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Indice

1.Introdução.......................................................................................................................2
1.2 Metodologia.............................................................................................................2
1.3 Contextualização......................................................................................................3
2. Conceito.........................................................................................................................4
2.1 A comunicação nas relações de trabalho em organizações empresariais................5
2.2 A Comunicação Verbal............................................................................................7
2.3 A Comunicação Não –Verbal..................................................................................7
2.4 A Comunicação como Instrumento do Trabalho em Equipe...................................8
2.5 Vantagens de uma comunicação eficiente no trabalho............................................9
3. Conclusão....................................................................................................................10
4. Bibliografia..................................................................................................................11

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1.Introdução
Em qualquer trabalho, temos como instrumentos básico a comunicação, como
ferramenta para o alcance dos objectivos, no presente trabalho traremos uma abordagem
de uma forma geral da importância desse instrumento, deixando a conhecer os tipos de
comunicação assim como o meio usado para uma melhor comunicação virada para o
resultado, na medida em que o contexto hoje faz com que se de maior importância a
esse instrumento, as vantagens deste instrumento na sociedade na medida em que vai
sendo meio de alcance de resultado.

Cerqueira (2009) afirma que constantes movimentos, encontros, publicações têm


buscado colocar em cena a necessidade de se aprimorarem as habilidades
comunicacionais, entre vários outros aspectos, para se avançar em direção à melhor
qualidade dos serviços de saúde.

A comunicação está presente na vida de todas as pessoas e, é por meio do diálogo, que
as pessoas conseguem interagir e se expressar, sendo assim necessário para o
enfermeiro refletir sobre os mecanismos que serão utilizados para se comunicar com os
pacientes, de forma a alcançar melhorias na sua assistência. Desse modo, entender
mecanismos de um processo de comunicação que irá auxiliar um desempenho melhor
para com o cliente é tão importante quanto se empenhar para melhorar a comunicação,
isto é, o relacionamento entre os próprios membros da equipe de enfermagem (SILVA,
2006).

1.2 Metodologia
Trata-se de um estudo teórico-reflexivo, com análise da literatura expressa em artigos
científicos, selecionados no Google Acadêmico e na base de dados Scielo, acerca da
comunicação como instrumento de trabalho, com a utilização das palavras-chave:
Comunicação, relações interpessoais, para o encontro dos artigos, foram apresentadas e
selecionadas literaturas que possuem mais de dez anos devido a escassez na literatura
sobre a temática. O tema selecionado foi a comunicação como instrumentos trabalho,
em especial a comunicação, com vista a refletir na turma com os demais colegas, tendo
em conta o seu papel no exercício de qualquer actividade.

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1.3 Contextualização
A empresa capitalista tem passado por uma reestruturação produtiva contínua e busca
ganhar forças por meio de novas formas de organização e gestão da produção na
realização do trabalho. O encontro do taylorismo com o fordismo mostrou-se, durante
quase todo o período do século XX, como a forma racionalizada do processo de
organização do trabalho mais bem desenvolvida. Com base numa linha rígida de
produção, envolvendo clara divisão de tarefas, forte hierarquização de autoridade,
produção em série, repetição de atividades desenvolvidas pelos trabalhadores de forma
mecânica em tempo cada vez mais reduzido, este padrão produtivo iniciou-se nas
indústrias automobilísticas norte-americanas e difundiu-se por outros países capitalistas.

Em apoio ao processo de racionalização do trabalho nesse mesmo período, a chamada


"escola das relações humanas", cujo mais célebre representante foi o norte-americano
Elton Mayo, e a psicologia aplicada (também conhecida por "psicologia industrial")
inseriram o "fator humano" nos modos de conceber a "administração de pessoal".

Dentro dessa abordagem, seria preciso considerar o trabalhador como um "ser social",
dotado de "sentimentos" e de necessidades "psicológicas". Seus adeptos consideraram
que a motivação, a comunicação e a supervisão poderiam criar na empresa um "clima"
propício ao comprometimento de interesses entre patrões e assalariados, ao mesmo
tempo, fonte de satisfação no trabalho e de produtividade (DESMAREZ, 1986). No
entanto, conforme explica Henry Braverman (1987), o movimento das "relações
humanas" e a psicologia aplicada não questionaram a organização do trabalho proposta
pela "administração científica", mas, ao contrário, apresentaram um novo elemento - o
"fator humano" - para conseguir a colaboração dos trabalhadores em prol da realização
do trabalho com base nos critérios já estabelecidos pelos métodos tayloristas.

