eleva as costelas e participa no movimento lateral da coluna cervical.

Músculos do pescoço, camada superficial

11.1.3 Músculos do dorso:

São músculos que se estendem da coluna vertebral em direção á cintura escapular e ao


úmero. Participam nos movimento do braço e da cabeça, e da elevação da escápula.

 Grande dorsal: recobre os outros músculos das costas.


Trapézio: eleva e puxa os ombros para trás; gira a escápula; estende cabeça.
 Rombóide menor e rombóide maior: move e a escápula para trás.

- Levantador da escápula: Eleva a escápula. Pode agir com o trapézio elevando o ombro, e
com os rombóides, na adução e fixação da escápula.

 Existe um outro grupo muscular que se insere na coluna vertebral e nas costelas e tem
ação no equilíbrio e dinâmico do tórax.

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11.1.4 Músculos do tórax:

Os músculos que se estendem as costelas em direção à cintura escapular e ao úmero atuam


nos movimentos do membro superior e na mecânica torácica.
 Peitoral maior: aduz, flexiona e roda o braço mediamente.
 Peitoral menor: abaixo do ombro e gira a escápula para baixo. Situa-se abaixo do peitoral
maior.
 Serrátil: move a escápula.
 Intercostais: atuam na mecânica torácica, facilitando a respiração, elevando ou abaixando
as costelas.
 Diafragma e aumento da pressão interna abdominal por diminuição da cavidade
abdominal. Ex:. evacuação, micção e trabalho de parto).

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Músculos da superfície anterior da mulher.

11.1.5 Músculos do abdômen:

Formam uma parede para proteção dos órgãos abdominais, influem no equilíbrio estático e
dinâmico das vísceras abdominais e atuam no movimento do tronco.

Transverso do abdômen: comprime o conteúdo abdominal.


 Oblíquo externo e interno: protege as vísceras e promover uma pressão interna que auxilia
em diversas necessidades fisiológicas.
 Reto do abdômen: flexiona ou curva a coluna vertebral; auxilia na compressão do
conteúdo abdominal.

11.1.6 Músculos dos membros inferiores:

 Lliopsoas: flexiona a coxa ou o tronco.


 Glúteo máximo: estende a coxa, estende o tronco.
 Glúteo médio: recoberto parcialmente pelo glúteo máximo. Abduz a coxa
 Glúteo mínimo: mesmo função do glúteo média.

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 Sartório: conhecido antigamente como o costureiro. Flexiona e roda lateralmente a coxa.


 Quadríceps femoral: compõem-se pelos músculos reto femoral, vasto lateral, vasto
intermédio e vaso médio. Estende a perna e auxilia na flexão da articulação do quadril.
 Bíceps femoral: situa-se na parte posterior da coxa.

Músculos superficiais da coxa, superfície superior

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Os músculos da perna possuem longos tendões que podem atingir os dedos dos pés.
Participam dos movimentos do pé e da perna e têm função importante na deambulação.

- Gastrocnêmio (panturrilha): flete a perna e o pé.


- Soleo: flete o pé.
- Tibial anterior: auxilia na flexão do pé.
- Fibular longo e curto: everte o pé.
- Plantar: flete o pé.
- Flexor curto e longo do hálux: flexiona o hálux. Flexiona o pé.
- Extensor longo do hálux: estende o hálux.
- Flexor curto e longo dos dedos: flete os dedos na articulação.
- Flexor curto e longo dos dedos: flete os dedos na articulação.
- Extensor curto e longo dos dedos: estende os dedos.

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Músculo fibular
curto

Músculos superficiais da perna e pé direito, superfície anterior.

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Músculos superficiais da perna e pé direito, vista posterior.

Os músculos do pé atuam nos movimento restrito dos artelhos e principalmente na


manutenção e da estabilidade interna da arcada do pé; por isso, a planta do pé apresenta: - número
maior de músculos do que na região do dorso;- músculos mais desenvolvidos na sua borda interna

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do que na externa, por que e peso corporal apoio-se na extremidade interna; - um camada grossa
de tendões ( aponeurose plantar) que recobre os seus músculos a fim de proporcionar uma maior
firmeza na sua arcada interna;- uma camada adiposa especial entre a pele e a aponeurose plantar,
principalmente na região do calcanhar, para funcionar como um amortecedor.

Músculos superficiais da perna e pé diretos. Vista lateral

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11.1.7 Músculos dos membros superiores:


Os músculos dos membros superiores participam nos movimentos do braço, da mão e dos
dedos. Mas para os movimentos da articulação do ombro, é necessária a ação conjunta de três
grupos musculares:- músculos que se estendem da coluna vertebral em direção á cintura escapular
e úmero: grande dorsal, trapézio, rombóide; - músculos que se estendem da costela em direção à
cintura escapular e ao úmero: peitoral maior e menor, serrátil;- músculos do membro superior:
deltóide (estende-se da clavícula e escápula e vai até a metade do úmero), redondo maior (principal
antagonista do deltóide estende-se da escápula ao úmero).

Porções Longas

Músculos da região da axila quando o braço está levantado.

Os músculos do braço estendem-se da escápula em direção ao úmero ou, ao antebraço, ou


do úmero aos ossos do antebraço.

- Bíceps braquial: situa-se na parte anterior; é considerado o músculo flexor mais importante
do braço.
- Braquial: flexiona o antebraço.
- Tríceps braquial: situa-se na parte posterior do braço. Estende o antebraço.

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Músculos da região ventral da mão e antebraço direitos

No antebraço encontra-se um número grande de músculos, compreendendo músculos


superficiais e profundos. Têm participação importante nos movimentos da mão como um todo e
nos movimentos individuais dos dedos pois esses músculos flexores e extensores do antebraço
fixam-se aos ossos do carpo, metacarpo e falanges por meio de tendões.

- pronador redondo: estende-se do úmero em direção à ulna e ao rádio; pronação do


antebraço e mão.
- bráquio-radial: situa-se superficialmente na parte lateral do antebraço. Flexiona o
antebraço.

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A ação muscular conjunta dos músculos da mão e do antebraço permite que a execute as
seguintes funções: - ser um órgão de preensão, principalmente o polegar; - executar os movimentos
articulares simples; - realizar simultaneamente uma combinação de movimentos; por exemplo: ao
escrevermos, o dedo flexiona-se na articulação proximal e estica-se nas articulações distais.

Vista posterior do antebraço e mão direitos, mostrando os músculos superficiais.

AULA 12 - SISTEMA NERVOSO

O conhecimento do homem, do seu meio ambiente torna-se possível, graças ao


funcionamento integrado do sistema nervoso, composto por estruturas altamente especializadas
que possuem características de excitabilidade e condutibilidade, cuja função é tornar o organismo
integrado e capaz de funcionar como um todo e de responder às mudanças ambientais com a
necessária precisão.

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12.1 DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO:

É dividido em duas partes: sistema nervoso central e o periférico. O sistema nervoso central
inclui o encéfalo e a medula espinhal. O sistema nervoso periférico inclui doze pares de nervos
cranianos com os seus ramos e trinta e um pares de nervos espinhais com os seus ramos.

12.2 TIPOS DE CÉLULAS NERVOSAS:

Célula nervosa mostrando os botões nos processos


de ramificações terminais. À direita, detalhe de
sinapse entre o botão e o dendrito.

O sistema nervoso é composto por dois tipos especiais de células: os neurônios, os


elementos ativos da condução e a neuróglia, os elementos de suporte.

12.2.1 Neurônios (células nervosas):

Conduzem os impulsos elétricos de uma parte do corpo para outra. Consiste em um corpo
celular, contendo um núcleo e processos que transmitem os impulsos para o corpo celular
(dendritos) ou que saem dele levando os impulsos (axônios).
Os dendritos são processos que levam um impulso na direção do corpo celular. São
numerosos, curtos, ramificados e não têm bainha.
Os axônios levam os impulsos nervosos para
longe do corpo celular. Têm diâmetro constante,
contorno liso e bainha.
O termo fibra nervosa refere-se a qualquer
processo neuronal longo, como o axônio. Todas as
fibras nervosas possuem um envoltório por fora da
membrana celular, formado por células de Schwann.
Nas fibras maiores, os envoltórios são repetidos e
formam a bainha de mielina. Essa bainha se interrompe
a intervalos regulares, formando nós ou nodos de
Ranvier. Ainda, envolvendo mais externamente a bainha de mielina está o neurilema ou bainha de
Schwann.

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12.2.2 Neuróglia:

Encontrada principalmente no sistema nervoso central, de forma abundante entre as células


nervosas, onde exerce a função de sustentação e reparação do tecido nervoso.

12.3 CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS SEGUNDO A FUNÇÃO:


O mecanismo do funcionamento do sistema nervoso é complexo, mas basicamente depende
da ação de fibras sensitivas e motoras e dos centros nervosos.

 Fibras sensitivas ou aferentes: levam os impulsos da pele ou outros órgãos sensoriais


para o sistema nervoso central.
 Fibras motoras ou eferentes: levam os impulsos para fora do sistema nervoso
central, aos músculos e glândulas, dependendo do tipo de resposta voluntária ou
involuntária, respectivamente.
 Neurônios dos centros nervosos: localizados inteiramente dentro do sistema
nervoso central, recebem os sinais dos neurônios sensitivos e se comunicam entre si
ou com os neurônios motores.

Arco reflexo simples.

Esse complexo “excitação-resposta” realizado pelas vias sensitivas e motoras e pelos centros
nervosos, constitui o arco reflexo que é o substrato anatomo funcional do sistema nervoso.
A condução dos impulsos nervosos ocorre somente em uma direção, efetua-se através de
sinapses, que é o ligamento do axônio de um neurônio aos dendritos de outro neurônio, permitindo
dessa forma que o sistema nervoso forme um agregado de neurônios interligados, necessário à
transmissão de impulsos de um neurônio para outro.

AULA 13 - SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC):


O sistema nervoso central dirige todos os processos físicos e intelectuais, que podem ser
provocados voluntariamente e que são capazes de se transformar em sensações conscientes. Inclui
o encéfalo e a medula espinhal. Ele está dividido grosseiramente em substância branca e cinzenta.
A substância cinzenta é assim chamada devido a sua aparência e à predominância de corpos
nervosos celulares e dendritos. A substância branca, por outro lado, é composta principalmente de
fibras nervosas mielinizadas.

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O encéfalo é constituído na sua parte central pôr substância branca e externamente por
substância cinzenta.
Na medula espinhal, uma região central em forma de H, de substância cinzenta é circundada
por substância branca.

13.1 ENCÉFALO:

É a maior massa de tecido nervoso do corpo, e contém literalmente bilhões de células


nervosas. Quando perfeitamente desenvolvido, o encéfalo é um órgão volumoso que enche a
cavidade craniana e está diretamente aplicado contra a parede interna do crânio.
O encéfalo está subdividido em três áreas principais, as quais são, por sua vez, compostas de
subdivisões.

 I - Encéfalo anterior: cérebro (telencéfalo) e diencéfalo (tálamo e hipotálamo);


 II - Encéfalo médio: mesencéfalo;
 III - Encéfalo posterior: ponte, bulbo e cerebelo.

O tronco encefálico refere-se às partes do encéfalo que continuam após a remoção do


cérebro e do cerebelo, ou seja, a ponte e o bulbo.

Cérebro ou telencéfalo:

É a porção mais larga do encéfalo. Nele localizam-se os centros nervosos de todas as


atividades sensitivas e motoras, assim como as áreas que determinam a razão, a memória e a
inteligência.
Está dividido em hemisférios cerebrais direito e esquerdo, cuja comunicação realiza-se pelo
corpo caloso, que assegura a troca de impulsos entre esses dois hemisférios. Cada hemisfério possui

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uma camada central (medular) composta por substância branca e uma camada periférica (córtex)
composta por substância cinzenta.
Os hemisférios são divididos em lobos que recebem o nome dos ossos do crânio situados
acima dele, compreendendo os lobos frontal, parietal, temporal e occipital, que estão delimitados
por sulcos.

Apesar de ser considerado a sede da inteligência suas funções são inúmeras e interligadas.

 Lobo frontal: principal área motora, responsável pela destreza de movimentos,


compreensão da fala e da linguagem, comportamento emocional e tipos refinados
de processamento mental. área de movimentação voluntária e de planejamento da
atividade muscular.
 Lobo parietal: No geral, é responsável por coordenar as sensações da pele, sensações
que vem do ambiente, sensações exteriores ao corpo, como o tato, a dor e a
temperatura. Essas informações são recebidas por órgãos táteis, como os lábios, a
língua e a garganta para posteriormente serem enviadas ao lobo parietal.
 Lobo temporal: função principal de processar os estímulos auditivos encontram-se
os lobos temporais.
 Lobo occipital: área visual. Quando esta área sofre uma lesão provoca a
impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas
conhecidas ou de familiares.

Corte sagital através da cabeça (encéfalo intacto).

Diencéfalo:

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Composto pelo tálamo e hipotálamo.

Vista sagital da parte esquerda do encéfalo e medula espinhal.

O tálamo são duas grandes massas de substância cinzenta localizadas abaixo do corpo
caloso. Ele é o centro de ligação para todas as espécies de impulsos sensitivos, exceto para os
impulsos olfatórios. Esses impulsos são integrados pelo tálamo que os retransmite ao córtex
cerebral. Algumas sensações mais rudes (pressão, dor intensa, calor extremo) são analisadas a nível
do tálamo.
O hipotálamo situa-se sob o tálamo; é o local onde se aloja a hipófise. Suas principais funções
estão relacionadas com a regulação das descargas do sistema nervoso autônomo que acompanham
a expressão emocional e de comportamento, regulam a água e as concentrações de eletrólitos do
corpo, produz hormônios da neuro-hipófise.

13.2 ENCÉFALO MÉDIO (MESENCÉFALO):


Localizado entre os encéfalos anterior e posterior. É responsável pelas funções que
envolvem os reflexos visuais e a audição.

13.3 ENCÉFALO POSTERIOR:


Cerebelo: ocupa a fossa craniana posterior. Funciona de maneira coordenada com o cérebro
e o tronco encefálico. Controla os movimentos, o tônus muscular e participa na manutenção do
equilíbrio do corpo.
Ponte: localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. Serve de ligação do bulbo com os centros
corticais superiores.

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Bulbo: continua-se com a medula espinhal numa


extremidade e com a ponte na outra. Externamente o bulbo
se assemelha a parte superior da medula espinhal.
Consequentemente ele é com freqüência chamado espinhal;
mas o bulbo é mais espesso do que a medula espinhal. O
bulbo possui um número de centros reguladores e reflexos
vitais, incluindo aqueles que controlam o sistema
circulatório, a respiração, a deglutição, o vômito, a tosse e o
espirro.

13.4 VENTRÍCULOS CEREBRAIS:

Ventrículos do encéfalo

São cavidades que se comunicam e em cujo interior circula o líquor. Compreende:


 I e II - Ventrículos laterais direito e esquerdo, situados no interior dos hemisférios cerebrais
correspondentes;
 III - Ventrículo localizado entre o tálamo direito e esquerdo, que se comunica com os
ventrículos laterais através dos forames interventriculares;
 IV - Ventrículo que se localiza entre o tronco encefálico e o cerebelo e que se comunica com
o III ventrículo através do aqueduto cerebral ou de Sylvius.

O Cérebro usa 20% do oxigênio inalado

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13.5 LÍQUIDO CEREBROESPINHAL OU LÍQUIDO CEFALORAQUIDIANO (LCR):


O LCR circula dentro dos ventrículos, no canal central da medula espinhal e também dentro
das redes do espaço subaracnóideo. É incolor, com uma composição semelhante a da linfa. Consiste
em água com traços de proteína, glicose, linfócitos e alguns hormônios.
O volume do líquido cerebro-espinhal é aproximadamente de 150 ml. Sua função é servir
como um invólucro de água para abrigar o cérebro e a medula espinhal de agressões.
O LCR é continuamente formado em todos os ventrículos pelos capilares dos plexos coróides
que são projeções da pia-máter em forma de sáculos.

13.6 MENINGES:
As três meninges fornecem proteção para o
encéfalo e a medula espinhal. Da parte externa para a
interna são elas: a dura-máter, a aracnóide e a pia-
máter.
 A dura-máter é a mais externa e espessa,
constituída de tecido fibroso denso.
 A aracnóide é uma membrana serosa
delicada localizada entre a dura e a pia-máter.
 A pia-máter é a mais interna, uma membrana vascular que consiste num plexo de
delicados vasos sanguíneos ligados entre si por tecido conjuntivo.
O espaço entre a dura-máter e a aracnóide denomina-se espaço subdural e entre a aracnóide
e a pia-máter, espaço subaracnóide, neste espaço, circula o líquido cefalo-raquidiano.
AULA 14 - MEDULA ESPINHAL:

Está localizada dentro do canal vertebral e


é contínua superiormente com o bulbo. É um longo
eixo de onde saem nervos à direita e à esquerda,
ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa.

Sua substância cinzenta, apresenta a forma


da letra H, cujas extremidades são:

 raiz anterior: local de saída das


fibras motoras;
 raiz posterior: local de saída das
fibras sensitivas.
Corte da medula espinhal ilustrando a formação do nervo
espinhal.

14.1 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:


O SNP é a parte do sistema nervoso formada pelos nervos e gânglios. Sua função primordial
é levar informações dos órgãos periféricos até o SNC e trazer as respostas desse sistema novamente
para os órgãos. Sendo assim, esse sistema é responsável por conduzir informações.

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14.1.1 Nervos Espinhais:


Um nervo é um feixe de fibras
nervosas fora do encéfalo ou medula
espinhal.
Os nervos espinhais são trinta e
um pares que se originam da medula
espinhal acompanhando quase todo o
seu comprimento e emergindo do canal
vertebral através dos forames
intervertebrais.
São formados pela fusão das
raízes motoras (anterior ou ventral) e
sensitivas (posterior ou dorsal).
Distalmente ao gânglio, a raiz dorsal
combina-se com a raiz ventral
correspondente para formar o nervo
espinhal.
Os nervos espinhais são
divididos e denominados de acordo com
a sua localização na coluna vertebral.
Existem oito pares de nervos cervicais, doze torácicos, cinco lombares, cinco sacrais e um coccígeno.
Como medula espinhal é menor do que a coluna as raízes ventrais e dorsais descem até
emergir pelo forame intervertebral correspondente, formando o nervo espinhal. As raízes
originadas da porção terminal constituem a chamada cauda equina.

14.1.2 Nervos Cranianos:

São doze pares de nervos que saem do encéfalo.


Em sua maioria, os nervos cranianos são como os nervos espinhais, nervos mistos, contendo
fibras motoras e sensitivas. Os nervos cranianos incluem:
(I) olfatório = sensitivo. Função: olfação.
(II) óptico = sensitivo. Função: visão.
(III) oculomotor = motor. Função: Movimento do Globo Ocular.
(IV) troclear = motor. Função movimento.
(V) trigêmeo = misto (sensitivo e motor). Função: sensibilidade da cabeça e face e
movimentos da mandíbula.
(VI) abducente = motor. Função: movimento do olho.
(VII) facial = motor, sensitivo e autônomo. Função: gosto, movimento faciais, secreção de
lágrimas e saliva.
(VIII) vestibulococlear = sensitivo. Função: audição (coclear) e equilíbrio (vestibular).
(IX) glossofaríngeo = motor, sensitivo e autônomo. Função: gustação, sensibilidade,
movimento da faringe, secreção de saliva e reflexos viscerais.
(X) vago = sensitivo, motor e autônomo. Função: gustação, sensibilidade, movimento da
árvores respiratória, movimento, reflexo e secreção de vísceras. É o principal nervo do sistema
parassimpático.
(XI) acessório = motor. Função: movimento da laringe, faringe, cabeça e ombros.

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(XIII) hipoglosso = motor. Função: movimento da língua.

Medula espinhal e nervos que saem dela.

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Distribuição dos nervos cranianos (segundo Netter).

