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FAC – FACULDADE CURITIBANA

RIVALDO CABRAL JERÔNIMO


ELISÂNGELA BATISTA DAS NEVES

PROCEDIMENTO COMUM

Curitiba - Paraná
2020
RIVALDO CABRAL JERÔNIMO
ELISÂNGELA BATISTA DAS NEVES

PROCEDIMENTO COMUM

Trabalho acadêmico, apresentado a


Faculdade Curitibana, como parte das
exigências para a obtenção do título de
Graduação em Direito.

Orientador: Professora. Camila Marques

Curitiba – Paraná
2020
1

EXCELENTÍSSIMA SENHOR DOUTOR JUÍZA DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA


COMARCA DE MOGI-MIRIM-SÃO PAULO

HOSPITAL RENASCENÇA pessoa jurídica de direito


privado, inscrito no CNPJ sob o n° 167325-09/16, com
endereço na Rua Alecrim Dourado, n° 66, Bairro Florença,
Cidade de Holambra, Estado de São Paulo, Cep
14.620.000, representado por seu diretor José das Flores, e
por seu advogado Rivaldo Cabral Jerônimo, ao final
assinado, com endereço na Rua das Acácias, n° 104,
Bairro Jardim Flora, com base nos artigo 1009 do CPC,
vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência
nos autos de n° 00734-38.8.16 .003 , de Ação de Danos
Morais é Materiais que lhe move Maria Antônia SARDES,
já qualificada nos aludidos autos, interpor

RECURSO DE APELAÇÃO na Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais,


promovida por MARIA ANTONIA SARDES, pelos fatos e fundamentos que passo a
expor.

PRELIMINARMENTE
DA ILEGITIMIDADE DO CORRÉU

PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA PRESENTE DEMANDA

É patente a ilegitimidade passiva ad causam do Corréu HOSPITAL


RENASCENÇA para figurar no polo passivo da presente demanda, aduzindo que o
pretenso serviço defeituoso que teria resultado em danos a autora MARIA
2

ANTÔNIA, é de responsabilidade exclusiva do médico que realizou a cirurgia, que


não é empregado, é nem preposto da ré, mas simples usuário de suas instalações.

O réu somente cedeu seu estabelecimento para a realização da cirurgia de


laqueadura, não guardando qualquer relação jurídica com a demandante, que só a
recebeu para internação, limitando-se ao fornecimento de recursos materiais e
humanos, auxiliares e adequados a prestação dos serviços médicos e a supervisão
do paciente, não restando comprovado defeito na prestação do serviço, hipótese
que ensejaria a responsabilidade do hospital.
Dessa forma, não existindo relação jurídica material existente, deve ser
reconhecida a ilegitimidade passiva com a consequente extinção do processo sem
resolução do mérito (artigos 485, VI e 337, XI, do Código de Processo Civil).
E como existem outros réus na demanda, que se proceda a correta autuação para
figurar no polo passivo (artigo 339, do Código de Processo Civil).

Breve relato da Ação


proposta

A apelada ingressou com a presente ação alegando que foi submetida laqueadura
pelo apelante e que não foi alertada sobre a possibilidade de nova gestação após a
realização do procedimento.
Informou que pouco mais de um ano após a cirurgia, voltou a engravidar e que teria
experimentado, então, em decorrência da nova gestação, danos morais e materiais,
pleiteando, assim, indenização, bem como o pagamento de pensão mensal no valor
de 01 salário mínimo até o filho atingir a maioridade.
Em sentença a MM. Juíza a quo julgou parcialmente
procedentes os pedidos da apelada, condenando o apelante ao pagamento de
indenização por danos morais no valor equivalente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
fundamentando que o mesmo teria descumprido o dever de informação sobre os
cuidados pós-operatórios para evitar nova gestação e sobre a falibilidade da cirurgia
de laqueadura.
Todavia, tal sentença não merece prevalecer, conforme adiante se demonstrará.
3

I MÉRITO

Não há razão para falar sobre a responsabilidade do réu pelos fatos declarados
pelo autor.

