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Introdução a vetores e geometria analítica

Alexandre Pereira Sousa


Iedo Alves de Souza
Luis Presley Serejo dos Santos

INTRODUÇÃO
A VETORES E
GEOMETRIA
ANALÍTICA
1ª Edição

1
Alexandre Pereira Sousa
Iedo Alves de Souza
Luis Presley Serejo dos Santos

Introdução a vetores e
geometria analítica

1ª Edição

São Luís - MA
IFMA
2018
Instituto Federal do Maranhão
Francisco Roberto Brandão Ferreira
Reitor
Ximena Paula Nunes Bandeira Maia da Silva
Pró-reitora de Ensino
Natilene Mesquita Brito
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação
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Pró-reitor de Extensão e Relações Institucionais
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Pró-reitor de Administração
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©2018 dos autores


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direitos autorais (Lei 9.610/98).
Direitos Reservados desta edição
Editora IFMA

Luís Cláudio de Melo Brito Rocha


Projeto gráfico e Diagramação

Sousa, Alexandre Pereira; Souza, Iedo Alves de; Santos, Luis


Presley Serejo dos.
S725c Cálculo vetorial e geometria analítica. / Alexandre Pereira
Sousa. Iedo Alves de Souza. Luis Presley Serejo dos Santos.
_ São Luís: EDIFMA, 2018.

152 p. : il. ;
Inclui Bibliografia
ISBN: 978-85-69745-38-9

1. Cálculo Vetorial. 2. Geometria Analítica. 3. Vetores.


I. Título.

CDU 517.43

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Michelle S. Pinto – CRB 13/622


Conselho Editorial da Editora IFMA
Presidente
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Henio Henrique Aragão Rego
Ciências Agrárias
Marcio da Silva Vilela Bibliotecário/documentalista
José Antonio Alves Cutrim Junior Michelle Silva Pinto
Denise Dayse da Conceição Santana
Ciências da Natureza
José Manuel Rivas Mercury Técnico Administrativo
Rafael Mendonça Almeida Tassio Teixeira Moraes
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Ciências Humanas e Sociais
Odaleia Alves da Costa Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação
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Engenharias Pró-reitoria de Extensão


Ginalber Luiz de Oliveira Serra Fernando Antonio Carvalho de Lima
Kleber Zuza Nobrega
Apoio Técnico
Letras Diego Deleon Mendonça Macedo
Paula Francinete Ribeiro de Araújo Luís Cláudio de Melo Brito Rocha
Joelina Maria da Silva Santos
Sumário
Coordenadas cartesianas, polares, Cilíndricas
e Esféricas............................................................. 9

Vetores, soma, multiplicação por escalar,


dependência linear e base.............................. 33

Produto escalar, produto vetorial e produto


misto................................................................... 77

Geometria analítica no espaço: distância entre


dois pontos, razão de secção, ponto divisor,
ponto médio, estudo da reta e estudo do
plano................................................................. 105

Estudo das cônicas: parábola, elipse e


hipérbole.......................................................... 129

Referências....................................................... 150
Capítulo 1

Coordenadas Cartesianas, Polares,


Cilíndricas e 1Esféricas
CAPÍTULO
Capitulo 1
COORDENADAS CARTEIANAS, POLARES,

Coordenadas cartesianas, CILÍNDRICAS E ESFÉRICAS

polares, Cilíndricas e Esféricas


1.1 Coordenadas Cartesianas

Antes de falarmos sobre Produto Cartesiano vamos conceituar Par Ordenado. A cada elemento
𝑎𝑎 e cada elemento 𝑏𝑏 associamos um terceiro elemento (𝑎𝑎, 𝑏𝑏) denominado Par Ordenado, de
modo que: (𝑎𝑎1 , 𝑏𝑏1 ) = (𝑎𝑎2 , 𝑏𝑏2 ) ⇔ 𝑎𝑎1 = 𝑎𝑎2 e 𝑏𝑏1 = 𝑏𝑏2 .
1.1 Coordenadas Cartesianas
Definição 1.1.1 (Produto Cartesiano). Dados dois conjuntos 𝑋𝑋 e 𝑌𝑌, o produto cartesiano entre os
Antesconjuntos
de falarmos sobre
𝑋𝑋 e 𝑌𝑌, Produto formado
é o conjunto Cartesiano
por vamos
todos osconceituar Par Ordenado.
pares ordenados A que
(𝑎𝑎, 𝑏𝑏) tais cada𝑎𝑎elemento
∈ 𝑋𝑋 e a
e cada
𝑏𝑏 ∈elemento
𝑌𝑌. b associamos um terceiro elemento (a, b) denominado Par Ordenado, de modo
que: (a1 , b1 ) = (a2 , b2 ) ⇔ a1 = a2 e b1 = b2 .
Em símbolos: 𝑋𝑋×𝑌𝑌 = {(𝑎𝑎, 𝑏𝑏)|𝑎𝑎 ∈ 𝑋𝑋 e 𝑏𝑏 ∈ 𝑌𝑌}
Definição 1.1.1 (Produto Cartesiano). Dados dois conjuntos X e Y, o Produto Cartesiano entre os
conjuntos X e Y, é o conjunto formado por todos os pares ordenados (a, b) tais que a ∈ X e b ∈ Y.
Exemplos:
Em símbolos: XxY = {(a, b) | a ∈ X e b ∈ Y}
1. Dados os conjuntos 𝑋𝑋 = {1,2,3,4} e 𝑌𝑌 = {1,2,3} temos que:
Exemplos:
1.𝑋𝑋×𝑌𝑌
Dados= {(1,1), (1,2), X(1,3),
os conjuntos = {1,(2,1), (2,2),
2, 3, 4} eY = (2,3),
{1, 2,(3,1), (3,2),
3} temos (3,3), (4,1), (4,2), (4,3)}
que:
XxY = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (4, 1), (4, 2), (4, 3)}
ee
Y xX = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4)}
𝑌𝑌 × 𝑋𝑋 = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4) }
cujas representações geométricas são:
cujas representações geométricas são:
2. Dados os conjuntos e E = [−3, −1] ∪ (1, 3] e F = [1, 3), abaixo descrevemos ExF e F xE.
O plano cartesiano R2 = R × R representa o conjunto de todos os pares ordenados (x, y) com
x, y ∈ R. O R2 é dividido em regiões de acordo com os sinais dos eixos coordenados. Estas regiões
são chamadas de quadrantes. Vejamos:

1. 1o Quadrante = (x, y) ∈ R2 | x > 0 e y > 0


 

2. 2o Quadrante = (x, y) ∈ R2 | x < 0 e y > 0


 

3. 3o Quadrante = (x, y) ∈ R2 | x < 0 e y < 0


 

4. 4o Quadrante = (x, y) ∈ R2 | x > 0 e y < 0


 

Figura 1.1 – Produto Cartesiano

9
Introdução a vetores e geometria analítica

2. Dados os conjuntos 𝐸𝐸 = [−3, −1] ∪ (1,3] e 𝐹𝐹 = [1,3), abaixo descrevemos 𝐸𝐸×𝐹𝐹 e


𝐹𝐹×𝐸𝐸.

2. Dados os conjuntos 𝐸𝐸 = [−3, −1] ∪ (1,3] e 𝐹𝐹 = [1,3), abaixo descrevemos 𝐸𝐸×𝐹𝐹 e


𝐹𝐹×𝐸𝐸.

Figura 1.2 – Produto Cartesiano

O plano cartesiano ℝ2 = ℝ×ℝFigura 1.2 – Produto Cartesiano


representa o conjunto de todos os pontos (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) com 𝑥𝑥, 𝑦𝑦 ∈ ℝ.
O plano cartesiano ℝ2 = ℝ×ℝ representa o conjunto de todos os pontos (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) com 𝑥𝑥, 𝑦𝑦 ∈ ℝ.
O ℝ2 é dividido em regiões de acordo com os sinais dos eixos coordenados. Estas regiões são
Ochamadas
ℝ2 é dividido
deem regiões de acordo
quadrantes. com os sinais dos eixos coordenados. Estas regiões são
Vejamos:
chamadas de quadrantes. Vejamos:
2
• • 1º 1º 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 = {(𝑥𝑥,=𝑦𝑦){(𝑥𝑥,
∈ ℝ𝑦𝑦)
2 ∈ ℝ |𝑥𝑥 > 0 𝑒𝑒 𝑦𝑦 > 0}
|𝑥𝑥 > 0 𝑒𝑒 𝑦𝑦 > 0}
• 2º 2º 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 2 ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 < 0 𝑒𝑒 𝑦𝑦 > 0}
• 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 = {(𝑥𝑥,=𝑦𝑦){(𝑥𝑥,
∈ ℝ𝑦𝑦) |𝑥𝑥 < 0 𝑒𝑒 𝑦𝑦 > 0}
• • 3º 3º 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 = {(𝑥𝑥,=𝑦𝑦){(𝑥𝑥,
∈ ℝ𝑦𝑦)
2
|𝑥𝑥∈<ℝ02𝑒𝑒|𝑥𝑥𝑦𝑦<
< 00} 𝑒𝑒 𝑦𝑦 < 0}
2
• • 4º 4º
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 = {(𝑥𝑥,=𝑦𝑦){(𝑥𝑥,
𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 ∈ ℝ𝑦𝑦) |𝑥𝑥∈>ℝ 2
0 𝑒𝑒|𝑥𝑥𝑦𝑦>
< 00} 𝑒𝑒 𝑦𝑦 < 0}
• Bissetriz dos quadrantes impares 𝛽𝛽13 formada por pontos 𝑃𝑃 cujas características são
• Bissetriz dos quadrantes impares 𝛽𝛽13 formada por pontos 𝑃𝑃 cujas características são
𝑃𝑃(𝑥𝑥, 𝑥𝑥)
𝑃𝑃(𝑥𝑥, 𝑥𝑥)
• Bissetriz dos quadrantes pares 𝛽𝛽24 formada por pontos 𝑄𝑄 cujas características são
Bissetriz
• 𝑄𝑄(𝑥𝑥, −𝑥𝑥) dos quadrantes pares 𝛽𝛽24 formada por pontos 𝑄𝑄 cujas características são
𝑄𝑄(𝑥𝑥,
• 𝑋𝑋(𝑥𝑥, −𝑥𝑥)sobre o eixo 𝑥𝑥
0) ponto
• • 𝑌𝑌(0, 0) ponto
𝑦𝑦) ponto
𝑋𝑋(𝑥𝑥, sobresobre
o eixo 𝑦𝑦o eixo 𝑥𝑥
ponto sobre o eixo 𝑦𝑦
• 𝑌𝑌(0, 𝑦𝑦)Gráfica:
Representação

Representação Gráfica:

10
Introdução a vetores e geometria analítica
Observação:
Os seguintes produtos são claros:
Observação:
Os seguintes
• 𝐴𝐴×𝐵𝐵 produtos
=∅⟺ são𝐴𝐴claros:
= ∅ 𝑒𝑒 𝐵𝐵 = ∅
• • 𝐴𝐴×𝐵𝐵
𝐴𝐴×𝐵𝐵=≠∅𝐵𝐵×𝐴𝐴
⟺ 𝐴𝐴 = ∅ 𝑒𝑒 𝐵𝐵 = ∅
• • 𝐴𝐴×𝐵𝐵 2
𝐴𝐴 =≠𝐴𝐴×𝐴𝐴
𝐵𝐵×𝐴𝐴
2
• 𝐴𝐴 = 𝐴𝐴×𝐴𝐴
Exercícios Resolvidos:
1) Represente
Exercícios Resolvidos:geometricamente os pontos 𝑃𝑃1 (1, −1), 𝑃𝑃2 (1,1), 𝑃𝑃3 (2,0),
1) Represente
𝑃𝑃4 (−1, −1),geometricamente
𝑃𝑃5 (0,4) e 𝑃𝑃6 (2,3).os pontos 𝑃𝑃1 (1, −1), 𝑃𝑃2 (1,1), 𝑃𝑃3 (2,0),
(−1, −1), 𝑃𝑃5 (0,4) e 𝑃𝑃6 (2,3).
𝑃𝑃4Resolução:
Resolução:

2) Represente geometricamente os conjuntos:


2)a)Represente
𝑋𝑋 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦)geometricamente
∈ ℝ2 |1 ≤ 𝑥𝑥 ≤os3conjuntos:
𝑒𝑒 2 < 𝑦𝑦 ≤ 4}
a)b)𝑋𝑋𝑌𝑌=={(𝑥𝑥, 22
{(𝑥𝑥,𝑦𝑦)𝑦𝑦)∈∈ℝℝ|1|𝑥𝑥≤=𝑥𝑥 2≤𝑒𝑒3 𝑦𝑦𝑒𝑒 ∈2ℝ<+ }𝑦𝑦 ≤ 4}
b)c)𝑌𝑌𝑍𝑍=={(𝑥𝑥, 22
{(𝑥𝑥,𝑦𝑦)𝑦𝑦)∈∈ℝℝ +
|𝑥𝑥|𝑥𝑥=≥2 2𝑒𝑒 𝑒𝑒𝑦𝑦 𝑦𝑦∈>ℝ1} }
c)d)𝑍𝑍 𝑊𝑊
= {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) 𝑦𝑦)
= {(𝑥𝑥, ∈ℝ 2 2
∈ℝ|𝑥𝑥 |𝑥𝑥
≥2 ∈ℝ 𝑒𝑒 𝑦𝑦𝑒𝑒 >1 1}
< 𝑦𝑦}
d) 𝑊𝑊 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ |𝑥𝑥 ∈ ℝ 𝑒𝑒 1 < 𝑦𝑦}
2

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Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios 1.1.1.
Descreva os seguintes conjuntos:
1) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |0 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 3 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 = 0 𝑒𝑒 0 ≤ 𝑦𝑦 ≤ 2}
2) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 | − 1 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 1 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = ℝ
3) 𝐴𝐴 = {1,2,3,4} e 𝐵𝐵 =] − 1,2]
4) 𝐴𝐴 = { (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 + 𝑦𝑦 > 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≤ 1}
5) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≥ 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 ||𝑥𝑥| + |𝑦𝑦| = 1}
6)

Figura 1.6: Localização de pontos em coordenadas polares

Coordenadas Polares no ℝ2
12
Introdução a vetores e geometria analítica

1.2 Coordenadas Polares Plano R2


Vamos considerar uma semi-reta Ox � é chamada de eixo polar e O a
� de origem O de um plano. Ox
origem, chamada polo, juntos determinam o sistema polar.

Figura 1.3: Eixo polar

Consideremos um ponto P qualquer do plano e seja r a distância do ponto P ao polo O, isto


é, dOP¯ = r. Se P  O, P se encontra sobre uma semi-reta determinada com a origem O. Esta
semi-reta determina um ângulo θ, medido em radiano ou grau, com o eixo-polar. O par ordenado
(r, θ) é designado de coordenadas polares.

Figura 1.4: O ponto em Coordenadas Polares

Exercícios 1.2.1. Localize os pontos: P1 3, π3 , P2 3, π4 , P3 −4, 2π , P 2, , P 2, e


         
−7π −3π
3 4 4 5 4
P6 4, 5π .
 
3

Resposta do Exercício:

Figura 1.5: Pontos em coordenadas polares - Resposta

De forma clara, um ponto do plano, em relação ao sistema polar, fica determinado pela inter-
secção de uma circunferência de centro O e raio r e a semi-reta de origem O e inclinação θ.

3
13
3) 𝐴𝐴 = {1,2,3,4} e 𝐵𝐵 =] − 1,2]
4) 𝐴𝐴 = { (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 + 𝑦𝑦 > 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≤ 1}
5) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≥ 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 ||𝑥𝑥| + |𝑦𝑦| = 1}
Introdução a vetores e geometria analítica
6)

Figura 1.6:1.6:
Figura Localização depontos
Localização de pontos em coordenadas
em coordenadas polares polares

Figura 1.6: Localização de pontos em coordenadas polares

1.3 Relação entre Coordenadas Cartesianas e Coordenadas Po-


lares no R2
.
consideremos o eixo polar Ox� coincidindo com o eixo - x positivo do sistema de coordenadas
cartersianas ortogonais, e um ponto P situado no 10 quadrante, conforme figura:

Coordenadas Polares no ℝ2

CoordenadasPolares
Figura 1.7: Coordenadas Polareseno ℝ2
Coordenadas Cartesianas

observando o triângulo OP1 P retângulo no vértice P1 temos:


 2
x = r cosθ x = r2 cos2 θ


y = r senθ y2 = r2 sen2 θ
adicionando as duas equações,  temos:
x2 + y2 = r2 cos2 θ + r2 sen2 θ = r2 cos2 θ + sen2 θ = r2 1 = r2 ⇒ r = x2 + y2 .
 

note ainda que:


tanθ = yx ⇒ θ = arctan−1 yx .
 

Exercícios 1.3.1. 1. Dados os pontos em coordenadas polares, convertê-los em coordenadas


cartesianas.

14 4
Introdução a vetores e geometria analítica

• P(6, 30o ).
Resposta:
Temos r = 6 e θ = 30o . Então:
√ √
x = rcosθ = 6cos30o = 6 23 = 3 3
y = rsenθ = 6sen30o = 6 21 = 3

Logo P(6, 30o ) ≈ P(3 3, 3).
• P(−3, 5π
6
).
Resposta:
Temos r = −3 e θ = 5π 6 √
3

x = rcosθ = −3cos 5π
6
= −3(− 2
) = 32 3
y = rsenθ = −3sen 5π
6 √
= −3 12 = − 32
Logo P(−3, 5π
6
) ≈ P( 32 3, − 23 ).

2. Dadas as coordenadas cartesianas, convertê-las em coordenadas polares com r ≥ 0 e 0 ≤


θ ≤ 2π.

• P(3, 3).
Resposta:

3) ⇒ x = 3 √
P(3,  e y = 3, então:
√ √ √
r = x2 + y2 = 32 + 32 = 9 + 9 = 18 = 3 2.
tanθ = 33 = 1 ⇒ θ = arctan1 = π4 .

Logo P(3, 3) ≈ P(3 2, π4 ).

• P(2, −2 3).
Resposta:
√ √
P(2, −2 3) ⇒ x= 2 e y = −2 3, então:
√ √ √
r = x2 + y2 = 22 + (−2 3)2 = 4 + 12 = 16 = 4.

√ √ √
tanθ = −22 3 = − 3 ⇒ θ = arctan(− 3) = π3 .

Logo P(2, −2 3) ≈ P(4, − π3 ).

15
Introdução a vetores e geometria analítica

1.4 Distância entre dois Pontos em Coordenadas Polares


Consideremos os pontos P1 (r1 , θ1 ) e P2 (r2 , θ2 ) em coordenadas polares, descrito no gráfico abaixo:

Figura 1.8: Distância entre dois Pontos em Coordenadas Polares

Queremos determinar a distância d entre os pontos P1 (r1 , θ1 ) e P2 (r2 , θ2 ). Note que OP1 P2 é um
triângulo e d é oposto ao ângulo θ2 − θ1 . Utilizando a lei dos cossenos temos:

2 2 2
dP1 P2 = r1 + r2 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 ) ⇒ dP1 P2 = r12 + r22 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 )
.

Exemplo:
Determine a distância entre os pontos P1 (−2, π3 ) e P2 (2, − π3 ).

Resposta:

dP1 P2 = r12 + r22 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 )

π π
⇒ dP1 P2 = 22 + 22 − 2 · 2 · 2 · cos(− − )
3 3


⇒ dP1 P2 = 4 + 4 − 8 · cos(− )
3


⇒ dP1 P2 = 8 − 8 · cos(− )
3
1

⇒ dP1 P2 = 8 − 8 · (− )
2

⇒ dP1 P2 = 8 + 4

⇒ dP1 P2 = 12

6
16
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios 1.4.1. 1. Localize os seguintes pontos: P1 (1, π3 ), P2 (−2, π4 ), P3 (5, 3π


4
), P4 (−3, 7π
4
)
e P5 (−3, π6 ).

2. Determine a distância entre os pontos:


a) P1 (2, π3 ) e P2 (−1, 7π
4
).

b) P1 (−1, π6 ) e P2 (−2, π3 ).

c) P1 (2, π4 ) e P2 (−1, 5π
3
).

7
17
Introdução a vetores e geometria analítica

1.5 Sistema de eixos Coordenados no espaço R3 = R × R × R


Sejam x, y e z três retas perpendiculares entre si, concorrentes num ponto O. Desta forma determi-
namos um sistema de coordenadas cartesianas de eixos x, y e z e origem O, conforme é mostrado
na figura abaixo.

Figura 1.9: Sistema de eixos Coordenados

¯′ indica o eixo − x ou eixo das abscissas.


• xx

• yy¯′ indica o eixo − y ou eixo das ordenadas.

• zz¯′ indica o eixo − z ou eixo das cotas.


¯ indica o eixo − x positivo e Ox
• Ox ¯ ′ indica o eixo − x negativo.

¯ indica o eixo − y positivo e Oy


• Oy ¯ ′ indica o eixo − y negativo.

¯ indica o eixo − z positivo e Oz


• Oz ¯ ′ indica o eixo − z negativo.

Os eixos coordenados, considerados dois a dois, definem os planos coordenados xOy, yOz e xOz.
Estes mesmos planos coordenados dividem o espaço em oito regiões chamadas de octantes.

1.6 O ponto no espaço R3 - Coordenadas Cartesianas


Nosso objetivo agora é trabalhar a representação de um ponto no espaço. Consideremos o P (x0 , y0 , z0 )
do espaço R3 . A partir da origem O do sistema de eixos coordenados marcamos o ponto P′ (x0 , y0 , 0)
no plano xOy, determinando assim um paralelogramo OAP′ B, onde O(0, 0, 0), A(x0 , 0, 0), P′ (x0 , y0 , 0)
e B(0, y0 , 0). Por P′ (x0 , y0 , 0) conduzimos uma reta paralela ao eixo-z e pelo ponto C(0, 0, z0 ) traça-
mos uma paralela à diagonal OP′ do paralelogramo OAP′ B até encontrar a reta paralela ao eixo-z,
determinando assim o ponto P(x0 , y0 , z0 ) do espaço R3 .

8
18
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 1.10: Ponto no Espaço em Três Dimensões

Figura 1.11: Ponto no Espaço em Três Dimensões

Definição 1.6.1 (Octantes). As regiões do espaço definidas a partir dos sinais dos eixos coordena-
dos são denominados de octantes.

Octantes:

• 1o octante - Região do espaço relativa a oxyz: x > 0, y > 0 e z > 0

• 2o octante - Região do espaço relativa a ox′ yz: x < 0, y > 0 e z > 0

9
19
Introdução a vetores e geometria analítica

• 3o octante - Região do espaço relativa a oxy′ z: x > 0, y < 0 e z > 0

• 4o octante - Região do espaço relativa a ox′ y′ z: x < 0, y < 0 e z > 0

• 5o octante - Região do espaço relativa a oxyz′ : x > 0, y > 0 e z < 0

• 6o octante - Região do espaço relativa a ox′ yz′ : x < 0, y > 0 e z < 0

• 7o octante - Região do espaço relativa a oxy′ z′ : x > 0, y < 0 e z < 0

• 8o octante - Região do espaço relativa a ox′ y′ z′ : x < 0, y < 0 e z < 0

Figura 1.12: Octantes

20
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplos:
Represente geometricamente os pontos e indique sua localização nos octantes:
A(0, 1, 1), B(−2, 0, 3), C(−3, −1, 0), D(1, 0, 0), E(0, 2, 0), F(0, 0, −3), G(2, 3, 2), H(2, −2, 3), I(−3, 2, −4),
J(−2, −3, −5) e L(2, −3, −1).

Respostas:

Figura 1.13: Pontos A e B

Figura 1.14: Pontos C, D, E e F

1121
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios 1.1.1.
Descreva os seguintes conjuntos:
1) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |0 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 3 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 = 0 𝑒𝑒 0 ≤ 𝑦𝑦 ≤ 2}
2) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 | − 1 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 1 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = ℝ
3) 𝐴𝐴 = {1,2,3,4} e 𝐵𝐵 =] − 1,2]
Exercícios 1.1.1.
4) 𝐴𝐴 = { (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 + 𝑦𝑦 > 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≤ 1}
Descreva os seguintes conjuntos:
5) 𝐴𝐴 =1){(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ 2 2
|𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 ≥ 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ ||𝑥𝑥|
2 2
+ |𝑦𝑦| = 1}
𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ |0 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 3 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 = 0 𝑒𝑒 0 ≤ 𝑦𝑦 ≤ 2}
6) 2) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 | − 1 ≤ 𝑥𝑥 ≤ 1 𝑒𝑒 𝑦𝑦 = 0} e 𝐵𝐵 = ℝ
3) 𝐴𝐴 = {1,2,3,4} e 𝐵𝐵 =] − 1,2]
4) 𝐴𝐴 = { (𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 + 𝑦𝑦 > 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≤ 1}
5) 𝐴𝐴 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 |𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 ≥ 1} e 𝐵𝐵 = {(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) ∈ ℝ2 ||𝑥𝑥| + |𝑦𝑦| = 1}
6)

Figura 1.15: Pontos G, H, I e J

1.7 Coordenadas Polares no R3


Consideremos o sistema de eixos cartesianos P(X, Y, Z) um ponto referido a esse sistema.As coor-
denadas polares relacionadas é a medida algébrica do segmento OP ¯ e os ângulos determinados por
esse segmento e os eixos coordenados.
Consideremos α, β e γ os ângulos determinados por OP ¯ e os
Figura 1.6: Localização de pontos em coordenadas polares
eixos x, y e z respectivamente e tome-
mos OP¯ = ρ. Desta forma as coordenadas polares no R3 são ρ = OP, ¯ α, β e γ.
Figura 1.6: Localização de pontos em coordenadas polares

Figura 1.16: Coordenadas Polares no R3

Coordenadas Polares no ℝ2
Coordenadas Polares no ℝ2
22
Introdução a vetores e geometria analítica

Conversão Entre Coordenadas Cartesianas Ortogonais e Coordenadas Polares.


Considerando um ponto P(x, y, z) em coordenadas cartesianas ortogonais, vamos estabelecer uma
relação entre essas coordenadas e as coordenadas polares ρ, α, β e γ.

Figura 1.17: Relação


Figura entre Coordenadas
1.17: Relação Cartesianas
entre Coordenadas Cartesianas e Coordenadas
e Coordenadas Polares no ℝ3 Polares no R3

• Consideremos
4. Dados dois o triângulo
vetores 𝑣𝑣definido
𝑣𝑣1 e ⃗⃗⃗⃗ pelos pontos OAB 𝑣𝑣1 −retângulo
𝑣𝑣12 +em 𝑣𝑣 e) ou
(−A seja d = OB sua
⃗⃗⃗⃗ 2 , a operação de subtração ⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣 = ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗
2 2
⃗⃗⃗⃗
22
resulta
hipotenusa. Então, ¯ = OA ¯ + AB ¯ ou seja d2 = x2 + y2 .
𝑣𝑣2 − ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣1 = 𝑣𝑣2 + pelo
⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣1teorema
(− ⃗⃗⃗⃗ ) da adiçãode Pitágoras 𝑣𝑣temos:
do vetor ⃗⃗⃗⃗ OB
1 com o oposto de ⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣2 . Geometricamente
(*) podemos encontrar os representantes desta operação unindo os pontos finais dos vetores por
um segmento que é orientado conforme o resultado exigido. Vejamos:
• Consideremos o triângulo definido pelos pontos OPB retângulo em B. Pelo teorema de Pitá-
goras, temos: OP ¯ 2 + BP
¯ 2 = OB ¯ 2 ou seja ρ2 = d2 + z2 . (**)

Exemplo: (*) em (**) temos: ρ2 = x2 + y2 + z2 ou ainda ρ = x2 + y2 + z2


• Substituindo


ObservemosNoagora
paralelogramo 𝐸𝐸 é o ponto
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴,definidos
os triângulos médio
pelos de 𝐴𝐴𝐴𝐴,
pontos OAP,e 𝐹𝐹 OCP
é um ponto
e ORP,de de tal queque:
𝐷𝐷𝐷𝐷modo
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ . Calcular 𝜆𝜆 ∈ ℝ de modo que A,F e C sejam colineares. Neste caso indique a
𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝜆𝜆𝐹𝐹𝐹𝐹
¯
OA x
• Emrelação
relação
queaoexiste
triângulo OAB:
entre ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 . cosα = OP
e ⃗⃗⃗⃗⃗ ¯ = ρ ⇒ x = ρcosα.

¯
OC y
• Em relação ao triângulo OCP: cosβ = ¯
OP
= ρ
⇒ y = ρcosβ.
¯
OR z
• Em relação ao triângulo ORP: cosγ = ¯
OP
= ρ
⇒ y = ρcosγ.

Observe que:
x = ρcosα ⇒ x2 = ρ2 cos2 α
y = ρcosβ ⇒ y2 = ρ2 cos2 β
z = ρcosγ ⇒ z2 = ρ2 cos2 γ

Então;

x2 + y2 + z2 = ρ2 cos2 α + ρ2 cos2 β + ρ2 cos2 γ

13
23
Introdução a vetores e geometria analítica

ρ2 = ρ2 cos2 α + cos2 β + cos2 γ


 

ρ2
= cos2 α + cos2 β + cos2 γ
ρ2

1 = cos2 α + cos2 β + cos2 γ


ou seja:

cos2 α + cos2 β + cos2 γ = 1

Observação:
Os ângulos α, β e γ são chamados de ângulos diretores e os cossenos relativos a esses ângulos
são chamados de cossenos diretores. Pelo que foi mostrado acima, a soma dos quadrados dos
cossenos diretores é igual a 1.

Parâmetros Diretores

Definição 1.7.1. Sejam a, b e c três números reais. Se a, b e c são proporcionais aos cossenos
diretores de uma reta, dizemos que a, b e c são Parâmetros diretores desta reta.

