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USO DA TECNOLOGIA NAS ARTES VISUAIS EM SALA DE AULA. TECHNOLOGY USE IN VISUAL ARTS IN THE CLASSROOM DOI - http://dx.doi.org/10.5965/198431781122015141 Marcia Elena Pinto Couto~ UNOCHAPECO, Mareela do Prado - UNOCHAPECO. RESUMO Neste artigo compartilham-se algumas experiéncias referentes as tecnologias em sala de aula, enfatizando 0 uso da méquina fotogréfica no ensino das Artes Visuais. Foram trabalhadas priticas referentes ao assunto em quatro niveis de ensino: educagao infantil, ensino fundamental, ensino médio e nfo formal, no municipio de Maravilha - SC entre escolas municipal © estaduais. Estas priticas estio presentes como eixo norteador do. processo ‘ensino/aprendizagem em arte: viswalizagdo, concentragao, criatividade no processo artistico do aluno, Desse modo, as tecnologias foram inseridas como ferramenta pata 0 desenvolvimento do trabalho em sala de aula (técnicas de inveneao e producdo de imagens). Estas experiéncias serviram para aproximar os alunos das tecnologias em sala de aula. Trabalhar com a fotografia possibilitow aos alunos a redescoberta da luz ¢ luminosidade fazendo com que conseguissem exercitar a expressao e sua criatividade frente ao tema proposto. PALAVRAS CHAVES: wutorretrato, Body art, Tecnologia na Educacao ABSTRACT Share this article are some experiences related to technology in the classroom, emphasizing the use of the camera in the teaching of Visual Arts. practices have been worked on the topic in four levels of education: early childhood education, primary education, secondary education and non-formal, in the Wonder-SC municipality between mmnicipal and state schools. These practices are present as a guiding principle of the teaching / learning process in art: visualization, concentration, creativity in the artistic process of the student. Thus, the technologies have been inserted as a tool for development work in the classroom (technical invention and production of images). These experiences served to bring together students of technology in the classroom. Working with photography made it possible for students to rediscover the light and brightness making they could exercise their creativity and expression against the proposed theme. KEYWORDS: Self Porttat, Body art, Technology in Education Apresentagio Vive-se em uma sociedade que passa por uma transformagio, que pode se chamar de humanizagao das tecnologias, que desafia o professor a tornar suas aulas mais dinamicas através do uso das tecnologias, segundo Diana Domingues (1997). 141 Deste modo, os profissionais da educagio necessitam rever sta metodologia em sala, conseguindo, assim, estimular os alunos 4 curiosidade ¢ a criatividade, bem como, espertar um olhar mais critieo nas aulas. Este artigo tem como tema “O uso da tecnologia nas artes visuais em sala de aula”, levando em considerag4o o cenatio atual no Ensino Médio, baseando-se no uso de novas tecnologias no cotidiano dos alunos. A problematizagao foi pensada em como articular o uso da tecnologia com o ensino e aprendizagem das artes visuais em sala de aula, Tendo como objetivo geral desenvolver novas propostas de trabalho com as tecnologias nas aulas de artes. A escolha do tema justifica-se porque vive-se em uma era digital em que as tecnologias estio cada vez mais presentes, a escola nao pode deixar de aproveitar estas ferramentas nas aulas, agregando mais conhecimento e inovando as aulas de artes, portanto, desenvolvendo no aluno habilidades para se expressar através da tecnologia de forma criativa ¢ auténoma. Este artigo traz uma reflexio de como usar pedagogicamente dispositivos eletrénicos que os alunos utilizam no seu dia-a-dia, proporcionando um olhar diferente sobre estas ferramentas. Contempla-se um breve histérieo da evolugao das tecnologias, além de uma contextualizagdo de como desenvolver uma pritica diferenciada para as aulas de artes, instigando no aluno a capacidade criadora e a autonomia. Para aprofundar a pritica com a teoria foram realizados estigios em diferentes niveis da Educagio, sendo estes, Educagao Infantil, que aconteceu no CEI Erica Maldaner, o Ensino Fundamental, na EEB Nossa Senhora da Salete, Ensino Médio, na EEB Nossa Senhora da Salete, ¢ 0 Nao-Formal, no Programa Sécio Educativo (PETD), todos no Municipio de Maravilha — SC, entre escolas municipais e estaduais, todos os niveis foram ministrados com carga horaria de 10 horas Nos quatro campos de estgio foram aprofundados assuntos que abrangessem as tecnologias nas aulas de artes, consequentemente, foram referenciados artistas que empregam estas ferramentas para criar novas possibilidades para sua produgao artistica, 142 foi utilizado como recurso em todos os niveis de ensino a maquina fotogrifica como principal instrumento para a realizacao das propostas priticas. Esta pesquisa teve embasamento na proposta triangular do ensino da arte de Ana ‘Mae Barbosa, envolvendo contextualizagio tedrica, leitura de imagem e produgio artistica. Tecnologia na educacio Breve Historic Segundo Edson (2011), no Brasil, assim como no resto do mundo.a informitica tem uma participago crucial no proceso de ensino. Papert, famoso matemitico e educador estadunidense, afirma que o computador é um aparelho que comporta consideragdes complexas, mas que permite ao estudante trabalhé-las de forma simples ¢ lidica. Com o intuito de fomentar este entrosamento entre a maquina e a crianga, Papert desenvolveu uma linguagem de programagdo para criangas (EDSON, 2011). Essas € outras iniciativas esto entre as numerosas abordagens em torno da informatica nos ultimos anos que buscam ressaltar a necessidade de fazer com que 0 aluno perceba o quanto esta ferramenta é importante para armazenar, buscar e difundir conhecimento. E fato que a informatica, assim como as demais tecnologias da informagao © comunicagao, esta largamente inserida no cotidiano das pessoas, nesta perspectiva, a escola nfo pode ficar a parte disso (CARVALHO, 2010). Os softwares educacionais sfo criados para utilizagio em sala de aula como ferramenta de ensino, eles devem refletir 0 que € repassado no dia-a-dia, mas para que isso acontega € necessirio que as tecnologias sejam utilizadas como ferramenta educacional (LEITE, 2010). No Brasil, ha muito a ser feito neste quesito da educago, na concepgio de Moram (2005, p.12), “[...] hoje temos um mimero significative de professores 143 Gesenvolvendo projetos ¢ atividades mediados por tecnologias. Mas a maioria das escolas e professores ainda esté tateando como utilizé-las adequadamente” HG imameras possibilidades de utilizar as tecnologias em aula, mas para haver interagiio & necessirio um planejamento melhor das aulas por parte dos professores, direcionado para que os alunos entendam a dinimica da aula e os objetivos a serem alcangados. Ao se trabalhar adequadamente com essas novas tecnologias, Kenski constata que: [.-] @ aprendizagem pode se dar com 0 envolvimento integral do individuo, isto €, do emocional, do racional, do seu imaginario, do intuitivo, do sensorial em interacdo, a partir de desafios, da exploragio de possibilidades, do assumir de responsabilidades, do criar e do refletir juntos (KENSKL1996, p.146).. Atualmente a sociedade & reconhecida como sociedade do conhecimento tecnolégico, os alunos sio bombardeados por novas informages constantemente, por diversos meios de comunicacao, como a televisto, o ridio, a intemet, entre outros. No entanto, para que no se perca de vista o entendimento dessas informagdes, cabe ao educador, segundo Gadotti (2002), selecionar, avaliar, compilar ¢ processar as novas tecnologias para transformar o conhecimento em algo valido, relevante para o desenvolvimento do aluno. Linguagens artisticas: autorretrato, Body Art e xerografia Para introduzir as tecnologias nos contetidos em sala de aula buscou-se trabalhar com diferentes temas, entre os diversos que existem, o escolhido foi autorretrato, Body Arte xerografia, O autorretrato faz parte da historia da arte desde a pré-histéria, com o decorrer do tempo sofreu iniimeras mudangas € hoje os artistas buscam dar énfase & fotografia como principal ferramenta para realizar suas produgdes. A Body Art surgiu juntamente com outras linguagens em destaque na arte contemporinea, em que os artistas fazem o uso do corpo para realizar suas produgdes, e © que permanece para meméria sio as fotografias, estas que vio para as exposigdes. A xerogratia trata de produgdes desenvolvidas através do xerox do corpo. 