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Secretaria Municipal da Educação

Diretoria de Ensino Educação Infantil


CEI Léa Leal de Souza.

AÇÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA: ARTE CONTEMPORÂNEA!


Professora: Glauce Gisele Maciano Pereira.
Agentes: Maria Marília Felipe e Mariana C. C. Santos Correia.
Turma: Berçário 1A
Cronograma: Novembro/2021
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM A SER
(BNCC) DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIDAS
(BNCC/DMEI)
O eu, o outro e o nós (EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de - Pintura sensorial: manusear sacos plásticos
seu corpo nas brincadeiras e interações das quais com bolinhas de gel e tintas de cores variadas,
criando assim, efeitos únicos;
participa.

Espaços, tempos, quantidades, - Obra de arte com colagem: utilizando o


relações e transformações (EI01ET04) Manipular, experimentar, arrumar e explorar espelho da sala como base, fixar, remover e
o espaço por meio de experiências de deslocamentos de manusear pedaços de papel colorido com fita
adesiva;
si e dos objetos.

Traços, sons, cores e formas - Desenho com carvão em papel fixado no


(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, chão;
usando instrumentos riscantes e tintas.

Corpo, gestos e movimentos (EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e - Exploração sensorial com elementos da
lançamento, ampliando suas possibilidades de manuseio natureza: pedras, galhos, folhas e flores
de diferentes materiais e objetos.
Secretaria Municipal da Educação
Diretoria de Ensino Educação Infantil
CEI Léa Leal de Souza.

AÇÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA: ARTE CONTEMPORÂNEA!


Professora: Glauce Gisele Maciano Pereira
Agentes: Maria Marília Felipe e Mariana Cecília Crispim Santos Correia.
Turma: Berçário 1A
Cronograma: novembro/2021
REGISTRO DOS APONTAMENTOS DO GRUPO

Iniciamos nossas vivências acerca da arte contemporânea, manuseando sacos plásticos com bolinhas de gel e tintas de cores variadas
em seu interior. Dispostos na mesa da sala, as crianças puderam descobrir as características e propriedades do material apalpando o mesmo,
passando os dedos, chacoalhando, colocando na boca e batendo sobre ele, sempre demonstrando interesse pelo momento. Com o espalhar das
tintas, belas formas foram aparecendo, criando efeitos variados e translúcidos nos plásticos. Foi um momento de interação constante entre o
grupo, trocando os saquinhos entre sí e descobrindo novas cores.
Outra vivência realizada, incluiu a montagem de uma obra, utilizando o espelho da sala como base para fixar coloridas formas
geométricas de diversos tamanhos. Tais formas foram coladas com fita adesiva, com a observação das crianças. Em seguida, foram incentivados
a explorar o espaço, descolando as peças e colando novamente em outros lugares. Demonstraram curiosidade com a fixação da fita adesiva.
Passando a mão pela mesma, fixando formas no chão e nas próprias roupas. Algumas crianças, colaram várias peças umas sobre as outras,
explorando demais possibilidades.
Outro momento que merece destaque, teve como protagonista, pequenos pedaços de carvão, que foram explorados pelas crianças
com interesse, para desenhar em papéis fixados no chão da sala. Garatujas rapidamente se formaram e algumas crianças foram além,
descobrindo o próprio chão da sala como base para desenho e partes do corpo, como mãos e pernas. A percepção de que ao segurar o carvão, o
mesmo deixava pigmentos pelas mãos, causou espanto e curiosidade em algumas crianças.
Como última vivência, podemos destacar o manuseio de elementos da natureza, proporcionando um momento sensorial único.
Gravetos, pedrinhas, areia, flores e folhas secas, foram exploradas com entusiasmo. Numa base fixa com tais elementos, o grupo descobriu
passando as mãos, as texturas variadas e as cores contrastantes. Em outro momento, numa base móvel, puderam escolher elementos para
arremessar, apertar, chacoalhar e enterrar na grama, sendo possível fazer muitas descobertas interessantes. Os bebês sempre demonstram
curiosidade por todo e qualquer material que lhes seja apresentado de forma lúdica e convidativa. Dessa forma, nosso trabalho envolve sempre o
encantamento pelas coisas, transformando a rotina num momento acolhedor e interessante.