Simbolicamente escrevemos:
a b c
= =
cosα cosβ cosγ
a2 b2 c2
= =
cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 + b2 + c2 a2 b2 c2
= = =
cos2 α + cos2 β + cos2 γ cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 + b2 + c2 a2 b2 c2
= = =
1 cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 b2 c2
= = = a2 + b2 + c2
cos α cos β cos γ
2 2 2

Desta forma: 
a2 a2 a2 a
cos2 α
= a2 + b2 + c2 ⇒ cos2 α = a2 +b2 +c2
⇒ cosα = ± a2 +b2 +c2
⇒ cosα = ± √ .
a2 +b2 +c2

b
Analogamente, cosβ = ± √ e cosγ = ± √ .
a2 +b2 +c2 a2 +b2 +c2

14
24
Introdução a vetores e geometria analítica

1.8 Coordenadas Cilíndricas


As coordenadas cilíndricas são uma generalização das coordenadas polares do R2 . Isto é, às co-
ordenadas polares do plano R2 r e θ é acrescido da altura z. Desta forma um ponto do espaço em
coordenadas cilindricas é dado por P(r, θ, z).

Figura 1.18: Coordenadas Cilindricas

1.8.1 Conversão de Coordenadas Cilíndricas em Coordenadas Cartesianas


ortogonais
. Pelo fato de as coordenadas cilíndricas serem uma genralização das coordenadas polares no plano
R2 , a transformação obdece ao mesmo critério das coordenadas polares no plano, acrescida da
altura em que o ponto se encontra do plano. Então: x = rcosθ, y = rsenθ e z = z.

15
25
Introdução a vetores e geometria analítica

1.9 Coordenadas Esféricas


Definição 1.9.1. Consideremos um ponto P(x, y, z) do R3 . Definimos as coordenadas esféricas
¯ ϕ o ângulo entre o eixo - z e OP
como sendo os números ρ, ϕ e θ, em que ρ é comprimento de OP,
¯ e o eixo - x.
e θ o ângulo OP

Figura 1.19: Coordenadas Esféricas

1.9.1 Conversão de coordenadas Esféricas e Coordenadas Cartesianas Or-


togonais
A relação entre as coordenadas esféricas e cartesianas pode ser vista através dos triângulos OPP′ e
OPQ. Vejamos:

Figura 1.20: Conversão de Coordenadas Esféricas em Coordenadas Cartesianas Ortogonais

• Pelo triângulo OPQ: z = ρcosφ (i)

16
26
Introdução a vetores e geometria analítica

• Pelo triângulo OPP′ : r = ρsenφ (ii)

• Pelo triângulo OAP′ : x = rcosθ (iii)

• Pelo triângulo OAP′ : y = rsenθ (iv)

Sibstituindo (ii) em (iii) e (iv) temos:

• x = ρsenφcosθ

• y = ρsenφsenθ

Portanto:
x = ρsenφcosθ, y = ρsenφsenθ e z = ρcosφ constitui a relação entre essas coordernadas.
Note ainda a seguinte relação:

• x = ρsenφcosθ ⇒ x2 = ρ2 sen2 φcos2 θ

• y = ρsenφsenθ ⇒ y2 = ρ2 sen2 φsen2 θ

• z = ρcosφ ⇒ z2 = ρ2 cos2 φ

• x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φcos 2
θ + ρ2 sen2 φsen2 θ + ρ2 cos2 φ 
⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φcos2 θ + sen2 φsen2 θ + cos2 φ


⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ(cos2 θ + sen2 θ) + cos2 φ


 

⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ(1) + cos2 φ


 

⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ + cos2 φ
 

⇒ x 2 + y 2 + z 2 = ρ2
Ou seja:
x 2 + y 2 + z 2 = ρ2

27
17
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplos:

1. Represente geometricamente o ponto P(3, 2π 3


, 2) dado em coordenadas cilíndricas e determine
suas coordenadas cartesianas retangulares.
Resposta:

Figura 1.21: Representação Geométrica do Exemplo 1

• x = rcosθ ⇒ x = 3cos 2π
3
x = 3 · (− 12 ) = − 32 .

3

• y = rsenθ ⇒ y = 3sen 2π
3
y = 3 · 2
= 3
2
· 3.
• z = 3. √
3 3 3
Logo, P(3, 2π
3
, 3) ≈ P( 2
, 2
, 3).

2. Represente Geometricamente o ponto P(2, π4 , π3 ) dado em coordenadas esféricas e determine


suas coordenadas cartesianas ortogonais.

Figura 1.22: Representação Geométrica do Exemplo 2

√ √ √
3 2 6
• x = ρ · senφ · cosθ ⇒ x = 2 · sen π3 · cos π4 x = 2 · 2
· 2
= 2
.
√ √ √
3 2 6
• y = ρ · senφ · senθ = 2 · sen π3 · sen π4 ⇒ y = 2 · 2
· 2
= 2
.

18
28
Introdução a vetores e geometria analítica

1
• z = ρ · cosφ ⇒ z = 2 · cos π3 = 2 · 2
= 1.
√ √
Logo, P(2, π4 , ππ3) ≈ P( 26 , 26 , 1).

3. Determine os cossenos diretores de OA, sendo A(4, −3, 0).
Resposta:
ρ = x2 + y2 + z2 ⇒ ρ = (4)2 + (−3)2 + (0)2 = 5
 

• x = ρcosα ⇒ cosα = x
ρ
= 54
y
• y = ρsenβ ⇒ senβ = ρ
= − 53
z 0
• z = ρcosγ ⇒ cosγ = ρ
= 5
=0

4. Os parâmetros diretores de uma reta são os números −3, 6 e −2. Determine seus cossenos
diretores.
Resposta:

Tomando a = −3, b = 6 e c = −2, temos:

• a2 + b2 + c2 = (−3)2 + (6)2 + (−2)2 = 9 + 36 + 4 = 49


então,

• cosα = √ a
= √−3
49
= − 73
a2 +b2 +c2
• cosβ = √ b = √6 = 6
a2 +b2 +c2 49 7

• cosα = √ c = √−2
49
= − 72
a2 +b2 +c2

5. Uma reta faz um ângulo de 45o com o eixo - x e 135o com o eixo - z. Qual o ângulo que esta
faz com o eixo - y?
Resposta:

Figura 1.23: Representação Geométrica do Exemplo 5

α = 45o γ = 135o e cos2 α + cos2 β + cos2 γ = 1. Desta forma:

19
29
Introdução a vetores e geometria analítica

(cos45o )2 + cos2 β + (cos135o )2 = 1


√ √
2 2 2 2 2
⇒ ( ) + cos β + (− ) =1
2 2
2 2
⇒ + cos2 β + = 1
4 4
2
⇒ cos β = 0
⇒ cosβ = 0
⇒ β = arccos0
⇒ β = 90o
.

6. Localize os octantes onde estão situados os pontos cujas as coordenadas satisfazem as se-
guintes equações:
a) x − y = 0
b) x + y = 0
c) x − z = 0
d) |y| = z
Resposta:
a) x − y = 0 ⇒ x = y
Procuramos octantes em que a abscissa e a ordenada tenham o mesmo sinal. Ou seja: 1o , 4o ,
5o e 8o octantes.
b) x + y = 0 ⇒ x = −y
Procuramos octantes em que a abscissa e a ordenada tenham sinais contrários. Ou seja: 2o ,
3o , 6o e 7o octantes.
c) x − z = 0 ⇒ x = z
Procuramos octantes em que a abscissa e a cota tenham o mesmo sinal. Ou seja: 1o , 3o , 6o
e 8o octantes.
d)|y| = z ⇒ ±y = z ⇒ −y = z ou y = z.
Procuramos octantes em que a ordenada e a cota tenham o mesmo sinal ou sinais contrários.
Ou seja:
−y = z ⇒ 3o , 4o , 5o e 5o octantes.
y = z ⇒ 1o , 2o , 7o e 8o octantes.
ou seja: 1o , 2o , 3o , 4o , 5o , 6o , 7o e 8o octantes.

¯ situado no 1o octante, e igualmente incli-


7. Determine os cossenos diretores do segmento OP,
nado sobre os três eixos ooordenados.

Respostas:
Como o segmento tem a mesma inclinação sobre os eixos, temos que α = β = γ, utilizando
a relação entre os cossenos diretores desses ângulos temos:

20
30
Introdução a vetores e geometria analítica

α = β = γ ⇒ cosα = cosβ = cosγ ⇒ cos2 α = cos2 β = cos2 γ


⇒ cos2 α + cos2 β + cos2 γ =1 ⇒ 3cos2 α = 1

1 1 3
⇒ cos2 α = 3
⇒ cosα = 3
⇒ cosα = 3

3
logo cosα = cosβ = cosγ = 3
.

8. Determine as coordenadas do ponto P do segmento OP ¯ de comprimento 2 3, situado no 1o
octante e igualmente inclinado sobre os três eixos coordenados.

Resposta:
Do exercício anterior temos:

α = β = γ ⇒ cosα = cosβ = cosγ ⇒ cos2 α = cos2 β = cos2 γ


⇒ cos2 α + cos2 β + cos2 γ =1 ⇒ 3cos2 α = 1

1 1 3
⇒ cos2 α = 3
⇒ cosα = 3
⇒ cosα = 3

3
logo cosα = cosβ = cosγ = 3

√ √
• x = ρcosα ⇒ x = 2 3 33 = 2
√ √
• y = ρcosα ⇒ y = 2 3 33 = 2
√ √
• z = ρcosα ⇒ z = 2 3 33 = 2
Logo P(2, 2, 2).

31
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Propostos:

1. Dados os conjuntos A = {1, 2, −1} e B = {−1, 1, 2}, encontre o conjunto A × B e represente


esse conjunto geometricamente.
2. Dados os conjuntos:
A = (x, y) ∈ R2 |0 ≤ x < 3 e y = 0
B = (x, y) ∈ R2 |x = 0 e 1 ≤ y < 5
C = (x, y) ∈ R2 |0 < x ≤ 3 e y = 0
D = (x, y) ∈ R2 |x = 0 e 2 ≤ y ≤ 5

Determine:
a)A × B
a)C × C
a)(A × B) ∩ (C × D)

3. Descreva os conjuntos:
a) 2 × R2
b) R2 × 4
c) (2 × R2 ) ∩ (R2 × 4)

4. Se A = 1, 2, 3, achar A2 = A × A.
5. Descreva os conjuntos:
a) A = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y = 0 e z ∈ R


b) B = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y ∈ R e z = 3
 

c) C = (x, y, z) ∈ R3 |x = 1, y = 3 e z ∈ R
 

d) D = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y = 3 e z ∈ R
 

e) E = (x, y, z) ∈ R3 |x = −2, y ∈ R e z = 4
 

f) F = (x, y, z) ∈ R3 |x = 0, y = 0 e z ∈ R
 

g) G = (x, y, z) ∈ R3 | − 1 ≤ x ≤ 4, y ∈ R e z ∈ R
 

h) H = (x, y, z) ∈ R3 |1 ≤ x ≤ 4, 2 ≤ y ≤ 5 e z = 4
 

i) I = (x, y, z) ∈ R3 |1 ≤ x ≤ 4, 2 ≤ y ≤ 5 e z ∈ R
 

√ √
6. Dado o ponto P(2, 2 3, 4 3), situado no 1o octante, descreva esse ponto em coordenadas
polares, cilíndricas e esféricas.
7. Considere o segmento OP,¯ situado no 1o octante. Determine as coordenadas do ponto P sa-
bendo que são termos consecutivos de uma progressão aritmética de razão 3 e que a ordenada
é o quádruplo da abscissa. Resp.: 1, 4 e 5.

22
32
Capítulo 2

Capitulo 2
Vetores, Soma, Multiplicação por Escalar,
Vetores, soma,
Depend multiplicação
ência Linear e Base
por escalar, dependência
linear e base

2.1 Vetores
Ao estudar física no curso médio, o aluno toma contato com grandezas que para serem definidas
necessitam do valor numérico como também da noção de direção e sentido. Como exemplo pode-
mos citar força, velocidade, deslocamenro e o impulso.
Essas grandezas são chamadas de grandezas vetoriais ou simplesmente vetores. Elas são repre-
sentadas geometricamente por um segmento de reta orientado. Podemos assim definir geometrica-
mente vetor.
Definição 2.1.1 (vetor). Dados dois pontos A e B o segmento de reta orientado de origem A e

extremidade B, indicado por AB, é denominado vetor.

Figura 2.1: Definição Geométrica de Vetor

Nesse contato inicial o aluno já toma conhecimento de como somar vetores, através da regra do
paralelogramo, e de como multiplicar um número real por vetor.
→ → →
• No caso do paralelogramo, a diagonal AD indica a soma dos vetores AB e AC
• A operação de multiplicação de um número real por um vetor resulta num outro vetor de
comprimento menor ou maior, de mesma direção e mesmo sentido, caso o número real seja
positivo, ou de mesma direção e sentido contrário, caso o número real seja negativo.

23
33
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.2: Regra do Paralelogramo

Figura 2.3: Multiplicação de Número real por Vetor

2.2 Nosso objetivo agora é introduzir e associar noções algébri-


cas e geométricas de vetores
Definição 2.2.1 (Vetor no Plano cartesiano R2 ). Vetor no plano R2 é um par ordenado (x, y) de
números reais.


Notação: v = (x, y)

x e y são chamados de componentes canônicos ou coordenadas do vetor v .
Exemplo:
→ →
Se A(x, y) e B(x, y), v =AB= B − A = (3, −2). O par ordenado (3, −2) indica o transporte do ponto
A para o ponto B, deslocando-se paralelamente ao eixo-x, 3 unidades para a direita e −2 unidades
paralelamemte ao eixo y.

24
34
Introdução a vetores e geometria analítica

Definição 2.2.2 (Vetor no Espaço R3 ). Vetor no plano R3 é um terno ordenado (x, y, z) de números
reais.

Figura 2.4: Vetor em três dimensões

Neste caso, dados A(xA , yA , zA ) e B(xB , yB , zB ), temos:


→ →
v =AB= (xB − xA , yB − yA , zB − zA )

Exemplo:

→ →
1. Se A(1, 2, 3) e B(2, −1, 3), quais as coordenadas do vetor v =AB?
Resposta:

→ →
v =AB= (xB − xA , yB − yA , zB − zA ) = (2 − 1, −1 − 2, 3 − 3) = (1, −3, 0), logo → v = (1, −3, 0).
→ →
2. Se A(−2, 1, 3) e B(5, 3, 1), quais as coordenadas do ponto P(x, y, z) tal que AP=AB.
→ →
Resposta: Sendo AP=AB temos que P − A = B − A o que implica em P = B, logo P(5, 3, 1).
→ →
Definição 2.2.3 (Equipolência). Dados os pontos A, B, C e D, os vetores AB e CD são denominados
→ →
equipolentes, escrevemos AB≈CD, quando possuem a mesma medida (comprimento), a mesma
direção e o mesmo sentido.
→ →
Simbolicamente escrevemos: AB≈CD

Propriedades da Equipolência de Vetores:


→ →
1. Reflexiva:AB≈AB, ∀A, B.
→ → → →
2. Simétrica:Se AB≈CD então CD≈AB, ∀A, B, C, D.
→ → → → → →
3. Transitiva:Se AB≈CD e CD≈EF então AB≈EF, ∀A, B, C, D, E, F .

25
35
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.5: Equipolência de Vetores

Equipolência no plano R2 e no espaço R3


→ →
Cada vetor v = (x, y) do plano R2 ou v = (x, y, z) do espaço R3 possui infinitas representações ge-
→ → →
ométricas. Isto é; considerando os vetores A1 B1 , A2 B2 ,...,An Bn , do plano ou espaço com mesmo
→ → →
comprimento, mesma direção e mesmo sentido, ou seja, A1 B1 , A2 B2 ,...,An Bn são equipolentes.
Desta forma temos que qualquer um desses vetores representa os demais, por esta razão são cha-
mados vetores livres. O representante desses vetores com ponto inicial na origem do sistema é
→ →
chamado de vetor posição, indicado por v =OP.

Figura 2.6: Equipolência de Vetores no Plano e no Espaço

36
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Resolvidos:

1. Dados os pontos A(a, b, 2), B(−1, 1, 3) e C(3, −2, 0) em que a e b são números reais, calcular
as coordenadas do ponto D para que ABCD seja nessa ordem um paralelogramo.
Resposta:
Seja ABCD um paralelogramo e consideremos D(x, y, z). geometricamente temos:

Figura 2.7: paralelogramo ABCD


→ →
Consideremos DA // CB. Desta forma temos:

A−D = B−C

(a − x, b − y, 2 − z) = (−1 − 3, 1 − (−2), 3 − 0)
(a − x, b − y, 2 − z) = (−4, 3, 3)
a − x = −4, b − y = 3, 2 − z = 3
x = a + 4, y = b − 3, z = −1
logo D(a + 4, b − 3, −1)
2. Determinar os números reais a e b, se (a + b, a − b) = (7, 11)
Resposta:
A partir do conceito de par ordenado temos:

(a + b, a − b) = (7, 11) ⇔ a + b = 7 e a − b = 11
a + b = 7


a − b = 11
Adicionando as duas equações temos 2a = 18 o que implica em a = 9.
Substituindo este resultado na primeira equação chega-se que b = −2. O que conclui o
exercício.

2.3 Operações Com Vetores


2.3.1 Adição de Vetores
→ → → →
Definição 2.3.1. Dados os vetores v1 = (x1 , y1 , z1 ) e v2 = (x2 , y2 , z2 ). A soma dos vetores v1 e v2 ,
→ → → →
denotada por v1 + v2 , é o vetor v1 + v2 = (x1 + x2 , y1 + y2 , z1 + z2 ).

27
37
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo:
→ → → →
Dados os vetores v1 = (1, 2, −3) e v2 = (3, −2, 5), então v1 + v2 = (1 + 3, 2 + (−2), −3 + 5) = (4, 0, 2).

Observação:
A operação de adição de vetores é uma operação interna de V 3 , visto que s : V 3 × V 3 −→ V 3 .

Propriedades Operacionais:
→ → → →
1. Comutativa: v1 + v2 =v2 + v1 , ∀v1 , v2 ∈ V 3 .
→ → → → → →
2. Associativa: v1 + v2 + v3 = v1 + v2 + v3 , ∀v1 , v2 , v3 ∈ v3 .

3. Elemento Neutro: Existe um único vetor de V 3 , denominado vetor nulo e denotado por 0 , tal
→ → → → → →
que v + 0 = 0 + v = v , ∀ v ∈ V 3 .
→ → → → →
4. Vetor Oposto: para todo vetor v ∈ V 3 existe v′ tal que v + v′ = 0 .
→ → → → →
Note que, se v = (x, y, z), visto que v + v′ = 0 , temos que v′ = (−x, −y, −z).

Vetor Diferença
→ → → → →
Dados dois vetores v1 e v2 , existe um único vetor d denominado vetor diferença de v1 e v2 tal que
→ → → → → →
d =v1 − v2 o que implica em v1 = d + v2 .

Exemplo:

→ →
1. Sendo v1 = (1, 3) e v2 = (−2, 5), temos que:
→ →
• s =v1 + v2 = (1, 3) + (−2, 5) = (1 + (−2), 3 + 5) = (−1, 8).
→ →
• d =v1 − v2 = (1, 3) − (−2, 5) = (1 − (−2), 3 − 5) = (3, −2).

Geometricamente:

2. Adição e Subtração de Vetores - Geometricamente

Observação:
Dados dois pontos A e B quaisquer do R3 , podemos dizer:

1. Vetores que possuem o mesmo comprimento, mesma direção mas sentido contrário são cha-
mados de vetores opostos.

2. 0 indica o vetor nulo.
→ → → → → → →
3. Os vetores AB e BA são opostos. Isto é, AB + BA= 0 ou BA= − AB.

28
38
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.8: Adição de Vetores

Figura 2.9: Adição de Vetores

Figura 2.10: Subtração de Vetores

→ → → → → →
4. Dados dois vetores v1 e v2 , a operação de subtração v1 − v2 =v1 +(− v2 ) ou
→ → → → → →
v2 − v1 =v2 +(− v1 ), resulta da adição do vetor v1 com o oposto de v2 . Geometricamente
podemos encontrar os representantes desta operação unindo os pontos finais dos vetores por
um segmento que é orientado conforme o resultado exigido. Vejamos:

2939
Introdução a vetores e geometria analítica

Leis do Cancelamento da Adição de Vetores

→ → → → → →
1. Se u + v = u + w então v =w.
→ → → → → →
2. Se u + v =w + v então u= v .

Exercícios Resolvidos

→ → → → → →
1. Se u + v =w então u=w − v .
→ → → → → → → → → → → → → → → →
Resposta: Sendo u + v =w⇔ ( u + v ) + (−v) =w +(−v) ⇔ u +( v + −v) =w − v ⇔ u + 0 =w
→ → → →
− v ⇔ u=w − v .
→ → → → →
2. ABCD é um quadrilátero. Se AD= BC= v e AB=w. Que tipo de quadrilátero é ABCD?
→ → → →
Determinar CD, BD e CA em termos de v e w.
Resposta:
→ → →
Sendo ABCD um quadrilátero com AD= BC= v temos que os lados AD e BC são paralelos,
→ → →
por esta razão AB=DC=w, isto é, AB e DC são paralelos, o que nos leva a concluir que
ABCD é um paralelogramo. Então:

Figura 2.11: Resolução geométrica

→ → → → → → → → → → →
• AC=AB + BC=w + v . Mas CA=−AC= −(w + v ) = − w − v .
→ → → → →
• BD=AD − AB= v − w.
→ → → → → → → → → → → → → → → →
• AD + DC=AC⇒DC=AC − AD= v −( v − w) = v − v + w= 0 + w=w. Mas CD=
→ →
− DC= − w.

30
40
Introdução a vetores e geometria analítica

2.4 Multiplicação de um número real por um vetor



Definição 2.4.1. Dado um vetor v ∈ V 3 e um número real λ. O produto de um número real λ pelo
→ →
vetor v = (x, y, z), denotado por λ v , é o vetor das seguintes coordenadas:

λ v = λ(x, y, z) = (λx, λy, λz)

Consequências da definição:

→ →
• λ = 0, λ v = 0(x, y, z) = (0, 0, 0). ∀ v ∈ V 3 .

• λ  0, λ v = λ (x, y, z) = (λx, λy, λz).

Exemplos:

→ →
1. Se λ = 3 e v = (−1, 2, 5), então λ v = 3 (−1, 2, 5) = (−3, 6, 15).
→ →
2. Se v = (1, −1, 4) e w= (2, 1, −1) e λ = 4 então:
→ →
λ v + w = 4 [(1, −1, 4) + (2, 1, −1)] = 4 (3, 0, 3) = (12, 0, 12).

Figura 2.12: Produto de Escalar por Vetor

Observação:
A operação de multiplicação de um número real por um vetor é uma operação externa, que pode
ser observada da seguinte forma:

f : R × V 3 −→ V 3
 → → →
λ, v −→m= λ v

31
41
Introdução a vetores e geometria analítica

2.4.1 Propriedades Operacionais da Multiplicação de um Escalar por um


Vetor
.

→ → → →
1. Associatividade: λ(µ v ) = (λµ) v = µ(λ v ), ∀λ, µ ∈ R e ∀ v ∈ V 3 .

2. Distributiva:
→ → → →
• (λ + µ) v = λ v +µ v , ∀λ, µ ∈ R v ∈ V 3 .
→ → → → → →
• λ u + v = λ u +λ v , ∀λ ∈ R ∀ u, v ∈ V 3 .

→ → →
3. Multiplicação de um vetor pelo escalar 1: 1 v = v , ∀ v ∈ V 3 .

Observação:

1. As propriedades da adição de vetores e da Multiplicação de um número real por um vetor


coferem a V 3 a estrutura de Espaço Vetorial.
→ →
v 1 →
2. Dados α ∈ R∗ e v ∈ V 3 então α
= α
v.
→ → → →
3. λ v = 0 ⇔ λ = 0 ou v = 0 .
→ → →
4. (−α) v = −(α v ), ∀α ∈ R e ∀ v ∈ V 3
→ → →
5. (−α)(− v ) = α v , ∀ v ∈ V 3

Exercícios Resolvidos:

→ → → →
1. Prove que se α v = β v e se v  0 então α = β.
Resposta:
→ →
α v= β v⇔
→ → → →
α v +(−β v ) = β v +(−β v ) ⇔
→ → → →
α v −β v = β v −β v ⇔
→ →
(α − β) v = (β − β) v ⇔
→ →
(α − β) v = 0 v ⇔
→ → → →
(α − β) v = 0 , como v  0
α−β=0 portanto, α = β
.

32
42
Introdução a vetores e geometria analítica

→ →
2. Calcule v , se v = 3(1, 0, 1) − 4(0, 1, 1) − 3(1, −1, 0).
Resposta:


v = 3(1, 0, 1) − 4(0, 1, 1) − 3(1, −1, 0)

v = (3, 0, 3) − (0, 4, 4) − (3, −3, 0)

v = (3 − 0 − 3, 0 − 4 − (−3), 3 − 4 − 0)

v = (0, −1, −1)
→ → → → → →
3. Dados os vetores v1 e v2 , pede-se determinar um vetor x∈ V 3 , tal que v1 =v2 −3 x.
Resposta:


Seja x= (a, b, c). Então:

→ → →
v1 =v2 −3 x

⇒ (1, 2, −1) = (2, −1, −3) − 3 (a, b, c)

⇒ (1, 2, −1) = (2, −1, −3) − (3a, 3b, 3c)

⇒ (1, 2, −1) = (2 − 3a, −1 − 3b, −3 − 3c)

⇒ (1 = 2 − 3a; 2 = −1 − 3b; −1 = −3 − 3c)

⇒ (1 = 2 − 3a; 2 = −1 − 3b; −1 = −3 − 3c)

1
• 2 − 3a = 1 ⇒ −3a = 1 − 2 ⇒ −3a = −1 ⇒ a = 3
• −1 − 3b = 2 ⇒ −3b = 2 + 1 ⇒ −3b = 3 ⇒ b = − 33 = −1
• −3 − 3c = −1 ⇒ −3c = −1 + 3 ⇒ −3b = 2 ⇒ b = − 32

Portanto a = 13 , b = −1 e c = − 23
→ → → → → →
4. ABCD é um quadrilátero. Se AD= 3 v , BC= 2 v e AB=w, que tipo de quadrilátero é
→ → → → →
ABCD? Determinar DC, BD e CA em termos de v e w.

Resposta:
→ → → → → → → →
Sendo AD= 3 v , BC= 2 v e AB=w e ABCD um quadrilátero, temos que AD // BC
de comprimentos diferentes, o que indica que ABCD é um trapézio. Vejamos como fica a
solução geometricamente:

3343
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.13: Trapézio ABCD

→ → → → →
• BD=AD − AB= 3 v − w.
→ → → → → → → → → →
• AC=AB + BC=w + 2 v . mas CA= − AC, então CA= − w −2 v .
→ → → → → → → →
• DC=AC − AD=w +2 v −3 v =w − v .
→ → →
5. Dados três ponto distintos do espaço R3 , A, B e C, mostre que AB − AC=CB.

Resposta:

→ → →
Dados os pontos A, B e C, fixando A, consideremos os vetores AB e AC. O vetor CB é
um vetor de origem C e extremidade B. Ou seja, é um vetor determinado a partir das extre-
→ → → → →
midades dos vetores AB e AC. Logo CB=AB − AC.

6. Dado um paralelogramo ABCD, se M e N são pontos médios de AB e CD, respectivamente,


então ANCM é um paralelogramo.
Resposta:

→ → → →
Considerando ABCD um paralelogramo, chamemos AB=v1 e AD=v2 . Como M e N são
pontos médios de AB e CD termos:

→ → →
1 1 →
• AM= MB= 2
AB= v.
2 1
→ → →
1 1 →
• DN=NC= 2
DC= v.
2 2

→ →
Queremos mostrar que AN= MC.

34

44
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.14: Solução Geométrica

Figura 2.15: Representação Geométrica do Exemplo 5

De fato:

→ → → → →
• AN=AD + DN=v2 + 12 v1 .
→ → →
1 → →
• MC= MB + BC= v
2 1
+ v2 .
→ →
Logo AN= MC e portanto ABCD é um paralelogramo.

45
35
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios


1. Calcular as coordenadas do vetor v = 3(1, 0, 1) − 2(0, 1, 1) − 3(−1, −1, 2).

Resp.: v = (6, 1, −5)
→ → →
2. Calcular as coordenadas do vetor x∈ V 3 , tal que 2 x +3(2, 1, 0) = 0 .

Resp.: x= − 23 (2, 1, 0)
→ →
3. Achar as coordenadas do vetor x −3(2, 1, −1) = 4 x.

x= (−2, −1, 1)

4. Determinar os vetores x e y pertencentes a V 3 que verificam o sistema:


 x + 2 y = (0, 2, 1)
 →


 →

 y − 2 x = (1, 2, −1)


Resp.: x= 51 (−2, −2, 3) e y = 15 (1, 6, 1)

→ → →
5. Dados os vetores u= (3, 2, 1), v = (−4, −3, 1) e w= (2, 1, 1), pede-se determinar os escalares
→ → → →
λ, µ e ν tais que: λ u +µ v +ν w= 0 .
Resp.: λ = µ = ν = 0

6. No plano R2 são dados os pontos O = (0, 0), A(1, 2), B(−2, 4), C(−3, 1) e D(3, 5). Se
→ → → → → → → →
OA, OB, OC e OD representam os vetores a, b , c e d , respectivamente, pede-se a
→ → → → → → → → → → →
representação geométrica dos vetores: a + b , a − b , ( a + b )+ c e ( a + b ) − ( c + d ).
→ → → → → → → →
7. Se a +2 b = c e a −3 b = 2 c, mostrar que a tem o mesmo sentido que c e sentido

contrário a b .
→ → → →
Resp.: a= 57 c; a= −7 b
→ → → → → → → →
1
8. No trapézio ABCD, da figura abaixo, AB= a, DC= 2 a, DA= b e BE= 3
BC. Expressar
→ → → →
os vetores AC e DE em função dos vetores a e b .
Resp.:
→ → →
AC= 2 a − b
→ → →
DE= 32 (2 a + b )

36
46
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.16: Trapézio ABCD

2.5 Combinação Linear, Vetores Linearmente Independente e


Linearmente Dependente
→ → →
Definição 2.5.1 (Combinação Linear). Dados os vetores v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1 e os escalares
→ → →
λ1 , λ2 , ..., λn , o vetor escrito sob a forma λ1 v1 +λ2 v2 +... + λn vn é denominado uma combinação
→ → →
linear dos vetores v1 , v2 , ..., vn .
→ → →
1. O vetor x= (5, −6, −3) é uma combinação linear dos vetores e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e

e3 = (0, 0, 1).
De fato:
(5, −6, −3) = 5(1, 0, 0) − 6(0, 1, 0) − 3(0, 0, 1)
→ → → →
ou seja: x= 5 e1 −6 e2 −3 e3
→ →
2. O vetor y = (3, 4, 15) é uma combinação dos vetores a= (−1, 2, 1) e b = (1, 0, 3).

