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Tipos de campesinato latino-americano: uma discussdo preliminar Estefoto meu primeiro trabalho aceit para publicagao pelo priico nmaisimportantedaantropolgiaamericana Anesdessa ca oseditores deAmerican Anthropologist esistiama publicaca de artigoscomorien ‘agao evolucionisa,cultural-ecoldpica ou esrutural Até mesmo Julian ‘Sten teve de publicar seu mportanteensaiosobre"Aspectosecolgicos dda sociedadedo sudoeste"em Anthropos (1937) Apsa Segunda Guerra ‘Mundial, foi o Southwestern Journal of Anthropology, soba direcan de Leslie Sper quesemostan maisreceptivoaessetiode trabalho Esteanti- gf publicado na American Anthropologist porque pediram a Sidney ‘Minez que editasse um mimer especial sebne "Novas vss daantropolo> ada América Latin’ patrocinaa pelo Comitesobre América Latinado CConsetho Nacional de Pesquisa, Ese inneo rei contribuigdes da einologi,argueologta lingaistia eetno-hisériaque indiana muda {asimportantesnoenfogue antopoliceamericanoda América Latina Nese artiga wilzetoconceitodetpas no sentido stewardianode ‘abs tragoes construidas em tarno de um nacleo cultural formado pela “intendependencia funciona detragos uma redagdoestrutiral(Sceard, 1955.6) Interdependenciassemethantesseriam prvavelmenteo resultado de “adaptagdes ecoldgicas locals ¢ nivels similares de inlegragdo ‘eeioeultural’e poderiam ser comparadasa fim de determinarregula- ddadesecorrentesentreculturas Anaplicar ese ideia abcampesinatola- tino-americano,atribut destague especial a dimenstoecoigicaeacomo ses lavradores se encaixam no andaime organizacional da sociedad Propurste tipo analisandacomaguma prfundidade doisdasmatsbem sdocumentadoseeshocandczontrecinco em ermosgerals Alewmas pes ‘pas queparecem er lidoapenaspartedoartiga me acusaramdedividiro ‘mundocamponésemapenasdoistiposoque ndoéocas 1B ERICR WOLF A medida que a antropologiaseprncupa cada ver maiscom estado ascmurs eta esaoplge psa ene Sroctrsteasociniecuturstsdocempesnato Oobeovodes ego ‘ten fazeruna ipl dos grupos eomponesesdaArerce atin omobuse pratrabalosdecampoe disses leriores a ella tapes evant mats qorstoes dogs Pde resp dascom fnildade no momenta Ate agora cssatopSlogos que aba thar na América Latina rataamprincipalmentede ruposcom cul tas-indigenas’ ea lerataraamropaogica dioponvel elete ese interes hutgureorienagsoainvestigaao pss dastpelgias cada rinepulnene em racers de onto cultural pra Cipalginstnets em semaangss ov dessemelhaneas de estrutura presenta problemas qe Gnicoestudoso no pode pretender ea ver Earp portant em carter provsbrioe suasafiemagSesestdo Toulmeneaberasadiessio Houve vila fentativasrecentes de agar uma links divisria ene primitvoseamponees Robert Refit por exemple discuvesa di Tinolonesseginestrmos Noi cmponeses antes prinerascidades. Eos poos primis sobre- iventes que no vive em reago com a cidade no sao camponeses.(.) ‘eamponts uy mati rar! enje orden de vide Sabla a mato topo dé mnit imported dade (1953: 3D. Alfred Kroeber também enfatizaua relagioensreocamponésea cidade: (Os eamponeses so dfitsamente ris ms item en lag come meren- dscns les foram un segrntode classe de ue ppudago mats arpa ‘ue gersient contin labo cers bons, sexes cpa metropotia as Els cnsiturm soceades pari com cluras purcias” 2948: 23), camponeses forma asin ‘segientos soit horizontal ‘sommes exnnefora disporulan Sever 1950 Tereldssena ind queacidadesetonaupostel” gaa” balhodesexsesmponsss (053) eambass dlingoesimpear -em- toranfoodeltenabeamente= ques dad conse grande parte doqueocampones pot Aida utanae imple semapeedigaode tmexcedentagraanocampa i TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 119 ‘Uma vez que estamos maisinteressadas em discrimi diferentes ti pos de camponeses do que no tipo camponts generic, devegios trgat Alstingoesenere grupos de camponesesenvelvidesem tiposdivergentes ddecultura urbana (para uma dlscusstedasdiferengasenteecentios t= ‘anos, yer Beals 1951 89, Hoselitz, 1953) E especialmente imporeance reconhecer os efeitos da Revolugie Industrial e do crescente mercado ‘mundial sobreossegmentoscampenestsde eco mundo, orquasi slaram tantoscaracteristicaseultualsdessessegmentoscomaccariter| desuasrelagnescomoutrossegmentos Oscamponesesdomundo init se envolveram em relagées de mercado de magnitude muito diferente slaguela que predominava antes do advento da culeuraindustal, Essa «expansio também no pode ser compreendids como um fendmeno pu ‘amente unilinear Hacferentestipesde indisriase mercado dere {estiposde expansio industrial ecrescimentode mereado que sfetaram sliferentes partes do mundo de modas muito diferentes, Os campaneses encontrado no muna de hoe st ce prodiros mepios dese eres ‘mentomulilinear Aomesmotempoeles nao stomalsbs pines pro- dluores de rqueza:em vez da agrculeura, insta ecomeérci prod zem agora o grosso dos excedentes necessaios para sustentat 0= segmentos nao envolvidesdireramentenos processesde produ Varios tipasdeempresssagricolasde larga escalasuiram paraconipetiecamo ‘camponés pelos recursos pelas opartunidadesecondmicas Iso prowo- cou uma “crise do campesinato' mundial Firth, 1952: 12), rlacionada ‘com o pape cada vez mais marginal dascamponeses no sistema econo ‘micodominante 'Naescolha da definigiode eamponésqueseria adequada a0.n0ssoobje- tivo,devernaslembrarqbeasdelnigdesstoferramentasdo ensamentoy endo verdades eternas Raymond Firth, por exemplo,defineocerto da forma maisampla possvel,ncuindo naesomenteagricultores mastat~ bbim pescadoreseartestosrurais (1052 87) Outros podem sente-eten- tadosa nclir seringueitosindependentesemineinosde superfice Pa uumaanlise inital, jlgueiconvenienteconsdera’ cada umdesses vir 5 tipos de ativade separadamentee define o ermo ‘camponés" da ‘maneira maisestritapassivel Tees dstingoes podem servirde base para essa definigo,codasescolhidastendioem vistaascondigoes latina ame- ricanas erodassulicientementelexiveis pars abeanger varedades qe possamosdescobrirnodecorrerdainvestigacta, Em primeiolngar natemos docamponésapenas como produto agti- cola Iso significa que, para asobjetiwsdestearigo devemosseparar de 120 FRICR WOLF ta lado, amponess edo outro, pescadores, mineios, eringvelos € ‘vaquetos As implicagieseconémicaseculeuais de cuidar dogo, por ‘xemplo,sosulicientementedistntas