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AULA 15 - SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA):

As fibras nervosas periféricas distribuídas à musculatura lisa, músculo cardíaco e glândulas,


pertencem ao sistema nervoso autônomo. As suas funções, na maioria, são realizadas em
coordenação com o sistema nervoso central, em especial o hipotálamo.
O SNA, entre outras funções, auxilia no controle da pressão arterial, da motilidade e secreção
gastrointestinal, na produção de urina, na sudorese, na temperatura corpórea. Enfim, todas as
funções estão relacionadas com a manutenção da homeostase.
No SNA, a inervação dos músculos lisos, músculo cardíaco e glândulas se dá através de dois
neurônios: um pré-ganglionar, com seu corpo celular no SNC e axônio estendendo-se ao gânglio
fora do SNC e um neurônio pós-ganglionar com seu corpo celular no gânglio e axônio estendendo-
se ao músculo ou glândula. Está dividido em sistema simpático e sistema parassimpático.
Esses dois sistemas são formados por diversos gânglios, nos quais penetram as fibras pré-
ganglionares (vindas da medula) que estabelecem sinapses com as células ganglionares. A fibra que
sai do gânglio e termina em tecido visceral denomina-se pós-ganglionar.
A nível das sinapses ganglionares as fibras pré-ganglionares liberam substâncias químicas,
dando origem ao impulso pós-ganglionar. Quando o impulso nervoso chega as terminações
nervosas das fibras pós-ganglionares, provoca a atividade visceral.
A maioria das terminações pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas, pois liberam
a acetilcolina; já as do simpático são adrenérgicas, pois liberam a adrenalina e a noradrenalina. O
SNA simpático e parassimpático são antagônicos, assim quando o sistema simpático estimula um
determinado órgão, o parassimpático o inibe, e vice-versa.

A cafeína presente no café, chocolates e alguns tipos de chás é um estimulante do sistema


nervoso autônomo.

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AULA 15 - ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

O ser humano possui cinco órgãos dos sentidos e está em contato com o meio ambiente
através do tato, olfato, gustação, visão e audição. Os órgãos dos sentidos levam informações do
meio para o sistema nervoso e, dessa forma, contribuem para a manutenção do perfeito
funcionamento do organismo. Em cada órgão do sentido há três elementos nervosos: Receptor
externo: recebe a impressão sensitiva na periferia do organismo; Transmissor: transporta essas
impressões através de fibras nervosas; Receptor interno: Recebe do transmissor as impressões
colhidas e as transforma em sensações.

15.1 VISÃO:

O órgão da visão compreende o olho e órgãos


acessórios:

15.1.1 Estruturas Externas do olho:

Cavidade orbitária: é uma região óssea em forma de cone, na parte frontal da caixa craniana,
revestida de tecido gorduroso para acomodar o bulbo ocular.
Músculos extrínsecos do olho: são seis músculos que ligam o bulbo ocular à cavidade
orbitária e provêm o movimento de rotação e o suporte.
Pálpebras: são duas cortinas móveis, localizadas na parte anterior do bulbo ocular, protegem
o olho da poeira, da luz intensa e de qualquer impacto.
Membrana conjuntival: é uma fina camada de membrana mucosa que cobre a superfície
exposta do bulbo ocular. Funciona como uma cobertura protetora.
Aparelho lacrimal: o olho é lavado e lubrificado pelo aparelho lacrimal, que consiste de uma
glândula lacrimal, a qual secreta um líquido conhecido como lágrima, e seus ductos excretores,
através dos quais o líquido irriga a superfície do olho e o canalículo lacrimal, o saco lacrimal e o
ducto naso-lacrimal, através dos quais o líquido é drenado para a cavidade nasal.

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Aparelho Lacrimal em relação ao olho

15.1.2 Estruturas Internas do olho:

Camadas do bulbo ocular: a parede do bulbo ocular é composta de três camadas. A parte
externa consiste da esclera, uma cobertura protetora fibrosa, e da córnea, um tecido transparente
funcionando como superfície refratora. A média é composta pela coróide que é uma camada
pigmentada e vascularizada, o corpo ciliar e a íris. A interna é a retina, uma camada contendo as
células receptoras visuais.

Camada externa: a esclera ou parte branca do olho, forma o suporte ocular.

A córnea estende-se anteriormente a partir da esclera. Sua função é semelhante à de uma


lente fotográfica. É o principal meio refrator do olho, desviando os raios luminosos a fim de ajustar
sua localização na retina.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Camada média: a coróide é um revestimento membranoso dentro da esclera é altamente


vascularizada e densamente pigmentada. O corpo ciliar é a continuação anterior da coróide. O
músculo ciliar controla a convexidade da lente. A íris é um diafragma localizado na parte anterior do
cristalino e na parte posterior da córnea. Tem uma abertura circular no centro (a pupila) que regula
a quantidade de luz que é admitida no interior do bulbo ocular.

Camada Interna: a retina é a camada fotorreceptora do olho. Transforma as ondas luminosas


em impulsos nervosas.

Secção sagital mediana através do bulbo ocular mostrando as camadas da retina e o


suprimento sanguíneo.

Humores do olho: O humor aquoso enche a cavidade anterior do olho (a porção do olho que
está situada na frente da lente), a qual é subdividida em câmara anterior (em frente à lente e à íris)
e camada posterior (entre a lente e a íris).

A lente: Está situada imediatamente na parte posterior da íris, é um corpo cristalino e


biconvexo envolvido por uma cápsula transparente. Prende-se ao corpo ciliar através do ligamento
suspensor da lente. Por ser uma estrutura elástica, participa do mecanismo de acomodação visual,
através das modificações de sua curvatura:

Visão de perto: aumenta a capacidade de refração dos raios devido a forma esférica do
cristalino provocada pela contração do músculo ciliar (existente no corpo ciliar) e relaxamento dos
ligamentos suspensores da lente;

Visão à distância: a superfície do cristalino se torna mais plana devido ao relaxamento do


músculo ciliar e à contração dos ligamentos.

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73
Anatomia e Fisiologia Humana

15.1.3 Fisiologia da Visão:


Para uma recepção consciente da imagem visual, ela deve ser formada sobre a retina e
transformada em impulsos nervosos, os quais são levados às áreas de projeção sensorial no lobo
occipital.
Quando a imagem está formada sobre a retina, as células fotossensíveis da mesma (cones e
bastonetes) transformam a energia luminosa em impulsos nervosos. Na retina aparece uma imagem
invertida e reduzida do objeto que, através do nervo óptico direito e esquerdo, penetra na nossa
consciência em tamanho original e na posição correta. Para regular a distância do objeto, o olho
humano modifica a convexidade do cristalino; a regulagem da incidência da luminosidade é
realizada pela alteração do tamanho da pupila.

15.2 AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO


Quando o som é produzido, a atmosfera é perturbada por ondas sonoras irradiando-se a
partir da fonte. As ondas sonoras produzem no tímpano (membrana timpânica) vibrações na mesma
frequência da fonte criadora do som. As vibrações sonoras são levadas da membrana timpânica
para a orelha interna, a fim de serem transformadas em impulsos nervosos. A orelha interna
também contêm órgãos terminais relacionados com o equilíbrio.

15.2.1 Estruturas da orelha:


A orelha consta três partes: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna.
Na orelha externa, a aurícula (pavilhão da orelha) recebe as ondas sonoras e as transmite
através do meato acústico externo, ou canal auditivo, para a membrana timpânica. No meato
acústico externo existem numerosas glândulas que secretam uma substância amarela serosa,
denominada cerume.
A orelha média (cavidade timpânica) é uma cavidade minúscula no osso temporal. Dentro
dela estão os três ossículos da audição: o martelo, a bigorna e o estribo. A orelha média tem cinco
aberturas, a abertura coberta pela membrana timpânica, a abertura da tuba auditiva ou de
Eustáquio (conecta a orelha média com a nasofaringe e através da qual o ar exterior pode entrar),
abertura na cavidade mastóide e as aberturas na orelha interna (janela oval e janela redonda).
A orelha interna consiste em labirintos membranoso e ósseo. O labirinto ósseo é composto
por uma série de canais perfurados no osso temporal e está cheio de perilinfa. O labirinto
membranoso, situado internamente do labirinto ósseo, está cheio de endolinfa.O labirinto ósseo
consiste na cóclea, que contém o órgão da audição; no vestíbulo e nos canais semicirculares, que
contêm os órgãos do equilíbrio.
O labirinto membranoso consiste no ducto cloclear dentro da cóclea; no sáculo e utrículo,
dentro do vestíbulo e nos ductos semicirculares, dentro dos canais semicirculares.

15.2.2 Fisiologia da Audição:


As ondas sonoras, interceptadas pelo pavilhão auditivo externo, são conduzidas para o
meato acústico externo e, ao chegarem no tímpano, provocam a sua vibração. As vibrações sonoras,
ampliadas e transmitidas pelos ossículos através da janela vestibular à perilinfa, propagam-se ao
labirinto membranoso e à endolinfa, que estimula o ducto coclear. Desses receptores auditivos
partem as fibras nervosas cocleares em direção ao cérebro, levando os impulsos nervosos pelas
ondas sonoras.

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Anatomia e Fisiologia Humana

A manutenção do equilíbrio e a postura do indivíduo é obtida através de informações


recebidas do aparelho vestibular, dos órgãos da visão e dos receptores localizados nos tendões e
cápsulas articulares.

15.3 OLFAÇÃO
Os receptores para o cheiro estão no epitélio olfatório, localizado no teto da cavidade nasal.
O epitélio olfatório contém dois tipos de células: células de suporte e células olfatórias. As células
olfatórias são neurônios com seus corpos celulares na camada epitelial da mucosa. A superfície
mucosa, eles se dividem em muitos processos finos ou cílios, os quais estão descobertos exceto por
uma fina camada de muco; em nenhum outro local do corpo existem terminações nervosas tão
expostas.

15.3.1 Fisiologia da Olfação:


Para que uma substância desperte a sensação do olfato ela deve ser primeiramente volátil
de modo que possa ser carregada pelo ar para o epitélio olfatório. Estas substâncias atravessam o
muco nasal e impressionam as células olfatórias. As impressões colhidas são transportadas pelo
nervo olfatório até o cérebro.

15.4 GUSTAÇÃO
As estruturas especializadas para a recepção do gosto são os botões gustativos. Os botões
gustativos têm receptores em forma de cebola com um pequeno poro abrindo a superfície da língua.
São encontrados em numerosas projeções pequenas (papilas) na língua. As maiores que formam
uma linha em V sobre a porção posterior da língua são as papilas valadas. As papilas fungiformes,
mais numerosas e menores, estão localizadas principalmente no ápice e nos lados da língua.

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75
Anatomia e Fisiologia Humana

15.4.1 Fisiologia do Gosto:


Os botões gustativos mostram sensibilidade a combinação de quatro sensações gustativas
primária: doce, salgado, azedo e amargo. Sua distribuição na língua fornece máxima sensibilidade
ao sabor doce no ápice, azedo nas bordas, amargo na base e salgado no ápice e nas bordas.
O sabor surge quando uma variedade de gostos é combinada a partir dos quatro
componentes básicos. As impressões gustativas são transportadas pelos ramos dos nervos faciais e
glossofaringeo até o cérebro.

Áreas do paladar da língua

15.5 TATO
O tato é um dos cinco sentidos e é através dele que podemos perceber texturas,
temperaturas e sensações de dor. Diferentemente dos outros sentidos, que estão concentrados em
uma única parte do corpo, o tato pode ser percebido em todo o corpo humano, visto que o seu
órgão principal é a pele. As sensações permitidas pelo tato estão majoritariamente associadas ao
toque com as mãos, mas na realidade elas podem ser percebidas sempre que há contato da pele,
independentemente da parte do corpo que ela reveste, com um corpo físico.

15.5.1 Fisiologia do Tato:

Na pele existem diversos tipos de receptores de estímulos táteis. São


esses receptores que recebem e transmitem ao cérebro a sensação de toque.
Alguns desses receptores são terminações nervosas livres, que reagem a
estímulos mecânicos, químicos e térmicos, sobretudo os dolorosos. Outros
receptores são organizados em forma de corpúsculos, ou seja, são células
especializadas que estão em contato com terminações nervosas.
Os corpúsculos sensoriais podem ser mecanorreceptores ou
termoreceptores. Os mecanorreceptores são responsáveis pela percepção
do toque. Já os termorreceptores são responsáveis pela percepção do calor
e do frio, e reagem de acordo ao estimulo externo, seja ele frio ou quente.
As partes do corpo mais sensíveis ao toque são as mãos, os dedos dos pés, o
rosto, lábios, língua e região genital, tanto masculina quanto feminina.

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AULA 16 - SISTEMA CIRCULATÓRIO

16.1 SANGUE
Apesar da aparência homogênea, o sangue é constituído de uma parte líquida e outra sólida.
Em um adulto de 60 a 70 quilos, o volume sanguíneo varia de 4,8 à 5,4 litros; 44% desse volume
corresponde à parte sólida que consiste em eritrócitos, que estão relacionados com o transporte de
gases respiratórios; leucócitos, que combatem a infecção; e plaquetas que tem um papel essencial
na coagulação sanguínea. O restante é um líquido denominado plasma.

16.1.1 Plasma sanguíneo:


É um líquido cor palha composta de água (91%) e compostos químicos (9%), principalmente
proteínas.
As quatro proteínas principais do plasma são: albumina, globulina, fibrinogênio e
protrombina.
A albumina é importante na manutenção do equilíbrio osmótico do sangue. Desde que a
albumina não pode passar através da parede do capilar, ela permanece na corrente sanguínea e
exerce uma pressão osmótica, atraindo a água dos espaços dos tecidos para a corrente sanguínea.
A globulina é importante porque contém anticorpos que estão envolvidos no mecanismo de
imunidade do corpo. Existem três tipos: alfa, beta e gama. A gama globulina é a fração anticorpo. O
fibrinogênio e a protrombina são importantes no processo de coagulação.

16.1.2 Células sanguíneas:

Eritrócitos (Glóbulos vermelhos, hemáceas ou eritrócitos).

No interior dos eritrócitos encontra-se um pigmento denominado hemoglobina (Hb) que dá


a cor vermelha ao sangue. A Hb é formada por proteína globina e pelo pigmento sanguíneo heme,
que é derivado do ferro.
Na inspiração, o oxigênio dos alvéolos se liga à Hb, sendo levado pelos eritrócitos para as
células através da corrente sanguínea. No local onde o oxigênio é necessário, efetua-se a passagem
do oxigênio dos eritrócitos para o líquido sanguíneo e deste para os tecidos e células. O gás
carbônico eliminado pelas células migra dos tecidos para o sangue onde se liga aos eritrócitos ou
aos elementos do plasma para ser transportado até os pulmões. Por isso poderemos afirmar que os
eritrócitos (em especial a Hb) são responsáveis pelo transporte do oxigênio e gás carbônico.
Os eritrócitos formam-se e amadurecem na medula óssea, possuem uma vida média de 120
dias, após o que são destruídos no baço. O ferro e as proteínas são reaproveitados pelo organismo,
e o restante da molécula de hemoglobina irá formar a bilirrubina, que é um pigmento da bile. O
baço também é um armazenador de eritrócitos, liberando-os para a corrente sanguínea sempre que
necessário.
A produção de eritrócitos ou eritropoiese é regulada pela eritropoetina.
Os valores normais desses elementos sanguíneos são: - Eritrócito: 4,5 a 5 milhões/ml de
sangue;- Hb: 14 a 16g/100ml de sangue;- Hematócitos (% de eritrócitos no sangue): 45%.

Leucócitos

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Dois tipos gerais de glóbulos brancos ou leucócitos são encontrados no sangue: granulócitos
(basófilos, eosinófilos e neutrófilos) e agranulócitos (linfócitos e monócitos).
Os neutrófilos, os mais numerosos dos granulócitos são fagocíticos, funcionando na
destruição de microorganismos patogênicos e outras substâncias estranhas. Os eosinófilos e os
basófilos, também, estão relacionados com a defesa do organismo contra infecções. Os linfócitos
são importantes no processo de imunidade, produzindo anticorpos e outros agentes envolvidos no
processo imune. Os monócitos funcionam como fagócitos e participam no combate às infecções
crônicas. Tornam-se macrófagos, após invadirem locais com infecção.
O seu valor normal varia de 6.000 a 9.000/ml de sangue e, segundo alguns autores, de 5.000
a 10.000/ml de sangue.

Plaquetas

As plaquetas ou trombócitos são fragmentos citoplasmáticos de células gigantes e


multinucleadas da medula óssea vermelha, chamadas megacariócitos e desempenham um papel na
hemostasia (processo de cessar o sangramento). São formadas na medula óssea e possuem uma
vida média de 4 a 10 dias. No corpo humano existem 140 a 300 mil plaquetas/ml de sangue.

De cor amarelada, o plasma leva água e nutrientes para o resto do corpo. Detalhe: ele é 91%
constituído de água.

16.1.3 Hemostasia
Três mecanismos distintos estão envolvidos na hemostasia: agrupamento plaquetário ou
aglutinação, contração dos vasos sanguíneos e formação de coágulo de fibrina.
Quando um vaso mais volumoso do que um capilar é cortado ou lesado, as plaquetas
rapidamente se acumulam no local da lesão e se aderem à parede vascular. O agregado de plaquetas
forma um tampão temporário (trombo branco) capaz de fazer cessar a hemorragia nas pequenas
artérias e veias, simultaneamente, com a aglutinação das plaquetas, ocorre a constrição dos vasos
sanguíneos. Esse é o resultado da liberação de serotonina pelas plaquetas.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Somente após a seqüência de alteração da plaqueta, a coagulação realmente ocorre,


completando o processo.

16.1.4 Mecanismo da coagulação

É um mecanismo de defesa natural do organismo contra o extravasamento de sangue


através de uma lesão do vaso sanguíneo. Para ocorrer a coagulação é necessária a formação da
fibrina a partir do fibrinogênio.
Consideram-se fatores da coagulação os elementos que se encontram inativos nas
plaquetas, no plasma e nos tecidos, e que participam na formação da fibrina. Os fatores da
coagulação são:
I=fibrinogênio;
II=protrombina (formada no fígado sob ação da vitamina K);
III=tromboquinase (ou tromboplastina) sanguínea;
IV=Cálcio;
V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII; sendo o fator VIII que está ausente nos hemofílicos

A partir do momento em que ocorre lesão de um tecido com sangramento, o vaso sanguíneo
se contrai (vasocontrição) e as plaquetas se aglomeram no local lesado, formando um tampão
denominado trombo branco. As células dos tecidos lesados e as plaquetas sofrem a ação dos fatores
da coagulação e formam a tromboplastina ou tromboquinase sanguínea, ou seja, o fator III. A
tromboplastina e alguns fatores da coagulação atuam sobre a protombina, transformando-a em
uma enzima denominada trombina. Esta, ao atuar sobre o fibrinogênio, transforma-o em fibrina,
que é uma rede de filamentos onde serão presos as plaquetas, eritrócitos e leucócitos; a partir do
momento em que é eliminado um líquido amarelo transparente incoagulável (soro), está formado
o trombo vermelho ou coágulo.

Existem fatores inibidores da coagulação, que impedem que a coagulação ocorra dentro dos
vasos sanguíneos, em condições normais. Consideram-se fatores inibidores:

* Fibrinolisina: provoca a fibrinólise, ou seja, a destruição da fibrina;


* Heparina: formada no fígado, retarda a formação da trombina e inibe a ação da trombina
sobre o fibrinogênio.

AULA 17 - GRUPOS SANGUINEOS:

A administração segura de sangue a um doador para um receptor requer o conhecimento


dos tipos sanguíneos e das reações cruzadas. Estes processos são necessários, porque um paciente
que recebe sangue incompatível com o seu pode experimentar uma reação seria fatal.

Os sistemas de classificação estão baseados na presença de antígenos específicos


(aglutinogênios) no eritrócito. Um antígeno é uma substância ou parte de uma célula, normalmente
estranho ao corpo, que induz a produção de anticorpo. Os sistemas de classificação primários são
ABO e o Rh.

