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Sadla Teo Ass
Sadla Teo Ass
1. OBJETIVO
- Apresentar as principais particularidades na utilização das Tabelas Numéricas de Tiro norte-
americanas para a realização da técnica de preparação teórica utilizando os conhecimentos da
doutrina brasileira e norte-americana aplicados ao obuseiro M109 A5 +Br.
2. REFERÊNCIAS
a. Manual de Campanha C 6-40 - Técnica de Tiro de Artilharia de Campanha – Vol. I e II, 5ª Edição,
2001.
b. TC 3-09.81, Field Artillery Manual Cannon Gunnery (abril de 2016)
c. FM 3-09.15 MCRP 3-10E.8, Tactics, Techniques, and Procedures for Field Artillery Meteorology
(outubro de 2007)
d. TNT - FT 155-AR-2 (agosto de 2016)
3. INTRODUÇÃO
3.1 Fogos precisos podem ser desencadeados em alvos de locação conhecida sem ajustagens.
Dentro de condições padrão, os dados da TNT conseguiriam atingir esse resultado desejado,
entretanto, é válido assumir que as condições padrões raramente existirão. Mesmo em condições
atmosféricas estáveis, podem ocorrer desvios de 5 a 10% no ponto de impacto em relação ao
previsto na TNT. Um exemplo no manual norte-americano FM 3-09.15 cita um teste realizado no
sudoeste da Ásia que mostra que um tiro de artilharia, em seu alcance máximo, em calor extremo, e
baixa densidade do ar, resultaram em necessidade de correções de até 4.700 metros.
3.2 Dessa forma, correções precisam ser aplicadas nesses dados da TNT para compensar as
condições não padrão de clima, posicionamento e material. A forma mais precisa de determinar
essas correções é através da regulação. Entretanto, a condução de uma regulação pode não ser uma
opção. Portanto, são necessárias técnicas matemáticas para determinar correções e compensar as
mudanças das condições não padrão. A preparação teórica é usada para medir a diferença para as
condições padrão e calcular correções para essas variações, e pode ser empregada isoladamente de
modo a dar mais precisão ao tiro, quando não se pode regular.
4. CONDIÇÕES PADRÃO
4.1 As Tabelas Numéricas de Tiro são baseadas em um conjunto arbitrário de condições padrão de
clima (estabelecidos pela Organização Internacional de Aviação Civil), posicionamento e material, a
nível do mar.
5.2 Os efeitos do vento nos projeteis são facilmente entendíveis. Um vento longitudinal de
retaguarda (tail wind) empurra o projetil para frente, fazendo com que ele vá mais longe, enquanto
um vento longitudinal de frente (head wind) causa uma diminuição no alcance obtido. Um vento
transversal (crosswind) sopra o projetil para direita ou para esquerda, o que causa uma variação em
sua direção.
5.2.1 Exemplo do efeito de um vento longitudinal de 20 nós em um obuseiro 155mm atirando com
a Carga 7W (branca) a 11km:
5.4 A densidade do ar, pela qual o projetil atravessa, cria uma certa fricção que afeta o movimento
do projetil à frente. Logo, o efeito da densidade é inversamente proporcional ao alcance do projetil,
ou seja, um aumento na densidade faz com que o projetil caia mais curto, e vice-versa.
5.4.1 A densidade do ar decresce rapidamente com o aumento na altitude. Logo, a altitude da
bateria (linha de fogo) e a flecha da trajetória também tem efeito direto na magnitude da correção
de densidade.
5.4.2 Comparando proporções de cada fator, a densidade do ar tem o maior efeito no alcance para
o alvo. Uma variação de ±5% na densidade do ar causa um desvio de 194 a 200 metros no alcance
obtido pelo projetil, para mais e para menos, respectivamente, utilizando os mesmos dados do
exemplo anterior.