daquelasda agriculturs paras {hear umn tracatnencoseparado. Iso valeespecialmenteparaa América Tati, onde actlagio de gado eit em grandes fzendasem vez deem oquenas propriedades "Em segundo igar devemos-sempe tendoem vista onossopropésto~ dlisinguirentrecamponesesquedetemo contoleeetivoda era eaque- Tescupcontroleesa sypitoa uma autoridadedefora Essa distingsotem algatnaimportineia na Amica Latina. Ocontroe efetivoda ter pelo fammpones¢garantido geralmente pela propriedadeditets, por direitos {depose ndisputadasou porarranpsbabtuaisdearrendamentoc usoda terra, Camponeseenao tem de pagar dietos para um propritiriode ora Por outo lado, os arrendatlos tender a buscar seguranga principal mente por meioda acitagao de controls externossobte os aranjos de produgtoedistbuigiog assim, accitam com freqaencia papéssubord hhados nasredes hirarquicamente organizadasde relagces. Fm geral.os ‘camponesesdetm um controle mutomaior de seus processosde produ ‘lo Os contole externos se manifestam prineipalmente quando ve ‘dem seus precutas nomercada Oexamedo segmento dosarrendataios pertence mais a discussto das haciendase plantacions do que & do Enmpesinata ss nto significa que, 0 vara da América Latin, poss {nosesquece por um momento ue os lanfindiosobscureceram a ttasforinasde pose da terra durante multossécules ouque ossegmentos eacrenitérios possam exercerumainfluencia matordoqueadoscam- ppanesessobzeo todo sociocultural Em teceiro lugar. ocam ponéstem por objetivo sua subsisténcia, noo reinvestimento Seu ponto de partida sto as necessdades definidas por ‘ut cultura Sua resposta, a producto de produtos para 0 mercado, € provoeada, em larga merlda, por sua incapacidade de satisfazeressas hocessidades denra do segmento sociocultural que pereence. Ele vn de suas colheitas para obterdinbeir, mas esse dinheio, por sua wee, € tusado para comprar bens servigas de que cle precisa para subsistire Taner sea starusencal em vee de ampliar sua escala de aperagdes De- ‘einosentio separaracamponés de um outro tipo agricols, que hams msde fazendeio” Ofarendelroveaagricultura como umempreendi~ tmentocomerealElecomega sia opeaiocom umaquantia de dinheio {que investe uma faznda O prod do cueivo& vendido nao somente para proporclonar bens eserviges mas também para permitiraamort- TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 121 zagioea expanstode seu negocio’Oobptivodocamponés a subse ia Oalvodofazendetra ¢oreinvestimento (bil, 1951-60-60. ‘Otermo*campons” indica una relagaoestrutural nao um deer rminado conteddo de cultura Porrelagesestruturais'entendemos"te- Tagbes reativamente fxs entre partes em vez de (_) a proprias partes cuclementoe" Da mesma forma, entenderosetrutura como “omodo ‘Como as partes se situam mas em celagio as outras” (Kroeber © ‘Klvckhobn, 1952: 62,63) Uma tipologia de campesinos deve ser leita com base a regulaidade da ccorrencia de eelagesestrutralse 40 bhseada na regularidade da ocorréncia de elementosculturassimlares ‘Apesclher certs caracteristcasestruturasem vez de outta pa or hecer ui ponta de prt. frrulacaode ipos,podemosavangac tor mente sobre uma base empiric. A select de ricériosessenctalmente ‘contmicasseris congrvente com ointeresse tual em ipologias base {das apenas em carttersileas econdmicase nciopoliticas. Compreen dems com mais careza atualmente as implcagdesfuncionaisdessis ‘atactristias do que aquelas de outros tragos da cultura, seu pepel ominante no desenvolvimentadaestrutura orgasizaciona fo observa ‘doempiricamenteem multosestudos deculturasespecificas, “Aoestabelecer uma tipslogia de segmentoscamponeses,defrontamo~ nosimediatamente com adifculdadeclequeoscamponestsndosto pri- tvos ste, a cultura do segmento camponés nao pode ser entendida fm termosdela mesma, mascomo uma cultura parcial reacionadacom lum todo maior Certastelagoes entre ascaracteristicasda culcuracampo- esa esto snarradasa corpos de relagdes externas a ela, mas, de toda forma, deterininam sewcariter sua continuidede- Quanto mats alto o nivel de integeacao dessas culturas pariais, maior o peso desses ‘deterinantesexternos.’Nas sociedades complexas,certos omponen- tesda superestruturasocal,em vezde a ecolopa,parecem ser cada vez mals determinantes de desenvolwimentos posteriores”(Stewad, 1938 262). Isso € especialmente verdade quando atingimos 0 nivel ‘organizacional omercado capitalist noquala relagtoentre tecnologia ‘eambiente€ mediad por complicadas mecanismos de crédito ocon- tree politico que podem terorigem otamenteexternaacultra parcial sobinvesigagio Devertos estar clentes nfo somente dos fatoresexternos que afer a ‘cultura pateialtemosdedarcontatemabémda manelracomoessa cult fase orgntiza no tedosociocultral malsazplo Diferentede outrosseg- sentessoioculturashorizantais,tascomocomerciantes ouempress- 122 ERICR WOLF ros os camponessfancionam fundamentalient dent de um ene ‘oloca.em ve-deem baeneocal ou naolca so prod varies locais consideraveisdentro de um determinado segmento camponés.Sig- nilatambmqseccampesnatoseinegraotodosotsultual pine Tulment por meioda ears comunieade Deven porta Eermaisdo ce define pon distetesde esponeses Devemer anal Sranbunomalocomacksssingiam omnes Fouts leas uma tiplogs do campestnao deve incl uma iplola dos Spondecomunigadesem aes sem me “Anosdodetipoineneporta nogaode hiria Ofunconamentode um dlewrminade segment depended Intrago de atores que o ale Esse poto especialmente impound trata de ulus Cialsque deve adapta sn npanizie nea istmudangasnoeampo ‘ovata dequefazem parte Aintgrago umtadosocccaltral make im process histrico Devemossercapacesdecoocsrascltaras pare Ghalssobveacurvadecrescimencod totatidade da qual face parte Ao ‘onsrur uma ipoogidevemoslevaremcontaacurvade crescent ‘enostpeecutras Fer uno damon os a aa uma tiplgiadocampesinata Em primeio liar devemostin eso tena domadoralsestio piel Em egundolugercevenostosnte rest ela esrurura,em veede pelo conte cultural Em rela os rites inca para nosso ips podem ser fundamentalinente cone ‘mics ousoeioplticas mas dJevenosincleromaior numero pose Je outrstragos Fm quarolugarestips deve ser vitscomo partescom- Dpnentesde todos maioes Os enomencetpicor de queestamosteatan- Abosto reuses com mao prosaic prinplent pl ne factodeforaserterassobrecltralocaispre-exisetes Esquina