A partir da modernização dos modelos produtivos e das relações de trabalho no


contexto pós fordista, apoiada em formas mais "flexíveis" de organização e gestão do
trabalho que se desenvolvem a partir dos anos 1970, a comunicação começa a ser
intensamente demandada pela direção de empresas. As novas tecnologias de
informação, criadas no contexto de aceleração da mundialização de mercados,
contribuem para a configuração de novos métodos de produção e de novas maneiras de
consumo. Sobretudo, é neste momento que a atividade de comunicação e suas

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estratégias são concebidas de forma mais evidente como um instrumento para a
mobilização da subjetividade de trabalhadores e trabalhadoras, no sentido de envolvê-
los em prol da lógica de trabalho articulada pela classe dirigente. Entretanto, isso não
significa que nos modelos de trabalho anteriores a relação "comunicação-poder"

2. Conceito
A comunicação (do latim communicatio.onis, que significa "acção de participar") é um
processo que envolve a troca de informações entre dois ou mais interlocutores por meio
de signos e regras semióticas mutuamente entendíveis. Trata-se de um processo social
primário, que permite criar e interpretar mensagens que provocam uma resposta.

A comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, as telecomunicações), biológicos


(por exemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo,
relações públicas, publicidade, audiovisual e mídia). No processo de comunicação em
que está envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedia os locutores, diz-se que
há uma comunicação mediada.

Para a semiótica, o ato de comunicar é a materialização do pensamento/sentimento


em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Esses símbolos são transmitidos e
reinterpretados pelo receptor. Também é possível pensar em novos processos de
comunicação, que englobam as redes colaborativas e os sistemas híbridos, que
combinam comunicação de massa e comunicação pessoal.

A comunicação é uma das principais competências necessárias a todo o ser humano,


principalmente no mundo em que se vive, numa época de constantes mudanças, em que
as empresas dão cada vez mais valor a isso. É uma competência fundamental para o
profissional que quer obter sucesso no mercado de trabalho.

Ademais, as novas tendências de mercado, e os avanços tecnológicos aumentaram a


importância do domínio da comunicação no ambiente de trabalho, seja ela escrita ou
oral. Hoje o mercado está cada vez mais exigente. Assim, o profissional precisa sempre
aprimorar a boa comunicação, fazendo cursos específicos, como: falar em Público,
cursos de língua portuguesa e etc.

Comunicar bem é também ver, ouvir e sentir, uma vez que a mensagem transmitida
pode informar, ensinar, educar, motivar ou desmotivar e etc.

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No ambiente de trabalho, um bom relacionamento interpessoal, umas boas
comunicações são essenciais em diversos momentos: na hora de enviar comunicados
por e-mail ou transmitir de forma oral, repassar tarefas que os colaboradores devem
desenvolver, assim como dar treinamentos específicos na área, sendo de suma
importância que os profissionais estejam atentos para que transmitam as mensagens de
forma clara, objetiva e simples, pois utilizar palavras que ninguém conhece demonstra
superioridade. Além disso, é preciso tomar cuidado com a escrita, deve-se sempre ser
cordial e evitar ambiguidade de sentidos.

A consequência de uma falha na comunicação pode acarretar conflitos e


desentendimentos no ambiente de trabalho, trazer abalos à equipe, impactando no
desempenho e na produtividade dos profissionais, além de interferir diretamente no
negócio da empresa, resultados e por fim no próprio lucro dela.

Por fim, a área de Recursos Humanos exerce um papel importante nas empresas, pois
possuem ferramentas para estimular esses profissionais, por meio de feedbacks para que
possam desenvolver e aprimorar habilidade de se comunicar bem. Muitas vezes não há
comunicação entre o próprio gestor e seu subordinado.

