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Administração Indirecta
Administração Indirecta
2º ANO, 1º SEMESTRE
Discentes:
Elídio Campira
Gochana Macuacua
Júlio Mangue
Lucrécia João
Lurdes Tete
Paula Munguambe
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO
Conforme esclarece Hely Lopes Meireles, podemos dizer que a administração indireta é
constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, de direito público ou
de direito privado, vinculadas a um órgão da administração direta, mas administrativa e
financeiramente autónomas.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Compreender a Organização Administrativa do Estado: Administração Indirecta;
1.1.2. Objectivos específicos
Ilustrar as entidades da administração Indirecta;
Definir os entes de cooperação;
Relacionar as organizações sociais com a organização da sociedade civil de interesse
público.
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1.2.Relevância do Trabalho
1.3.Metodologia
1.4.Estrutura do Trabalho
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2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO
INDIRECTA
2.1.Conceito
É composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela
execução de actividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada. São elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais, mais
especificamente, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
A Administração Pública Indireta tem como papel desempenhar funções que a Administração
Pública Directa teria mais dificuldade para realizar, por requerer certa autonomia da entidade.
O conceito de descentralização está diretamente ligado à reforma do Estado e à ideia de uma
Administração Pública menos burocrática e mais eficiente - Administração Gerencial.
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As entidades da API não possuem autonomia política, pois não têm capacidade legislativa
plena, ou seja, não podem definir leis (em sentido estrito). A ideia é: A Administração Pública
cria uma entidade da API para executar certas actividades com maior autonomia. Essa entidade,
apesar de não estar subordinada ao ministério que a criou, está vinculada ao objetivo para o qual
foi criada, não podendo por vontade própria (por meio de leis) alterar seus objetivos. Por isso,
dizemos que tais entidade possuem autonomia administrativa, mas não política. São
chamadas de entidades administrativas.
2.3.Autarquias
Autarquia é “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar actividades típicas da Administração Pública”, e “que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada” A sua
autonomia se manifesta, conforme Marçal Justen Filho, em quatro dimensões jurídicas:
(i) Patrimônio: porque “a autarquia é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica
própria”, que, “portanto, é titular de um patrimônio próprio”, de modo que “os bens de sua
titularidade não se confundem com aqueles que estão no domínio da pessoa jurídica”;
(ii) Estruturação organizacional: porque ela “tem uma estrutura administrativa distinta da
Administração Direta”, o que “significa ser dotada de órgãos e servidores próprios” (“a pessoa
política não é dotada de competência para prover os cargos existentes no âmbito da autarquia”,
competência conferida ao seu administrador), mas seus órgãos de mais elevada hierarquia
podem ser providos e (como regra) destituídos (ressalvadas a situação das entidades cujos
dirigentes tem mandatos por prazo determinado) por decisões da Administração Directa;
(iii) Competências: porque elas são titulares de competências próprias, atribuídas por lei, que
na origem eram de titularidade da pessoa política;
(iv) Recursos financeiros: porque “em alguns casos a lei prevê recursos próprios vinculados
necessariamente à autarquia”, embora existam outros casos “em que a autarquia dependerá de
transferências de recursos do ente a que se vincula”.
A hierarquia é definida por Celso Antônio Bandeira de Mello “como vínculo de autoridade que
une órgãos e agentes, através de escalões sucessivos, numa relação de autoridade, de superior a
inferior, de hierarca a subalterno”. Ela confere ao hierarca “uma contínua e permanente
autoridade sobre toda a actividade administrativa dos subordinados”, e pressupõe, para o
publicista:
(i) Poder de comando: que autoriza o hierarca “a expedir determinações gerais (instruções) ou
específicas a um dado subalterno (ordens), sobre o modo de efetuar serviços”);
(ii) Poder de fiscalização: que lhe possibilita inspecionar “as actividades dos órgãos e agentes
que olhe são subordinados”;
(iii) Poder de revisão: “que lhe permite, dentro dos limites legais, alterar ou suprimir as
decisões dos inferiores, mediante revogação, quando inconveniente ou inoportuno o ato
praticado, ou mediante anulação, quando se revestir de vício jurídico”);
(iv) Poder de punir: que lhe possibilita “aplicar sanções estabelecidas em lei aos subalternos
faltosos”;
(v) Poder de dirimir controvérsias de competência: que lhe possibilita solver “conflitos
positivos (quando mais de um órgão se reputa competente) ou negativos (quando nenhum deles
se reconhece competente)”; e
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que, “enquanto os poderes do hierarca são presumidos, os do controlados só existem quando
previstos em lei e se manifestam apenas em relação aos atos nelas indicados”.
As autarquias especiais aquelas cujas decisões “não são passíveis de apreciação por outros
órgãos ou entidades da Administração Pública”. São exemplos delas:
2.4.FUNDAÇÕES PÚBLICAS
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organização e tutela das fundações públicas é, com as necessárias adaptações, o dos institutos
públicos.
2.5.Empresas Públicas
é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei,
sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à
União, aos Estados, ao Distrito, aos Municípios ou a entidade da administração indireta
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Estrutura de direito privado (sociedade por ações);
Personalidade jurídica de direito privado;
Controle estatal. Exemplos de entidades desta natureza: Petrolíferas, etc.
