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ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

CADEIRA DE DIREITO ADMINISTRATIVO - I

TEMA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO


INDIRECTA

Maputo, Maio de 2021


ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

CADEIRA DE DIREITO ADMINISTRATIVO I

TEMA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO


INDIRECTA

2º ANO, 1º SEMESTRE

Discentes:

 Elídio Campira
 Gochana Macuacua
 Júlio Mangue
 Lucrécia João
 Lurdes Tete
 Paula Munguambe

Trabalho de investigação cientifica a ser


entregue na Escola Superior de Economia
e Gestão para a avaliação, sob orientação
do Dr. Oscar Cunat.

Maputo, Maio de 2021

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Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................................... 4

1.1.2. Objectivos específicos .............................................................................................. 4

1.2. Relevância do Trabalho ................................................................................................ 5

1.3. Metodologia .................................................................................................................. 5

1.4. Estrutura do Trabalho ................................................................................................... 5

2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO


INDIRECTA ............................................................................................................................ 6

2.1. Conceito ........................................................................................................................ 6

2.2. Características da Administração Indirecta .................................................................. 6

2.3. Autarquias ..................................................................................................................... 7

2.3.1. AUTARQUIAS ESPECIAIS. ................................................................................... 9

2.4. FUNDAÇÕES PÚBLICAS .......................................................................................... 9

2.5. Empresas Públicas ...................................................................................................... 10

2.6. Sociedades De Economia Mista ................................................................................. 10

2.6.1. Características destas Sociedades ........................................................................... 10

2.7. ENTES DE COOPERAÇÃO ..................................................................................... 11

2.7.1. Serviços Sociais Autônomos................................................................................... 11

2.8. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) ............................................................................ 12

2.9. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP)13

3. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 15

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 16

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho em mãos falar – se –á da Organização Administrativa do Estado:


Administração Indirecta que por sua vez, resultante do fenômeno da descentralização, sendo
composta por pessoas jurídicas de direito público (autarquias, fundações de direito público e
consórcios públicos) e de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista,
fundações públicas, consórcios públicos privados e sociedades controladas).

A administração indireta, segundo Meirelles (1989) é o conjunto de entes (personalizados) que,


vinculado a algum órgão da administração direta, prestam serviços públicos ou de interesse
público.
Acrescenta Cretella Júnior (1990 p. 21): “Administração indireta é toda entidade, pública ou
privada, criada pela pessoa política, mas que não se confunde com a pessoa jurídica pública
matriz criadora. ”

Conforme esclarece Hely Lopes Meireles, podemos dizer que a administração indireta é
constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, de direito público ou
de direito privado, vinculadas a um órgão da administração direta, mas administrativa e
financeiramente autónomas.

1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a Organização Administrativa do Estado: Administração Indirecta;
1.1.2. Objectivos específicos
 Ilustrar as entidades da administração Indirecta;
 Definir os entes de cooperação;
 Relacionar as organizações sociais com a organização da sociedade civil de interesse
público.

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1.2.Relevância do Trabalho

Abordar sobre a Organização Administrativa do Estado: Administração Indirecta é de extrema


importância para o mundo jurídico e acadêmico. O trabalho irá ajudar no mundo acadêmico
para melhor compreender como funciona a administração pública Indirecta e quais as entidades
envolvidas, bem como sobre os entes de cooperação. E também como desempenha as funções
o terceiro sector.

1.3.Metodologia

No presente trabalho valer-se-á o método de Pesquisa Bibliográfica e Documental. Pesquisa


bibliográfica – é baseada na consulta de todas as fontes secundárias relativas ao tema que foi
atribuído para a realização do trabalho. Abrange todas as bibliografias encontradas em domínio
público como: livros, revistas, monografias, teses, artigos de Internet. A pesquisa bibliográfica
e documental servirá para saber mais sobre o tema ou quais autores já discutiram sobre este
assunto, o que eles concluíram, em que aspecto eles focaram para a conclusão do mesmo. E ira
usar-se livros electrónicos, Bibliotecas virtuais, e alguns artigos de internet para se informar ou
preparar o terreno melhor.

1.4.Estrutura do Trabalho

O presente trabalho está organizado da seguinte forma: Introdução, Desenvolvimento,


conclusão e as referências Bibliográfica. Na introdução contém os objectivos, a relevância do
trabalho, a metodologia e a própria estrutura do trabalho. E no desenvolvimento encontramos
alguns conceitos sobre o tema em questão, entre outras. Na conclusão está exposto o
compreendido sobre o tema e por fim as referências bibliográficas onde encontramos descritos
os autores, livros e entre outros meios usados para a elaboração desde trabalho.

