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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

Registro: 2021.0000410981

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


1127587-52.2018.8.26.0100, da Comarca de São Paulo, em que são apelantes
ELECTRONIC ARTS NEDERLAND BV e ELECTRONIC ARTS EUROPE LIMITED, é
apelado GILMAR SILVA SANTOS.

ACORDAM, em 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de


São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores


THEODURETO CAMARGO (Presidente) E ALEXANDRE COELHO.

São Paulo, 26 de maio de 2021

SILVÉRIO DA SILVA
RELATOR
Assinatura Eletrônica
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

VOTO Nº: 24005

APELAÇÃO CÍVEL N. 1127587-52.208.8.26.0100

COMARCA: FORO CENTRAL CÍVEL

APELANTE: ELECTRONIC ARTS NEDERLAND BV E OUTRO

APELADO: GILMAR SILVA SANTOS


R.G.

Apelação cível. Direito de imagem de jogador de futebol


profissional em jogos eletrônicos. Prescrição afastada. Exploração
do direito de imagem que constitui ato ilícito contínuo e
ininterrupto. Direito à imagem violado. Ausência de autorização
direta e específica do autor. Indenização devida, proporcional e
razoável. Apelo desprovido.

GILMAR SILVA SANTOS ajuizou ação de indenização


contra ELETRONIC ARTS NEDERLAND BV, ELETRONIC ARTS LIMITED e
ELETRONIC ARTS INC., alegando, em síntese, que é jogador
profissional de futebol, tendo atuado como atacante em diversos clubes,
sendo que, tomou conhecimento que sua imagem, apelido desportivo e
características pessoais e profissionais vinham sendo utilizadas, sem a
devida autorização, pelas rés nos jogos de sua propriedade,
denominados FIFA SOCCER, nas edições de 2005/2007, 2009/2012, e
FIFA MANAGER, nas edições de 2005, 2007, 2009, 2011/2014. Defende
a não ocorrência da prescrição, pois as versões mais antigas continuam
a ser vendidas. Pretende, assim, a condenação das requeridas ao
pagamento de indenização por violação ao direito de imagem no
importe de R$ 12.000,00, para cada edição dos jogos, totalizando o
montante de R$ 168.000,00.
O autor desistiu da ação em relação à corré Eletronic
Arts Inc, o que foi devidamente homologado às págs. 2193.

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R


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A sentença de págs. 2359/2365, cujo relatório se


adota, julgou procedente a ação para condenar as requeridas,
solidariamente, ao pagamento da quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), a título de compensação financeira por danos morais, por edição
do "Fifa Soccer" relativa aos anos de 2005, 2006, 2007, 2009, 2010,
2011 e 2012, e do "Fifa Manager", dos anos de 2005, 2007, 2009,
2011, 2012, 2013 e 2014, acrescida de correção monetária a partir do
arbitramento (30/01/2020) e de juros legais de 1% ao mês desde a
data de lançamento de cada jogo.
Embargos de declaração opostos às págs. 2372/2397
e acolhidos em parte para sanar a omissão quanto à alegada
incompetência absoluta, rejeitando-a, mantendo-se a procedência da
ação.
Apelação interposta às págs. 2407/2477 pela ré
alegando que o apelado não comprovou a utilização de sua imagem no
FIFA MANAGER 2005, 2007 e 2009, tendo se utilizado de imagens
extraídas de site terceiro, desconhecido das apelantes, que sequer
indica ser relacionado do FIFA Manager. Requer seja anulada parte da
sentença que condenou as apelantes de forma a maior. Alega que não
se comprova que a imagem utilizada durante os jogos guarda relação
com a aparência real do apelado. Questiona a extensão do uso da
imagem do apelado, posto que a documentação apresentada pelo
apelado não é suficiente porque não permite apreciação do contexto
dos jogos reclamados. Alega a prescrição com fulcro no artigo 206, §
3º, V, do Código Civil, sendo que o termo inicial deve ser o lançamento
de cada edição. Ademais, diz que todos os assuntos foram feitos por
terceiros. Diz que a sentença não considerou válidos os contratos
firmados entre a EA e a FIFPRO, entidade mundial, para efeitos de
autorização do uso de imagem do apelado. Alega o prestígio ao futebol
e ausência de qualquer mácula à honra do autor, ao revés, beneficia-o.