6. BOLETIM METEOROLÓGICO
6.1 O boletim meteorológico é uma mensagem codificada que transmite as condições atmosféricas
em cada uma das camadas iniciando na superfície e se estendendo até altitudes das maiores flechas
da Artilharia de Campanha. No Brasil, utilizamos dois tipos: o boletim de 10 colunas e o de 12
colunas.
6.2 No Boletim a 12 colunas temos as duas primeiras linhas como se fossem o cabeçalho do
boletim, com dados referentes ao posto e à sondagem. Segue o exemplo:
M E T B 3 5 3 0 1 5 4 9
1 9 1 0 7 4 0 1 3 9 8 4
0 0 3 4 0 6 0 3 1 9 5 4
0 1 2 2 0 5 0 2 7 9 5 8
0 2 2 0 0 6 0 2 6 9 6 0
6.3 No Boletim a 10 colunas temos a primeira linha como cabeçalho do boletim, com dados
referentes ao posto e à sondagem. Segue o exemplo:
M E T 1 3 1 0 4 2 3
0 3 4 0 3 9 8 4 1 7
1 2 2 0 3 9 5 4 1 4
2 2 0 0 4 9 5 8 1 0
7.2 A parte 1 da TNT é dividida em tabelas (tables) de A a K, sendo que algumas TNTs podem chegar
a conter tabelas adicionais L e M com outros dados válidos.
7.2.1 A tabela A (Linha numérica do Boletim Meteorológico) é utilizada para selecionar a linha do
boletim meteorológico a partir da Elevação Ajustada (após uma regulação), compensando o efeito
do desnível (A + STOTAL). A Elevação Ajustada é o valor de entrada na tabela, pois expressa a alça com
a flecha máxima da trajetória, logo, a porção da atmosfera em que o projetil passará.
7.2.2 A tabela B (Linha numérica baseada no Alcance) é utilizada para determinar um valor
complementar a ser adicionado ou subtraído do Alcance para corrigir os efeitos do ângulo
complementar de sítio. Esse valor complementar é baseado no alcance para o alvo a cada 100
metros, e no desnível peça-alvo, também expresso em centenas de metros. A soma desse valor
complementar com o alcance de prancheta, arredondado para a centena mais próxima em metros,
será o alcance a ser inserido na tabela F para extrair dados e correções em uma preparação teórica.
A tabela B também pode ser usada para determinar a linha do boletim meteorológico que será
utilizada em uma preparação teórica quando não há possibilidade de realizar uma regulação.
7.2.3 A tabela C (Componentes do vento) é utilizada para decompor as componentes transversais e
longitudinais do vento a 1 nó a partir do ângulo V-T (ângulo horizontal no sentido horário entre a
direção do tiro e a direção do vento). A partir daí são encontrados as componentes do vento de 1
nó. A componente transversal irá interferir na direção do tiro gerando uma correção lateral,
enquanto a componente longitudinal irá interferir no alcance do tiro para mais ou para menos.
Como a tabela C é baseada apenas nas componentes do vento, ela é equivalente para todas as
cargas.
7.2.4 A tabela D (Correções para Densidade e Temperatura do Ar) fornece correções para
compensar a diferença na altitude entre a bateria e o posto meteorológico. Tais correções já estão
convertidas para a porcentagem de temperatura e densidade do ar.
7.2.5 A tabela E (Efeitos da Temperatura do Propelente na Velocidade Inicial) lista o efeito na
velocidade inicial do projetil em metros por segundo causado por uma temperatura não-padrão da
pólvora (21°C). No caso dessa tabela, para a obtenção de valores precisos, faz-se necessária a
interpolação.