Esemes mci alguna nog de tars tons formula de uumtipa ois tipos deculeuras parciaiscamponesas Para rornar discussio mais concreta,voltemornos para a anslise de doistiposde segmentoscamponeses O primeitotipacompreende ertos _sruposdterasaltasda América Latina; o Segundo cobregrupasencon trados em planaltos bainos e midos eem planices peat. Embora sejm baseadas em relatos de campo dspontves.eses doi tipascever ‘TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO., 123 se interpretads como modelos provisévies para aconstrugio de una tipologiae, portant, estaosupitosa uma revisto future ‘Noseo primelrotipoabrangecamponesesque praticam ocultivoioten~ sivonce planaltoselevadasdlas Américas Embora produto sejdest- hada acobri as necesidadesimedhataede subsistenciaesescampone= sts pecisam vender uma parte deque prodluzem para compat bens pro dJuzidosem outa lugar Pozas 1952) Em larga medida. essa produto ‘do conta com capital liguido. Ela entra num sistema de mercados de aldeia que altamente cotrente com exe tipo de economia margin] ‘8 area geogréfiea em que eee tipo de camponts prevalee formou o rnocleada Amerie colonial espanol la sustentouo grssoda clon acto orneceta forgade rabslho exigda pelosempreendimentosespa- ‘hose poporcionotariqueza mineral queservia de forgaimpuilstonadora dd colonizago espanol. A intepracao dese campesinatoestrtura ‘colonial fo aba tiplcamente pela oemactode comunidades que iibi- fam o-contato direto entrees individuas e o mundo externoe interpu ‘tham entre eles uma estrutiracomunal arganizada. Chamaremosessa ‘satura de comunidad "corporada” Fla mostrouum altograu de per- Sstncia,e6foicontesada em anosrecentescoma intrustodeestruturas alternativas Osantropélogosestudaram vaviasdesascomunidades nos planaltosdoferuedo Mexico, (O letor se sentir tentado imediatamente a caracterizar ese tipo de ‘comunidade como indgena¢ talvez,perguntar se maoestamostrtan {dade algo remanescent clos tempos pre-clombianos. Una vez que ‘estamos preacupades com aesirutura “endocom ocantetdocultural- ‘devemoe enfatizaresragasde organizacao que poder tornaresse ipod ‘comunidade parecido com comunidades corporadas de outros lugares, tem verde caracterizt-laem termos puramenteetnogrifeos Ademais,€ rnecesiroeplicata prsisénciade qualquer coisa que sobrevive por um periododetrezentosanos Comoesperamos mesa adiana persst- adocontencodeculeura-indigena pareceter dependidobasicamente {da mamtengao dessa estrurura Onde aestrutura entrouem colaps, a3 formascultursstradicionalscederama lar rapidamenteparaalternat- vvasnovasde origemexterna (O carseerdititivo da comunkdade camponesa corporada € que ela representa um sistema socal demarcado, com limites itdos, canto et telagao aos de ora como aos de dentro la cem identidade estrutural 20 Tongodotempo Vista de ora,acomunidadecomo ur todo realiza uma série de atividades sstentacetastepresentagoescaletiva’ Vista de 12 ERICR WOLF dent define cednekosedesresde seusmebroveresceve grande piredecocmpen tsanalin recente agrapamentosde care corporado as seidosem prentso(5532529) Acommn\decamponesciepoade Ferece com sss ours unidades po se etter corporal mas nao SS sates mae plo yaentesc. ave ens based otra em thidads de pareescode utp pecshar (es Kicll 1049293) tras daogulzato por penx inds persis como ate Anca erogamialtal Qaraa NesoAmerten cl Redden 152 Bi paracnqulhuas cf Mishkin 196 49) ouastrbuleaodedetos seasonalment drentespuravlborenovorclone odin. aco bad corpora a Amen Lina epeenno pedo inal de un Tongoprocen derenarixeingurcomecounortmpespralo soe prosseoisnb ademiioepanil Em coseqoenl da conga cpalquersrnctersiea de prenecoquecsetiodecornunidadtives ‘Ell telegada a segundo plan Os metros da comrade nara sco roprtriosde na corporagiodona dra aca, 194820 Posie qeimplcnaa partyin sisemacsemasuntsplcoce Mlgowotcomunais Vis conierages poem tele Cerna promoveres pode pole Priel comndad corprada us escuar servo em ‘Sajunto param senor macarons deel nade dofeal ‘mocconcilcocurape, Aotentt rearing opr pace anova clase em pencil de propretrasdeteracnascoltlascspaelas¢ Coroassumivadministscandssaldeas ingens inde peso conte dencongistadoressobyea mncle-oba Core entou ttiareomoumarmdiacaraeconratatoradetntodevbracantoparaa omunidadecamponesacomo pro popes detereas En segundo Tuga comundae corporat nesses bem aca pala do sada dtc oespunhe ue tenavaincorpoa cada gruposstelaral {dein sersiodeageo rll (Wl 1953 100-10) so permit quea Goren dips dos ects dese upocomouna iad oi daeimpusesescontlerecondicas oc rlgss por nlode tuna eptieddominioindisntnseretoluga sess corpora diseomunidadescampenetpoelio simpckaodobegagtecana cominaiscomorndiveside ata ogetac triage ssoracs eialmene importante des esas pends mao-de-oba ca Sass porfagesoudoeneas A posto da dbrignio sobre na comts ‘TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO... 125, Seen 126 ERICR WOLF aglutinagaoesimboloda unidadecolativa. © prestigidentrodacomun die ext racionado em ampla medida. acento de posto cm posts ‘iste aolongod macs esrtadeconusta Oconsumotons Picunestaatelado seu siern de pe ereigioaprovado peace Imutidade em esse sexbio nda paral faq cone Sue cospito indivi ee meine gts comuna Desa forma acomsidae nla asifrenas dete: poss nent fearas diises declase dentro da cominidadeem detriment dacs trtura corpora eta simbriesments gt neriade de Su extradite dor alos de soe membros Auiie B32 242, Miki. 146 468) ‘A exiincia esses mecnismosdeniveagto ni significa que nao exisam dvsdesde case na comunidad corpora asst uae= i dle erg enor oxen drones celdes pela comunkade. A exruturecorporada ata pa pedi « rolls de ep ergs dentro ds comunidad et eros do ‘mundenerno.queemprepaariqasa de maniacal Earn ‘simoimpectodarintplctnbade abet calla pra cable er novas tenses dentro da omnia e asim clea ts desinte= sci Agee 992 Cruse 952-48). Trmbors ote para gata acs cus membros lgum susent bsleo deta doslimitesdacomunidade afta derscunose a propa neces dade de sustenar ose de rege poser orcs conomearentea communiadeaentaromereextermo Qual impos delmpas ‘epetalgeraumentoemseiegasosreacionadoscom acaputdne de rosa da comunidad, oa com nexessienoternods populto {obra nda iitadadetervadevereslenrem eaicsecon ricascompenstriaena campos puri Ess pode stsbelo {sslrada oo desenelvimentde