De fato:
(3, 4, 15) = 2(−1, 2, 1) + 5(5, 0, 3)
Ou seja:
→ →
y = 2 a +5 b

→ → → →
3. O vetor z = (0, 4, −4) é uma combinação dos vetores u= (1, 1, −1), v = (2, −1, 1) e w=
(0, 1, 2).
De fato:
(0, 4, −4) = 2(1, 1, −1) − 1(2, −1, 1) + (0, 1, −2)
Ou seja:
→ → → →
z= 2 u − v + w

37

47
Introdução a vetores e geometria analítica

Definição 2.5.2 (Vetores Linearmente Independente e Linearmente Dependente). Dados os veto-


→ → →
res v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1 e os escalares λ1 , λ2 , ..., λn , consideremos a seguinte combinação linear
igualada ao vetor nulo.
→ → → →
λ1 v1 +λ2 v2 +... + λn vn = 0
Vejamos:
→ → →
• Caso tenhamos λ1 = λ2 = ... = λn = 0 dizemos que os vetores v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1 são
linearmente independente ou simplesmemnte LI.
→ → →
• Caso tenhamos n escalares não todos nulos, dizemos então que os vetores v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1
são linearmente dependente ou simplesmente LD

Exemplos:
Verifique se os vetores listados nos itens abaixo são LI ou LD:
→ → →
1. a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1).
→ → →
2. b1 = (1, −2, −1), b2 = (−1, 1, 0) e b3 = (1, 0, 1).

Resposta 1:
→ → →
Sejam os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores a1 , a2 e a3 tais que:
→ → → →
λ1 a1 +λ2 a2 +λ3 a3 = 0 ⇒ λ1 (1, −1, 3) + λ2 (−1, 1, −1) + λ3 (2, 0, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 + 2λ3 , −λ1 + λ2 , 3λ1 − λ2 + λ3 ) = (0, 0, 0)
pela igualdade de vetores, resulta em um sistema homogêneo. Claro que λ1 = λ2 = λ3 = 0 é
solução deste sistema. Queremos verificar se essa solução é única. Ou seja, se o determinante
associado ao sistema for diferente de zero, a solução é (0, 0, 0) conhecida como homogênea é única
→ → →
indicando que os vetores a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1) são LI , caso o determi-
→ → →
nante associado ao sistema seja igual a zero a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1) são
LD.

λ1 − λ2 + 2λ3 = 0 �� 1 −1 2 ���
 �� �


= 0 ⇒ ∆ = �� −1 1 0 �� ⇒ ∆ = −4  0

−λ1 + λ2


 3λ − λ + λ = 0

 ��
3 −1 1 �

1 2 3
→ → →
Pelo exposto λ1 = λ2 = λ3 = 0 logo os vetores a1 , a2 e a3 são LI.

Resposta 2:
→ → →
Sejam os escalares λ1 , λ2 , ..., λn e os vetores b1 , b2 e b3 tais que:
→ → → →
λ1 a1 +λ2 a2 +λ3 a3 = 0 ⇒ λ1 (1, −2, −1) + λ2 (−1, 1, 0) + λ3 (1, 0, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 + λ3 , −2λ1 + λ2 , −λ1 + λ3 ) = (0, 0, 0)
pela igualdade de vetores, resulta em um sistema homogêneo. Como já foi explicado no exemplo
anterior, que verificar se esse sistema tem ou não solução única. Vejamos:

38
48
Introdução a vetores e geometria analítica

λ1 − λ2 + λ3 = 0 �� 1 −1 1 ���
 �� �


= 0 ⇒ ∆ = �� −2 1 0 �� ⇒ ∆ = 0

−2λ1 + λ2


0 −1 0 1 �

 −λ λ
 �� �
1 + 3 =
Pelo exposto, além λ1 = λ2 = λ3 = 0 podemos ter algum λi  0, i = 1, 2, 3 que conduz
→ → → → → → →
também a igualdade λ1 b1 +λ2 b2 +λ3 b3 = 0 . Logo os vetores b1 , b2 e b3 são LD.

2.5.1 Propriedades:

1. Um vetor v = 0 é linearmente dependente.
→ → → →
2. os vetores v1 , v1 , ..., vi , ..., v1 são LD se qualquer um deles for uma combinação linear dos
outros.
→ → → → → →
3. Dados os vetores v1 , v2 , ..., vi−1 , vi , vi+1 , ..., vn , se i destes vetores, 1 ≤ i ≤ n são L.D., então os
n vetores são L.D.

4. Dois vetores sao L.D. se, e somente se, são colineares ou paralelos.
→ → →
5. Três vetores v1 , v2 e v3 são L.D se, e somente se, são coplanares.
→ → →
6. Três vetores v1 , v2 e v3 são L.I se, e somente se, não estão no mesmo plano.

Observação:

Vamos nos concentrar em estudar vetores do espaço V 3 . por essa razão nessa observação vamos
citar exemplos geométricos de vetores de V 3 que são L.I. e L.D..

1. Dado um único vetor v de V 3 podemos dizer:

→ →
• O vetor nulo v = 0 é L.D.
→ →
• O vetor v  0 é L.I.
→ → →
2. Os vetores v2 , v2 e v3 são L.D. se estão no mesmo plano.

39
49
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.17: Vetores Coplanares - L.D.

→ → →
3. Os vetores v1 , v2 e v3 são L.I. se estão no mesmo plano.

Figura 2.18: Vetores Não Coplanares - L.I.

50
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Resolvidos:

→ →
1. Achar os valores de λ1 e λ2 para que os vetores v1 = (λ1 , 1, λ2 + 1) e v2 = (2, λ1 − 1, λ2 )
sejam paralelos.

Solução: v1 //v2 ⇔ v1 = αv2 , (α ∈ R)


Desta forma temos que:
λ1 = 2α (1)
1 = α(λ1 − 1) (2)
λ2 + 1 = αλ2 (3)

de (1) temos que α = λ1


2
, e em seguida substituindo esse resultado em (2), temos

1= λ1
2
(λ1 − 1) ⇒ λ21 − λ1 − 2 = 0 ⇒ (λ1 − 2)(λ1 + 1) = 0

logo λ1 = 2 ou λ1 = −1
note que λ1 = 2 ⇒ α = 1 o que inviabiliza a solução, pois teríamos λ2 = λ2 + 1. Logo a
solução da questão é dada por λ1 = −1, λ2 = − 32 e α = − 21 .
→ → → →
2. Dados os vetores v1 = (1, −1, 3) e v2 = (−1, 1, −2), calcular λ ∈ R de modo que v1 +λ v2 seja

paralelo ao vetor v3 = (3, −3, 7).
Solução:

→ → → → →
v1 +λ v2 // v3 ⇒ v1 +λ v2 = µv3 , ou seja:
(1, −1, 3) + λ(−1, 1, −2) = µ(3, −3, 7)
Efetuando as operações, temos:

1 − λ = 3µ




−1 + λ = −3µ


 3 − 3λ = 7µ

note que
3−2λ = 7µ ⇒ 3−2λ = 7( 33 )µ ⇒ 3−2λ = 73 (3µ) ⇒ 3−2λ = 73 (1−λ) ⇒ 9−6λ = 21−21λ
12
⇒ −6λ + 21λ = 21 − 9 ⇒ 15λ = 12 ⇒ λ = 15 ⇒ λ = 54 .

41
51
Introdução a vetores e geometria analítica

2.6 Base
Definição 2.6.1 (Base). Chamamos de Base de V 3 todo terno ordenado de vetores de V 3 que são
linearmente independente e que geram V 3 .

Exemplo:

�→ → →� → →
1. Verifique se o conjunto de vetores β = v1 , v2 , v3 com v1 = (1, 2, −1), v2 = (−1, 0, 1) e

v3 = (0, 1, −2) constitui-se uma base de V 3 .
Resposta:

→ → →
• Verifiquemos se os vetores v1 , v2 e v3 são L.I.
→ → →
Consideremos os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores v1 , v2 e v3 tais que:
→ → → →
λ1 v1 +λ2 v2 +λ3 v3 = 0 ⇒ λ1 (1, 2, −1) + λ2 (−1, 0, 1) + λ3 (0, 1, −2) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 , 2λ1 + λ3 , −λ1 + λ2 − 2λ3 ) = (0, 0, 0)
ou seja:

= 0 �� 1 −1 0
�� ��
λ − λ2 +

 1

 ��
2λ 0 ⇒ ∆ = �� 2 0 1

 1 + + λ3 = �� ⇒ ∆ = −4
− 2λ3 = 0 −1 1 −2

 −λ λ
 �� ��
1 2

Isto indica que o sistema possui uma única solução, ou seja, a solução homogênea
→ → →
λ1 = λ2 = λ3 = 0. Logo os vetores v1 , v2 e v3 são L.I.
→ → → →
• vejamos se v1 , v2 e v3 geram V 3 . Para isso vamos considerar um vetor v = (x, y, z) de
→ → →
V 3 e verificar se v = (x, y, z) pode ser escrito como uma combinação linear de v1 , v2 e

v3 . Vejamos:
sejam os escalares α1 , α2 , e α3 tais que
→ → → →
α1 v1 +α2 v2 +α3 v3 = v ⇒ α1 (1, 2, −1) + α2 (−1, 0, 1) + α3 (0, 1, −2) = (x, y, z)
⇒ (α1 − α2 , 2α1 + α3 , −α1 + α2 − 2α3 ) = (x, y, z)
Pela igualdade de vetores, temos:

= x �� 1 −1 0 ���
�� �
λ − λ2

+
 1


2λ1 + + λ3 = y ⇒ ∆ = �� 2 0 1 �� ⇒ ∆ = −4


− 2λ3 = z −1 1 −2 �

 −λ + λ
 �� �
1 2

�� x −1 0 ��
�� �
∆α1 = �� y 0 1 �� = −x − 2y − z ⇒ α1 = ∆α1 = −x−2y−z = x+2y+z
� ∆
−4 4
z 1
��
−2 �

�� 1 x 0 ��
�� �
∆α2 = �� 2 y 1 �� = 3x − 2y − z ⇒ y = ∆α2 = 3x−2y−z = − 3x−2y−z
� ∆
−4 4
−1 z
��
−2
��

42
52
Introdução a vetores e geometria analítica

�� 1 −1 x ���
�� �
∆α3 = �� 2 0 y �� = 2x + 2z ⇒ α2 = ∆3 = 2x+2z = − x+z
∆α
−4 2
−1 1 z
�� ��
podemos então escrever que;
(x, y, z) = x+2y+z
4
(1, 2, −1) − 3x−2y−z
4
(−1, 0, 1) − x+z
2
(0, 1, −2)
ou seja:
→ → → → →
v = α1 v1 +α2 v2 +α3 v3 indica que o vetor v qualquer de V 3 , é combinação linear dos
→ → → → → →
vetores v1 , v2 e v3 ou que, v1 , v2 e v3 geram o espaço V 3 .

�→ → →�
Logo, os vetores são L.I. e geram V 3 , portanto β = v1 , v2 , v3 se constitui uma base de V 3

�→ → →� → →
2. Verifique se o conjunto de vetores β = u1 , u2 , u3 com u1 = (1, 0, 0), u2 = (2, 1, −1) e

u3 = (1, −1, 1) constitui-se uma base de V 3 .

Resposta:

→ → →
• Verifiquemos se os vetores u1 , u2 e u3 são L.I.
→ → →
Consideremos os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores u1 , u2 e u3 tais que:
→ → → →
λ1 u1 +λ2 u2 +λ3 u3 = 0 ⇒ λ1 (1, 0, 0) + λ2 (2, 1, −1) + λ3 (1, −1, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 + 2λ2 + λ3 , λ2 − λ3 , −λ2 + λ3 ) = (0, 0, 0)
ou seja:

λ − 2λ2 + λ3 = 0 �� 1 2 1 ���
 �� �
 1


+ λ 2 − λ3 = 0 ⇒ ∆ = �� 0 1 −1 �� ⇒ ∆ = 0


− λ 2 + λ3 = 0 0 −1 1 �


 �� �

Isto indica que o sistema possui além da solução homogênea λ1 = λ2 = λ3 = 0 outras


→ → →
soluções. Logo os vetores u1 , u2 e u3 são L.D.

Observação:�
→ → →� → → → →
Dada base β = v1 , v2 , v3 de V 3 e os escalares λ1 , λ2 e λ3 de forma que v = λ1 v1 +λ2 v2 +λ3 v3 ,

v = (λ1 , λ2 , λ3 )β indica as coordenadas do vetor v em relação a base β.

43
53
Introdução a vetores e geometria analítica

2.6.1 Base Canônica


Definição 2.6.2 → →(Base Canônica). Chamamos de base canônica de V 3 ao terno ordenado de ve-
→ → → →
tores β0 = e1 , e2 , e3 , onde e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1), em que as coordena-
das de qualquer vetor em relação a essa base são suas próprias componentes. Isto é: O vetor
→ → → → →
v = (x, y, z) = x(1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(0, 0, 1) ou seja v = x e1 +y e2 +z e3 ou ainda v = (x, y, z)β0 .

Figura 2.19: Vetor escrito em Relação à Base Canônica

Exemplo:
→ → → → →
O vetor v = (2, −4, 6) em relação à base canônica β0 = e1 , e2 , e3 é dado por: v = 2(1, 0, 0) −

→ → →
4(0, 1, 0) + 6(0, 0, 1) ou seja v = 2 e1 − 4 e2 +6 e3 .
Exercícios Resolvidos:

1. Mostre que o segmento de reta que os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo
ao terceiro lado e é igual à metade desse terceiro lado.

Resposta:

→ →
Seja ABC um triângulo e M e N pontos médios de AC e BC respectivamente. Queremos
→ →
1
mostrar que MN= 2
AB.
→ → → →
1
• M ponto médio de AC então AM= MC= 2
AC.

44
54
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.20: Resolução de exercício

→ → → →
1
• N ponto médio de BC então BN=NC= 2
BC.
→ → → → → → →
• BC=AC − AB ⇒ BN=NC= 21 (AC − AB).

Veja que:

→ → → → → → →
MN + NC= MC ⇒ MN + 21 (AC − AB) = 1
2
AC
→ → → → → → → → →
⇒ MN + 12 AC − 12 AB= 1
2
AC ⇒ MN − 12 AB= 0 ⇒ MN= 1
2
AB.
→ → → →
1
Logo MN // AB e além disso MN= 2
AB, o que finaliza o exercício.

2. Prove que as diagonais de um paralelogramo encontram-se mutuamente nos seus pontos mé-
dios.

Resposta:

→ →
Seja ABCD um paralelogramo e M e N pontos médios de AC e BD respectivamente. Que-
remos mostrar que M = N.

Veja que:

→ → → → → → →
• AC=AB + AD ⇒ AM= MC= 12 (AB + AD).
→ → → → → → →
• BD=AD − AB ⇒ BN=ND= 12 (AD − AB)
• Suponhamos por absurdo que M  N. Nestas condições temos:

45

55
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 2.21: Resolução de exercício

→ → → → → →
AN=AB + BN=AB + 21 (AD − AB) =
→ → → → →
=AB + 21 AD − 12 AB= 1
2
AB + 12 AD=
→ →
= 12 (AB + AD) =

=AM.
→ →
Logo AN=AM ⇒ N − A = M − A portanto M = N.o que conclui o exercício.

3. Mostre que o segmento que une os pontos médios dos lados não-paralelos de um trapézio é
paralelo aos lado às bases, e sua medida é igual à semi-soma das base.

Resposta:
Seja ABCD um trapézio com AB//CD e, M e N são pontos médios dos lados AD e BC
→ → →
respectivamente. Queremos mostrar que MN= 21 (AB + DC).

Figura 2.22: Resolução de exercício

Veja que:

→ → →
• AC=AD + DC.
→ → → → → → → →
• CB=AB − AC=AB −(AD + DC) = (1 − α) AB − AD.

46
56
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → →  → → 
1 1
• CN=NB= 2
CB= 2
(1 − α) AB − AD .

Calculando MN temos:
→ → → →
MN= MD + DC + CN
→ →  → → 
1 1
= 2 AD +α AB + 2 (1 − α) AB − AD
→ → → → →
1
= 2
AD +α AB + 21 AB − 12 α AB − 21 AD
→ →
1
= 2
AB + 21 α AB
→ →
1
= 2
( AB +α AB)
→ →
1
= 2
(AB + DC)
o que conclui o exercício.

4. Mostre que o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio é paralelo às
bases, e sua medida é igual à semi-diferença das medidas de suas bases.

Resposta:
Seja ABCD um trapézio com AB//CD e, M e N são pontos médios das diagonais AC e BD
→ → →
respectivamente. Queremos mostrar que MN= 21 (AB − DC).

Figura 2.23: Resolução de exercício

Veja que:

→ → → → → → → → → →
1
• AC=AD + DC ⇒ AM= MC= 2
AC= 12 (AD + DC) = 12 (AD +α AB).
→ → → → → → → →
1
• BD=AD − AB ⇒ BN=ND= 2
BD= 12 (AD − AB).

note da figura que:


→ → → →
AB=AM + MN + NB
→ → → →
MN=AB − AM − NB
→ → → → → →
MN=AB − 12 (AD +α AB) − 12 (AD − AB)

4757
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → →
=AB − 12 AD − 12 α AB + 21 AD − 12 AB
→ →
1
= 2
AB − 12 α DC
→ →
1
= 2
AB − 12 α AB
→ →
1
= 2
(AB
− DC)
O que conclui o exercício.

5. Na figura, a distância de M a A é o quádruplo da distância de M a B, e a medida de AN é a


→ →
terça parte da medida de CN. Exprima X em função de A, AB e AC.

Figura 2.24: Figura Proposta Pelo Exercício

Resposta:

Tomemos a figura dada e façamos as seguintes orientações:

Figura 2.25: Figura Proposta Para Resolução do Exercício

Desta forma temos:


→ → → → → → →
2 1
• AB=AM + MB, AM= 3
AB e MB= 3
AB.

4858
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → → →
1 3
• AC=AN + NC, AN= 4
AC e NC= 4
AC.
→ → →
• BC=AC − AB.
→ → → → →
1
• BN=AN − AB= 4
AC − AB.
→ → → → →
2
• CM=AM − AC= 3
AB − AC.
→ → → →
• CX= λ1 CM= λ1 ( 23 AB − AC).
→ → → →
• BX= λ2 BN= λ2 ( 14 AC − AB).

Observando o triângulo formado pelos pontos B, C e X, tempos:

→ → → → → → →
BX= BC + CX ⇒ BX − CX − BC= 0 ,
→ → →
substituindo os valores de BX, BC e CX, temos:
→ → → → → → →
λ2 ( 14 AC − AB) − λ1 ( 23 AB − AC) − (AC − AB) = 0
 →   → →
1 2
1 AC 1 AB= 0

4
λ 2 − λ 1 − + − λ 2 − 3
λ1

Considerando AB e AC linearmente independente, temos que:

1
+ λ1 − 1 = 0 λ1 + 14 λ2 = 1 4λ1 + λ2 = 4
  
λ
4 2 ⇒ ⇒
1 − λ2 − 32 λ1 = 0 − 32 λ1 − λ2 = −1 2λ1 + 3λ2 = 3
9
Resolvendo o sistema encontramos λ1 = 10
e λ2 = 52 .
Note que:
→ → →
CX=AX − AC
→ → →
⇒ AX=CX + AC
→ → →
⇒ AX= λ1 CM + AC
→ → → →
9 2
⇒ AX= 10 ( 3 AB − AC)+ AC
→ → → →
3 9
⇒ AX= 5
AB − 10 AC + AC
→ → →
3 1
⇒ AX= 5
AB + 10 AC

Ou seja,

→ →
3 1
X−A= 5
AB + 10 AC

Logo,

→ →
3 1
X = A+ 5
AB + 10 AC

5949
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → →
6. Considere o triângulo ABC, e sejam CA= u, CB= v e w= u − 2 v , calcule α real para que
→ ↔
o ponto X = C + α w pertença a reta AB.

Resposta:

→ → → → →
Consideremos a reta r =AB e um ponto fora C fora desta reta, tal que CA= u, CB= v ,
→ → →
w= u − 2 v e X = C + α w. Conforme figura: Desta forma temos:

Figura 2.26: Figura Proposta Para Resolução do Exercício

→ → → →
• X = C + α w ⇒ X − C = α w ⇒ CX= α w.
• CX = CA + AX
→ →
CX = u +λ BA
→ → →
CX = u +λ( u − v )
→ →
(1 + λ) u −λ v

→ →
• Mas CX= α w, então:
→ → →
(1 + λ) u −λ v = α w
→ → → → → →
(1 + λ) u −λ v = α( u −2 v ) = α u −2α v
→ → → →
(1 + λ) u −λ v = α u −2α v
O que nos leva o seguinte sistema:

1+λ = α

−λ = −2α
adicionando as duas equações, obtemos α = −1.

50
60
Introdução a vetores e geometria analítica
Exemplo:

No paralelogramo 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴, 𝐸𝐸 é o ponto médio de 𝐴𝐴𝐴𝐴, e 𝐹𝐹 é um ponto de 𝐷𝐷𝐷𝐷 tal que


⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ . Calcular 𝜆𝜆 ∈ ℝ de modo que A,F e C sejam colineares. Neste caso indique a
𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝜆𝜆𝐹𝐹𝐹𝐹
⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗
relação que existe entre 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 .

61
Introdução a vetores e geometria analítica

• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝜆𝜆𝐹𝐹𝐹𝐹
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ = 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗
2
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝜇𝜇𝐴𝐴𝐴𝐴
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗
• 𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ = 1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 ⟹ 𝜆𝜆𝐹𝐹𝐹𝐹 𝐴𝐴𝐴𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗
1
𝐹𝐹𝐹𝐹 = 2𝜆𝜆 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗
1
𝐴𝐴𝐴𝐴 − 𝜆𝜆 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴
2
• ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐹𝐹𝐹𝐹 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴
Então,
⃗⃗⃗⃗⃗ + 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝜇𝜇𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ − 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ = 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ 𝜇𝜇(𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ ) + 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ − 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ − 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗0
2𝜆𝜆 𝜆𝜆 2 2𝜆𝜆 𝜆𝜆 2

⟹ 𝜇𝜇𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 1 ⃗⃗⃗⃗⃗


⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝜇𝜇𝐴𝐴𝐴𝐴 1
𝐴𝐴𝐴𝐴 − 𝜆𝜆 ⃗⃗⃗⃗⃗
1
𝐴𝐴𝐴𝐴 − 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗0
2𝜆𝜆

1 1 1
⃗⃗⃗⃗⃗ + (𝜇𝜇 − ) 𝐴𝐴𝐴𝐴
⟹ (𝜇𝜇 + 2𝜆𝜆 − 2) 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 0
𝜆𝜆

Uma solução possível,

3 1 1
2
𝜇𝜇 − 2 = 0 ⟹ 𝜇𝜇 = 3 Consequentemente 𝜆𝜆 = 3

Nestas condições
1
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝜇𝜇𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 3 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 Claramente ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 //𝐴𝐴𝐴𝐴

62
Exemplo: Introdução a vetores e geometria analítica
Exemplo:
No triangulo 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴, 𝐷𝐷 é o ponto médio de 𝐵𝐵𝐵𝐵 e 𝐸𝐸 é um ponto sobre 𝐴𝐴𝐴𝐴 tal que ⃗⃗⃗⃗⃗
Exemplo: ⃗⃗⃗⃗⃗ .
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸
No triangulo
Provar 𝐷𝐷 é+o⃗⃗⃗⃗⃗
vetor ⃗⃗⃗⃗⃗
que o 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴,𝐵𝐵𝐵𝐵 ponto
𝐶𝐶𝐶𝐶 médio de 𝐵𝐵𝐵𝐵 eao𝐸𝐸vetor
⃗⃗⃗⃗⃗ é paralelo
+ 2𝐵𝐵𝐵𝐵 é um⃗⃗⃗⃗⃗ . sobre 𝐴𝐴𝐴𝐴 tal que ⃗⃗⃗⃗⃗
ponto
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ .
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸
No triangulo 𝐷𝐷 é+o⃗⃗⃗⃗⃗
ponto médio de 𝐵𝐵𝐵𝐵 eao𝐸𝐸vetor
é um⃗⃗⃗⃗⃗
ponto ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
Provar que o 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴,
vetor ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐶𝐶𝐶𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗ é paralelo
+ 2𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐷𝐷𝐷𝐷 . sobre 𝐴𝐴𝐴𝐴 tal que 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸 .
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐶𝐶𝐶𝐶
Provar que o vetor 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 2𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ é paralelo ao vetor ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 .

Resolução:
Resolução:
Resolução:

• ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ Mas ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 3𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ ou que 1 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐸𝐸𝐸𝐸
3
1
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ 1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ou que ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗
•• 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ =
𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐷𝐷𝐷𝐷 =Mas
= 2𝐸𝐸𝐸𝐸
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 3𝐸𝐸𝐸𝐸 3
1
𝐸𝐸𝐸𝐸
• ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗ Mas 2
1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸 = ⃗⃗⃗⃗⃗
2𝐸𝐸𝐸𝐸 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸 = ⃗⃗⃗⃗⃗
3𝐸𝐸𝐸𝐸 ou que ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
•• 𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐵𝐵𝐵𝐵 3
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 − 𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 2
1
• ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵
• ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵
𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐸𝐸𝐸𝐸
2
•• ⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐵𝐵𝐵𝐵
𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗
⟹ −⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷==
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗− ⃗⃗⃗⃗⃗
=⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2 𝐵𝐵𝐵𝐵
1
⃗⃗⃗⃗⃗ − 1 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 2 𝐵𝐵𝐵𝐵
1
⃗⃗⃗⃗⃗ − 1 (𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ ) = 1 𝐵𝐵𝐶𝐶
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 1 𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ 3 3 6 3
• 𝐷𝐷𝐷𝐷
⟹ −⃗⃗⃗⃗⃗𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷==𝐷𝐷𝐷𝐷⃗⃗⃗⃗⃗𝐸𝐸𝐸𝐸− 𝐸𝐸𝐸𝐸⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵𝐵𝐵𝐵 1
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐴𝐴𝐴𝐴 1
⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵𝐵𝐵𝐵 1
⃗⃗⃗⃗⃗ − (𝐵𝐵𝐵𝐵 1
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐵𝐵𝐵𝐵 1
⃗⃗⃗⃗⃗ ) = 𝐵𝐵𝐶𝐶 1
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
Então: 2
1 3
1 2
1 3
1 6
1 3
1
⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷
Então:
𝐵𝐵𝐵𝐵 + 𝐶𝐶𝐶𝐶⃗⃗⃗⃗⃗= +
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗− 𝐸𝐸𝐸𝐸 ⃗⃗⃗⃗⃗
2𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝐵𝐵𝐵𝐵
= 2 𝐵𝐵𝐵𝐵⃗⃗⃗⃗⃗− 3 𝐴𝐴𝐴𝐴⃗⃗⃗⃗⃗= 2 𝐵𝐵𝐵𝐵 − 3 (𝐵𝐵𝐵𝐵 − 𝐵𝐵𝐵𝐵) = 6 𝐵𝐵𝐶𝐶 + 3 𝐵𝐵𝐵𝐵
− 𝐴𝐴𝐴𝐴 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵
Então:
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 −=⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵+−2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐵𝐵𝐵𝐵) + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 + 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝐵𝐵𝐵𝐵 −=𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗+−2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 =(𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ −
𝐵𝐵𝐵𝐵 + 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗) + 2𝐵𝐵𝐵𝐵
2𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗
= 𝐵𝐵𝐵𝐵 −=6 ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐵𝐵𝐵𝐵6⃗⃗⃗⃗⃗) + 2𝐵𝐵𝐵𝐵
2𝐵𝐵𝐵𝐵⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵
=6𝐵𝐵𝐵𝐵 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 6
3
= 61𝐵𝐵𝐵𝐵 + 61⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵
==6(6 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ ++3 𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵)
1
66 3 1
3
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ )
== 6𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 6( 𝐵𝐵𝐵𝐵
// ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷1 6 o que 1 3conclui o exercício.
= 6( 𝐵𝐵𝐵𝐵 + ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵)
== 6𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ 𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐶𝐶𝐶𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ // ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷6 o que 3conclui o exercício.
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
== 6𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹ 𝐵𝐵𝐵𝐵 + 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 2𝐵𝐵𝐵𝐵 // 𝐷𝐷𝐷𝐷63 o que conclui o exercício. ⃗⃗⃗⃗⃗
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo:

No paralelogramo 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴, 𝐸𝐸 é o ponto médio de ⃗⃗⃗⃗⃗


𝐴𝐴𝐴𝐴. Determinar o ponto 𝑃𝑃 de
interseção de 𝐸𝐸𝐸𝐸 com a diagonal 𝐷𝐷𝐷𝐷.

