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Diante da modernização da Justiça, o Ministério Público passou a iniciar sua relação

com a autocomposição, saindo da ideia de um Ministério Público demandista, que transfere a


solução dos conflitos para o Poder Judiciário, para um Ministério Público resolutivo, que atua no
plano extrajurisdicional, como um grande intermediador e pacificador dos conflitos sociais.
Diante desse contexto, deixa o Ministério Público de atuar como demandista,
ajuizando ações coletivas e transferindo ao Poder Judiciário a resolução dos conflitos, para se
tornar protagonista, indo além de suas funções basicamente processuais.
Nesse ponto, calha destacar que a atuação extrajurisdicional do Ministério Público
revela grande importância, pois amplia os meios de efetivação de políticas públicas e de interação
com a sociedade, fatores imprescindíveis para o fortalecimento e modernização da instituição.
Como exemplo, pode-se verificar os diversos Projetos trazidos pelo Ministério para
fortalecimento entre o órgão e a comunidade, permitindo uma maior intervenção e
acompanhamento dos promotores da realidade social, adotando-se políticas preventivas.
Esta mudança de posição demandista para a resolutiva exige do Ministério Público
uma mudança de paradigmas, em busca de uma rede de empreendedorismo popular, na qual o
cidadão participa ativamente na resolução dos diversos problemas sociais.
Sem dúvida, a construção de um Ministério Público resolutivo passa pela necessidade
de consolidar seu papel de agente transformador da realidade social, por meio da aproximação
com a sociedade e de uma atuação preventiva, prestigiando a sua condição de protagonista das
políticas públicas “de primeira grandeza”.

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