guna epellizaio Qe tea ‘ontagescompativasdenta daeconomia marginal deseo des Poem ser epetallagdesem ceri combente os zed os tarascans ono lls oxen tri como ene kllawalas os vasa tote ‘Nocampedoconsumnosaumentosdegasosrelacionascoma ca clade predunora da base economics lo enfrentados com tenttvasde diminuirosgastoscomsadiminvictodoconsumo encondoaao sabe Iccment de um pdr caltraimensconheido de consuno auc excluconslentementeasaterntiss curs Gobneaternatascu furs sa elgouaeetagc Lint 1936282283) Adres as ‘TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 127 itensalternativosde consuma,juntocomestiposdecomportamentoeas norms Ideals que fazem uso dessesitens de consumo, 2 cemmunidade redusa ameaga& sua integridade, Moore e Tumin deram a ese tipo de Teagdoo nomede gnocdneia com uma uncaoestrutural (949780). Emoutrasplavras estamos trasandoaci nto apenasde ma fala de conhecimento, uma ausénciade nforma¢20,masde uma ignoricla de: Fensiva.uma negacaoativadealtemativasenternasque, se acetas,pade~ rlamamexcar a estrotura coxporada(o"padraodereigao" de Beall1952: 2294 Mishkan, 1946. 443), A reuancia em admit os forateros como ‘eompetidores pela crra ou como porzadores de altemativasculturais pode serresponsivel pela predominancia da endénciaaendogamia nes sascomunidades Redfield Tax, 1952: 3 Mishkin 1946.45) Relacionadoa necessidade de manter um estadoesavel pela dminol 0 dos gastos esta oeaorgoconsiente para comer econsumie menos “apertando oeinto ao mesmo empoem que se abalha mais Essa“ex- ploragtodo en” estdculturalmenceinstinucionalizada no quese poderia {hamar de“culto da pobreza O trabalho duro a pobreza, bem como omportamentossimbolicosligadosaisotalscomoandardescalgoou ‘sar roupasde “indi” et Tumin,1952:85-94 sto louvados enquaneo 2 reguiga.acabiga eos commportamencasassociadasaessesmalessiode: ‘lads (Cartasco, 195247). aumento de producto ea testrgto concomitante de consumo sto reallzadosfundamencaliente dentro da familia nuclear Desse modo, familia adguireimportanci especial ness ipod comunidade.pincl- ppalmente em vm cenario moderna (Redfield e Tax 1052: 3, Mishkin, 1046-49-45) spocoreefundamentalmente porque atic fee friar .)0 rp fender nose dizer que prt de suarendacle gant enqusnto rbaindo, uepat ted saa psi deca tai gue orc formant ipo alent, qa porte dee beng don da term Ne edd cle no xe: de ier quanta de sua rend oa add de sex rp rable quanto om dos exforas varies ¢ fnportntes depose de seas lis Samael, 1948: 75) | familia nao mancém uma contailidade dos custos de produto. Fla niosibe quanto valeoseuttabalho Paraela otrabalho nao uma merca- dona ela nao vende mao-de-obea devo da familia Nenu dinero ‘roeacle mdosna familia Ela atu como uma unidade de consumoe pode corta st consumo encanto ums snide, Desse modo, familia €a 128 ERICR WOLF undade deal paraaestrigiodeconsumoe park oaumentodo wabalho niopago ‘Aeconomin da comunidad corporada ¢cbngrucnte, senao ligada c= ruturalmente,com um sistema de mercado de tipo peculiar. falta de recursos monetiriosexige que 88 Wendas e compras no mercado ou na feira seam pequenas Os mereados dasaldeiasdas terasaltasadaptam sea graposcom rendasbalxasques6 podem comprar um poecode cada ‘ez (para © México ef, Foster, 1948-154, para os quichuas. cl Mishkin, 1946 46) Fsses mereadoeretinem wm suprimento miro maior de ari ‘g0sdo que os comercianes de qualquer comunidade poderiam manter ongnuamente em su lojs(Wheten, 1648-359). A maioria dos bens inessesmereacosfetaem cast. ou plantagalocalmente(Whetten, 1948 358; Mishkin, 1946-437) Os prodlutores locas obit, dess forma, ne ‘cestriarenda suplementarengaaoque carster das ereadoras pos taza venda elorgaopadrioteadicinaldeconsuma Acspecalizaodas aldeia €evidente em todos os lugares (Whetten, 1948, Foster, 1048, Mishkin, 1946-434 Osdiasfinsde fra em sequen regional conti~ bbuem para um intescsmbio mate amp de prdvos locals Whetten, 1948 Mishkin 1946. 436 Valeiee, 1996-477-479) ealvezse devam a0 fato de que ae aldeias que produzem produtos semelhantes devens en ‘contra escoadourosdlistantes bem como strocasde produrosente te ras alas e baixas. fata cde que os bens ores so produzidos para dbter pequenasquantiasdedinheironecessriasacomprade outrosbens evidente malta porcentagem de negéeiosentce prodatoreconsurmidor final Omereadag delat im melode porosdoisem contato(Wheten, 1048389, Foster, IM4& Mishkin, 1946), © papel da familia nuclear na ppradugia ena"exploragto do eu" fica evidentena ala porcentagem de Jens em ci produgioo individuo ou a familia nuclear completa um cielo de proto inter Foster, 1948) ‘o lado dos mecanismosde controle que sto fandamentalmente eco nbmicos na oigem encontramze mecanlstas pscol6cos como ain ‘ej ineitutonalizads, que pode se expressar em varias manifestagdes, {ais como mexerico,ataques de mau clhado ou no medae a praca da feitigaria A organizagio comanal da comunidade corporada tem sido frequentemente romantizade;supde-s, 3s vere, que uma estruturs ‘comunal fvorece a auséncia de tenses divisoras Oscar Lewis demons {rau ue nto a uma correlagio necesira enteestrurra comunal e ‘bos vontade generalizadaentreos membrosdacomunidade (Lewis 951 428-429), Mata pelo contre: parece que alguma forma de inves | | i i “TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO.. 129 instcucjonalizada desempena um papelimportantenesas comunid des Gilin,1952:208) Clyde Kluclehohn mostrou que omedo ds eta ria funciona como um iveladar eleive ra sociedad dos navajs 1944: 67-68), Ua relagto semelhante prevaleceno tipo de comunidad que ftamosdiscuid, na qual egal, assim commo formas mais suaves ‘deinvejeinsticionalizada, tem um lec inegradornarestrigio accom portamento nfo tadcional desde qe asrelagdessociaisno solr rom Dimentosstios feitigaria minimizafendmenos desagregadores ais Eomoamobilidadeeconémica,oabuso do poder atribuido,ouaexibigko individual de riquesa No plano individual, cla funciona para manter 0 individuoem equilbricom seus vizinhes No plano octal, reduzasin~ Tlugneias desagregadorasda socledadeesterna, ‘Ah necessidade ce conservat a elaoessociaisem equiibrio, fim de ante o estado estivel da comunidade corporada énternalzada pelo individ como eslorgosconsclenteseintensos para manterse fe 20s paps radeon, oxquaistiveram exitona manutenciodoestadocst ‘elo passado, Desse modo, aparece uma fortetendéncta, no nivel pico- Togica de enftizar'a pritica roineeainincerrupea de pads tradcio~ nai’ (Gillin, 1952 208). Essaénfase psicogieatende aaglr contra as Expresses abertas de autonomia individual ea instalae nos ndividuos Fortes temores de seem levados peda do equiibrio lin, 1952:208). essa forma, individuo nao carrega a cultura dess comunidad de moro meramente passvo,como ua eran social acta automatica~ fente masdemanciraativa, A adestoacultura catificaasua posipiode ‘nembro de uma socidadeexistentec funciona como passaporte para tia porecipagdona vidada comunidade Ostragos patiulares manti~ ‘dos adam individuo a permanecer dentro do equirio de relagdes {queststentsacomunidade Ascomunidadescorporadas preduzem "str Duras cultaris,lngusticose sociaiscaraceristcos que Beals chamtou propriadamente de “culuraspluras* (195% 333), a defesa tenaz dessa plurtidade mantém a integridade de taiseomunidades Talvezsej desnecessirocresentar que qualquer um dessesaspectos se relaciona com os outose que as mdangasem um delesafetam vital- mente oresto Desa forma, oempregodetecnelogia tradicional mantém ‘terracomomarginaldopontode vistada sociedade maisampla,conser- ‘va comuiidade pobe, orga utna busea de fonts complementares de rendae requer multe dispndio de rabalhofisico da familia nactea: Por ‘St vez a tecnologia € mantida pela necessidade de adeir aos papsis, tradicionaisa mde valida situagaode membroda comunidade, esa 130 ERICR WOLF auesto € produc pela negagto conseiente de formas alternaivas de ‘omportamento pela inves nsciculonalizada e pelo mesdode perder 0 *quillbriocomo vizinho Os vatiosaspectosenumeradiosexibom asim lmao graudeco-vardneis, ‘Osegundatipoque vamos discuticcompreendecamponesesquecost ‘mam plantarum proditopara vender qaconsita provavelmente 30% {175% de sua prodgdotnealGeograficament, ese ipacecamponés ‘distribu pelos planaltos bsinove mids e peas tereas bala opie (Ousoatualde seuambiente fo ditadoporumamadanganademandado rmereadomuidial por prsutesdostropicosamericanosnasegunda me tadedostculoXIXecomecosdoséeulo XX Noconjunt,a produgio ara ‘o mercado por esse tipo de camponés tem estado em laseascendente, ‘embora ameagada amide poe perodos ncermitents de decinioe de press "Nas planiiesropiealsde chuvas sazonaisessescamponeses plantam ‘anarde-agtcar Em regicescronicamentechuvosas,comoo norte da Co lombiaa Venezuela ea costa do Equador, deram preferénciaacacau ou bana, Odesenvolvimentodessesegmentocamponés [oi maisimpres sionantenos planaltosbaisase imidas onde o produto maiscamum €0 cafe Plat, 104 408), Esa lavoura cree com faciidadetartocm pr priedades grandes como pequenas, como acontece na Colombia, Guatemala, Costa Rica nas Indias Ocidentais sa produpio para omercadorequer captllzagaoextecaa. A quant ddadeeocjpo de capital ed importantes ramificagdesem toda adapra- ‘local Oscamponeses dese tiporecebemacaptalizaiodefora,mas Prineipalmente mania fora tediclonal, em peuena esl, inert tenteeespeculasva. Naoha investimentos paraestabizar omercadoos reorganlzar oapuratode produsaoe distribuiciodocampesinato.Poucos grupos camponeses dese tipa foram esttdadosem profndidade pelos ntropélogos.equalquer discussiasobe elesdevepermanecerconjgtural atécetto pontaenquantonavas pesquisismtoaumentam nossoconhei- mento Paraaconstrucaodesse ipa autor baseouse.cmampla media, cemseu propriatrabelbodecampoem Porto Rico (Wall 1951)eem insights fobtidosem estudosfeitasnasul do Brasil (Hermann, 1050, Pierson eou- tras 105, CChamaremosdecomunidade “aber” aesiuturaipicagueserve para “integra eee ipo de segmento.camponésa outros segmentose x0 fodo sociocultural mais amp. A comuniade aberta difere da comunidad ‘amponestcorporadaem viriosaspectos Esta ultima écomposta funda ‘TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 131 ‘mencalnente por uma subculeure,ocampesinato.Acomunidade aber compreende varias subculturas. das quaisocampesinato apenas uma {elas embora sep osegmento fanclonal malsimportane. A cormusida~ de corporada enfatiza a resistin as Influeneias de fora que possam meager sua integridade Por sua vez, comunidade abertaenfatza a Jtetagdo continua com o mundo externoe amarra sua sorted deman~ ddasdefora A comunidade corporada desaprovaaacumulactoindividal ‘etexibicande riquezac batalla para rads asefetes dessa acumulacio ‘sobrea estrutura comunal, la resistea mudanca das elacoese defende ‘equilibriotradicional A comumidide aber permiteeesperaaacumu- Tacdoindivicaal en exbigtoderiqueza durante periodesdecrescimento sda demanda externa e possbilia uma grande influencia dessa novar- ‘quezanasreformulagees peridieasdos agossocais Historicamente a comunkade eamponest aber surgi em resposta apcrescimenta da demands por prodios comercalizvels que acompa hou odesenvelvimentodacapralismona Europa. Emcertasentido ea ‘Suma ramificagtode um ipod sociedade quecrescewemutiplcou sua riqueza dando origema novascomunidadesqus porsua ez, produziiam nova riquezas Muitascomunidadescamponesisforamcriadasria Ame "ie Latina por colonizadores que ouxeram para Now Mundopadrdes ‘cultura de consumo e producto que desdeo inicio os envelveram em relagdescom um mercado excerno Serespanhalou portuguesa ‘maisdoquefalarespanholou porcugués ovaderiracertstipas decom portamentotradicionalea normasideals implicavaa partieipacao num. $item complexode laces hirirquicse pesigioqucexiglaoconsu- ‘mode bensque a6 podiam ser produsldos por melode uma complicada divisiodotmbalhae que inham desersquridos no mercado. Neale ‘ma quantidade de cobertoresindigenasentregue como tributo poder substituirosatusabridacom passe de uma camisa de seda de Case, ‘uum pegueno franaido deena de Cambraia, Os artigosde prestigi, ‘bem como necessidades como ferro, 56 padiam ser comprados.com di nheira, ea necssidade de moeda levou as pessoas a prxluzi para um mercadoexterna Acemanda por mercadoriaseuropeiasdoscolonoses ‘panhisers enorme e provocou grandes alteraces na ett utura econ Imicacapaten-mae Sambar, 1928 Ipt.2 780-78) Poranto,noestabe lecimento da comuntdadeaberta,o carer da sociedade externa fo! um. dleterminanteessencial dese o inicio. ‘Seria um ero visuallzaro desenvolvimento do mercado mundial em termoede expansio cantina eunformee sues, portant, quealinhado 