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17.1 GRUPO ABO

Os grupos sanguíneos são denominados pelos antígenos contidos nos eritrócitos. Em cada
caso, o sangue possui anticorpos (também chamados aglutininas) contra antígenos não presentes
no sangue, assim como células imunológicas que podem produzir mais desses anticorpos.
Assim, o sangue do tipo A tem aglutininas anti-B; o tipo B tem aglutininas anti-A; o tipo O,
ambas e o tipo AB, nenhuma. Aparentemente, em caso de transfusões, o sangue que contém
antígenos não presentes no sangue do receptor não pode ser doado. Tal sangue é estranho ao
receptor, cujo sangue contém anticorpos que
causarão aglutinação e hemólise nas hemáceas do
doador. Assim, indivíduos com sangue do tipo A não
aceita transfusão dos tipos B ou AB; indivíduo do
tipo B não aceitam os tipos A ou AB e indivíduos do
tipo O não aceitam sangue dos tipos A, B ou AB,
indivíduo com sangue AB, que contém ambos
antígenos, são receptores universais. Indivíduos do
tipo O, cujo sangue não contém nenhum dos
antígenos são doadores universais.

17.2 Fator Rh

O fator Rh, assim denominado por que ele foi encontrado pela primeira vez no sangue do
macaco Rhesus, é um sistema que consiste em doze antígenos. Destes o “D” é o mais antigênico; o
termo Rh positivo, como é geralmente chamado, refere-se à presença do aglutinogênio “D”.
Os indivíduos Rh negativos não possuem antígeno “D” e consequentemente, formam
anticorpos anti-D quando recebem injeção de células positivas “D”. As aglutininas anti-D não
ocorrem naturalmente no sangue, assim a transfusão inicial do sangue Rh positivo no indivíduo Rh
negativo, pode meramente sensibilizar o receptor e causar o desenvolvimento de aglutininas, sem
a ocorrência de sintomas graves; contudo, uma vez sensibilizado, o receptor provavelmente
experimentará uma reação grave com infusão subsequente do sangue Rh positivo. A mesma reação
pode ocorrer quando a mãe Rh negativa tem um bebê Rh positivo. Se na hora do parto, um pouco
de sangue da criança alcançar a corrente sanguínea da mãe, esta pode ser sensibilizada. Isso poderia
causar problema com um feto subsequente Rh positivo. Os anticorpos produzidos como resultado
da sensibilização inicial podem alcançar a circulação do feto e causar aglutinação e hemólise. Esta
condição chama-se eritroblastose fetal. A criança nesta condição pode nascer morta ou com anemia
hemolítica.
Isto pode ser evitado pela administração à mãe de doses de anticorpos Rh a partir de 24 a
72 horas após o nascimento de uma criança Rh positivo. Esse tratamento evita o desenvolvimento
de anticorpos pelo sistema imunológico da mãe.

AULA 18 - DIVISÕES BÁSICAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

As divisões do sistema circulatório são o coração, uma bomba muscular consistindo de duas
câmaras receptoras (átrios) e duas câmaras bombeadoras (ventrículos) e dois circuitos fechados, o
circuito pulmonar (pequena circulação), e o circuito sistêmico (grande circulação).

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Circuito Pulmonar e/ou Pequena Circulação: Leva o


sangue pobre em oxigênio do coração (ventrículo direito)
para as superfícies respiratórias (alveolares) dos pulmões e
trazendo sangue oxigenado de volta ao coração (átrio
esquerdo).

Circuito sistêmico e/ou Grande Circulação: Leva


sangue rico em oxigênio do coração (ventrículo esquerdo)
para todas as partes do corpo, exceto as superfícies
respiratórias dos pulmões e trazendo sangue pobre em
oxigênio de volta ao coração (átrio direito).

As artérias que recebem este sangue em alta


pressão e velocidade e o conduz através do corpo. A árvore
arterial termina em vasos musculares curtos e estreitos
chamados arteríolas, das quais o sangue entra em tubos
endoteliais simples chamados capilares. Esses capilares
microscopicamente finos são permeáveis ao oxigênio,
dióxido de carbono, nutrientes celulares vitais, hormônios e
produtos da escória e se servem como local de troca de
substâncias entre a corrente e o líquido intersticial que
rodeia as células do corpo.
A partir dos capilares, o sangue movendo-se mais
vagarosamente e sob baixa pressão, entra em pequenos
vasos chamados vênulas, os quais convergem para formar
veias que guiam o sangue de volta ao coração.

18.1 CORAÇÃO

É uma câmara oca com quatro cavidades. Um órgão muscular entre os pulmões, no
mediastino, tem a forma de um cone invertido com o seu ápice voltado para baixo.
As estruturas do coração incluem o pericárdio (o saco que envolve as câmaras), as valvas e
as artérias, as quais suprem o músculo cardíaco.
A parede do coração consiste de três camadas distintas: o miocárdio (camada externa), o
epicárdio (camada média muscular) e o endocárdio (camada interna).
O coração é dividido em duas metades: esquerda e direita, cada uma delas subdividida em
duas câmaras. As câmaras superiores (átrios), estão separadas pelo septo atrial e as câmaras
inferiores (ventrículos), estão separadas pelo septo interventricular. Os átrios funcionam como
câmaras receptoras do sangue e os ventrículos funcionam como câmaras bombeadoras.

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Vista anterior do coração

O átrio direito constitui a porção superior direita do coração. É uma câmara de parede fina
que recebe sangue de todos os tecidos, exceto dos pulmões. Três veias desembocam no átrio
direito: as veias cavas superior e inferior, que trazem o sangue das porções superiores e inferiores
do corpo; e o seio coronário que drena o sangue venoso do próprio coração. O sangue flui do átrio
para o ventrículo direito.

O ventrículo direito constitui a porção inferior direita do coração. A artéria pulmonar que
leva o sangue para os pulmões sai dele.

O átrio esquerdo constitui a porção superior esquerda do coração. Ele é ligeiramente menor
do que o átrio direito, com uma parede mais espessa. Recebe as quatro veias pulmonares que
drenam o sangue oxigenado dos pulmões. O sangue flui do átrio para ventrículo esquerdo.

O ventrículo esquerdo constitui a porção inferior esquerda do coração. As paredes dessa


câmara são três vezes mais espessas do que as paredes do ventrículo direito. O sangue é forçado
através da aorta para todas as partes do corpo, com exceção dos pulmões.

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As valvas do coração são dois tipos: valvas atrioventriculares, localizadas entre os átrios e os
ventrículos (tricúspide no lado direito e bicúspide ou mitral no lado esquerdo) e as valvas
semilunares (pulmonar e aórtica) localizadas entre o ventrículo e a artéria pulmonar (lado direito) e
aorta (lado esquerdo).
As valvas são compostas de cúspides, folhetos irregulares de tecido fibroso e cobertas por
endocárdio. Suas bordas são presas por cordões, chamados de cordas tendíneas aos músculos
papilares no interior dos ventrículos.
As valvas atrioventriculares (tricúspide e bicúspide) quando abertas, permitem a passagem
de sangue dos átrios para os ventrículos e, quando fechadas, impedem o refluxo sanguíneo dos
ventrículos para os átrios. As valvas semilunares (pulmonar e aórtica) quando abertas, permitem a
saída de sangue dos ventrículos para as artérias e, quando fechadas impedem o seu refluxo.

Em repouso, uma pessoa tem o sangue bombeado pelo coração, por todo corpo, em
aproximadamente 50 segundos.

18.1.1 CICLO CARDÍACO

O coração exibe um ciclo rítmico de contração (sístole) e relaxamento (diástole) do


miocárdio. Durante a diástole atrial, o sangue das veias cavas flui para o átrio direito, e o sangue das
veias pulmonares, para o átrio esquerdo. Simultaneamente, as valvas atrioventriculares (mitral e
tricúspide) se abrem, permitindo a entrada de sangue nos ventrículos. A sístole atrial ocorre ao final
da diástole atrial com a finalidade de esvaziar completamente os átrios, e as valvas se fecham a
seguir. A sístole ventricular inicia-se após o fechamento dessas valvas e a abertura das valvas aórtica
e pulmonar, o que permite a expulsão do sangue das cavidades ventriculares para as artérias. Após
um curto período de repouso, reinicia-se novamente o ciclo.

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83
Anatomia e Fisiologia Humana

Desenho esquemático do coração mostrando as relações das várias valvas cardíacas

18.2 CONTROLE DO CORAÇÃO PELO SISTEMA NERVOSO


O coração é inervado pelos nervos simpático e parassimpático, que são antagônicos em sua
função. Esses dois nervos afetam a função cardíaca, alterando a sua freqüência ou alterando a força
contrátil do miocárdio:* simpático: acelera a origem e transmissão de estímulos, levando a um
aumento do batimento cardíaco, a um aumento da força de contração do miocárdio e,
consequentemente, da quantidade de sangue expulso pelo coração;* parassimpático; é de atuação
inversa à do simpático, pois diminui o batimento cardíaco através da diminuição da excitabilidade e
da transmissão de estímulos.

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Anatomia e Fisiologia Humana

18.2.1 Efeitos de íons na função cardíaca


O potássio e o cálcio têm marcada influência na transmissão do impulso no músculo
cardíaco. A concentração de íons nos líquidos extracelulares também afeta a função cardíaca.
Excesso de íons potássio no líquido extracelular diminuem a velocidade cardíaca, originam flacidez
e dilatação do coração, fraqueza geral do músculo cardíaco e diminuição da força de contração.Os
íons cálcio em excesso produzem o efeito oposto e o coração sofre então uma contração
espasmódica.

18.2.2 Batimento cardíaco


O coração é inerentemente rítmico e o batimento cardíaco é gerado pelo tecido
neuromuscular especializado do coração.
Este tecido consiste do nódulo sinusal ou sinoatrial (AS) chamado de marca passo devido ao
batimento cardíaco ser por impulsos elétricos nascendo espontaneamente dele; nódulo
atrioventricular (AV) e o sistema de Purkinge, o qual inclui os ramos direito e esquerdo do feixe AV
(feixe de Hiss) e a rede periférica de Purkinge.
Nódulo (nó ou nodo) sinusal é o ponto de origem de todos os estímulos; situa-se no átrio
direito próximo à desembocadura da veia cava superior. Esses estímulos gerados no nódulo sinusal
são transmitidos diretamente para as fibras musculares dos átrios e para o nódulo atrioventricular.
 nódulo atrioventricular (AV) situa-se próximo ao septo atrial; recebe os estímulos do nódulo
sinusal e os transmite com ligeiramente defasagem para a musculatura ventricular.
 feixe de Hiss é a continuação do nódulo AV; recebe os estímulos desse nódulo e os transmite
para as fibras de Purkinge.
 fibras de Purkinge distribui os estímulos aos ventrículos por meio de seus feixes direito e
esquerdo.

18.3 DÉBITO CARDÍACO


O volume de sangue ejetado em cada batimento cardíaco é conhecido como volume
sistólico. O volume sistólico vezes o número de batimentos por minuto é conhecido como volume
minuto ou débito cardíaco. O volume médio de sangue ejetado pelo coração em cada batimento é
de 60 a 70 ml. O débito do coração depende do retorno venoso, do ritmo cardíaco e da força de
contração cardíaca.

18.4 VASOS SANGUÍNEOS


Os vasos sanguíneos consistem de um sistema de tubos fechados que transportam o sangue
para todas as partes do corpo e o trazem de volta ao coração.

18.4.1 9.7.1. Artérias


As artérias transportam o sangue para os vários tecidos
do corpo sob a alta pressão exercida pela ação bombeante do
coração. O coração força o sangue nesses tubos elásticos, os
quais, ao receberem-no, com impacto, o expelem sob a forma
de ondas pulsáteis.
A parede de uma artéria consiste de três camadas:
túnica íntima ou endotelial (interna), a túnica média (camada
média) e a túnica adventícia (externa).

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A transição de uma artéria para arteríola é gradual, marcada por um progressivo


adelgaçamento da parede do vaso e uma diminuição da luz ou via de passagem do sangue. Os
capilares constituem o ponto principal de todo o sistema cardiovascular, com uma rede de cerca de
10 milhões de capilares microscópicos que funciona de modo a permitir a troca de oxigênio, dióxido
de carbono, nutrientes e escórias entre o sangue e os espaços intersticiais.

18.4.2 Veias
As veias funcionam para conduzir o sangue do tecido periférico para o coração. As veias,
como as artérias, têm três camadas. A túnica íntima é fina e geralmente, não tem uma lâmina
elástica interna distinta. A túnica média contém muito menos músculo e bem menos fibras elásticas
do que a das artérias. A adventícia é a mais desenvolvida das três camadas. É composta
principalmente de tecido conjuntivo.
A pressão sanguínea nesses vasos é extremamente baixa, comparada à pressão no sistema
arterial, e o sangue sai, mesmo a pressão mais baixa, criando a necessidade de um mecanismo
especial pelo qual ele é levado ao coração. Para realizar esse processo, as veias possuem um sistema
único de válvas, que se abrem em direção ao coração. Elas servem para dirigir o fluxo de sangue
para o coração, particularmente numa direção ascendente, impedindo o refluxo, quando fechadas.
As veias tendem a seguir um curso paralelo àquele das artérias, mas estão presentes em
maior número. Sua luz é maior do que a das artérias e as paredes mais finas.

18.4.3 Capilares
Os capilares sanguíneos, ou vasos capilares, são vasos sanguíneos do sistema
circulatório com forma de tubos de pequeníssimo calibre. Constituem a rede de distribuição e
recolhimento do sangue nas células. Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com
ramificações originárias das artérias e, por outro, com as veias de menor dimensão.
Os capilares existem em grande quantidade no nosso corpo. Podem deformar-se com muita
facilidade e impedir a passagem de glóbulos vermelhos. A parede dos capilares é constituída por
uma única camada de células que é a túnica íntima (ou interna) das artérias. É nas paredes dos
capilares que ocorrem as trocas dos gases. Suas paredes são de tecido conjuntivo. Esses microvasos
têm diâmetro entre 5 e 10 μm e conectam arteríolas e vênulas, possibilitam a troca
de água, oxigênio, dióxido de carbono, vários outros nutrientes e resíduos químicos entre o sangue
e tecidos ao seu redor.
O sangue flui do coração às artérias, que se ramificam e estreitam-se até
formarem arteríolas, que se estreitam ainda mais e formam os capilares. Após o tecido ter
sido perfundido, os capilares se unem e se espessam até formarem vênulas, que continuam se
unindo e se espessando até formarem as veias, que levam o sangue de volta ao coração.
O "leito capilar" é a rede de capilares que alimenta um órgão. Quanto menor
o metabolismo das células, maior a quantidade de capilares necessários para fornecer nutrientes e
recolher os resíduos de alta tensao.

18.4.4 Inervação dos vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático, que possui ação vasoconstritora
(diminui o calibre dos vasos) e pelo nervo parassimpático, que é vasodilatador (aumenta o calibre
dos vasos). A ação conjunta desses dois feixes nervosos mantém o diâmetro e a tonicidade
muscular, que são fatores primordiais na distribuição sanguínea. Em condições normais, existe uma
comunicação (anastomose) entre ramos de artérias ou de veias entre si, mas com pouca passagem

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86
Anatomia e Fisiologia Humana

de sangue. Quando ocorrem deficiências ou obstruções do vaso principal, o sangue passa a circular
ativamente por essas anastomoses, a fim de favorecer a distribuição sanguínea e derivar trânsito
sanguíneo por essa circulação colateral.

18.4.5 As principais artérias do corpo humano são:

 Coronária: irriga o músculo cardíaco; origina-se na porção inicial da aorta ascendente, próximo
à valva aórtica. Divide-se em:
 Coronária direita: irriga o nó sinusal, o átrio direito, o ventrículo direito e o nódulo
atrioventricular;
 Coronária esquerda: irriga o ventrículo esquerdo, parte do ventrículo direito e o septo
interventricular.
 Aorta ascendente: origina as artérias coronárias direita e esquerda.
 Arco da aorta, ou crossa da aorta – composto pelas artérias:
 Braquiocefálica, que se bifurca em carótida comum (irriga o pescoço e a cabeça) e subclávia
direita (irriga o membro superior esquerdo);
 Carótida esquerda que, em conjunto com a carótida comum, irriga o pescoço e a cabeça;
 Subclávia esquerda, irriga o membro superior esquerdo. De cada subclávia originam-se alguns
ramos arteriais, destacando-se a artéria mamária (ou torácica interna). A continuação da artéria
subclávia é axilar, que no braço passa a chamar-se braquial. Na altura do cotovelo, essa artéria
bifurca em radial e ulnar.
 Aorta torácica: irriga as paredes e o conteúdo da cavidade torácica.
 Aorta abdominal – origina as artérias:
 Tronco celíaco, que se ramifica em gástrica esquerda (irriga o estômago e o esôfago), hepática
comum (irriga o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas e parte do estômago) e esplênica (irriga o
baço e parte do estômago);
 Mesentérica superior: irriga o intestino delgado e parte do intestino grosso;
 Mesentérica inferior: irriga o intestino grosso a partir do cólon transverso;
 Renais direita e esquerda: irrigam o rim correspondente.
 Ilíacas comuns: a aorta bifurcar-se em ilíaca comum direita e esquerda, que irrigam o peritônio.
Cada ilíaca comum se bifurca em ilíaca interna e externa.
 Ilíaca interna – irriga as paredes e o conteúdo da cavidade pélvica.
 Ilíaca externa – é outra ramificação da ilíaca comum; na altura da região inguinal, passa a
chamar-se femoral.
 Femoral – irriga a região inguinal, parte da genital e a coxa. Na altura do joelho, passa a
denominar-se poplítea, que se bifurca em tibial anterior e posterior. A região dorsal do pé, e a
região plantar, pelas artérias plantares medial e lateral.

18.4.6 As principais veias do corpo:

Veia cava superior – recebe sangue venoso:

 dos membros superiores: as veias basílicas, mediana e cefálica unem-se às veias braquiais,
tornando-se em veia axilar que formará a veia subclávia;
 da cabeça e do pescoço, através das veias jugulares internas e externas;
 da parede e dos órgãos do tórax, através da veia ázigo.

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Anatomia e Fisiologia Humana

 Veia cava inferior – recebe sangue venoso:


 dos membros inferiores: as veias superficiais (destacando-se as veias safenas) drenam o sangue
venoso para a veia femoral através das veias comunicantes; na altura da região pélvica, a veia
femoral continua como veia ilíaca externa;
 da região pélvica, através da veia ilíaca interna;
 da região abdominal, através de duas veias renais e duas a três veias supra-hepáticas.

A reunião das veias ilíaca externa e interna forma a veia ilíaca comum; a união das veias
ilíacas comuns direita e esquerda originará a veia cava inferior que, antes de desembocar no átrio
direito, recebe sangue venoso das veias renais e supra-hepáticas.

Veia porta – recebe sangue venoso:


 do estômago e esôfago, através das veias gástricas;
 da vesícula biliar , pâncreas e baço, através da veia esplênica;
 do intestino, através das veias mesentérica superior e inferior.

O sangue venoso é levado para o fígado através da veia aorta, em cujo interior se capilariza,
formando uma rede capilar intra-hepática; dessa rede originam-se as veias hepáticas ou supra-
hepáticas, que desembocam na veia cava inferior. Existem anastomoses entre o sistema porta e
cava, destacando-se as veias do esôfago com os ramos venosos do sistema ázigo.

Veias cardíacas:

Levam o sangue venoso da musculatura cardíaca para o átrio direito: existem algumas veias
muito pequenas que se originam nas paredes do coração e lançam o sangue venoso diretamente
no interior do átrio direito.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Principais Artérias do corpo

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Anatomia e Fisiologia Humana

Suprimento arterial principal do tórax, face e perna

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Anatomia e Fisiologia Humana

Veia tibial
anterior

Principais veias do corpo

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Anatomia e Fisiologia Humana

Principais veias do tórax, face e perna.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Suprimento arterial para a cabeça e o pescoço.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Drenagem venosa da cabeça e do pescoço.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Suprimento arterial e drenagem venosa dos órgãos.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Artérias do antebraço direito

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Anatomia e Fisiologia Humana

Drenagem venosa do antebraço e da mão direita. Artérias da bacia e da perna direita

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Veias da sacra e da perna direitas.