Deve-se enfatizar imediatamente que, quando a autora fez a solicitação atual e


arrolou no polo passivo todos profissionais envolvido na cirurgia (do profissional
responsável pela consultas preliminares, o médico que operou, é o Hospital aqui
representado, o réu em momento algum alega erro médico, mas tão somente falha
no fornecimento de informações sobre o procedimento de Laqueadura.

Entretanto, através da verdadeira narrativa da realidade fática, restará


comprovada a improcedência da pretensão feita pela autora, no tocante à questão
da falha dos réus relativa ao dever de informação.

Em documentos juntados aos autos, o médico, João Amâncio, que realizou as


consultas preliminares que redundaram recomendação é encaminhamento da
paciente para realização de procedimento de laqueadura de trompas, o mesmo
anexou laudos médicos e atestados que comprovam uma série de problemas de
saúde, como hepatite c, realização de várias cesáreas( 4 filhos).

Após diversas consultas, em 17/04/2015, o Dr. José Amâncio entregou a autora o


“termo Dê manifestação de vontade, explicando -lhe detalhadamente o
procedimento é os riscos envolvidos na laqueadura, enfatizando que embora
pequeno, havia o risco de falha, é que mesmo ela concordando com sua realização,
essa também era indicação médica dado os problemas de saúde da autora, cuja
nova gravidez seria de alto risco.

A paciente confirmou seu interesse, é a ela foi entregue o termo/formulário de


consentimento solicitando-lhe a leitura e retorno dali um mês para esclarecimento de
dúvidas, além de indicação para assistir palestra referente a planejamento familiar
realizada naquele posto de saúde.

Ao completar 37 semanas gestacional, a autora voltou ao médico, relatando que


dia 08/06, dali a 5 dias consultaria com o obstetra que faria as cirurgias no dia 13/06.
4

O médico Ronaldo Shiroiva, obstetra e cirurgião relata que na consulta em


p8/06/2015, ao entregar assinado o termo/ formulário de consentimento, foi
novamente instruída à respeito do procedimento e dos riscos que envolviam, entre
eles, choque anafilático pós-anestésico, recanalização das trompas uterinas com
risco de gravidez tubária, etc.

Enfim, à luz do que aqui exposto, verifica-se que a Ação da autora de imputar aos
réus responsabilidade por falta de comunicação não se sustenta diante da realidade
fática.

Para a configuração da responsabilidade das instituições que atuam na área de


saúde, impende a comprovação não apenas da ocorrência de um suposto fato
lesivo, mas também que seja possível imputar-se ao preposto uma conduta, cuja
atuação esteja manifesta e diretamente vinculada àquele resultado danoso (nexo de
causalidade).

Deste modo, a responsabilidade dos estabelecimentos hospitalares é de


natureza objetiva, excluindo tal presunção caso seja comprovada a inexistência de
defeito do serviço.

Frise-se que, para ensejar a obrigação de indenizar, não bastam a prática de um


ato comissivo ou omissivo e a ocorrência de um dano. É necessário que o dano
decorra da conduta do agente, que exista entre ambos uma necessária relação de
causa e efeito. Sobre o tema, nunca é demais invocar as precisas palavras do
insigne Des. Sergio Cavalieri Filho, que assim pontua, in verbis:

“(...) o hospital só responderá quando o evento decorrer de defeito do serviço.


Lembre-se que mesmo na responsabilidade objetiva é indispensável o nexo de
causalidade entre a conduta e o resultado. Destarte, ainda que tenha havido
insucesso na cirurgia ou outro tratamento, mas se não for possível apontar defeito
no serviço prestado, não haverá que se falar em responsabilidade do hospital. Entre
as causas que excluem a responsabilidade do prestador de serviços, o Código de
Defesa do Consumidor refere-se à inexistência de defeito do serviço – „o fornecedor
de serviços não será responsabilizado quando provar que, tendo prestado o serviço,
o defeito inexiste (art. 14, §3º, I) –, de sorte que, para afastar a sua
responsabilidade, bastará que o hospital ou médico prove que o evento não
5

decorreu de defeito do serviço, mas sim das condições próprias do paciente ou de


fato da natureza.” in „Programa de Responsabilidade Civil‟, Ed. Malheiros, 7ª edição,
pág.374).