152 ERICR WOLF desenvolvimento de determinadas comunidades camponesas sempre tendede um menora um maiorenvolvimentocom omercado. Ess: ipo deraciocinio seria especialmente descabido nocasoda América Latina, ‘onde oisolamento e a homogeneidade do pov" sto, com frequencia “Stcundirios ito podem vir depos de um estagio de maior contatoe heterogeneidade. Redfield reconheces aspectosdesse problema em s03 recente categoria de ‘pov refit" remade fol 0953 47), Tal categoria. Aeveriacobrirndosomenteosindies yucatecas, que fugiram para. oisla ‘mentodomato,mastambém grupos de colonizdores com na elturs de origem basicamenteibéics, que estveram outrora na correne cen ‘wale desenvolvimento comercal:masque foram abandonsclosem suas ‘margens pobres (I, ex, ospovoamentasespanhdiser Culiactn, Nov alicia, descrito por Motal1940:99-102]eChlapa RealChiapas descrito porGagell929.151-153) "A America Latina esteveenvolvda nas grandesmudangaseflutusgtes ddo mercado desde o periedo inicial da conguistacuropeis Parece, por exemplo, que uma rapida expansto do desenvolvimento comercial "Nova Espanha durante o século XVI ol seguia por um 'sécul de de- pressao tf Borah, 1951; Chevalle 1952 xi, 54) Asatvidadescreseray ‘novamentenoséculo XVI paca desembocar num govoencolhimentoe {esincegragao domercado no iniclodoséeuloseguinte Na segunds parte fo séeulo XTX e nocomegodo éeulo XX. mls pass laino-america- nosforam presasde boomsespeculatvosd produgdo para mercadosex- ‘terns com frequentesresltadosdessttosos, nocasod quebrasce mer~ cad Comunidades inttras iam seu mercado desaparecer da noice para bdiaevolavama produgaodesubsistncia, ‘Duas coisas parecem clarasnestadiscussio Primeiraotratarda Ame ‘ica Latina de hoje seria recomendive evitara visto da posit para ‘ubsistenciae pars omercadacomodoisestgios progresivosde deen ‘olvimento, Devemosabrirespago paraa alternéncia cilia dos doit posde predagiona mesma comuniadee perceber quedo pantade vista Aacomunidade,ambos os tipas podem se respostasalernatvas smu ddancas de condignes do mereal externo. Iss signifies que um estado sincronicodess pode comunidade€ nsufclente porque aocansegue revelarcomoa comumidade pode seadaptara mudangasaparentemente tao radicais Em segundo lugar, devemos procurat os mecanismos que tomnamessasmucangasposiveis, ‘Nacomunidade camponesa corporada.asteladesde individuose gr de parenceseodentrodacomumidade estao limits por ama et eae iinsene ‘TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 133, cura comum. Vimos ques comumidade busce fundamentalmente man= terumequiibriedepapeisdentrodela,aum esfoco para mance intacta ‘a fronteiracxternaA manutencio dese limite influ, por sus We, nt Cstablidade do eqalirio interna A comunidade aberta nao tem essa ‘Struturacorporadaformalizada, Ela nto Limits prseipaczo nex ns ‘emma fronteia defensiva Multa pelocontrsio cla permits penetra ‘ho livede infloenciasextersas "Em conttaste com a comunidade camponesa corporada,cm qe ao munidade detim o decode revere revisat as decises individuals. ‘Comunidade aberts press-sea mudangss rapa na produgzo porque ¢ possvel mobilizar o campontscorientélo rapidamente no sentido do Inercadoem expansio.A propriedade da terra ¢eralmente privada AS scsoesa favor de mudanas podem see tomadas poe familias individu fais A propriedade pode se hipotecada ov empenhadaem toca decapi> tal comunidade enquanto comunidade nao ode imerferie nessa m+ dana, “Tal como na comunidade camponest corporada, a terra tendo a ser marginal ea tecnologia, primitiva.Contuda, terra eteenologia s20fun~ ‘onalmente elementos num compleno diferente de relagdes Os com pradores da producao tém interesse no "ttraso” do campones. ‘Areorganiza;ao de seuaparatoprodutimabsorvelacapialectecto que podem ser gastos com mais vantagem na expansio d0 mercado, cam 3 Compra de metosde transporte, contratagaode ntermediiosetc Alen tsa aomanter oapatode produgzo sem modancasocomprador pole recusir iso de ter seu captal peso aos meins de produgao das eras ‘ampoiesisse houver uma queda do mercado Oscompradores roca ‘sssim oaumentode prodtvidae por homemhorapelosrisces meno res do investimenta, Poderios dizer que a marginalidade da terra a ‘tecnologia fraca stoagul wma fungaode mercado speculative. Emtcaso ddenecessidade,ocepeeulador simplesmente era gcréito,enquaatoo ‘amponésretorna prodgto par. subsisencla, usando su tecnologia tradicional fata de que a pred para omereado posa ser realizadanasterras| {dos eamponeses sem ma zeorganizagao material do aparato produto implica sinda que a precio para omercadodecadacamponestendaa se pesquena, assim comoa rendaqueecebedepoisde pagar das assuas “obrigagdesissonao significa que teal agregadoda produocampone- ‘sino poss atingirquantidadesrespeltavels,nem que olucrodointer- rmediirioses necessriamente bis. 134 ERICR WOLF Nesseciclode produgtoparaomercadloeparaa sobsstencia sta lt sa garante in sustenta minima estave, enquanto a primeira promete ‘mats etorne, mas envolve a familia aos cos do mercado flucuante ‘Oecamponespreocupe'sesemprecomo problemacleconsegulrumcerto ‘qullbrioentresdoistipos de product Cclos anteriores de producto pita o mercado permitiram-Ihe comprar bens eserdgos que na ceria Condigdesde adquiirse preducise apenas pata asubsistenca Contudo, ‘um esorgototal para aumentar su capacidade de comprar mais bense servigosdeze tipo pode sigificar seu tim coma predator agricola inde pencente Sua tendencis €enta0 de confiar num minim hisicode pro ‘dogio plea a subsiscenea e expandir devagar o consumo que envolve ‘neta Em gral, pode contar com normas radicionals de consumo ‘que definem un padrande vida decente em cermosde ut numero fa ‘denecesidades culturalmente padronizadas, Tals necessidades a0 sto tevidenterente apenas econdmieas, nas podem ince gastos padton “das com objivoseligisoserecreacionaisou com hospital. Es snsnecesidades também nao sto estaicasPorém visualizarexpansto domereadodo pontode vistadasubsisténcia az que ocamponéssiex- pda seu constimo devagat Aacortar gastoscom cinkeiroelepreelas Comprasde noms bense discibul suas aquisigoes por um longo periodo ‘temp’ O padraode vida camponesest passindo por mudancas, mas Dtltmodessis modangasé lento( Wolf 1951 65) A regra cultural permite {ue ele like o ritmo da expansao, mas