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AULA 19 - SISTEMA LINFÁTICO

19.1 COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO


Originando-se nos espaços teciduais do corpo, este é um sistema vascular completamente
isolado, funcionando como sistema acessório para o fluxo de líquido dos espaços teciduais para a
circulação. Ele é chamado de sistema linfático. O sistema linfático consiste de capilares, vasos
linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos. Os capilares linfáticos originam-se de microscópicos fundos
cegos e convergem para formar vasos cada vez maiores os quais drenam para dois troncos
principais, o ducto torácico e o ducto linfático direito. Os linfonodos, situados a intervalos no curso
de vasos linfáticos, são especialmente numerosos ao longo das principais tributários que
desembocam no ducto torácico ou no ducto linfático direito.
O líquido nos vasos linfáticos é chamado linfa. Sua composição é semelhante à do plasma,
exceto pela baixa concentração de proteínas. A linfa contém grande número de leucócitos,
particularmente linfócitos. Ela geralmente é um líquido claro, mas a do intestino delgado torna-se
leitosa após a refeição.

19.2 FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO


O sistema linfático possui três funções principais:

 Drenagem.
Drenar o excesso de líquido intersticial (líquido onde as células ficam mergulhadas e de onde
elas retiram seus nutrientes e eliminam substâncias residuais de seu metabolismo) afim de devolvê-
lo ao sangue.

 Transpote, Conservação das proteínas plasmáticas e do líquido.


Transporta as vitaminas e os lipídeos, absorvidos durante o processo de digestão, até o
sangue, para que este, leve os nutrientes para todo o corpo.
A circulação da linfa faz retornar à corrente sanguínea substâncias vitais, na maioria
proteínas que escapam dos capilares com o líquido intersticial acumulado.

 Defesa contra doenças


O sistema linfático protege o corpo contra microorganismos patogênicos e outras
substâncias invasoras, de duas maneiras:
Por fagocitose: os macrófagos que revestem os canais nos linfonodos fagocitam e digerem
o material estranho.
Pela resposta imunológica: dois tipos de linfócitos, nos linfonodos, proliferam em resposta
ao contato com substâncias estranhas, dando origem a células especializadas que fabricam
anticorpos ou as células que inativam o agente de outras maneiras.

19.3 SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO


Compreende;

 Rede de capilares linfáticos: constituída por vasos semelhantes aos capilares


sanguíneos; inicia-se em fundo cego, pois drena a linfa dos espaços intercelulares;

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Anatomia e Fisiologia Humana

 Vasos linfáticos, que se originam da reunião de vários capilares linfáticos, vão


aumentando de calibre e diminuindo de número até formarem dois coletores
principais:

- ducto torácico: é o principal coletor da linfa, recebendo a linfa da região abaixo do


diafragma, da metade esquerda da
cabeça, do pescoço e tórax, e do
membro superior esquerdo.
Desemboca na confluência das veias
subclávia esquerda e jugular
esquerda;

- ducto linfático direito:


recebe a linfa do direito da cabeça,
pescoço e tórax e membro superior
direito. Desemboca na confluência
das veias subclávia direita e jugular
direita.

- linfonodos: são pequenos


corpos ovais encontrados a
intervalos no curso dos vasos
linfáticos. Cada um consiste de tecido linfático coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo
fibroso. São importantes barreira contra os processos infecciosos, podendo ser encontrados
espaçadamente nas regiões axilar, inguinal, cervical profunda, traqueobrônquica e próximo à aorta
abdominal. A linfa passa através de vários grupos de linfonodos antes de entrar no sangue. Ela entra
nos linfonodos por vários vasos aferentes de diferentes locais da periferia, passa através de um
sistema de canais, chamados seios e então atravessa um ou dois eferentes. Os seios revestidos com
macrófago agem como leitos filtrantes para a remoção de material potencialmente danoso antes
que ele entre na corrente sanguínea.

19.4 ÓRGÃOS RELACIONADOS


Três órgãos estão intimamente relacionados ao sistema linfático são o baço, as tonsilas e o
timo.

19.4.1 Baço
É um corpo oval mole, vascularizado, localizado na parte superior esquerda do abdome sob
o diafragma e por trás das costelas inferiores.
O baço tem várias funções, dentre elas: destruição dos eritrócitos velhos, função
imunológica, armazenamento de sangue.

19.4.2 Tonsilas
Vários grupos de tonsilas (palatinas ou amídalas, faríngeas ou adenóides e linguais) formam
um anel de tecido linfóide e guardam a entrada dos tratos alimentar e respiratório contra a invasão
por microorganismos.

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Anatomia e Fisiologia Humana

19.4.3 Timo
É um órgão achatado, de um rosa-cinzento, com dois lobos, situado na parte antero-superior
da cavidade torácica, na frente da aorta e atrás do esterno.
Esse órgão desempenha um papel importante no desenvolvimento de parte do sistema
imunológico. Ele é relativamente grande em relação ao tamanho do corpo durante a vida fetal e nos
primeiros dois anos após o nascimento. Aumenta em tamanho até a puberdade e, então começa a
atrofiar.

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101
Anatomia e Fisiologia Humana

Sistema linfático e drenagem


- Canais coletores e seus linfonodos

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Anatomia e Fisiologia Humana

AULA 20 - SISTEMA RESPIRATÓRIO

O termo respiração é definido como a união do oxigênio com alimento nas células, e a
liberação subsequente de energia para o trabalho, o calor e a liberação de gás carbônico e água.

As funções do sistema respiratório são: prover o oxigênio necessário ao metabolismo das


células e remover um dos materiais desse metabolismo, que é o gás carbônico. Isto implica num
processo de respiração externo, absorção de O2 e remoção de CO2 dos pulmões e respiração
interna, troca gasosa entre as células e seu meio líquido. A cavidade nasal, a faringe, a laringe, a
traquéia e os brônquios são partes da passagem que se abre dos pulmões para o exterior. Nos
pulmões as divisões sucessivas da árvore brônquica (brônquios menores, bronquíolos e ductos
alveolares), levam aos alvéolos, unidades funcionais dos pulmões. A troca gasosa entre o sangue e
o ar ocorre somente nos alvéolos.

20.1 ESTRUTURAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

20.1.1 Nariz
Inclui a parte do condutor respiratório superior que faz saliência na face e a cavidade nasal.
A cavidade nasal é composta de duas cavidades em forma de cunha separadas por um septo
formado em grande parte pela lâmina perpendicular do osso etmóide, o osso vômer e a cartilagem
septal.

O septo nasal foi removido, mostrando-se o aspecto lateral da cavidade nasal com as conchas
nasais

20.1.2 Cavidade Nasal

A cavidade nasal na realidade são duas cavidades paralelas que se estendem das narinas até
à faringe e estão separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa. Em seu interior existem
dobras chamadas conchas nasais, que têm a função de fazer o ar rotacionar. No teto das fossas
nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.

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Anatomia e Fisiologia Humana

20.1.3 Seios Paranasais

São espaços que contêm ar e que se comunicam com a cavidade nasal sendo revestidos com
uma membrana mucosa. Incluem os seios maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal. A principal função
do seio paranasal é manter os ossos do crânio mais leves, além de fornecer muco para a cavidade
nasal e agir como câmara de ressonância para produção de som.

20.1.4 Faringe

É um tubo musculomembranoso que tem em média 12,5 cm de comprimento e se estende


da base do crânio até o esôfago. A parte posterior está em contato com as vértebras cervicais. A
faringe está dividida em três partes: nasal, oral e laríngea.

A nasofaringe está situada através do nariz; a orofaringe, situada atrás da boca. A


nasofaringe e a orofaringe estão separadas pelo palato mole. A laringofaringe está por baixo do osso
hióide e atrás da laringe.

Há quatro aberturas na nasofaringe, duas para as tubas auditivas (eustaquianas) e duas para
o nariz, as coanas. A orofaringe tem uma única abertura a qual se comunica com a boca. A
laringofaringe abre-se na laringe e no esôfago.

A tonsila faríngea (adenóide) localiza-se perto das coanas. A tonsilas palatinas estão
localizadas entre a comunicação da boca e a orofaringe. São conhecidas como amídalas.

20.1.5 Laringe

Liga a faringe com a traquéia. Sua abertura está na base da língua. Consiste em nove
cartilagens unidas por músculos.
A cartilagem tireoide é a maior cartilagem da laringe. Possui nos proeminência conhecida
como “pomo de Adão”, que é maior nos homens do que nas mulheres. Outra cartilagem é a epiglote
que tem a forma de uma folha e age como uma dobradiça de porta, na entrada da laringe. Durante
a deglutição, ela age como uma tampa para prevenir a aspiração do alimento na traquéia. A
cartilagem cricóide é mais inferior das nove cartilagem da laringe.
Na laringe situam-se as cordas vocais, que são duas dobras longitudinais que se projejam
para a luz da laringe; denomina-se glote a fenda entre as duas cordas vocais.
As funções da laringe são: umedecer, aquecer o ar e reter as partículas das substâncias
estranhas através do muco secretado por sua mucosa; impedir a penetração de corpos estranhos
pela ação da epiglote a ser responsável pela fonação, através da vibração das cordas vocais e da
atuação dos músculos da laringe.

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Anatomia e Fisiologia Humana

20.1.6 Traquéia

A traquéia ou “tubo de vento” é um tubo cilíndrico de cerca de 9 a 12,5 cm de comprimento.


É achatada posteriormente onde ela entra em contato com o esôfago. Estende-se da sexta vértebra
cervical até a quinta torácica e divide-se em dois brônquios principais. É formada por anéis
cartilaginosos, glândulas secretoras de muco e células epiteliais ciliadas. Possui mobilidade elástica,
que é um fator importante na eliminação do muco por acessos de tosse. Sua função é permitir que
o ar chegue até aos alvéolos pulmonares uniformemente úmido, aquecido e isento de corpos
estranhos.

Incisão para uma traqueostomia

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Anatomia e Fisiologia Humana

A laringe vista de cima (A), de lado(B) e em relação com cabeça e o pescoço (C), de trás (D)
e de frente (E).

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Anatomia e Fisiologia Humana

20.1.7 Brônquios e Ramos


Os dois brônquios principais, cada um suprindo um pulmão, derivam da traquéia ao nível da
borda superior da quinta vértebra torácica. O brônquio direito difere do esquerdo porque é mais
curto e mais largo e tem um trajeto mais vertical. Corpos estranhos da traquéia geralmente entram
no brônquio direito devido a essas características. Cada brônquio principal divide-se três brônquios
secundários ou lobares, à direita, e dois, à esquerda, que suprem os lobos dos pulmões (superior,
médio e inferior, no pulmão direito, superior e inferior, no esquerdo). Os brônquios secundários,
por sua vez, dividem-se em brônquios terciários ou segmentares, cada um dos quais distribui-se a
uma unidade do pulmão chamada segmento broncopulmonar. Os brônquios segmentares
continuam a se dividir sucessivamente em ramos menores e finos chamados bronquíolos, que
entram nas unidades básicas dos pulmões, chamadas de lóbulos. Cada bronquíolo divide-se, ao
entrar no lóbulo, em vários bronquíolos terminais, cada um dos quais subdivide-se em dois ou mais
bronquíolos respiratórios. O bronquíolo respiratório abre-se em ductos alveolares, dos quais se
originam os alvéolos que estão amarrados em grupos, cada um formando um saco alveolar.

20.1.8 Pulmão
Os pulmões são órgãos em forma de cone, estendendo-se do diafragma até
aproximadamente uma altura de 13 cm acima da clavícula (esta parte do pulmão é chamada de
cúpula). Os brônquios principais e as artérias pulmonares entram de cada lado do pulmão numa
fenda chamada hilo.
Os pulmões estão divididos por fissuras em lobos superior, médio e inferior (pulmão direito)
e superior e inferior (pulmão esquerdo).
O pulmão do adulto é uma massa esponjosa, frequentemente com uma cor cinza-azulada
por causa da poeira inalada e da fuligem nos linfáticos respiratórios. Em contraste, o pulmão da
criança é róseo, porque não entrou ainda nenhum material estranho.
Os alvéolos dos pulmões são cobertos com uma substância ativa em superfície ou
surfactante (uma lipoproteína na qual os componentes ativos são fosfolipídios), que diminui a
tensão superficial pulmonar, resultante da contração da fina camada de água que umedece as
superfícies alveolares.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana serosa chamada pleura. Uma camada dessa
membrana, chamada pleura visceral reveste a superfície do pulmão. A outra camada, chamada de
pleura parietal, está em contato direito com o diafragma e a borda interna do tórax. Entre a pleura
e visceral, está a cavidade pleural, que contém um líquido para lubrificação, que permite que a
respiração se faça com um mínimo de atrito. Nessa cavidade pleural não deve existir ar ou outro
líquido, para não interferir na pressão negativa, que é um fator importante na mecânica respiratória.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Distribuição dentro dos pulmões. A parte aumentada mostra detalhes de ductos alveolares
abrindo-se em grupos de alvéolos, cada um chamado saco alveolar.

AULA 21 - FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO

21.1 MECANISMOS DA RESPIRAÇÃO


A respiração, em repouso, é realizada pela contração e relaxamento alternados do diafragma
e dos músculos intercostais externos. A maior parte da movimentação do ar é realizado pelo
diafragma.

Inspiração: quando o diafragma se contrai, ele abaixa e alonga a cavidade torácica. A


contração dos músculos intercostais externos levanta as costelas na borda esternal. Essa ação força

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Anatomia e Fisiologia Humana

o esterno para fora, aumentando o diâmetro antero – posterior do tórax. A medida em que o tórax
se alarga, o colabamento das pleuras viscerais e parietal causa expansão de ambas as camadas,
alargando assim os pulmões e reduzindo a pressão dentro deles. A redução na pressão
intrapulmonar causa a entrada de ar nos pulmões.
Expiração: a expiração durante uma respiração em repouso é um processo passivo,
ocorrendo à medida que o diafragma e os músculos intercostais externos relaxam. A cavidade
torácica retorna ao seu tamanho de repouso e os pulmões retraem-se.

Relação dos pulmões com tórax anteriormente (A) e posteriormente (B). As linhas tracejadas
indicam as fissuras e os lobos dos pulmões.

O nariz filtra o ar através de quatro fases distintas. Quando você respirar pela boca, você
ignorar essas etapas. O resultado é mais doença, como dor de garganta e infecções de ouvido.

21.2 TIPOS DE RESPIRAÇÃO


A respiração normal, de repouso, é conhecida como eupnéia. Apnéia é a cessação
temporária de respiração. Dispnéia é a dificuldade em respirar. Ortopnéia é a incapacidade de
respirar facilmente numa posição horizontal. Hiperpnéia é um aumento na profundidade
respiratória. Taquipnéia é uma respiração excessivamente rápida e superficial.

21.3 CONTROLE AUTOMÁTICO DA RESPIRAÇÃO


O centro respiratório localiza-se na medula bulbar e trabalha de forma involuntária e
automática; mas, existem alguns fatores que podem estimulá-lo, tais como mudança da reação
química e da composição do sangue, reflexos nervosos e psíquicos. O mais importante excitante é
o nível de gás carbônico no sangue.
Além do centro respiratório, a respiração sofre atuação do simpático (estimula a respiração,
a irrigação sanguínea e dilata os brônquios) e do parassimpático (possui efeito antagônico ao do
simpático).

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AULA 22 - SISTEMA DIGESTÓRIO

22.1 CONCEITO
O sistema digestório consiste em um longo tubo muscular que começa nos lábios e termina
no ânus, incluindo boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso e algumas
glândulas localizadas fora do tubo digestório, incluindo as glândulas salivares, fígado e pâncreas. As
funções principais do sistema digestório são: digestão e absorção do alimento ingerido e eliminação
de produtos sólidos do catabolismo.

Sistema digestório e estruturas associadas.

22.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO

22.2.1 Cavidade Bucal


É a porção inicial do tubo digestório, comunica-se com o meio exterior pelos lábios e com a
faringe pelo istmo da garganta. Está limitada lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo
palato e inferiormente pelo assoalho da boca. Os lábios superior e inferior unem-se à direita e à
esquerda nas comissuras labiais. As bochechas, situadas na parede lateral da boca, contêm vários
músculos acessórios da mastigação, entre os quais se destacam os dentes.

22.2.2 Lingua
É um órgão muscular que possui as funções de empurrar o bolo alimentar entre os dentes,
misturando-o com a saliva; impulsionar o bolo alimentar durante a deglutição; participar na

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Anatomia e Fisiologia Humana

articulação dos sons; ser um órgão gustativo através das suas papilas gustativas e participar na
defesa contra infecções por meio das células linfáticas localizadas na sua superfície ventral.

22.2.3 Dentes
Os dentes são construídos no seguinte plano básico: cada um é dividido em duas partes
principais: a coroa, que é a parte exposta e a raiz (ou raízes) que constitui a porção embutida no
alvéolos (cavidade óssea) da maxila ou mandíbula. A região de junção entre a coroa e a raiz é
denominada colo. A parte do dente é composta de dentina, uma substância semelhante ao osso em
sua composição, porém mais dura e mais compacta. A dentina da coroa é coberta por esmalte, a
substância mais dura do corpo, composta principalmente de fosfato de cálcio. O cemento, que é um
tecido semelhante ao osso, cobre a dentina da raiz. A gengiva é uma membrana mucosa que
circunda o colo e a parte inferior da coroa do dente como um colar.
Duas dentições surgem durante a vida do indivíduo, a decidual ou temporária (de leite) e a
permanente. Ambas as dentições começam o seu desenvolvimento no útero; os dentes deciduais
começam a se desenvolver aproximadamente na sétima semana fetal, e os dentes permanentes
aproximadamente no quarto mês. A decidual consiste de 20 dentes, cinco em cada quadrante; dois
incisivos, um canino e dois molares. Esses dentes nascem em média dos seis aos 24 meses após o
nascimento e, geralmente caem entre os seis e 12 anos de idade. Existem 32 dentes permanentes
numa dentição completa, oito em cada quadrante: dois incisivos, um canino, dois pré-molares e três
molares. Os incisivos, os caninos e pré-molares substituem os dentes deciduais (os pré-molares
sucedem aos molares deciduais), e os molares ocupam novas posições na mandíbula, aumentada
do adulto. A erupção dos terceiros molares, ou dentes do ciso é atrasada até após os 18 anos, sendo
que um ou mais se encontram ausentes em alguns indivíduos.
O palato, ou teto da boca, consiste em duas partes: uma porção anterior ou palato duro,
formada pelos ossos maxila e palatino; e uma porção posterior, palato mole, composta de músculos
que terminam numa projeção livre chamada úvula. A faringe localiza-se atrás da úvula.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Vista sagital-mediana do dente molar posição vertical.

22.2.4 Faringe
É a porção do trato digestório que serve como via tanto para o sistema respiratório quando
para o digestório. Ela permite ao indivíduo respirar através da boca mesmo se as cavidades nasais
estiverem obstruídas. A faringe possui as camadas musculares longitudinal e circular do tipo
estriado.

A faringe tem como funções participar na:

 Deglutição: processo em que o palato mole se ergue contra a parede da nasofaringe


(porção que se comunica com a cavidade nasal), a epiglote fecha a laringe, a língua
comprime-se contra o palato, deslocando o alimento para a faringe que, através das
contrações musculares, propulsiona o alimento para o esôfago. Esses movimentos
são em parte voluntários, em parte involuntários;
 Defesa do organismo: na cavidade bucal e faringeana existem grupos de células
linfáticas ( exemplo: as amídalas e adenóides) que defendem o organismo contra
agentes patogênicos e suas toxinas;
 Audição: a tuba auditiva comunica a faringe com o ouvido médio, possibilitando o
equilíbrio das pressões entre essas duas cavidades.