Dessa forma, como ficou demonstrado uma boa comunicação é elemento fundamental
para o sucesso. Os profissionais não devem ter medo de expor suas ideias, apenas
devem estar atentos para falar de forma a serem compreendidos, ou seja, de maneira
clara e objetiva

2.1 A comunicação nas relações de trabalho em organizações empresariais


Ao recorrermos à literatura brasileira centrada em discutir a comunicação em
organizações, percebe-se que a opção de grande parte de seus autores tem pensam a
comunicação dentro de um contexto de "gestão estratégica"6 . A comunicação, dentro
dessa abordagem, é planejada e avaliada constantemente, segundo as necessidades da
configuração administrativa da empresa e, sobretudo, em compasso com as formas
atualizadas de gestão e organização do trabalho. Tal perspectiva, hegemônica nos
estudos de "comunicação interna", oculta e revela sentidos basilares das relações de
força e de poder constitutivas da atividade de comunicação nas relações de trabalho em
organizações. A "comunicação interna" desenvolve-se como uma resposta à expectativa
de empregadores e gestores em racionalizar a comunicação de maneira a estabelecer um

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controle social dos trabalhadores nas organizações. O interesse principal é regular as
reivindicações e as contestações sociais dos empregados, isto é, atenuar, neutralizar e
tentar eliminar todo o

Conforme esta abordagem, os pesquisadores franceses Stéphane Olivesi (2006) e


Bernard Floris (1996) afirmam que a comunicação nas empresas é concebida como uma
ferramenta do "management", inserida numa trama de poder que nega a luta de classes.
Desse modo, pensar a comunicação de empresas exige pensar as relações de força e de
coerção que integram as formas de gestão e organização do trabalho e,
consequentemente, os conflitos e as contradições que constituem as relações de
trabalho. Geralmente, sob a perspectiva da "comunicação interna", a empresa é
reconhecida como um sistema organizacional autossuficiente, encerrado em si mesmo,
que, por si só, dá conta da resolução dos conflitos inerentes às relações interpessoais e
às relações de trabalho que o integram. Ignora, portanto, outras institucionalidades que
fazem parte do mundo do trabalho.

A empresa, como um sistema organizacional, apresenta determinadas dimensões que


fazem dela um componente fundamental na configuração atual do mundo do trabalho. A
socióloga Danièle Linhart (2010, p. 16-18) apresenta-nos três dessas dimensões.

A primeira delas refere-se ao funcionamento interno da empresa. Trata-se de um espaço


onde se articulam suas diferentes funções e atividades e onde as múltiplas lógicas
profissionais são conciliadas em prol do objetivo de assegurar a rentabilidade e a
sobrevivência da organização empresarial.

A segunda dimensão diz respeito à organização do trabalho stricto sensu. Toda empresa
estabelece um lugar onde se organiza o trabalho. Assim, a empresa delimita o modo de
cooperação de seus membros e define a divisão e organização do trabalho em seu
âmbito interno. A terceira dimensão diz que toda empresa é um conjunto coordenado de
pessoas e produtora de um "laço social" composto de normas e padrões formais e
informais, de contradições e conflitos. E como um sistema de organização e de
mobilização de seus recursos a favor de seu objetivo de rentabilidade e de
sobrevivência, a empresa - conforme afirma Linhart (2010) - usa esse "laço social" para
desenvolver suas estratégias e torná-las eficientes. A socióloga indica, portanto, a
terceira dimensão do sistema organizacional da empresa como aquela das relações

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sociais, ou seja, "os modos ideológicos e culturais de controle e de mobilização dos
trabalhadores" (LINHART, 2010, p.18, tradução nossa).

2.2 A Comunicação Verbal


A comunicação verbal refere-se à linguagem escrita e falada, aos sons e palavras que
usamos para nos comunicarmos. A fala é considerada defeituosa quando a comunicação
não é efetiva, seja porque a maneira de falar distrai a atenção do que é dito, seja pelo
constrangimento do emissor diante de sua própria dificuldade de falar. Como principais
causas das deformações da fala tem-se as orgânicas (fenda palatina, problemas
auditivos, lesões cerebrais, entre outras) e as funcionais (falhas na aprendizagem e
bloqueios emocionais) (BACHION, 1991; PAES DA SILVA, 1996).

Quando interagimos verbalmente com alguém tentamos nos expressar, clarificar um


fato ou validar a compreensão de algo. A não validação da comunicação é uma das
causas da falta de compreensão entre as pessoas.