Resolução:

1
• ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐸𝐸𝐸𝐸 = 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐴𝐴𝐴𝐴
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑃𝑃𝑃𝑃 = 𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸 = 𝑏𝑏𝐸𝐸𝐸𝐸
• ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐵𝐵𝐵𝐵 = 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑃𝑃𝑃𝑃
⃗⃗⃗⃗⃗
1
• ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐸𝐸𝐸𝐸 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴
2

Então:
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐸𝐸𝐸𝐸 − ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ 1 𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐸𝐸𝐸𝐸 = 𝑃𝑃𝑃𝑃 ⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝑏𝑏𝐸𝐸𝐸𝐸
⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑎𝑎𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2
1 1
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝑏𝑏 ( 𝐴𝐴𝐴𝐴
⟹ 2 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ ) = 𝑎𝑎(𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐴𝐴𝐴𝐴
⃗⃗⃗⃗⃗ )
2
1 1
⃗⃗⃗⃗⃗ − (𝑎𝑎 − 𝑏𝑏)𝐴𝐴𝐴𝐴
⟹ (2 − 2 𝑏𝑏 − 𝑎𝑎)𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗0

Uma solução Possível é dada por:

1
⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐵𝐵𝐵𝐵
Nestas condições, concluímos que 𝑃𝑃𝑃𝑃 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ou 𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ = 2𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ .
3 3

64
Introdução a vetores e geometria analítica
Provar que o segmento que une os pontos médios dos lados não paralelos de um
trapézio é paralelo
Provar que às bases
o segmento e igual
que une a sua semi-soma.
os pontos médios dos lados não paralelos de um
Resolução:
trapézio é paralelo às bases e igual a sua semi-soma.
Sejam 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 um trapézio e 𝑀𝑀 e 𝑁𝑁 pontos médios dos lados não paralelos 𝐴𝐴𝐴𝐴 e 𝐵𝐵𝐵𝐵
Resolução:
1
respectivamente.
Sejam 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 umQueremos
trapézio e provar
𝑀𝑀 e 𝑁𝑁que
pontos
𝑀𝑀𝑀𝑀médios
// 𝐴𝐴𝐴𝐴dos
// lados ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶 enão ⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐴𝐴𝐴
𝑀𝑀𝑀𝑀paralelos
= (𝐴𝐴𝐴𝐴 + e⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐵𝐵𝐵𝐵). 2
respectivamente.
Vejamos: ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 1 (𝐴𝐴𝐴𝐴
Queremos provar que 𝑀𝑀𝑀𝑀 // 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐶𝐶𝐶𝐶 e 𝑀𝑀𝑀𝑀 ⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ).
2
Vejamos:

Então:
Então:

• 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗


𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶
1
• ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐴𝐴𝐴𝐴 // ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
= 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝑀𝑀𝑀𝑀⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷= 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐶𝐶𝐶𝐶
2
•• ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ =
𝐶𝐶𝐶𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ==11𝐶𝐶𝐶𝐶
= 𝑁𝑁𝑁𝑁
𝑀𝑀𝑀𝑀
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
22
1
•• ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶
𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑁𝑁𝑁𝑁
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 + ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐶𝐶𝐶𝐶 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
2
• ⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ −
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 ==⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
+ 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ++𝑎𝑎𝑎𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷− 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + (𝑎𝑎 − 1)𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
1 𝑎𝑎−1
• ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ −
𝐶𝐶𝐶𝐶 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑁𝑁𝑁
𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐷𝐷𝐷𝐷
2
⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐴𝐴 𝐷𝐷𝐷𝐷2+⃗⃗⃗⃗⃗
=+⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑎𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐶𝐶𝐶𝐶 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 + (𝑎𝑎 − 1)𝐷𝐷𝐷𝐷
1 𝑎𝑎−1
• ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑁𝑁𝑁𝑁 = 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐴𝐴 + 2 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷
Então:
Então: 1
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑀𝑀𝑀𝑀 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝑁𝑁𝑁𝑁 =
2
1
𝑀𝑀𝑀𝑀 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑀𝑀𝑀𝑀 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐵𝐵𝐵𝐵 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝑁𝑁𝑁𝑁 =
1 1 𝑎𝑎−1 1 2 1 𝑎𝑎−1
= 2 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷 − (2 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 2 𝐷𝐷𝐷𝐷 ) = 2 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷 − 2 𝐷𝐷𝐷𝐷 − 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 =
1 1 𝑎𝑎−1 1 1 𝑎𝑎−1
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎𝑎𝑎−1
= 2 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 − (2 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎−1 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ ) =𝑎𝑎+1𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎𝑎𝑎𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ +𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
1 ⃗⃗⃗⃗⃗ =
− 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
= 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 − 2 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 = (𝑎𝑎 − 22 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ )𝐷𝐷𝐷𝐷 = 22 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2 2=2 (𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐷𝐷𝐷𝐷 ).
𝑎𝑎−1 𝑎𝑎−1 𝑎𝑎+1 ⃗⃗⃗⃗⃗ +𝐷𝐷𝐷𝐷
𝑎𝑎𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ 1
= 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
O que 𝐷𝐷𝐷𝐷 − a ⃗⃗⃗⃗⃗
conclui prova.
𝐷𝐷𝐷𝐷 = (𝑎𝑎 − ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
)𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = = (𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ).
2 2 2 2 2
O que conclui a prova.
65
Provar que o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio é
Provar eque
paralelo
Introdução a vetores o segmento
às bases
geometria igualque
eanalítica une os pontos destas.
a semi-diferença médios das diagonais de um trapézio é
paralelo
Provar às bases
que
Resolução: e igualque
o segmento a semi-diferença
une os pontos destas.
médios das diagonais de um trapézio é
Provar que
Resolução:
paralelo o segmento
às bases
Sejam 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 que
um etrapézio une os pontos
igual a esemi-diferença médios
médiosdas
𝑀𝑀 e 𝑁𝑁 pontosdestas. dosdiagonais
lados nãode um trapézio
paralelos 𝐴𝐴𝐴𝐴 eé 𝐵𝐵𝐵𝐵
paralelo
Sejam às bases etrapézio
igual a esemi-diferença
umQueremos 𝑀𝑀 e 𝑁𝑁que
pontosdestas. dos lados não paralelos
Resolução:
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 𝑀𝑀𝑀𝑀médios ⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐴𝐴𝐴−e⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵𝐵𝐵𝐵).
1
respectivamente. provar // 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 = 2 (𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐷𝐷𝐷𝐷
Resolução:
Sejam 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 umQueremos
trapézio e provar
𝑀𝑀 e 𝑁𝑁que
pontos
𝑀𝑀𝑀𝑀médios
// 𝐴𝐴𝐴𝐴dos
// lados
𝐷𝐷𝐷𝐷 enão
𝑀𝑀𝑀𝑀paralelos ⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐴𝐴𝐴−e⃗⃗⃗⃗⃗
1 𝐵𝐵𝐵𝐵).
respectivamente. ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 2 (𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐷𝐷𝐷𝐷
Sejam 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 um trapézio e 𝑀𝑀 e 𝑁𝑁 pontos médios dos lados não paralelos
1 𝐴𝐴𝐴𝐴 e 𝐵𝐵𝐵𝐵
Vejamos:respectivamente. Queremos provar que 𝑀𝑀𝑀𝑀 // 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 e ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 = 12 (𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐷𝐷𝐷𝐷 ).
Vejamos:respectivamente. Queremos provar que 𝑀𝑀𝑀𝑀 // 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 e 𝑀𝑀𝑀𝑀 ⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ ).
2
Vejamos:
Vejamos:

Então
Então
Então
Então

• 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹ 𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷


•• 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ //
𝐴𝐴𝐴𝐴 𝐷𝐷𝐷𝐷 −
⃗⃗⃗⃗⃗
= 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷
• 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ //
= ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹⃗⃗⃗⃗⃗
1𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷
•• ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴
𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝐷𝐷𝐷𝐷
// 𝑀𝑀𝑀𝑀−
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⟹=𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐴𝐴𝐴𝐴
2𝐴𝐴𝐴𝐴 = 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷)
•• 𝐴𝐴𝐴𝐴⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗
1
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝑀𝑀𝑀𝑀 =⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐴𝐴𝐴𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗ )
• 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗
= 𝐷𝐷𝐷𝐷 −
𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐴𝐴𝐴𝐴
1 ⟹ 𝐷𝐷𝐷𝐷
2 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝐷𝐷𝐷𝐷= ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑁𝑁𝑁 = 2 (𝐷𝐷𝐷𝐷
1
⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗ 1
𝐴𝐴𝐴𝐴 ) = 2 (𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗𝐷𝐷𝐷𝐷 )
• 𝐴𝐴𝐴𝐴⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 = ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐴𝐴𝐴𝐴 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ) 1 1
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
•• 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐴𝐴𝐴𝐴
1 ⟹ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑁𝑁𝑁𝑁 = ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐷𝐷𝐷𝐷 + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 ) = ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗ )
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐴𝐴𝐴𝐴 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 2
𝑀𝑀𝑀𝑀 = 2 (𝐴𝐴𝐴𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗⃗𝐷𝐷𝐷𝐷) 2
1 2
1
•Então: ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⟹ 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑁𝑁𝑁𝑁 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = (𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐴𝐴𝐴𝐴⃗⃗⃗⃗⃗ ) = (𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗
•Então:
𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐴𝐴𝐴𝐴 ⟹ 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝑁𝑁𝑁𝑁 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 12 (𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐴𝐴𝐴 ) =
1
2 ⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 )
2 2
Então: ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 = 𝑀𝑀𝑀𝑀 + 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 𝐷𝐷𝐷𝐷 = 𝑀𝑀𝑀𝑀 − 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Então: 𝑀𝑀𝑀𝑀 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑀𝑀𝑀𝑀 + ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐶𝐶𝐶𝐶 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑀𝑀𝑀𝑀 − ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 =
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 1⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀
= 1=(𝐷𝐷𝐷𝐷 𝑀𝑀𝑀𝑀−+𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐶𝐶𝐶𝐶) +
⃗⃗⃗⃗⃗ − 𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 + = 𝑀𝑀𝑀𝑀 ⃗⃗⃗⃗⃗− +
(𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐷𝐷𝐷𝐷𝑎𝑎 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐷𝐷𝐷𝐷
) ==
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝐶𝐶𝐶𝐶
2= ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑀𝑀𝑀 ⃗⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 = 2⃗⃗⃗⃗⃗⃗
1𝑀𝑀𝑀𝑀 − ⃗⃗⃗⃗⃗ +
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
= (𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ) − 𝐷𝐷𝐷𝐷⃗⃗⃗⃗⃗ + (𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ) ==
𝐷𝐷𝐷𝐷
1
2 ⃗⃗⃗⃗⃗ 1
= 11(𝐷𝐷𝐷𝐷 − ⃗⃗⃗⃗⃗
1 ) − 𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 2 ⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑎𝑎 𝐷𝐷𝐷𝐷
1(𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗ ) =
==22 ⃗⃗⃗⃗⃗ −
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐷𝐷𝐷𝐷 − ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
) −− ⃗⃗⃗⃗⃗ ++1
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
(𝐷𝐷𝐷𝐷 +
+ 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷
𝐷𝐷𝐷𝐷 )==
⃗⃗⃗⃗⃗
2 1 1
2 ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ 22 1 𝑎𝑎
2 ⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗
= 𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝐷𝐷𝐷𝐷 − 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝐷𝐷𝐷𝐷 = ⃗⃗⃗⃗⃗
1
2 1
2 1
2 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑎𝑎 2
= 1 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 − 1 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷1− ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 +𝑎𝑎1⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 + 𝑎𝑎 ⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐷𝐷𝐷 =
= 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 − 2=⃗⃗⃗⃗⃗ (1−
𝐷𝐷𝐷𝐷 1 ++𝑎𝑎2
−⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 )𝐷𝐷𝐷𝐷
⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 + 2 ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐷𝐷𝐷𝐷 =
2 2= (2 − 1 + 22 ⃗⃗⃗⃗⃗
)𝐷𝐷𝐷𝐷 2
1
2 𝑎𝑎
2 ⃗⃗⃗⃗⃗
= (1 − 1 + 𝑎𝑎)𝐷𝐷𝐷𝐷
= (2 − 1 + 2)𝐷𝐷𝐷𝐷
66 ⃗⃗⃗⃗⃗
2 2
em (∗)𝑀𝑀𝑀𝑀 // 𝐴𝐴𝐴𝐴 // 𝐷𝐷𝐷𝐷 e em (∗∗) 𝑀𝑀𝑀𝑀 é igual a semi diferença de 𝐴𝐴𝐴𝐴 − 𝐷𝐷𝐷𝐷.

Oque conclui a demonstração. Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo:

Dados os vetores 𝑎𝑎 e 𝑏𝑏⃗ linearmente independente, constroi-se a partir de um ponto


𝑂𝑂 arbitrário os pontos:

• ⃗⃗⃗⃗ - 2𝑏𝑏⃗ )
𝐴𝐴 = 𝑂𝑂 + (𝑎𝑎
• ⃗⃗⃗⃗ - 𝑏𝑏⃗ )
𝐵𝐵 = 𝑂𝑂 + (2𝑎𝑎
• 𝐶𝐶 = 𝑂𝑂 + (𝜆𝜆𝑎𝑎 +𝑏𝑏⃗ ), com 𝜆𝜆 ∈ ℝ.

Determinar o parâmetro 𝜆𝜆 de modo que os vetores ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ sejam paralelos.


𝐴𝐴𝐴𝐴 e 𝐵𝐵𝐵𝐵

Resolução:

⃗⃗⃗⃗ - 2𝑏𝑏⃗ ))=(𝜆𝜆 − 1)𝑎𝑎 + 3𝑏𝑏⃗


⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐶𝐶 − 𝐴𝐴 = 𝑂𝑂 + (𝜆𝜆𝑎𝑎 +𝑏𝑏⃗ )- (𝑂𝑂 + (𝑎𝑎
𝐴𝐴𝐴𝐴

⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝐶𝐶 − 𝐵𝐵 = +(𝜆𝜆𝑎𝑎 +𝑏𝑏⃗ )-( 𝑂𝑂 + (2𝑎𝑎


𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗ - 𝑏𝑏⃗)) = (𝜆𝜆 − 2)𝑎𝑎 + 2𝑏𝑏⃗

Como ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ ⟹ 𝐴𝐴𝐴𝐴


𝐴𝐴𝐴𝐴 //𝐵𝐵𝐵𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ = 𝛼𝛼𝐵𝐵𝐵𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗ , 𝛼𝛼 ∈ ℝ.

Então,

(𝜆𝜆 − 1)𝑎𝑎 + 3𝑏𝑏⃗ = 𝛼𝛼((𝜆𝜆 − 2)𝑎𝑎 + 2𝑏𝑏⃗) ⟹ (𝜆𝜆 − 1)𝑎𝑎 + 3𝑏𝑏⃗ − 𝛼𝛼 ((𝜆𝜆 − 2)𝑎𝑎 + 2𝑏𝑏⃗) = ⃗0

Temos então que,

(𝜆𝜆 − 1 − 𝛼𝛼𝛼𝛼 + 2𝛼𝛼)𝑎𝑎 + (3 − 2𝛼𝛼) = ⃗0

Uma possível solução é dada por,

𝜆𝜆 − 1 − 𝛼𝛼𝛼𝛼 + 2𝛼𝛼 = 0
{
3 − 2𝛼𝛼 = 0

67
Introdução a vetores e geometria analítica

3
Da segunda equação do sistema temos que 𝛼𝛼 = 2. Substituindo esse resultado na primeira
equação do sistema, temos:
3 3
𝜆𝜆 − 1 − 2 𝜆𝜆 + 2 2 = 0 ⟹ 𝜆𝜆 = 4

O que conclui o exercício.

68
Introdução a vetores e geometria analítica

MUDANÇA DE BASE

Neste ítem, temos o objetivo de relacionar as coordenadas de um vetor 𝑣𝑣, escrito em relação a
base 𝐸𝐸, em função das coordenadas de 𝑣𝑣 em relação a uma outra base 𝐹𝐹.

Sem perda de generalidades, trabalharemos no plano ℝ2 em função das aplicações geométricas


que trabalhamos no conteúdo das cônicas.

Consideremos as bases 𝐸𝐸 = {𝑣𝑣 ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗


⃗⃗⃗⃗2 } e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓
⃗⃗⃗⃗1 , 𝑣𝑣 𝑓𝑓2 } tal que:

⃗⃗⃗
𝑓𝑓1 = 𝑎𝑎11 ⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑣1 + 𝑎𝑎12 ⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑣2

⃗⃗⃗2 = 𝑎𝑎21 ⃗⃗⃗⃗


𝑓𝑓 𝑣𝑣1 + 𝑎𝑎22 ⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑣2

Seja

Então,

⃗⃗⃗1 + 𝑌𝑌𝑓𝑓
𝑣𝑣 = (𝑋𝑋, 𝑌𝑌)𝐹𝐹 = 𝑋𝑋𝑓𝑓 ⃗⃗⃗2 =

= 𝑋𝑋(𝑎𝑎11 ⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣2 ) + 𝑌𝑌(𝑎𝑎21 ⃗⃗⃗⃗


𝑣𝑣1 + 𝑎𝑎12 ⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑣1 + 𝑎𝑎22 ⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑣2 )

= (𝑎𝑎11 𝑋𝑋 + 𝑎𝑎12 𝑌𝑌)𝑣𝑣


⃗⃗⃗⃗1 + (𝑎𝑎21 𝑋𝑋 + 𝑎𝑎22 𝑌𝑌)𝑣𝑣
⃗⃗⃗⃗2

= (𝑥𝑥, 𝑦𝑦)𝐸𝐸

Isto é:

x = a11 X + a12 Y x 𝑎𝑎11 𝑎𝑎12 𝑋𝑋


{
y = a21 X + a22 Y
⟹ [y] = [𝑎𝑎
21 𝑎𝑎22 ] [𝑌𝑌 ] ou [𝑣𝑣]𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹

69
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo
Exemplo
Dadas as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗
𝑒𝑒 }, a base canônica do ℝ2 , e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓 ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ } tal que:
⃗⃗⃗1 , 𝑓𝑓
Dadas as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , 𝑒𝑒⃗⃗⃗22 }, a base canônica do ℝ2 , e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓 ⃗⃗⃗
𝑓𝑓22 } tal que:
⃗⃗⃗
𝑓𝑓 = ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 − ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 = (1, −1)
⃗⃗⃗
𝑓𝑓11 = ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 − ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 = (1, −1)
⃗⃗⃗
⃗⃗⃗22 == −𝑒𝑒
𝑓𝑓
𝑓𝑓
−𝑒𝑒1 − ⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 = (−1, −1)
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗1 − ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 = (−1, −1)
Determine a matriz de mudança da base 𝐸𝐸 para a base 𝐹𝐹.
Determine a matriz de mudança da base 𝐸𝐸 para a base 𝐹𝐹.
Resolução:
Resolução:

Observação:
Observação:
Se det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]−1
𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 Então:
Se det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]−1
𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 Então:
[𝑣𝑣 ]𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 ⟹ [𝑀𝑀]−1 [𝑣𝑣] [𝑀𝑀]−1
−1 [𝑣𝑣]𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸
[𝑣𝑣 ] ([𝑀𝑀]−1
−1 ([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 ) = ([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸
[𝑀𝑀] )[𝑣𝑣 ] ] [𝑣𝑣 ]
−1 [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 )[𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = 𝐼𝐼[𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹
[𝑣𝑣 ]𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 ⟹ [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸
𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐸𝐸 = 𝐸𝐸𝐸𝐸 ([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐹𝐹 ) = 𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐹𝐹 = 𝐼𝐼[𝑣𝑣 𝐹𝐹 = 𝐹𝐹
Isto é:
Isto é:
[𝑣𝑣 ] = [𝑀𝑀]−1 𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸
[𝑣𝑣 ]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]−1
𝐸𝐸𝐸𝐸 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸
ou
ou
[𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸
[𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸

70
Exemplo: Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo:
No Exemplo anterior determine a matriz de mudança da base 𝐹𝐹 para a base 𝐸𝐸.
Exemplo:
No Exemplo anterior determine a matriz de mudança da base 𝐹𝐹 para a base 𝐸𝐸.
Resolução:
No Exemplo anterior determine a matriz de mudança da base 𝐹𝐹 para a base 𝐸𝐸.
Resolução:
Resolução: 1
−2
1
1 −1 −1 2
det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) = | | = −2 ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [ 1 1 1]
1
−1 −1
1 −1 −1 −

22 − 1 2
det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) = | 1 −1| = −2 ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]−1 𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [ 2 1
2]
det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) = |−1 −1| = −2 ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [− 1 − 211]
−1
−1 −1 − 22 − 22
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Dadas as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 }, a base canônica do ℝ2 , e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓 𝑓𝑓2 } tal que:
Dadas as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 }, a base canônica do ℝ22 , e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓 𝑓𝑓2 } tal que:
⃗⃗⃗
Dadas
𝑓𝑓1 = ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1as+Bases
𝑒𝑒2 = 𝐸𝐸(1,1)
⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 }, a base canônica do ℝ , e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓
= {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗
𝑓𝑓2 } tal que:
⃗⃗⃗
𝑓𝑓1 = ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + ⃗⃗⃗
𝑒𝑒2 = (1,1)
⃗⃗⃗
𝑓𝑓12 ==⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
−𝑒𝑒𝑒𝑒11 +
⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗
𝑒𝑒⃗⃗⃗
𝑒𝑒22 == (1,1)
(−1,1)
⃗⃗⃗2 = −𝑒𝑒
𝑓𝑓 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗1 + 𝑒𝑒⃗⃗⃗2 = (−1,1)
Determine
⃗⃗⃗
𝑓𝑓 −𝑒𝑒1 +as⃗⃗⃗
2 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2coodenadas
= (−1,1) do vetor 𝑣𝑣 = 2𝑒𝑒⃗⃗⃗1 − 4𝑒𝑒⃗⃗⃗2 em relação a base 𝐹𝐹.
Determine as coodenadas do vetor 𝑣𝑣 = 2𝑒𝑒⃗⃗⃗1 − 4𝑒𝑒⃗⃗⃗2 em relação a base 𝐹𝐹.
Resolução:
Determine as coodenadas do vetor 𝑣𝑣 = 2𝑒𝑒⃗⃗⃗1 − 4𝑒𝑒⃗⃗⃗2 em relação a base 𝐹𝐹.
Resolução: 1 −1
Resolução:
• [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [ ]
1
1 1
−1
• [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [1 −1] 1 1
• [𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [1 11 ] −1
• det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸1) = |1 | = 2 ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [ 21 1
−1 2
1]
1
1
1 −1 1 −12 2 1
2
• det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) = |1 −1| = 2 ≠ 0 ⟹ ∃[𝑀𝑀]−1 𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [ 2 1
2]
2
1
• det([𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 ) = |1 1 | = 2 ≠10 ⟹ −1
1 ∃[𝑀𝑀]𝐸𝐸𝐸𝐸 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 = [− 1 1]
1 1 2 −1 − 22 2
• [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸 ⟹ [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [ 21 1 211] [ ] = [ ] 2
−1 1 −4 2
−3
−1
• [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸 ⟹ [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [ 22 21 2221] [ 2 ] = [−1]
• [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [𝑀𝑀]𝐹𝐹𝐹𝐹 [𝑣𝑣 ]𝐸𝐸 ⟹ [𝑣𝑣 ]𝐹𝐹 = [− 1 1] [ ] = [−3]
−4
Geometricamente: − 22 22 −4 −3

Geometricamente:
Geometricamente:

71
Rotação de eixos
Introdução a vetores e geometria analítica
Matriz de Rotação no sentido anti-horario
Rotação de eixos
Lembre que:
Matriz de Rotação no sentido anti-horario
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(𝑎𝑎 + 𝑏𝑏) = 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 + 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Lembre que:
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(𝑎𝑎 − 𝑏𝑏) = 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 − 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(𝑎𝑎 + 𝑏𝑏) = 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 + 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
cos(𝑎𝑎 + 𝑏𝑏) = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 − 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(𝑎𝑎 − 𝑏𝑏) = 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 − 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
cos(𝑎𝑎 − 𝑏𝑏) = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
cos(𝑎𝑎 + 𝑏𝑏) = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 − 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠

cos(𝑎𝑎 − 𝑏𝑏) = 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 + 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠

72
Introdução a vetores e geometria analítica

Consideremos as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 } e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓 ⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗


𝑓𝑓2 } tal que:
Consideremos as Bases 𝐸𝐸 = {𝑒𝑒⃗⃗⃗1 , ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 } e 𝐹𝐹 = {𝑓𝑓1 , ⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 } tal que:
𝑣𝑣 = 𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 → 𝑣𝑣 em relaçao a base 𝐸𝐸
𝑣𝑣 = 𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 → 𝑣𝑣 em relaçao a base 𝐸𝐸
⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗
𝑣𝑣 = 𝑋𝑋1 𝑓𝑓1 + 𝑌𝑌1 𝑓𝑓2 → 𝑣𝑣 em relaçao a base 𝐹𝐹
𝑣𝑣 = 𝑋𝑋1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓1 + 𝑌𝑌1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 → 𝑣𝑣 em relaçao a base 𝐹𝐹
𝑣𝑣 = 𝑂𝑂𝑂𝑂⃗⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑂′𝑃𝑃
𝑣𝑣 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑂𝑂𝑂 = 𝑂𝑂′𝑃𝑃 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Então:
Então:
𝑂𝑂𝑂𝑂 = ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑂𝑂′𝑃𝑃 ⟹ 𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 = 𝑋𝑋1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓1 + 𝑌𝑌1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 (∗)
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑂𝑂𝑂 = 𝑂𝑂′𝑃𝑃 ⟹ 𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 = 𝑋𝑋1 𝑓𝑓1 + 𝑌𝑌1 ⃗⃗⃗
⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 (∗)
Multiplicando (∗) por ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 temos:
Multiplicando (∗) por ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 temos:
𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 ∙ ⃗⃗⃗𝑒𝑒1 = 𝑋𝑋1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒1 + 𝑌𝑌1 ⃗⃗⃗
𝑓𝑓1 ∙ ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 ∙ ⃗⃗⃗𝑒𝑒1
𝑥𝑥1 ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 ∙ ⃗⃗⃗
𝑒𝑒1 + 𝑦𝑦1 ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 ∙ 𝑒𝑒⃗⃗⃗1 = 𝑋𝑋1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓1 ∙ 𝑒𝑒⃗⃗⃗1 + 𝑌𝑌1 ⃗⃗⃗ 𝑓𝑓2 ∙ ⃗⃗⃗𝑒𝑒1
⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗
⟹ 𝑥𝑥1 = 𝑋𝑋1 |𝑓𝑓1 | ∙ |𝑒𝑒⃗⃗⃗1 | cos 𝜃𝜃 + 𝑌𝑌1 |𝑓𝑓2 | ∙ |𝑒𝑒⃗⃗⃗1 |cos(90° + 𝜃𝜃)
⟹ 𝑥𝑥1 = 𝑋𝑋1 |𝑓𝑓 ⃗⃗⃗1 | ∙ |𝑒𝑒⃗⃗⃗1 | cos 𝜃𝜃 + 𝑌𝑌1 |𝑓𝑓 ⃗⃗⃗2 | ∙ |𝑒𝑒⃗⃗⃗1 |cos(90° + 𝜃𝜃)
⟹ 𝒙𝒙𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 𝜽𝜽 − 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
⟹ 𝒙𝒙𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 𝜽𝜽 − 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
De modo análogo, Multiplicando (∗) por ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 temos:
De modo análogo, Multiplicando (∗) por ⃗⃗⃗ 𝑒𝑒2 temos:
𝒚𝒚𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 𝜽𝜽 + 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄
𝒚𝒚𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 𝜽𝜽 + 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄
Então:
Então:
𝒙𝒙 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 𝜽𝜽 − 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 𝑥𝑥1 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑋𝑋1
{ 𝟏𝟏 ⟹ [𝑦𝑦 ] = [ ][ ]
𝒚𝒚𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜
𝒙𝒙 𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 𝜽𝜽 𝜽𝜽 −+ 𝒀𝒀𝒀𝒀𝟏𝟏𝟏𝟏𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔
𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 𝑥𝑥1 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑋𝑋
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑌𝑌1
{ ⟹ [𝑦𝑦 ] = [ ] [ 1]
𝒚𝒚𝟏𝟏 = 𝑿𝑿𝟏𝟏 𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬𝐬 𝜽𝜽 + 𝒀𝒀𝟏𝟏 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 1 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑌𝑌1

Netas condições
Netas condições
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
• [ ] é a matriz de rotação no sentido anti-horário.
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
• [ 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠] é a matriz de rotação no sentido anti-horário.
• [𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 ] é a matriz de rotação no sentido horário .
−𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
• [ ] é a matriz de rotação no sentido horário .
−𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
Logo
Logo
𝑋𝑋 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑥𝑥1
[ 1] = [ ] [𝑦𝑦 ]
𝑌𝑌
𝑋𝑋11 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑥𝑥
𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 1
[ ]=[ ] [𝑦𝑦 ]
𝑌𝑌1 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 1

Exemplo:
Exemplo: 𝜋𝜋
se 𝑣𝑣 = (−2,3)𝐸𝐸 e 𝜃𝜃 = 3 temos:
𝜋𝜋
se 𝑣𝑣 = (−2,3)𝐸𝐸 e 𝜃𝜃 = 3 temos:
resolução:
resolução:
73
Introdução a vetores e geometria analítica

−2
𝑣𝑣 = (−2,3) = −2𝑒𝑒⃗⃗⃗1 + 3𝑒𝑒⃗⃗⃗2 = [ ]
3
𝜋𝜋 𝜋𝜋 𝜋𝜋 𝜋𝜋
𝑋𝑋 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 3 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 3 −2 −2 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 3 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 3 𝑋𝑋1
[ 1] = [ 𝜋𝜋 𝜋𝜋 ] [ ] ⟹[ ] =[ 𝜋𝜋 𝜋𝜋 ] [ ]
𝑌𝑌1 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 3 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 3 3 3 −𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 3 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 3 𝑌𝑌1

1 √3 −2+3√3
𝑋𝑋 −2 𝑋𝑋
⟹ [ 1] = [ 2 2
][ ] ⟹ [ 1] = [ 2 ]
𝑌𝑌1 √3 1 3 𝑌𝑌1 3+2√3
−2 2 2

Logo,

−2 + 3√3 3 + 2√3
𝑣𝑣 = ( , )
2 2 𝐹𝐹

Geometrcamente:

74
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Propostos:

7. Verifique se os vetores são L.I. ou L.D..

→ → →
1)v1 = (1, 4, 0), v2 = (3, 12, 1) e v3 = (2, −2 − 1).
2)v1 = (2, 3, 1), v2 = (0, 1, 5) e v3 = (1, 4, 0).
→ → →
3)v1 = (−1, 2, 1), v2 = (2, −3, 1) e v3 = (3, −2, 4).
→ →
4)v1 = (1, 2, 3), v2 = (2, 4, 6) e v →
3 = (−1, −2, 5).
→ → →
5)v1 = (2, −3, −1), v2 = (0, −1, 5) e v3 = (−1, −4, 2).

8. Determine x de modo que os veores sejam L.D.:


→ → →
1)v1 = (3, 5, 1), v2 = (2, 0, 4) e v3 = (1, x, 3).
→ → →
2)v1 = (1, 3, 5) e v2 = (2, x, 10) e v3 = (1, −2, 3).
→ → →
3)v1 = (x, 2, −1), v2 = (3, −1, −1) e v3 = (1, 4, 0).
→ → →
4)v1 = (3, 2, −1), v2 = (3, 2x, −2) e v3 = (1, 0, 6).
→ → →
5)v1 = (0, 0, 3), v2 = (5, x, 6) e v3 = (2, 6, 5).
→ → →
6)v1 = (2, 1, 5), v2 = (x, 6, 0) e v3 = (2, 4, −1).
→ → →
7)v1 = (2, 5, 3), v2 = (1, 2x, −3) e v3 = (1, −2, 4).
→ →
8)v1 = (1, 2, x), e v2 = (3, −4, 7).

