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LDBEnsino Medio
LDBEnsino Medio
1 – Introdução
2- O processo de trabalho
médio, considerado como parte da educação básica, a mais que 25% de seus
jovens entre 15 e 17 anos.
Não se pode mais postergar a intervenção no ensino médio, de modo a
garantir a superação de uma escola que pretende formar por meio da imposição de
modelos, de exercícios de memorização, da fragmentação do conhecimento, da
ignorância dos instrumentos mais avançados de acesso ao conhecimento e da
comunicação e desta forma, ao invés de se colocar como elemento central de
desenvolvimento dos cidadãos, contribua para a sua exclusão. Ao manter uma
postura tradicional e distanciada das mudanças sociais, a escola como Instituição
Pública acabará também por se marginalizar.
Uma nova concepção curricular para o Ensino Médio, como apontamos
anteriormente, deve expressar a contemporaneidade e, considerando a rapidez com
que ocorrem as mudanças na área do conhecimento e da produção, ter a ousadia
de mostrar-se prospectiva.
Certamente, o ponto de partida para a implementação da reforma curricular
em curso é o reconhecimento das condições atuais de organização dos sistemas
estaduais, no que se refere à oferta do ensino médio.
Constata-se a necessidade de investir nas áreas de macroplanejamento,
visando ampliar de modo racional a oferta de vagas e na, de formação dos
docentes, uma vez que as medidas sugeridas exigem mudanças na seleção,
tratamento dos conteúdos e incorporação de instrumentos tecnológicos modernos
como a informática. Estas são algumas prioridades, indicadas em todos os estudos
desenvolvidos recentemente pela Secretaria de Educação Média e Tecnológica e
pelo Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos-INEP, por meio do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Básica-SAEB e que subsidiaram a elaboração
da proposta de reforma curricular.
Mesmo considerando os obstáculos a superar, uma proposta curricular que
se pretenda contemporânea deverá incorporar como um dos seus eixos as
tendências apontadas para o século XXI.
A crescente presença da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e
nas relações sociais, por exemplo, que como conseqüência estabelece um ciclo
permanente de mudanças, provocando rupturas rápidas, precisa ser considerada.
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Aprender a viver
Trata-se de aprender a viver juntos, desenvolvendo o conhecimento do outro
e a percepção das interdependências de modo a permitir a realização de projetos
comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis.
Aprender a ser
A educação deve estar comprometida com o desenvolvimento total da
pessoa. Aprender a ser supõe a preparação do indivíduo para elaborar
pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor,
de modo a poder decidir por si mesmo, frente as diferentes circunstâncias da vida.
Supõe ainda desenvolver a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e
imaginação para desenvolver os seus talentos e permanecer tanto quanto possível,
dono do seu próprio destino.
Aprender a viver e aprender a ser decorrem, assim, das duas aprendizagens
anteriores - aprender a conhecer e aprender a fazer - e devem constituir ações
permanentes que visem a formação do educando como pessoa e como cidadão.
Considera-se nesta perspectiva o currículo como “ uma manifestação
deliberada da cultura via escola, cuja essência consiste no entrelaçamento do
desvelar da história do eu individual com o desvelar da história do eu coletivo. É um
ir e vir :
do singular para o geral;
do fenômeno para a essência,
da realidade para a possibilidade, que se estabelece em torno de
três eixos: o histórico-social; epistemológico e o cotidiano. (José
Luiz Rodrigues)
Estes eixos orientam a elaboração de critérios para a seleção de conteúdos e
das competências e habilidades que se pretende desenvolver no nível do ensino
médio, tendo em vista as aprendizagens fundamentais acima enunciadas.
O eixo histórico-cultural coloca a discussão sobre o valor dos conhecimentos
tendo em vista o contexto da sociedade em constante mudança. O eixo
epistemológico “ resgata e coloca no hoje a historicidade dos componentes
curriculares “, apontando para a função social dos conteúdos. O cotidiano é o
momento em que o currículo prescrito é submetido a uma verdadeira prova de
validade e de relevância social.
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Art.36...
I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do
significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de
transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como
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