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22.2.5 Esôfago
O esôfago é um tubo longo, reto que se comunica diretamente com o estômago. A passagem
do alimento é facilitada por forças ravitacionais comuns, assim como pelo tipo de arranjo dos
músculos no próprio tubo. O esôfago estende-se da faringe ao estômago por uma distância de cerca
de 25 cm. Está situada posteriormente á traquéia e possibilitando uma melhor absorção na parede
intestinal.
A atividade gástrica automática, sendo o simpático inibidor da contração da musculatura e
da secreção do suco gástrico e o parassimpático tem ação inversa.

22.2.6 Estômago
O estômago é a porção mais dilatada do tubo digestório, localiza-se inferiormente ao
diafragma, logo abaixo da borda costal do abdome superior. Serve principalmente como local de
armazenamento e câmara de mistura para o alimento antes que ele passe ao duodeno (a primeira
porção do intestino delgado), mas ocorre aí alguma digestão, e a comida, parcialmente digerida e
misturada é conduzida a uma massa semilíquida.
O estômago consiste de três partes, o fundo, uma porção superior deslocada para a
esquerda; o corpo, a porção central e a porção pilórica (antro), uma porção ligeiramente estreitada
na região termina antes da entrada no duodeno.
A cárdia é a abertura entre o esôfago e o estômago. O piloro é a abertura entre o estômago
e o duodeno e possui uma camada muscular circular espessa, formando o esfíncter pilórico.
A mucosa gástrica tem numerosas pregas proeminentes chamadas rugas, que se tornam lisas
quando o estômago está cheio. A mucosa gástrica secreta 1,5 a 2,5 litros de suco gástrico por dia,
de forma automática, através de:

 Estímulos psíquicos: provocados por apetite, odores, apresentação do alimento;


 Reflexos nervosos: após a estimulação das papilas gustativas;
 Entrada do alimento no estômago: quando ocorre a formação do hormônio gastrina
(sistematizado pelas glândulas pilóricas) que, ao ser lançado na circulação sanguínea,
estimula a formação de secreção gástrica.

O suco gástrico é composto por água, ácido clorídrico, muco gástrico, enzimas e fator
intrínseco. O ácido clorídrico interfere na formação das enzimas pepsina e catepsina; fornece um
meio ácido para que estes enzimas possam agir sobre as proteínas e impede o desenvolvimento e
a ativação da fermentação, da decomposição bacteriana e a proliferação de agentes patogênicos. O
muco gástrico, formado principalmente na região pilórica, envolve a mucosa gástrica como uma
camada protetora contra a agressão do ácido clorídrico. O fator intrínseco é uma proteína que atua
sobre a vitamina B 12.

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22.2.7 Intestino Delgado


O intestino delgado estende-se da porção do esfíncter pilórico até o ceco, a primeira porção
do intestino grosso. Ele possui um comprimento de aproximadamente 6,5 mt e é dividido em três
porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.
O duodeno, assim chamado, porque possui um comprimento aproximado de 12 dedos, é a
porção mais curta, mais larga e mais fixa do intestino delgado. Ele recebe secreções do fígado (bile)
através do ducto colédoco e do pâncreas (suco pancreático) através do canal pancreático ou
wirsung. O jejuno corresponde à maior porção do intestine, e o íleo, porção final do intestine
Delgado.
A mucosa intestinal secreta o suco entérico, cuja composição química é água, sais minerais,
muco e enzimas, como a amilase (atua sobre os amidos); maltase e lactase (agem sobre o açúcar);
lípase (atua sobre as gorduras, transformando-as em glicerol e ácido graxo); peptidases (são várias
enzimas que atuam sobre as proteínas, transformando-as em aminoácidos).
A musculatura intestinal tem função de misturar e propulsionar o conteúdo intestinal através
dos movimentos peristálticos controlados pelos plexos nervosos de Meissner e Auerbach.
Internamente, a parede do intestino é formada por estrutura minúsculas denominadas
microvilosidades, nas quais chegam os capilares sanguíneos e linfáticos que se encarregam da
absorção dos nutrientes. Os lipídeos são absorvidos pela rede linfática e os demais nutrientes, pela
sanguínea.

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22.2.8 Intestino Grosso


O intestino grosso, com aproximadamente 1,5 mt de comprimento, estendendo-se a partir
da porção terminal do íleo ao anus, sendo dividido em ceco, cólon, reto e anus. Difere do intestino
delgado em vários aspectos, como maior largura e ausência de vilosidades na sua superfície mucosa.
O ceco, ou primeira porção do intestino grosso, é uma bolsa alongada, situada na porção
inferior direita do abdome. Ligado à sua base está um tubo delgado, o processo ou apêndice
vermiforme (semelhante a um verme), o qual possui uma cavidade que se comunica com ceco.
O cólon se divide em cólon ascendente (estende-se para cima a partir do ceco, junto a parede
abdominal direita até a parte inferior do fígado), cólon transverso (cruza a cavidade abdominal da
direita para esquerda, abaixo do estômago), cólon descendente (começa perto do baço,
caminhando para baixo, do lado esquerdo do abdome), cólon sigmóide (em forma de S e localizado
na cavidade pélvica). O reto fica situado sobre a superfície anterior do sacro e cóccix e termina no
estreito canal anal, que se abre para o exterior do ânus.
A musculatura lisa circular que envolve o reto se espessa no canal anal para formar o
esfíncter anal interno de ação involuntária. Feixes musculares esqueléticos que circundam o canal
formam o esfíncter anal externo, de ação voluntária, encontrado em contração constante, mas
relaxando-se na saída de fezes para o exterior.
No intestino grosso, não ocorre o processo de digestão, porque recebe os restos alimentares
não digeridos e não absorvidos pelo intestino delgado. Suas funções são:

 reabsorver a água dos sucos digestórios;


 absorver restos de nutrientes aproveitáveis;
 eliminar as fezes, que são resto indigerível do bolo alimentar, que sofreu ação das
bactérias do intestino grosso.

O movimento peristáltico é controlado pelo sistema nervoso, sendo o simpático o inibidor e


o parassimpático e estimulador. Esses movimentos podem ser lentos (amassam o conteúdo fecal e
misturam-no com o muco secretado pela mucosa do intestino grosso) e grandes movimentos (que
levam o conteúdo fecal em direção ao reto).

Durante uma vida, o sistema digestivo agüenta 50 toneladas de comida. ... Os roncos no
estomago são resultado de movimentos peristálticos do estomago e do intestino, ou seja, são
normais da digestão. Quando o aparelho está vazio os roncos são mais altos porque não há nada
para abafar o som.

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Visto anterior do intestino delgado e grosso com omento maior levantando.

AULA 23 - GLÂNDULAS ANEXAS

São representadas pelas glândulas salivares, pelo fígado e vesícula biliar e pelos pâncreas.

23.1.1 Glândulas Salivares


As glândulas salivares são três pares: parótida (localizadas anterior e inferiormente as
orelhas e seu ducto abre-se acima do segundo molar superior), submandibulares localizadas abaixo
da mandíbula (localiza-se inferiormente à mucosa do assoalho da boca e seus ductos abrem-se
próxima à língua) e sublinguais (abaixo da língua).
As glândulas salivares secretam enzimas digestivas na boca, que iniciam a digestão dos
glicídios.

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23.1.2 Pâncreas
O pâncreas é dividido em cabeça, corpo e cauda. É uma glândula grande e lobulada que
possui funções exócrina e endócrina, secretando externamente através de um ducto e
internamente para o sangue ou a linfa respectivamente. O suco pancreático, um suco digestório, é
o produto da função exócrina do pâncreas. Esse suco é composto por enzima:
A secreção do suco pancreático é controlado pelo sistema nervoso, sendo o simpático o
inibidor e o parassimpático o estimulador. Após a chegada do bolo alimentar ao duodeno, as células
entéricas enviam para a circulação sanguínea os hormônios secretina ou pancreozimina, que irão
estimular a secreção do suco pancreático. Esse suco sai dos pâncreas através do canal pancreático
(Wirsung), em direção ao duodeno.

23.1.3 Fígado
O fígado é um órgão anexo ao sistema digestório. Divide-se em lobo direito e esquerdo e,
por meio do hilo hepático, penetram a artéria hepática, a veia porta, os vasos linfáticos e os nervos;
do hilo saem o ducto hepático direito e esquerdo, que se unem para formar o ducto hepático, que
por sua vez se transforma em ducto cístico antes de penetrar na vesícula biliar.

O fígado desempenha as seguintes funções:


 Secreção da bile: composta por bilirrubina (resultado da degradação da hemoglobina), ácidos
biliares (importantes no desdobramento dos lipídios), excretas do metabolismo, corpos
estranhos, etc. A bile secretada pelo fígado é drenada para a vesícula biliar por meio dos ductos
hepáticos direito e esquerdo, do ducto cístico. Após a chegada no duodeno de alimentos
contendo partículas de gorduras, as células entéricas lançam na circulação sanguínea o
hormônio colecistoquinina que faz a vesícula se contrair e expulsar a bile armazenada no seu
interior para o duodeno, através do colédoco. A bile não flui diretamente do fígado para o
duodeno devido ao esfíncter de Oddi existente na desembocadura do colédoco no duodeno,
que quando fechado, faz a bile refluir para a vesicular biliar. Denomina-se papila de Vater,
localizada no duodeno, a abertura comum ao colédoco e ao canal da Wirsung;
 Metabolismo dos lipídios, proteínas e carboidratos: essas substancias são transportadas pelo
sangue e utilizadas pelos tecidos;
 Armazenamento das vitaminas , sais minerais e carboidratos;

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AULA 24- SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é uma das quatro vias excretores do corpo. As outras são intestino grosso,
a pele e os pulmões. Consiste em dois rins, que produzem urina para a bexiga; e a uretra, que
descarrega a urina da bexiga. A regulação da concentração de substâncias excretadas na urina
permite que o corpo controle a concentração de substâncias no sangue de modo a aumentar a
homeostase dos líquidos corporais.

24.1 RINS
São os órgãos com formato de feijões, situados atrás do peritônio parietal, contra os
músculos da parede abdominal posterior, um pouco acima da linha da cintura.
Pelo fato de estarem, na sua parte superior, em contato com o diafragma, eles se movem
ligeiramente junto a essa estrutura durante a respiração. O rim direito é ligeiramente mais baixo
que o esquerdo, possivelmente por causa do seu estreito relacionamento com o fígado.

Cada rim é composto por três camadas:


 externa: cápsula fibrosa
 média: camada cortical ou córtex renal
 interna: camada medular ou medula renal

Num corte transversal, o rim apresenta uma área central escurecida, que é a medula, e uma
área pálida, que é o córtex. A medula consiste em oito a doze pirâmides renais, cujos ápices
convergem nas projeções conhecidas como papilas, as quais, por sua vez, são recebidas por
cavidade (cálices) da pelve. O córtex consiste numa camada periférica que vai da cápsula para a base
das pirâmides e em colunas renais que cruzam a área entre as pirâmides. Está dividido em lóbulos.
Cada rim tem borda lateral convexa e uma borda medial côncava. Na superfície medial, a
artéria , a veia, os nervos renais, os vasos linfáticos e a pelve renal, entram na superfície côncava,
numa reentrância chamada hilo. Uma cavidade localizada nessa borda medial, contém uma porção
coletora em forma de saco chamada pelve, que representa a porção superior expandida do ureter.
A unidade funcional do rim é chamada néfron. Cada rim contém cerca de um milhão de
néfrons, cada um dos quais consistindo de um glomérulo, (novelo de capilares derivados da arteríola
aferente), que está contido numa depressão do túbulo em forma de taça, chamada cápsula
glomerular (cápsula de Bowman). Estendendo-se da cápsula glomerular há um longo túbulo coletor.
A urina é eliminada no ápice da pirâmide medular, nos cálices da pelve e, então, desce para o ureter.

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Vistas global e sagital mediana mostrando a relação dos cálices com o rim como um todo.

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Parede abdominal posterior mostrando as relações entre o sistema urinário, o


sistema genital e o grandes vasos.

24.2 FISIOLOGIA DA FORMAÇÃO DA URINA


Composição da urina: a urina tem 96% de água, na qual sais, toxinas, pigmentos, hormônios
e produtos de decomposição dos metabolismos protéicos estão dissolvidos (uréia, creatinina, ácido
úrico). É uma solução aquosa, complexa, de substâncias.
Mecanismos de formação e excreção da urina: há primeiramente dois estágios na
elaboração da urina pelo rim  o estágio glomerular (formação da urina primitiva) e o estágio
tubular (sucessivos processos ou simultâneos de reabsorção da luz tubular para o sangue) e
secreção (do sangue para a luz tubular). Exceto por sua ausência de proteínas, o filtrado glomerular
é quase idêntico ao plasma em composição. A reabsorção e a secreção mudam acentuadamente a
composição do filtrado.
Estes dois processos fornecem mecanismos para a eliminação ou conservação de
substâncias de acordo com a demanda corporal. A secreção e a reabsorção de várias substâncias

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120
Anatomia e Fisiologia Humana

são continuamente reguladas, a fim de manterem suas concentrações normais nos líquidos
corporais.
Secreção e reabsorção tubular: A composição final da urina é determinada muito mais pela
reabsorção tubular do que pela secreção. A secreção é, contudo, o determinante principal da
concentração de íons potássio na urina.
Clearance: É a eficiência com que o rim excreta qualquer substância, é frequentemente
expressa como sua clearance. A clearance representa o volume de plasma depurado de uma dada
substância a cada minuto.
Alteração da concentração e volume da urina: A regulação da concentração de urina é
realizada pelo hormônio antidiurético (ADH), secretado pela neuro-hipofise. Este hormônio é
sintetizado no hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise. Quando ocorre uma perda excessiva de
líquidos, os osmorreceptores no hipotálamo estimulam a liberação de ADH pela neuro-hipófise. O
ADH aumenta muitíssimo a permeabilidade dos túbulos coletores e distais, à água.

Os rins produzem aproximadamente 2 litros de urina por dia e fazem-no atuando como um
filtro natural do corpo humano, já que filtram mais de 200 litros de sangue por dia.

AULA 25 - SISTEMA URINÁRIO - URETERES

São dois tubos, um de cada rim, que funcionam no transporte de urina dos rins para a bexiga.
Cada um deles começa na pelve renal e vai até a região posterior da bexiga urinária. É dotado de
peristaltismo com ondas que começam na pelve renal e terminam na bexiga.

25.1 BEXIGA URINÁRIA


Está situada na parte posterior da sínfise púbica. É uma bolsa muscular que serve de
reservatório para a urina, que chega de forma contínua pelos ureteres. No sexo masculino, localiza-
se anteriormente ao reto, enquanto que, na mulher, o útero interpõe-se entre o reto e a bexiga.
Sua capacidade de reserva varia de indivíduo para indivíduo, podendo chegar até 1 litro; mas,
após um enchimento de 250 a 300 ml, ocorre a necessidade de urinar, o que provoca a saída da
urina pela uretra.
O sistema nervoso autônomo controla a atividade involuntária da musculatura lisa da bexiga
e das vias urinárias, com o simpático estabilizando a bexiga e estimulando o peristaltismo dos
ureteres. Dessa forma, pode-se dizer que o simpático estimula o enchimento da bexiga e
parassimpático, o seu esvaziamento.

25.2 URETRA
É um canal que conduz a urina da bexiga para o meio exterior. Na sua porção inicial, existe
o esfíncter interno da uretra, de contração involuntária, impedindo a saída de urina da bexiga.
Abaixo do esfíncter interno há o esfíncter externo, que é de contração voluntária, por ser
um músculo estriado. A uretra termina em um orifício denominado meato urinário, por meio do
qual a urina é eliminada por meio exterior.
Portanto, para ocorrer a micção, é necessário a ação estimulante do parassimpático, que
promove a contração dos músculos da bexiga e o relaxamento do esfíncter interno. Até um certo
ponto, a micção pode ser reprimida voluntariamente, pela contração do esfíncter externo.

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A uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e está dividida em três porções:


prostática (3 cm), membranosa (1 cm) e a esponjosa (+ 15 cm de comprimento, é a porção peniana).
É uma via comum para a micção e a ejaculação.
A uretra feminina é um canal curto, de aproximadamente 4 cm de comprimento, com a
finalidade de conduzir a urina para o exterior.

AULA 26- SISTEMA ENDÓCRINO

É composto por grupo diverso de


tecidos cuja função é produzir e liberar na
corrente circulatória substâncias
conhecidas como hormônios. Esses
hormônios geralmente são liberados em
concentração muito baixas e
transportados aos seus locais de ação, em
outras partes do corpo, onde exercem
efeitos reguladores. Os hormônios
podem atuar sobre as células de órgão
específico (órgão alvo), ou sobre células
amplamente distribuídas no corpo.
A liberação de um hormônio é
frequentemente desencadeada por uma
alteração na concentração de alguma
substância nos líquidos corporais. O efeito
do hormônio é corretivo, eliminando o
estímulo e reduzindo a secreção. Tal
seqüência é característica de um sistema
controle homeostático de feedback
Localização das oitos glândulas de secreção interna
negativo.

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Anatomia e Fisiologia Humana

Os hormônios, assim, realizam uma série de funções: coordenam as atividades corporais,


controlam o crescimento e o desenvolvimento e mantêm a homeostasia. Além disso, o sistema
endócrino intera-se com o sistema nervoso, levando a várias respostas para as alterações nos meios
internos e externos.
As principais glândulas são: hipófise, supra-renais, testículos, ovários, pâncreas, tireoide,
paratireoide, timo e corpo pineal.

26.1 PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO

26.1.1 Hipófise
É uma massa de tecido com cerca de 1 cm de diâmetro, pesando aproximadamente 0,8 g,
no adulto. Consiste em duas divisões básicas: a adeno-hipófise ou glândula hipófise anterior, e a
neuro-hipófise ou glândula hipófise posterior (ligada ao hipotálamo).

Neuro-hipófise:

Funciona na síntese e armazenamento de dois hormônios, a ocitocina e o ADH. A liberação


desses hormônios é controlada pelo hipotálamo.

Hormônio Antidiurético (ADH): Também conhecido como vasopressina. Sua função


principal é reduzir o volume e aumentar a concentração de urina pelo aumento da permeabilidade
dos túbulos coletores e túbulos contornados distais dos rins para água, por isso permitindo que
maiores quantidades de água sejam reabsorvidas dos túbulos para a corrente sanguínea. A
velocidade de liberação do ADH pela neuro-hipófise é regida pela concentração do plasma e do
volume sanguíneo. Assim , quando a perda excessiva da água, aumenta a concentração do plasma,
ocasiona uma transmissão de impulsos nervosos para neuro-hipófise, um aumento na liberação de
ADH e, consequentemente, a conservação da água.
Ocitocina: Sua função primária é influenciar na lactação das mamas para liberar leite.
Inicialmente, a sucção pelo bebê é o estímulo para liberação da ocitocina. Os impulsos da mama são
transmitidas ao hipotálamo que desencadeiam a liberação da ocitocina da neuro-hipófise. A
ocitocina também estimula o útero a se contrair ao tempo do parto.

Adeno-hipófise

Os principais hormônios da adeno-hipófise, com a exceção do hormônio de crescimento,


controlam as atividades de glândulas-alvo específicas: tireoide, córtex supra-renal, ovário, testículo
e glândula mamária.
Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH): Também chamado tireotropina, regula o tamanho
e a função da glândula tireoide, promovendo o crescimento tecidua e a produção e secreção dos
hormônios da tireoide (tireoxina e triidotironina). Os níveis sanguíneos de tireoxina e triiodotironina
são regulados por um mecanismo de feedback negativo, ou seja uma elevação nas concentrações
plasmáticas dos hormônios da tireoide reduz secreção do TSH e vice-versa.
Hormônios Adrenocorticotrópico (ACTH): Também chamada adrenocorticotropina, regula
o crescimento e a função do córtex da supra-renal, ou seja, as regiões que sintetizam e secretam o
cortisol e pequenas quantidades de androgênos. Um mecanismo de feedbeck negativo os níveis
sanguíneos de cortisol.