7.2.6 A tabela F (Dados básicos e fatores de correção) fornece as informações básicas necessárias
para o tiro e suas correções e é dividida em 19 (dezenove) colunas. Da coluna 2 a 7 estão os dados
para o cálculo básico dos elementos de tiro baseados nas condições padrão. As colunas
remanescentes fornecem as correções em alcance e direção para compensar as condições não-
padrão. Segue a descrição:
Original:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
R ELEV FORK AZIMUTH CORRECTIONS
A FS FOR DFS PER DR PER
TIME OF
N GRAZE 10 M 1 MIL D DRIFT
FLIGHT CW OF 1 KNOT
G BURST DEC ELEV (CORR TO L)
E
M MIL M MIL SEC MIL MIL
Tradução:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Var Evt p/ Var Alc Correções em Direção
Duração
Alcance Alça Evento 10 m Alt p/ 1 mil Garfo
de Trajeto Derivação Vento Lateral 1 nó
Arreb Elev
m mil m mil s mil mil
Original:
1 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Traduzido:
1 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
A Correções em Alcance para
l
c Var vento
Var 1 m/s na Var 1% na Var 1% na Var 1 quadrado
a (Alc)
Velocidade Inicial Temperatura do Ar Densidade do Ar (Padrão: 4 quadrados)
n de 1 nó
c
e - + - + - + - + - +
m m m M m m m m m m m
7.2.6.1 O valor de entrada na tabela é o Alcance em metros, havendo necessidade de interpolação
para extrair valores mais precisos da tabela. A partir da linha de asteriscos na tabela são fornecidos
os dados para o tiro vertical.
7.2.6.2 Dentro da tabela F, a Alça (Cln 2) é extraída em função do Alcance em metros (Cln 1). A
partir daí, as colunas 3 e as colunas de 5 a 8 são extraídos em função da alça. Apenas a coluna 4 (Var
Evt p/ 10 m Alt Arreb) está em função do Evento (Cln 3).
7.2.7 A tabela G (Dados Suplementares) fornece dados relativos a desvios prováveis e outros
elementos da trajetória. Para essa tabela, também é necessária a interpolação para os vários
elementos, sendo que a alça fornecida na coluna 2 deve ser utilizada apenas como referência.
Segue a descrição:
Original:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
R COMP SITE
E PROBABLE ERRORS COT FOR
A ANGLE
L ANGLE TML ANGLE OF SITE
N OF MO
E OF VEL
G FUZE M582 FALL + 1 MIL - 1 MIL
V R D FALL
E HB TB RB SITE SITE
M MIL M M M SEC M MIL M/S M MIL MIL
Tradução:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
A Correção
l DESVIO PROVÁVEL Complementar
A para
c Ângulo Cotang Velocida
l
a Espoleta M582 de Ângulo de Flecha
ç
n Queda de Queda Terminal + 1 mil - 1 mil
a Alc Dir Alt T Alc
c Sítio Sítio
e Arrebt Arrebt Arrebt
7.2.8 A tabela H (Correções no Alcance pelo efeito da rotação da terra) é utilizada para se obter
correções de alcance para compensar a rotação do planeta Terra de acordo com a direção do tiro.
Essa tabela é baseada na latitude 0°, por isso, há necessidade correção para outras latitudes.
7.2.8.1 Para compreender a necessidade dessa correção, é preciso entender que, por causa da
rotação da terra, um ponto qualquer na linha do equador (latitude 0°) tem uma velocidade linear
média para leste de aproximadamente 460 m/s. Dada uma certa peça (A) atirando para leste em
direção a um alvo (B), durante o trajeto do projetil, ambos peça e o alvo irão se mover juntos de A
para A’ e de B para B’, respectivamente, ao longo da circunferência da Terra (figura a seguir).
Entretanto, o projetil irá se movimentar em um plano, cuja base é paralela à origem da trajetória
estabelecida no momento do tiro. Ao final da duração de trajeto, o projetil estará na posição P’
quando o alvo estará em B’. Portanto, é como se o projetil continuasse em uma trajetória estendida
e acertasse, nesse caso, a frente do alvo. O efeito é como se o erro na alça fosse no valor do ângulo
“a”, formado entre a A’P’ e a tangente da circunferência da Terra no ponto A’. Se o tiro for para leste,
esse ângulo será positivo e o projetil irá cair a frente do alvo.
