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AÇÃO PREVIDENCIÁRIA
O Autor manifesta expressamente a renúncia ao valor que exceder a sessenta salários mínimos
no momento da propositura da ação.
NOME, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº XXX e RG nº XXX –
XXX/XX, sem endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua, s/n, Bairro, CEP XXX,
Cidade/UF. Com base na Constituição Federal e na Lei nº 8.213/91, por meio de seu advogado,
com procuração anexa, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a
presente:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
Ante a ausência de condições financeiras do Requerente, requer este que lhe sejam deferidos
os benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto ao inciso LXXIV, do
art. 5º da Constituição Federal e nos artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil, em
virtude de ser pessoa hipossuficiente na acepção jurídica da palavra e sem possibilidades de
arcar com os encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua
família, conforme declaração em anexo.
DOS FATOS:
O autor sofreu um acidente de trabalho, tendo que ser submetido a tratamento cirúrgico
(ARTRODESE DE T11-L2) fratura da vértebra lombar (CID-S320), além de sentir fortes dores e
desconfortos na coluna, nas mãos e nos pés, devido às sequelas deixadas pelo acidente,
justamente os principais membros utilizados para atividade laborativa ou qualquer outra
atividade da vida civil, o que a torna incapaz de desenvolver as atividades laborativas
habitualmente desenvolvidas.
O Autor passou a realizar tratamento médico não tendo, contudo, readquirido sua capacidade
laborativa, em que pesem seus esforços e dedicação para se recuperar.
Pela oportunidade da última perícia médica, os médicos do Instituto Réu entenderam que o
Autor está apto para desenvolver suas atividades laborativas, tendo sido indeferido o
requerimento do mesmo.
O Autor realiza tratamento médico e fisioterapêutico que consiste em uso contínuo de
medicamentos e procedimentos de avaliações, como também, fisioterapia e seus
procedimentos, como se pode observar nos documentos anexos, sendo de difícil recuperação
e demasiadamente demorado, não tendo, até o momento, permitido o Autor melhora capaz
de reabilitá-lo para o trabalho.
Assim, o Autor necessita da proteção previdenciária, uma vez que continua sofrendo das
limitações imposta pela doença, que o tornam incapaz para o trabalho, haja vista que desde a
cessação do benefício encontra-se em dificuldades financeiras de subsistência e de sua família,
não podendo nem sequer comprar os medicamentos que tanto necessita.
Por fim, cabe ressaltar que o Autor recebia da Previdência Social auxílio-doença, sendo esse
cortado pelo INSS no dia XX/XX/XXX, porém, o Autor preenche todos os requisitos de carência
e qualidade de segurado, configurando-se assim a situação em que vive um verdadeiro
absurdo, uma vez que deveria estar neste momento sobre a proteção previdenciária e não
dependendo da ajuda de terceiros para manter a si e a sua família.
Deste modo não resta alternativa ao Autor, senão recorrer ao poder judiciário para clamar
pelo seu direito, em nome da mais lapidar justiça.
NOVAS PROVAS:
O Autor já tinha buscado na via judicial o restabelecimento do auxílio-doença, porém, teve sua
demanda indeferida.
Em respeito da coisa julgada, o Autor passou por novos exames que atestam que ele ainda
está com deficiência permanente. Segue anexo.
DO DIREITO:
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso,
o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”.
Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de
Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício,
salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão.
Conforme se percebe da análise dos fatos e dos requisitos legais, o Autor preenche todos os
requisitos que autorizam a concessão do benefício de auxílio-doença, bem como de qualidade
de segurado e carência, porquanto não possui mais condições de exercer seu labor.
A data do restabelecimento do benefício deverá ser fixada nos termos do artigo 43 e 60 da Lei
nº 8.213/91, sendo, no caso do Autor, a data em que fora cessado o benefício, dia 08 de
novembro de 2018.
Sendo assim, busca do Poder Judiciário o reconhecimento do seu direito, não sendo justo que
agora quando mais precisa do auxílio-doença este lhe seja negado mesmo diante de tamanha
clareza dos fatos e estado de miserabilidade.
Verificada a presença dos requisitos para a satisfação antecipada do direito pleiteado pelo
Autor, demonstrando o dano real que ainda sofre o Autor, torna-se imperativo o deferimento
da antecipação de tutela para que este juízo determine o restabelecimento do benefício de
auxílio-doença.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela
final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco
ao resultado útil do processo.
Assim sendo, não pode o Autor continuar sofrendo pela falta de recursos financeiros para sua
manutenção e da sua família quando teria que obrigatoriamente estar percebendo o benefício
de auxílio-doença e realizando tratamento médico e fisioterapêutico, ao invés de encontrar-se
passando dificuldades financeiras e dependendo da ajuda de terceiros para alimentar-se.
Diante de todo o exposto, está evidente a prática abusiva na relação de seguro social, devendo
ser concedido o benefício de auxílio-doença imediatamente. Ademais, são inegáveis os danos
causados ao Autor, decorrentes da conduta ilícita da parte Ré.
DOS PEDIDOS:
5. Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,
notadamente a documental.
6. O Autor ainda declara estar ciente de que: (1) os valores postulados perante o Juizado
Especial Federal não poderão exceder 60 (sessenta) salários mínimos; (2) deverá comparecer
na data e horário indicados para perícia médica, audiência de conciliação e/ou instrução e
julgamento, se for o caso, sendo que o não comparecimento acarretará a extinção do
processo; (3) deverá comunicar qualquer alteração de endereço, telefone ou e-mail no curso
do processo.
Nestes termos,
pede-se deferimento.