também Ihe pssibiltarecuar ‘quando avancaslém daslimiteseconémicosusuais Tal eomota communi dade camponesa corporada.aunidadedentroda qual consumo pode ser restingido com matscfiicitenquantoa prodgaoaumenta énovamery tea familia nclene Ese modus operandi refleteze sabre sa tecnologia e sua eapactdade de aumentara renda monetira,Ocomprador da produgdodocampones ‘be que ele sera lento na expansio de sua demand por dinheieo Pode entaoconcareom acumular mais ganbosnafaseincial de wn mercado femerescimento fator que aumenta ocariter especultivo da economi (Os camponeses que sao frcados da note para o dia areorentar sa producto da subsisténeia para o mercado, raramentestocapazesde ge Faro-capital necessrio pata isso, O capital precisa vide fora, de oot ‘seymentodacomunidade ou mesmo totalmente de fara da comunidad Ofesuladoéque quando a produgioparacmercaose orn importante, apertamse os lagas entre campo e cidade. As familias urbanas preocw pim-se com. produgaoe disriimicaodassalraseligam seuprépriodes: TIROS DECAMPESINATOLATINO-AMERICANO.. 135 ‘ino an destinodassalras para omercado, Numa sociedade submeida 2 flacuagoes eqns do mercado, mas com pouco eapital liquide, hi povcos mecanismasinsticucioaislormals que garantam ofluxo decapi {alparsa prodogiocamponesa Numa sociedade maiscapitalizada aol $s de valores fnciona como um governanteimpeseoal das relagdes en ‘eas ivestidores. As corporages se formar, fundem edisslvem de avoedo com os dames desse governante- Numa ociedadeemqueacu mulagtode capital ¢baixa.aestrururaclaincorporagtaendea ser fraca ‘uausente Malsimportantesstoasaliangasinformaisde familias ecien tes que polarizam a riquesa eo poder em qualquer momento dado, Dexpansto do mercado tende a envolver o.camponts em um ou: 0Ute0 ‘esses blocosde pode familiar na cidade Por su ve, esses blocos poss Tilia a difusa ripida do capital no camp, uma vez que o creda & garantido por relages pessons entre creda ecevedor Deste modo, {idelidade da campontsreforca a posigio sociale politica de uma deter~ ‘minada familia msetor urban, ‘Quandoomercadoca.camponesese pattanosda cidadetendemaser apanhados nomesmo movimento descendente Portantoascomurida- ‘desabertasdotipoqueestamesanalisando tomarcadaspela’eircuaga0 ‘Gaelte Os Llocosde iqueea pacer se ormam serompeme sto substi- tui por blocos similares que ascend. A grance preocupagaocom Status et relacionada com esse ipo de mobilidacle No plano social, ‘ostatusmedea posicaonatrajetéiada familia no planoeconsmico Para usar uma expresso simplifieadora otatusness sociedade representa ‘lasficagio de ert’ da familia. Acircalagaoecondnnica da ele as- sume eno, forma de mudangas no status social, Tats mudangas na posieao social eeconémica sempre compreendem un aspecto urbano © tim rural Sea familia naoconsegue encontrar apoias econdmicosalter~ ativan ela pede prestigio nasetor utbanoe, maiscedo ou maiscarde,€ sbanddonada por sua clentla camponesa, que precisa procurar outros patronasuirbanos essa forma, estamos tratando de um tipo de comunidad que ede fronta continvamente com alinkamentos,circulagao erealinhamentos, ros nivessocioecondmicoepliticn Una ve2qe sartanpssnciais cco" ‘némicose politica se bacelam fundamentalmente em Lagos pessoa, esas flucuagoesatuam para redefinir as relagbes pessoais que, pot sus ‘vez Sto vigiadas de pert para ver siais de rast As relagdes entre doisindividuas io simbizam apenasosrespectivos status papel las fenvolvems toda uma striederelagdes que devem ser avaliadase eajusta 155. ERICR WOLF classe ht algum inicio de mudana. Essa "sobrecarga’ das relagdes pes “osis produ dais ipa de comportamentoro.comprrtamentocaleulado para retero status socal e um ipa de eomportamenco que, na fala de termo melhor, pode ser chamaco de"Yedefnidoevoltado para alteraro ‘estado exiente das elagdespessoals-Ambos ostiposestaraopresentes fem qualqoerstuacao social, mas 9 dominio de um sobre outro sers ‘Seterminado pela estabidede om instablide rlaiva da bce econ mica Ocomportamenta preocupada com osatustrazconsigo uma cons ciencia Feroz dos simbolos de satus enquanto 0 "redefinidor” busca tes taroslimitessociaismediante mecanisoostio variadasquantoo humor ‘convites para bebcr ou comer, visas, afirmagoes de valor Individual e propostas de casamento, O mas imporante desses pos de compora mento, bastante ausente dacomunidadecorporada,consisenaostena ‘lode mercadoriascompradascom dine Esse tipo de comportamiento redefinidorramifica-seem outeosaspec tosda cultura A riqueza éseu pré-requistoe,portanto ele mais dbyio nas lasesascendentes do ciclo econdmica A acumullagao de bens eo ‘comportamentoa cla azociado server de destfiods elagaesexistentes ‘coma parentea, tantoreal quanto etc uma vez que sto uevalmente Aacompanhados por uma redugdo nas relagéesdeailiorectpeocoe hos Piailidade em que ese agossebaseiam "ssa perturbacaodos gos solaispelaacumulactonaoé permitida na ‘comunidade eamaponesacorporada, mas pode prosseguir sem conttcle notipode comunidade que stamasenaminande. Aqui formasdeinvsp, como a Feitigaria,estao presentes com frequéncia, mas nao 520 ‘nstucionalizadascomono primeiratipodecomunidade. Antes omedo di fekigaria correspond &hiptese peoposta por Hebert Passn (1042 Tdeque em quale sociedad nde i wna grande peda de a obrigagi cularal aueinlica dius de eso ehastade teas psoas, ese esa hostile ‘eg exrasa es ata fin aera, (a fei ou owias md fas rela ‘lonadas ela sede eines, (Omedodafetiaria numa al comunidade pode serinterpretado como ‘um produtoda culpa por pare doindividun que esta rompendolagos ue a0 Yalorizades junto com ura vaga ansiedade sobre a perda dedeini- oesestiveisdesituagsesem termasnitidesde status Admesmo tempo, ‘snows poseesestnexibigtaconspicun seem ndoapenaspara redefine Tr i } ; TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO., 137 stotuseassim eduziraansiedade, mastambém como melodeexpressar hostilidade contra aqueles que nao possuem os mesmos bets (ct Kluckhohn, 1944 67, nota 96) Por sua vex, as comparacces invests” produc poresa asad prdzen umauimentona taxa crac mula Outros iposdecamponeses (sdottipssemovelosdscutdosacimandocegotam deforma sluma a varadade de segments camponeses ue encontrar na America Latina Eesforam exalhidosparexame pore esent com asco prtencapratratadlesem eros