9. Qual conjunto de vetores se constitui uma base:

→ → →
a) v1 = (3, 5, 1), v2 = (2, 0, 4) e v3 = (4, 0, 8).

→ → →
b) v1 = (−2, 3, −5), v2 = (0, 0, 3) e v3 = (4, −5, 1).

→ → →
c) v1 = (−1, −1, −1), v2 = (3, 3, 3) e v3 = (2, −1, 4).

→ → →
d) v1 = (1, −2, −2), v2 = (2, −1, −5) e v3 = (1, 2, 1).

→ → →
e) v1 = (1, 2, −1), v2 = (2, −1, −1) e v3 = (8, −2, −1).

→ → → → →
10. Dados os vetores v1 = (2x, x + y, x − y), v2 = (2, 1, 1) e v3 = (0, 1, −1). Mostre que v1 , v2 e

v3 são coplanares.
→ → → →
11. Dados os vetores v1 = (1, −1, 1), v2 = (2, 0, 1), e v3 = (3, 1, 1). Determine um vetor x de
→ → → → →
modo que x // v2 e v1 + x // v3 .
→ → → →
12. Dados os vetores v1 = (1, −1, 0), v2 = (3, −1, 1), v3 = (2, 2, 1), e v4 = (4, −3, 1). Determine
→ → → → → → →
um vetor x de modo que x + v1 // v2 e x + v3 // v4 .

51
75
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → →
13. Dados os vetores v1 = (3, 4, −1), v2 = (1, 0, −1), e v3 = (0, 1, 1). Determine dois vetores x e
→ → → →
y de modo que x + y =v1 sendo x coplanar com v2 e v3 e y paralelo ao vetor (1, −1, 1).
→ → → →

→ → →
14. ABC é um triângulo e D o ponto médio do lado BC. E é um ponto AC tal que AE= λ EC,
→ → → → → →
λ ∈ R. Calcular λ para que o vetor s = BA + CA +2 BC seja paralelo ao vetor m=DE.
2
15. Prove que as diagonais de um triângulo são concorrentes em um mesmo ponto a 3
de cada
uma, a partir do vértice.

5276
Capítulo 3

Produto Escalar, Produto Vetorial e


Produto Misto
Capitulo 3
Produto escalar, produto
vetorial e produto misto
3.1 Produto Escalar de dois vetores
3.1.1 Módulo de um Vetor

→ de vetor). Dado um vetor v = (x, y, z) de V , denomi-
3
Definição 3.1.1 (Modulo ou Comprimento
namos módulo do vetor, denotado por  v , o número real:
→ 
 v  = x2 + y2 + z2

Observação:

→ 
1. Como x2 + y2 + z2 ≥ 0 temos que  v  = x2 + y2 + z2 ≥ 0.

→ →
2. Dados os pontos A(xA , yA , zA ) e B(xB , yB , zB ), v =AB= B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ) temos
assim que:
→ → →
• A = B ⇒ v =AB= B − A = 0
→ →
• A  B ⇒ v =AB= B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ), então
→  →  
 v  = AB = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2
 

Exemplo

→  √ √
Dado o vetor v = (−1, 2, 2) então  v  = (−1)2 + (2)2 + (2)2 = 1 + 4 + 4 = 9 = 3.

53

77
Introdução a vetores e geometria analítica


Definição 3.1.2 (Vetor Unitário). Um vetor u∈ V 3 é chamado de vetor unitário se, e somente se,
tem módulo igual a 1.

Exemplo:

→ √
3
1. O vetor u= ( 12 , 0, 2
) é unitário.

De fato:
→  √   √
 u  = ( 1 )2 + (0)2 + ( 3 )2 = 1 + 3
= 4
= 1 = 1.
2 2 4 4 4

→ √
3
2. O vetor u= (− 21 , 2
) ∈ V 2 é unitário.

De fato:
→  √   √
 u  = (− 1 )2 + ( 3 )2 = 1 + 3
= 4
= 1 = 1.
2 2 4 4 4

3.1.2 Versor
→ →
Definição 3.1.3 (Versor). Dado um vetor v ∈ V 3 , chamamos de Versor, ao vetor unitário u para-
→ →
lelo a v e de mesmo sentido que v .
→ → → →
Problema: Dado o vetor v  0 , achar o versor associado vetor v , ou vetor unitário u tal que
→ →
u // v .

Resposta:

Por definição temos que →  → → →


→ → → →
u // v ⇒ u= λ v , λ ∈ R tal que  u  = λ v  ⇒  u  = ||λ||  v .
→ → → →
Como  u  = 1 temos que ||λ||  v  = 1 ⇒ ||λ|| = →1  λ = →1  ou λ = − →1  . Como u // v e tem
v v   v
   
→ 1 → 1 →
mesmo sentido que v concluímos que λ = →
 v 
e portanto u= →
 v 
v.

78
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.1: Definição de Versor

Exemplo:
→ →
Dado o vetor v = (1, 2, 1), verifique se v é unitário. Caso contrário determine o vetor unitário asso-

ciado a v .
Resposta:

→ √ √ →
v = (1, 2, 1) ⇒  v  = (1)2 + (2)2 + (1)2 = 1 + 4 + 1 = 6 claramente vemos que v não é


unitário. Sendo assim o vetor unitário associado a v trata-se do versor. Isto é:
→ →
u= →1  v = √1 (1, 2, 1) = ( √1 , √2 , √1 ).
v 6 6 6 6

79
Introdução a vetores e geometria analítica

3.2 Produto Escalar


→ →
Definição 3.2.1. Dados dois vetores v1 e v2 o número real obtido pelo produto  →dos módulos dos
→ → →
dois vetores pelo cosseno do ângulo formado por eles, indicado por v1 · v2 ou v1 , v2 , é chamado
de Produto escalar. Ou seja:

→ →  → →   →   →  → →
v1 · v2 = v1 , v2 = v1  v2  cos(v1 , v2 )
.

Observação:

Figura 3.2: ângulo entre vetores

→ → →
• θ = 0 indica que v1 e v2 tem o mesmo sentido.
→ →
• θ = πrad indica que v1 e v2 tem sentidos contrários.
→ →
• θ= π
2
indica que v1 e v2 são ortogonais.

3.2.1 Expressão Analítica do Produto Escalar


Consideremos o triângulo ABC tal que:

observando a figura temos:

→ →
• AB=v1
→ →
• AC=v2
→ → → → →
• CB=AB − AC=v1 − v2

56
80
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.3: Ângulo Entre Vetores

Pela lei dos cossenos, relativa ao ângulo θ temos;


 → 2  → 2  → 2  → 2
CB =v→ 2 + v→ 2 −2 v→  v→  cosθ (1)
 →   →    
CB = AB + AC  − 2 AB
  AC  cosθ, ou seja, 1 2  1  2
 
       
 → 2  →  → 2
→ 2

→
Mas, CB = AB − AC  = v1 − v2  .

 
→ →
considerando v1 = (x1 , y1 , z1 ) e v2 = (x2 , y2 , z2 ) temos que
 → 2  →  → 2
→ 2

CB = AB − AC  = v − v→  .
     1 2 
= |(x1 − x2 , y1 − y2 , z1 − z2 )|2
= (x1 − x2 )2 + (y1 − y2 )2 + (z1 − z2 )2
= x12 + y21 + z21 + x22 + y22 + z22 − 2(x1 x2 ) + y1 y2 + z1 z2 ) (2)
Comparando (1) e (2) temos:
 →   → 
v1  v2  cosθ = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2
Ou seja:
→ →
v 1 · v 2 = x1 x 2 + y 1 y 2 + z 1 z 2

81 57
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplo:

Dados os vetores
→ → → →
v1 = (−2, 52 , 10) e v2 = (−5, 5, 12 ) então v1 · v2 = (−2)(−5) + ( 52 )(5) + (10)( 12 ) = 10 + 2 + 5 = 17

Observação:

→ →
1. v1 · v2 = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 não depende de base fixada.
→ → → →

 � �0� se v = 0 ou v 2= 0

→ → 1

2. v1 · v2 = 

→ →
�� → → → →
 ��v1 �� ��v2 �� cosθ se v1  0 v2  0

 � � �

→ → → →
→ → v1�·�v2 �
3. v1  0 e v2  0 então cosθ = �� →
��v1 ������v→2 ���
.

→ →
�� → ��2
4. v1 · v1 = x1 x1 + y1 y1 + z1 z1 = x12 + y21 + z21 = ��v1 �� .

5. f : V 3 × V 3 −→ R
→ → → →
(v1 , v2 ) −→ n =v1 · v2
→ → → → →
6. Em relação aos vetores da base canônica β0 = e1 , e2 , e3 onde e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e

e3 = (0, 0, 1), temos
 → → → → → →
 e 1 · e2 =e 2 · e 3 =e3 · e 1 = 0


 e→ · e→ =e→ · e→ =e→ · e→ = 1


1 1 2 2 3 3

3.2.2 Propriedades do Produto Escalar


→ → →
Quaisquer que sejam os vetores v1 , v2 e v3 e λ ∈ R temos:

→ → → → →
1. v1 · v1 ≥ 0 e v1 · v1 = 0 ⇒ v1 = 0.
→ → → →
2. Comutativa: v1 · v2 =v2 · v1
→ → → → → → →
3. Distributiva em relsação à adição de vetores: v1 ·(v2 + v3 ) =v1 · v2 + v1 · v3
→ → → → → →
4. Associativa para a multiplicação por um escalar: v1 (λ v2 ) = (λ v1 ) v2 = λ(v1 · v2 )

58
82
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Resolvidos:
Prove que:

→ → →2 → → →2
1. (v1 + v2 )2 =v1 +2 v1 · v2 + v1

→ → → → → →
Demonstração. (v1 + v2 )2 = (v1 + v2 ) · (v1 + v2 )
→ → → →
= v1 · (v1 + v2 ) + v2 · (v1 + v2 )
= v21 + v1 · v2 + v2 · v1 + v22
= v21 + 2v1 · v2 + v22

→ → → → →2 →2
2. (v1 + v2 ) · (v1 − v2 ) =v1 − v1

→ → → → → → → → → →
Demonstração. (v1 + v2 ) · (v1 − v2 ) =v1 ·(v1 − v2 )+ v2 ·(v1 − v2 )
→2 → → → → →2
= v1 − v1 · v2 + v2 · v 1 − v2
→2 →2
=v1 − v2

→ → → → → →
Definição 3.2.2 (Vetores Ortogonais). Dados dois vetores v1 e v2 , com v1  0 e v2  0 , dizemos
→ →
que v1 e v2 são ortogonais se seu produto escalar é igual a zero.

Simbolicamente escrevemos:
→ → → →
v1 ⊥ v2 ⇒ v1 · v2 = 0
Exemplos:

→ → → →
1. Os vetores v1 =OA= (3, 5) e v2 =OB= (−5, 3) são ortogonais.

De fato:
→ →
v1 · v2 = (3, 5) · (−5, 3) = (3)(−5) + (5)(3) = −15 + 15 = 0
→ → → →
2. Os vetores v1 =OA= (1, 2, 2) e v2 =OB= (2, −2, 1) são ortogonais.
Resposta:
De fato:
→ →
v1 · v2 = (1, 2, 2) · (2, −2, 1) = (1)(2) + (2)(−2) + (2)(1) = 2 − 4 + 2 = 0
→ → →
3. Determinar um vetor v1 = (x, y, z) ortogonal aos vetores v2 = (1, 1, 0) e v3 = (0, 1, 1).
Resposta:
→ →
v1 ⊥ v2 ⇒ (x, y, z) · (1, 1, 0) = 0 ou x + y = 0
→ →
v1 ⊥ v3 ⇒ (x, y, z) · (0, 1, 1) = 0 ou y + z = 0

59
83
Introdução a vetores e geometria analítica

Do resultado dos produtos, segui o seguinte sistema:

x + y = 0 x = −y
� �
⇒ ⇒ x = z, y = −z, z = z
y + z = 0 y = −z
→ →
Logo v1 = (x, y, z) = (z, −z, z) = z(1, −1, 1). Isto indica que todo vetor paralelo a v1 =
→ →
z(1, −1, 1) é ortogonal aos vetores v2 = (1, 1, 0) e v3 = (0, 1, 1), o que conclui o exercício.

Figura 3.4: Interpretação Geométrica do exercício

→ → → →
4. Dados os vetores v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 0, 1) e v3 = (0, 1, −1), determine um vetor v4 = (x, y, z)
→ → →
coplanar aos vetores v1 e v2 e ortogonal v3 .
Resposta:
→ → → → → →
v4 é coplanar v2 e v2 ⇒ v4 = λ1 v1 +λ2 v2
→ → → →
v4 ⊥ v3 ⇒ v4 · v3 = 0
ou
 seja:
→ → →
 v4
 = λ1 v1 +λ2 v2 → → → → → → →
⇒ (λ1 v1 +λ2 v2 )· v3 = 0 ⇒ λ1 (v1 · v3 ) + λ2 (v2 · v3 ) = 0

→ →
 v 4 · v3 = 0


Mas,
→ →
v1 · v3 = (1, 1, 0) · (0, 1, −1) = 1
→ →
v2 · v3 = (1, 0, 1) · (0, 1, −1) = −1
Então:
→ → → →
λ1 (v1 · v3 ) + λ2 (v2 · v3 ) = λ1 (1) + λ2 (−1) = 0 ⇒ λ1 − λ2 = 0 logo λ1 = λ2 .
Portanto,
→ → →
v4 = λ1 v1 +λ2 v2 = λ1 (1, 1, 0) + λ1 (1, 0, 1) = λ1 [(1, 1, 0) + (1, 0, 1)] = λ1 (2, 1, 1). Isto indica

que todo vetor paralelo a v4 satisfaz o exercício.

6084
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.5: Interpretação Geométrica do exercício

3.2.3 Propriedades do Módulo de vetores


 → →
1. λ v  = ||λ||  v 
 

 
 →  → → →2 √ →2
→
Demonstração. λ v  = (λ v )(λ v ) = λ2 v = λ2 v = ||λ||  v  
 → → 2  → 2  → 2 → →
2. v1 + v2  = v1  + v2  ⇔ v1 ⊥ v2 .

 → → 2 → →
Demonstração. v1 + v2  = (v1 + v2 )2
→ → → →
= (v1 + v2 ) · (v1 + v2 )
→ → → → → →
=v1 (v1 + v2 )+ v2 (v1 + v2 )
→2 → → → → →2
v1 + v1 · v2 + v2 · v1 + v2
→2 → → →2 → → → →
v1 +2 v1 · v2 + v2 por hipótese v1 ⊥ v2 ou seja v1 · v2 = 0, logo:
→2 →2
v1 + v2 .


 → →   →   → 
3. v1 · v2  ≤ v1  v2 . Desigualdade de Shwarz.

→ → → →
Demonstração. • Se v1 = 0 e v2 = 0 nada temos a fazer.
→ → → →
• sejam v1  0 e v2  0 vetores de V 3 λ ∈ R. Veja que:
→ → →2 → → →2
(v1 +λ v2 )2 ≥ 0 ⇒ v1 +2(v1 · v2 )λ + λ2 v2
Temos assim uma equação do segundo grau cuja variável é λ, e que claramente ∆ ≤ 0.
Logo:

61
85
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → → →2 →2 → → →2 →2
∆ = [2(v1 · v2 )]2 −4(v1
)2 (v2 )2 ≤ 0 ⇒4(v1 · v2 )2 −4 v1 v2 ≤ 0 ⇒ 4(v1 · v2 )2 ≤ 4 v1 v2
→2 →2 →2 →2
→ → 2 → →
 → → 
⇒ (v1 · v2 ) ≤v1 v2 (v1 · v2 ) ≤ v1 v2 ⇒ v1 · v2  ≤ |v1 | |v2 |.
2


 → →   →   → 
4. v1 + v2  ≤ v1  + v2 . (Desigualdade de Minkowski)

→ →
Demonstração. Dados os vetores v1 e v2 de V 3 , temos:
→ → → → → →
(v1 + v2 )2 = (v1 + v2 )(v1 + v2 )
→ → → → → →
=v1 (v1 + v2 )+ v2 (v1 + v2 )
→2 → → →2
=v1 +2 v1 · v2 + v2
Sendo assim, utilizando a desigualdade de Shwarz, temos:
|v1 + v2 |2 = |v1 |2 +2(v1 ·v2 )+|v2 |2 ≤ |v1 |2 +2 |v1 · v2 |+|v2 |2 ≤ |v1 |2 +2 |v1 | |v2 |+|v2 |2 = (|v1 |+|v2 |)2

Portanto:
|v1 + v2 | ≤ |v1 | + |v2 |.

Geometricamente:

Figura 3.6: Desigualdade de Minkowski

Como consequência desta propriedades, temos:

 → →
• − v  =  v .

Demonstração. De fato:  
 →  →  →
− v  = (− v ) · (− v ) = (−1)(−1)( v ) · ( v ) = (1)( v ) = (→
→ → → →
2 v )2 =  v . 

6286
Introdução a vetores e geometria analítica

�� → �� �� → �� �� → → ��
• ��v1 �� − ��v2 �� ≥ ��v1 − v2 ��.

�� → �� �� → → Note
Demonstração. � que,� � � � � �
��v1 �� = ��v1 − v2 + v→2 ��� = ���(v→1 − v→2 )+ v→2 ��� ≤ ���v→1 − v→2 ��� + ���v→2 ���
ou seja, �� → → �� �� → �� �� → �� �� → �� �� → → �� �� → → �� �� → �� �� → ��
|v1 | ≤ ��v1 − v2 �� + ��v2 �� ⇒ ��v1 �� − ��v2 �� ≤ ��v1 − v2 �� ou ��v1 − v2 �� ≥ ��v1 �� − ��v2 ��.


3.2.4 Base Ortonormal


�→ → →�
Uma base β = i , j , k diz-se ortonormal se seus vetores são todos unitários e dois a dois ortogo-
nais.

Simbolicamente:  ��→�� ��→�� �� ��


�� j �� ��→�� = 1
 �� i �� �k�

�→ → →� 
 � � = =
β = i , j , k é ortonormal ⇔ 

→ → →
� �
→ → →

 i ⊥ j , j⊥k

, k⊥ i


→ →
 → → → →
 i · i = j· j = k·k = 1



→ → → → → →
 i · j = j·k = k· i = 0



Exemplos:
Verifique se as bases abaixo, são ortonormais:
 → √
 i = ( 21 , 23 )
�→ →� 
1. β = i , j de V 2 tal que .


 →j = (− 3 , 1 )


. 2 2

Resposta:

→ →
Temos que verificar se i e j são unitários e ortogonais.

• Vejamos
�� �� � se os vetores são unitários:
�� �� = ( 1 )2 + 3 = 1 + 3 = 4 = √1 = 1.
→ √ 2 � �
� � i 2 2 4 4 4

�� j �� = (− 3 )2 + 1 2 = 3 + 1 = 4 = √1 = 1
��→�� � √ � �
� � � 2 2 4 4 4
��→��� ���→���
Logo �� i �� = �� j �� = 1
• Vejamos se os vetores são ortogonais:
→ → √ √ → →
3
+ ( 23 )( 12 ) = 0 ⇒ i ⊥ J
i · j = ( 21 )(− 2
)
�� �� ��→�� → �→ →�
→� →
Pelo exposto, temos que � i � = � j � = 1 e i ⊥ j , portanto β = i , j é uma base ortonormal

� � �
� �

de V 2 .

63
87
Introdução a vetores e geometria analítica

 →
i = ( √13 , √13 , √13 )



�→ → →� 

 →

2. β = i , j , k de V 3 tal que  j = ( √12 , 0, − √12 ) .



 →
 i = ( √1 , − √2 , √1 )



. 6 6 6

Resposta:

• Vejamos
�� �� � se os vetores são unitários:
��→�� = ( √1 )2 + ( √1 )2 + ( √1 )2 = 1 + 1 + 1 = 3 = √1 = 1.
� �
i 3 3 3 3
���→��� � 3 3 3
�� j �� = ( √1 )2 + 02 + (− √1 )2 = 1 + 0 + 1 = 2 = √1 = 1
� �
� � 2 2 2 2 2

��→�� = ( √1 )2 + (− √2 )2 + ( √1 )2 = 1 + 4 + 1 = 6 = √1 = 1.
�� �� � � �
�k� 6 6 6 6 6 6 6
�� �� ��→�� �� ��
→ →
Logo ��� i ��� = ��� j ��� = ��� k ��� = 1
• Vejamos se os vetores são ortogonais:

→ → → →
i · j = ( √13 )( √12 ) + ( √13 )(0) + ( √13 )(− √12 ) = √1
6
+0− √1
6
= √1
6
− √1
6
=0 ⇒ i ⊥ j
→ → → →
j · k = ( √12 )( √16 ) + (0)(− √26 ) + (− √12 )( √16 ) = √1
12
+0− √1
12
= √1
12
− √1
12
=0 ⇒ j ⊥ k

→ → → →
k · i = ( √16 )( √13 ) + ( √13 )(− √26 ) + (− √12 )( √16 ) = √1
12
+0− √1
12
= √1
12
− √1
12
=0 ⇒ j ⊥ k

�→ → →�
Pelo exposto, concluímos que β = i , j , k é uma base ortonormal de V 3 .

3.2.5 Interpretação Geométrica do Produto Escalar


→ →
Consideremos os vetores v1 , v2 e o ângulo θ determinado por esses vetores:

Observando a figura temos:

→ → →
(v2 −λ v1 )⊥ v1 ⇒

→ → →
(v2 −λ v1 )· v1 = 0 ⇒

→ → → →
v2 · v1 −λ(v1 · v1 ) = 0 ⇒

64
88
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.7: Vetor Projeção

→2 → →
λ v1 =v1 · v2 ⇒
→ →
v1 · v2
λ= ⇒
→2
v1

→ →
v1 · v2
λ = � �2
�� → ��
�v1 �
Observe que:
 → →


 v1 · v2 > 0 se θ < π2 ⇒ λ > 0
→ →

 v1 · v2 < 0 se θ > π2 ⇒ λ < 0

→ →

λ v1 indica o vetor que representa a projeção do vetor v2

→ →
v1 · v2 = 0 se θ = π2 ⇒ λ = 0









�� → ��
sobre o vetor v1 e ��λ v1 �� o comprimento da projeção deste vetor. Então:
→ �� → �� �� → �� ��������v→1 ·v→2 �������� �� → �� ��������v→1 ·v→2 ��������
v2
pro j → = ��λ v1 �� = ||λ|| ��v1 �� = |v |2 ��v1 �� = ��� → ���
v1 1 �v1 �
→ → →
��→��
tomando u= ���v→1 ��� , temos que u é o versor associado ao vetor v1 ou seja �� u �� = 1 de onde

�v1 �
concluímos que:
→ ����→ → ����
v2
pro j → = ���� u · v2 ����
v 1

.
Exemplo:
→ → → →
Dados os vetores v1 = (1, 3, −2) e v2 = (−2, 1, −1) determine o vetor projeção de v2 sobre v1 e o
comprimento desta projeção.

65
89
Introdução a vetores e geometria analítica

Resposta:

• vetor projeção:
→ →
1 · v2 = (1)(−2) + (3)(1) + (−2)(−1) = 7
v→ 2
v1  = 12 + 32 + (−2)2 = 14
→ →
v1 ·v2 7 1
λ=  → 2 = 14
= 2
v1 

vetor projeção: λ v1 = 21 (1, 3, −2) = ( 12 , 23 , −1)

• comprimento → da projeção:



v2
 √
pro j → = λ v1  = ( 12 )2 + ( 32 )2 + (−1)2 = 12 14
v 1

3.2.6 Ângulos Entre Vetores


→ → → → → → → →
Consideremos os vetores v1  0 e v2  0 , e seja θ o ângulo entre v1  0 e v2  0 .

Figura 3.8: Ângulos Entre Vetores

Utilizando a desigualdade de Schwarz, temos://  → → 


 → →   →   →               v1 ·v2 
v1 · v2  ≤ v1  v2  ⇒ − v→1  v→2  ≤ v→1 · v→2  ≤ v→1  v→2  (: v→1  v→2 ) ⇒ −1 ≤  →  →  ≤ 1.
v1 v2 
Desta forma podemos garantir que existe um ângulo θ, 0 ≤ θ ≤ π tal que:
 → → 
v1 · v2 
cosθ =  →   → 
v1  v2 

Exemplo:

→ → → → → → → →
1. Dados
→os→ vetores v1 = 2 i − j + k e v2 = i + j + k escritos em relação à base ortonormal


β = i , j , k determine o ângulo entre esses vetores.

66
90
Introdução a vetores e geometria analítica

Resposta:
→ →
v1 · v2 =(2)(1) + (−1)(1) + (1)(1) = 2
 →  √
v1  = (2)2 + (−1)2 + (1)2 = 6
 →   √
v2  = (1)2 + (1)2 + (1)2 = 3
então:  → → 
v1 ·v2  √ √
√ 2√ 2 2
cosθ =  →  → 
v1 v2 
= 6 3
= 3
⇒ θ = arccos( 3
)

2. Determine o ângulo entre a diagonal de um cubo e uma de suas arestas.


Resposta:
→ → →
 
→ →
Consideremos a base ortonormal β = i , j , k , vetores v1 = (a, 0, 0), v2 = (0, a, 0) e

v3 = (0, 0, a) aresta do mencionado cubo situado sobre os eixos coordenados e θ o ângulo
→ → → →
entre a aresta OA=v1 , OP=OP conforme a figura:

Figura 3.9: Ângulos Entre Vetores - Exercício

→ → → →
observando a figura temos que v =v1 + v2 + v3 = (a, a, a)
→ →
v→ 1 · v =√a.a + 0.a + 0.a =
√a
v1  = a2 + 02 + 02 = a2 = a
→ √ √ √
 v  = a2 + a2 + a2 = 3.a2 = a 3
Então, √ √
→ →
v1· v  a2√ 3 3
cosθ = v1 →
 → = (a)(a 3)
= 3
⇒ θ = arccos( 3
).
v 


67
91
Introdução a vetores e geometria analítica

3.3 Produto Vetorial Entre Vetores


�→ → →�
→ →
Definição 3.3.1. Consideremos a base ortonormal β = i , j , k de V 3 . Dados os vetores v1 e v2
→ → → →
de V 3 definimos o produto vetorial entre os vetores v1 e v2 e indicamos v1 ∧ v2 como sendo://
→ → → → →
1. Se v1 e v2 forem Linearmente Dependente temos assim que v1 ∧ v2 = 0 .
→ →
2. Se v1 e v2 forem Linearmente Independente temos assim que:
���� → → ���� ���� → ���� →
• ����v1 ∧ v2 ���� = ����v1 ���� ||v2 || senθ indica a área do paralelogramo definido pelos vetores v1 e
→ → →
v2 , e θ é o ângulo entre v1 e v2 .

Figura 3.10: Produto Vetorial de Vetores L.I.


→ → → →
• v1 ∧ v2 é ortogonal a v1 e a v2 .

Figura 3.11: Produto Vetorial de Vetores L.I.


�→ → → →�
• v1 , v2 , v1 ∧ v2 formam uma base positiva de V 3 .

3.3.1 Propriedades do Produto Vetorial


 → → → →

 v 1 = 0 ou v 2= 0
→ → →

1. v1 ∧ v1 = 0 se  ou



→ →
v1 // v1


68
92
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.12: Produto Vetorial de Vetores L.I.

→ → → →
2. Anti-comutativa: v1 ∧ v2 v2 ∧ v1
→ → → →
3. Associativa: (m v1 ) ∧ (n v2 ) = mn(v1 ∧ v2 )
→ → → → → → →
4. Distributiva: (v1 + v2 )∧ v3 =v1 ∧ v3 + v2 ∧ v3
→ → → → → → →
5. Distributiva: (v1 ∧(v2 + v3 ) =v1 ∧ v2 + v1 ∧ v3

3.3.2 Expressão Cartesiana do Produto Vetorial


→ → →
Consideremos a base ortonormal β = i , j , k de V 3 , pela definição de Produto Vetorial, temos:

Figura 3.13: Produto Vetorial dos Vetores da Base Ortonormal


→ → → → → → → → → → → → → → → → → →
i ∧ j =k , j ∧ k = i , k ∧ i = j , i ∧ i =0, j ∧ j =0, e k ∧ k =0
→ → → → → → → →
Consideremos os vetores v1 = x1 i +y1 j +z1 k e v2 = x2 i +y2 j +z2 k . Então:

→ → → → → → → →
v1 ∧ v2 = x1 x2 ( i ∧ i ) + x1 y2 ( i ∧ j ) + x1 z2 ( i ∧ k )+

69
93
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → →
+y1 x2 ( j ∧ i ) + y1 y2 ( j ∧ j ) + y1 z2 ( j ∧ k )

→ → → → → →
+z1 x2 ( k ∧ i ) + z1 y2 ( k ∧ j ) + z1 z2 ( k ∧ k ) =

→ → →
= x1 x2 . 0 +x1 y2 . k +x1 z2 .(− j )+

→ → →
+y1 x2 .(− k ) + y1 y2 . 0 +y1 z2 . i

→ → →
+z1 x2 . j +z1 y2 .(− i ) + z1 z2 . 0

chega-se assim que:


→ → → →
v1 ∧ v2 = (y  1 z2 − z 1 x2 j +(x
 1 z2 − z1 y2 ) i −(x  1 y2 − y 1 x2 )
 y z  →  x z  →  y y  →
v1 ∧ v2 =  1 1  . i -  1 1  . j +  1 1  . k
→ →
 y2 z2   x2 z2   y2 y2 
ou seja:
 → → → 
 i j k 
→ →
v1 ∧ v2 =  x1 y1 z1 

x2 y2 z2
 
Exercícios resolvidos:
→ → → → → → →
1. Dados
→os→ vetores v1 = i +5 j −3 k e v2 = − i +2 k ), escritos em relação à base ortonormal


→ →
β = i , j , k , calcule v1 ∧ v2 .

Resposta:
 → → → 
→ →
 i j k  → → → → → → →
v1 ∧ v2 =  1 5 −3  = 10 i +3 j −5 k −2 j = 10 i + j −5 k

−1 0 2 
 

70
94
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → → → →
2. Dados os vetores v1 = 2 i + j − k e v2 = 2 i +2 j − k ), determine os vetores unitários
→ →
ortogonais a v1 v2 .

