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QUERO UM LUGAR

QUE AQUEÇA
MINHA ALMA,
QUERO FAZER
DIFERENÇA NO
MUNDO

William Douglas
Amigos,

É minha intenção – e eu normalmente consigo o que quero – criar


uma comunidade de pessoas que interajam de forma amistosa e
positiva, compartilhando desafios, soluções, dores e alegrias. Estou
absolutamente convencido de que uma pessoa pode mudar o mundo
e de que várias pessoas juntas são exponencialmente mais poderosas
ainda.

Dentro desse propósito, tive a alegria de, nessa comunidade extraordinária


em formação, recém-nascida ainda, ler essa mensagem:

“Acho que me encaixo na parcela de pessoas que não sabem


ao certo o que querem. Atualmente vivo a situação da “virada de
mesa”, por assim dizer. Estou com 31 anos, casado, graduado e
concursado, mas durante toda a minha vida não encontrei algo,
no campo profissional, que me acendesse uma chama, que me
fizesse acordar com disposição mil, algo em que eu sentisse
que estava fazendo alguma diferença ao mundo. É complicado
não saber o que se gosta de fazer. Com base no momento que
vivo – o da indecisão/insatisfação –, de conversas com pessoas
próximas e queridas e de uma frustração profunda com o clima
de disputa e segregação que permeia o meio acadêmico, estou
por um fio de abandonar qualquer pensamento de seguir num
mestrado e doutorado na minha área e tentar uma graduação
nova. Esse primeiro vídeo me colocou para pensar muitos
pontos, e a isso registro meu muito obrigado!”

Compartilho com vocês minha resposta para o amigo. Ei-la:

2 QUERO UM LUGAR QUE AQUEÇA MINHA ALMA, QUERO FAZER DIFERENÇA NO MUNDO
Colega,

Eu só descobri ao certo o que quero aos 49 anos de idade, ou seja, ano


passado! Não tenha pressa.

Há dias em que ser juiz acende essa chama dentro do peito, noutros
dias apenas me irrita porque vejo quanta coisa poderia ser feita de um
jeito melhor, mais barato, mais rápido etc., tudo para mudar esse país,
e nada é feito. Eu sofro porque não tenho todo o poder de que preciso
para mudar essa realidade. Mas tenho o poder de me mudar e de mudar
o meu entorno, e isso já é extraordinário. O que eu mudo me torna
mais forte, ajuda alguém e pode influenciar uma mudança completa.
Isso já aconteceu antes, pode acontecer de novo: um movimento viral
de pessoas que querem mudar um lugar. Já deu certo antes, pode
acontecer de novo.

Nos dias em que ser juiz me aquece, amo ser juiz; nos que não me
aquecem, cumpro meu dever como tal, faço meu melhor e pronto.  Mas
eu tenho uma blindagem emocional, e isso é relevante: nesses dias,
aqueço minha alma com o ser pai, marido, militante do movimento
negro, cristão... Ou às vezes aqueço o dia com uma boa mesa, bom
vinho e amigos, rindo de nossas agruras, chorando juntos, rindo juntos,
confraternizando com pessoas que aquecem meu coração. Em suma,
criei tantos “oásis” que nunca poderei passar sede. O máximo que faço
é usar outro poço.

Então, se você sente essa sensação de insatisfação, calma, colega, pois


isto é parte da vida. Esses sentimentos são positivos, pois nos chamam
à reflexão e à ação. Davi, Rei de Israel, só se tornou quem foi porque
teve a oportunidade de enfrentar o gigante Golias. Eu celebro meus
gigantes inevitáveis porque eles me tornarão um homem melhor! (E
evito os gigantes evitáveis porque, afinal, já temos gigantes inevitáveis
suficientes! Falo sobre isso no livro “Como vencer Gigantes”, que escrevi
junto com Flavio Valvassoura e que foi publicado pela Editora Sextante,
um livro que ficou 11 semanas na lista de mais vendidos).