7.2.8.2 Se a direção do tiro for invertida, dada uma certa peça (A) atirando para oeste em direção a
um alvo (B), a trajetória seria interrompida pela superfície da Terra e o impacto do projetil seria
anterior ao alvo. Nesse caso, o valor do ângulo “a” seria negativo.
7.2.8.3 Para melhor entendimento desse fenômeno, é sugerido a pesquisa sobre o “efeito Coriolis”.
7.2.9 A tabela I (Correções na Direção pelo efeito da rotação da terra) é utilizada para extrair a
correção em milésimos na direção para compensar a rotação do planeta Terra de acordo com a
direção do tiro. Esta tabela está distribuída a cada 10° de latitude a partir do 0° Norte/Sul até os 70°
Norte/Sul.
7.2.10 A tabela J (Correções no evento) fornece correções para o Evento no tiro tempo para
compensar as condições não padrão. Essa tabela é dividida com os mesmos fatores das correções
das colunas 10 a 19 da tabela F. As correções são obtidas em função do próprio evento.
7.2.11 Por fim, a tabela K fornece correções no Evento para a utilização da espoleta tempo M564.
8. PRINCIPAIS PARTICULARIDADES DA TNT NORTE-AMERICANA
8.1 Considerando que o manual C 6-40 é baseado na TNT para o material 105mm M2A1, algumas
diferenças se sobressaem em relação a TNT norte-americana.
8.2 A primeira consideração a ser feita é em relação à quantidade de informações que as novas
TNTs possuem. Enquanto a TNT do C 6-40 limita-se à 3 (três) tabelas, as novas TNTs possuem, pelo
menos, 11 (onze) tabelas, ou seja, possuem muito mais dados a serem considerados e/ou utilizados
durante o tiro.
8.3 As unidades utilizadas nas TNTs norte-americanas são diferentes das utilizadas no manual C 6-
40. Dessa forma, se forem seguidos a risca os procedimentos do manual brasileiro sem alterações,
haverá erros. Segue a comparação:
8.4 No manual C 6-40 são consideradas as VARIAÇÕES extraídas da tabela A da TNT. Essas variações
serão transformadas em uma correção teórica posteriormente. Na TNT norte-americana, já são
obtidas CORREÇÕES para serem utilizadas, ou seja, o valor encontrado não precisa ter o sinal
invertido para corrigir o alcance, a direção ou o evento.
8.5 Na TNT norte-americana, os valores das correções no alcance para mudança na velocidade
inicial, velocidade do vento, temperatura do ar, densidade do ar ou peso do projetil não são
equivalentes para aumento ou diminuição. Isso quer dizer que o valor da correção para o aumento
de um dos fatores citados anteriormente pode não corresponder ao mesmo valor da correção para
a diminuição desse fator.
8.5.1 Utilizando o mesmo exemplo do obuseiro 155mm atirando com a Carga 7W (branca) a 11km,
a correção no alcance para o aumento de 1 (um) quadrado no peso do projetil corresponde a 16
metros. Enquanto isso, nos mesmos elementos de tiro, a correção no alcance para a diminuição de
1 (um) quadrado no peso do projetil corresponde a -13 metros.
8.5.2 Na TNT do material 105mm M2A1, não há diferenciação entre aumento e diminuição.
9. PREPARAÇÃO TEÓRICA
9.1 O primeiro passo da preparação teórica é a transcrição da mensagem do boletim meteorológico
de 10 ou 12 colunas, de forma a extrair os dados básicos para a preparação teórica. Dispondo da
TNT norte-americana, é mais conveniente utilizar o Boletim Meteorológico de 12 colunas, pois seus
dados já estarão nas unidades da TNT.
9.2 Em seguida, é necessário determinar a linha do boletim meteorológico que será empregada. Se
houver regulação, a linha é extraída através da elevação ajustada na tabela A. Caso contrário, é
extraída da tabela B, pelo alcance da elevação para o alvo e o desnível peça-alvo, ambos com
aproximação de 100 metros.