deitaexpernciadecampa No Entant, com mals gnoranclae menos seguang, gosta de inca 2 Jnrgstrags alguns oueostios que avez mere uma nvestigagso ras detahada Poe patecer que esses pes stosemelhantesdecoonn des "abertas’ mas € importante conetulosseparadamente Pe tos epear que les jam multodierentesem suas configurages un ‘ona bsieasem asda area ditntadesuainegragtoasiemas ‘ectocultratsmatsamplosedsdierents historias desuainegraco. Assim parece qu aa mesma Area geogriflen occa peo segundo tposhd um ereto po decampones emclbanteasxgundonoiode «qicuna grande porcenagem desi redo total even no mera Estas porcenagem émaiorco que sence nosegandoripo ere Sis isda precio oral. Tats de ut segmentocampones Dereeierirdasegind tpanacsalidademitonsor dese mes {be nacapaieagto defor mito asamp Bo arte dotnereado representa pelademanaaementespregeda dos sados Unidos 9 Cepial nore mescane penetra nesses segments por ntermein de panicagescomoa Unted Frat Company Neswseniadelnvestimen- {Gerterno capital podesefoneldo por novos grupos acide inves tides doipoencontadnsinddstiacafeirde Anil Colombia (Parsons 1949 29} Os anoptlogoe dedicarsn poucatengdoa ese Uipodecampesinio Un quarto poe epresetado por camponeses que vender habia mentea mor prtedesua prods toraem mecadosoclsrestiog ima estes Fees mercado ccoiem ese pero de aos peveamentsreligiassepllicos nas tetraslia que deserter Uimpapel tadcinal a vtladopaigmssnomestatnsnasdeexpane 138 ERICR WOLF slo comercial ou industrial. A capitalizacao externa dessa prechicao pt receria local em escala, mas um mercado relativamente estavel pode lerecer uma certa garantia de retoenos piquencs Fssa categoria pode englobar gruposrelativamenteignoradospelosantropslogos,tis como aascomunidadesde ranchonsdoMexiclel Armstrong, 1949; Hlumpheey, 1948; Taylor, 1933) ou os colonzadores da baels de Bago (ef. Smith € outros 1995), ‘O quinto grupo talves set repreentado por eamponesesloalizados ‘numa regito que formava outro uma éea-chave do siserna de desen™ volvimencodocapitaismo( Williams 1944'58:107) Essa regiaoselocal em planicies ropicaisde chuvas szonals do nordeste do Brasil das Indias Ocidentais, onde as plantagdes de canade-agcar, baseadas no ttabalhoescravofloesceram dlosséculos XV ao XVIIL Esss plantations dlecairam par uma sriede atorestaiscomaolim dotrafica le escravos ‘comovimentodeIndependéncta politica na América Lanina.es matoria {ov ncapazdecompetircomoutrasareas tropicals Onde oantigosistema {de plantation pofoisubsttuido por modernasabricasnocampe” como fojocasodonordest brasileira (Hutchinson 1952 Wedepartesdacosta ‘meridional de Porto Rizo (Mint, 1953 244-249) encontramosbo pro riedadescamponesas que sto"residucs deantigisorganizagtesde a= de escala (Plat, 1943 501) que se desintegraram, como no Fait ena Jamaica. 4 economia desis reices verse contraindo deseo fim da “scravidao,com oresultacode que esse ripode catnponés parece seine har pesacamente para preducaode subsea on para a producto lstbuigaode quanedades muitopeqaenas paraomereado (Um sesto grupo alvezsejarepresentad peloscolonasestrangeirosque Incroduciram mudangas teenalogeas no sulclo Brasil e doChhile. Ess freas parecem mostrar certassemelhangas Em ambas,oscolanoses20 Theram a Floresta, em vez do terteno plano, pra se esabelecerem. Em ambas, a colonizacao fe promovida pelos governos cents para eriat ammortecedorescontra presses militares de ora e movimentos locals de autonomia. Em ambas os enlones viramse instalaclos numa fonteira ecoldgia culeural No sul do Bras enfrentaram presses cultoris do ;pampa (Willems, 1944:154-155) eda populagao vizinha de produtores ‘asuais para o mercado (Willems, 19451415 26), No sul do Chil, n= frencaram osaraucanos Em amhasastteas.a um periodo nical de per dadeculturaeaculruracao segue uma integragaocrescente no mer cadonacional pormeioda venda de produtos paraomercado, as TIPOSDECAMPESINATOLATINO-AMERICANO. 139 Um sécimo tp abe set compos por capone que vive na peri do merci nia de proneos ds Ameria do Eciowman oa) Estcstegns nk gene qo prod paromer ads fide obterargosestatelnsde consumo atscome ups a tu metats que no podem produ O nie enol que caravtersa fst pode campones parece ser tuo sa agrleltrs era pinelpal tmentedederrubadaecolvaa Seusconttoscoorereadoparecem set tsporidics ea reguardade com que eprops veda parece de Tener de wna detnandaextera incerta ede sta necessidadeperiica Ae um produto de fos Bor ust em larga medida das exgeness do Sistema agricola a fais vem em dipersio represetam Prova velmentes principal nivel de negragto Uma vez que mao hé mercado csuvelaferra nao tem valor comer, e ocupoio&elatvamente lived obstacles Umnafanliapdc car ater poruantotempotor recesstroeabandondlaquandsprodugdodimin Tactile pla repo xigria grandes quantidades de terre una operagio sem esr {es Osconocios de propiedad rivadafiada erm tendriamaesar Ssentes ou ano funciona Atte lve pertenga a algutm que a80 pose fazer so comercial eesivodela nomomentoepermitesocupagio {Crnporti (pre o toleralosde Snes Cre avis Leonard 1952 152439; par os intros dsl do Bal Willems, 192.576 pars os posscirs eto gates do Brasil. Smlth, 166 459-460, pita 0 Fatagust ef ServiceService S39). ‘aa estas quero aera ta acima representa pens ssties A pest otra levardceramentesformUlagi de oatrestpos construe de moos para atar de fendmenos de ansian as omo a muudangas eum pode segment pars outro Tendo em vita qu osseqmentarserelacionarn unscam osoutrs oxprofundamentoda investigated evar emconaosmadoscomocesegmentorse ier telacioam unscom osoutosea varedadedexruurescomuniirias dquetalscombinagbes podem produ Tim sna teste argos una tetativade dingui entre vtiostpos decampesinatona Attrict Latina ssestiposbusela-secmestruas hiram es deem conte desta Ascaltraseamponests ‘Ba visas como culture paris dentro de todos socloculturas mals SmplosNaconstruao de poogia ganharam peso central ocaater do Tolomasemploc moods inepaciogacclira peril sel Ortpos "Sugridospermanceer tment roses 140 ERICR WOLF Bibliogratia AcukeBareax, Gonzalo 1952 Problemasdé la poblacin indigenadela cuenca del Tepaleatepec Memoriasdel Inaituta Nacional indigent, 3 Metco Anustno John M.1949.A Mexican community:astedyof che cultural ‘determinants of migration. 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