Sugiro que procure descobrir dentro do que já faz algo que o motive.
No meu pior dia como juiz, sei que posso fazer um processo andar e
tornar a vida de alguém melhor, ou pelo menos entregar a decisão de
que ele precisa para resolver sua vida, vencer, recorrer, desistir... o que
for, mas que depende de um movimento da 4ª Vara Federal de Niterói.
Então, no meu pior dia, quando nada mais me motiva, apenas quero não
prejudicar ninguém, não punir outra pessoa porque não estou bem. E
ajudar os outros aquece meu coração. Isso a gente é capaz de fazer em
qualquer lugar, por pior que seja ele. No mínimo, recebemos as pessoas
com um sorriso e atenção. Isso já é uma fortuna e um alívio consolador
para muitos.

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É muito bom querer fazer diferença no mundo. A maior parte das
pessoas pensa que para isso é preciso ser gênio, presidente, bilionário
ou famosíssimo. Não é. A gente pode fazer diferença no plano individual
de alguém. Como diz o Talmude, “quem salva uma pessoa salva toda a
humanidade” (vi no filme “A Lista de Schindler”, amei a ideia).

Aceite fazer diferença para uma única pessoa e você estará ajudando
toda a humanidade. Aceite fazer para uma, isso já basta. Mais que isso:
quando você aceita essas missões aparentemente pequenas, verá
que irá cada vez mais aquecendo sua própria alma e atingindo mais
pessoas. Eu comecei a ensinar a passar em concurso (depois a ter
sucesso profissional, ou oratória), depois a melhorar relacionamentos
etc. tudo no “um pra um”, e as coisas naturalmente foram acontecendo.
Hoje há momentos em que falo em rede para mais de 100 mil pessoas...
minha influência aumentou, mas tudo começou no “um pra um”. E se
continuasse no “um pra um”  eu, com a sabedoria que consegui adquirir
ao longo desses 50 anos, sei que já seria fantástico.

Enfim, colega, você pode aquecer sua alma todos os dias, qualquer
que seja o lugar em que estiver. Como diz Ted Roosevelt: “Faça o que
pode, com o que tem, onde você está”. Se fizer isso, se tratar bem as
pessoas, já estará fazendo diferença no mundo e deixando um legado.
Mas isso não impede que deseje mudar de espaço, crescer, conquistar.
Claro que não. Se sua alma se aquece por alguma outra coisa, vá em
frente. Nesse caso, aprenda a decidir se precisa mesmo “queimar seus
navios” ou se pode compatibilizar os territórios já conquistados e os por
conquistar.

Eu, por ter passado no concurso (gigante anterior, que escolhi


enfrentar),   consegui tempo e dinheiro para investir na minha editora,
depois na minha preparação para a maratona. Se tivesse abandonado
a magistratura não teria tantas condições de buscar essas outras
conquistas. Fiz as duas coisas aprendendo a organizar meu tempo. Parte
do dia era servidor público e no tempo livre ia me dedicando a construir
meus novos oásis.

Às vezes a gente precisa largar algo para pegar outra coisa, como ocorre
com os trapezistas, que se não largam a barra onde estão não podem
voar para a barra seguinte. Às vezes, podemos aplicar a citação de David
Lloyd George: “Não se salta um abismo com dois pulos pequenos”.

Quando é a hora de compatibilizar e quanto é a hora de saltar? Para


isso não existe uma regra pronta. Muitas coisas têm fórmula, receita de
bolo mesmo, outras não. Eu sempre tento construir o novo sem perder
o antigo. Mas no caso do casamento é diferente, por exemplo. Não dá
para construir um relacionamento baseado na confiança se estamos
investindo em dois “lugares” ao mesmo tempo e pelo menos um deles

4 QUERO UM LUGAR QUE AQUEÇA MINHA ALMA, QUERO FAZER DIFERENÇA NO MUNDO
está sendo enganado. Mas não vou falar disso, pois já está virando
“textão” e estou me desviando do tema.

Resumindo.