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2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO ESTADO: ADMINISTRAÇÃO
INDIRECTA

2.1.Conceito

É o conjunto de pessoas jurídicas (desprovidas de autonomia política) que, vinculadas à


Administração Directa, têm a competência para o exercício de actividades administrativas, de
forma descentralizada.

É composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela
execução de actividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada. São elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais, mais
especificamente, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

2.2.Características da Administração Indirecta

A Administração Pública Indireta tem como papel desempenhar funções que a Administração
Pública Directa teria mais dificuldade para realizar, por requerer certa autonomia da entidade.
O conceito de descentralização está diretamente ligado à reforma do Estado e à ideia de uma
Administração Pública menos burocrática e mais eficiente - Administração Gerencial.

As entidades da API (Administração Pública Indireta) gozam de autonomia administrativa.


Tais entidades continuam fazendo parte do ministério que as criou, sem estarem subordinadas
a esse. Dizemos que o controle realizado pelos Ministérios sobre a API é um controle
finalístico (de desempenho), ou seja, se os objetivos definidos para aquela entidade estão sendo
devidamente alcançados. Há vinculação, para fins finalísticos, sem presença de relação
hierárquica. Notem que todas as entidades da API possuem personalidade jurídica
(diferentemente dos órgãos) sendo, portanto, sujeitos de direitos e obrigações. Esta
personalidade pode tanto ser de direito público (autarquias e fundações) quanto privado
(empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações).

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As entidades da API não possuem autonomia política, pois não têm capacidade legislativa
plena, ou seja, não podem definir leis (em sentido estrito). A ideia é: A Administração Pública
cria uma entidade da API para executar certas actividades com maior autonomia. Essa entidade,
apesar de não estar subordinada ao ministério que a criou, está vinculada ao objetivo para o qual
foi criada, não podendo por vontade própria (por meio de leis) alterar seus objetivos. Por isso,
dizemos que tais entidade possuem autonomia administrativa, mas não política. São
chamadas de entidades administrativas.

2.3.Autarquias

Autarquia é “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar actividades típicas da Administração Pública”, e “que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada” A sua
autonomia se manifesta, conforme Marçal Justen Filho, em quatro dimensões jurídicas:

(i) Patrimônio: porque “a autarquia é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica
própria”, que, “portanto, é titular de um patrimônio próprio”, de modo que “os bens de sua
titularidade não se confundem com aqueles que estão no domínio da pessoa jurídica”;
(ii) Estruturação organizacional: porque ela “tem uma estrutura administrativa distinta da
Administração Direta”, o que “significa ser dotada de órgãos e servidores próprios” (“a pessoa
política não é dotada de competência para prover os cargos existentes no âmbito da autarquia”,
competência conferida ao seu administrador), mas seus órgãos de mais elevada hierarquia
podem ser providos e (como regra) destituídos (ressalvadas a situação das entidades cujos
dirigentes tem mandatos por prazo determinado) por decisões da Administração Directa;

(iii) Competências: porque elas são titulares de competências próprias, atribuídas por lei, que
na origem eram de titularidade da pessoa política;

(iv) Recursos financeiros: porque “em alguns casos a lei prevê recursos próprios vinculados
necessariamente à autarquia”, embora existam outros casos “em que a autarquia dependerá de
transferências de recursos do ente a que se vincula”.

Da sua autonomia resulta, ainda, a inexistência de hierarquia entre as autarquias a


Administração Direta, substituída pelo que em doutrina se convencionou chamar poder de tutela
(ou de controle), qualificado por Justen Filho como “controle exercitado pelo ente da
Administração Direta sobre os sujeitos da Administração Indireta que estão a ele vinculados”.
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Esse poder de controle “não significa a concorrência para revisar diretamente as ações e
omissões praticadas no âmbito da autarquia”, e “nem envolve o poder de editar diretamente atos
substitutivos daqueles de competência da autarquia”, pois continua ínsita às prerrogativas da
pessoa política o poder jurídico de verificar a regularidade da actividade desenvolvida no âmbito
da autarquia”. Posto isso, “a identificação de algum desvio ou irregularidade deve acarretar
determinações aos órgãos da autarquia para a adoção das providências cabíveis”. O poder de
controle se diferencia da hierarquia.

