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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PASSOS – SRE

PROGRAMA MUNICIPAL DE ATIVIDADES TUTORADAS - PMAT


Período: 08 a 12 de novembro – 35ª semana

NOME:
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PROFESSOR (A): ___________________________________________COMPONENTE CURRICULAR: História
ESCOLA: ____________________________________________________________ TURMA: 8º ano ______
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Atividades adaptadas para o aluno: João Lucas da Silva Guimarães

Industrialização, Imperialismo e Resistência.


Aula 1 – (EF08HI26)
A criação do Estado Livre do Congo, considerado domínio particular do rei da Bélgica, Leopoldo II,
vigorou entre 1885 e 1908 e está diretamente relacionada à política de imperialismo colonial desenvolvida
no final do século 19, principalmente pelas potências europeias. Essa política imperialista foi direcionada
preponderantemente à África, à Ásia e às ilhas do Pacífico, ainda que tenha também afetado, em termos
preponderantemente econômicos, a América Latina. O imperialismo implicava o domínio, direto ou
indireto, de diversos territórios, habitados por populações supostamente “inferiores”, em várias partes do
mundo. Subjacente às conquistas territoriais, existia a crença, por vezes fundamentada em argumentos
pretensamente científicos, da superioridade do homem branco e do dever civilizar os povos atrasados do
mundo (fardo do homem branco).
Durante a Conferência de Berlim, realizada para organizar as áreas de influência e os domínios
coloniais, estabeleceu-se, com consentimento britânico, que o rei da Bélgica poderia administrar a região
da bacia do rio Congo. Ou seja, o domínio pessoal do rei belga sobre a região era legitimado pelos seus
pares europeus. A colônia pertencia ao rei belga, e não ao Estado belga. Buscando retorno financeiro,
Leopoldo utilizava meios violentos para escravizar a população local e fazê-la trabalhar na extração do
látex. Os africanos eram convocados sob a mira de armas, trabalhavam turnos de até 18 horas e tinham a
mão direita cortada caso não atingissem a cota estabelecida. Consequentemente, suas pequenas lavouras
eram abandonadas, e sem alimentos, logo surgiu uma crise de fome. Tentativas de resistência mais
veementes eram contidas com violência tão brutal que contribuiu generosamente para um total de mortos
estimado por acadêmicos em 8 a 10 milhões de pessoas, ou o equivalente a quase metade da população
congolesa de então.
Quando a situação trabalhista e humanista no Congo chegou à imprensa ocidental, se iniciou uma
campanha contra o domínio do rei. A pressão se torna insuportável, e em 1908, chega ao fim o Estado livre
do Congo, com a entrega dos direitos da colônia ao Estado belga. A partir daí, surgiria o chamado Congo
Belga, com uma administração também rígida, mas menos brutal que a exercida por Leopoldo. No entanto,
o trabalho forçado ainda continuaria em algumas regiões até a independência congolesa, em 1960. Depois
da independência, Bruxelas manteve influência em assuntos congoleses, participando de intervenções
militares e até apoiando uma conspiração para assassinar, em 1960, o primeiro-ministro Patrice Lumumba,
um dos principais líderes da luta anticolonial, cujas tendências socialistas feriam interesses europeus.

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E embora o segundo período colonial tenha sido marcado por avanços nas áreas de educação e
saúde, o parlamento se recusou a abrir investigações sobre as denúncias, alegando que Leopoldo II havia
destruído documentos e arquivos relacionados à sua empreitada. Em 2019 a Bélgica fez um
pronunciamento com um pedido de desculpas internacional dirigido ao Congo, Burundi e Ruanda, antigas
colônias da Bélgica, por todo o passado colonial no que se refere aos sequestros, estupros, métodos de
segregação e deportação de milhares de crianças que passaram pelo processo de adoção coercitiva. O
pedido de desculpas belga é o primeiro na história do país. Antes, a Bélgica assumia uma clara posição de
resistir aos indiciamentos dos historiadores em relação ao trágico legado socioeconômico deixado pelo
país na África Central.

1) “Duas regiões maiores do mundo foram, para fins práticos, inteiramente divididas: a África e Pacífico.
Não restou qualquer Estado independente no Pacífico, então totalmente distribuído entre britânicos,
franceses, holandeses, norte-americanos e – ainda em escala modesta – japoneses. Por volta de 1914,
África pertencia inteiramente aos impérios britânico, francês, alemão, belga, português e, marginalmente,
espanhol, à exceção da Etiópia, da insignificante Libéria e daquela parte do Marrocos que ainda resistia à
conquista completa”. (Eric Hobsbawm, A Era dos Impérios).

Em qual reunião os países europeus combinaram regras e condições para a ocupação da África? Algum
líder africano foi convidado para a reunião?
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Aula 2 – (EF08HI26)
A África foi o continente mais utilizado para a expansão territorial imperialista no final do século XIX
e início do século XX. A partilha formal do continente se iniciou após a realização da Conferência de Berlim
(1884 - 1885), em que o rei Leopoldo II, da Bélgica, convidou os líderes das principais potências industriais
da época para dividir o rico território africano.
A penetração imperialista na região foi favorecida pelo tribalismo imperante no continente, que
inviabilizava a união de esforços entre os indivíduos para barrar a invasão dos estrangeiros. A ausência de
critérios que levassem em conta as múltiplas realidades da África, acabaram gerando problemas, que,
aliada à exploração predatória do continente, resultaram em miséria e conflitos étnicos e políticos.
Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha foram os países que se beneficiaram da
partilha da África. O imperialismo teve como principal resultado o acirramento das tensões entre os países
industriais, pois alguns deles, notadamente a Alemanha, sentiram-se prejudicados pelo “pequeno”
território colonial que lhes foi concedido após a partilha.
A Grã-Bretanha estava passando pela segunda Revolução Industrial, precisava cada vez mais de
matérias-primas a baixos preços e um grande mercado consumidor para realizar a venda de seus produtos.
E é aí que a China e a Índia despertam grande interesse por parte dos Britânicos, pois ambos tinham uma
grande população, o que significaria um grande mercado consumidor. A Índia se mostrava aberta a
qualquer negócio estrangeiro, e pelo contrário a China era muito resistente, pelo menos no que diz
respeito à compra de produtos Europeus, mas vender seus produtos a esses países interessados ela não
pensava duas vezes.

