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Para tratar a dor que a paciente vem sentindo, levando em consideração a sintomatologia da

mesma e etiopatologia, os fármacos de ação imediata mais recomendados são os


Antinflamatórios não esteroides(AINE), pois estes quando utilizados como analgésicos são
habitualmente eficazes contra a dor leve e moderada como é o caso da paciente.
Os AINE são fármacos que inibem a produção enzimática das prostaglandinas, atuando sobre a
atividade das Cicloxigenases-1(COX-1) E Cicloxigenases-2(COX-2).
Embora seus efeitos gerais sejam mais brandos, não apresentam tantos efeitos indesejáveis no
Sistema Nervoso Central como os analgésicos opióides.
Basicamente a dor é causada devido o recrutamento de células inflamatórias como o TNFα, IL-
1 e IL-8 que liberam prostaglandinas e outros mediadores para a lesão promovendo assim a
Hiperalgesia(aumento da sensibilidade à dor). Os fármacos mostram-se particularmente
eficazes em situações como a descrita no caso, onde a inflamação induz sensibilização dos
receptores da dor a estímulos mecânicos ou químicos que normalmente são indolores. A dor
que acompanha a inflamação, e a lesão tecidual provavelmente resulta da estimulação local
das fibras de dor e do aumento da sensibilidade à dor, devido em maior parte à maior
excitabilidade dos neurônios centrais da medula espinhal.
Os AINE mais comumente utilizados em casos como esse são os Saliciliatos. Estes fármacos
combatem a dor de leve e moderada intensidade tendo melhor eficácia em regiões
tegumentares e menor eficácia nas víceras. São mais utilizados para este tipo de dor que
qualquer outra classe de medicamentos. Aliviam a dor em virtude de uma ação periférica,
porem também estão envolvidos em efeitos diretos ao Sistema Nervoso Central.
Seu uso prolongado não acarreta tolerância nem dependência. A toxicidade dos saliciliatos é
menor do que a dos analgésicos opióides.
Dentre os Saliciliatos, o mais utilizado é o Ácido acetilsalicílico que pode ser administrado em
adultos na posologia de 325mg à 650mg, a cada 4h em média por via oral. É um fármaco de
rápida absorção o que melhora sua eficácia.
Como alternativa ao Ácido acetilsalicílico, é utilizado o Paracetamol. O fármaco possui ação
analgésica e antipirético assim como o AAS, porem possui pouca atividade antinflamatória
deveido ser um inibidor fraco da COX na presença de altas concentrações de peróxidos
encontradas nas lesões inflamatórias. Possui rápida ação, tendo resultado em media após
30min. Pode ser administrado em adultos na posologia de 750mg(325mg a 1000mg) não
devendo exceder o limite de 4000mg/dia.
Os AINE proporcionam alívio sintomático da dor e da inflamação associados à doença, todavia,
não interrompem a progressão da lesão patológica do tecido, sendo recomendado um
fármaco de manutenção do tipo Glicocorticóide.
Como terapia de manutenção, é indicado o uso de um Glicocorticoide, fármaco que diminui a
formação das citocinas em particular a Th2, as quais recrutam e ativam os eosinofilos e que
são responsáveis por promoverem a produção de IgE e expressão dos receptores de IgE.
Também são capazes de induzir a Lipocortina, que inibe a produção de espasmógenos LTC 4 e
LTD4 e diminuir a síntese das quimiotaxinas leucocitárias, reduzindo assim o recrutamento e
ativação das células inflamatórias.
Estudos apontam que os glicocorticoides inibem o influxo de eosinofilos para o pulmão
induzido por alérgenos. Podem exercer um supra-regulação dos receptores β 2-adrenergicos,
diminuindo a permeabilidade microvascular, diminuindo a liberação de mediadores eosinifilos.
O tratamento a longo prazo com esteroides reduz a resposta da fase inicial a alergenos e
impede a asma induzido por exercícios.
Dentre as principais substancias utilizadas, destacamos o dipropionato de beclometasona, a
budesonida e o propionato de fluticasona, que são administrados por inalação, tendo efeito
total obtido apenas depois de vários dias de terapia. Também é indicado o uso de
hidrocortisona intravenosa em caso crise aguda.

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