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R


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Aduz o regime da supressio. Subsidiariamente, insurge-se com o valor


fixado, considerando o alcance e renome do autor. Por fim, requer que
a correção monetária e os juros incidam a partir da condenação. Requer
a inversão do ônus sucumbencial.
Contrarrazões apresentadas às págs. 2484/2524.
Manifestação de oposição ao julgamento virtual, pág.
2574.
É o relatório.
Em síntese, alega o apelante que o autor não faz jus
à indenização que pleiteia, na medida em que a EA obteve toda
documentação necessária à autorização do uso da imagem do apelado;
questionável a necessidade da obtenção de qualquer autorização,
considerando ser o futebol patrimônio cultural e ser o apelado pessoa
pública; ausência dos requisitos ensejadores do dever de indenizar;
incidência do instituto da supressio, bem como a existência de
autorização tácita por parte do apelado para utilização, pela EA, de
direitos relativos à personalidade, motivo pelo qual deve ser dado
provimento ao recurso de apelação.
A decisão está em consonância ao que vem decidindo
este E. Tribunal, conforme ementa e transcrições abaixo:
RESPONSABILIDADE CIVIL.
Utilização do direito de imagem de jogador de futebol
profissional em jogos eletrônicos. PRELIMINARES. 1.
Incompetência da jurisdição brasileira. Afastamento.
Inteligência do art. 21, III, do CPC. Causa de pedir
que não se relaciona à jurisdição internacional.
Contratos com entidades e ligas estrangeiras que não
vinculam o atleta, excluído dos negócios e das
negociações. 2. Ausência de documentos
indispensáveis à propositura da lide. Desnecessidade

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R


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dos jogos para a análise da controvérsia, que


poderiam ser juntados pelas próprias apelantes, no
exercício do direito de defesa. Inexistência de
prejuízo. Acesso amplo e irrestrito aos produtos, por
serem as empresas responsáveis por seu
desenvolvimento. 3. Cerceamento de defesa.
Inocorrência. Inteligência dos arts. 355 e 370 do
CPC. Magistrado que possui conhecimento para a
análise da controvérsia, principalmente se
considerada a possibilidade atribuída à parte
interessada de anexar aos autos contratos, atos e
normas internacionais supostamente incidentes no
caso concreto. Dicção do art. 376 do diploma
processual. 4. Prescrição. Exploração do direito de
imagem que constitui ato ilícito contínuo e
ininterrupto. Jogos que continuam a circular no
mercado de consumo e representam violação ao
direito de imagem de atleta que não autorizou sua
aparição. Pretensão que surge com o lançamento dos
jogos, mas se renova diariamente a partir da
circulação e utilização dos produtos. Precedente do
STJ. MÉRITO. 1. “FIFA ULTIMATE TEAM” que não
constitui jogo autônomo, representando mera
modalidade do “FUT SOCCER” com jogabilidade
diferenciada. Comercialização de “cards” e aspecto
lucrativo que não conferem independência à
categoria. Exclusão da indenização fixada a esse
título. 2. Limitação do objeto da demanda. Perda de
objeto no que tange ao “FIFA ULTIMATE TEAM”, pois
já afastado do pleito indenizatório. Imagem do atleta

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na edição de 2009 do “FUT SOCCER” confirmada pelo


site “sofifa.com”. Apelantes que não impugnaram a
exploração indevida do direito de imagem, mas tão
somente a procedência do sítio eletrônico, que podia
ter sido contraposto com imagens ou vídeos do
próprio jogo. Ônus da prova que cabia à Eletronic
Arts, por se tratar de fato extintivo do direito do
autor (art. 373, II, CPC). 3. Utilização de direito de
imagem sem autorização. Ato ilícito vedado pelo
ordenamento (art. 5º, X, CF e art. 20, CC).
Necessidade de consentimento expresso por parte do
atleta. Inteligência do art. 87-A da Lei 9.615/98.
Finalidade econômica. Desnecessidade da
comprovação do prejuízo experimentado (Súmula
403, STJ). Precedentes desta C. Câmara. Ausência
de interesse público. Violação ocorrida nos jogos
“FIFA SOCCER” 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e
2014 e “FIFA MANAGER” 2010, 2011, 2012, 2013 e
2014, totalizando 11 edições. 4. “Supressio”. Não
incidência. Inexistência de relação jurídica entre as
partes ou de expectativa legítima de que o direito
não seria exercido. Comportamento contrário à boa-
fé não verificado. 5. Valor da indenização que deve
reparar o dano sem provocar enriquecimento sem
causa à parte favorecida. Redução para R$5.000,00
por edição de jogo. Importe adequado e proporcional
às particularidades do caso, adequando-se à
jurisprudência deste E. Tribunal de Justiça em casos
parelhos. 6. Juros de mora. Termo inicial que
coincide com a data de lançamento de cada jogo.