2.7.ENTES DE COOPERAÇÃO
Essas pessoas jurídicas são conhecidas por entes de cooperação ou entidades paraestatais,
porque colaboram ou cooperam com o Estado no desempenho de uma actividade de interesse
colectivo, embora não integrem a Administração, residindo apenas ao lado dela. São pessoas
jurídicas de direito privado que, sem fins lucrativos, realizam projectos de interesse do Estado,
prestando serviços não exclusivos e viabilizando o seu desenvolvimento. Por isso, recebem
ajuda por parte dele, desde que preenchidos determinados requisitos estabelecidos por lei
específica para cada modalidade. Sujeitam-se a controle pela Administração Pública e pelo
Tribunal de Contas. O seu regime jurídico é predominantemente privado, contudo parcialmente
derrogado por regras de direito público. Compreendem entes de cooperação: os serviços sociais
autônomos; as entidades de apoio; as organizações sociais e as organizações da sociedade civil
de interesse público e as novas parcerias.
1º SECTOR: Estado.
2º SECTOR: Iniciativa Privada com fins lucrativos.
3º SECTOR: Iniciativa Privada sem fins lucrativos: pessoas jurídicas de direito privado,
que não integram a estrutura da A.P., mas que com ela mantém, por razões diversas e
por meio de formas diferenciadas, parcerias com o intuito de preservar o interesse
público.
São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito privado, destinados a ministrar
assistência ou ensino a determinadas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins
lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
São entes paraestatais, de cooperação com o Poder Público, com administração e patrimônio
próprios, revestidos na forma de instituições particulares convencionais (fundações, sociedades
civis ou associações) ou peculiares ao desempenho de suas incumbências estatutárias. Exemplos
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desses entes são os diversos serviços sociais da indústria e do comércio, com estrutura e
organização especiais.
Essas instituições, embora oficializadas pelo estado, não integram a Administração direta nem a
indireta, mas trabalham ao lado do Estado, sob seu amparo, cooperando nos setores, actividades
e serviços que lhes são atribuídos, por considerados de interesse específico de determinados
beneficiários. Recebem, por isso, oficialização do poder Público e autorização legal para
arrecadarem e utilizarem na sua manutenção contribuições parafiscais, quando não subsidiadas
diretamente por recursos orçamentários da entidade que os criou.
“São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura,
à saúde, desde que possuam como órgão de deliberação superior em conselho de administração e
a participação de representantes do Poder Público e da Comunidade, de notória capacidade
profissional e idoneidade moral” (ROSA, 2006, p. 49).
Origem: Pessoa privada sem fins lucrativos que buscam se qualificar como organização social,
junto ao Ministério da área de actuação. Essa qualificação é um ato discricionário. Uma vez
qualificada como organização social, firma-se um Contrato de Gestão (com metas fixadas e
definição dos recursos).
1) Ensino;
2) Pesquisa Científica;
3) Desenvolvimento Tecnológico;
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4) Meio Ambiente;
5) Cultura;
6) Saúde.
“São pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sem a participação do Estado e sem
finalidade lucrativa, e que tenham por objeto social a execução de serviços sociais que não sejam
próprios do Estado. Recebem tal qualificação (organização social de interesse público) e podem
celebrar termo de parceria com o Estado, que incentivará a sua participação.
A qualificação é conferia pelo Ministério da Justiça e o termo de parceria é firmado com a
Administração Direta (ministério ou secretaria da área em que actuar a entidade privada)” (ROSA,
2006, p. 50-51).
Pontos comuns
São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos.
Prestam serviços sociais não exclusivos do Estado.
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Recebem qualificação pelo Poder Público.
Contam com incentivo do Estado.
Submetem-se ao controle da Administração, tanto internamente, feito por algum
órgão do Poder Executivo, quanto externamente, pelo Poder Legislativo, com auxílio.
Estão obrigadas a realizar licitação pública para contratações de bens e serviços, e ,
quando for o caso, obrigatoriamente por pregão.
Estão sujeitas ao controle judicial, inclusive com a possibilidade de decretação de
Indisponibilidade e sequestro de bens da entidade, de seus dirigentes e de agentes
públicos envolvidos.
A perda da qualificação (como entidade paraestatal) pode se dar por pedido ou
mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, assegurados a
ampla defesa e o devido contraditório.
Diferenças
OS OSCIP
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3. CONCLUSÃO
Findo o trabalho com mais conhecimentos adquiridos sobre a organização administrativa do
Estado: administração Indirecta que no seu conceito é o conjunto de pessoas jurídicas (desprovidas
de autonomia política) que, vinculadas à Administração Directa, têm a competência para o
exercício de actividades administrativas, de forma descentralizada.
E composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela
execução de actividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada. São elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais, mais
especificamente, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Com tudo que descrito neste trabalho foi possível concluir que o estado em si está muito bem
organização e definido para ter o melhor funcionamento, e que para que administração pública
Indirecta desempenhe um óptimo funcionamento depende de uma boa governação por parte da
administração pública directa.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MADUREIRA, Claudio. Resumos de Direito Administrativo, Editora virtualis, 2020.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 31ª ed. São Paulo:
Atlas, 2017.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 31ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública: concessão, permissão,
franquia, terceirização, parceria público privada e outras formas. 8ª ed. São Paulo: Atlas,
2011.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 8ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 38ª ed. São Paulo: Malheiros,
2012.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 30ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.
MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios Gerais de Direito Administrativo, v. II. Rio
de Janeiro: Forense, 1969.
ROCHA, Silvio Luís Ferreira. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2013.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
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