144 Autorretrato © autorretrato foi a forma do artista se manifestar através de pintura, bem como expressar sua identidade desde a pré-historia até os dias atuais. Segundo Canton (2004, p. 5), "o autorretrato sempre acompanhou a ser humane em seu desejo de deixar una marca de sua propria imagem, mesmo depois da passagem da sua vida", Ainda conforme a autora autorretrato tornou -se popular na época do renaseimento (século XVa XID. Para relembrar a histéria do autorretrato, sera discutido Van Gogh, um artista que teve destaque em suas pinturas sobre o tema supracitado. Com base no livro Coleco Grandes Mestres, de Luzzati e Silvério (2011), uma das obras mais reconhecidas de Vincent Van Gogh, é 0 "Auto-retrato com a Orelha Cortada", de 1888, Neste mesmo ano, o renomado artista foi morar ua cidade Arles (Franca) seu objetivo era criar uma coldnia de artistas, e assim comecar a pintar pessoas e paisagens aproveitando mais a claridade direta. Para realizar seu sonho conseguiu uma pequena casa, € foi atrés de outros artistas, foi assim que conheceu o artista francés Paul Gauguin que na época estava morando em Paris, Segundo Luzzati e Silvério (2011), Van Gogh vé no autorretrato uma forma de autoconhecimento, Em suas obras apresenta sua emogio em variados periodos de sua vida, seus quadros sio um dos conjuntos de pinturas mais angustiantes da historia da ante. FFiguin I Autosetrato com a orelha cortada”, Vincent Van Gogh, éleo sobre tela, 60x49, jan, 1859 Fonte: Disponivel em: . Acesso em:10 jan. 2016. 2Por Elizabeth Luiza Balbinot. Arte com 0 proprio. corpo. Disponivel_ emt -ups://setimojomalismo.wordpress.com/2014/05/20/arte-com-o-proprio-corpo’. Acesso em: 15 jul.2015, “idem, 147 Figura 3 Obras de Audrian Cassaaelll Fonte: Disponivel em: . Acesso emi 10 ‘38. 2016. Metodologia e as Novas Teenologias ‘Na Constituicao Federal hd um capitulo destinado a cigncia e a tecnologia que esta incluso no principio da ordem social, ou seja, pode-se pereeber que o desenvolvimento teenolégico esti ligado a0 conforto social, assim sendo, ao bem ‘comum (EDSON, 2011), Todavia, a realidade se mostra divergente, o que se observa ¢ a exclusio digital, que pode ser vista como um aspecto da exclusio social. Nem todos os individuos tém condigdes financeiras para acompanhar os progressos tecnologicos, 0 que atrapalha também o aprendizado (MARTINS, 2014). A educagio aparece como ferramenta principal para a formagio de individuos mais conseientes, participativos ¢ mais bem habilitados profissionalmente. Desse modo, cabe refletir sobre a incluso das tecnologias na sociedade contemporanea ¢ como isso reflete no espago escolar, as quais, se bem utilizadas, alcangam resultados sugestivos € fortalecem © comprometimento da renovagiio e ressiguificagio das metodologias pedagdgicas de sala de aula (TAIRA, 2000). No atual panorama, repleto de mudancas, a imagem do educador como mediador do conhecimento tomna-se, gradativamente, obsoleta. Com 0 uso das novas tecnologias 148 todos sto convidados a buscar meios para desenvolver 0 conhecimento, a participagao, tanto do educador quanto dos alunos, nesse proceso é fundamental (IVANOFF: CAMARA, 2010). Segundo Ivanoff e Camara (2010), 0 professor do futuro deve promover a integragao das disciplinas por meio de materiais de apoio para melhor aproveitamento dos alunos, como a promogio do melhor uso dos recursos existentes para pesquisa extraclasse, como biblioteca e laboratérios de informitica. O educador deve estar constantemente em busca de conhecimento sobre o uso das tecnologias ¢ como podem ser aproveitadas em sua pritica docente, jé que a maioria dos estudantes chega a escola com alguma bagagem de informagao, por vezes, bem maior que a do proprio educador. As tecnologias podem ser utilizadas como recurso pedagogico de qualidade na metodologia educacional, através de um bom planejamento, os recursos e as melhorias xno campo da informatica podem ser usados de forma consciente, dinamica e critica. Entretanto, tem de se observar que a insergio da tecnologia na escola deve envolver toda a comunidade escolar, que necesita discutir e determinar como seri o emprego da informatica na escola e qual seu objetivo geral, ponderando os interesses € as reivindicagdes do grupo e da sociedade. A importincia da utilizeao da tecnologia computacional na area educacional & indiscutivel € necessaria, seja no sentido pedagogico, seja no sentido social. Nao cabe mais & escola preparar o aluno apenas nas habilidades de Linguistica e logica-matemitica, apresentar 0 conhecimento dividido em partes, fazer do professoro grande detentor de todo 0 conhecimento e valorizar apenas a memorizacdo. Hoje, com © novo conceito de inteligéncia, em que podemos desenvolver as pessoas em suas diversas habilidades, 0 computador aparece num momento bastante oportuno, inclusive para facilitar 0 desenvolvimento dessas habilidades — légica-matemética, linguistica, interpessoal, intrapessoal, espacial, musical, corpo-cenestésica, naturista e pictética, (TAIRA, 2000, p, $9), A informatica pode ser um extraordindrio recurso pedagégico a ser explorado por professores e alunos quando utilizada de forma apropriada e organizada. Insiste-se, assim, na importincia da definigao de objetivos que devem fazer parte da elaboragio do projeto pedagégico da escola, que reflitam sua importincia, assim como seus interesses 149) € necessidades locais, para que a socializagao ¢ integragao dos recursos teenolégicos no processo educacional possa se dar de forma positiva e eficaz. Planejar atividades que envolvam as teenologias nao é trabalho fécil, pois, numa mesma turma, pode-se deparar com graus de conhecimento e de assimilagdes tecnolégicas bem diversas. Tecnologia como recurso pedagégico No século XXI a sociedade passou por um processo de transformagio tecnolégica, cada vez mais presente no cenirio atual em escolas, familias, entre outros. Neste cendrio, é oportuno aperfeigoar as aulas de artes, jé que os alunos nmitas vezes as avaliam como monétonas. Com a inelusfio das tecnologias nas aulas pode-se criar e dinamizar as propostas préticas utilizando-as como recurso pedagégico. Hoje existem softwares que fazem edigdo de fotos, charges, animagdes, entre ‘outros, que podem ser utilizados em aula, assim sendo, o aluno conseguir ampliar seus tragos, que propiciam atividades praticas. Compete a0 educador saber utilizar estas tecnologias de modo mais eficaz, tormando as aulas de artes mais ousadas, atrativas, contemporaneas (DOMINGUES, 1997). Segundo Domingues (1997), 0s artistas proporcionam momentos sensiveis através das tecnologias, pois compreendem que as relagdes entre o homem e o universo no so mais as mesmas apés a expansio do uso das tecnologias de informagdo comunicagio, Atualmente, computadores, softwares, cdmeras, sensores, mixers, CD- ROMS, internet, sintetizadores so empregados por artistas. Partindo dessa perspectiva, de que as teenologias so parte indissocivel da vida das pessoas, 0 objetivo de trazer para sala de aula a inclusio digital visa a motivar, familiarizar e organizar os meios teenologicos para serem utilizados, assim como todos os aparelhos e recursos disponiveis pelos meios de comunicago. A intengo é levar os alunos ¢ os educadores a pensar sobre o valor das teenologias nos dias atuais e também 5 conflitos que trazem para a sociedade (LEITE, 2010). Sabe-se que cada aluno tem necessidades especificas e, por isso, a utilizagio de jogos e atividades lidieas pode contribuir para o desenvolvimento dos contetidos que 0 professor planejou para as aulas de Artes. Assim, 0 professor tem de inovar e ser criativo, ineluindo as novas linguagens da midia em sala Uma pesquisa apresentada por Fernandes et al. (2008) traz 0 professor como atuante funcional na pritica das teenologias na escola. A commnicagdo entre os educadores, escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizagdes; dar subsidios para a tomada de decisdes, a partir da criagao de um fluxo de informagdes € troca de experiéneias; produzir atividades colaborativas que permitam © enfrentamento de problemas da realidade escolar. (ALMEIDA: MENEZES, aptd FERNANDES et al., 2008). Pode-se dizer que quando os meios tecnoldgicos sao oferecidos ao docente ele tende a fazer uma avaliagao sobre a forma como estes novos recursos podem auxiliar a atingir suas metas em sala de aula, Portanto, & importante que as tecnologias sejam oferecidas ao professor em formato contextualizado e expressivo, de forma pritica, fazendo com que ele veia como estio incluidas em seu meio, tendo como finalidade na escola a participagao, a socializagio e a cooperago na aprendizagem dos alunos. “As