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R


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Incidência da Súmula 54 do STJ. SUCUMBÊNCIA.


Manutenção a cargo das recorrentes. Honorários
advocatícios conservados em 10% do valor da
condenação, considerando-se a minoração da base
de cálculo aqui definida. RECURSO PROVIDO EM
PARTE, nos termos constantes do acórdão. (apelação
cível n. 1131924-84.2018.8.26.0100, Rel. Des.
Beretta da Silveira)
Por primeiro, afasto a alegada prescrição.
Nos moldes da sentença, " a prejudicial de mérito de
prescrição trienal, não merece acolhida, porquanto a imagem do autor
continua a ser utilizada ao longo do tempo por meio das edições
anteriores dos jogos eletrônicos, as quais continuam em circulação no
mercado, além de seguirem sendo utilizadas por seus jogadores por
período indeterminado. A violação continuada da imagem, do nome e
das características pessoais do autor obsta a prescrição."
Há uma violação contínua e permanente ao direito do
autor, uma vez que o produto, ainda que de edições anteriores,
continua a ser comercializado.
Ainda, conforme acórdão acima, embora a venda do
produto ocorra em sites de terceiros e as edições dos jogos sejam
renovadas anualmente, a ilicitude está na utilização indevida da
imagem do atleta e não na comercialização dos jogos por si só.
Restou incontroverso dos autos que as requeridas
fizeram uso do nome, da imagem, apelido desportivo e características
pessoais e profissionais do autor nos jogos "Fifa Soccer" nas edições
dos anos de 2005/2007, 2009/2012 e "Fifa Manager" nas edições dos
anos de 2005, 2007, 2009, 2011/2014, para os únicos e exclusivos fins
lucrativos e comerciais, consoante se verifica dos documentos
carreados junto a inicial, os quais não foram especificamente

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impugnados pelas rés.


As rés não se desincumbiram do ônus de afastar os
fatos constitutivos do direito de autor, e que facilmente poderiam fazer
exibindo o inteiro teor dos jogos que por óbvio estão à sua disposição.
Não há qualquer comprovação de cessão de direitos
de imagem diretamente pelo autor, nem a outorga de procuração com
poderes especiais para que terceiros os negociem.
Conforme sentença, "não se sustenta a tese
defensiva alicerçada no encadeamento de cessão de uso dos direitos de
imagem do requerente entre sindicatos estaduais, FENAPAF e FIFPRO
por falta de suporte probatório, pois insuficientes os contratos coligidos
por se referirem somente a FIFPRO e as requeridas. Dessa forma, não
há como aferir exclusivamente com base no último contrato da cadeia a
existência ou validade das alegadas cessões de direitos precedentes."
Ainda que o autor seja uma figura pública não é
dispensada autorização para o uso de sua imagem, em especial para
fins comerciais e lucrativos como o das rés.
Também assim consta do acórdão citado:
"Os mencionados contratos de trabalho, porém, não
se confundem com o contrato de cessão de uso da imagem do atleta,
consoante prevê o art. 87-A da Lei nº 9.615/98, que assim dispõe: “O
direito ao uso da imagem do atleta pode ser por ele cedido ou
explorado mediante ajuste contratual de natureza civil e com fixação de
direitos, deveres e condições inconfundíveis com o contrato especial de
trabalho desportivo”.
Desse modo, ainda que a requerida tenha negociado
com os clubes em que o atleta atuava ou com outras entidades do
setor, necessária sua autorização para que fosse incluído no jogo. Não
há indícios de que o vínculo com a entidade desportiva contivesse
anuência à utilização das características pessoais do atleta em jogos