A linguagem também é fortemente influenciada pela cultura. Gamble & Gamble (1987)
afirmam que a linguagem é um sistema unificado de símbolos e sinais, que permite o
compartilhamento de significados. Para cada um, a informação terá um sentido
diferente, pois os membros de uma cultura são portadores de diferentes histórias de
vida, perfis culturais, profissionais, ideológicos ou políticos (OLIVEIRA, 2000). Porém,
para pessoas que trabalham num mesmo grupo, alguns signos precisam ter os mesmos
significados para que se possa obter uma resposta comum

2.3 A Comunicação Não –Verbal


O estudo do não-verbal pode resgatar a capacidade das pessoas de perceber com maior
precisão os sentimentos, as dúvidas, as dificuldades de verbalização do outro,
facilitando a interação. Em pesquisas sobre comunicação não-verbal feitas por Edwards
& Brilhart (1981) concluiu-se que apenas 7% dos pensamentos são transmitidos por
palavras, 38% são transmitidos por sinais paralinguísticos (entonação de voz,
velocidade com que as palavras são ditas) e 55% pelos sinais do corpo.

A comunicação não-verbal envolve todas as manifestações de comportamento não


expressas por palavras. Também pode ser definida como toda informação obtida por
meios de gestos, posturas, expressões faciais, orientações do corpo, singularidades

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somáticas, naturais ou artificiais, organização dos objetos no espaço e até pela relação
de distância mantida entre os indivíduos. A percepção do não-verbal aumenta as
possibilidades de avaliações mais precisas das mensagens emitidas (DOBBRO et al,
1998). O toque é, talvez, um das mais importantes facetas da comunicação não verbal,
pois, é um dos meios mais concretos de transmitir nossos sentimentos de empatia e
confiança (STEFANELLI, 1990). Entretanto, todas essas manifestações só podem ser
examinadas no contexto em que ocorrem porque a sua significação está diretamente
vinculada a este

2.4 A Comunicação como Instrumento do Trabalho em Equipe


Ribeiro et al (2004) ratifica que o trabalho em equipe de modo integrado significa
conectar diferentes processos de trabalhos envolvidos, com base em um certo
conhecimento acerca do trabalho do outro, valorizando a participação de todos na
produção de cuidados. É construir consensos quanto aos objetivos e resultados a serem
alcançados pelo conjunto dos profissionais, bem como quanto à maneira mais adequada
de atingi-los.

Para muitos indivíduos, um grupo é constituído por um conjunto de pessoas que se


reúnem em um determinado espaço de tempo e lugar, tendo um objetivo em comum.
Contudo essa representação deixa de contemplar algo que é essencial na constituição de
um grupo, que é o que o diferencia de uma serialidade, no sentido de que cada sujeito
numa série seria equivalente ao outro sem diferenciação. Numa série pressupõe-se uma
não relação entre as pessoas, um não vínculo. Todo vínculo requer relações
intersubjetivas e, portanto, a existência de um processo de comunicação entre seus
integrantes, além da aceitação e apoio do outro enquanto ser pensante e autônomo
(FERRAZ, 1998; PEDUZZI, 2000).

Para Enriquez (1991) a idealização, a ilusão e a crença constituem a base de sustentação


de um grupo. Os integrantes de um grupo precisam compartilhar um mesmo ideal; as
representações do imaginário comum e os desejos devem ser afetivamente sentidos; e,
além disso, o ato de crer possibilita a certeza excluindo a questão da verdade.

O conceito de equipe possui relativamente raras definições e concepções. O


levantamento bibliográfico feito na base de dados Medline e Lilacs por Peduzzi (2001)
mostrou predominância da abordagem estritamente técnica, em que o trabalho de cada

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área profissional é apreendido como um conjunto de atribuições individuais. Em 1998,
Peduzzi define, etimologicamente, equipe como estando associada à realização de um
trabalho compartilhado entre vários indivíduos que tem um objetivo comum a alcançar.