9.3 Da tabela B, será extraído também o valor complementar de alcance. Esse valor será somado ao
alcance de prancheta (sem aproximação) e se tornará o Alcance de Referência para as correções nas
próximas etapas, com aproximação de 100 metros.
9.4 O próximo passo será calcular o desnível entra a bateria e o posto meteorológico subtraindo-se
a altitude do posto meteorológico (item 6.2.7) da altitude da bateria. O resultado será chamado de
DH e terá aproximação de 10 metros para ser utilizado posteriormente.
9.5 Já na linha específica do boletim meteorológico, extraímos o lançamento do vento (item 6.9.10)
e a velocidade do vento em nós (item 6.9.11). O próximo passo será a determinação do ângulo
segundo o qual o vento incide na trajetória. Para isso, subtrai-se o lançamento do tiro do
lançamento do vento, adicionando 6400''', caso seja necessário.
9.5.1 Esse valor será introduzido na tabela C, resultando em componente do vento transversal
(crosswind), podendo ser para direita ou esquerda (R ou L, respectivamente), e componente do
vento longitudinal (range wind) de retaguarda (T) ou frente (H). Ambos os valores são decimais
(menores que um), com exceção de 0 e 3200'''.
9.5.2 Em seguida, multiplica-se os valores das componentes do vento pela velocidade do vento em
nós. Agora esses serão os valores conhecidos para serem utilizados posteriormente.
9.6 Na sequência, com o valor de DH é possível extrair da tabela D as correções para temperatura
(DT) e densidade (DD) para compensar a diferença de altitude entre a bateria e o posto
meteorológico. Cabe ressaltar que essas correções estarão em porcentagem em relação à
temperatura e densidade padrão, respectivamente.
9.6.1 Os valores corrigidos de temperatura e densidade do ar agora serão os valores conhecidos
para serem utilizados posteriormente.
9.7 A próxima variável a ser considerada é a rotação da Terra. Na tabela H, de posse do Alcance de
Referência aproximado (500 ou 1000 metros) e do lançamento de tiro aproximado (200 milésimos),
é possível extrair o valor da correção em alcance (em metros) para a latitude 0°.
9.7.1 Se o lançamento aproximado para o tiro for menor que 3200''', o sinal a ser considerado para
a correção (+ ou -) é o anterior ao valor da correção. Caso contrário – lançamento maior que 3200'''
– o sinal a ser considerado para a correção é o posterior valor da correção.
9.7.2 Considerando que o valor da correção é referente à latitude 0°, outros valores de latitude
devem ser corrigidos multiplicando-se o valor da correção pelo “fator latitude” ao final da tabela.
9.11 Para a soma das correções teóricas em alcance será necessário, primeiramente, extrair os
valores das correções unitárias na tabela F para vento longitudinal (colunas 12 e 13), temperatura
do ar (colunas 14 e 15), densidade do ar (colunas 16 e 17) e peso do projetil (colunas 18 e 19).
9.11.1 Para escolher a coluna apropriada, é preciso considerar a diferença entre os valores
conhecidos e os valores padrão (item 4.1). Essa será a variação de cada fator. Se a variação for
positiva, ou seja, o valor conhecido for maior que o valor padrão, considera-se que houve um
acréscimo, logo, será utilizada a coluna referente à increase (INC). Caso contrário – diferença
negativa – considera-se que houve um decréscimo, logo, será utilizada a coluna referente à
decrease (DEC). A escolha entre a coluna DEC ou INC deve ser feita de acordo com cada fator, uma
vez que podem haver variáveis que aumentam enquanto outras diminuem, e vice-versa.
9.11.2 A escolha entre a coluna 12 (HEAD) ou 13 (TAIL) será de acordo com a direção da
componente do vento longitudinal encontrada no item 9.5.
9.11.3 Para calcular o efeito de cada fator, multiplica-se a variação em módulo pela correção
unitária encontrada. É importante entender que a variação corresponde apenas à diferença
numérica entre o valor conhecido e o valor padrão. O efeito da variação ter sido para mais ou para
menos, ou seja, ocorrido um aumento ou uma diminuição, já está inserido no sinal positivo ou
negativo da coluna correspondente. Por esse motivo, utiliza-se o valor da variação em módulo para
essa multiplicação.