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A China era uma grande produtora de seda, de porcelana e do chá, que era o produto que
despertava maior interesse nos Britânicos. Os Chineses não tinham interesse algum nos produtos
europeus, o que acarretava lucros muito pequenos aos Ingleses. Apenas um produto despertava grande
interesse neles e por muitas vezes era ele que fazia com que o comércio com a China obtivesse certo lucro.
Esse produto era o Ópio.
O Ópio é uma substancia entorpecente extraída da papoula, e causa dependência química em seus
usuários. Era transportada ilegalmente pela Inglaterra para a China, e lá muitas vezes os Ingleses forçavam
os Chineses a consumi-lo, o que provocava dependência e assim obtinham grande lucros e aumentava o
volume do comércio. Com isso, o Governo Chinês proíbe toda a transação da droga e os Ingleses ficam
irritadíssimos (pois era um comércio que estava dando lucro), e acabam declarando guerra a China em
1839. Esse conflito vai terminar em 1842 com a assinatura do Tratado de Nanquim, o primeiro dos
chamados “Tratados Desiguais”, pelo qual a China aceitou suprir a tudo que a Inglaterra queria, abrindo
cinco portos ao comércio Britânico, pagar uma grande indenização de guerra e entregar a ilha de Hong
Kong, que ficaria sob domínio Inglês por 100 anos.
No século XV, a Índia se tornou uma área muito cobiçada pelos comerciantes da Europa, graças às
especiarias que possuía em seu território. Os portugueses dominaram por cerca de meio século a rota
comercial marítima que levava ao Oriente e, portanto, controlavam o valioso comércio de mercadorias
indianas. Ao longo dos séculos XVI e XVII, porém, o domínio português foi suplantado pelo britânico, que
se tornou a principal potência marítimo-comercial, atuando por meio das companhias monopolistas de
comércio. No século XVIII, a supremacia econômica da Inglaterra sobre a Índia estava assegurada –
situação favorecida pela ausência de centralização política em território indiano. Nessa época, a Índia se
encontrava dividida em diversos estados rivais. Essa rivalidade era estimulada pelos ingleses, a fim de
evitar uma centralização política que prejudicasse seus interesses econômicos. Ainda assim, em 1857,
eclodiu na Índia uma revolta nacionalista contra o domínio inglês. Denominada Revolta dos Sipaios, o
conflito durou até 1859, quando os rebeldes foram derrotados pelos ingleses, que conseguiram, a partir de
então, impor um domínio ainda mais rígido. A garantia do domínio britânico sobre a Índia – não apenas
econômico, mas também político – consolidou-se em 1877, quando a rainha Vitória da Inglaterra foi
coroada Imperatriz da Índia.

1) Identifique a opção correta que indica a nação europeia expansionista, a região colonizada e o
movimento de resistência:

a) França – Argélia – Guerra dos Boxers c) Inglaterra – Sudão – Revolta dos Boers
b) Inglaterra – Índia – Revolta dos Sipaios d) Alemanha – China – Movimento Taiping

Aula 3 – (EF08HI26)
Em 1900, o Império Ashanti, hoje Gana, na África, estava sob ataque dos britânicos. O rei se exilou
nas ilhas Seicheles e a tia dele, Yaa Asantewaa, tornou-se regente. Durante as investidas britânicas, o
governador Sir Frederick Hodgson cometeu um erro fatal. Ele exigiu sentar-se no Trono de Ouro dos
ashantis e reivindicou a posse do objeto. A população ficou enfurecida e se sentiu desrespeitada. Diz a
lenda que o Trono de Ouro desceu do céu e é o guardião do espírito da nação Ashanti. É considerado um
objeto sagrado, símbolo de poder e união.
Yaa Asantewaa decidiu, então, agir em defesa de seu povo. Ao perceber que os homens do reino
estavam apáticos, ela anunciou que convocaria as mulheres para lutar pelo Trono de Ouro. Era 1900 e
Asantewaa teve um papel heroico na guerra do Trono de Ouro. Aos 60 anos, comandou tropas contra
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homens brancos. Asantewaa entrou para a história como a “rainha guerreira” e conseguiu vencer a batalha
pelo trono. Os britânicos nunca encostaram as mãos no objeto sagrado. No entanto, após seis meses de
luta, os britânicos capturaram a filha dela e forçaram a líder a se render. Ela também foi exilada nas
Seicheles.
O território dos ashantis foi anexado pelo império britânico e Asantewaa não viveu para ver o rei
voltar à região. Mas, até hoje, o legado de Yaa Asantewaa ainda vive. E o Trono de Ouro continua sendo
símbolo de poder em Gana. Yaa Asantewa é um importante modelo e inspiração não só para as mulheres
de Gana, mas também para todo o continente africano, pela bravura que demonstrou ter. Hoje, muitas
mulheres que ingressam em profissões que, anteriormente, eram dominadas por homens, são muitas
vezes apelidadas de Yaa Asantewaa como forma de incentivo e apoio.

1) Qual a importância de Yaa Asantewaa na história de Gana?


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