Você já pode aquecer sua alma e fazer diferença agora. E, mais: se não
fizer isso agora, onde está, não se iluda achando que fará depois, quando
estiver em um lugar “mais favorável”. Primeiro temos que florescer o
lugar em que estamos plantados, nem que seja um mínimo. Quando
florescemos onde estamos é que o vento pode levar nossas sementes
para outros campos. Como diz a Bíblia, quem é fiel no “pouco” será
colocado sobre o “muito”.

Outro ponto resumido: Avalie se precisa abandonar o velho para criar o


novo ou se pode ir fazendo construções simultâneas. Eu, e isso é uma
decisão muito pessoal e não há regra correta ou obrigatória, gosto de
tentar compatibilizar. Mas você é a única pessoa no mundo que pode
tomar a SUA decisão. Ouça muitos, de preferência pessoas de confiança,
sábias e/ou que o amam e/ou o  conhecem, mas no final tome a SUA
decisão. E, repito, não existe erro, só resultado; não existe fracasso,
só experiência (estas duas ultimas lições são da PNL – Programação
Neurolinguística, tema de outro livro meu, este com a colega Carmem
Zara).

Prosseguindo.

Se quiser, pode me responder isso: O que você gosta de fazer? Não tem
problema gostar de muitas coisas. E também vale a pena saber o que
não gosta de fazer (como disse na aula 1 de meu Workshop gratuito e
on-line sobre O PODER EXTRAORDINÁRIO), pois também precisamos
saber o que não gostamos, mas precisamos fazer).

Eu também vivo no mundo acadêmico e sei como é. Mas não ache que
vai ser muito diferente no serviço público, ou na iniciativa privada, ou até
mesmo em uma igreja. Muito menos em outro curso de graduação. Em
todos esses lugares os problemas mais graves serão os humanos.

Perdoe-me, mas a menos que essa graduação seja em outro planeta,


mudar de campo não vai resolver nada. Se existirem humanos, vai dar
“treta”. Ah, e se for para outro planeta, haverá um humano lá: você. E
isso é o suficiente para melhorar ou destruir aquele lugar. Uma pessoa
sozinha pode mudar tudo. Aqui ou em Andrômeda.

Um cuidado é saber que levamos dentro de nós todos os vírus positivos


e negativos que os humanos possuem. Se formos para outro planeta
levaremos os vírus conosco. Se aprendermos a lidar com nossos
fantasmas, nossos vírus, poderemos ficar aqui e também lidar melhor

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com os vírus do outro, até porque se temos o antídoto interno também
podemos inoculá-lo no outro. Ou ao menos estarmos imunes aos vírus
que já tratamos, às doenças das quais já nos curamos.

Como mentor, recomendo que aprenda a administrar a si e aos outros e


você não precisará mudar de lugar. Você terá o poder de mudar o lugar.
Ou caminhar entre as chamas sem se queimar, como fizeram Hananias,
Misael e Azarias (que receberam outros nomes na Babilônia: Sadraque,
Mesaque e Abednego), uma das histórias mais lindas da Bíblia).

Eu falo mais sobre esse poder de influenciar e de se blindar


emocionalmente ao longo de meu curso gratuito, não o perca. Se puder,
convide as pessoas que estão ao seu redor para assistir; tanto as que
gosta quanto, se conseguir, os invejosos e competitivos. Quem sabe
eles não melhorarão ouvindo que existe um modelo mais inteligente
e saudável? Vamos ter esperança. Convide as pessoas de uma forma
educada, gentil, leve... e vamos torcer (e eu também estarei orando) para
funcionar! Mas se não funcionar para elas, vai funcionar para você, pois
quer mudar, quer melhorar, e isso basta. Nós somos o nosso único aliado
indispensável.

Agradeço por me contar que a primeira aula o colocou para pensar


sobre muitos pontos. Espero que essa resposta seja útil para aprofundar
essa reflexão e produzir atitudes e decisões, e consequentemente,
ações transformadoras. Está sendo um prazer conversar com você e tê-
lo nessa comunidade.  Espero que um dia tenhamos o prazer de nos
encontrar pessoalmente.

Receba um extraordinário abraço do

William Douglas
Juiz Federal, Professor e Escritor

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