9.11.4 Ao final, os valores das multiplicações são somados ao valor da correção em alcance para
compensar a rotação da terra (item 9.7), respeitando-se o sinal positivo ou negativo de cada um.
Esse será o valor da correção teórica em alcance em metros.
9.11.5 De posse da correção teórica em alcance e em direção, é possível, se for o caso, realizar
também a técnica da Preparação Teórica e Associação.
11. ANEXO
11.1 Para exemplificar os procedimentos abordados anteriormente, será utilizado como exemplo
um obuseiro 155mm M109 A5 +Br atirando com a Carga 7W (branca) a 11km no lançamento
1200'''. Dados complementares: Alt Bia = Alt Alvo = 90m.
O seguinte boletim meteorológico a 12 colunas foi apresentado:
M E T B 3 5 3 0 1 5 4 9
1 9 1 0 7 4 0 1 3 9 8 4
0 0 3 4 0 6 0 3 1 9 5 4
0 1 2 2 0 5 0 2 7 9 5 8
0 2 2 0 0 6 0 2 6 9 6 0
0 3 2 0 0 7 0 2 3 9 6 3
0 4 2 2 0 8 0 2 2 9 6 5
0 5 2 4 0 7 0 2 1 9 6 6
0 6 3 7 0 8 0 2 1 9 6 7
0 7 3 9 1 0 0 2 1 9 6 9
0 8 4 1 1 3 0 2 1 9 7 0
0 9 4 1 1 7 0 2 1 9 7 1
1 0 4 3 2 2 0 2 1 9 7 4
11.2.18 Ao final, os valores das multiplicações são somados ao valor da correção em alcance para
compensar a rotação da terra e a correção do vento longitudinal:
Corr Teo Alc=Corr Vento Long+ Corr Temp+Corr Dens+Corr Peso+Corr Rotação
Corr Teo Alc=58,69+ (−11,6 ) + (−134,64 ) +0+ (−30,45 ) = −118 m
11.2.19 Os valores obtidos de Correção Teórica serão de -118 metros a ser inserido no alcance e
Esqu 7 a ser inserido na direção.
11.3 A seguir, encontra-se uma sugestão para a Ficha de Preparação Teórica e Associação para o
boletim a 12 colunas utilizada no 3º GAC AP.
FICHA DE PREPARAÇÃO TEÓRICA E ASSOCIAÇÃO (M109 A5 +Br)
Identificação do Boletim Octante Coordenada Posto Meteorológico (00,0° - 00’0°)
Dia Horário (00,0 horas) Validade Altitude do Posto (x10) Pressão Atmosférica (00,0%)
m %
Cg: Alc Prcht: Elv Ajust: Alc Ajust: Alt Bia: Lanç Tiro: '''
Dsn: Alc Complementar (Tabela B): Alc Prcht/Ajust + Alc Compl. = Alc Referência: m
Linha L Vento (x100) Vel Vento Temperatura Ar (00,0%) Densidade Balística (00,0%)
''' nós % %
CORREÇÕES EM ALCANCE
Valores Conhecidos Padrão Variação Correção Unitária (Tab F) Mais Menos
T T
Vento (WRANGE) H
- 0 = H
x Cln 12/13 =
I
Temp. Ar % - 100% = D
x Cln 14/15 =
I
Densidade Ar % - 100% = D
x Cln 16/17 =
I
Peso Projetil - 4◾ = D
x Cln 18/19 =
CORREÇÕES EM Vø
Corr Tot Alc (Regl) Correção Residual = Correção Total – Correção Teórica
- Corr Teórica Alc Corr Res Direção = – =
= Corr Residual Alc Temp Polv (°C) Caso haja uma nova regulação,
÷ Var Unit (Cln 10/11) ↓ deverá ser calculada uma DVø média