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Hormônios Gonadotrópicos: São representados pelo Hormônio Folículo Estimulante (FHS)


e pelo hormônio Luteinizante (LH). O FSH estimula o crescimento do folículo ovariano, nas mulheres
e da espermatogênese, nos homens. O LH controla a produção testicular da testosterona e na
mulher, atua sinergicamente com o FSH para promover a maturação do folículo ovariano
desencadeando a ovulação.
Prolactina: Contribui para o desenvolvimento das glândulas mamárias e estimula a síntese
de leite.
Hormônio do Crescimento: Também conhecido como somatotropina, acelera o
crescimento, aumentando o tamanho de todos os órgãos e promovendo o crescimento ósseo antes
do fechamento do disco epifisário. Ele aumenta a formação de proteínas, diminui a utilização de
glicídios e aumenta a mobilização de gordura para a energia de uso.

A adeno-hipófise, produz vários hormônios, alguns controlando a atividade de outras


glândulas endócrinas (tireoide, córtex supra-renal e gônadas).

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Anatomia e Fisiologia Humana

26.1.2 Glândula tireoide

A tireoide humana é composta de dois lobos que se dispõem de cada lado da traquéia e são
conectadas na linha média por um delgado istma, que se estende sobre a superfície anterior da
traquéia. No adulto, a tireoide pesa de 20 a 30 g.
Está sob controle do hormônio hipofisário TSH e, ao secretar os hormônios tiroxina e
triiodotironina, utiliza proteínas e iodo. O TSH promove a captação de iodo em todas as etapas na
síntese e liberação dos hormônios da tireoide. Seguindo suas secreções, T3 (triiodotironina) e o T4
(tireoxina) são transportados no sangue, em sua maioria ligados às proteínas.
Os hormônios tireoidianos promovem o crescimento e a diferenciação, aumentando a
síntese em quase todos os tecidos do corpo. Ou seja, agem em todos os processos metabólicos e
aceleram a queima de hidratos de carbono, proteínas e lipídios.

26.1.3 Glândula paratireoide


São estruturas de forma oval e achatada, com 6 mm de comprimento e 3 a 4 mm de largura,
situadas posteriormente à tireoide, duas do lado direito e duas do lado esquerdo. Sintetizam o
paratormônio cuja função está intimamente relacionada à regulação e a concentração de cálcio nos
líquidos corporais. A secreção do hormônio é controlada por um feedback negativo.
O cálcio executa quatro funções principais: formação óssea, coagulação do sangue,
manutenção da permeabilidade celular normal e manutenção da irritabilidade neuromuscular
normal.

26.1.4 Glândulas supra-renais


Há duas glândulas supra-renais, localizadas superiormente em relação a cada rim. Varia de
peso nos diferentes grupos etários, sendo a média no adulto de cerca de 4 g. Cada glândula supra-
renal possui um córtex, ou porção externa, e uma medula, ou porção interna. O córtex e a medula
são diferentes tanto na origem quanto na função.

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Córtex da supra-renal: Está sob o controle do ACTH hipofisário e suas principais hormônios
são os mineralocorticóides (aldosterona), os glicocorticóides (cortisol ou hidrocortisona) e os
hormônios sexuais (androgênios e poucos estrogênio).

Aldosterona: Regula o equilíbrio de sódio e potássio, principalmente através dos rins;


estimula a reabsorção de sódio nos túbulos renais, provocando menor eliminação de urina.

Cortisona ou hidrocortisona: Atua no metabolismo das proteínas e gorduras, aumenta a


taxa de glicose pelos tecidos e ao aumento da resistência à insulina, e atenua as reações celulares
para rejeição de bactérias e cura de lesões.

Andrógenos (hormônios masculino), estrógeno e progesterona (hormônios femininos):


Atuam de maneira discreta, em conjunto com os hormônios sexuais, no desenvolvimento dos
caracteres secundários.

Medula da supra-renal: Está sob o controle do sistema nervoso simpático, secreta as


catecolaminas ( adrenalina e noradrenalina).

Adrenalina: Estimula a ação cardíaca, aumenta a frequência cardíaca, provoca a dilatação


dos brônquios;

Noradrenalina: Aumenta a pressão sanguínea devido à constrição geral dos vasos


sanguíneos.

Esses dois hormônios são importantes no metabolismo dos hidratos de carbono e aumentam
a taxa de glicose no sangue. Nas emergências, ocorre um aumento imediato desses hormônios
devido à estimulação do simpático.

AULA 27 – PRINCIPAIS GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO

27.1.1 Pâncreas

As ilhotas pancreáticas de Langerhans produzem dois hormônios: a insulina e o glucagon.

Insulina: formada nas células beta das ilhotas e seus efeitos são o aumento na utilização e
diminuição da produção de glicose, além de aumentar a reserva e diminuir a mobilização dos ácidos
graxos e aumentar a formação das proteínas. Para manter a taxa de glicose em níveis normais, o
pâncreas diminui a secreção de insulina quando o nível de glicose no sangue estiver baixo, e vice-
versa.

Glucagon: formado nas células alfa das ilhotas, sua função é aumentar a taxa de glicose no
sangue, por estimular o fígado a liberar glicose para a corrente sanguínea.

27.1.2 Ovários

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126
Anatomia e Fisiologia Humana

Seus principais hormônios são a progesterona e o estrógeno, mas secretam em pequena


quantidade hormônio masculino.

Os estrógenos estimulam o desenvolvimento das mamas, dos órgãos sexuais interno e


externo, aumentam a libido e o fluxo sanguíneo no útero e retêm sódio e água.

Progesterona é secretada pelo corpo amarelo, pelo córtex da supra-renal e pela placenta.
Sua principal função é preparar o organismo para a gestação através de:

 Aumento do endométrio uterino, preparando-o para a nidação do óvulo fecundado


(ovo);
 Diminuição das contrações uterinas, impedindo a expulsão do ovo;
 Desenvolvimento da placenta, órgão responsável pela nutrição do embrião.

27.1.3 Testículos

Seu principal hormônio é a testosterona, que atua no desenvolvimento dos caracteres


sexuais masculinos e na maturação dos espermatozóides.

Esta glândula está sob controle dos hormônios da hipófise FHS e LH e secretam também,
mas em pequena quantidade, o hormônio estrógeno.

27.1.4 Corpo pineal

Encontra-se entre os hemisférios cerebrais; não se conhece o seu hormônio, mas calcula-se
que inibe a precocidade sexual.

27.1.5 Timo

Situa-se no mediastino; regride com o início da maturidade sexual e não se conhece o seu
hormônio. É de função desconhecida, mas calcula-se que interfere no controle do crescimento e da
maturação sexual, na defesa contra as infecções, na formação dos anticorpos e no sistema linfático.

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127
Anatomia e Fisiologia Humana

Hormônios da Glândula Neuro-hipófise


Hormônio Glândula alvo Ação da glândula alvo
Ocitocina Mamas Libera leite.
Útero Aumenta as contrações uterinas durante o parto.
Hormônio Anti-diurético (ADH Túbulos renais Aumenta a reabsorção de água pelos túbulos renais, reduzindo o
ou Vasopressina) volume e aumentando a concentração de urina.
Hormônios da Glândula Adeno-hipófise
Hormônio Glândula alvo Ação da glândula alvo
Hormônio Estimulante da Tireóide Estimula a produção e a secreção dos hormônios da tireóide.
Tireóide (TSH)
Hormônio Córtex da Estimula a produção e secreção do hormônio aldosterona e cortisol.
Adrenocorticotrópico (ACTH) glândula adrenal
(supra-renal)
Hormônios gonadotrópicos: Ovários Estimula o crescimento do folículo ovariano.
Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Testículos Estimula a espermatogênese (produção de espermatozóides).
Hormônios gonadotrópicos: Ovários Estimula a maturação do folículo ovariano e a ovulação.
Hormônio Luteinizante (LH)
Testículos Estimula a produção da testosterona.
Prolactina Mamas Estimula a produção do leite.

Hormônios do Crescimento Todo o organismo Acelera o crescimento, aumentando o tamanho de todos os órgãos e
(Somatotrófico) promovendo o crescimento ósseo (antes do fechamento das epífises).

Glândulas Alvo da Hipófise


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Glândulas Hormônio Ação do Hormônio no Organismo


Alvo
Tireóide T3 (Triiodotironina) e Agem em todos os processos metabólicos.
T4 (Tireoxina)
Córtex- Aldosterona Regula o equilíbrio de sódio e potássio no sangue.
adrenal
Cortisol Atua no metabolismo dos nutrientes.
Ovários Estrogênio e progesterona Controla a ovulação, menstruação, fertilidade e as características sexuais
femininas.

Testículos Testosterona Controla a produção de esperma e as características sexuais masculinas.

Glândulas não estimuladas pela Hipófise


Glândulas Hormônio Ação do Hormônio no Organismo
Medula-adrenal Adrenalina Estimula a ação cardíaca, aumenta a frequência cardíaca e dilata os brônquios.

Pâncreas Insulina Aumenta a utilização de glicose pelas células e diminui a glicose no sangue.

Glucagon Aumenta a taxa de glicose sanguínea, por estimular o fígado a liberar glicose no
sangue.
Paratireóides Paratormônio Mantêm o equilíbrio de cálcio no organismo.

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AULA 28 - SISTEMA REPRODUTOR

É responsável pela perpetuação da espécie. Compreende os órgãos produtores das células


sexuais e as vias condutoras.

Devido às diferenças anatômicas e fisiológicas, serão estudados separadamente.

Corte genital-mediano da pelve masculina e genitália externa.

28.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Os órgãos genitais masculinos são divididos de acordo com suas estruturas anatômicas e
funcionais em órgãos externos (escroto e pênis) e órgãos internos (testículos, epidídimos, ductos
deferentes, vesículas seminais, próstata, glândulas bulbouretrais).

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28.1.1 Órgãos externos:

Escroto: é uma bolsa que se localiza posteriormente ao pênis sustentada pelo púbis. É
dividido por um septo em dois sacos, cada um com um testículo e seu epidídimo.

Pênis: é o órgão
masculino da cópula. É uma
estrutura flácida quando
não estimulada. É composto
de três colunas longitudinais
de tecido erétil (capaz de
aumentar
consideravelmente quando
repleto de sangue)
circundado por tecido
subcutâneo não adiposo e
coberto por pele.
Internamente é constituído
pelos corpos cavernosos
(formam a maior parte do
pênis e localizam-se na
parte dorsal) e pelo corpo
esponjoso (localizado
ventralmente e atravessado pela uretra). Em sua terminação distal, o corpo esponjoso expande-se
subitamente para formar a glande do pênis, sobre a qual fica situada o óstio da uretra. Na porção
mais distal, a pele dobra-se interna e dorsalmente sobre si mesma projetando-se sobre a glande do
pênis e formando o prepúcio.

O fenômeno da ereção ocorre com a estimulação sexual. A estimulação parassimpática


dilatada as artérias que suprem o pênis e uma grande quantidade de sangue sob pressão entra nos
espaços cavernosos do tecido erétil. À medida que esses espaços se enchem, expandem-se e
comprimem as veias que suprem o pênis, retendo assim todo o sangue que entra. Isso faz com que
o pênis se torne rijo e ereto. Os espermatozóides armazenados no epidídimo são lançados no ducto
deferente e, através de contrações peristálticas, são levados em direção à uretra, recebendo nesse
trajeto as secreções produzidas pelas vesículas, próstata e glândulas bulbo-uretrais. Quando as
artérias se contraem, mais sangue sai do pênis do que entra, e o órgão retorna ao seu estado flácido.

Em cada ejaculação é liberado 3 a 4 ml de sêmen. Esse produto possui as seguintes


características: contém 200 a 300 milhões de espermatozóides; possui pH alcalino para neutralizar
a acidez vaginal e (hialuronidase) para dissolver o muco vaginal.

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Prepúcio

Corte através da bexiga, próstata e pênis.

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28.1.2 Órgãos internos

Testículos: são em número de dois; apresentam-se envolvidos pela bolsa escrotal e, após a
puberdade, produzem os espermatozóides e o hormônio testosterona.

Internamente, os testículos são compostos por septos fibrosos dividindo-os em cerca de 250
lóbulos. Cada lóbulo contém de um a três estreitos túbulos enovelados conhecidos com túbulos
seminíferos. As células reprodutoras masculinas são encontradas no interior desses lóbulos em
diferentes estágios de desenvolvimento.

Ductos Eferentes

Esquema de um corte de testículo humano mostrando detalhes de um túbulo seminífero.

A testosterona é hormônio sexual masculino que, em conjunto com outros hormônios da


hipófise e da supra-renal, é responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais
masculinos e também, pela maturação final dos espermatozóides.

- Epidídimo: é a primeira porção do sistema de ductos do testículo. É um canal sinuoso que


se localiza na porção posterior do testículo. É o local de maturação final dos espermatozóides
trazidos pelos ductos dos testículos.

- Ducto deferente: é a continuação do epidídimo e termina no ducto ejaculatório. Denomina-


se canal inguinal o túnel que permite a passagem pela cavidade abdominal do funículo ou cordão
espermático (ducto deferente, artéria e veia testicular, vias linfáticas nervos).

- Vesículas seminais: existem duas vesículas seminais, bolsas membranas que se localizam
posteriormente à bexiga, próximo à base, constituindo cada uma de uma de um único tubo
enovelado sobre si mesmo. As vesículas seminais secretam um líquido espesso, contendo
nutrientes, que estimulam a movimentação dos espermatozóides.
- Ductos ejaculatórios: formados pela junção do ducto das vesículas seminais. Os ductos
ejaculatórios direito e esquerdo desembocam na uretra, localizada no interior da próstata.

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- Próstata: é um corpúsculo cônico do tamanho de uma castanha, que se localiza
inferiormente à bexiga com uma grande parte de sua superfície superior, em contato com a bexiga,
e com seu ápice para baixo. Circunda a primeira porção da uretra e secreta um líquido fino, leitoso,
alcalino que auxilia na manutenção da viabilidade das células espermáticas.

- Glândulas bulbo-uretrais: são duas formações arredondadas, do tamanho aproximado de


uma ervilha, localizadas inferiormente à próstata de cada lado da uretra, onde lançam sua secreção
mucosa.

O jato de esperma pode alcançar cerca de 2,5 metros.

AULA 29 - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Composto por órgãos externos (vulva) e órgãos internos (dois ovários, duas tubas uterinas,
útero e vagina) tem como função secretar o óvulo (célula sexual) e abrigar e fornecer condições
para o desenvolvimento do novo ser vivo.

29.1.1 Órgãos Externos

Vulva: inclui o monte púbico, os lábios menores, os lábios maiores, o clitóris, as glândulas
vestibulares e o hímen.

Monte púbico: é uma elevação constituída principalmente e tecido adiposo e recoberta de


pêlos espessos após a puberdade;

Lábios maiores: são duas pregas arredondadas de tecido adiposo recoberto de pele;

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121
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Lábios menores: são duas pregas de mucosa localizadas medialmente aos lábios maiores;

Vestíbulo da vagina: é uma fenda entre os lábios menores. Situado no interior da fenda
estão o hímen, o óstio (orifício) vaginal, o óstio (orifício) externo da uretra e as aberturas das
glândulas vestibulares (glândulas de Bartholin).

Clitóris: é uma projeção com a forma de uma ervilha, de tecido erétil, com nervos e vasos
sanguíneos que ocupa a porção apical do vestíbulo anteriormente à vagina. É uma estrutura
extremamente sensível, ligada á excitação sexual feminina;

Hímen: é uma delgada prega de membrana mucosa vascularizada que separa a vagina do
vestíbulo;

Períneo: é um conjunto de estruturas (músculos, aponeuroses, vasos, etc.) entre o ânus e a


vagina, na mulher; e entre o ânus e o escroto, no homem.

Períneo feminino com a pele e a fáscia superficial removidas.

29.1.2 Órgãos Internos

Vagina: é o órgão e cópula feminino, sendo um canal tubular de 10 a1 5 cm de comprimento,


estendendo-se do vestíbulo ao útero. A parede da vagina consiste em um revestimento
membranoso interno e uma camada muscular capaz de contração e enorme dilatação.

Útero: é um órgão muscular de parede espessa, suspenso na parte anterior da cavidade


pélvica da bexiga e em frente ao reto. As tubas uterinas penetram na sua extremidade superior de
cada lado. A extremidade inferior (cérvix) projeta-se na vagina. O útero é dividido em duas partes
principais: - Corpo: 2/3 superiores que contém o fundo do útero e os 2 óstios uterinos da tuba
uterina. Tem faces anterior e posterior, sendo separado do colo pelo istmo do útero. – Colo: 1/3
inferior, subdividino em partes vaginal e supravaginal. A porção vaginal circunda o óstio do útero.
O útero é recoberto por uma camada de peritônio e é ligado a ambos os lados da cavidade
pélvica, através de uma camada dupla de peritônio chamada de ligamentos largos.
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A parede do útero consiste em três camadas: perimétrio (revestimento epitelial externo,
representado pelo peritônio), miométrio (camada muscular lisa espessa, média) e endométrio
(camada mucosa interna).

Tubas Uterinas: são dois tubos musculares flexíveis, de aproximadamente 12 cm de


comprimento. Em sua extremidade próxima do ovário (infundíbula) existe uma série de projeções
digitiformes (franjas) denominadas fimbrias. Quando um óvulo é expelido do ovário, as fimbrias
funcionam como tentáculos, trazendo-o para o interior da tuba, onde pode ocorrer a fertilização.
Então, por contrações peristálticas e por movimentos ciliares, a tuba conduz o óvulo para a cavidade
uterina.

Ovários: são duas estruturas ovaladas com cerca de 4 cm de comprimento. Estão localizadas
na porção superior da cavidade pélvica, um de cada lado do útero. Apresentam-se presos aos
ligamentos do útero. Diminutos folículos vesiculares em vários estágios de desenvolvimento estão
presentes no interior de cada ovário. O óvulo desenvolve-se dentro desses folículos. As duas
principais funções dos ovários são o desenvolvimento e a expulsão do óvulo e a elaboração de
hormônios sexuais femininos.

A mulher já nasce com todos os óvulos que irá ovular durante a vida toda.

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Istmo

Órgãos femininos da reprodução. “A”, Útero, vista posterior. “B”, útero, seccionado para
mostrar as estruturas externas. “C”, posição no corpo. “D” e “E“, forma da cérvix antes e depois do
parto. “F”, sagital – mediana direita.

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29.2 MAMA

As mamas são dois órgãos localizados na porção anterior e superior do tórax. Nas mamas
são encontradas glândulas responsáveis pela lactação, portanto, são órgãos intimamente
relacionados com a reprodução. Cada mama é revestida por uma pele lisa e na região central é
possível observar a aréola e a papila.
A aréola possui aspecto circular e coloração diferente do restante da mama. Essa coloração
pode variar durante alguns momentos da vida da mulher, sendo mais escura durante a gravidez, por
exemplo. No centro da aréola é possível observar uma protuberância que recebe o nome de papila.
São nas papilas que desembocam os ductos lactíferos. A mama é formada por tecido epitelial
glandular, tecido conjuntivo e tecido adiposo. O tecido glandular é formado por 15 a 20 lobos,
constituído por um conjunto de lóbulos, que por sua vez é um conjunto de ácinos. O leite é
produzido nos ácinos e é captado em cada lobo pelos ductos lactíferos, que se desembocam na
papila.
As mamas possuem tamanhos variáveis e estão relacionadas também à fase de vida da
mulher; uma vez que são pequenas na infância e se tornam maiores na puberdade, em razão da
ação dos hormônios femininos.
Durante a gestação as mamas podem aumentar de tamanho e, após o parto, podem atingir
até o dobro do tamanho antes da gestação. É importante lembrar que na mesma mulher as mamas
podem ter tamanho desigual.

