You are on page 1of 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS


FONÉTICA E FONOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

2a VA

1. Faça uma análise de todos os fenômenos linguísticos que ocorrem na


produção textual de uma aluna do 6 ano do Ensino Fundamental. Em
seguida, faça uma comparação com o texto do aluno do 4 ano da atividade
da 14a Semana com relação à quantidade e tipos de erros.

Doses - simples erro na escrita, haja vista não há alteração na fala na troca
do “s” e do “c” nessa posição. O mesmo serve para a palavra dizia, porque o
som do “s” e do “z” podem ter o mesmo som, dependendo de sua posição.
Dize - já nesse caso, a troca do “s” e do “z” tem relevância na fala, houve
uma sonorização do fonema, na palavra ‘disse” o ss é um som surdo, já o z é
sonoro.

fou - vemos agora o contrário da sonorização. As consoantes “f” e “v” são


ambas dentais, oclusivas e orais. Todavia, houve uma substituição do fonema
mais forte “v” por um mais fraco “f” quanto a sua sonorização, já que o “f” é
surdo e o “v’ sonoro.

tam - aconteceu uma nasalização, o aluno compreende que a vogal “a” é


nasalizada pelo elemento que vem a seguir, que nesse caso seria o ~. Mas
por saber que a vogal “m” também tem som nasalizado, faz uso dela.

feiz e parabem - nessas duas palavras houve uma alteração na estrutura


silábica por enfraquecimento (síncope). Na palavra “feiz” encontramos
também um caso em que a criança fala desta maneira tendo em vista a
região em que vive, ou seja, por causa do seu sotaque.

dentis - também é um problema na escrita, já que nessa palavra o “e” e o “i”


possuem o mesmo som.

neu, senpre, linpo - não acontece processo fonológico, o estudante


apresenta uma confusão entre as letras “m” e “n”. Nas palavras “senpre” e
“linpo” não há dificuldade de compreensão, mas na palavra “neu” sim, haja
vista que nessa posição a consoante não tem papel de coda, e muda o
sentido da palavra, porém, acredita-se que a criança não fala dessa maneira,
já que não é um local possível a erros.

escovado - situação em que ele não escreveu a coda da segunda sílaba,


deixando a palavra sem a nasalização necessária, poderia-se dizer que
houve uma desnasalização, mas provavelmente o aluno fala “escovando” e
esqueceu ou não é acostumado com o “n” nessa posição.

come, escova e para - o “r” glotal em final de sílaba não é percebido na


escrita, mesmo não colocado na fala ele é interpretado.

dentita - estruturação silábica, tenta tirar a complexidade da segunda sílaba,


antes cvc, agora cv.

No texto escrito pelo aluno do 4 ano, a quantidade de erros era bem mais
perceptiva, mas completamente mais comum a sua idade, já que ela ainda
estava na aquisição de escrita, foram erros até mesmo esperados, a maioria
com objetivo de facilitar a fala. Já no texto da aluna do 6 ano, percebemos
alguns elementos incomuns para sua idade, como a troca do “f’ e do “v” ou do
“d” e “t”. Possivelmente a aluna tem 11 anos de idade, essas
desconformidades são aceitáveis até os 5 anos, a partir daí, recomenda-se
consultas com um fonoaudiólogo.

You might also like