Resposta:

→ → → →
Sabemos que v1 ∧ v2 é ortogonal a v2 e a v2 . Ou seja, qualquer versor de vetores paralelos a
→ →
v1 ∧ v2 é solução do problema. Então:

Figura 3.14: Produto Vetorial - Exercício


 → → → 
 i j k  → →
→ → → → → → → →
v1 ∧ v2 =  2 1 −1  = − i −2 j +4 k −2 k +2 j +2 i = i +2 k = (1, 0, 2)
2 2 −1 
 
 → →  √ √
v1 ∧ v2  = 12 + 02 + 22 = 5

logo,

→ → →
u= ± v→1 ∧v→2  = ± √1 (1, 0, 2).
v1 ∧v2  5

3. Determine a área do triangulo de vértices A(1, 2, 5), B(−1, −2, 3) e C(2, −1, −1).
Resposta:
→ →
A área pedida é metade da área do paralelogramo definido pelos vetores AB e AC.

AB= B − A = (−2, −4, −2)

AC= C − A = (1, −3, −6)
 → → → 
 i j k  = 18 → −14 →j +10 → = 2 √57
 → →
    
1 
AT = 2 AB ∧ AC  =  −2 −4 −2
 
 i k
 

1 −3 −6
 

7195
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 3.15: Produto Vetorial - Exercício

3.4 Duplo Produto Vetorial


→ → →
Definição 3.4.1. Dados três vetores v1 , v2 e v3 de V 3 , chamamos de Duplo Produto vetorial o
→ → →
vetor resultante da expressão v1 ∧(v2 ∧ v3 ).
Observações:

→ → → → → → → → → → →
1. v2 // v3 ⇒ v2 ∧ v3 = 0 logo v1 ∧(v2 ∧ v3 ) =v1 ∧ 0 = 0 .
→ → → → → → → → → → →
2. Se v1 ⊥ v2 e v1 ⊥ v3 então v1 // v2 ∧ v3 ⇒ v1 ∧(v2 ∧ v3 ) = 0 .
Exercício Resolvido:
→ → →
Dados os vetores v1 = (1, −2, 1), v2 = (2, 0, 3) e v3 = (−1, 1, −1) calcule:
→ → →
a)v1 ∧(v2 ∧ v3 )
→ → →
b)(v1 ∧ v2 )∧ v3

Resposta:
 → → → 
 i j k 
→ →
a) v2 ∧ v3 =  2 0 3  = 3 → − →j +2 →
 i k
−1 1 −1
 
então,
 → → → 

→ → →
 i j k  → → →
v1 ∧(v2 ∧ v3 ) =  1 −2 1  = −3 i −5 j −7 k

−3 −1 2 
 
 → → → 

→ →
 i j k  → → →
b) v1 ∧ v2 =  1 −2 1  = −6 i − j +4 k

2 0 3 
 

então,

72
96
→ → →
 i j k  → → →
v1 ∧(v2
∧ v3 )=  1 −2 1  = −3 i −5 j −7 k

−3 −1 2  Introdução a vetores e geometria analítica
 
 → → → 

→ →
 i j k  → → →
b) v1 ∧ v2 =  1 −2 1  = −6 i − j +4 k

2 0 3 
 

então,
 → → → 
 i j k 
→ → →
(v1 ∧ v2 )∧ v3 =  −6 −1 4  = −7 → −10 →j −7 →
 i 72 k
−1 1 −1
 

3.5 Produto Misto


→ → →
Definição 3.5.1. Dados três vetores v1 , v2 e v3 de V 3 . chamamos
 → → de→ Produto Misto dos vetores
→ → → → → →
v1 , v2 e v2 , nessa ordem, a constante resultante da expressão v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ).

3.5.1 Expressão Cartesiana do Produto Misto


→ → → → → → → → → → → →
Consideremos os vetores v1 = x1 i +y1 j+z1 k , v2 = (x2 i +y2 j +z2 k e v3 = x3 i +y3 j +z3 k
→ → →
dados em relação à base ortonormal β = i , j , k então:
 → → → 
 → → →  →  i j k  →  y2 z2  →
 i +  x2 z2  x2 y2  →
      
 →
v1 , v2 , v3 =v1 ·  x2 y2 z2  =v1 · 
y z  x3 z3  j +  x y  k
3 3  3 3
x3 y3 z3 
  

efetuando o produto escalar, temos:

 y2 z2   x2 z2   x2 y2 


     
→ → →
v1 , v2 , v3 = x1  + y1  + z1 
 y3 z3   x3 z3   x3 y3 
portanto,

 x1 y1 z1 
 
→ → → → → →
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) =  x2 y2 z2 
x3 y3 z 3 
 

Exemplo:
→ → → → → →
Dados os vetores v1 = (1, 2, 3), v2 = (−1, 3, 1) e v3 = (2, −1, −2) calcule v1 , v2 , v3 .

Resposta:

 1 2 3
 
→ → → → → → 
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) =  −1 3 1  = −20
2 −1 −2
 

97
Introdução a vetores e geometria analítica

3.5.2 Interpretação Geométrica do Produto Misto


Dados os pontos O, A, B, C e M do R3 , a partir do ponto O fixado façamos os seguintes vetores:
→ → → → → → → → →
OA=v1 , OB=v2 , OC=v3 e OM=v2 ∧ v3 , conforme figura abaixo.

Figura 3.16: Interpretação Geométrica do Produto Misto

Então,

 → → 
• v2 ∧ v3  indica a área do paralelogramo base OBCD.
 

• Relativo ao triângulo OAH temos  h  indica a altura do paralelogramo base OBCD, então:
 →   
OH  →
h
   
→ →
cosθ =  →  = → ⇒  h  =  v  cosθ
 
   
 OA
 v

 → → →   → → →   → →   → 
•  v1 , v2 , v3  = v1 ·(v2 ∧ v3 ) = v2 ∧ v3  v1  cosθ = Abase h = V indica o volume do parale-
lepípedo OABCDEFG.

Exemplo:

Determine o volume do paralelepípedo definido pelos vetores v1 = (2, −3, −1), v2 = (1, −1, −1)
e v3 = (0, 1, 4).

Resposta:

 2 −3 −1 
 
→ → → → → →
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) =  1 −1 −1  = 21u.c.
0 1 4 
 

74
98
Introdução a vetores e geometria analítica

3.5.3
3.5.3 Volume
Volumede
deum
umtetraedro
tetraedro
Observando
Observandoa afigura
figuravemos
vemosque
quea aseção
seçãoplana
plana BCEG
BCEG divide
divideooparalelepípedo
paralelepípedoememdois
doisprismas
prismas
triângulares,
triângulares,que
quepor
porcada
cadaum
umdesses
dessesprimas equivalentea atrês
primasé éequivalente trêstetraedros.
tetraedros.Veja
Vejaa afigura
figuraabaixo:
abaixo:

Figura
Figura3.17:
3.17:Interpretação
InterpretaçãoGeométrica
GeométricadodoProduto
ProdutoMisto
Misto

Logo
Logo
11→
 → →→ →→
VV
tetraedro =
tetraedro =   1v,1v, 2v,2v, 3v3 
v
66
Exemplo:
Exemplo:
Determine
Determineoovolume
volumedodotetraedro
tetraedroPP
1P1P
2P2P
3P 4 ,4cujos
3P , cujosvértices
vérticessão:
são:PP
1 (1,
1 (1,
1,1,−1), 2 (2,
−1),PP 2 (2,
2,2,−1), 3 (3,
−1),PP 3 (3,
1,1,−1)
−1)
e ePP(2,
44 (2,
3,3,
1).
1).

Resposta:
Resposta:
→→
v1v=
1 =PP2 2−−PP1 1==(1,
(1,1,1,0)0)
→→
v2v=
2 =PP22 −−PP11 ==(2,
(2,0,0,0)0)
→→
v3v=
3 =PP3 3−−PP1 1==(1,
(1,2,2,2)2)

 → →→ →→  →→ →→ →→  11 11 00 


   
→  
1 1 →→ →→ →→ 1 1
v1v,1v, 2v,2v, 3v3 == v2v2∧∧v3v)3 )== 22 00 00 ==−4
v1v1·(·( −4⇒⇒VV
tetraedro = v v, v
, v, v
, v |−4|==16 .4
tetraedro 6 6  1 1 2 2 3 3 6 6|−4|
= 1
6
.4==23 u.c.
2
3
u.c.
11 22 22
   

3.5.4
3.5.4 Propredades
Propredadesdo
doProduto
ProdutoMisto
Misto
→→ →→ →→
Dados vetoresv1v,1 ,v2v2 e ev3v3 dedeVV3 ,3 temos:
Dadosososvetores , temos:
→
 → →→ →→  →→ →→ →→
1.1. v1v,1v, 2v,2v, 3v3 ==00sesev1v,1 ,v2v2 e ev3v3forem
foremlinearmente
linearmentedependentes.
dependentes.
→
 → →→ →→   →  → →→ →→ 
2.2. v1v,1v, 2v,2v, 3v3 ==−−v2v,2v, 1v,1v, 3v3
→
 → →→ →→  →→ →→ →→ →→ →→ →→
3.3. v1v,1v, 2v,2v, 3v3 == v2v2∧∧v3v)3 )==(v(1v1∧∧v2v)·2 )·v3v,3 , isto
v1v1·(·( istoé,é,ooproduto
produtomisto
mistonão
nãosesealtera
alteraquando
quando
permutamos
permutamosososprodutos produtosescalarescalare evetorial.
vetorial.

7575
99
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → → → → → → →
4. v1 , v1 , v2 = v1 , v2 , v1 = v2 , v1 , v1 = 0
→  →  
→ → → → → → → →
5. v + v1 , v2 , v3 = v , v2 , v3 + v1 , v2 , v3
 → → → → → → → → → → → →
6. m v1 , v2 , v3 = v1 , m v2 , v3 = v1 , v2 , m v3 = m v1 , v2 , v3 , ∀m ∈ R.

Exercícios Resolvidos:
→ → →
1. Determine o produto misto entre os vetores v1 = (1, −1, −5), v2 = (2, 1, −1) e v3 = (−3, 0, 1).

Resposta: 
 → → →   1 −1 −5 
 
v1 , v2 , v3 =  2 1 −1  = −15
−3 0 1 
 

2. Dados os pontos A(1, 2, 1), B(−5 − 3 − 4), C(−1, 1, −2) e D(0, 3, −4), determine o volume
do tetraedro de vértices ABCD.

Resposta:

→ → →
Fixando um dos pontos, digamos o ponto A, podemos determinar os vetores AB, AC e AD.
Isto é:


AB= B − A = (−6, −5, −5)

AC= C − A = (−2, −1, −3)

AD= D − A = (−1, 1, −5)

Então:
 
 → → →    −6 −5 −5 
1
VT = AB, AC, AD = 21  −2 −1 −3  = 21 |2| = 12 2 = 1u.c.

2
−1 1 −5 
 

3. Verifique se os pontos A(4, 0, −1), B(1, 1, 1), C(−1, 1, −4) e D(2, 1, 3) são coplanares.

Resposta:

Para que os pontos A, B, C e D sejam coplanares, o produto misto entre os vetores AB,
→ →
AC e AD é nulo. Vejamos:


AB= B − A = (−3, 1, 2)

AC= C − A = (−5, 1, −3)

76
100
Introdução a vetores e geometria analítica


AD= D − A = (−2, 1, 4)

e,

 −3 1 2 
 
 → → → 
AB, AC, AD =  −5 1 −3  = −1  0
−2 1 4 
 

Logo, os pontos não são coplanares.


Exercícios Propostos:

→ →
1. Dados os vetores v1 = (2, −3, 1) e v2 = (−1, −2, −1), determine:

→ →
a) O comprimento da projeção do vetor v1 sobre o vetor v2 .

→ →
b) O vetor projeção do vetor v1 sobre o vetor v2 .

→ →
c) O ângulo entre os vetores v1 e v2 .
→ → →
2. Dados os vetores v1 = (2, −1, 3), v2 = (4, 5, 1) e v3 = (3, −1, m)

a) Calcular v�1  e v�2 


   

b) Calcular v�1 · v�2

c) Determine m de modo que v�1 ⊥v�3 .

d) Calcule o ângulo entre os vetores v�1 e v�2 .


e) Achar os cossenos diretores de v�1 e v�2 .
→ → → → → → →
3. Determine a projeção do vetor v1 = 3 i − j + k na direção do vetor v�2 = i +5 j +4 k .
→ → → → → → →
4. Determine um vetor unitário ortogonal aos vetores v1 = 3 i + j e v2 = 4 i − j +3 k .
→ → → → → → →
5. Dados os vetores v1 = 2 i − j +2 k e v2 = i +3 j , determinar uma base ortonormal
→ → → → → → → →
e1 , e2 , e3 , com e1 paralelo a v1 e e2 coplanar a v1 e v2 .
6. Se ABC é um triângulo equilátero de lado unitário, calcule:

→ → → → → →
AB · BC + BC · CA + CA · AB
.

77
101
Introdução a vetores e geometria analítica

7. Prove a relação de Euler:

→ → → → → →
BA · DC + AC · DB + CB · DA= 0
.
→ →
8. Dados os vetores v1 = (−4, −m, 7) e v2 = (−2m, m, 7),

→ →
a) determine m, de modo que v1 · v2 assuma o maior valor possível;

→ →
b) para esse valor de m, determinar o ângulo formado pelos vetores v1 e v2 .
→ →
9. Dados os vetores v1 = (1, −1, 2) e v2 = (2, 1, 5), calcular:

→ →
a) v1 ∧ v2

→ →
b) v2 ∧ v1

→ → →
10. Dados os vetores v1 = (1, −5, 0), v2 = (2, 1, 3) e v3 = (−2, −1, −3), calcular:

→ →
a) v1 ∧ v2

→ →
b) v1 ∧ v3

→ → →
c) v1 ∧(v2 ∧ v3 )

→ → →
d) (v2 ∧ v1 )∧ v3

→ →
e) calcular o seno do ângulo entre os vetores v1 e v2 .
→ →
11. Dados os vetores v1 = (4, 3, −2) e v2 = (−8, −3, 3), pede-se determinar o vetor unitário �u,
→ →
paralelo e de mesmo sentido que o vetor v1 ∧ v2 .

12. Calcular a área do paralelogramo ABCD cujas diagonais são: AC


� = (3, 1, −2) e DB
� =
(1, −3, 4).

13. Calcular a área do triângulo cujos vértices são: A(1, 3, 2), B(2, −1, 1) e C(−1, 2, 3).
→ →
 →   → 
14. O ângulo entre os vetores v1 e v2 mede π3 rad. Se v1  = 1 e v2  = 2, calcular:
 → → 
(2 v1 + v2 ) ∧ (v→1 −2 v→2 )

78
102
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → →
15. Dados os vetores v1 = (1, 3, 2), v2 = (2, −1, 1) e v3 = (−1, 2, 3), determine:
→ → →
a) v1 , v2 , v3
→ → →
b) v3 , v1 , v2
→ → →
c) v2 , v1 , v3

16. Verifique se os pontos são coplanares: A(4, 5, 4), B(3, 4, 1), C(−2, 2, −1) e D(7, 9, 4).

17. Determine λ ∈ R2 para que os pontos A(λ, 3, 4), B(λ, −1, 8), C(−2, 2, −1) e D(λ, 2, 3)
sejam coplanares.
→ → → → → →
18. Achar o volume do paralelepípedo cujas arestas são os vetores v1 = i +2 j − k , v2 = 3 i
→ → → → → →
−2 j −3 k e v3 = − i − j +5 k .

19. Calcular a área do tetraedro ABCD, sendo A(1, 2, 1), B(0, 1, 5), C(−1, 2, 1) e D(2, 1, 3).

20. Dado o volume V = 5 do tetraedro ABCD, cujos vértices da base ABC são A(2, 1, −1),
B(3, 0, 1), C(2, −1, 3), determine o vértice D situado no eixo das ordenadas.
→ → → → → → → → → → → →
21. Dados os vetores v1 , v2 e v3 , tais que: v1 ∧ v2 + v2 ∧ v3 + v3 ∧ v1 = 0 . Provar que v1 , v2 e

v2 são coplanares.

22. Provar que:


 → → → → → →   → → → 2
v1 ∧ v2 , v2 ∧ v3 , v3 ∧ v1 = v1 , v2 , v3
→ → → → → →
23. Se v1 , v2 , v3 = v1 , v2 , v4 , provar que:
→ → → →
a) v1 , v2 , v3 − v4 = 0
→ → → → → → →
b) v1 , v2 , v3 + v4 = 2 v1 , v2 , v3 .

→ →
24. Se P1 , P2 , P3 e P4 são vértices de um tetraedro determinado por v1 =OP1 = (1, −1, 0),
→ → → → → →
v2 =OP2 = (2, 1, −4), v3 =OP3 = (4, 1, −2) e v4 =OP4 = (−2, 2, 1), respectivamente, calcular:

a) Volume do tetraedro P1 P2 P3 P4 .

b) A área da face P2 P3 P4 .

c) O ângulo P1 P2 P3

79
103
Introdução a vetores e geometria analítica

d) O ângulo entre as faces P1 P2 P3 e P2 P3 P4

e) A distância entre o vértice P1 e a face P2 P3 P4

25. verificar a identidade:


 → → → → → → 
→ → → → → →  x · a x · b x · c
 
x, y , z a, b , c =  y · →
→ → → → →
a y·b y·c


 → → → → → →
 z ·a z ·b z ·c



26. verificar a identidade:


 → →

→ → → → →  a b c
 
a, b , c p ∧ q =  p · a p · b p · c
 → → → → → → 

 → → → → → →
 q·a q·b q·c



104
80
Capítulo 4
Capitulo 4
Geometria Analítica no Espaço: Distância
Geometria analítica
entre dois Pontos, Razão de no
Secçespaço:
ão, Ponto
distância
divisor, Pontoentre dois da
Médio, Estudo pontos,
reta e estudo
razão de secção, do Planoponto
divisor, ponto médio, estudo
da reta e estudo do plano
Nesta seção vamos apresentar alguns conceitos básico da geometria analítica no espaço R3 , como
razão de secção, Distância entre dois pontos, Ponto divisor, Ponto Médio e finalizamos com o
estudo da reta e do plano no espaço R3 .

4.1 Noções iniciais


4.1.1 Distância entre Dois Pontos
Afirmação 4.1.1. Sejam A(xA , yA , zA ) e B(xB , yB , zB ) dois pontos do espaço R3 . A distância entre
os pontos A e B é dada por:
dAB (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2

¯ =

→ → → Consideremos um sistema de eixos determinados em relação à base ortonormal


Demonstração.
β = i , j , k e os pontos A(xA , yA , zA ) e B(xB , yB , zB ) do espaço R3 , mostrados na figura abaixo:

• Em relação ao triângulo A1 B1 P temos:


d12 = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 (a)
• Em relação ao triângulo ABC temos:
d2 = d12 + (zB − zA )2 (b)
• substituindo (a) em (b) temos :
d2 = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2 ou d = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2



105
81
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.1: Distância Entre Dois Pontos no Espaço R3

4.1.2 Razão de Secção


¯ e um ponto C entre A e B, a
Da geometria analítica plana sabemos que, dado um segmento AB
razão em C secciona AB é dada por:

Figura 4.2: Razão de Secção


¯
AC
r= CB

Afirmação 4.1.2. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) pontos do espaço R3 , C


localizado no segmento AB. A razão em que o ponto C secciona o segmento AB é dada por:
xC − xA yC − yA zC − zA
r= = =
xB − xC yB − yC zB − zC

→ → → Consideremos um sistema de eixos determinados em relação à base ortonormal


Demonstração.
β = i , j , k e os pontos A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) do espaço R3 , mostrados na
figura abaixo:
• ∆AC2C ≈ ∆CB2 B então:
¯
AC CC¯2 ¯2
AC zC −zA
r = CB
¯ = B2¯B = CB
¯ 2 = zB −zC

• ∆A1 MC1 ≈ ∆C1 NB1 então:


¯ ¯1 xC −xA yC −yA
r = AC11¯M
N
= MC
¯ 1 = xB −xC = yB −yC
NB

• Como a razão é única concluímos que:


xC − xA yC − yA zC − zA
r= = =
xB − xC yB − yC zB − zC

82
106
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.3: Razão de Secção no Plano R3

O que conclui a prova. 


Observação:

1. Coordenadas do ponto divisor C.

r= xxCB −x
−xA
C
⇒ xC − xA = r(xB − xC )
⇒ xC − xA = rxB − rxC ⇒ (1 + r)xC = xA + rxB
⇒ xC = xA1+r +rxB
. Analogamente yC = yA1+r
+ryB
e zC = zA +rzB
1+r
, logo:

 x + rx y + ry z + rz 
A B A B A B
C= , ,
1+r 1+r 1+r
2. Coordenadas do ponto Médio M.
¯ na razão r = 1. Ou seja:
O ponto médio M(x M , y M , z M ) é ponto que secciona o segmento AB

x + x y + y z + z 
A B A B A B
M= , ,
2 2 2

83
107
Introdução a vetores e geometria analítica

4.1.3 Centro de Gravidade de um Triângulo


Afirmação 4.1.3. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) pontos do espaço R3 . O
Centro de Gravidade do Triângulo formados por estes pontos é dado por:
x + x + x y + y + y z + z + z 
A B C A B C A B C
G , ,
3 3 3

4.1.4 Centro de Gravidade de um Tetraedro


Afirmação 4.1.4. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ), C(xC , yC , zC ) e D(xD , yD , zD ) pontos do
espaço R3 . o Centro de Gravidade do Tetraedro formados por estes pontos é dado por:
x + x + x + x y + y + y + y z + z + z + z 
A B C D A B C D A B C D
G , ,
4 4 4

4.2 Estudo da Reta no Espaço R3


4.2.1 Equação Vetorial da Reta
→ → →
Consideremos um sistema de eixos determinados em relação à base ortonormal β = i , j , k .
Seja o ponto P0 o centro de um feixe de retas, consideremos r uma reta deste feixe e tomemos um
ponto P(x, y, z) genérico na reta r, conforme figura:

Figura 4.4: A Reta no Espaço R3

Como P o ponto é genérico da reta reta r, a distância de P0 para P é variável. Desta forma
→ →
vamos considerar um vetor v paralelo à reta r e tomemos um dos representantes de v com ponto
inicial em P0 . Desta forma podemos dizer que:
→ → → → → →
P0 P // v ⇒ P0 P= λ v ⇒ P − P0 = λ v ⇒ P = P0 + λ v λ ∈ R

P = P0 + λ v , λ ∈ R Indica a equação vetorial da reta r.

84
108
Introdução a vetores e geometria analítica

Simbolicamente escrevemos:
� →� � →

v 3 v
r = P0 , = P ∈ R |P − P0 = λ , λ ∈ R

Observações:
→ → →
1. v é chamado de vetor diretor da reta r e v  0 .

2. qualquer vetor não nulo paralelo a v é vetor diretor da reta r.

4.2.2 Equações Paramétricas da Reta r


�→ → →�
Consideremos a reta r dada em relação à base ortonormal β = i , j , k e definida pelo ponto

P0 (x0 , y0, z0) e o vetor diretor v = ( f, g, h).
A partir da equação vetorial da reta r, temos:

P = P0 + λ v ou seja (x, y, z) = (x0 , y0, z0) + λ( f, g, h) ⇒ (x − x0 , y − y0 , z − z0 ) = λ( f, g, h)
pela igualdade de vetores, temos:

x − x0 = λ f x = x0 + λ f
 

 � →�  
y y logo, as equações paramétricas são: r P v y = y0 + λg
 
− = λg = , =
 
 0 0 
 z − z = λh

  z = z + λh


0 0

4.2.3 Equações Simétricas da Reta r


Note que, x − x0 = λ f considerando f  0 temos que λ = x−xf 0
analogamente considerando g  0 e h  0 temos as equações simétricas:

x − x0 y − y0 z − z0
= =
f g h
Observações:

Se uma das coordenadas do vetor diretor for nula consideremos nulo o antecedente da razão
correspondente nas equações simétricas

4.2.4 Reta definida por dois pontos distintos


Sejam os pontos� P1 (x1 , y�1 , z1 ) e P2 (x2 , y2 , z2 ) do espaço R3 com P1  P2 , dada em relação à base
→ → →
ortonormal β = i , j , k . O vetor diretor da reta que passa pelos pontos P1 e P2 é dado por

→ →
v =P1 P2 = P2 − P1 = (x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 )

A reta r = [p1 , v] de equação vetorial P = P1 +λ v ou (x, y, z) = (x1 , y1 , z1 )+λ(x2 −x1 , y2 −y1 , z2 −z1 )
⇒ (x − x1 , y − y1 , z − z1 ) = λ(x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ) pela igualdade de vetores temos que

85
109
Introdução a vetores e geometria analítica

x−x1 y−y1 z−z1 x−x1 y−y1 z−z1


λ= x2 −x1
= y2 −y1
= z2 −z1
ou simplesmente x2 −x1
= y2 −y1
= z2 −z1

4.2.5 Condição de Alinhamento


Dados os pontos P1 (x1 , y1 , z1 ), P2 (x2 , y2 , z2 ) e P3 (x3 , y3 , z3 ), a reta que passa por P1 , P2 e P3
satisfaz a seguinte condição:
x 3 − x1 y 3 − y 1 z 3 − z 1
= =
x 2 − x1 y 2 − y 1 z 2 − z 1
Exemplo:

1. Determine p e q para que os pontos A(4, −2, −3), B(p, q, 7) e C(4, 1, 2) estejam alinhados.

2. Detertmine a equação da reta que passa pelos pontos P1 = (1, 2, 6) e P1 = (−2, −1, −4).

4.2.6 Ângulo Entre Retas


 →  →
As retas r1 , v1 e r2 , v2 , o ângulo entre essas retas é o ângulo formado pelos seus vetores direto-
→ →
res. Ou seja, v1 e v2 determinam dois ângulos compreendidos entre 0 e π.

v 1 · v2 v 1 · v2
cosθ = ⇒ θ = arccos
|v1 | |v2 | |v1 | |v2 |

Figura 4.5: Ângulo entre vetores

86
110
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.6: Condição de Paralelismo

4.2.7 Condição de Paralelismo


 →  → → →
As retas r1 , v1 e r2 , v2 são paralelas se seus vetores diretores são paralelos. Ou seja, v1 // v2 .
→ →
Considerando v1 = ( f1 , g1 , h1 ) e v2 = ( f2 , g2 , h2 ), temos:

→ → → → f1 g1 h1
r1 //r2 , v1 // v2 ⇒ v1 = λ v2 ⇒ = =
f2 g2 h2
Exemplo:
Dada a reta r = [P1 (2, 3, 1), v1 = (3, 2, 1)], determine a equação da reta s do feixe de centro
P0 = (2, −3, 4) e paralela à reta r.

4.2.8 Condição de Perpendicularismo


→ →
As retas r1 = P1 , v1 e r2 = P2 , v2 são perpendicalares se seus vetores diretores são perpendicu-
 

lares. Ou seja:
→ → → →
r1 ⊥r2 , v1 ⊥ v2 ⇒ v1 · v2 = 0

4.2.9 Posições relativas entre duas retas


→ →
Dadas duas retas r1 = P1 , v1 e r2 = P2 , v2 e um plano π, temos que r1 e r2 em relação ao
 

plano π podem ser Coplanares ou Reversas.


→ →
1. Retas Coplanares: r1 = P1 , v1 e r2 = P2 , v2 estão contidas no plano π, logo são copla-
 

nares, e além disso, os vetores associados a essas retas são linearmente dependente, ou seja:
Dados os pontos P1 (x1 , y1 , z1 ), P2 (x2 , y2 , z2 ) e os vetores v1 ( f1 , g1 , h1 ), v2 ( f2 , g2 , h2 ), temos:

87
111
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.7: Condição de Perpendicularismo

Figura 4.8: Retas Coplanares

f1 g1 h1
 

→ → →   
v 1 , v2 , P 1 P 2 =  f2 g2 h2  = 0
x 2 − x1 y 2 − y 1 z 2 − z 1
 

Nestas condições r1 e r2 podem ser:

• Concorrentes: r1 ∩ r2 = {P}.
• Paralelas:r1 ∩ r2 = ∅
• Coincidentes ou Idênticas:r1 ∩ r2 = r1 = r2
→ →
2. Retas Reversas: r1 = P1 , v1 e r2 = P2 , v2 não estão contidas no mesmo plano π. Logo
 

são reversas, e além disso, os vetores associados a essas retas são linearmente independentes,
ou seja: Dados os pontos P1 (x1 , y1 , z1 ), P2 (x2 , y2 , z2 ) e os vetores v1 ( f1 , g1 , h1 ), v2 ( f2 , g2 , h2 ),
temos:

f1 g1 h1
 

→ → →   
v1 , v2 , P1 P2 =  f2 g2 h2   0
x 2 − x1 y 2 − y 1 z 2 − z 1
 

88
112
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.9: Retas Reversas

4.3 Estudo do Plano


4.3.1 Equação Vetorial do Plano
→ → →
Consideremos um sistema de eixos determinados em relação à base ortonormal β = i , j , k .
Sejam os pontos P0 , P1 e P2 não colineares. Da geometria elementar sabemos que, três pontos
não colineares determinam um plano, desta forma fixemos o ponto P0 e determinemos os vetores
→ → → → → → →
v1 =P0 P1 e v2 =P0 P2 . Seja P(x, y, z) um ponto genérico. A expressão P0 P= λ1 v1 +λ2 v2 indica a
equação vetorial do plano que passa pelos pontos P0 , P1 e P2 .