Registro em fotos!
Secretaria Municipal da Educação
Diretoria de Ensino Educação Infantil
CEI Léa Leal de Souza.
Professora Glauce Gisele Maciano Pereira.

Resumo do artigo: Materiais da/de Arte para as crianças

A arte que circula a mais de cem anos no mundo e a arte escolar encontram-se muito distantes uma da outra. Deve-se então refletir
sobre os materiais da arte tradicionais e os materiais que geralmente as escolas disponibilizam às crianças. A cena pedagógica em arte, poderia
partir da investigação dos materiais e não apenas oferece-los às crianças como única possibilidade de realizar certo tipo de trabalho. O próprio
material já pode ser o trabalho em si. Valorizar os processos e não apenas o resultado final, permite que desde a infância construa-se outro tipo de
percepção sobre as coisas.
Dessa forma, nós como educadores, devemos pensar fora dos padrões, deixando de utilizar apenas materiais óbvios para a arte, como
papéis e instrumentos riscantes, para descobrir outras infinitas possibilidades de aprendizado.
Os materiais da arte são veículos para formulação de ideias. A partir do século XIX, os modos de produzir arte foram radicalmente
modificados, passando a considerar outras linguagens como manifestações artísticas. No período atual, nas exposições de arte contemporânea,
há uma infinidade de materiais de uso cotidiano compondo as obras, como brinquedos, panelas, gelo, nuvens, roupas, cabelos, revistas,
elementos da natureza e tudo mais que puder ser matéria prima para a criatividade.
Alguns artistas apropriaram-se de materiais banais, desconstruindo significados e passando a ver tais objetos de outra forma. Objetos
em uma prateleira de bazar, são apenas objetos de uso, mas se agrupados de outras formas, passam a ter outra ressonância.
As crianças também fazem apropriações com objetos, atribuindo outros significados a eles e criando narrativas inusitadas. Entretanto,
raramente a escola percebe a proximidade entre o pensamento poético das crianças com o dos artistas de hoje.
Por muito tempo, chamamos os materiais tradicionais das artes como “Materiais expressivos”, entendendo assim que eles configuravam
um dos principais atributos da produção em arte: expressar algo a alguém. Com as mudanças operadas no campo da arte no século XX, essa
expressão entendida como transmissão de sentimentos do artista ao público, deixou de ser uma das principais características e outas passaram a
ser atribuídas às obras de arte: deslocar pensamentos, provocar indagações, produzir diferentes interpretações, etc.
Nos contextos escolares, circulam algumas denominações para os materiais de arte, como “materiais de longo alcance” e “Materiais não
estruturados”, que incluem materiais comuns, sucatas e elementos da natureza. De qualquer forma, não basta apenas oferecer materiais
convencionais e não convencionais para as crianças. É preciso criar uma cena pedagógica ao oferece-los, explorando as possibilidades e
potencialidades deles.
No campo do desenho, os materiais riscantes tradicionais passaram a ser explorados de outros modos e o papel passa a ser apenas
mais um suporte entre tantos outros. Para que o desenho modifique-se na escola, é necessária uma atualização do que são os materiais e o
desenho hoje e para tanto, uma atualização de repertórios é fundamental.
O uso das tintas também foi inovado na arte contemporânea, e da mesma forma como a arte de hoje busca novos instrumentos, a
escola também necessita atualizar-se e buscar experimentar objetos não pensados inicialmente para esse fim.
Também é fundamental prestarmos atenção o quanto meninos e meninas influenciados pelas pedagogias culturais, deixam de
experimentar materiais, cores e modos de organização em suas produções. Um dos caminhos possíveis é ampliar esses repertórios, colocando as
crianças em contato com produções de arte que não apresentam marcadores de gênero.
Pesquisa e conhecimento acerca do tema, demandam tempo, que pode este ser o próprio tempo com as crianças ao ar livre, na sala de
referência, nos corredores, nas janelas, etc.

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