Tratando-se de responsabilidade fundada em questões médicas, há que se


atentar para o fato de que a obrigação do médico é de meio e não de resultado. Em
outras palavras, não se pode exigir do médico a cura do paciente, mas, apenas, a
adoção de todas as providências que estiverem ao seu alcance para o atendimento
que se fizer necessário.

Mesmo levando em conta está peculiaridade, o cerne da responsabilidade das


partes ré há de ser analisado à luz da Teoria do Risco, sendo imprescindível para
sua caracterização, como dito, a prova do nexo causal entre a conduta do agente e
o dano sofrido.

É inteiramente pertinente a citação do Desembargador Sérgio Cavalieri Filho ao


afirmar que “nenhum médico, por mais competente que seja, pode assumir a
obrigação de curar o doente ou de salvá-lo, mormente quando em estado grave ou
terminal. A ciência médica, apesar de todo o seu desenvolvimento, tem inúmeras
limitações, que só os poderes divinos poderão suprir. A obrigação que o médico
assume, a toda evidência, é a de proporcionar ao paciente todos os cuidados
conscienciosos e atentos, de acordo com as aquisições da ciência, para consagrar a
fórmula consagrada na escola francesa. Não se compromete a curar, mas a prestar
os seus serviços de acordo com as regras e os métodos da profissão, incluindo aí
cuidados e conselhos.”

(Programa de Responsabilidade Civil, 2ª ed., 1998, pág. 273).

Em outras palavras, se a culpa do profissional ou a culpa dentro do escopo do


serviço prestado não for totalmente comprovada - como ocorreu na espécie, não há
indicação de que o réu tenha perdido o risco do procedimento e a obrigação de
informação de uma possível falha. Laqueadura - eles não têm senso de
responsabilidade.

Com relação à afirmação de que a suscetibilidade à Laqueadura e a avaliação da


responsabilidade do profissional (responsabilidade subjetiva) através da
6

responsabilidade de provar a culpa, o tribunal do estado do Paraná fez o seguinte


julgamento:

“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
ENTIDADE HOSPITALAR – RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO
MÉDICO, QUE DEPENDE DA COMPROVAÇÃO DE SUA CULPA –
LAQUEADURA DE TROMPAS – GRAVIDEZ SUPERVENIENTE –
POSSIBILIDADE – MÉTODO CONTRACEPTIVO QUE NÃO
DESCARTA A POSSIBILIDADE DE GRAVIDEZ – ERRO MÉDICO –
INOCORRÊNCIA – INFORMAÇÕES SOBRE A FALIBILIDADE DO
MÉTODO ADOTADO – PROVAS PERICIAL E TESTEMUNHAL
VALORADAS – DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO –
SENTENÇA REFORMADA – INVERSÃO DA SUCUMBÊNCIA QUE
DEVE SER SUPORTADA, INTEGRALMENTE, PELA AUTORA -
RECURSOS CONHECIDOS AOS QUAIS SE DÁ PROVIMENTO.1.
A responsabilidade dos médicos rege-se pela teoria subjetiva,
dependendo, desse modo, da comprovação da culpa. Isto é, a
responsabilidade de tais profissionais necessita de prova de que sua
conduta foi pautada por negligência, imperícia ou imprudência,
incidindo aí a chamada teoria subjetiva.2. "A intervenção cirúrgica de
Laqueadura "laqueadura" deve ser considerada como obrigação de
meio uma vez que, mesmo com alto percentual de segurança, poderá
dar ensejo à gravidez indesejada." (TJPR, 10ª C. Cível, Ap. Cível n.
594391-9, Rel.: Nilson Mizuta, J. 17/09/2009)”
(TJPR - 9ª C.Cível - AC - 1541631-2 - Região Metropolitana de
Maringá - Foro Central de Maringá - Rel.: Francisco Luiz Macedo
Junior - Unânime - J. 10.11.2016)