Figura 4.10: Plano Definido por três pontos não colineares

→ →
• Notação: π : P0 , v1 , v2


Observações:

1. Os vetores v1 = P0¯P1 e v2 = P0¯P2 são chamados de vetores diretores do plano.

2. O conjunto ∆ = {λ1 v1 + λ2 v2 |λ1 , λ2 ∈ R} indica a direção do plano π.

4.3.2 Equações Paramétricas do Plano


→ → →
Consideremos o Plano π dado em relação à base ortonormal β = i , j , k . Seja o ponto P0 (x0 , y0 , z0 )
→ →
fixado, os vetores diretores v1 = ( f1 , g1 , h1 ) e v2 = ( f2 , g2 , h2 ), e um ponto genérico P(x, y, z). A

89
113
Introdução a vetores e geometria analítica

partir da equação vetorial deste plano, temos:


→ →
P = P0 + λ1 v1 +λ2 v2 ou seja,
(x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ) + λ1 ( f1 , g1 , h1 ) + λ2 ( f2 , g2 , h2 ), pela igualdade de vetores, temos a equação
vetorial do plano π:

x = x0 + λ1 f1 + λ2 f2



π: y = y0 + λ1 g1 + λ2 g2 λ1 , λ2 ∈ R


 z = z + λh + λh


0 1 1 2 2
Exemplos:

1. Dados os pontos P0 (2, 3, −1), P1 (5, 2, −3) e P2 (1, −1, 1) não colineares, determine as equa-
ções vetorial e paramétricas do plano que passa por P0 , P1 e P2 .

Resposta:

• Fixando P0 , determinemos os vetores v1 = P0¯P1 = P1 − P0 = (3, −1, −2) e v1 = P0¯P2 =


→ →

P2 − P0 = (−1, −4, 2). Logo, a equação vetorial plano é dada por:

P = (2, 3, −1) + λ1 (3, −1, −2) + λ2 (−1, −4, 2)


• As equações paramétricas são:
x = 2 + 3λ1 − λ2



π: y = 3 − − 4λ2

λ1 λ1 , λ2 ∈ R

 z = −1 − 2λ h + 2λ


1 1 2

2. Determine a equação vetorial do plano, dado as suas equções paramétricas:


x = −6 + λ1 − λ2



π: y = −1 + 7λ1 − 14λ2 λ1 , λ2 ∈ R


 z = 4 − 5λ + 2λ


1 2

→ →
Resposta: Temos que obter o ponto fixado P0 e os vetores diretores do plano que são v1 e v2 .
→ →
As componentes de v1 são os coeficientes de λ1 enquanto às de v2 são os coeficientes de λ2 . Então
a equação vetorial é da forma: P = (−6, −1, 4) + λ1 (1, 7, −5) + λ2 (−1, −14, 2).
Exercícios Propostos:
Determine as equações vetoriais e paramétricas dos planos descritos abaixo.

1. O plano π passa pelos pontos P1 (1, 1, 0) e P2 (1, −1, −1) e é paralelo ao vetor v = (2, 1, 0).

2. O plano π passa pelos pontos P1 (1, 1, 2), P2 (−2, −3, −1) e P3 (2, −1, 0).

4.3.3 Vetor Normal a um Plano


→ →
Definição 4.3.1. Dados um plano π e um vetor n. Dizemos que π é ortogonal a n se os vetores
→ → →
diretores do plano π, v1 e v2 são ortogonais a n.

90
114
Introdução a vetores e geometria analítica

Simbolicamente:
Simbolicamente:
 → → → →  → → → →
→ →  n
 ⊥n ⊥v1 v1  n
  ·n v·1 = v01 = 0
n ⊥π
n ⊥π
   
⇔ ⇔→ → → → ⇔ ⇔ →
 n ⊥
 
 n ⊥v2 v2

  ·→
 n
 → →
n v·2 = v02 = 0

Figura
Figura
4.11:
4.11:
Vetor
Vetor
Normal
Normal
a uma um
Plano
Plano

→ →
Afirmação
Afirmação
4.3.1.
4.3.1.
O vetor n normal
O vetor n normal
a uma plano
um plano
é ortogonal
é ortogonal
a qualquer
a qualquer
vetor
vetor
deste
deste
plano.
plano.
→ →→ →
Demonstração.
Demonstração. De fato:
De fato:
SejamSejam
v1 ev1v2e vetores
v2 vetores
diretores
diretores
do plano
do plano
π eπn evetor
n vetor
normal
normal
a π.aEntão
π. Então
→ → → → → → → → → →
1 = v0
n· vn· 1 =e0 n·e vn·2 = v0.
2 = Por
0. Por
outrooutro
ladolado v = vλ=
sejaseja 1 vλ11 +λ v22 um
v1 2+λ v2 um
vetor
vetor
do plano
do plano
π. Multiplicando
π. Multiplicando
→ →
ambos
ambosos lados
os ladosda igualdade
da igualdade
�por n,�temos:
�por n,�temos:
�→ �→ � �
→ → → → � → �→ → → � → � → → → →
n · vn=· nv =λn1 vλ1 1+λ
v12+λv2 2 =
v2 λ1= λn1· vn1 · + n2· vn2 · =
v1λ2+ λ v2 0 = 0
→ →
Logo n énortogonal
Logo é ortogonal
a qualquer
a qualquer
vetor
vetor
do plano
do plano
π. π.  
→ →
Afirmação
Afirmação4.3.2.
4.3.2.
O vetor n normal
O vetor n normal a uma plano
um plano
é paralelo
é paralelo
ao produto
ao produto
vetorial
vetorial
dos dos
vetores
vetores
diretores
diretores
deste
deste
plano.
plano.
�→ → �→→→� →� → →→ →→ →→ →
Demonstração.
Demonstração.SejaSeja
β =β =i j i, ,k j ,uma
, k umabasebase
ortogonal.
ortogonal.
Sejam n= n=
Sejam j +cj k+co kvetor
a i a+bi +b o vetor
normal
normal
→ → → →
ao plano
ao plano π e πv1e= v(1 f=1 , (gf11,,hg11), he1 ) v2e= v(2 f=2 , (gf22,,hg22), hos2 )vetores
os vetores diretores
diretores do plano
do plano
π. Queremos
π. Queremos provar
provar
→ →� → � →→ � → �
n //n v//
que que 1 ∧v1v2∧. vEntão:
2 . Então:
 → → → →  → → → →
 n n ⊥ v1 v1   n  ·n v·1 = v01 = 0 f1 a f1+a g+1 b g1+b h+1 c h1=c 0 = 0 f a f +a g+1 b g1=b −h c 1c
� � � �
⊥ = 1 −h
⇒ ⇒1 1

   
⇒ ⇒→ → → → ⇒ ⇒

 →
 n ⊥
 → → →
n ⊥ v2 v2  n ·n v·2 = v02 = 0
  f2 a f2+a g+2 b g2+b h+2 c h2=c 0 = 0 f2 a f2+a g+2 b g2=b −h c 2c
= 2 −h
Por Por
cramer
�� cramer� temos; � temos;
�� f1 ��� gf11 ���g1 ���

∆ =∆� = �
� f2 � gf22 ��g2 ��
�� g ��� gh ��� h ���
�� � � �
�� 1 �� 11 ��· 1 ��·
�� g �� gh �� h ��
c gc �g � � g � gh �h �
�� �� �� �� �� �� �� ��
� −h� −h 2 22 2
∆a =∆a�� = �� 1 1 1 �� 1= �� �� = 1�� 11 �� ·1c �� ⇒ · c a⇒= a∆∆a= =∆∆a ���= ��� �� · c�� · c
c 2gc2 �g2 � � g2� gh22 �h2 �
� −h� 2 −h �� f1 �� g f11 �� g1 ���

� f2 � g f22 �� g2 ��
�� �� � �

�� h �� hf �� f ��
�� �� �� ��
�� 1 �� 11 ��· 1 ��·
�� f1 �� −h c �� 1 c �� �� h1�� hf11 �� f1 ��
f1 1 −h ∆b ∆b � h2 � hf22 � f2 �
�� �� �� �� �� �� �� ��
� � � �
∆b =∆b� = � =��= � · c�⇒· c b⇒= b∆= =∆ ��� = ��� �� · c �� · c
� f2 � −h f2 2 −h
c � 2 c � � h2� hf22 � f2 �
� �
�� f1 �� g f11 ��� g1 ���
� f2 � g f22 �� g2 ��
�� �� � �

91 91
115
Introdução a vetores e geometria analítica

 �� g1 h1 ���· h1 f1 f1 g1
 ��� �� ��
��
��
��
��
��
��
��

��· ��· 
 � g2 h2 � h2 f2 f2 g2
�� �� �� ��

 
Desta forma podemos escrever, n= (a, b, c) =  ���
�� �� �� ��
�� · c, �� · c, · c

 �� f1 g1 ��� f1 g1 f1 g1
�� �� ��
�� �� �� �� 
� f2 g2 � f2 g2 f2 g2
�� �� �� �� �� ��
�� �� �� ��

� g1 h1 �� �� h1 f1 �� �� f1 g1 ��
��� �� �� �� �� ���
c
= �� · �� , ,
�� f g1 ��� � g2 h2 �� �� h2 f2 �� �� f2 g2 ��
��
�� 1
�� f
2 g2 �
��

g h h f → � f g
��� �� �� �� �� �� �
c 1 1 →
�� i + �� 1 1 �� j �� 1 1 �� →
� h2 f2 � � f2 g2 �� k
� � � �
= �� · ��
�� f g1 �� � g2 h2 �
��
�� 1

�� f
2 g2 �
��
�� → → → ��
�� i j k ��
c
= �� · �� f1 g1 h1 ��
� �
�� f1 g1 ��

�� �

f2 g2 h2 �
�� �
� f g ��
�� �
2 2
c → →
= · v1 ∧ v2
f1 g1 ����
�� �
��

f2 g2 ��
�� �
��
→ → →
Portanto n // v1 ∧ v2 . 
Observação:
� → → → �
O conjunto Ω = λ· n | n 0 e λ ∈ R indica a direção normal do plano, ou seja, é o conjunto
de todos os vetores normais ao plano π.

Exemplo:
x = 1 − 2λ1 + 3λ2



Dado o plano π pelas equações paramétricas, π :  y = 2 − λ1 − λ2 determine o con-


 z = 3 − λ + 2λ


1 2
junto de todos os vetores normais a esse plano.

Resposta:
→ →
Claramente os vetores diretores do plano são v1 =
�� (−2, −1, −1) ��e v2 = (3, −1, 2). Logo, o vetor
→ →
�� →i j k ��
→ → →
normal ao plano π é dado por n=v1 ∧ v2 . Então, ��� −2 −1 −1 �� = −3 → + →j +5 →= (−3, 1, 5)
�� i k
3 −1 2
�� �
Portanto o conjunto Ω dos vetores normais ao plano π é dado por: Ω = {λ(−3, 1, 5), λ ∈ R}.

Plano definido por um ponto fixado e por vetor normal:


→ → → →
Sejam P0 = (x0 , y0 , z0 ) um ponto do plano π, n= a i +b j +c k um vetor normal a esse plano,
e P(x, y, z) um ponto qualquer de π. Então:
→ →
P0 P · n= 0 ⇒ (x − x0 , y − y0 , z − z0 ) · (a, b, c) = 0 ⇒ a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0, que

92
116
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 4.12: Plano definido por um ponto fixo e o vetor normal

é a expressão procurada.

Exemplo:

Determine a equação de um plano definido pelo ponto P0 (−2, 1, 3) e pelo vetor normal v =
(1, −3, 2).

Resposta:
→ →
P0 P · n= 0 ⇒ (x − x0 , y − y0 , z − z0 ) · (a, b, c) = 0 ⇒ a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0 ⇒
(1)(x − (−2)) + (−3)(y − 1) + (2)(z − 3) = 0 ⇒ x − 3y + 2z − 4 = 0. O que conclui o exercício.
Teorema 4.3.1. Todo plano tem equação geral da forma ax + by + cz + d = 0 com a, b e c não
simultaneamente nulos. Reciprocamente, toda equação da forma ax + by + cz + d = 0 com a, b
e c não simultaneamente nulos, representa um plano em que a, b e c são as coordenadas do

vetor n normal ao plano.
Demonstração. Seja π um plano definido pelo ponto P0 (x0 , y0 , z0 ) e pelos vetores diretores do
→ → →
plano v1 = ( f1 , g1 , h1 ) e v2 = ( f2 , g2 , h2 ). seja n um vetor ortogonal ao plano π. Tomemos
→ → →
n=v1 ∧ v2 .
Então:
 
 �i �j �k 
 g1 h1  �  f1 h1  �  f1 g1  �
     
→ → →
n=v1 ∧ v2 =  f1 g1 h1  = 
  ·i -  ·j +  ·k
 f g h   g2 h2   f2 h2   f2 g2 
2 2 2
 g1 h1  �  h1 f1  �  f1 g1  �
   
=  ·i +  ·j +  ·k
2  g h 
2 2  h f 
2 2  f g 
2
→ → →
= a i +b j +c k

Tomando um ponto genérico P(x, y, z) ∈ π, temos assim que P0¯P = P − P0 = (x − x0 , y −


→ →
y0 , z − z0 ) ⊂ π, então: P ∈ π ⇔ P0 P · n= 0 ⇒ a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0 ⇒
ax+by+cz−(ax0 +by0 +cz0 ) = 0, fazendo d = −(ax0 +by0 +cz0 ) temos a equação ax+by+cz+d = 0,
→ →
que representa a equação geral do plano π, com a, b e c não simultaneamente nulos, já que n 0 .

93
117
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura
Figura
4.13:
4.13:
Plano
Plano
definido
definido
porpor
umum
ponto
ponto
e os
e os
vetores
vetores
diretores
diretores

Reciprocamente,
Reciprocamente,
seja
sejaπ πo conjunto
o conjunto dede
todos
todos
osos
pontos
pontos
cujas
cujas
coordenadas
coordenadas
satisfazem
satisfazem a equação
a equação
axax
++byby
++czcz
++ d=
d=0 0com
coma, a,b be ec cnão
não
simultaneamente
simultaneamente nulos.
nulos.
Queremos
Queremosprovar
provarquequea, a,b be ec c
→→
não
não
necessariamente
necessariamente
nessa
nessaordem,
ordem,sãosão
coordenadas
coordenadas dodo vetorn nnormal
vetor normal
aoao
plano
planoπ. π.Vejamos:
Vejamos:

• •P(x,
P(x,
y, y,
z) z)
∈π ∈ π⇔⇔axax
++byby
++czcz
++ d=
d=0. 0.(i)(i)

• •P0P(x0 0(x, y0 ,0 ,yz00, )z0∈) π


∈ π⇔⇔axax
0+ byby
0+ 0+ cz0cz+0 +
0+ d= 0. 0.(ii)(ii)
d=

• •P0¯PP0¯P
==P−
P− (x(x
P0P=0 = −−x0 ,xy0 ,−y − z0 ).
y0 ,yz0 ,−z − z0 ).(iii)
(iii)

Fazendo
Fazendo(i)(i)
− (ii)
− (ii)
temos
temos
o seguinte
o seguinte resultado:
resultado:a(xa(x − x−0 )x+0 ) b(y
+ b(y− y−0 )y+
0 ) c(z − z−0 )z0=) =
+ c(z 0. 0.Este
Este resultado
resultado
indica
indica
o seguinte
o seguinte produto
produtoescalar
escalar(a,(a,
b, b,
c)·(x−
c)·(x−
x0 ,xy−y
0 , y−y
0 , z−z
0 , z−z0 ) 0=
)= 0 0⇒⇒(a,(a, b, b,
c)⊥(x−
c)⊥(x− x0 ,xy−y
0 , y−y
0 , z−z 0 ).0 ).
0 , z−z
→→
Sem
Semperda
perdadede
generalidades,
generalidades, podemos
podemos tomarn=n=
tomar (a,(a,
b, b,
c).c).OO queque
provaprova o teorema.
o teorema.

Exemplos:
Exemplos:

1. 1.Determine
Determine asas
equações
equaçõesvetorial,
vetorial,paramétricas
paramétricas e geral
e geral
dodoplano
plano
que
que
passa
passa
pelo
pelo pontoP0P(1,
ponto 0 (1,
−1,−1,
−1)−1)
→→ →→
e ée paralelo
é paralelo
aosaos
vetores
vetoresv1 = (2,(2,
v1 = 1, 1,
−3)−3)e ev2 = (−2,
v2 = (−2,
3, 3,
1).1).

Resposta:
Resposta:

• •Equação
Equação vetorial:
vetorial:
→→ →→
PP== λ1λv11 v+λ
P0P+0 + 2 v22 ,v2ou
1 +λ , ou
seja,
seja,P P
==(1,(1,
−1,−1,
−1)−1)
++ λ1λ(2,
1 (2,
1, 1,
−3)−3)
++ λ2λ(−2,
2 (−2,
3, 3,
1).1).

9494
118
Introdução a vetores e geometria analítica

• Equações paramétricas:
Da equação vetorial, temos: P = (1, −1, −1) + λ1 (2, 1, −3) + λ2 (−2, 3, 1), ou seja,
(x, y, z) = (1, −1, −1) + λ1 (2, 1, −3) + λ2 (−2, 3, 1) = (1 + 2λ1 − 2λ2 , −1 + λ1 + 3λ2 , −1 −
3λ1 + λ2 ), igualando coordenada a coordenada, temos as equações paramétricas:

x = 1 + 2λ1 − 2λ2



π: y = −1 + λ1 + 3λ2


 z = −1 − 3λ + λ


1 2

• Equação geral:

determinemos� inicialmente �o vetor n normal ao plano π.
�� i j k ��
�� � � � ��
→ → → → → → →
n=v1 ∧ v2 = �� 2 1 −3 �� = 10 i +4 j +8 k = (10, 4, 8), então n= (a, b, c) =
�� −2 3 1 ��

(10, 4, 8). Substituindo as coordenadas do vetor normal n na equação geral ax + by +
cz + d = 0 temos:
10x + 4y + 8z + d = 0, (∗) mas P0 (1, −1, −1) ∈ π, então, substituindo P0 na equação (∗)
encontramos d = 2. Substituindo d = 4 na equação (∗) temos 10x + 4y + 8z + 2 = 0
ou 5x + 2y + 4z + 1 = 0, que indica a equação do plano π procurado.

2. Obtenha a equação geral do plano π dado suas equações paramétricas:

x = 2 − λ1 − 2λ2



π: y = −1 + 2λ1 + 3λ2


 z = 5 − λ − λ


1 2

Resposta:

Tomando as duas últimas equações, formamos um sistema de duas equações com as variáveis
λ1 e λ2 . Isto é:

y = −1 + 2λ1 + 3λ2 y + 1 = 2λ1 + 3λ2 2λ1 + 3λ2 = y + 1


� � �
⇒ ou
z = 5 − λ1 − λ 2 z − 5 = −λ1 − λ2 −λ1 − λ2 = z − 5

Cuja solução é λ1 = −y − 3z + 14 e λ2 = y + 2z − 9. Substituindo estes resultados na


primeira equação, temos a equação geral do plano π, que é x + y + z − 6 = 0.

3. Dada a equação geral do plano π : 3x − y + z − 1 = 0, obtenha suas equações paramétricas.

Resposta:

Da equação geral 3x − y + z − 1 = 0 ⇒ 3x = 1 + y − z ⇒ x = 31 + 31 y − 13 z. fazendo y = λ1


e z = λ2 , temos que:

95
119
Introdução a vetores e geometria analítica

x = 31 + 13 λ1 − 13 λ2



π: y =

λ1

 z =


− λ2
indica as equações paramétricas do plano π.

4.3.4 Determinação de um plano


Temos por objetivo verificar as condições para a determinação da equação de um plano.

1. Determinação de um plano dado três pontos não alinhados P1 , P2 e P3 .

Figura 4.14: Plano definido por três pontos não colineares


→ →
Neste caso, fixando P1 , os vetores diretores do plano são P1 P2 e P1 P3 e vetor normal é
→ → →
dado por n=P1 P2 ∧ P1 P3 .

2. Determinação de um plano dado uma reta r e um ponto a ela não pertencente.

Figura 4.15: Plano definido por uma reta e um ponto a ela não pertencente

→ →
Neste caso, fixando P1 ∈ r, os vetores diretores do plano são v1 e P1 P2 e vetor normal é
→ → →
dado por n=v1 ∧ P1 P2 .

96
120
Introdução a vetores e geometria analítica

3. Determinação de um plano dado duas retas r1 e r2 concorrentes, r1 ∩ r2  ∅ .

Figura 4.16: Plano definido por duas retas concorrentes


→ → →
Neste caso o vetor normal é dado por n=v1 ∧ v2 .

4. Determinação de um plano dado duas retas r1 e r2 paralelas, r1 ∩ r2 = ∅.

Figura 4.17: Plano definido por duas retas paralelas

→ → →
Neste caso o vetor normal é dado por n=v1 ∧ P1 P2 .

121 97
Introdução a vetores e geometria analítica

Exemplos:

1. Escreva a equação geral do plano π determinado pelos pontos não alinhados P1 (1, 1, 1),
P2 = (2, 5, −1) e P3 (1, 2, 7).

Resposta:

→ →
Precisamos inicialmente determinar os vetores diretores do plano. Fixando P1 temos v1 =P1 P2 =
→ →
P2 − P1 = (1, 4, −2) e v2 =P1 P3 = P3 − P1 = (0, 1, 6). De pósse desses vetores diretores do
→ → →
plano, podemos calcular o vetor normal do plano n=v1 ∧ v2 = (a, b, c), em que a, b e c
são os coeficientes de x, y e z da equação geral do plano. Vejamos:
 
 �i �j �k  →
→ → → → →
n=v1 ∧ v2 =  1 4 −2  = 26 i −6 j + k = (26, −6, 1).
 0 1 6 
substituindo esses valores na equação geral, temos 26x − 6y + z + d = 0. Como P1 ∈ π
substituindo as coordenadas de P1 em π, temos, 26(1) − 6(1) + (1) + d = 0, obtemos
d = −21. Portanto, concluimos que a equação do plano π é:

26x − 6y + z − 21 = 0
O que conclui o exercício.

2. Escreva a equação geral do plano π determinado pelo ponto A(3, −4, 3) e pela reta r :

P0 (−1, −2, 0) ; v = (2, 1, 1) .

Resposta:


Foi dada uma reta que passa pelo ponto P0 (−1, −2, 0) que tem vetor diretor v = (2, 1, 1) e
um ponto A(3, −4, 3) à reta não pertencente.

Figura 4.18: Exercício resolvido

98122
Introdução a vetores e geometria analítica

→ → → →
Desta
Destaforma,
forma,
os os
vetores
vetores
diretores
diretores
dodo
plano
plano v =v =
sãosão (2,(2,
1, 1)
1, 1)e eP0P
A=0 A=
A−AP (4,(4,
−0P=0 = 3) 3)
−2,−2, e oe o
→ →→ → → →
vetor
vetor
normal é n=
normal v∧
é n= v∧ A.0 A.Isto
P0P Isto
é: é:
�� �� �� ��
→ →→ → → → �� ��
� �i i j j k ��k �� → → → → → →
� � � � � �
v∧
n=n= v∧P0PA=
0 A= i −2j −8
�� 2�� 2 1 1 1 ���1 5��� 5i −2 j −8k k
�� 4�� 4−2−23 ��3 ��
substituindo
substituindoessesesses valores
valores nana equação
equação geral,
geral,temos
temos5x5x− 2y
− 2y
− 8z
− 8z
+ d+ = 0. 0.Como
d = ComoP0P∈0 ∈ππ
substituindo
substituindoas as coordenadas
coordenadas dede P0Pem0 em temos,
π, π, temos,5(−1)
5(−1)− 2(−2)
− 2(−2)
+ 8(0)
+ 8(0) d 0= 0dede
+ d+ = obtemos
obtemos
d=d 1.
= 1.
Portanto,
Portanto, concluimos
concluimos que que
a equação
a equação dodoplano
plano
π é:
π é:

5x5x
− 2y
− 2y
− 8z
− 8z
+ 1+ =1 0= 0
OO
que
que
conclui
conclui
o exercício.
o exercício.

3. 3.Escreva
Escreva
a equação
a equação
geral
geral
dodo
plano
plano
π determinado
π determinado
porpor
duas
duas
retas
retas
paralelas:
paralelas:

x x= =1 1− −2λ2λ x x= =−1−1− −4λ4λ


 

 
 
 

y y= =2 2− − λ λ y y= = 3 3 − −2λ2λ


 
 
 

 

r1 r:1: e e r2 r:2:
   






z z= = λλ 

 

z z= = 5 5 + +2λ2λ

 
 

 

Resposta:
Resposta:

→ → → →
Foram dadas
Foram duas
dadas retas
duas paralelas
retas r1 r:1 :P1P(1,
paralelas 1 (1,
2, 0)
2, 0) v1 (−2,
; v1; = = (−2, 1) 1)e re2 r:2 :P2P(−1,
2 (−1,
3, 5)
3, 5) v2 (−4,
; v2; = = (−4, 2 2
� � � � � �
−1,−1, −2,−2,

Figura
Figura
4.19:
4.19:
Exercício
Exercício
resolvido
resolvido
→ → → →→ →
Definindo
Definindoo vetor
o vetorP1P12P
=2 =P2P−2 −
P1P= (−2,
1 = (−2,
1, 5),
1, 5),
consequentemente
consequentemente
o vetor
o vetor normaln=n=
normal v1 v1
→ →
∧∧P1P12P. 2Vejamos:
. Vejamos:
�� �� �� ��
→ →→ → → → �� ��
� �
� i i
� �j j
� k
� ���k ��
→ → → → → →
v∧
n=n= v∧ P1P12P
=2 ��=−2�� −2−1−11 ���1 −6 �� −6
i +8j −4
i +8 j −4k k
�� −2 1 1 5 ��5 ��
�� −2 �

substituindo
substituindoesses esses valores
valores
nana equação
equação
geral,
geral,
temos
temos−6x + 8y
−6x + 8y
− 4z
− 4z
+ d+ =
d=0. 0.Como
ComoP1P∈1 π∈ π
substituindo
substituindoas as coordenadas
coordenadas dede P1P1ememπ, π,
temos,
temos,−6(1) + 8(2)
−6(1) + 8(2)
− 4(0)
− 4(0) 0, 0,obtemos
+ d+ d= = obtemos

9999 123
Introdução a vetores e geometria analítica

d = −10 é portanto, concluimos que a equação do plano π é:


−6x + 8y − 4z − 10 = 0 ou 3x − 4y + 2z + 5 = 0. O que conclui o exercício.
−10 é portanto,
concluimos queda=equação do plano concluimos
π é: que a equação do plano π é:
= 0 ou 3x 4.
− 4y + 8y
+ 2z
Escreva
−6x =4z0.− O
+a5−equação 10do
que0conclui
ou π 3x
= plano 4y + 2z +pelas
o −exercício.
determinado 5 = retas
0. O concorrentes:
que conclui o exercício.

4. Escreva
o plano π determinado a equação
 pelas do plano π determinado
retas concorrentes:  pelas retas concorrentes:

 x = −1 + 2λ 
 x = −1 − λ
y = 2 − λ  y = 2 + 3λ

 

−1 −+ λ2λ
 
2λ r1 : x xz == e r2 :  x = −1 − λ

 

= −1

1 + λ z = 1 + 2λ

 
y 2 y = 2 + 3λ
  
y = 2 + 3λ

λ
 
λ
  = − 
r : e r :

r2 : 
 
e

 

1 2
z z == 11 ++ 2λλ z = 1 + 2λ
 
λ  

 



 
 

Resposta:


 
 

Resposta: → →
Foram dadas duas retas paralelas r1 : P0 (−1, 2, 1) ; v1 = (2, −1, 1) e r2 : P0 (−1, 2, 1) ; v2 = (−1, 3, 2)
� � �

→ →
Foram dadas duas retas paralelas r : P (−1, 2, 1) ; v (2,
2 (−1, 3, 2) e r2
1) : P0 (−1, 2, 1) ; v2 = (−1, 3, 2)

� →
� �
tas paralelas r1 : P0 (−1, 2, 1) ; v1 = (2, −1, 1) e 2
� �
1 00 1 = −1,

Figura 4.20: Exercício resolvido


Figura 4.20: Exercício resolvido → → Figura
→ 4.20: Exercício resolvido
Temos assim que n=v1 ∧ v2 . Vejamos:
→ → �→
�� �
→ →
=v1 ∧ v2 . Vejamos:Temos assim � i
que
� n=
�j v k
1 � v2 . Vejamos:
�∧�
→ → →
n= v ∧ v2 = �� �2 −1 � −5 → −5 →j +5 →
1
��
i k
i �j �k ���
��
� �k ��
→ →→ → →→ �� −1
n=j v+5∧ kv2 = �� 2 −1 3 2 � −5 −5 j +5
→ → →
1 1 �� −5 i −5substituindo 1 � i k

esses valores na equação geral, temos −5x − 5y + 5z + d = 0. Como P0 ∈ π

2 � � −1 3 2 �
� �
substituindo as coordenadas de P0 em π, temos, −5(−1) − 5(2) + 5(1) + d = 0, obtemos

alores na equação substituindo esses valores na5zequação geral, temos π − 5y + 5z + d = 0. Como P0 ∈ π
d =geral, temos
0. Portanto, −5x − 5y +
concluimos = 0.
que+adequação Como P0 −5x
do plano ∈ é:
π
denadas de P0 substituindo
em −
−5x temos,
π,5y as coordenadas
+ 5z =−5(−1) 0 ou −x5(2)
de P0 em
+ y −+z5(1) =temos,
dπ,que
= 0.+ O
−5(−1) − 5(2) + 5(1) + d
0,conclui
obtemos
o exercício.
= 0, obtemos
d 0. Portanto,
cluimos que a equação do plano π é:
= concluimos que a equação do plano π é:
ou x + y − z = −5x 0. O−que5y +conclui
5z = 0 o ou x + y − z = 0. O que conclui o exercício.
exercício.

100 124
100 100
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios Propostos:

• Noções Iniciais do espaço R3

√ a distância entre os pontos P1 (1, 2, 3) e P2 (−2, −1, 4).


1. Determine
Resp.: 19

2. Determine a distância do pontos P (3, −4, 2) aos eixos coordenados.

3. Determine o perímetro do triângulo formado pelos pontos P1 (1, 2, 3) P2 (−2, −1, 4) e P3 (−3, 5, 1).

4. Determine quanto a natureza triângulo cujos vértices são P1 (−3, 2, −1) P2 (2, 2, −3) e
P3 (−3, 6, −2).

5. Determine quanto à natureza, o triângulo cujos vertices são P1 (−3, 2, −1) P2 (2, 2, −3) e
P3 (−3, 6, −2).

6. Verifique se o ponto P1 (2, 2, 3) é equidistante dos pontos P2 (1, 4, −2) e P3 (3, 7, 5).

7. Verifique se os pontos P1 (1, −1, 1), P2 (2, −2, 2) e P3 (3, −3, 3) estão alinhados.

8. Determine as coordenadas do ponto que divide o segemnto de reta de extremos P1 (−2, 1, 4)


e P2 (3, 2, −1) na razão k = −3.