Mulheres jovens possuem mamas mais firmes que mulheres após a menopausa. Isso
acontece em virtude da atrofia das glândulas mamárias.

Quando a mulher amamenta ,a sucção do bebe na mama estimula a produção de prolactina


que aumenta a produção de leite e também faz reduzir o tamanho do útero que aumentou durante
a gravidez.

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AULA 30 - FISIOLOGIA DA OVULAÇÃO E MENSTRUAÇÃO

A mulher, ao nascer, possui nos seus dois ovários mais ou menos 400.000 folículos, mas
somente 300 a 400 deles irão amadurecer desde a menarca (1ª menstruação) até a menopausa
(última menstruação).
A partir da puberdade (11 a 13 anos), a cada mês um folículo (óvulo imaturo) de um dos
ovários se transforma em uma bolha cheia de líquido (folículo de Graff) que migra para a superfície
do ovário. Esse folículo produz grande quantidade de hormônio estrógeno, que estimula a hipófise
a secretar o hormônio luteinizante que acelera a maturação final do folículo. O folículo maduro se
rompe, expulsando o óvulo para a cavidade abdominal (ovulação). Esse período dura
aproximadamente 14 dias, no ciclo menstrual de 28 dias, e é denominado fase proliferativa ou
estrogênica (1ª fase).
Na 2ª fase, fase proliferativa, o estrogênio promove um espessamento do endométrio,
devido ao crescimento dos vasos sanguíneos.
As células do folículo rompido passam a apresentar uma coloração amarelada e, por isso,
são chamadas de corpo amarelo ou lúteo.
O corpo lúteo secreta principalmente os hormônios estrógeno e progesterona, sob o
controle do hormônio luteotrófico secretado pela hipófise. Devido principalmente à estimulação da
progesterona, a mucosa uterina tornar-se mais solta, aumenta a irrigação sanguínea e o
armazenamento de nutrientes. Esta fase é denominada secretora ou progestacional, e sua duração
não varia de acordo com o ciclo menstrual (geralmente 14 dias).
Na ovulação, o óvulo, lançado na cavidade abdominal, é captado pelas fímbrias e levado,
através dos movimentos peristálticos e ciliares, da tuba uterina para o útero. Se não ocorrer a
fecundação, o corpo amarelo regride, deixando uma cicatriz no ovário, inicia-se a fase de
descamação do endométrio com a eliminação sanguínea através da vagina. Esse fenômeno é
conhecido como menstruação e dura de três a seis dias.
Reinicia-se o ciclo com o início da maturação do óvulo de outro ovário, sendo normalmente
de 28 a 30 dias o intervalo entre uma menstruação e outra.

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“A”, processo fisiológico do ovário, e do útero, mostrando a ovulação, o transporte do ovo e


a implantação
“B”. Modificações cíclicas do endométrio uterino.

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30.2 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

30.2.1 CAPÍTULO I- DEFINIÇÕES GERAIS E PLANOS ANATÔMICOS

Descreva a posição anatômica.


Escolha dois termos de comparação e explique.
Explique o plano de secção frontal.
Explique os termos proximal e distal.
Diferencie os termos superficial e profundo.
Esquematize a divisão do corpo humano.
Quais a semelhanças e diferenças entre os planos sagital e mediano?
Caracterize os planos frontal e transversal.

30.2.2 CAPÍTULO II E III- CÉLULAS E TECIDOS


Qual a importância do núcleo para a célula?
Qual é a constituição básica do corpo humano?
Cite os componentes de uma célula.
Qual a composição dos tecidos e dos órgãos?
O que é um sistema?
Especifique a função da membrana celular.
O que é o citoplasma celular e qual sua composição?
Cite as funções das seguintes organelas: retículo endoplasmático, ribossomos, aparelho de golgi,
mitocôndrias, lisossomas e centríolos.
Diferencie transporte ativo e transporte passivo.
Conceitue difusão e osmose.
O que é metabolismo energético?
O que é substância intercelular e qual a sua composição?
Cite as quatro categorias principais de tecidos.
Descreva a função e a principal característica do tecido epitelial.
Caracterize a classificação do tecido epitelial de acordo com o formato das células.
Cite as diferentes nomenclaturas que o tecido epitelial pode receber, de acordo com o número de
camadas.
Descreva a função e a principal característica do tecido conjuntivo.
Especifique os tipos de fibras encontradas na substância intercelular (matriz).
Qual é a função do tecido adiposo?
Descreva os três tipos de cartilagem e dê exemplos.
Quais os dois tipos de tecido ósseo.
Cite a função do tecido hematopoiético, os dois tipos de tecidos existentes e onde se localizam.
Em relação aos três tipos de músculos, caracterize: sua composição, sua localização e o tipo de ação
nervosa que eles possuem.

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30.2.3 CAPÍTULO IV- SISTEMA TEGUMENTAR

Cite as funções da pele.


Quais são as 2 camadas principais da pele?
Caracterize a epiderme e a derme.
Cite as camadas que formam a epiderme.
Quais as funções do tecido subcutâneo?
O que é o folículo do pêlo?
Onde as glândulas sebáceas são encontradas em maior abundância no nosso corpo?
Como a pele age na sua função de proteção?
De que forma a pele participa do equilíbrio térmico do corpo?
Como a pele atua em relação ao metabolismo de gorduras.
Qual a composição da epiderme e sua principal característica.
Diferencie estrato córneo e estrato germinativo.
Descreva a localização e a composição da derme.
Qual a função da hipoderme.
Especifique a função do sebo.
Descreva a composição do suor.
Relate os fatores que determinam a quantidade de suor a ser eliminada pela pele.

30.2.4 CAPÍTULO V- SISTEMA ESQUELÉTICO

Conceitue osso e cartilagem.


Cite 3 funções do sistema esquelético.
Como se divide o esqueleto? O que encontramos em cada parte?
Defina osso pneumático. Dê um exemplo.
Defina osso plano. Dê um exemplo.
Defina osso curto. Dê um exemplo.
Defina osso longo. Dê um exemplo.
O que são ossos sesamóides?
Explique a estrutura dos ossos longos.
Conceitue periósteo e endósteo.
Cite os ossos pares do crânio e ímpares da face.
Qual o único osso móvel da cabeça?
Quantos ossos encontramos no tórax humano?
Explique como classificamos as costelas. Qual o número de costelas em cada parte?
Cite as divisões da coluna vertebral e quantas vértebras encontramos em cada uma delas.
Cite 3 funções da coluna vertebral.
Cite as funções do esqueleto.
Caracterize e localize o tecido ósseo compacto e tecido ósseo esponjoso.
Localize as epífises e a diáfise nos ossos longos.
Qual a diferença entre ossos longos e ossos curtos?
Dê exemplos de ossos planos e ossos irregulares.
Localize o periósteo e o endósteo.
Qual a função do endósteo.
O que é hematopoiese e qual estrutura anatômica é capaz de realiza-la.
Onde encontramos a medula óssea amarela e a medula óssea vermelha.
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Por que a medula óssea amarela é considerada inativa?
Qual a importância anatômica do osso esfenóide?
Quantos e quais são os ossos cranianos?
Quantos e quais são os ossos faciais?
Quais ossos formam o tórax, nas suas faces anterior e posterior.
Localize as partes do osso esterno.
Quantos são os pares das costelas verdadeiras, falsas e flutuantes e porque elas são assim
denominadas.
Numere as vértebras de acordo com suas regiões.
Denomine os ossos que formam a pelve.
O que é a patela, onde está localizada e qual sua função?
Conceitue articulação.
Classifique as articulações de acordo com o grau de mobilidade e dê exemplos.
Quais as estruturas encontradas nas articulações móveis.
Qual a função do líquido sinovial?
O que é o menisco e qual sua função?

30.2.5 CAPÍTULO VI- SISTEMA NERVOSO

Descreva a divisão do sistema nervoso central e periférico baseado em critérios anatômicos e


funcionais.
Explique suscintamente o sistema nervoso somático e o visceral.
Quais são os 02 tipos celulares encontrados no tecido nervoso?
O que são neurônios? Explique suas partes.
Cite os 3 tipos de neurônios que compõem o sistema nervoso.
Cite as 3 funções básicas do sistema nervoso.
Como os neurônios são classificados quanto a seus prolongamentos?
O que são sinapses? Como ocorre a comunicação entre neurônios?
O são nervos?
Qual o limite superior e inferior da medula espinnal?
Explique como a substância cinzenta e a branca estão organizadas na medula espinhal.
Qual estrutura da medula espinhal está relacionada com a função motora? E com a função sensitiva?
Como os nervos espinhais estão distribuídos na coluna vertebral?
Cite e explique as 3 camadas que envolvem a medula espinhal.
Quais estruturas anatômicas formam o tronco encefálico?
Onde é considerado o ponto de divisão entre a medula espinhal e o bulbo?
Por que o bulbo é chamado de centro vital?
Qual vaso sanguíneo encontramos na face anterior da ponte?
Cite uma função importante da ponte.
Quais as funções do tálamo?
Cite 5 funções do hipotálamo.
Qual estrutura separa os hemisférios cerebrais?
Em que vista anatômica observamos, respectivamente, o giro do cíngulo e o giro pós-central?
Cite os sulcos e os giros encontrados na face medial do lobo occipital.
Cite os giros encontrados na face inferior do encéfalo.
Explique a anatomia da região denominada rinencéfalo.
Defina as fibras de projeção e cite-as.

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Defina as fibras de associação intra-hemisféricas. Cite dois exemplos.
Defina as fibras de associação inter-hemisféricas.
Descreva a anatomia do núcleo caudado.
Cite as duas estruturas que formam o núcleo lentiforme.
Cite 4 núcleos da base.
A cápsula interna está localizada entre quais estruturas?
Qual estrutura de substância branca encontramos entre o núcleo lentiforme e o cláustro?
Qual estrutura anatômica está localizada entre o globo pálido e o tálamo?
Onde encontramos o corpo amigdalóide?
Cite os quatro sistemas de proteção do sistema nervoso central.
Cite as menínges e os espaços entre elas.
Caracterize a dura-máter.
Cite as pregas da dura-máter.
Cite 3 cisternas subaracnóideas.
O que são granulações aracnóides?
O que é líquor?
Explique a formação e o trajeto do líquor no sistema nervoso central.
Onde o líquor é reabsorvido?
Quais são os dois sistemas arteriais que originam o polígono de willis?
Cite 2 artérias que se originam da artéria carótida interna.
Qual a importância do polígono de willis?
Explique com suas palavras o polígono de willis.
Explique o sistema venoso do encéfalo.
Cite as 3 camadas que envolvem os nervos periféricos.
Explique o que são nervos cranianos sensitivos e motores. Cite 2 exemplos de cada.
Explique o trajeto do nervo óptico do olho ao sulco calcarino.
Escolha um par de nervo craniano misto (sensitivo e motor) e explique sua origem, seu trajeto, suas
estruturas alvo e suas funções.
Cite 3 nervos motores do olho.
Cite as 3 ramificações do nervo trigêmeo e que região da face cada uma inerva.
Cite 4 músculos inervados pelo nervo facial.
Descreva a anatomia do nervo vestibulococlear.
Cite 3 nervos cranianos motores puros.
Cite os nervos cranianos que passam pelo forame jugular.
Qual nervo craniano é responsável pela inervação motora da língua?
Cite o nervo craniano responsável pela inervação dos músculos mastigatórios.
Quais estruturas são inervadas pelo nervo vago?
Cite 2 músculos inervados pelo nervo acessório.
Qual nervo craniano é responsável pela sensibilidade da face e de parte do crânio?
Quantos nervos espinhais possui um ser humano? Como estão distribuídos na coluna vertebral?
Como se forma um nervo espinhal?
O que é o gânglio espinhal?
Como é chamado o primeiro ramo dorsal cervical?
Explique a formação do nervo occipital maior.
Cite 3 músculos inervados pelos ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores.
Diferencie a parte profunda da parte superficial do plexo cervical.
Cite 3 músculos que são inervados por nervos oriundos da alça cervical.
Quais os níveis medulares do nervo frênico? Qual músculo ele inerva?
Qual região é inervada pelo nervo auricular magno?
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Anatomia e Fisiologia Humana
Qual região é inervada pelo nervo occipital menor?
Cite os 3 nervos superficiais descendentes do plexo cervical.
Explique como se formam os troncos superior, médio e inferior do plexo braquial.
Explique como se formam os fascículos lateral, medial e posterior do plexo braquial.
Cite 5 nervos supra-claviculares do plexo braquial.
Qual nervo inerva o levantador da escápula e o rombóide?
Cite o nervo que inerva o músculo serrátil anterior.
Cite os nervos que inervam os músculos do manguito rotador.
Cite 5 nervos infra-claviculares.
Qual músculo é inervado pelo nervo toracodorsal?
Um dos ramos do plexo braquial inerva o músculo da loja posterior do braço. Cite o nervo e o nome
do músculo.
Cite 2 nervos que se originam do fascículo lateral.
Cite os ramos terminais do fascículo medial do plexo braquial.
Quais músculos são inervados pelo nervo axilar?
Qual é o nervo motor da região anterior do antebraço?
Qual é o nervo motor da região posterior do antebraço?
Qual é o nervo sensitivo da região antero-lateral e lateral do antebraço?
Qual é o nervo motor da região anterior do braço?
Qual é o nervo motor da região posterior do braço?
O nervo mediano se origina de quais ramos do plexo braquial?
Em quais níveis medulares se originam, respectivamente, os nervos: mediano, radial, ulnar, músculo
cutâneo e axilar?
Explique a anatomia de um nervo torácico.
Quais raízes formam o plexo lombar?
Cite 2 nervos que se originam da raiz de L1.
Cite três nervos do plexo lombar.
Cite quais nervos se originam das raízes de L2, L3 e L4.
Quais raízes dão origem ao tronco lombo sacral?
Cite 2 músculos inervados pelo nervo glúteo superior.
Em quais níveis medulares se originam, respectivamente, os nervos: tibial, fibular, femoral,
obturatório e glúteo superior?
Qual é o nervo motor da região anterior da coxa?
Qual é o nervo motor da região posterior da coxa?
Quais são os ramos terminais do nervo isquiático?
Cite as raízes espinhais do nervo tibial.
Qual é o principal nervo motor da região medial da coxa?
Qual nervo inerva a região posterior da perna?
Qual nervo inerva a região posterior da perna?
Qual nervo inerva a região lateral da perna?
Qual o nervo sensitivo da planta do pé?
A perda de força da região dorso-flexora do pé é decorrente da lesão de qual nervo? Explique o
plexo coccígeo.
Esquematize a divisão do sistema nervoso.
Conceitue axônios e dendritos.
Diferencie fibras sensitivas e fibras motoras.
O que é arco-reflexo?
Defina sinapses.
Descreva a composição da substância branca e da substância cinzenta.
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132
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Qual o nome da estrutura que comunica os hemisférios cerebrais direito e esquerdo?
Cite a localização e a função do tálamo.
Onde está localizado o hipotálamo e qual sua função?
Onde se localiza a hipófise?
Qual a importância do bulbo?
O que são ventrículos cerebrais?
Descreva a composição e a função do líquor.
Denomine as meninges e os respectivos espaços entre elas.
O que é um nervo?
Quantos são e onde são originados os nervos espinhais?
Conceitue cauda equina.
Quantos são e onde são originados os nervos cranianos?
Diferencie as terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas, de acordo com a substância que
liberam.

30.2.6 CAPÍTULO VII- MUSCULAR

Conceitue músculos.
Qual a função dos músculos?
Defina músculos superficiais.
Diferencie músculos longos, curtos e largos.
Cite e caracterize os tipos de músculos.
Qual a diferença entre ventre muscular e tendão?
O que é aponeurose?
Explique: contração concêntrica e excêntrica. Qual a principal diferença, desses dois tipos de
contrações, da isométrica?
Cite dois músculos do couro cabeludo.
Cite os 3 músculos do nariz.
Cite os 3 músculos da orelha.
Cite 5 músculos da boca.
Cite dois componentes do tecido conjuntivo.
Cite os músculos mastigatórios.
Cite 2 músculos que realizam oclusão da mandíbula.
Qual dos músculos supra-hióideos se insere no processo mastóide?
Cite 3 músculos que elevam o osso hióide.
Cite os 4 músculos infra-hióideos.
Cite 4 músculos que se inserem no osso temporal.
Qual a função completa do esternocleidomastóideo?
Cite 4 músculos que realizam a extensão da coluna cervical.
Cite três músculos flexores de pescoço.
Cite 3 músculos que se inserem no osso occipital.
Cite os músculos da região ântero-lateral do pescoço.
Cite 4 músculos que inclinam lateralmente a coluna cervical.
Cite os músculos da região pré-vertebral.
Cite 5 músculo que elevam as costelas.
Cite os músculos da região ântero-lateral do tórax.
Cite 4 músculos inspiratórios.
Cite 3 músculos expiratórios.

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133
Anatomia e Fisiologia Humana
Cite dois músculos que se inserem na primeira costela.
Cite três músculos que se inserem na clavícula.
Qual a origem e inserção do músculo peitoral maior?
Qual a função do serrátil anterior?
Cite 3 músculos que se inserem no processo coracóide.
Cite 4 músculos que aumentam a pressão intra-abdominal.
Cite os músculos da região antero-lateral do abdome.
Onde encontramos o músculo digástrico?
Cite 4 músculos que se inserem na linha alba.
Quais músculos abdominais tem inserção na aponeurose abdominal?
Qual músculo abdominal tem papel fundamental na estabilização da coluna lombar?
Qual a principal função do iliopsoas? Dê sua origem e inserção completa.
Qual nervo inerva o diafragma? Qual seu nível medular?
Cite 3 estruturas que cruzam pelo diafragma.
Qual a função dos músculos trapézio e latíssimo do dorso?
Cite dois músculos inervados pelo nervo acessório.
Cite 2 músculos que se inserem na borda medial da escápula.
Cite 3 músculos extensores da coluna vertebral.
Relacione as funções dos músculos esternocleidomastóide e trapézio em relação ao agonismo e
antagonismo dos mesmos.
Cite os músculos do triângulo suboccipital.
Cite um agonista e um antagonista dos seguintes músculos: rombóide e peitoral maior.
Cite 6 músculos que se inserem na escápula.
Cite 3 músculos que se inserem no processo coracóide da escápula.
Cite 2 músculos adutores de escápula.
Cite dois músculos inervados pelo nervo axilar.
Cite dos músculos do ombro: 2 abdutores, 2 adutores e 2 rotadores laterais.
Cite 2 músculos elevadores e 1 depressor do ombro.
Cite os músculos do manguito rotador e dê suas ações.
Cite os músculos da região anterior do braço.
Cite 4 músculos que se inserem no úmero.
Cite dois músculos que se inserem no tubérculo maior do úmero.
Cite 2 rotadores mediais do braço.
Cite os músculos que se inserem no tubérculo maior do úmero.
Cite dois músculos inervados pelo nervo musculocutâneo.
Cite os músculos da região anterior do braço que fazem flexão de cotovelo.
Cite 3 músculos que se inserem no epicôndilo lateral e 3 que se inserem no epicôndilo medial.
Cite o principal extensor do cotovelo.
Cite o músculo do braço que não apresenta nenhuma inserção no úmero.
Cite os músculos da região lateral do antebraço.
Cite os 4 músculos profundos da região posterior do antebraço.
Cite 2 flexores do cotovelo.
Cite dois músculos supinadores e dois pronadores de antebraço.
Cite 4 flexores de punho.
Cite 3 extensores de punho.
Cite 4 músculos que se inserem nos ossos do carpo.
Cite 3 flexores e 3 extensores do punho respectivamente.
Cite 2 músculos que realizam adução e abdução da mão.
Cite 5 músculos inervados pelo nervo ulnar.
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134
Anatomia e Fisiologia Humana
Cite 2 músculos que fazem flexão da mão e dos dedos ao mesmo tempo.
Quais músculos da região anterior do antebraço não são inervados pelo nervo mediano?
Cite 2 músculos que se inserem no osso pisiforme.
Cite 2 músculos que se inserem no osso hamato.
Cite os músculos da região hipotenar.
Cite os músculos da região tenar.
Cite 4 músculos que se inserem na crista ilíaca.
Cite 2 músculos que se inserem na espinha ilíaca ântero-superior.
Cite 2 músculos que se inserem na tuberosidade isquiática.
Cite 2 músculos que fazem flexão de quadril.
Cite 2 músculos que realizam abdução de quadril.
Cite 2 músculos que realizam rotação medial de quadril.
Cite o principal flexor do quadril.
Cite 3 músculos inervados pelo nervo glúteo superior.
Cite 5 músculos rotadores laterais do quadril.
Cite o principal extensor do quadril.
Cite três extensores de quadril.
Cite 2 músculos que se inserem no trocânter maior do fêmur.
Cite 5 músculos que se inserem na diáfise do fêmur.
Cite 3 músculos inseridos no côndilo lateral do fêmur.
Cite 3 adutores da coxa.
Cite o principal extensor do joelho.
Cite 4 flexores do joelho.
Quais músculos formam o tríceps sural?
Cite dois músculos inervados pelo nervo fibular profundo.
Cite os músculos da região anterior da perna.
Cite os músculos profundos da região posterior da perna.
Cite 3 dorsi-flexores e 3 planti-flexores do tornozelo.
Cite 2 músculos resposnáveis pelo movimento de inversão do tornozelo.
Cite os músculos da região plantar lateral e medial do pé.