Mesmo em circunstâncias semelhantes, embora não exista uma reclamação


especial por erro médico, supõe-se que a responsabilidade pela probabilidade de
falha no procedimento de notificação não seja cumprida, mas a compensação
também é rejeitada. Vale a pena notar que, neste caso, ao contrário de agora, não
existe sequer um termo científico para a probabilidade de falha. O TJPR entende
que a responsabilidade do médico não existe, conforme mostrado no menu a seguir
e no julgamento em anexo (DOC.02):

“APELAÇÃO CÍVEL - RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO -


GRAVIDEZ APÓS LAQUEADURA DE TROMPAS
- RESPONSABILIDADE DE MEIO - DEVER DE INFORMAÇÃO À
PACIENTE QUANTO À FALIBILIDADE DO MÉTODO ADOTADO -
DOCUMENTOS ATESTANDO A INFORMAÇÃO PASSADA À
PACIENTE - REVERSIBILIDADE NATURAL DA CIRURGIA QUE É
FATO NOTÓRIO E INFORMAÇÃO AMPLAMENTE DIVULGADA -
NEXO DE CAUSALIDADE AFASTADO - AUSÊNCIA DE
RESPONSABILIDADE DO MÉDICO - COMPROVADO O
CUMPRIMENTO DO DEVER DE INFORMAÇÃO - SENTENÇA
MANTIDA RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO.”
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(TJPR - 9ª C.Cível - AC - 1422829-8 - Região Metropolitana de


Londrina - Foro Regional de Ibiporã - Rel.: José Augusto Gomes
Aniceto - Unânime - - J. 19.11.2015)

“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA
ENTIDADE HOSPITALAR - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO
MÉDICO, QUE DEPENDE DA COMPROVAÇÃO DE SUA CULPA -
LAQUEADURA DE TROMPAS - GRAVIDEZ SUPERVENIENTE -
POSSIBILIDADE. MÉTODO CONTRACEPTIVO QUE NÃO
DESCARTA A POSSIBILIDADE DE GRAVIDEZ - ERRO MÉDICO -
INOCORRÊNCIA - INFORMAÇÕES SOBRE A FALIBILIDADE DO
MÉTODO ADOTADO - PROVA TESTEMUNHAL VALORADA -
DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS MAJORADOS - RECURSO DE APELAÇÃO
CONHECIDO A QUE SE NEGA PROVIMENTO - RECURSO
ADESIVO CONHECIDO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.1.
A responsabilidade dos médicos rege-se pela teoria subjetiva,
dependendo, desse modo, da comprovação da culpa. Isto é, a
responsabilidade de tais profissionais necessita de prova de que sua
conduta foi pautada por negligência, imperícia ou imprudência,
incidindo aí a chamada teoria subjetiva.2. "A intervenção cirúrgica de
Laqueadura "laqueadura" deve ser considerada como obrigação de
meio uma vez que, mesmo com alto percentual de segurança, poderá
dar ensejo à gravidez indesejada." (TJPR, 10ª C. Cível, Ap. Cível n.
594391-9, Rel.: Nilson Mizuta, J. 17/09/2009)”
(TJPR - 9ª C.Cível - AC - 1497662-4 - Guarapuava - Rel.: Francisco
Luiz Macedo Junior - Unânime - J. 30.06.2016)

Portanto, para todas as opções acima, especialmente em vista da grande


quantidade de evidência documental anexada ao arquivo do caso, o que prova a
clara evidência científica do autor da possibilidade de gravidez após a Laqueadura
(o termo anexado ao autor no Mov. 1.8), não há Base. Condena as reivindicações do
autor.

Além disso, ao contrário do que o autor alega, no caso de ligadura tubária, não há
necessidade de realizar um procedimento de verificação, o que pode ser
demonstrado pelo anexo no Parecer (“Opinião CRM 1” - DOC.03) do CRM-PA.