A hierarquia é definida por Celso Antônio Bandeira de Mello “como vínculo de autoridade que
une órgãos e agentes, através de escalões sucessivos, numa relação de autoridade, de superior a
inferior, de hierarca a subalterno”. Ela confere ao hierarca “uma contínua e permanente
autoridade sobre toda a actividade administrativa dos subordinados”, e pressupõe, para o
publicista:
(i) Poder de comando: que autoriza o hierarca “a expedir determinações gerais (instruções) ou
específicas a um dado subalterno (ordens), sobre o modo de efetuar serviços”);

(ii) Poder de fiscalização: que lhe possibilita inspecionar “as actividades dos órgãos e agentes
que olhe são subordinados”;

(iii) Poder de revisão: “que lhe permite, dentro dos limites legais, alterar ou suprimir as
decisões dos inferiores, mediante revogação, quando inconveniente ou inoportuno o ato
praticado, ou mediante anulação, quando se revestir de vício jurídico”);

(iv) Poder de punir: que lhe possibilita “aplicar sanções estabelecidas em lei aos subalternos
faltosos”;
(v) Poder de dirimir controvérsias de competência: que lhe possibilita solver “conflitos
positivos (quando mais de um órgão se reputa competente) ou negativos (quando nenhum deles
se reconhece competente)”; e

(vi) Poder de delegar ou avocar competências: que é exercitável exclusivamente na forma da


lei.

Portanto, a palavra controle é empregada pela doutrina em sentido amplo, em contraposição


à figura da hierarquia; na medida em que “designa o poder que a Administração Central tem de
influir sobre a pessoa descentralizada”, e não de actuar diretamente sobre ela; num contexto em

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que, “enquanto os poderes do hierarca são presumidos, os do controlados só existem quando
previstos em lei e se manifestam apenas em relação aos atos nelas indicados”.

2.3.1. AUTARQUIAS ESPECIAIS.

As autarquias especiais aquelas cujas decisões “não são passíveis de apreciação por outros
órgãos ou entidades da Administração Pública”. São exemplos delas:

(i) As agências: instituídas “no processo de modernização do Estado” com o objetivo


de exercer controle (regulação) sobre “pessoas privadas incumbidas da prestação de
serviços públicos” (em geral “sob a forma de concessão ou permissão”) e também
na de intervenção no domínio econômico, quando necessário para evitar abusos
nesse campo, perpetrados por pessoas da iniciativa privada”;
(ii) As universidades públicas: às quais a Constituição confere “autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial” e faculta “admitir
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei” e que abarcam,
inclusive, as instituições de pesquisa científica e tecnológica; e
(iii) As autarquias reguladoras de categorias profissionais: constituídas pelos “entes
reguladores de profissão foram criados por lei ao longo do tempo”.

2.4.FUNDAÇÕES PÚBLICAS

Em termos do conceito, as fundações públicas são pessoas colectivas de direito público,


criadas pelo Conselho de Ministros, destinadas a gerir no interesse geral, patrimónios ou fundos
públicos. A criação das fundações públicas é independente da dotação inicial do património,
recursos materiais ou financeiros que constituem o seu substrato. Quanto à natureza, as
fundações públicas adoptam sempre a natureza de institutos públicos, devendo na sua
denominação apresentar menções que permitam a sua distinção dos restantes tipos
institucionais. Quando a fundação tenha por objectivo a satisfação complementar de
necessidades de ordem económica, social e cultural de seus membros, funcionários e agentes
da administração pública, adopta a forma de serviços sociais. O regime jurídico de criação,

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organização e tutela das fundações públicas é, com as necessárias adaptações, o dos institutos
públicos.

2.5.Empresas Públicas

As empresas públicas são pessoas colectivas de direito público, dotadas de personalidade


jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, criadas pelo Decreto do
Conselho de Ministros, com capitais próprios ou de outras entidades públicas, para realizar a
sua actividade no quadro dos objectivos traçados do diploma da sua criação. O decreto de
criação de empresas públicas deve aprovar os respectivos estatutos, tendo em conta a viabilidade
económica, financeira e social comprovada pelo estudo previamente elaborado.