30.2.7 CAPÍTULO VIII- SISTEMA DOS ÓRGÃOS SENSITIVOS


Quantos e quais são órgãos dos sentidos?
Qual a principal função dos órgãos dos sentidos?
Descreva os três elementos nervosos dos órgãos dos sentidos.
Descreva as camadas internas do olho e suas respectivas funções
Diferencie miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Cite as estruturas da orelha e seus respectivos componentes.
Onde localizam-se os receptores para o cheiro?
Quais os tipos de papilas gustativas?

30.2.8 CAPÍTULO IX- SISTEMA CIRCULATÓRIO

Explique as circulações pulmonar e sistêmica.


Onde termina a circulação pulmonar?
Quais cavidades cardíacas estão relacionadas com a circulação sistêmica?
Quais cavidades cardíacas estão relacionadas com a circulação pulmonar?
Cite duas funções do sangue.
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135
Anatomia e Fisiologia Humana
Qual a constituição do sangue?
Diferencie glóbulos vermelhos e brancos.
Cite os ramos terminais da artéria aorta.
O que são plaquetas?
Explique a posição correta do coração.
Quais os limites do coração?
Qual o nome da camada serosa que envolve o coração formando um saco?
Quais são as camadas da parede cardíaca? EXplique-as.
Qual das camadas cardíacas é a mais calibrosa?
Descreva a configuração interna do coração.
Em qual das cavidades do coração encontramos o ósteo do seio coronário?
Qual a função das válvulas (valvas) mitral e tricúspide? E das semilunares aórtica e pulmonar?
O ósteo atrioventricular esquerdo possui qual válvula? E o direito?
Qual válvula encontramos na saída do ventrículo direito?
Qual válvula encontramos no ósteo atrioventrícular direito?
Qual válvula encontramos no ósteo atrioventricular esquerdo?
Qual válvula encontramos na saída do ventrículo esquerdo?
Explique a estrutura anatômica das válvulas atrioventriculares?
O que é sistole? E diástole?
Durante a sístole cardíaca, quais as válvulas que abrem e quais se fecham, respectivamente?
Cite as subdivisões das artérias coronárias direita e esquerda.
Explique o feixe elétrico do coração.
Onde está localizada a estrutura conhecida por "marcapasso cardíaco"?
Cite 3 diferenças entre a circulação arterial e a venosa.
Cite e explique as 3 túnicas que formam a parede dos vasos sanguíneos.
Qual a diferença entre as artérias e as veias?
O que é uma anastomose? Cite um exemplo.
Qual a diferença entre hematose e difusão?
Qual o(s) vaso(s) leva sangue para aos alvéolos para que seja realizada a hematose? Qual o(s) vaso(s)
leva o sangue de volta ao coração?
Cite os ramos da curva da aorta e para onde levam sangue.
Quais artérias são responsáveis pela irrigação do coração? Como se dividem?
Quais os dois primeiros ramos da artéria aorta?
Cite os vasos que levam sangue arterial para o cérebro.
Explique o polígono de Willis.
Cite os vasos que encontramos da artéria subclávia esquerda até a mão esquerda.
Cite os ramos terminais da artéria braquial.
Quais vasos se originam do tronco celíaco? Para onde esses levam sangue?
Explique a irrigação sanguinea dos intestinos.
Quais são os ramos terminais da artéria aorta?
Cite os vasos que encontramos entre a artéria ilíaca externa esquerda até o pé esquerdo.
Quais vasos levam o sangue dos pulmões ao coração?
Cite os vasos que levam sangue para o átrio esquerdo.
Cite os vasos que levam sangue para o átrio direito.
Cite os vasos que formam a veia cava superior e inferior.
O que é o seio coronário?
Quais veias drenam o sangue da cabeça? Para quais veias levam o sangue venoso?
Cite 2 seios pares e 2 seios ímpares do crânio.
Explique disposição venosa do sistema de ázigos.
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136
Anatomia e Fisiologia Humana
No abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais
para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta. Explique-o.
Cite as veias superficiais dos membros superiores e inferiores e para onde as mesmas drenam seu
sangue.
Cite os vasos que formam a veia ilíaca comum direita.
Cite os vasos que dão origem a vaia cava inferior.
Cite uma artéria do corpo humano que transporta sangue venoso.
Cite os vasos que saem das cavidades ejetoras de sangue do coração.
Esquematize a constituição do sangue.
Descreva as proteínas do plasma e suas respectivas funções.
Onde encontramos a hemoglobina, como ela é formada e qual sua função?
Onde são formados os eritrócitos, quanto tempo vivem, onde são destruídos e qual a sua função?
Descreva os leucócitos granulócitos e os leucócitos agranulócitos e sua função geral.
Onde são formadas as plaquetas, que outro nome recebem e qual sua função no sangue?
Cite os três mecanismos envolvidos na hemostasia.
Esquematize os mecanismos da coagulação sangüínea.
Quais os dois fatores inibidores da coagulação sangüínea e como agem?
Esquematize os grupos sanguíneos, de acordo com aglutinogênios e aglutininas nos sistemas ABO e
RH.
Explique o mecanismo da eritroblastose fetal e como ele pode ser evitado.
Enumere as camadas do coração.
Quais as câmaras receptoras e bombeadoras do coração?
Qual dos dois ventrículos tem as suas paredes mais espessas e porque?
Cite as valvas cardíacas e sua localização.
Caracterize o ciclo cardíaco.
Como é feito o controle nervoso do coração?
Quais íons interferem na função cardíaca e como atuam?
Descreva a localização dos nódulos sinusal e atrioventricular.
Como o nódulo sinusal é conhecido e por que?
Descreva o circuito pulmonar e o circuito sistêmico.
Quantas e quais são as paredes das veias? E das artérias?
Em relação ao número de paredes, qual a diferença entre veias e artérias?
Como é feito o controle nervoso dos vasos sanguíneos?

30.2.9 CAPÍTULO X- SISTEMA LINFÁTICO


Cite as estruturas que pertencem ao sistema linfático.
Qual a função do sistema linfático?
O que é linfa?
Qual a composição da linfa?
Quais estruturas adjacentes são responsáveis pela movimentação da linfa no sistema linfático?
Explique o significado científico do termo conhecido como "íngua"?
Explique a diferença entre a circulação linfática e a sanguínea.
Cite as regiões drenadas pelo ducto linfático direito e pelo ducto torácico.
Como o sistema linfático atua contra micro-organismos que invadem o corpo humano? Explique a
localização do baço.
Cite algumas funções do baço.
O que são linfonódos?
Quais tipos de células são armazenados nos linfonódos? Qual a função dessas células?

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137
Anatomia e Fisiologia Humana
Qual a função dos macrófagos?
Quais são os dois tipos principais de linfócitos? Explique-os.
Onde estão localizadas as tonsilas palatinas e a faríngea?
Explique a anatomia do timo.
Por que o timo é considerado um órgão linfático?
Qual a definição de sistema linfático?
Cite as três funções do sistema linfático.
Em que local originam-se os capilares linfáticos?
Enumere os componentes do sistema linfático.
Qual a função do ducto linfático direito e do ducto torácico?
De que forma os linfonodos atuam como barreiras contra os processos infecciosos.
Quais os órgãos relacionados com o sistema linfático e qual sua função?
Enumere os três tipos de tonsilas e qual sua localização no organismo.

30.2.10 CAPÍTULO XI- SISTEMA RESPIRATÓRIO


Qual a função do sistema respiratório?
Cite as estruturas pertencentes ao trato respiratório superior.
Quais são os orifícios anteriores e posteriores localizados nas cavidades nasais?
Quais estruturas são encontradas nas paredes laterais da cavidade nasal?
Quais ossos formam o nariz?
Cite os 4 seios paranasais.
Quais são as subdivisões da faringe? Cite os limites e as estruturas de cada parte.
Quais as funções da laringe?
Quais são as cartilagens pares da laringe? E as ímpares?
Qual a função da epiglote?
Quais estruturas da laringe são responsáveis pela produção do som? Explique sua anatomia.
Descreva anatomicamente a traquéia.
Como é chamado o ponto de divisão da traquéia?
O que são alvéolos? Qual a importância dessa estrutura?
Quais estruturas formam o ácino?
Cite o trajeto do ar do meio externo aos pulmões.
Cite os lobos pulmonares e as suas respectivas fissuras.
Cite as divisões dos brônquios lobares do pulmão direito.
Cite as divisões do brônquio lobar inferior esquerdo.
Cite os segmentos pulmonares do lobo inferior do pulmão direito.
Cite os segmentos pulmonares do lobo superior do pulmão esquerdo.
Cite as faces dos pulmões.
Qual a diferença entre o pulmão esquerdo e o direito?
Qual o peso e a altura média dos pulmões?
Como se chama a membrana que reveste os pulmões?
O que são pleuras? Como se dividem? Qual o nome do espaço existente entre as mesmas?
Qual o nome da membrana serosa que está aderida à parede costal?
Quais as estruturas encontradas no hilo pulmonar? Qual a diferença entre o hilo pulmonar direito e
esquerdo?
1. Descreva os três processos fisiológicos que ocorrem com o ar na cavidade nasal e que tipo de
estrutura anatômica é responsável por cada um deles.
2. Qual a divisão da faringe e qual a localização de cada uma de suas partes?
3. O que é o “Pomo de Adão”?

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138
Anatomia e Fisiologia Humana
4. Qual a função da epiglote e onde ela está localizada?
5. Onde estão localizadas as cordas vocais e o que é a glote?
6. Quais as funções da laringe?
7. Cite as características e as funções da traquéia.
8. Esquematize a árvore respiratória desde os brônquios até os alvéolos.
10. Descreva as divisões dos pulmões direito e esquerdo.
11. Cite a localização das pleuras parietal e visceral.
12. O que é surfactante e qual sua função?
13. Qual a diferença entre taquipnéia e hiperpnéia?
14. Diferencie a dificuldade respiratória e a respiração normal.
15. Defina: ortopnéia, apnéia, bradipnéia

30.2.11 CAPÍTULO XII- SISTEMA DISGESTÓRIO


Quais estruturas fazem parte do sistema digestório? Quais são os órgãos acessórrios?
Quais as funções do trato digestório?
O processo de ingestão ocorre com a entrada do alimento em qual estrutura?
Explique o processo de deglutição.
Cite os limites da boca.
Como chama-se a parte mole do teto da boca?
Diferencie a arcada dentária de uma criança e de um adulto.
Cite o nome dos dentes encontrados na arcada dentária adulta.
Cite duas funções da língua.
Explique como ocorre a deglutição.
Qual estrutura anatômica pertence tanto ao sistema respiratório quanto ao sistema digestório?
Quais são as 3 porções do esôfago?
Quais são os limites do estômago?
Cite as partes do estômago.
Cite a estrutura anatômica localizada entre o esôfago e o estômago.
Cite as válvulas existentes no estômago. Quais suas funções?
Quais as funções do estômago?
Qual estrutura liga a faringe ao estômago?
Qual a importância do intestino delgado?
Cite as divisões do intestino delgado.
Qual a porção mais importante do duodeno? Por que?
Quais as diferenças anatômicas entre o intestino grosso e o delgado?
Cite as partes do intestino grosso.
Qual a diferença entre o esfincter anal interno e externo?
Quais as funções do intestino grosso?
De qual estrutura é originado o apêndice vermiforme?
Qual válvula separa o intestino delgado do grosso?
O que é peristaltismo? Explique.
O que é peritônio?
Cite as glândulas salivares maiores.
Explique a localização do fígado.
Cite as principais funções do fígado.
Explique o trajeto da bile da vesícula biliar até o duodeno.
Cite 3 funções do pâncreas.
Quais as funções da língüa, relacionadas como sistema digestório?

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Anatomia e Fisiologia Humana
Esquematize a composição dos dentes.
Diferencie dentição temporária e dentição permanente.
Cite as funções da faringe.
O que é peristaltismo?
Qual a função do estômago?
Diferencie ácido clorídrico e muco gástrico.
Cite as três partes do intestino delgado.
Diferencie ducto colédoco e canal pancreático ou de Wirsung.
O que são microvilosidades e qual é a sua função?
Cite as três partes do intestino grosso.
Em qual das três porções do intestino grosso está o apêndice vermiforme?
Quais são as partes do cólon?
Diferencie esfincter anal interno e anal externo.
Enumere as funções do intestino grosso.
Quais são as glândulas anexas do sistema digestório?
Cite a localização das glândulas salivares.
Descreva a função do fígado, relacionada ao sistema digestório.
53- Das fases do alimento no sistema digestório, qual é realizada nos intestinos?
a Mastigação
b Deglutição
c Defecação
d Absorção
e Ingestão

54- Qual a flexura localiza-se entre o colo transverso e o colo descendente?


a Flexura hepática
b Flexura renal
c Flexura esplênica
d Flexura cárdia
e Nenhuma das anteriores

55- Qual o trajeto correto do alimento no sistema digestório?

a Boca – orofaringe – laringofaringe - esôfago – estômago – intestino delgado – intestino


grosso – reto - ânus

b Boca – orofaringe – laringofaringe – esôfago – estômago – intestino grosso - intestino


delgado – reto – ânus

c Boca – laringe – laringofaringe – esôfago – estômago – intestino delgado – intestino


grosso – reto – ânus

d Boca – orofaringe – laringofaringe – laringe – esôfago – estômago – intestino delgado –


intestino grosso – reto – ânus

e Boca – laringe – laringofaringe – orofaringe – esôfago – estômago – intestino delgado –


intestino grosso – reto – ânus
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140
Anatomia e Fisiologia Humana

56- Qual esfíncter impede que o alimento retorne para o esôfago?


a Válvula cárdia
b Válvula iliocecal
c Válvula pilórica
d Esfincter anal
e Nenhuma das anteriores

57- O ducto colédoco e o ducto pancreático drenam os seus produtos para qual porção do
duodeno?
Porção ascendente
Porção descendente
Porção horizontal
Porção superior
Nenhuma das anteriores

58- Qual das alternativas abaixo corresponde ao conceito de deglutição?


a Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.
Processo realizado pelos intestinos.
Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago
Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e químico
Introdução do alimento no estômago

59- Qual a flexura localiza-se entre o colo ascendente e o colo transverso?


Flexura hepática
Flexura renal
Flexura esplênica
Flexura cárdia
Nenhuma das anteriores

60- Qual é o esfíncter que impede o alimento de passar precocemente do estômago para o intestino
delgado?
Válvula cárdia
Válvula iliocecal
Válvula pilórica
Esfincter anal
Nenhuma das anteriores

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141
Anatomia e Fisiologia Humana

30.2.12 CAPÍTULO XIII- SISTEMA URINÁRIO

Cite os órgãos do sistema urinário e suas funções.


Descreva a posição correta dos rins no corpo humano.
Qual a diferença entre o o rim direito e o esquerdo?
Quais estruturas encontramos no hilo renal?
Descreva a anatomia interna dos rins.
Quais estruturas são formadas com a união dos calices menores?
O que são néfrons? Quais são seus principais componentes? Onde estão localizados?
Qual a função dos rins?
O que são ureteres?
Qual a principal função da bexiga?
Qual canal liga a bexiga urinária ao meio externo?
Qual a diferença entre a uretra masculina e a feminina?
Cite o trajeto da urina desde os órgãos sintetizadores até o meio externo.
Cite as estruturas principais e acessórias que pertencem ao sistema genital masculino.

30.2.13 CAPÍTULO XIV-SISTEMA ENDÓCRINO

1. Qual a função do sistema endócrino?


2. Quando ocorre a liberação de um hormônio?
3. Qual a característica básica que diferencia a adeno e a neuro-hipófise?
4. Cite os hormônios produzidos pela adeno-hipófise e os hormônios produzidos pela neuro-
hipófise.
5. Qual a função do hormônio anti-diurético?
6. Descreva uma semelhança e uma diferença entre os hormônios prolactina e ocitocina.
7. Especifique a ação dos hormônios tireoideanos.
8. Qual a ação da ocitocina na musculatura uterina?
9. Descreva a ação dos hormônios produzidos pelo córtex supra-renal?
10. Enumere os hormônios hipofisários que crescem e amadurecem o folículo ovariano.
11. Que hormônio hipofisário estimula o córtex supra-renal?
12. Como a produção de espermatozóides é estimulada nos túbulos seminíferos dos testículos?
13. Quais os dois hormônios ovarianos e como são produzidos?
14. Como age a testosterona, qual hormônio hipofisário estimula sua produção e onde é produzida?
15. De que forma a progesterona atua sobre o útero?
16. O que é o hormônio somatotrófico?
17. Qual a função do paratormônio ?
18. Que hormônio pancreático aumenta taxa de glicose no sangue.
19. Em que local é produzido o hormônio adrenalina?
20. Por que o hormônio insulina é hipoglicemiante?

30.2.14 CAPÍTULO XV- SISTEMA REPRODUTOR


01-Cite os órgãos externos e internos do sistema reprodutor.
02-Descreva a localização dos corpos anatômicos do pênis.
03. Qual a composição do sêmen?
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142
Anatomia e Fisiologia Humana
04. O que é a hialuronidase?
05. Qual a função dos testículos?
06. O que é o epidídimo e qual sua função?
07. Descreva a função do ducto deferente, das vesículas seminais, dos ductos ejaculatórios, da
prostáta e das glândulas bulbo-uretrais.
08. Quais os órgãos externos femininos?
09. Enumere as camadas do útero.
10. O que são fímbrias?
11. Especifique as funções do ovário.
12. Diferencie menarca e menopausa.
13. O que é folículo de Graaf?
14. Conceitue ovulação.
15. Como se chama a primeira fase do ciclo menstrual e por que?
16. Como se chama a segunda fase do ciclo menstrual e porque?
17. Conceitue menstruação?
Explique anatomicamente os ductos deferente e ejaculatório?
Explique a localização das vesículas seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais.
Cite e explique os 3 cilindros encontrados no pênis.
Cite as estruturas externas do sistema genital masculino.
Cite os órgão internos do sistema genital feminino.
Onde está situado o ovário?
Quais são as partes da tuba uterina? Descreva-as.
Quais as funções da tuba uterina?
Cite o as partes do útero.
Quais são as 3 camadas que constituem o útero?
Explique a anatomia da vagina.
Cite os órgãos externos dos sistema genital feminino.

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143
Anatomia e Fisiologia Humana

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