Esta informação também é retirada do ponto de vista do professor (DOC.04). O


Dr. Rafael Frederico Bruns é professor adjunto de obstetrícia e ginecologia na
UFPR, especialista em obstetrícia e ginecologia na FEBRASGO / AMB, com
mestrado e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo Disse que nenhum
procedimento de "verificação" foi realizado. Após a ligadura tubária, diferentemente
da vasectomia, outro método contraceptivo não é frequentemente usado:
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A laqueadura tubária é considerada um método anticoncepcional


definitivo e imediato.
Não existe nos Tratados de Ginecologia e Obstetrícia protocolos
médicos recomendando a realização de exames complementares
para confirmação do sucesso da Laqueadura. Por conseguinte, não é
necessário utilizar outros métodos contraceptivos até a “confirmação
da laqueadura”. Uma vez realizada de maneira adequada ela já irá
proteger contra a concepção. Por um outro lado, a vasectomia
(Laqueadura masculina) não tem ação imediata. Para a vasectomia é
necessário utilizar um segundo método anticoncepcional até o
momento em que não existem mais espermatozoides no ejaculado,
sendo isto confirmado pelo espermograma. Não há motivo
confundir as duas coisas. Todos os métodos anticoncepcionais
são passíveis de falha. Eventualmente em cerca de 0,5 a 1% das
vezes a laqueadura pode falhar, o que parece ter acontecido no caso
em tela, visto que por cerca de 2 anos ela foi eficaz.

A direção do professor é exatamente a mesma. De acordo com o parecer em


anexo (DOC.05), trechos são os seguintes: Dr. Rosires Pereira de Andrade,
Professor de Reprodução Humana, Universidade Federal do Paraná:

Não existe em nenhum Tratado de Ginecologia referência a


obrigatoriedade de realização de exames complementares para
confirmar a efetivação da Laqueadura cirúrgica (laqueadura tubária) e
nem mesmo da necessidade de associação de métodos
contraceptivos hormonais até a confirmação do êxito cirúrgico.

Além disso, deve-se salientar que o autor poderia ter tomado outras medidas
para tomar medidas preventivas e recorreu a outros métodos de planejamento
familiar que eram fáceis de obter e usar antes de perceber a necessidade de uma
solução completa para o problema de fertilidade durante a quarta gravidez. Os
custos disponíveis no sistema público de saúde, como preservativos e métodos
hormonais para injeção ou injeção, inevitavelmente evitarão sua quarta ou quinta
gravidez (isso não só prejudica sua saúde, mas também a traz Carga econômica
inevitável).

Portanto, em vista de tudo isso, e tendo em vista que o réu não é responsável
pelos fatos atribuídos a ele, as alegações do autor são completamente
improcedentes.

II DA AUSÊNCIA DE DANOS MATERIAIS


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Sem prejuízo das premissas acima, deve-se provar que o pedido de indenização
do demandante por danos materiais e consiste no recebimento de pensão mensal
por 24 (vinte e quatro) anos, carece de fundamento legal.

Isso ocorre porque, no âmbito da lei civil, se houver alguma disposição no


Código Civil que condene a indenização pela pensão da vítima, é certo que essas
premissas são absolutamente restritas e incluídas no aplicativo correspondente Nos
termos legais, ou seja, no art. 498 para o art. 951, para lidar com situações
diferentes da atual.

De fato, apenas ler a ordem legal acima é suficiente para provar que a
condenação de pensões ao longo da vida ou regulares ocorreu em incidentes
prejudiciais que fizeram com que a capacidade do indivíduo de trabalhar fosse
completamente perdida ou muito reduzida, afetando assim seu próprio sustento ou
mantendo sua vida. Sua família.

O mesmo entendimento se aplica às situações que envolvem a morte, caso em


que o desamparo da família do falecido acabou levando o criminoso a ser
condenado a pagar uma pensão, substituindo assim a identidade do provedor que já
foi interpretado por um dos falecidos.

Portanto, para situações que envolvam nascimento pessoal, especialmente na


ausência de informações sobre meios violentos (estupro) de fetos grávidas, não
existe um requisito legal de que o autor seja responsável pela compensação.

Como mencionado anteriormente, como mencionado anteriormente, o réu


informou a paciente e forneceu-lhe terminologia científica sobre o método usado em
abril de 2015. Como mencionado anteriormente, não houve diferença entre o
suposto dano sofrido pelo demandante e quaisquer ações do réu Causalidade.

Portanto, não há necessidade de falar sobre a condenação do acusado pela


suposta perda material.