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R


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eletrônicos com claro prospecto lucrativo, provocando enriquecimento a


empresas do setor eletrônico às custas da exploração de imagem que
não lhe foi expressamente transferida.
Ademais, o contrato firmado entre a EA Sports com a
FIFPRO (fls. 915/923 e 926/933) não supre a necessidade de
autorização específica do jogador."
Inquestionável que a utilização da imagem individual,
com fins econômicos e sem a devida autorização, constitui
locupletamento indevido, ensejando o arbitramento de indenização para
compensar a parte lesada pelo prejuízo experimentado, sem
necessidade de efetiva comprovação.
Não há que se falar em supressio, na medida em que
não há razão para que as rés acreditassem que o autor renunciaria seus
direitos autorais, sem qualquer contrato previa e diretamente celebrado
com o autor.
Por fim, o valor fixado é proporcional e razoável, e
atende o desestímulo às condutas da ré e ressarci o autor pelos danos
sofridos.
No mesmo valor há diversos julgados deste E.
Tribunal:
RESPONSABILIDADE CIVIL - Ação indenizatória por
veiculação não consentida de apelido desportivo e
imagem do autor, jogador de futebol profissional, em
jogo eletrônico FIFA SOCCER, edições 2009, 2010,
2011, 2012, 2013 e 2014e FIFA MANAGER, edições
2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, todos de
propriedade das empresas rés- Sentença de
procedência parcial - Inconformismo de ambas as
partes - Alegação de cerceamento de defesa-
Descabimento - Suficiência da documentação

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carreada de fls. 59/287, para o correto desate da


controvérsia - Prescrição não ocorrente - Violação
que protai no tempo, uma vez que o prazo se reinicia
com cada reedição/veiculação dos jogos, tanto que
estes permanecem em circulação no comércio -
Supressio -Instituto decorrente da boafé - Não
incidência - Direito do ofendido de reivindicar a
indenização pelo uso indevido de sua imagem -
Contratos de licença celebrados com a FIFPRO que
não eximia as empresas rés da obrigação de obter
junto ao atleta autorização para a utilização de sua
imagem nos referidos jogos eletrônicos -Clara
violação da imagem do ofendido, em
descumprimento à proteção contida no inciso X, do
artigo 5º da Constituição Federal, reproduzida pelo
legislador ordinário no art. 20, caput, do Código Civil
- Aplicação também do entendimento sufragado pela
Súmula 403, do Colendo Superior Tribunal de Justiça -
Valor da indenização - Cálculo deste que tem por
lastro o valor que normalmente se aufere em
contratos desta natureza - Ausência de parâmetros
quanto ao lucro pela venda do material e tempo de
exposição, pelo que adequada à manutenção do
valor fixado em R$ 5.000,00, para cada edição
lançada do jogo Fifa Soccer e Fifa Manger, exibida do
autor num total de 11 edições, perfazendo montante
de R$ 55.000,00 - Marco inicial da correção
monetária e dos juros legais com base nas súmulas
362 e 54 do C. STJ - Verba honorária devida pelas
demandadas em face de sua exclusiva sucumbência,

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até mesmo por força da aplicação da Súmula 326 do


STJ -Fixação desta em 15% sobre o valor da
condenação - Apelo do autor provido em parte,
desprovido o das rés. (TJSP; Apelação Cível
1089604-82.2019.8.26.0100; Rel. Galdino Toledo
Júnior; 9ª Câmara de Direito Privado; j.23/07/2020)

APELAÇÃO. Uso de imagem. Ação de indenização.


Sentença de parcial procedência. Inconformismo de
ambas as partes. Preliminares de prescrição, inépcia
da inicial, afastadas. Inviável a denunciação da lide
do Santos Futebol Clube, bem como, não ocorrência
da "supressio". Ré que usou a imagem e o apelido
desportivo do autor, jogador de futebol profissional,
em seus jogos, sem autorização. Contratos
celebrados entre a ré e a FIFPRO que não suprem a
necessidade de autorização expressa e direta do
autor. Inteligência dos artigos 87 e 87-A da Lei nº
9.615/98 Observância da Súmula 403 do STJ.
Precedentes deste TJSP. Majoração da indenização
de R$ 2.000,00 para R$ 5.000,00 por
edição/aparição. Juros legais que incidem desde cada
ato ilícito (Súmula 54 do Superior Tribunal de
Justiça). Honorários sucumbenciais mantidos.
Recurso da ré a que se nega provimento e do autor a
que se dá parcial provimento. (TJSP; Apelação Cível
1009476-51.2019.8.26.0011; Rel. José Rubens
Queiroz Gomes; 7ª Câmara de Direito Privado;
j.26.06.2020)
A correção monetária, nos moldes da sentença, deve

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incidir a partir do arbitramento, e os juros, por se tratar de


responsabilidade civil extracontratual, conforme Súmula 54 do STJ,
fluem a partir do evento danoso.
A sucumbência foi devidamente arbitrada.
Nego provimento ao recurso.

SILVÉRIO DA SILVA

Relator

Apelação Cível nº 1127587-52.2018.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 24005 - R

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