Integram o sector empresarial do Estado as unidades produtivas ou comerciais que são


exclusivas ou maioritariamente participadas pelo Estado e que adoptam a forma de organização
e funcionamento empresarial. Assim, o sector empresarial do Estado garante: (a) o exercício de
actividades nas áreas consideradas estratégicas, nomeadamente económicas nos ramos de
indústria, mineração, energia, hidrocarbonetos, turismo, transporte e do comércio ou; (b)
obtenção de níveis adequados de satisfação das necessidades da colectividade, bem como a
promoção do desenvolvimento segundo os parâmetros exigentes de qualidade, economia,
eficiência e eficácia, contribuindo igualmente para o equilíbrio económico e financeiro do
conjunto do sector público.

2.6.Sociedades De Economia Mista

é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei,
sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à
União, aos Estados, ao Distrito, aos Municípios ou a entidade da administração indireta

2.6.1. Características destas Sociedades

 Criação autorizada por lei;


 Participação do Estado e de agente particular na composição do capital social e
administração da entidade;

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 Estrutura de direito privado (sociedade por ações);
 Personalidade jurídica de direito privado;
 Controle estatal. Exemplos de entidades desta natureza: Petrolíferas, etc.

2.7.ENTES DE COOPERAÇÃO

Essas pessoas jurídicas são conhecidas por entes de cooperação ou entidades paraestatais,
porque colaboram ou cooperam com o Estado no desempenho de uma actividade de interesse
colectivo, embora não integrem a Administração, residindo apenas ao lado dela. São pessoas
jurídicas de direito privado que, sem fins lucrativos, realizam projectos de interesse do Estado,
prestando serviços não exclusivos e viabilizando o seu desenvolvimento. Por isso, recebem
ajuda por parte dele, desde que preenchidos determinados requisitos estabelecidos por lei
específica para cada modalidade. Sujeitam-se a controle pela Administração Pública e pelo
Tribunal de Contas. O seu regime jurídico é predominantemente privado, contudo parcialmente
derrogado por regras de direito público. Compreendem entes de cooperação: os serviços sociais
autônomos; as entidades de apoio; as organizações sociais e as organizações da sociedade civil
de interesse público e as novas parcerias.

 1º SECTOR: Estado.
 2º SECTOR: Iniciativa Privada com fins lucrativos.
 3º SECTOR: Iniciativa Privada sem fins lucrativos: pessoas jurídicas de direito privado,
que não integram a estrutura da A.P., mas que com ela mantém, por razões diversas e
por meio de formas diferenciadas, parcerias com o intuito de preservar o interesse
público.

2.7.1. Serviços Sociais Autônomos

São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito privado, destinados a ministrar
assistência ou ensino a determinadas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins
lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
São entes paraestatais, de cooperação com o Poder Público, com administração e patrimônio
próprios, revestidos na forma de instituições particulares convencionais (fundações, sociedades
civis ou associações) ou peculiares ao desempenho de suas incumbências estatutárias. Exemplos

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desses entes são os diversos serviços sociais da indústria e do comércio, com estrutura e
organização especiais.

Essas instituições, embora oficializadas pelo estado, não integram a Administração direta nem a
indireta, mas trabalham ao lado do Estado, sob seu amparo, cooperando nos setores, actividades
e serviços que lhes são atribuídos, por considerados de interesse específico de determinados
beneficiários. Recebem, por isso, oficialização do poder Público e autorização legal para
arrecadarem e utilizarem na sua manutenção contribuições parafiscais, quando não subsidiadas
diretamente por recursos orçamentários da entidade que os criou.

Assim, os serviços sociais autônomos, como entes de cooperação, do gênero paraestatal,


estabelecem-se ao lado do estado e sob seu amparo, mas sem subordinação hierárquica a qualquer
autoridade pública.

2.8.ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)

“São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas ao ensino, à pesquisa
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura,
à saúde, desde que possuam como órgão de deliberação superior em conselho de administração e
a participação de representantes do Poder Público e da Comunidade, de notória capacidade
profissional e idoneidade moral” (ROSA, 2006, p. 49).

Origem: Pessoa privada sem fins lucrativos que buscam se qualificar como organização social,
junto ao Ministério da área de actuação. Essa qualificação é um ato discricionário. Uma vez
qualificada como organização social, firma-se um Contrato de Gestão (com metas fixadas e
definição dos recursos).

Pode actuar na área:

1) Ensino;

2) Pesquisa Científica;

3) Desenvolvimento Tecnológico;
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4) Meio Ambiente;

5) Cultura;

6) Saúde.