Além disso, se os requisitos na tela forem razoáveis, a intenção do autor de reduzir


o período de aposentadoria de 24 anos (vinte e quatro) para 18 anos (dezoito) é
estrita, ou seja, o menor atinge a idade adulta.
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III DA AUSÊNCIA DE DANOS MORAIS

E, finalmente, não há razão para a solicitação sobre dano moral.


Como é verdade, o dano moral ocorre quando um direito da personalidade é
violado.
Nas espécies, no entanto, não há evidências de danos a nenhum direito de
personalidade.
Especialmente porque a gravidez, por si só, não constitui um nexo de causalidade
capaz de dar origem ao dever de indenizar, de modo que era essencial que a falta
de informação fosse adequadamente demonstrada.

Neste exato sentido é o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do


Paraná:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO.
DANO MORAL. (LIGADURA TUBÁRIA BILATERAL) CIRURGIA DE
LAQUEADURA. MÉTODO CONTRACEPTIVO QUE NÃO
DESCARTA A POSSIBILIDADE DE GRAVIDEZ POSTERIOR.
FALIBILIDADE DO PROCEDIMENTO. INFORMAÇÃO E
ORIENTAÇÃO MÉDICA. DESCUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL.
DEPOIMENTOS MÉDICOS, INEXISTÊNCIA. PROVA
TESTEMUNHAL. UNÍSSONOS. ARTIGO 373, I, DO CÓDIGO DE
PROCESSOÔNUS DA PARTE. CIVIL. AUSÊNCIA DE NEXO
CAUSAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO
NÃO PROVIDO.
(TJPR - 2ª C.Cível - 0000525-57.2017.8.16.0036 - São José dos
Pinhais - Rel.: Stewalt Camargo Filho - J. 09.11.2018)

No presente caso, não há nexo de causalidade que conecte a conduta do réu a


qualquer “dano” sofrido pelo autor, tendo em vista o fato de que a demandada a
informou sobre as chances de fracasso do procedimento, como demonstrado
exaustivamente acima, incluindo provas escritas com o conhecimento expresso do
demandante e de seu marido/companheiro.

Da mesma forma, o valor buscado pelo autor mostra-se absolutamente alto.

Agora, não há parâmetro ou referência no quantum sugerido de cem salários


mínimos, que, para valores atuais, se aproximaria do montante de R$100.000,00.
valor aplicável a situações extrapatrimoniais extremamente graves, como morte ou
lesões danos físicos irreversíveis.
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Portanto, sob qualquer ângulo, não é necessário falar sobre a condenação do


acusado de pagar indenização por danos morais.

IV- DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

A sentença condenou o apelante ao pagamento de honorários sucumbenciais,


nos seguintes termos:

“(...)

Havendo sucumbência recíproca, condeno as partes


ao pagamento das despesas processuais, pro rata. No tocante aos
honorários advocatícios, fixo em 10% do valor da causa, nos termos do
art. 85, § 2º, do CPC/2015, observada a mesma proporção acima.
(...)”.

Ocorre que o arbitramento da forma como ocorreu

merece reparos, eis que o valor deverá ser estipulado em relação ao valor da
condenação, que no caso, foi de R$ 20.000,00, conforme prescrito no citado art. 85,
§ 2º, do CPC:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.

(...);

§ 2º. Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo


de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa, atendidos:

Assim, há de ser reformada a sentença, eis que


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mensurado o valor do proveito econômico da parte, devendo ser arbitrados em


sobre o valor da condenação.

V - REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer seja o presente recurso

conhecido e provido, para o fim de ser reformada a sentença de primeiro grau,


julgando-se improcedentes os pedidos da apelada, nos termos da fundamentação
acima.

Em caso de manutenção da sentença, pugna o

apelante pela minoração do valor arbitrado à título de danos morais, bem como pela
fixação dos honorários sucumbenciais em razão do valor da condenação.

Nestes Termos,

Pedem Deferimento.

Telêmaco Borba, 09 de dezembro de 2019.

RIVALDO CABRAL JERONIMO


13

OAB/PR XX.XXX

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