9. Determine as coordenadas dos pontos que dividem em três partes iguais o segmento de reta
de extremidades P1 (5, −1, 7) e P2 (−3, 3, 1).

10. Determine as coordenadas do ponto P(x, 4, z) sabendo que P ∈ P1¯P2 , dados P1 (7, 2, 1) e
P2 (10, 5, 7).

11. Determine as coordenadas do centro de gravidade do triângulo de vértices P1 (−2, 2, 1),


P2 (1, −2, 7) e P3 (3, 5, 4).

12. Determine as coordenadas do centro de gravidade do tetraedro de vértices P1 (1, 1, 1), P2 (1, −3, −5),
P3 (−3, 5, 4) e P4 (1, −5, 7).

13. Determine um termo de parâmetro diretor e os cossenos diretores da reta que passa pelos
pontos P1 (3, 5, 1), P2 (1, 2, 7).

14. Dado o triângulo de vértices P1 (−1, −2, 4), P2 (−4, −2, 0) e P3 (3, −2, 1) determine o
ângulo interno do vértice P2 , a altura relativa ao vértice P2 e a sua área.

• A reta no espaço R3

15. Estabelecer as equações vetoriais, paramétricas, simétricas e reduzidas das retas nos seguin-
tes casos:

a)determinada pelo ponto A(1, −2, 1) e pelo vetor �v = (3, 1, 4);

101125
Introdução a vetores e geometria analítica

b)determinada pelos pontos A(2, 1, 3) e B(3, 0, −2);

c)possui o ponto A(1, −2, 3) e é paralela à reta definida pelo ponto B(2, 0, 1) e pelo vetor di-
retor �v = (2, −2, 3);

d)possui o ponto M(1, 5, −2) e é paralela à reta determinada pelos pontos A(5, −2, 3) e
B(−1, −4, 3);
 →

e)possui o ponto A(2, 1, 0) e é paralela à reta de equação vetorial r : P0 (1, −2, −2); v = (4, −1, 2) ;

f)possui o ponto A(−6, 7, 9) e é paralela ao vetor �v = (−2, 0, −2);

g)possui o ponto A(0, 0, 4) e é paralela ao vetor �v = (8, 3, 0);

h)possui o ponto A(2, −2, 1) e é paralela ao eixo-x ;

i)possui o ponto A(8, 0, −11) e é paralela ao eixo-z.

16. Determine as equações simétricas da reta que passa pelo baricentro do triângulo de vértices
A(3, 4, −1), B(1, 1, 0) e C(2, 4, 4) e é paralela à reta suporte do lado AB do triângulo.

17. Os vértices de um triângulo são O(0, 0, 0) , A(3, 4, 0) e B(1, 2, 2). Determine as equações
reduzidas da bissetriz interna do ângulo AB e determine sua interseção com o lado AB.

18. Os pontos de trisseção do segmento A(4, 3, 0) e B(−2, −3, 3) são M e N. Unindo-os ao ponto
P(0, −1, 0), obtêm-se as retas PM e PN . Calcule o ângulo formado pelas mesmas.

19. A reta forma um ângulo de 300 com a reta determinada pelos pontos A(0, 5, 2) e B(1, n−5, 0).
Calcular o valor de n.

20. Determine as equações da reta r definida pelos pontos A(2, −1, 4) e B = (2, 1, −5).

21. Determinar as equações paramétricas da reta t, que é perpendicular a cada uma das retas:

a) P = (2, −2, 1) − λ(1, 0, 0), e que passa pelo ponto P(2, 3, 5);

b) P = (1, −1, 1) − λ(2, 1, −1), e que passa pelo ponto P(2, −3, 1);

c) P = (2, −3, 3) − λ(1, 0, 0), e que passa pelo ponto P(3, 3, 4).

22. Estabeleça as equações paramétricas da reta traçada pelo ponto A(−1, 4, 5) e que é perpendi-
cular à reta r : P = (−2, 1, 1) + m(1, −1, 2).

102
126
Introdução a vetores e geometria analítica

23. Determine uma equação da reta r que passa pelo ponto A(2, −1, 3), e é perpendicular à reta
r : P = (1, 2, 3) + m(5, −1 − 1).

• O Plano

24. Determinar a equação geral dos planos nos seguintes casos:

a) passa pelo ponto D(1, −1, 2) e é ortogonal ao vetor �v = (2, −3, 1);

b) possui o ponto A(1, 2, 1) e é paralelo aos vetores �v = (1, −2, −2) e �v = (2, −1, −1) ;

c) passa pelos pontos A(−2, 1, 0) , B(−1, 4, 2) e C(0, −2, 2);

d) passa pelos pontos P(2, 1, 0), Q(1, 4, 2) e R(0, 2, 2);

e) passa pelos pontos A(2, 1, 5), B(3, 1, 3) e C(4, 2, 3);

f) passa pelo ponto E(1, 2, 2) e contém os vetores �v = (2, −1, 1) e �v = (−3, 1, 2);

g) possui o ponto P(2, 1, 3) e é paralelo ao plano XOZ;

25. Forme a equação do plano que possui um ponto M(2, 1, 3) e que é perpendicular à reta r :
P = (1, 2, 3) + λ(5, −1 − 1) .

26. Determinar a equação do plano que contém os pontos A(1, 2, 2) e B(3, 1, 2) e é perpendicular
ao plano π : 2x + yz + 8 − 0.

27. Determinar as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A(−1, 0, 0) e é paralela a
cada um dos planos π1 : 2x − y − z + 1 = 0 e π2 : x + 3y + z + 5 = 0.

28. Calcule o volume do tetraedro de vértices P1 (1, 2, 3), P2 (2, −2, 2), P3 (−2, −5, 6) e P1 (−1, −1, −5).

29. Dê a equação da reta interseção dos planos 3x − 4y + z − 16 = 0 e 2x + 4y − 2z + 4 = 0.

30. Determine a, e b para que os planos π1 : 4x − 3ay + 6z − 8 = 0 e π2 : 2x − 6y + bz + 10 = 0


sejam paralelos disjuntos.

31. Determine a para que os planos π1 : 2x − 3y − az + 5 = 0 e π2 : 4x + ay + 5z − 3 = 0 sejam


perpendiculares.

103
127
Introdução a vetores e geometria analítica

128
Capítulo 5

Estudo das Cônicas: Parábola, Elipse e


Hipérbole
Capitulo 5
Estudo das cônicas: parábola,
elipse e hipérbole
5.1 Estudo da Parábola
Definição 5.1.1. Parábola é o lugar geométrico dos pontos P de um plano que são equidistantes
de uma reta e de um ponto do plano.

Figura 5.1: Elementos da parábola

5.1.1 Elementos da Parábola


1. FT = T U, FR = MR, FQ = QS , FP = PN, FV = VV, ...

2. F indica o foco da parábola

3. V indica o vértice da parábola.

104

129
Introdução a vetores e geometria analítica

4. V ′ F = p indica o parâmetro (semi-corda focal mínima).



5. FP indica o Raio Vetor.
P
6. V F = 2
indica a relação notável.

7. d indica a Reta Diretriz.

8. e indica o eixo que passa pelo Foco e é perpendicular à diretriz (Eixo de Simetria).

Teorema 5.1.1. A equação da parábola com foco em (p, 0), tendo como diretriz a reta x = −p é
y2 = 4px.

Figura 5.2: Equação da Parábola

2 2 2 2 2 2
Demonstração. dPF ¯ = dPd¯ =⇒ d ¯ = d ¯ ⇒ (xP − xF ) + (yP − yF ) = (xP − xd ) + (yP − yd ) ⇒
PF Pd
(x − p)2 + (y − 0)2 = (x + p)2 + (y − y)2 ⇒ x2 − 2xp + p2 + y2 = x2 + 2xp + p2 ⇒ y2 = 4px 

Teorema 5.1.2. A equação da parábola com o foco (0, p), tendo como diretriz a reta y = −p é
x2 = 4py.
2 2 2 2 2 2
Demonstração. dPF ¯ = dPd¯ =⇒ d ¯ = d ¯ ⇒ (xP − xF ) + (yP − yF ) = (xP − xd ) + (yP − yd ) ⇒
PF Pd
(x − 0)2 + (y − p)2 = (x − x)2 + (y + p)2 ⇒ x2 + y2 − 2yp + p2 = y2 + 2yp + p2 ⇒ x2 = 4py 
Observação:

1. Latus Rectum da parábola é a corda perpendicular ao eixo da parábola que passa pelo foco.

2. Comprimento da Latus Rectum é dada por |4p|

Exemplo:

105
130
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.3: Equação da Parábola

1. Ache a equação da parábola dado seu foco em (0, −3) e sua diretriz y = 3. Faça um esboço
do gráfico.

Resposta:

p = −3
x2 = 4(−3)y ⇒ x2 = −12y
Comprimento Latus Rectum |4(−3)| = |−12| = 12.

Figura 5.4: Gráfico do exercício

2. Dada a parábola de equação y2 = 7x, encontre as coordenadas do foco, a equação da diretriz

106
131
Introdução a vetores e geometria analítica

e o comprimento da latus rectum.

Resposta:

7
y2 = 4px ⇒ y2 = 7x ⇒ 4p = 7 p = 4
Logo a parábola abre-se para a direita.
Foco: F( 47 , 0)
Diretriz:x = − 74
Comprimento Latus Rectum = |4p| = 4 47  = 7.
 

Figura 5.5: Gráfico do exercício

3. Determinar o foco e a diretriz da parábola x = −y2 .

Resposta.:
1 2 1
Sabemos que x = 4p y e do exercício temos que x = −y2 , então 4p = −1, de onde temos
1
que p = − 4 < 0 o que indica que a parábola abre-se para a esquerda, a além disso, temos:
Foco: F(− 14 , 0)
1
Diretriz: d = 4
figura

5.1.2 Translação de eixos


Na translação de eixos coordenados mudamos a origem e conservamos as direções e os sentidos
destes eixos.

107
132
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.6: Translação de Eixos

x′ = x − h


y′ = y − k
Exemplo:

1. Traçar a parábola x2 + 6x − 8y + 17 = 0. Mostrar seu vértice, seu foco e sua diretriz.

Resposta:

x2 + 6x − 8y + 17 = 0 ⇒ x2 + 6x = 8y − 17 ⇒ x2 + 6x + 9 = 8y − 17 + 9
⇒ (x − 3)2 = 8y − 8 ⇒ (x − 3)2 = 8(y − 1).
Fazendo:
x = x + 3 x = x − (−3)
 ′  ′
⇒ Logo, em relação ao novo sistema, termos:
y = y − 1

y′ = y − 1
x′2 = 8y′ ⇒ y′ = 81 x2 .

Para calcular a diretriz, temos que x2 = 4py′ e x′2 = 8y′ , comparando as duas equações,
4p = 8, logo p = 2.
Desta forma temos que o foco da parábola está duas unidades acima e a diretriz duas unida-
des abaixo da origem do plano x′ y′ .

108
133
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.7: Gráfico do exercício

5.2 Estudo da Elipse


Definição 5.2.1. Dados dois pontos distintos F1 e F2 , pertencentes a um plano α, seja 2c a distância
entre eles. Elipse é o conjunto dos pontos de α cuja soma das distâncias a F1 e F2 é a constante 2a.
(2a > 2c).

Figura 5.8: Elipse Genérica

PF1 + PF2 = 2a; QF1 + QF2 = 2a; RF1 + RF2 = 2a

109
134
Introdução a vetores e geometria analítica

5.2.1 Elementos Principais da Elipse


1. F1 e F2 indicam os focos da elipse.

2. O Indica o centro.

3. A1 A2 = 2a Indica o Eixo Maior.

4. B1 B2 = 2b Indica o Eixo Menor.

5. F1 F2 = 2c Indica a distãncia entre os focos da elipse.


2a a
6. e = 2c
= c
Indica a Excentricidade da elipse.

7. a2 = b2 + c2 indica a relação notável da elipse.

5.2.2 Equação Reduzida da Elipse


Considere A1 A2 sobre o eixo-x, B1 B2 sobre o eixo-y e a origem (0, 0).

Figura 5.9: Equação Reduzida da Elipse

P ∈ Elipse ⇔ PF1 + PF2 = 2a. de onde segue que:

(x + c)2 + (y − 0)2 + (x − c)2 + (y − 0)2 = 2a ⇒ (x + c)2 + y2 = 2a − (x − c)2 + y2


   
2  2
(x + c)2 + y2 = 2a − (x − c)2 + y2
 

⇒ (c + x)2 + y2 = 4a2 − 4a (x −c)2 + y2 + (x − c)2 + y2


⇒ x2 + 2xc + c2 + y2= 4a2 − 4a (x − c)2 + y2 + x2 − 2xc + c2 + y2


⇒ 4cx − 4a2 = −4a (x − c)2 + y2 : 4
⇒ cx − a2 = −a (x − c)2 + y2

2  
⇒ cx − a2 = −a (x − c)2 + y2 2
 

⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 ((x − c)2 + y2 )


⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 (x2 − 2xc + c2 + y2 )

110
135
Introdução a vetores e geometria analítica

⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 x2 − 2a2 xc + a2 c2 + a2 y2
⇒ x2 c2 − a2 x2 − a2 y2 = a2 c2 − a4
⇒ (c2 − a2 )x2 − a2 y2 = a2 (c2 − a2 )
⇒ −b2 x2 − a2 y2 = a2 (−b2 )
⇒ b2 x2 + a2 y2 = a2 b2 : a2 b2
e portanto:

x 2 y2
+ =1
a2 b2
Observação
1. Equação da elipse cujo eixo maior está sobre o eixo-y.

Figura 5.10: Equação Reduzida da Elipse


• A1 A2 ⊂yy′

• B1 B2 ⊂ xx′
• Origem em (0, 0)

Análogo a dedução anterior, temos a seguinte equação:

x 2 y2
+ =1
b2 a2
2. Translação de Eixo:

• A1 A2 ⊂ eixox′ e B1 B2 ⊂ eixoy′ , então:

x = x′ − h

2 2
⇒ (x−h) + (y−h) = 1.
y = y − h
′ a 2 b 2

136 111
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.11: Translação de Eixos

• A1 A2 ⊂ eixoy′ e B1 B2 ⊂ eixox′ , então:

x = x′ − h

(x−h)2 (y−h)2
⇒ + = 1.
y = y′ − h b2 a2

Figura 5.12: Translação de Eixos

137112
Introdução a vetores e geometria analítica

Teorema 5.2.1. O parâmetro de uma cônica é a semi-corda focal mínima.

Figura 5.13: Translação de Eixos

Demonstração. • Considere o triângulo PF1 F2 retângulo em F2 . Então:


¯ 2
¯ 2
PF1 = F1 F2 + PF¯ 2 2 ⇒ PF¯ 1 2 = 4c2 + p2 , (∗).

• Por definição, PF ¯ 2 = 2a ⇒ PF
¯ 1 + PF ¯ 1 = 2a − PF
¯ 2 ⇒ PF
¯ 1 = 2a − P, (∗∗).
Substituindo (∗∗) em (∗) temos,

(2a − p)2 = p2 + 4c2 ⇒ 4a2 − 4ap + p2 = p2 + 4c2 ⇒ 4ap = 4a2 − 4c2 = 4(a2 − c2 ) ⇒
b2
4ap = 4b2 (: 4a) ⇒ p = a


5.2.3 Retas Diretrizes


a
Definição 5.2.2. São duas retas d1 e d2 perpendiculares ao suporte do eixo maior, distando e
do
centro da curva.

Exemplos:

1. Traçar a elipse 9x2 + 4y2 = 36. Mostrar seus focos e seus vértices.

Resposta:

A partir da equação dada, temos:


2 4y2 x2 y2 x2 y2
9x2 + 4y2 = 36 : 36 ⇒ 9x 36
+ 36
= 36
36
⇒ 4
+ 9
= 1 ou 22
+ 32
=1

113
138
Introdução a vetores e geometria analítica

2

Desta forma
√ temos a = 9 a = 3 e b2 = 4 ⇒ b = 2. Mas, c2 = a2 − b2 ⇒ c2 = 9 − 4 = 5
⇒ c = 5. De onde podemos concluir que:

√ √ √ √ √
• F1 (0, − 5) e F2 (0, 5), além disso F1¯F2 = F2 − F1 = 5 − (− 5) = 2 5.
• A1 (0, −3) e A2 (0, 3), além disso A1¯A2 = A2 − A1 = 3 − (−3) = 6.
• B1 (−2, 0) e B2 (2, 0), além disso B1¯B2 = B2 − B1 = 2 − (−2) = 4.
b2 42
• Parâmetro: p = a
= 6
= 34 .
√ √
• Retas Diretrizes: e = a
= √3 ⇒ d1 = − ae = − √33 = − 5 e d2 = a
= 3
= 5.
c 5 e √3
5 5

Figura 5.14: Translação de Eixos

2. Traçar a elipse x2 + 4y2 − 4x + 8y + 4 = 0. Mostrar seus focos e seus vértices.

Resposta:

A partir da equação dada, temos:


x2 +4y2 −4x+8y+4 = 0 ⇒ x2 −4x+4y2 +8y+4 = 0 ⇒ x2 −4x+4−4+4(y2 +2y+1−1)+4 = 0
2 (y+1)2 (x−2)2 (y+1)2
⇒ (x−2)2 +4(y+1)2 −4 = 0 ⇒ (x−2)2 +4(y+1)2 = 4 (x−2)
4
+ 1
= 1 ou 2 2 + 12
= 1.

• Centro
 ′ da Elipse:
x = x − 2 x = x′ + 2

x′ y′
⇒ ⇒ O′ (2, −1) ⇒ + = 1.
y′ = y + 1 y = y′ − 1 22 12

• Focos e Vértices:

Da equação temos:
a2 = 4 ⇒ a = 2 e b2 = 1 ⇒ b = 1. Substituindo esses valores em a2 + b2 = c2 ou

114
139
Introdução a vetores e geometria analítica


seja, 4 = 1 + c2 ⇒ c = 3. Desta forma, temos.

Coordenadas do Centro: O′ (2, −1).

Coordenadas dos Vértices: A1 (0, −1), A2 (4, −1), B1 (2, −2) e B2 (2, 0).
√ √
Coordenadas dos Focos: F1 (2 − 3, −1) e F2 (2 + 3, −1).

Figura

Figura 5.15: Translação de Eixos

3. Dar uma equação do lugar geométrico dos pontos P tais que a soma das distâncias de P
aos pontos (−1, −2) e (−1, 4) seja 8.

Resposta:

• Coordenadas do Centro: O′ = (−1, 1)


• Coordenadas do Vértice A: 2a = 8 ⇒ a = 4 ⇒ A1 (−1, −3) e A2 (−1, 5).

• Coordenadas dos Focos: 2c = 6 ⇒ c = 3 ⇒ F1 (−1, −2) e F2 (−1, 4).



• Coordenadas√do Vértice B: a2 √
= b2 + c2 ⇒ 42 = b2 + 32 ⇒ b2 = 7 logo b = ± 7
⇒ B1 (−1 − 7, 1) e B2 (−1 + 7, 1).
(x+1)2 (y−1)2
• Equação: 7
+ 16 = 1 ⇒ 16(x+1)2 +7(y−1)2 = 112 ⇒ 16x2 +7y2 +32x−14y−89 =
0.

115
140
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.16: Translação de Eixos

5.3 Estudo da Hipérbole


Definição 5.3.1. Dados dois pontos distintos F1 e F2 , fixos de um plano α, seja 2c a distância
entre eles. Chamamos de Hipérbole o conjunto dos pontos de α cuja diferença, em módulo, das
distâncias a F1 e F2 é a constante 2a. Com 0 < 2a < 2c.

Isto é: Hipérbole = {P ∈ α| |PF1 − PF2 | = 2a}

Figura 5.17: Hipérbole Genérica

¯ 1 − PF
PF ¯ 2  = QF ¯ 2  = RF
¯ 1 − QF ¯ 2  = S ¯F1 − S ¯F2  = 2a.
¯ 1 − RF
       

5.3.1 Elementos Principais da Hipérbole


1. F1 e F2 → Indica os focos da Hipérbole.

116
141
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.18: Elementos da Hipérbole

2. F1¯F2 = 2c Indica a Distância Focal da Hipérbole.

3. O Indica o centro da hipérbole.

4. A1 A2 Indica o eixo real ou transverso da Hipérbole.

5. B1¯B2 Indica o eixo imaginário da Hipérbole.

6. A1¯A2 = 2a Indica a medida do eixo real da Hipérbole.

7. B1¯B2 = 2b Indica a medida do eixo imaginário da Hipérbole.


2c c
8. e = 2a
= a
Indica a excentricidade da Hipérbole

9. c2 = b2 + a2 Indica a relação notável da Hipérbole.


b2
10. p = a
Indica o parâmetro da Hipérbole.

11. MM1 = ab x e NN1 = − ba x Indicam as assintotas da Hipérbole.

5.3.2 Equação Reduzida da Hipérbole


Considere: A1 A2 ⊂ eixo − x e B1 B2 ⊂ eixo − y.

P(x, y) ∈ Hiprbole ⇔ |PF1 − PF2 | = 2a, então:

PF1 − PF2 = ±2a ⇒ (x + c)2 + y2 − (x − c)2 + y2 = ±2a


 

(x + c)2 + y2 = ±2a + (x − c)2 + y2


 

142 117
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.19: Equação Reduzida da Hipérbole

2 2
(x + c)2 + y2 = ±2a + (x − c)2 + y2
  

⇒ (x + c)2 + y2 = 4a2 ± 4a (x − c)2 + y2 + (x − c)2 + y2




⇒ x2 + 2xc + c2 + y2 = 4a2 ± 4a (x − c)2 + y2 + x2 − 2xc + c2 + y2




⇒ 4cx − 4a2 = ±4a (x − c)2 + y2 , (: 4)




⇒ cx − a2 = ±a (x − c)2 + y2


2   2
⇒ cx − a2 = ±a (x − c)2 + y2


⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 (x − c)2 + y2
 

⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 (x2 − 2xc + c2 + y2


 

⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 x2 − 2xca2 + c2 a2 + y2 a2

⇒ x2 c2 − a2 x2 − y2 a2 = c2 a2 − a4

⇒ (c2 − a2 )x2 − y2 a2 = c2 − a2 a2
 

⇒ b2 x2 − y2 a2 = b2 a2 , ou

⇒ b2 x2 − a2 y2 = a2 b2 , : a2 b2 ,

b2 x 2 a2 y2 a2 b2
⇒ a2 b2
− a2 b2
= a2 b2

143 118
Introdução a vetores e geometria analítica

portanto,
x 2 y2
− =1
a2 b2
Observação

1. Equação da hipérbole cujo eixo maior está sobre o eixo-y.

Figura 5.20: Equação Reduzida da Hipérbole


• A1 A2 ⊂yy′

• B1 B2 ⊂ xx′
• Origem em (0, 0)

Análogo à dedução anterior, temos a seguinte equação:

y2 x2
− =1
a2 b2
2. Translação de Eixo:

• A1 A2 ⊂ eixox′ e B1 B2 ⊂ eixoy′ , então:

x = x′ − h

(x−h)2 (y−k)2
⇒ − = 1.
y = y′ − h a2 b2

119
144
Introdução a vetores e geometria analítica

Figura 5.21: Translação de Eixos

Figura 5.22: Translação de Eixos

• A1 A2 ⊂ eixoy′ e B1 B2 ⊂ eixox′ , então:

x = x′ − h

(y−k)2 (x−h)2
⇒ − = 1.
y = y′ − h a2 b2

Exemplos:

1. Determine a equação e a excentricidade da hiperbole de focos F1 (−5, 0) e F2 (5, 0) e de


vértices A1 (−3, 0) e A2 (−3, 0).

Resposta:

• Pelos dados do exercício os focos estão sobre o eixo-x. Temos então a = 3 e c = 5.


Então:

120
145
Introdução a vetores e geometria analítica

c2 = a2 + b2 ⇒ 52 = 32 + b2 ⇒ b2 =2 16 ⇒ b = ±4.
A equação procurada é da forma ax2 − by2 = 1 Substituindo os valores na equação, temos
2

2 y2
a equação procurada x9 − 16 = 1.
• Excentricidade: e = ac , logo e = 53 .

2. Dada a equação da hipérbole 9x2 − 16y2 = 144 determine a medida do eixo real, a medida
do eixo imaginário e a distância focal.
Resposta:

A partir da equação dada, temos:


2 2
9x2
9x2 − 16y2 = 144 (: 144) ⇒ 144 − 16y
144
144
= 144 x2
⇒ 16 − y9 = 1. Desta forma temos: a2 = 16
⇒ a = 4 e b2 = 9 ⇒ b = 3. E além disso c2 = a2 + b2 ⇒ c2 = 16 + 9 = 25, logo c = 5.
Então:

• a = 4 ⇒ A1¯A2 = 2a = 8.
• b = 3 ⇒ B1¯B2 = 2b = 6.
• c = 5 ⇒ C1¯C2 = 2c = 25.

3. Determinar a medida do eixo real, a medida do eixo imaginário, a distância focal e as assin-
totas da hipérbole de equação y2 − x2 + 2y − 2x − 1 = 0
Resposta:

Da equação dada temos:


y2 − x2 + 2y − 2x − 1 = 0 ⇒ y2 + 2y + 1 − 1 − (x2 + 2x + 1) = 0 ⇒ (y + 1)2 − (x + 1)2 = 1
2 2
ou (y+1)
1
+ (x+1)
1
=1

• Coordenadas do Centro: O′ = (−1, 1)


• Coordenadas do Vértice A: 2a = 8 ⇒ a = 4 ⇒ A1 (−1, −3) e A2 (−1, 5) logo
A1¯A1 = 8.

• Coordenadas dos Focos: 2c = 6 ⇒ c = 3 ⇒ F1 (−1, −2) e F2 (−1, 4) logo F1¯F1 = 6.

121146
Introdução a vetores e geometria analítica

5.3.3 Assintotas
As assintotas são particularidades que só as hipérboles têm:
x2 y2
• A hipérbole de equação a2
− b2
= 1 tem as seguintes assíntotas:

y = − ab e y = ab .

Figura 5.23: Translação de Eixos

y2 x2
• A hipérbole de equação a2
− b2
= 1 tem as seguintes assíntotas:

y = − ba e y = ba .

Figura 5.24: Translação de Eixos

147 122
Introdução a vetores e geometria analítica

Exercícios 5.3.1. Dê a equação das parábolas nos exercícios de 1 a 9. Mostre seus focos, vértices
e diretrizes.

• Parábola

1. A parábola com foco (0, 4) e diretriz y = 0.

2. A parábola com foco (3, 3) e diretriz x = 1.

3. A parábola com foco (4, −5) e diretriz y = 1.

4. A parábola com vértice (−2, 0) e foco (4, 0).

5. As parábola com eixo y = 0, foco (0, 0) e passando por (3, 4).

6. A parábola com vértice (0, 0), eixo x = 0 e passando por (3, 1).

7. As parábola com eixo x = 0 e passando por (1, 4) e (2, 7).

8. A parábola com eixo x = 0, foco (0, −2) e passando por (2, 2).

9. A parábola com eixo x = 0 e passando por (2, −1) e (−4, 5).

Nos exercícios de 10 a 11 trace as parábolas, mostre seus focos, vrtices e assíntotas.

10. −x2 + 2x + y = 0

11. y2 − 4y − x + 7 = 0

• Elipse

Nos exercícios de 1 a 6 trace as elipses, mostre seus eixos menor e maior e seu focos.

1. x2 + 4y2 = 16

2. 9x2 + 16y2 = 144

3. 9x2 + y2 − 18x + 2y + 1 = 0

4. x2 + 8x + 2y2 + 12 = 0

5. 4x2 + y2 − 16x − 4y = 4

6. x2 + 2y2 = 14

Nos exercícios de 7 a 9 determine as equações das elipses.

123
148
Introdução a vetores e geometria analítica

7. Elipse de focos (−3, 0) e (3, 0) e eixo maior igual a 10.

8. Elipse de focos (0, −4) e (0, 4) e eixo menor igual a 6.

9. Elipse de focos (0, 0) e (24, 0) e eixo maior igual a 26.

• Hipérbole

Nos exercícios de 1 a 4 trace as hipérboles, mostre seus eixos menor e maior e seu focos.

1. Hipérbole de focos (−5, 0) e (5, 0) e eixo real igual a 6.

2. Hipérbole de focos (−3, 0) e (3, 0) e passa pelo ponto A(1, 0).

3. Hipérbole de focos (3, 1) e (7, 1) e passa pelo ponto A(6, 1).

4. Hipérbole de focos (0, 6) e (0, −6) e passa pelo ponto A(0, 4).

Nos exercícios de 5 a 7 trace as hipérboles e determine a distância focal, a excentricidade e


suas assintotas.

5. x2 − y2 = 1

6. y2 − x2 = 1

7. 5x2 − 4y2 = 20

124
149
Referências Bibliográficas
Referências
[1] BOULOS, P., CAMARGO, I. DE, Geometria Analítica - um tratamento vetorial, Prentice
Hall, 2005.

[2] LIMA, P. DE B., Curso Básico de Vetores - uma iniciação a algebra linear, São Paulo, Co-
manhia Editora Nacional, 1972.

[3] LIMA, P. DE B., Elementos de Geometria Analítica, São Paulo, Comanhia Editora Nacional,
1969.

[4] FEITOSA, M., Calculo Vetorial e Geometria Analítica, Editora Atlas, São Paulo 1976.

[5] MACHADO, A. DOS S., Algebra Linear e Geometria Analítica, Editora Atual, São Paulo
1980.

[6] GONÇALVES, Z. M., Geometria Analítica no Espaço, Livros Técnicos e Científicos, Rio de
Janeiro 1978.

[7] MURDOCH, D. C., Geometria Analítica,Livros Técnicos e Científicos Ltda, Rio de Janeiro
1969.

[8] BLASI. F., Exercícios de Geometria Analítica, Campinas - Papiro, São Paulo 1984.

125
150
Introdução a vetores e geometria analítica

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