O sucesso é o trabalho coletivo. A autora, com base nessa distinção, propõe duas
modalidades de trabalho em equipe: equipe agrupamento, em que ocorre a justaposição
das ações e o agrupamento dos agentes; e equipe integração, em que ocorre a
articulação das ações e a interação dos agentes. Essas duas modalidades de trabalho em
equipe se distinguem pelas formas de comunicação, autonomia, poder,
intersubjetividade entre os agentes e construção de um projeto assistencial comum. O
trabalho em equipe constituiria uma prática em que a comunicação entre os
profissionais faz parte do exercício cotidiano do trabalho e os agentes operam a
articulação das invenções técnicas por meio da mediação simbólica da linguagem.

2.5 Vantagens de uma comunicação eficiente no trabalho


Vale ressaltar aqui que, manter uma via aberta de comunicação eficiente não significa
exagerar na quantidade de informação, porque quando um colaborador é exposto a uma
quantidade desnecessária de conteúdo, ele pode acabar sentindo-se desmotivado.

Por outro lado, quando ocorre troca de informação necessária e tudo o que é repassado
aos colaboradores é interpretado de forma correta, os resultados são:

 soluções mais eficientes;

 ideias novas e lucrativas;

 estratégias cumpridas dentro do prazo;

 conhecimento compartilhado; e

 informação de qualidade, por exemplo.

Lembrando sempre que é preciso ser objetivo, para que os seus ouvintes consigam
compreender aquilo que é falado, fechando as portas para eventuais falhas.

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3. Conclusão
Nos dias de hoje é muito difícil encontrarmos um ofício, uma ocupação, uma profissão,
um emprego que não demande do trabalhador sua participação nas relações de
comunicação de organizações onde atua. Exige-se do empregado que assimile
informações emitidas dentro e fora da empresa, que opine, que coopere, que construa
conhecimento, que questione decisões pouco produtivas, que esteja em interação
constante com as chefias e com outros trabalhadores na organização, que esteja
preparado para responder aos questionamentos dos consumidores e de outros grupos da
sociedade quanto às políticas empresariais que envolvem o desenvolvimento de seu
trabalho. Se por muito tempo o uso da comunicação foi considerado sem utilidade na
avaliação do rendimento do trabalhador devido à predominância do modelo
taylorista/fordista na gestão e organização do trabalho em empresas, em que a palavra e
a fala eram interditadas, atualmente, saber "comunicar-se" é um dos requisitos mais
significativos ao bom desempenho do funcionário, sob a ótica de seus empregadores e
do "management".

Nossas pesquisas têm demonstrado que estudar a comunicação que emerge do mundo
do trabalho requer considerar a actividade de comunicação como uma actividade
essencialmente humana, mediada principalmente pela atividade de trabalho. Nossa
ótica, compreende que o trabalho continua sendo o principal factor que norteia as
relações sociais, as quais são constituídas pela própria comunicação. A partir disso,
procuramos entendê-las dentro de um processo histórico calcado pelo embate de forças
hierarquizadas.

Sob este viés, os processos comunicativos, mais do que simplesmente processos de


relação entre as pessoas ou mecanismos de distribuição de informação, são considerados
um instrumento político no confronto de interesses entre os atores que participam do
mundo do trabalho, sejam eles indivíduos ou institucionalidades.

E a predominância das relações de forças, de um ou de outro, materializam-se


essencialmente em certas práticas ou formas de comunicação. Nesta perspectiva, ao
concebermos a atividade de comunicação como atividade humana, ou seja, o resultado
das relações dos homens com outros homens e com a natureza, então, nos parece
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coerente compartilhar da ideia de que comunicação é algo que ultrapassa o conceito de
transmissão de informação. A comunicação, deste modo, não se resume e nem se
confunde a uma ferramenta ou um instrumento na realização de tarefas na atividade de
trabalho.

4. Bibliografia
BERLO, D.K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. 10ª ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2003.

CERQUEIRA, A. T. A. R. Interface- Comunicação, Saúde, Educação, Rev. Interface,


v.13, n.29, 2009.

MARTINHO, L.C. De qual comunicação estamos falando? In: Hohlfeldt, A; Martino,


LC; França, VV, organizadores. Teorias da comunicação: Conceitos, escolas e
tendências. 9ª ed. Rio de Janeiro: Vozes; p. 11-25, 2010.

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do


trabalho. São Paulo: Boitempo Editorial, 1999.

BOUTET, Josiane. La vie verbale au travail. Des manufactures aux centres d'appels.
Toulouse: Octarès Éditions, 2008.

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