2.9.ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP)

“São pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sem a participação do Estado e sem
finalidade lucrativa, e que tenham por objeto social a execução de serviços sociais que não sejam
próprios do Estado. Recebem tal qualificação (organização social de interesse público) e podem
celebrar termo de parceria com o Estado, que incentivará a sua participação.
A qualificação é conferia pelo Ministério da Justiça e o termo de parceria é firmado com a
Administração Direta (ministério ou secretaria da área em que actuar a entidade privada)” (ROSA,
2006, p. 50-51).

Actuam nas seguintes áreas: 1) Assistência Social; 2) Cultura; 3) Patrimônio Histórico; 4)


Educação; 5)Saúde; 6) Segurança Alimentar; 7) Meio ambiente; 8) Promoção do Voluntariado; 9)
Sistemas Alternativos de Produção; 10) Assessoria Jurídica Gratuita; 11) Promoção da Ética, Paz,
Cidadania, Direitos Humanos, Democracia e outros Valores Universais.

Não se podem qualificar como OSCIP: 1) Sociedades Comerciais; 2) Sindicatos; 3) Instituições


Religiosas; 4) Organizações Partidárias; 5) Planos de Saúde; 6) Entidades de Benefício Mútuo
destinadas a proporcionar serviços a um círculo restrito de associados; 7) Hospitais pagos; 8)
Escolas pagas; 9) Cooperativas; 10) Organizações Sociais; 11) Fundações Públicas ou Privadas
mantidas por órgãos públicos; 12) Organizações Creditícias.

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS VERSUS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL


DE INTERESSE PÚBLICO

Pontos comuns
 São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos.
 Prestam serviços sociais não exclusivos do Estado.

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 Recebem qualificação pelo Poder Público.
 Contam com incentivo do Estado.
 Submetem-se ao controle da Administração, tanto internamente, feito por algum
órgão do Poder Executivo, quanto externamente, pelo Poder Legislativo, com auxílio.
 Estão obrigadas a realizar licitação pública para contratações de bens e serviços, e ,
quando for o caso, obrigatoriamente por pregão.
 Estão sujeitas ao controle judicial, inclusive com a possibilidade de decretação de
Indisponibilidade e sequestro de bens da entidade, de seus dirigentes e de agentes
públicos envolvidos.
 A perda da qualificação (como entidade paraestatal) pode se dar por pedido ou
mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, assegurados a
ampla defesa e o devido contraditório.

Diferenças

OS OSCIP

Vinculo jurídico Contratos de Gestão Termo de parceria

Entidade Em regra ad hoc (criada para Preexistência à qualificação


aquele fim).

Objectivo Privatizar a Administração Parceria para prestação de


serviço social

Qualificações Acto Discricionário. Acto vinculado

Participação da entidade Exigência de Representantes Não há exigência de


do Poder Público no Conselho
representantes do poder
da Administração
público.

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3. CONCLUSÃO
Findo o trabalho com mais conhecimentos adquiridos sobre a organização administrativa do
Estado: administração Indirecta que no seu conceito é o conjunto de pessoas jurídicas (desprovidas
de autonomia política) que, vinculadas à Administração Directa, têm a competência para o
exercício de actividades administrativas, de forma descentralizada.

E composta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela
execução de actividades administrativas que necessitam ser desenvolvidas de forma
descentralizada. São elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais, mais
especificamente, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Com tudo que descrito neste trabalho foi possível concluir que o estado em si está muito bem
organização e definido para ter o melhor funcionamento, e que para que administração pública
Indirecta desempenhe um óptimo funcionamento depende de uma boa governação por parte da
administração pública directa.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MADUREIRA, Claudio. Resumos de Direito Administrativo, Editora virtualis, 2020.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 31ª ed. São Paulo:
Atlas, 2017.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 31ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública: concessão, permissão,
franquia, terceirização, parceria público privada e outras formas. 8ª ed. São Paulo: Atlas,
2011.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 8ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 38ª ed. São Paulo: Malheiros,
2012.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 30ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.

MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios Gerais de Direito Administrativo, v. II. Rio
de Janeiro: Forense, 1969.

ROCHA, Silvio Luís Ferreira. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2013.

CABRAL, Nuria Micheline Meneses. administração pública: entes de cooperação, paraestatais.


Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2014.

Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

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