expectativas mais presentes recomendam a preciso da formagio continuada de professores de forma continua, contextualizada nos métodos e retomadas ao desenvolvimento de um profissional reflexivo"(NOVOA, 1999; ZEICHNER, 1993; PEREZ GOMEZ, 2002: TARDIF, 2002 apud FERNANDES et al, 2008). A construgao do conhecimento pode ser analisada a partir conscientizagao sobre (© uso dos recursos tecnolégicos na disciplina de Artes, contribuindo, assim, para que a qualidade do ensino melhore e também inclua socialmente os alunos. As tecnologias educacionais possuem uma grande potencialidade de promover ¢ ativar 0 processo de ensino-aprendizagem, e os professores precisam se valer destas ferramentas para que a aprendizagem seja_verdadeiramente mais intensificada, colaborativa, interagindo efetivamente com o que se passa dentro da escola e 0 que esti fora da escola (DOMINGUES, 1997) E importante observar que alguns dos desafios criados pelas novas tecnologias esto fora do alcance do professor, como possibilitar a incluso teenologica dos alunos, conservar 0 ambiente tecnolégico em funcionamento ¢ manter o investimento em tecnologias. Esse é um papel que cabe ao Estado e as instituigdes de ensino (CARVALHO; IVANOFF, 2010). Segundo Leite et al. (2010), deve-se refletir sobre pontos positivos ¢ negatives das novas tecnologias, fazendo com que o professor ¢ 0 aluno possam, de uma forma melhorada, olhar as transformagdes que esto acontecendo a cada dia em seu entomo. Nota-se que os edueandos estio cada vez mais ativos e exigentes,essa é mais uma razio para o profissional da educagdo comecar a repensar, refletir, analisar sua metodologia, sendo que o educador deve estar sempre um passo a frente do aluno. Relatorio e analise da pratica A docéncia do estigio no ensino médio realizou-se do dia 3 de junho a 8 de julho de 2015, no turno notumo com a turma da 4" série do Ensino Médio Magistério. O periodo de estigio foi baseado em uma pritica pedagégica fundamentada em uma pedagogia construtivista, cujo objetivo é mostrar aos alunos(as) que pode-se descobrir todas as probabilidades do corpo nos diferentes espagos, e, por meio disto, ampliar as habilidades de observagio, o pensar ¢ o criar. As atividades aplicadas foram pensadas em uma metodologia diversificada, buscando preparar os alunos para conhecer e se apropriar do seu proprio corpo, desafiando a escola a oferecer possibilidades para que os alunos possam, através da arte, se manifestar, trazendo informagdes para contextualizar com a pritica, instigando a curiosidade, a capacidade critica e a autonomia. Primeira, segunda e terceira aula: © tema proposto para a realizagao do estagio foi tecnologia nas artes: 0 uso em sala de aula, com énfase na maquina fotogratica. Dentre varias atividades desenvolvidas no estigio a pritica de mais relevincia foi a Body Art, houve uma conversa sobre projeto desenvolvido, onde foi indagado aos alunos sobre o entendimento deles sobre 0 tema abordado, foi gratificante, pois, a partir da fala dos mesmos, foi possivel inserir 0 tema, os alunos interagiram demonstrando interesse, a turma era participativa, contribuindo, assim, para o fortalecimento do tema abordado, também levando em consideragdo que 0 assunto era totalmente novo para eles. Para instigar a curiosidade sobre o tema abordado foi perguntado aos alunos qual parte do seu corpo eles mais gostavam e 0 que sentiam pela parte escolhida, a pergunta que embasou a proposta pritica foi se eles utilizariam seu corpo como forma de demonstrat a arte, Foi discutido que através do seu corpo poderiam fazer critica a sociedade, como familia, preconceito, entre outros temas polémicos; percebeu-se que os alunos sio bastante criticos em um debate aprofundado, ‘Na sequéncia foi introduzida uma dindmica denominada “Coustrugao do Resto”, foi solicitado aos alunos que sentassem em circulo, eada aluno reeebeu uma folha de papel sulfite e giz de cera, em seguida, deveriam desenhar o seguinte: uma sobrancelha somente, passar a folha de papel para a pessoa da direita e pegar a folha da esquerda, . Acesso em: 10 jan. 2016 ANTUNES, Celso. Educagio infantil, prioridade impreseindivel. 5.ed. Petropolis: Vozes, 2007. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. 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